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GESTÃO DA CONSTRUÇÃO

CIVIL 2

GESTÃO DE PRODUTIVIDADE

Prof.: MSc. DIEGO VIÉGAS


ROTEIRO DAS AULAS
1. Introdução
2. A Construção Civil e a Produtividade da Mão de Obra
3. Conceituando Produtividade da Mão de Obra
4. Indicadores para Avaliação da Produtividade
5. Entendendo a Variação da Produtividade
6. Avaliação da Produtividade Vigente
7. Previsão da Produtividade
8. A Melhoria na Produção e a Inserção da Discussão da
Produtividade da Mão de Obra dos Empreendimentos
ROTEIRO DAS AULAS
1. Introdução
2. A Construção Civil e a Produtividade da Mão de Obra
3. Conceituando Produtividade da Mão de Obra
4. Indicadores para Avaliação da Produtividade
5. Entendendo a Variação da Produtividade
6. Avaliação da Produtividade Vigente
7. Previsão da Produtividade
8. A Melhoria na Produção e a Inserção da Discussão da
Produtividade da Mão de Obra dos Empreendimentos
INTRODUÇÃO
Muitos já devem ter ouvido falar na
questão da produtividade na
construção civil, porém o que
realmente é necessário fazer para
majorar essa produtividade no
canteiro de obras?
INTRODUÇÃO

PRODUÇÃO

PRODUTIVIDADE
INTRODUÇÃO
Um aumento na produção não
resulta diretamente em um
aumento de produtividade, às
vezes o efeito pode ser
contrário.
INTRODUÇÃO
 A produtividade pode ser definida como a quantidade do
trabalho realizado em uma unidade de tempo,
normalmente horas, e é basicamente caracterizada como a
relação entre os resultados obtidos e os recursos
utilizados.

 A produtividade está intimamente ligada à melhor ou pior


utilização dos recursos produtivos disponíveis em uma
empresa, dentre eles: espaço físico, ferramentas, mão de
obra, insumos, técnicas de gerenciamento, meio de
transporte interno e externo, informatização, horário de
trabalho, etc.
INTRODUÇÃO
 Para exemplificar podemos imaginar um determinado
serviço que precisa ser executado em um espaço de
tempo mínimo. Para que o serviço seja entregue a tempo,
temos que aumentar a produção (caso seja insatisfatória).
A produção pode ser aumentada simplesmente escalando
mais operários e/ou equipamentos para trabalhar neste
serviço ou, otimizando os recursos produtivos presentes no
canteiro de obras.
INTRODUÇÃO
 Na primeira situação a produção aumentará,
entretanto, os custos também serão maiores. Na
segunda situação tem-se um aumento na
produção sem aumentar nossos recursos
produtivos, ou seja, otimizando alguns fatores,
podemos aumentar nossa produção sem
aumentar nossos custos, em outras palavras,
estamos falando de produtividade.
INTRODUÇÃO
 O aumento da produtividade é consequência da utilização
otimizada e integrada dos diversos fatores que contribuem
na formação, movimentação e comercialização de um
produto. Pode-se destacar os seguintes fatores que afetam
a produtividade:
 Capacitação e treinamento da mão de obra

 Metodologia de trabalho utilizada

 Layout do canteiro de obras

 Práticas gerenciais de controle

 Processos de produção

 Utilização de insumos

 Estrutura organizacional da empresa.


INTRODUÇÃO
 A boa utilização do horário disponível de trabalho é
fundamental para se alcançar aumentos de
produtividade. Devem-se evitar as paradas que
quebram o ritmo da produção bem como as paradas
desnecessárias.

 A produtividade é muitas vezes medida por pessoa


mas em muitas situações onde os custos com
pessoas são uma percentagem reduzida dos custos
totais têm que se ter em conta os outros fatores
necessários para produzir os resultados pretendidos.
INTRODUÇÃO
 Na melhoria da produtividade deve-se evoluir a partir de
um valor de base para se poder comparar os resultados.

 A produtividade total dos recursos é medida em termos


financeiros onde é calculado o resultado obtido por
unidade monetária gasta nos diversos recursos.

 O grau de produtividade de um agente econômico


(pessoa, empresa, país, etc.) é, regra geral, um dos
melhores indicadores para a medição do nível de
eficiência e eficácia do mesmo.
ROTEIRO DAS AULAS
1. Introdução
2. A Construção Civil e a Produtividade da Mão de Obra
3. Conceituando Produtividade da Mão de Obra
4. Indicadores para Avaliação da Produtividade
5. Entendendo a Variação da Produtividade
6. Avaliação da Produtividade Vigente
7. Previsão da Produtividade
8. A Melhoria na Produção e a Inserção da Discussão da
Produtividade da Mão de Obra dos Empreendimentos
A Construção Civil e a Produtividade
da Mão de Obra

O USO DE MÃO DE OBRA NA


CONSTRUÇÃO

CRÍTICAS À PRODUTIVIDADE NA
CONSTRUÇÃO
A Construção Civil e a Produtividade
da Mão de Obra

O USO DE MÃO DE OBRA NA


CONSTRUÇÃO

CRÍTICAS À PRODUTIVIDADE NA
CONSTRUÇÃO
O USO DE MÃO DE OBRA NA
CONSTRUÇÃO
 A indústria da Construção ocupa um papel de destaque na
economia brasileira, respondendo por uma fração
significativa do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro.

 A Câmara Brasileira da Indústria da Construção - CBIC


indica (www.cbic.org.br) que o Macrossetor da
Construção responde por mais de 18% do PIB.

 Para gerar tal riqueza, vários recursos são necessários,


podendo-se, em função de sua relevância nos custos de
produção, destacar os materiais e a mão de obra.
O USO DE MÃO DE OBRA NA
CONSTRUÇÃO
 No que se refere à mão de obra, fica bastante clara a
importância da participação deste recurso ao se comparar
a Indústria da Construção à Indústria Automobilística: o
número de horas de trabalho utilizadas na Construção é
extremamente maior.
O USO DE MÃO-DE-OBRA NA
CONSTRUÇÃO
 Juntando a relevância no PIB com o uso intensivo de
mão de obra, é imediato concluir a grandeza do valor
e da quantidade do esforço humano envolvido na
produção de obras de Construção

 Para se buscar a melhoria da eficiência do país, é


necessário investir-se no aprimoramento da
produtividade no uso da mão de obra na Construção
Civil.
A Construção Civil e a Produtividade
da Mão de Obra

O USO DE MÃO DE OBRA NA


CONSTRUÇÃO

CRÍTICAS À PRODUTIVIDADE NA
CONSTRUÇÃO
CRÍTICAS À PRODUTIVIDADE
NA CONSTRUÇÃO
 A Construção vem sendo considerada, há muito tempo,
uma Indústria caracterizada pela má produtividade no uso
da mão de obra.

 Quanto à preocupação em estudar a produtividade, a


Indústria Seriada saiu bem na frente da Construção: Taylor
(já no final do século XIX) e Gilbreth (no início do século
XX)
 Taylor testando diferentes equipamentos manuais para a
execução de escavações
 Gilbreth analisando os movimentos das mãos e braços de
assentadores de alvenaria)
CRÍTICAS À PRODUTIVIDADE
NA CONSTRUÇÃO
Mas por que a Construção não
caminhou "de mãos dadas" com
a Indústria Seriada na
preocupação quanto à
produtividade?
CRÍTICAS À PRODUTIVIDADE
NA CONSTRUÇÃO
A Indústria Seriada vem estudando a
produtividade da mão de obra há mais de um
século, tendo conseguido, nesse período,

melhorá-la em mais de 50 vezes.

 A má produtividade na Construção tem sido


citada mesmo nos países desenvolvidos. No
caso do Brasil, estudo recente sugeriu que esta
alcance menos de um terço da americana.
CRÍTICAS À PRODUTIVIDADE
NA CONSTRUÇÃO

No sentido de desmistificar a ideia de


atribuir a culpa da má produtividade aos
nossos operários, é interessante mostrar
alguns números que temos registrado, em
levantamentos feitos no Brasil e fora do
país.
CRÍTICAS À PRODUTIVIDADE
NA CONSTRUÇÃO
A Figura abaixo mostra informações relativas à
produtividade levantada, ao estudar o serviço de fôrmas e
de armação em obras de edificações americanas (casos
Al e A2) e brasileiras (casos BI e B2).
Armação

Fôrmas

Figura: Demanda potencial por horas de um operário para execução de uma unidade de serviço de: a) fôrmas;
b) armação.
CRÍTICAS À PRODUTIVIDADE
NA CONSTRUÇÃO
Com base em tal figura, na medida em
que os operários das obras A2 e BI
tiveram melhor desempenho que os das
Al e B2, seria razoável deduzir que os
carpinteiros brasileiros são melhores que
os americanos e os armadores piores?
CRÍTICAS À PRODUTIVIDADE
NA CONSTRUÇÃO
A resposta é: nem uma coisa nem outra!
Existem, sim, várias razões que podem
tornar um trabalho mais ou menos
produtivo, que devem ser analisadas
antes de se poder comparar, pura e
simplesmente, o desempenho
mensurado.
CRÍTICAS À PRODUTIVIDADE
NA CONSTRUÇÃO
 Embora seja necessário melhorá-la muito, a
Construção brasileira tem dado grandes passos
na direção de trabalhar com boa produtividade.

 É claro que existe uma distância muito grande


entre situações encontradas nas empresas
líderes do mercado formal e aquelas
encontradas na construção informal.
CRÍTICAS À PRODUTIVIDADE
NA CONSTRUÇÃO
 Uma obra em realização na periferia da cidade
de São PauIo, onde os indícios quanto à
ocorrência de má produtividade são evidentes:
detectou-se um gasto da ordem de quase 200%
a mais de mão de obra, para composição da
vedação vertical, em comparação com um
desempenho possível em obras da Construção
formal.
CRÍTICAS À PRODUTIVIDADE
NA CONSTRUÇÃO
 Todo um conjunto de situações distintas tem feito
com que os consumos de mão de obra para a
produção variem ao longo de uma faixa de
valores muito larga, conforme Figura abaixo:

Figura : Faixa de valores de consumo de horas de um trabalhador para a produção de 1 m2 de obra de


edifício residencial construído no processo convencional no Brasil.
CRÍTICAS À PRODUTIVIDADE
NA CONSTRUÇÃO
 Conclui-se que melhorar a produtividade na Construção
é extremamente relevante para a economia nacional e
para cada uma das empresas do setor.

 Comparações de produtividade não se pode


esquecer de indicar as condições em que ela está
ocorrendo (não é justo comparar-se um trabalho, mais
manual, com outro, fazendo uso intensivo de pré-
fabricados e equipamentos, sem citar que isto
aconteça).
CRÍTICAS À PRODUTIVIDADE
NA CONSTRUÇÃO
 O despreparo da mão de obra é um problema, mas
principalmente quando esse despreparo chega nos
níveis do existente na Construção informal.

 Uma gestão profissional consistente (varrendo as várias


etapas do empreendimento, contemplando da
Concepção à Produção) pode ter resultados
extremamente satisfatórios quanto à melhoria da
produtividade.
EXERCÍCIO 1
ROTEIRO DAS AULAS
1. Introdução
2. A Construção Civil e a Produtividade da Mão de Obra
3. Conceituando Produtividade da Mão de Obra
4. Indicadores para Avaliação da Produtividade
5. Entendendo a Variação da Produtividade
6. Avaliação da Produtividade Vigente
7. Previsão da Produtividade
8. A Melhoria na Produção e a Inserção da Discussão da
Produtividade da Mão de Obra dos Empreendimentos
Conceituando Produtividade da Mão
de Obra
1. A PRODUTIVIDADE DE UM
PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO

2. A PRODUTIVIDADE NA CONSTRUÇÃO

3. A PRODUTIVIDADE DA MÃO DE OBRA

4. A UTILIDADE DO ESTUDO DA
PRODUTIVIDADE DA MÃO DE OBRA
Conceituando Produtividade da Mão
de Obra
1. A PRODUTIVIDADE DE UM
PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO

2. A PRODUTIVIDADE NA CONSTRUÇÃO

3. A PRODUTIVIDADE DA MÃO DE OBRA

4. A UTILIDADE DO ESTUDO DA
PRODUTIVIDADE DA MÃO DE OBRA
A produtividade de um processo
de transformação

No que se refere à produção,


produtividade estaria associada, de um
ponto de vista bastante básico, à
comparação do resultado obtido com o
esforço demandado, conforme Figura
abaixo.
A produtividade de um processo
de transformação
A produtividade de um processo
de transformação
A produtividade de um processo
de transformação
 Pessoas diferentes podem dar "valor" diferente
ao resultado da produção. Portanto, a definição
do que seja produtividade depende do objetivo
de produção do sistema sendo analisado,
podendo-se definir a mesma como sendo o grau
em que um sistema atinge um determinado
objetivo de produção.
A produtividade de um processo
de transformação

AMBIENTALISTA EMPRESÁRIO
A produtividade de um processo
de transformação

EFICIÊNCIA

EFICÁCIA
A produtividade de um processo
de transformação

EFICIÊNCIA

EFICÁCIA
A produtividade de um processo
de transformação

EFICIENTE
Fazer rapidamente CERTAS COISAS

Fazer rapidamente COISAS CERTAS


EFICAZ
A produtividade de um processo
de transformação

Produtividade = eficiência/ eficácia na transformação de


entradas em saídas do processo

Figura: Definição de produtividade em um processo.


Conceituando Produtividade da Mão
de Obra
1. A PRODUTIVIDADE DE UM
PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO

2. A PRODUTIVIDADE NA CONSTRUÇÃO

3. A PRODUTIVIDADE DA MÃO DE OBRA

4. A UTILIDADE DO ESTUDO DA
PRODUTIVIDADE DA MÃO DE OBRA
A produtividade na construção

Figura: O processo de produção de obras.


Conceituando Produtividade da Mão
de Obra
1. A PRODUTIVIDADE DE UM
PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO

2. A PRODUTIVIDADE NA CONSTRUÇÃO

3. A PRODUTIVIDADE DA MÃO DE OBRA

4. A UTILIDADE DO ESTUDO DA
PRODUTIVIDADE DA MÃO DE OBRA
A produtividade da mão de obra
 A produtividade da mão de obra, do ponto de
vista físico, poderia ser definida como a
eficiência (e, na medida do possível, a eficácia)
na transformação do esforço dos trabalhadores
em produtos de construção (a obra ou suas
partes).
A produtividade da mão de obra

Figura: Produtividade da mão de obra.


A produtividade da mão de obra
 Dentro de uma abordagem analítica, a produtividade da
mão de obra pode ser vista, além de globalmente para o
edifício, parcialmente para cada uma de suas partes

 Assim é que se pode analisar a produtividade nos vários


serviços que compõem a transformação global

 além de analisar a eficiência na produção do edifício


como um todo, é possível discutir a produtividade nos
serviços de fôrmas, armação, concretagem,
assentamento de alvenaria, revestimento, execução de
sistemas prediais etc
A produtividade da mão de obra

Figura: A produtividade da mão de obra nos serviços de construção .


Conceituando Produtividade da Mão
de Obra
1. A PRODUTIVIDADE DE UM
PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO

2. A PRODUTIVIDADE NA CONSTRUÇÃO

3. A PRODUTIVIDADE DA MÃO DE OBRA

4. A UTILIDADE DO ESTUDO DA
PRODUTIVIDADE DA MÃO DE OBRA
A Utilidade Do Estudo Da
Produtividade Da Mão De Obra
Entender a produtividade significa,
conhecer sua grandeza e as razões para
seu estabelecimento, envolvendo tanto a
capacidade de explicação de uma
produtividade verificada quanto o
prognóstico da produtividade para futuros
serviços a executar, conforme Figura.
A Utilidade Do Estudo Da
Produtividade Da Mão De Obra

Figura: Entendimento da produtividade da mão de obra: a) etapa de explicação; b) etapa de prognóstico .


A Utilidade Do Estudo Da
Produtividade Da Mão De Obra
 Enquanto o levantamento da produtividade diz
respeito ao controle, o prognóstico da mesma se
associa à programação
 Ambos dizem respeito ao planejamento, que
subsidia a tomada de decisões.
 Assim, o estudo da produtividade deve ser
considerado um sistema de informações que
pode subsidiar a tomada de decisões, conforme
Figura.
A Utilidade Do Estudo Da
Produtividade Da Mão De Obra

Figura: O entendimento da produtividade da mão de obra como subsídio para a tomada de decisões.
A Utilidade Do Estudo Da
Produtividade Da Mão De Obra
 Quanto mais detalhadas as decisões a serem tomadas,
provavelmente mais detalhado deva ser o sistema de
informações que lhes dá apoio.

 Na medida em que as decisões quanto à natureza física


dos empreendimentos de construção têm ganhado uma
importância cada vez maior, torna-se cada vez mais
importante a percepção de que a produtividade física da
mão de obra pode ser estudada de uma maneira bastante
analítica e, mesmo, que a produtividade física pode ser
conjugada com a financeira.
A Utilidade Do Estudo Da
Produtividade Da Mão De Obra
 Tudo isso pode ser bastante útil para a tomada de várias
decisões relativas às várias etapas do empreendimento: da
sua concepção à sua utilização.

Figura: Visão analítica da produtividade da mão de obra para fins de melhoria do sistema de informações.
A Utilidade Do Estudo Da
Produtividade Da Mão De Obra
 O Quadro abaixo, apresenta um exemplo hipotético,
associado à execução de paredes de alvenaria.

Figura: Visão analítica da produtividade da mão de obra para fins de melhoria do sistema de informações.
A Utilidade Do Estudo Da
Produtividade Da Mão De Obra
 O Quadro abaixo, apresenta um exemplo hipotético,
associado à execução de paredes de alvenaria.

Figura: Visão analítica da produtividade da mão de obra para fins de melhoria do sistema de informações.
EXERCÍCIO 2
ROTEIRO DAS AULAS
1. Introdução
2. A Construção Civil e a Produtividade da Mão de Obra
3. Conceituando Produtividade da Mão de Obra
4. Indicadores para Avaliação da Produtividade
5. Entendendo a Variação da Produtividade
6. Avaliação da Produtividade Vigente
7. Previsão da Produtividade
8. A Melhoria na Produção e a Inserção da Discussão da
Produtividade da Mão de Obra dos Empreendimentos
A DIFICULDADE QUANTO À
NOMENCLATURA
 Em face da importância do estudo da produtividade da
mão de obra, há que se discutir como proceder à avaliação
da mesma.

 A experiência mostra que uma das grandes dificuldades


em se trocar ideias quanto a esse assunto diz respeito à
não existência de uma padronização quanto à mensuração
da produtividade.

 Portanto, uma recomendação fundamental para se


conseguir discutir produtividade, de uma maneira
proveitosa, diz respeito a se definir uma linguagem
padronizada para o assunto.
A DIFICULDADE QUANTO À
NOMENCLATURA
A RAZÃO UNITÁRIA DE PRODUÇÃO
(RUP)
 O indicador denominado razão unitária de produção (RUP)
é um mensurador da produtividade, relacionando o esforço
humano, avaliado em Homens x hora (Hh), com a
quantidade de serviço realizado:

RUP = Hh/ Quantidade de Serviço

 Ressalte-se que, por essa definição, um valor alto de RUP


indica produtividade pior que um valor baixo.
A RAZÃO UNITÁRIA DE PRODUÇÃO
(RUP)
Com base na Tabela abaixo, qual a
obra que tem valor da RUP melhor?
A RAZÃO UNITÁRIA DE PRODUÇÃO
(RUP)
Com base na Tabela abaixo, qual a
obra que tem valor da RUP melhor?
A MÃO DE OBRA CONTEMPLADA
 Quanto aos operários da produção, é importante perceber
que se pode falar em:
 estarem em "níveis hierárquicos" distintos (por exemplo,
podem-se ter: os "oficiais ou qualificados" e os "ajudantes
ou serventes ou aprendizes"; pode-se ainda definir um
estágio intermediário, qual seja, o de "meio-oficial");a
quantificação do serviço;
 terem "especializações" variadas (por exemplo de:
pedreiro, carpinteiro, encanador etc.);
 atuarem em "diferentes serviços" (por exemplo: fôrmas,
armação, concretagem, alvenaria, revestimento interno de
paredes com argamassa etc.);
 dentro de um certo serviço, estarem alocados a uma certa
parte das etapas do fluxograma dos processos (por
exemplo, pode-se ter a alocação do operário apenas na
etapa de produção de argamassa, como o mesmo pode
estar na etapa de aplicação dessa argamassa);
 poderem se "organizar" de várias maneiras (por exemplo:
em série ou em paralelo; sob determinada relação oficial :
ajudante; etc.)
A RAZÃO UNITÁRIA DE PRODUÇÃO
(RUP)
 Note-se que existem oficiais diretamente envolvidos na
produção final do serviço, ajudantes que os auxiliam
diretamente e operários que dão apoio mais à distância
com relação ao grupo direto.
A MÃO DE OBRA CONTEMPLADA
 Criam-se, portanto, algumas possibilidades para a
definição da mão de obra contemplada; são elas:

 Oficiais: quando somente se consideram os oficiais


diretamente envolvidos
 Mão de obra direta: quando se acrescentam os ajudantes
diretos ao grupo dos oficiais
 Mão de obra global: quando o esforço de apoio é
acrescido ao da mão de obra direta.

 Definem-se, portanto, os seguintes indicadores:

 RUPof, que avalia a produtividade dos oficiais;


 RUPdir, que se associa à produtividade da mão de obra
direta; e
 RUPglob, que avalia a produtividade da mão de obra global
A MÃO DE OBRA CONTEMPLADA
 Sejam os três casos descritos na Tabela abaixo, relativos à
execução de revestimento de fachada com argamassa em
três obras de construção de edifícios:
A MÃO DE OBRA CONTEMPLADA
 Note-se que a consideração de todos os homens, nos três
casos, para o cálculo da RUP, provavelmente levaria a
uma RUPglob maior para o caso A onde tem-se, fruto da
escolha tecnológica e da organização do trabalho adotada,
um ônus com a ajuda maior que nos casos B e C, devido a
ter-se o trabalho final dos oficiais onerado com mais horas
percentuais de apoio.
 Observe-se a relação ajudantes (diretos e de
apoio):oficiais, que é, respectivamente, de A (2:1), B (1:1) e
C (0:1).
 A determinação das várias RUP citadas (RUPof, RUPdir e
RUPgiob) induz uma observação mais analítica, que
permite distinguir-se, respectivamente, a análise da
produtividade na aplicação final pelos oficiais, a adequação
ou não do apoio direto e a dimensão dos ônus relativos ao
apoio, frutos da escolha da forma de fornecimento do
material.
A MÃO DE OBRA CONTEMPLADA
A HORAS DE TRABALHO
CONSIDERADAS
 No que diz respeito ao tempo de dedicação, consideram-se
as horas disponíveis para o trabalho, apropriando-se o
tempo total que o operário está presente no canteiro e
pronto para trabalhar.
 Não são, portanto, descontadas horas de paralisação por
culpa da gestão (por exemplo, por falta de material, de
instrução etc.)
 Não se adota a postura de computar apenas os tempos
produtivos (considera-se que, independentemente de o
operário estar mais ou menos engajado em diferentes
momentos do dia, em todos esses momentos ele está
disponível)
 não se consideram as horas prêmio recebidas sem que o
operário as tivesse realmente trabalhado (para se distinguir
aspectos que levam à motivação, do efeito de tal eventual
maior disposição para o trabalho
A HORAS DE TRABALHO
CONSIDERADAS
 Numa obra de construção, três operários foram
observados, durante seu dia de trabalho, tendo-se
detectado acontecimentos diferentes quanto aos mesmos,
registrados na Figura abaixo. Nessa mesma figura se
indica o cálculo das horas consideradas disponíveis para o
trabalho
A HORAS DE TRABALHO
CONSIDERADAS
 Note-se que o operário 1 chegou na hora correta do início da
jornada de trabalho (7h00), tendo saído também no horário
regular (17h00) e parado durante 1 hora reservada para o
almoço; no total teria estado disponível entre as 7h00 e as
17h00, exceto durante a hora do almoço. Note-se que a
paralisação de 2 horas, devido à falta de material (por culpa
da má gestão e não da falta de vontade do operário), não é
descontada, justamente para que seu efeito seja sentido em
termos de calcular-se uma produtividade pior (RUP maior).

 Já o operário 2 teve 1 hora debitada das horas disponíveis


por ter chegado atrasado.

 O operário 3, que solicitou (e recebeu permissão) para se


ausentar para resolver um problema pessoal no período da
tarde, teve tais horas não contempladas, já que, por motivos
alheios à gestão do serviço, não estava disponível para o
trabalho em tal período.
Quantificação das saídas resultantes
do serviço realizado
 Define-se que seja mensurada a quantidade "líquida" de
serviço em lugar da quantidade "bruta" ou "equivalente",
muitas vezes adotada por convenções quanto à forma de
pagamento.
 Assim é que, por exemplo, no caso das paredes, mensura-se
a quantidade de alvenaria realmente executada,
descontando-se totalmente quaisquer vãos existentes no
trecho em avaliação, conforme Figura abaixo:

Figura: Mensuração das quantidades realmente executadas.


Quantificação das saídas resultantes
do serviço realizado
 As unidades de mensuração variam de serviço para serviço.

 Podem ser ser "quebrados" em parcelas menores, de acordo


com o interesse da análise (por exemplo, podem-se estudar
as fôrmas como um todo ou separar o estudo com relação a
pilares, vigas e lajes) e, mesmo, da forma de produção
adotada (a concretagem da estrutura de um pavimento pode
ser feita de uma vez só ou em duas fases, sendo inicialmente
concretados os pilares e, dias depois, as vigas e lajes; isso
favoreceria o estudo em separado das produtividades)

 Podem, também, ser referenciados a uma certa parte do


produto final (por exemplo, armação dos andares-tipo, em
separado com relação à da periferia).
Quantificação das saídas resultantes
do serviço realizado
 A Figura abaixo ilustra possíveis subdivisões para o caso da
estrutura de concreto armado.

 Cabe citar que, algumas vezes, um certo serviço pode ter


suas partes mensuradas em unidades diferentes (por
exemplo, embora se avalie a quantidade de alvenaria cm
metro quadrado, pode ser interessante mensurar a marcação
em metros executados, isto é, com uma unidade linear e não
de área).
Quantificação das saídas resultantes
do serviço realizado
 A Figura abaixo ilustra possíveis subdivisões para o caso da
estrutura de concreto armado.

Figura: Abordagem analítica quanto ao produto e ao processo construtivo relativos ã estrutura de concreto
armado de um edifício.
Período de tempo ao qual se refere a
RUP
 A Tabela abaixo apresenta um exemplo de cálculo das RUP
diárias (RUPd) e cumulativas (RUPcum), a cada dia, para um
período de dez dias de execução de um serviço de alvenaria.
Supondo-se que, neste prazo de dez dias, se tenha
executado completamente e exclusivamente a alvenaria de
um pavimento-tipo, poder-se-ia dizer que o valor da RUPcic
seria de 0,81 Hh/m2 (fruto da divisão dos Hh gastos nos dez
dias pelo serviço feito nesse mesmo período); supondo,
ainda, que o período total de estudo seja relativo a duas
semanas (a primeira abrangendo os dias 1 a 5; e, a segunda,
os dias 6 a 10), ter-se-iam dois valores de RUPper: para a
semana 1, 0,871 lh/m2; para a segunda semana, 0,75l lh/m2
(resultado da divisão dos Hh gastos nos dias 6 a 10 pela
respectiva quantidade de serviço produzido: (88 + 88 + 64 +
72 +80)/(150 + 120 +100 + 70 + 80)).
Período de tempo ao qual se refere a
RUP
Período de tempo ao qual se refere a
RUP
 Além das RUP diária, cumulativa, cíclica e periódica, define-
se a RUP potencial (RUPpot), que seria um valor de RUP
diária (RUPd) associado à sensação de bom desempenho e
que, ao mesmo tempo, mostra-se factível em função dos
valores de RUPd detectados. Matematicamente a RUPpot é
calculada como o valor da mediana das RUPd inferiores ao
valor da RUPcum ao final do período de estudo.

 No caso do exemplo indicado na Tabela anterior, o valor da


RUPpot seria de 0,67 Hh/m2 (valor da mediana das RUPd:
0,80; 0,67; 0,59; 0,73 e 0,64). Ressalte-se, ainda, que o
mesmo conceito, para definição da RUPpot a partir das
RUPd, pode ser usado com relação às RUPcic
Período de tempo ao qual se refere a
RUP
 A Figura abaixo ilustra as RUP aqui definidas para o caso do
exemplo constante da Tabela anterior. Nota-se que a
variabilidade apresentada pelas RUPd é atenuada ao se
observarem os valores das RUPcum.
Período de tempo ao qual se refere a
RUP
 Cabe ainda comentar que, tendo-se definido
matematicamente a RUPpot como um valor a ser
buscado de produtividade ao se executar um
serviço, poderia ela servir de referência de
produtividade teoricamente alcançável e
considerar-se que a diferença entre a RUPcum e
a RUPpot representaria um afastamento da
situação real em relação à ideal.
Período de tempo ao qual se refere a
RUP
 Com isso, se poderia definir perda percentual de
produtividade da mão de obra (perda mo (%)) como:

Perda mo (%) = RUPcum – RUPpot x 100

RUPpot

 Denomina-se perda percentual de produtividade da mão de


obra ao afastamento percentual da RUPcum em relação à
RUPpot.
RUP
 O RUP organiza o desenvolvimento de software
em quatro fases, onde são tratadas questões
sobre planejamento, levantamento de requisitos,
análise, implementação, teste e implantação do
software.
 Cada fase tem um papel fundamental para que o
objetivo seja cumprido, distribuídos entre vários
profissionais como o Analista de sistema,
Projetista, Projetista de testes, entre outros.
Fases do RUP
Fases do RUP
 Fase de Concepção / Iniciação: Esta fase do RUP
abrange as tarefas de comunicação com o cliente e
planejamento. É feito um plano de projeto avaliando os
possíveis riscos, as estimativas de custo e prazos,
estabelecendo as prioridades, levantamento dos requisitos
do sistema e preliminarmente analisá-lo. Assim, haverá
uma anuência das partes interessadas na definição do
escopo do projeto, onde são examinados os objetivos para
se decidir sobre a continuidade do desenvolvimento.
Fases do RUP
 Fase de Elaboração: Abrange a Modelagem do modelo
genérico do processo. O objetivo desta fase é analisar de forma
mais detalhada a análise do domínio do problema, revisando os
riscos que o projeto pode sofrer e a arquitetura do projeto
começa a ter sua forma básica. Indagações como "O plano do
projeto é confiável?", "Os custos são admissíveis?" são
esclarecidas nesta etapa.

 Fase de Construção: Desenvolve ou Adquire os componentes


de Software. O principal objetivo desta fase é a construção do
sistema de software, com foco no desenvolvimento de
componentes e outros recursos do sistema. É na fase de
Construção que a maior parte de codificação ocorre.
Fases do RUP
 Fase de Transição: Abrange a entrega do software ao
usuário e a fase de testes. O objetivo desta fase é
disponibilizar o sistema, tornando-o disponível e
compreendido pelo usuário final. As atividades desta fase
incluem o treinamento dos usuários finais e também a
realização de testes da versão beta do sistema visando
garantir que o mesmo possua o nível adequado de
qualidade.
Fases do RUP
Período de tempo ao qual se refere a
RUP
 O RUP organiza o desenvolvimento de software
em quatro fases, onde são tratadas questões
sobre planejamento, levantamento de requisitos,
análise, implementação, teste e implantação do
software.
 Cada fase tem um papel fundamental para que o
objetivo seja cumprido, distribuídos entre vários
profissionais como o Analista de sistema,
Projetista, Projetista de testes, entre outros.
EXERCÍCIO 3
ROTEIRO DAS AULAS
1. Introdução
2. A Construção Civil e a Produtividade da Mão de Obra
3. Conceituando Produtividade da Mão de Obra
4. Indicadores para Avaliação da Produtividade
5. Entendendo a Variação da Produtividade
6. Avaliação da Produtividade Vigente
7. Previsão da Produtividade
8. A Melhoria na Produção e a Inserção da Discussão da
Produtividade da Mão de Obra dos Empreendimentos
Entendendo a Variação da
Produtividade

Por que a produtividade


da mão de obra varia?
Entendendo a Variação da
Produtividade
 Conceitualmente, o Modelo dos Fatores¹ (Thomas
& Yakoumis, 1987) teria uma resposta à questão.
Basicamente diz-se que, se todas as
características relativas ao serviço sendo
executado se mantivessem uniformes, não existiria
razão para a variação da produtividade.

¹ O Modelo dos Fatores foi proposto por H. Randolph Thomas, da


Pennsylvania State University - Estados Unidos da América; suas idéias
servem do fundamento para diversos procedimentos desenvolvidos por este
autor.
Entendendo a Variação da
Produtividade
 Mas, nos processos construtivos em Construção
Civil, a estabilidade é muito menor que na Indústria
Seriada
 Existem mudanças, quanto a um determinado
serviço, de uma obra em relação a outra e de um
dia em relação a outro na mesma obra.
 Portanto, a variação das características leva a
variações da produtividade. A essas características
que influenciam a produtividade se denominam
FATORES.
Entendendo a Variação da
Produtividade

E quais seriam tais


FATORES?
Entendendo a Variação da
Produtividade
 Inicialmente há que se dizer que os fatores
influenciadores da produtividade podem ser
observados sob os pontos de vista:
 da obra em estudo (por exemplo, as condições climáticas a
cada dia, a existência ou não de frente de trabalho suficiente ao
longo do transcorrer do serviço etc.);

 da comparação da obra com outras obras (por exemplo, se


usa ou não grua para transporte de blocos paletizados, a forma -
e valor - da remuneração dos operários etc.);

 da comparação entre diferentes regiões de localização de


conjuntos de obras (por exemplo, o nível de emprego vigente
na região, a postura do sindicato local etc.).
Entendendo a Variação da
Produtividade

Figura: Visão do processo com a indicação das partes onde os fatores influenciadores da produtividade podem
estar.
Entendendo a Variação da
Produtividade
 Com base na observação da Figura anterior, e na
tentativa de classificar os fatores potencialmente
alteradores da produtividade presentes nas várias
partes do processo mostrado em tal figura, diz-se que
a produtividade pode ser influenciada (Figura abaixo)

Figura: Classificação dos fatores influenciadores da produtividade


Entendendo a Variação da
Produtividade

 Visando uma familiarização com os termos (e,


principalmente, um aumento da percepção das
razões que podem levar a variações da
produtividade), mostram-se, a seguir, três exemplos
de estudo da produtividade: o primeiro, associado à
presença de diferentes fatores de conteúdo; o
segundo, analisando contextos distintos; e o
terceiro, apresentando o efeito das anormalidades.
Produtividade na execução de
alvenaria de vedação
 Com base na adaptação dos resultados obtidos em
dois estudos de caso realizados em obras de
construção de edifícios na Grande São Paulo, os
gráficos abaixo mostram a variação diária da
produtividade dos oficiais assentando alvenaria; a
RUPpot of (RUP potencial dos oficiais) calculada foi
de 0,51 Hh/m² para a obra A e de 0,73Hh/m² para a
obra B.
Produtividade na execução de
alvenaria de vedação

Obra A

Obra B
Entendendo a Variação da
Produtividade

Por que aconteceu essa


VARIAÇÃO?
Obra A

Obra B
Obra A

Obra B
Produtividade na execução de
alvenaria de vedação
 Uma das justificativas para a variação está ilustrada
nas duas FOTOS ANTERIORES, mostrando que a
maior incidência de paredes de pequeno tamanho
(fator ligado ao conteúdo do trabalho, na medida em
que se associa a características do produto sendo
realizado) fez a RUPpot of da obra B ser maior (pior,
portanto) que a da obra A.
Produtividade na execução de
revestimento interno de paredes com
argamassa
 Resultados extraídos do estudo da produtividade, na
execução de revestimentos internos de parede com
argamassa, feitos em uma obra de construção de edifícios
em São Paulo, que possuía duas torres distintas, para as
quais se aplicou a argamassa de maneira diferente (ver
fotos abaixo): na torre A os pedreiros faziam aplicação
manual, utilizando colher para lançar a argamassa; na torre
B a aplicação era jateada. Tem-se, portanto, diferença
quanto aos recursos de transformação utilizados,
constituindo-se este num fator ligado ao contexto do
trabalho.
Torre A Torre B
Produtividade na execução de
revestimento interno de paredes com
argamassa
 Os gráficos a seguir indicam a variação diária da
produtividade, nos dois casos; os valores da
RUPpot calculados, 0,51 Hh/m² para a torre A e
0,34Hh/m² para a torre B, mostram uma maior
facilidade (menor RUP = melhor
produtividade) para o serviço na segunda
torre.
Torre A

Torre B
Efeitos de anormalidades na produtividade
no caso de execução de fôrmas para
estrutura de concreto armado
 Os dados usados abaixo foram
extraídos/adaptados de um estudo de
produtividade, feito pelo autor, em obra de
construção nos Estados Unidos da América
 Dizem respeito ao uso de grandes painéis de
fôrmas para compor o molde de paredes de
concreto constituindo a estrutura vertical da obra
relativa a um ginásio poliesportivo.
Efeitos de anormalidades na produtividade
no caso de execução de fôrmas para
estrutura de concreto armado
 Tendo apresentado exemplos da influência de
diferentes fatores, vale a pena lembrar que, de
acordo com o Modelo dos Fatores, se o
conteúdo de um serviço e o contexto em que é
realizado não se alterassem ao longo do tempo,
a produtividade seria constante.
Efeitos de anormalidades na produtividade
no caso de execução de fôrmas para
estrutura de concreto armado
 A produtividade muda na medida em que ocorre uma
variação dos fatores associados ao conteúdo ou
ao contexto, conforme indicado na Figura abaixo:

Figura: Variação da produtividade ao longo do serviço.


Efeitos de anormalidades na produtividade
no caso de execução de fôrmas para
estrutura de concreto armado
 variação dos fatores associados ao conteúdo:
 peso dos blocos usados para fazer a alvenaria

 comprimento das vigas para as quais se estão executando as fôrmas

 seção dos pilares sendo concretados

 espessura do revestimento de fachada com argamassa

 variação dos fatores associados ao contexto:


 o tipo de equipamento de aplicação (jateador ou desempenadeira) do
gesso no revestimento de uma parede

 o equipamento de acesso à fachada (cadeirinha ou balancim) para


aplicação de textura

 a temperatura reinante
Efeitos de anormalidades na produtividade
no caso de execução de fôrmas para
estrutura de concreto armado
 Tais fatores podem ser:
 QUANTITATIVOS:
 sendo avaliados por mensurações de sua intensidade {por exemplo:
a temperatura reinante, mensurada em graus Celsius; a espessura
do revestimento, medida em centímetros)

 QUALITATIVOS:
 em relação aos quais se faz uma simples constatação quanto à sua
presença ou não (por exemplo: uso de aplicação mecanizada ou não;
uso predominante de tirantes externos para fôrmas de pilares ou
não).
Efeitos de anormalidades na produtividade
no caso de execução de fôrmas para
estrutura de concreto armado
 Existem algumas ocorrências (ANORMALIDADES), às
vezes associadas ao conteúdo, mas normalmente
relacionadas ao contexto, que, em função da sua
intensidade, provocam grandes distúrbios na
produtividade.
 São exemplos de anormalidades:
 a quebra de uma grua, responsável pelo transporte de grandes
painéis de fôrmas, no início da jornada de trabalho

 chuva torrencial durante a execução de revestimento de fachada;


dentre outros.
Tabela: Fatores considerados, pelos gestores de uma grande construtora, potencialmente
influenciadores da produtividade da mão-de-obra na concretagem de pilares.
Tabela: Fatores considerados, pelos gestores de uma grande construtora, potencialmente
influenciadores da produtividade da mão-de-obra na concretagem de pilares.
Tabela: Fatores considerados, pelos gestores de uma grande construtora, potencialmente
influenciadores da produtividade da mão-de-obra na concretagem de pilares.
Efeitos de anormalidades na produtividade
no caso de execução de fôrmas para
estrutura de concreto armado
 Quanto às anormalidades, há que se considerar
que existem ocorrências que atuam deteriorando
diretamente a produtividade (causadores
primários)
 Mas há outras que são causadoras por via
indireta de má produtividade ao facilitarem a
ocorrência das causas primárias.
Tabela: Reúne as principais causas de anormalidades citadas por Thomas e Smith (1990).
Tabela: Reúne as principais causas de anormalidades citadas por Thomas e Smith (1990).
 Cabe lembrar que a produtividade da mão de obra
varia segundo faixas bastante largas; portanto,
dominar os fatores que induzem tal variação pode
ser um instrumento extremamente interessante
para subsidiar a gestão.
 O esforço para se detectarem os fatores relevantes
pode ser ressarcido pela oportunidade de se
tomarem decisões pró-ativas (visando melhorar a
produtividade) ou reativas, minimizando problemas
devidos a produtividades não tão boas com as
quais se imagina ter de conviver num certo serviço
ou obra.
EXERCÍCIO 4
ROTEIRO DAS AULAS
1. Introdução
2. A Construção Civil e a Produtividade da Mão de Obra
3. Conceituando Produtividade da Mão de Obra
4. Indicadores para Avaliação da Produtividade
5. Entendendo a Variação da Produtividade
6. Avaliação da Produtividade Vigente
7. Previsão da Produtividade
8. A Melhoria na Produção e a Inserção da Discussão da
Produtividade da Mão de Obra dos Empreendimentos
Avaliação da Produtividade Vigente

 O PROCESSO DE AVALIAÇÃO
 Escopo da avaliação

 O levantamento de dados
 O processamento dos dados e a apresentação dos
resultados
 A análise dos resultados

 VALORES DE PRODUTIVIDADE DA MÃO DE OBRA


Avaliação da Produtividade Vigente

 O PROCESSO DE AVALIAÇÃO
 Escopo da avaliação

 O levantamento de dados
 O processamento dos dados e a apresentação dos
resultados
 A análise dos resultados

 VALORES DE PRODUTIVIDADE DA MÃO-DE-OBRA


Escopo da avaliação
 Entender a produtividade significa mensurá-la e detectar os
fatores que estão associados à sua ocorrência, conforme
Figura abaixo:

 Para entender a produtividade ocorrendo, é necessário


coletar dados relativos à equipe trabalhando (H), às horas
disponibilizadas para o trabalho (h), à quantidade de serviço
realizada (QS) e aos fatores relevantes presentes.
Escopo da avaliação
Critérios para definição de quantos e
quais serviços acompanhar.
Analisar os serviços que demandam
maiores quantidades de mão de obra

Quanto menos temos domínio sobre um serviço


mais deveríamos analisar sua produtividade.

Os serviços com mão de obra sob a responsabilidade


da empresa poderiam ser priorizados

Serviços mais longos permitem oportunidades maiores


de intervenção durante sua ocorrência
Serviços usualmente estudados
 Tem sido bastante comum, nas empresas que fazem
controle da produtividade da mão de obra, encontrarem-se
resultados relativos aos seguintes serviços:
 fôrmas

 Armação

 Concretagem

 assentamento de alvenaria

 revestimento interno com argamassa

 Contrapiso

 revestimento de fachada com argamassa

 revestimento cerâmico de piso

 revestimento cerâmico interno de paredes


Avaliação da Produtividade Vigente

 O PROCESSO DE AVALIAÇÃO
 Escopo da avaliação

 O levantamento de dados
 O processamento dos dados e a apresentação dos
resultados
 A análise dos resultados

 VALORES DE PRODUTIVIDADE DA MÃO-DE-OBRA


Levantamento de dados

 Os dados podem ser apropriados a partir de


diferentes fontes

 Estas podem ser classificadas como disponíveis


"antes" ou "após" o início da execução.
Antes do Após o início
início da obra da obra
Dados relativos à RUP
 Normalmente se faz uso de informações
coletadas na própria obra:
Dados relativos aos fatores
 Os fatores presentes devem ser detectados (no
caso dos qualitativos) ou quantificados (no caso
dos quantitativos).

 Tal tarefa pode ser toda executada durante a


execução da obra ou, idealmente, parcialmente
com base nos documentos disponíveis antes do
início do serviço.
Dados relativos aos fatores
 O check-list permite a indicação de características
não obteníveis no projeto do produto, que pode ser
preenchido durante a (e, pelo menos parcialmente,
antes da) execução do serviço.

Figura: Check-list de fatores para o serviço de revestimento interno de paredes com argamassa
Avaliação da Produtividade Vigente

 O PROCESSO DE AVALIAÇÃO
 Escopo da avaliação

 O levantamento de dados
 O processamento dos dados e a apresentação dos
resultados
 A análise dos resultados

 VALORES DE PRODUTIVIDADE DA MÃO-DE-OBRA


O processamento dos dados e a
apresentação dos resultados
 Devem ser coerentes com o destino que as
informações geradas terão, isto é, com as decisões
que subsidiarão
 Embora o registro, o processamento e a
apresentação eletrônicos sejam sempre desejáveis
(em função da agilidade, confiabilidade e facilidade
de guardar as informações compondo um banco de
dados), simples cálculos no canteiro e apresentações
verbais podem subsidiar decisões rápidas quanto a
alterações na organização do trabalho.
Tabela: Registro de horas e quantidades e processamento das RUP, para o serviço de contrapiso.
Mesmo com menos trabalhadores
(Oficial) obteve uma melhor RUPoficial

Tabela: Registro de horas e quantidades e processamento das RUP, para o serviço de contrapiso.
Tabela: Registro de horas e quantidades e processamento das RUP, para o serviço de contrapiso.
Quantitativo Qualitativo

Tabela: Apresentação dos fatores potencialmente influenciadores e das produtividades no serviço de


execução de fôrmas de vigas para obras de construção de edifícios
Avaliação da Produtividade Vigente

 O PROCESSO DE AVALIAÇÃO
 Escopo da avaliação

 O levantamento de dados
 O processamento dos dados e a apresentação dos
resultados
 A análise dos resultados

 VALORES DE PRODUTIVIDADE DA MÃO-DE-OBRA


A Análise dos Resultados
 Os diferentes grupos de operários avaliados
distribuem-se diferentemente ao longo das etapas do
fluxograma dos processos

Figura: Alocação usual dos operários ao longo das etapas do fluxograma dos processos
A Análise dos Resultados
 A RUPof está associada à avaliação da maior ou
menor dificuldade nas operações finais do serviço

 A RUPdir está associada ao esforço dos ajudantes


diretos e ao dos oficiais. Seu valor, ou a diferença
entre a RUPdir e a RUPof, representa a demanda por
suporte às operações finais

 A RUPglob representa o ônus total de mão de obra


do serviço, juntando a mão de obra de apoio à equipe
direta.
A Análise dos Resultados

RUPglob - RUPdir

Fortemente influenciada pela escolha do


sistema de fornecimento dos materiais e
componentes

Exemplos: dificuldade de descarregamento,


movimentação e montagem
A Análise dos Resultados

Aço pré-cortado e dobrado


A Análise dos Resultados
Argamassa pré-misturada em silo,
bombeada a seco para o andar e ali
misturada automaticamente.
Figura: Associação dos valores de RUPof, RUP dir e RUPglob com os esforços demandados que as influenciam.
Problemas com falta de frente de
trabalho em obra de construção
 Por um estudo de produtividade, no que se refere aos dias
11 e 13 (RUPdir respectivamente de 2,62Hh/m2 e
5,13Hh/m2, quando o potencial estava sendo considerado
algo em torno de 0,80Hh/m2), mostrou uma perda de
produtividade bastante acentuada, da equipe de fôrmas, que
tinha por causa o atrapalhamento do seu trabalho por falta
de frente para atuação, na medida em que os armadores,
funcionários de outra subempreiteira, estavam atrasados e
não deixavam pronta a armadura nas paredes cujas fôrmas
finais precisavam ser fechadas para liberar a concretagem.
Problemas com falta de frente de
trabalho em obra de construção

Exemplo: ESTUDO DE PRODUTIVIDADE


Dias RUPd

11 2,62Hh/m2
RUPpot = 0,80Hh/m2
13 5,13Hh/m2

Produtividade na equipe de fôrmas

Os armadores, funcionários de outra subempreiteira, estavam


atrasados e não deixavam pronta a armadura nas paredes
cujas fôrmas finais precisavam ser fechadas para liberar a
concretagem.
A Análise dos Resultados

Qual a importância da RUPd


A Análise dos Resultados

RUPd dá respostas imediatas

Se engaja no contexto de uso rápido

Vale tanto mais a pena se lidar com RUPd


quanto mais se estiver comprometido com a
tomada de decisões diárias que usem a
produtividade como subsídio.
A Análise dos Resultados

RUPcum
A Análise dos Resultados
RUPcum

“Esconde" os efeitos de bons ou maus


desempenhos diários

Caráter mais uniforme da curva mostrada


na Figura (não tem mais os "picos" e
"vales" do gráfico da RUPd na medida em
que boas ou más produtividades diárias são
atenuadas ao serem juntadas a um
conjunto de dias anteriores.
RUPcum

RUPd

Figura: Comparação RUPd e RUPcum.


A Análise dos Resultados

Então, por que estudar a


RUPcum?
A Análise dos Resultados

A RUPcum

serve para se detectarem tendências


quanto à produtividade

É com base em curvas desse tipo de RUP


que mais facilmente se vislumbram os
níveis finais que serão alcançados pela
RUP caso se mantenham as condições
vigentes.
A Análise dos Resultados
 A Figura abaixo mostra, graficamente, como o
conhecimento da RUPcum, num certo momento, e de
seu "histórico" até então, permite prognosticar seu
desempenho futuro.

Figura: Prognóstico da RUPcum ao final do serviço com base na sua determinação até um certo momento da
obra.
A Análise dos Resultados
RUPcum

Permite prognosticar seu desempenho futuro

Figura: Prognóstico da RUPcum ao final do serviço com base na sua determinação até um certo momento da
obra.
A Análise dos Resultados

A RUPperíodica

Exemplo RUPsemanal

Possui efeito semelhante, em curtos


prazos, ao da RUPcum "escondendo" um
pouco os efeitos de bons ou maus dias
esporádicos
A Análise dos Resultados

A RUPcíclica

só cabível quando o serviço apresenta


ciclos que se repetem

Possui características semelhantes à


periódica, tanto quanto a atenuar
problemas diários quanto com relação a
servir para a fixação e controle de metas de
curto prazo.
“Picos” indesejados
 Comportamento de “dente serra” Produtividade muito
variável.
RUPcum, há uma tendência de redução ao longo do
andamento do serviço e de estabilização.
A RUPper = RUPsem está oscilando um pouco
A RUPcic do 2º ciclo foi um pouco maior que a do 1º,
permitindo-se discutir as razões que tenham levado a essa
deterioração da produtividade, as quais deveriam ser
combatidas no próximo ciclo.
Avaliação da Produtividade Vigente

 O PROCESSO DE AVALIAÇÃO
 Escopo da avaliação

 O levantamento de dados
 O processamento dos dados e a apresentação dos
resultados
 A análise dos resultados

 VALORES DE PRODUTIVIDADE DA MÃO DE OBRA


Valores de Produtividade da Mão de Obra

 Ao longo dos últimos anos tem se intensificado


a preocupação, nos meios acadêmico e
profissional, quanto ao estudo da produtividade
da mão de obra.
 Um cuidado que se deve ter, no entanto, é o
de se definir claramente os critérios que foram
utilizados para se chegar aos resultados
mostrados
Valores de Produtividade da Mão de Obra

 Insisto na importância de cada empresa, de


uma maneira contínua, levantar seus próprios
indicadores.
 Fica o registro de que os indicadores de
produtividade serão cada vez mais valorizados
enquanto subsídio para a tomada de decisões.
Valores de Produtividade da Mão de Obra

E tal suporte é tão melhor quanto mais


apuradas forem as informações
propiciadas.

 O processo de coleta de indicadores


tem, portanto, de apresentar regras
bastante claras.
Valores de Produtividade da Mão de Obra

Portanto, uniformizar o tratamento


dado à produtividade, sem dúvida
alguma, propicia uma linguagem única
de comunicação, evitando mal-
entendidos que prejudicam a busca do
melhor caminho
Valores de Produtividade da Mão de Obra

 Em termos internacionais, os Grupos de Trabalho


"Organisation and Management of Construction" (W65)
e "Building Economics" (W55), do "International Council
for Research and Innovation in Building and
Construction" (CIB), possuem um projeto de pesquisa
internacional, denominado "International Benchmarking
of Labor Productivity", que pretende comparar a
produtividade da mão de obra em diversos países,
visando, entre outras coisas, um aprendizado cruzado
sobre como fazer para melhorá-la
EXERCÍCIO 5
ROTEIRO DAS AULAS
1. Introdução
2. A Construção Civil e a Produtividade da Mão de Obra
3. Conceituando Produtividade da Mão de Obra
4. Indicadores para Avaliação da Produtividade
5. Entendendo a Variação da Produtividade
6. Avaliação da Produtividade Vigente
7. Importância da Produtividade e da Qualidade
8. A Melhoria na Produção e a Inserção da Discussão da
Produtividade da Mão de Obra dos Empreendimentos
Valores de Produtividade da Mão de Obra

O termo PRODUTIVIDADE pode ser


definido como a relação entre o
produzido (output) e os recursos para
produzi-lo (input).

P = OUTPUT/ INPUT
Valores de Produtividade da Mão de Obra

Entretanto, uma análise mais cuidadosa nos leva a


duas definições básicas:
1- Produtividade parcial: relação entre o produzido,
medido de alguma forma, e o consumido de um dos insumos
(recursos) utilizados. Assim, a produtividade da mão de obra
é uma medida de produtividade parcial. O mesmo é válido
para a produtividade do capital.
2- Produtividade total: a relação entre output total e a
soma de todos os fatores de input. Reflete o impacto de todos
os fatores de input na produção do output.
QUAL A
IMPORTÂNCIA DO
ESTUDO DA
PRODUTIVIDADE?
O QUE FOCAR:
MÃO DE OBRA
OU
MATERIAL
?
COMO OTIMIZAR
A
MÃO DE OBRA
?
FORMAS TREPANTES
FORMAS TREPANTES
COMPLEXIDADE
DA
CADEIA
PRODUTIVA
?
AGENTES INTERVENIENTES:
Usuários (clientes) variam de acordo com:
Poder aquisitivo;
Regiões do País;
Especificidade do produto (habitações, hospitais, etc)

Responsáveis pelo planejamento do empreendimento:


Clientes privados;
Órgãos públicos.

Responsáveis pelos projetos:


Sondagens, topografia, etc;
Arquitetos e Urbanistas;
Projetistas estruturais e de instalações.
AGENTES INTERVENIENTES:
Responsáveis pelas diversas etapas de execução:
Construtores e subempreiteiros;
Profissionais autônomos.

Fornecedores de materiais e produtos:


Produtos não metálicos (cerâmica, vidro, etc)
Aço e outros produtos metalúrgicos;
Materiais elétricos;
Madeira;
Areia.

Responsáveis pela operação e manutenção das obras


ao longo de sua fase de uso.
QUALIDADE
NA
CONSTRUÇÃO
CIVIL,
QUANTO CUSTA
?
POSTURAS
ERRADO (ULTRAPASSADO) CERTO (ATUAL)
Obras com qualidade são Obras com qualidade
luxuosas e caras. atendem expectativas do
cliente e necessidades do
usuário.

Qualidade é um conceito Qualidade consiste no


vago, subjetivo, impossível de cumprimento de requisitos e
medir; você só conhece especificações do cliente.
quando vê.

Qualidade implica inspeção Qualidade é prevenir


100%, consertar o que saiu ocorrências de erros em
errado. relação às especificações nas
várias etapas de produção.
POSTURAS
ERRADO (ULTRAPASSADO) CERTO (ATUAL)
Qualidade é responsabilidade A responsabilidade é
do dept. de controle de compartilhada por todos.
qualidade.

Indicadores de produtividade Indicadores de qualidade:


já dão a medida da eficácia no uso dos recursos
qualidade. Indicadores de qualidade:
satisfação do cliente.
Qualidade só se consegue Qualidade é alcançada com a
contratando-se especialistas liderança dos dirigentes e
comprometimento de todos.
PADRONIZAÇÃO
O objetivo do desenvolvimento e implantação de um sistema
de padronização é reduzir a variabilidade dos processos,
gerando assim, a satisfação permanente do próximo e do
cliente externo.
PADRONIZAÇÃO
Os padrões da empresa devem ser uniformes quanto ao seu
entendimento, apresentação e aplicação.
TRÊS REGRAS DE
OURO
DIAGNÓSTICO DA
EMPRESA
QUALIDADE NO GERENCIAMENTO
Existem procedimentos padronizados pela própria
empresa para elaboração de orçamentos?
(Discriminação orçamentária, critérios e procedimentos
de medição de serviços, composições unitárias, sistema
informatizado).

Existe planejamento do canteiro de obras?


(Layout, programação visual, sistemas de transporte e
circulação, área de vivência).

Existe planejamento formal das etapas de produção?


(Cronogramas detalhados ou PERT).
QUALIDADE NO GERENCIAMENTO
Existe planejamento da entrega de materiais e
gerenciamento de estoque (suprimento)?

Existe planejamento de atividades e operações com o


respectivo dimensionamento das equipes?

Existe controle e retroalimentação do planejamento das


etapas, atividades e operações?

Existe apropriação dos custos efetivamente incorridos?

Existe um programa de segurança no trabalho e


melhoria das condições de alojamento?

Existem procedimentos para execução dos serviços?


QUALIDADE NO GERENCIAMENTO
Existe controle de qualidade nos serviços?

Existe controle tecnológico dos materiais produzidos em


obra?

Existe um programa de aferição e calibração dos


equipamentos de medição e ensaio?

Existe um programa de manutenção de equipamentos e


ferramentas?

Existe um programa de seleção e qualificação de


fornecedores de serviços?
QUALIDADE EM RH
Existem critérios para seleção e contratação
de pessoal?

Existe programas de treinamento na


empresa?

Existe avaliação de desempenho dos RH?

Existe sistema de incentivos (financeiros ou


motivacionais) na empresa?
COMO
PROMOVER A
MELHORIA
CONTÍNUA
?
MEIOS DE PROMOVER
Análise de resultados de inspeção;

Análises dos relatórios de Auditorias;

Ação corretiva e preventiva;

Monitoramento de Indicadores;

Avaliação Pós-ocupação;

Registro de reclamação de clientes;

Pesquisas internas e externas.


EXERCÍCIO 6
ROTEIRO DAS AULAS
1. Introdução
2. A Construção Civil e a Produtividade da Mão de Obra
3. Conceituando Produtividade da Mão de Obra
4. Indicadores para Avaliação da Produtividade
5. Entendendo a Variação da Produtividade
6. Avaliação da Produtividade Vigente
7. Importância da Produtividade
8. A Melhoria na Produção e a Inserção da Discussão da
Produtividade da Mão de Obra dos Empreendimentos
Figura: Melhoria anual e cumulativa de produtividade da mão de obra
Valores de Produtividade da Mão de Obra

 Importância produtividade com base quantitativa


(Acabar com os “achismos” isto é, "eu acho" que está
bom ou "eu acho" que isto deveria ser diferente)
 A mensuração e o prognóstico da produtividade
ganham, neste cenário, um papel bastante importante,
ao poderem constituir um sistema de informações que
subsidie decisões relativas aos empreendimentos de
construção, seja em termos de sua produção ou de sua
concepção.
Valores de Produtividade da Mão de Obra
 Importância abandonar posturas simplistas (e
incorretas) de considerar que a má produtividade é
causada por "nossos operários analfabetos“
 Embora seja sempre válida a ideia de buscar o
aprimoramento da formação de nossos trabalhadores
 A melhoria da produtividade deve ser gerenciada com a
consciência de que ela depende das características do
produto que se quer executar, dos processos adotados
e da maior ou menor ocorrência de anormalidades
durante a produção.
A MELHORIA NA PRODUÇÃO

Figura: Resultados obtidos em duas obras com produtos a executar e


processos de produção semelhantes, com níveis de anormalidades
diferentes: a) obra com menos anormalidades; b) obra com mais
anormalidades
A MELHORIA NA PRODUÇÃO
 A RUP(cum - pot) pode ser considerado uma "perda de
mão de obra". E vale lembrar, dentro de um raciocínio
simplista mas que vale a pena fazer, que 20% de perda
de mão de obra representa um ônus não menor que os
atuais valores de margem com que as empreiteiras
conseguem trabalhar frente ao que lhes é pago.
 Portanto, combater as anormalidades, e fomentar ações
proativas para que as anormalidades não venham a
acontecer, é uma tarefa que deve ser cumprida pelo
gestor da produção.
A MELHORIA NA PRODUÇÃO

Figura: Faixa de valores percentuais de ∆RUP (cum – pot) detectados


em obras estudadas no últimos cinco anos.
A MELHORIA NA PRODUÇÃO

Figura: O PDCA: P= programar (ou reprogramar); D= desenvolver o


trabalho; C= controlar; A= avaliar.
APLICAÇÃO PDCA (EXEMPLO)
 Edifício Habitacional
 Estrutura de concreto armado e alvenaria de vedação
 MO Subempreiteiro (preço unitário de alvenaria)
 Construtora Implantação do PDCA RUP sem
 Reunião (Subempreiteiro + Construtora)
 Banco de dados Obras anteriores
 Produtividade de 1Hh/m² RUPpot.of = 0,5Hh/m² +
Afastamento esperado = 0,17Hh/m² + relação
ajudante:oficial = 1:2
APLICAÇÃO PDCA (EXEMPLO)
 Primeira Semana = 1,86Hh/m²
 Muito Acima do esperado
 Creditado ao mau treinamento inicial da MO
 SOLUÇÕES:
 Aprimoramento MO

 Correção da relação ajudante:oficial

 Definir um faixa de horário mais estreita para entrega dos paletes

 Oferecer um prêmio

 RESULTOU:
 Produtividade de 1,08Hh/m²
APLICAÇÃO PDCA (EXEMPLO)
FERRAMENTAS DA
QUALIDADE
BRAINSTORMING (TEMPESTADE DE IDEIAS)

técnica utilizada para fomentar a apresentação de ideias, por um grupo


de pessoas, sem censura inicial, e com a busca posterior de consenso
na direção da escolha das ideias consideradas mais apropriadas pelo
próprio grupo
FOLHAS DE VERIFICAÇÃO

Reúnem aspectos a serem contemplados na busca da melhor


produtividade, os quais podem ser averiguados ao longo do
processo
DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO (E. PEIXE)

Serve para registro, num diagrama com a forma de espinha de peixe,


de eventuais motivos para uma má produtividade detectada
DIAGRAMA DE PARETO

Permite a comparação da importância relativa de vários itens, como,


por exemplo, das perdas de produtividade nos vários serviços em
execução
GRÁFICO DE TENDÊNCIAS

Permite a visualização de tendências, por exemplo, de indicadores


de produtividade ao longo do tempo
MELHORIA NA
PRODUÇÃO
A MELHORIA NA PRODUÇÃO
Ao se tomarem decisões de mudança na
situação vigente, visando melhorar a
produtividade, como em vários outros tipos
de decisão, tem-se de enfrentar riscos e
arcar-se com eventuais ônus demandados
pela modificação proposta.
Tabela: Exemplo de avaliação e ponderação de quesitos, para
balizar a tomada de decisões quanto às alterações do processo de
produção, visando melhorar a produtividade da mão de obra.
A PRODUTIVIDADE
DA MÃO DE OBRA E
AS DIVERSAS
ETAPAS DE UM
EMPREENDIMENTO
A PRODUTIVIDADE DA MÃO DE OBRA E AS
DIVERSAS ETAPAS DE UM
EMPREENDIMENTO
A boa ou má produtividade melhor ou
pior eficiência no uso da mão de obra
durante a produção de uma obra
 Pode ser discutida de uma maneira mais
ampla, envolvendo outras etapas do
empreendimento e mesmo outros agentes
da cadeia produtiva.
Figura: Ilustra a sequência de etapas que compõem um empreendimento.
A PRODUTIVIDADE DA MÃO DE OBRA E AS
DIVERSAS ETAPAS DE UM
EMPREENDIMENTO
 Estudo de Viabilidade:

o conhecimento da produtividade permite maior


precisão na avaliação do custo de uma obra,
dando maior confiabilidade à decisão do
empreendedor

 permite também a comparação de partidos


arquitetônicos e tecnológicos alternativos para um
edifício. Não se deve esquecer que tem-se
convivido com variações de consumo de mão de
obra, por metro quadrado de construção,
superiores a 100%.
A PRODUTIVIDADE DA MÃO DE OBRA E AS
DIVERSAS ETAPAS DE UM
EMPREENDIMENTO
 Projeto:
 define o conteúdo do trabalho de cada serviço
que, por sua vez, tem grande influência sobre a
produtividade da mão de obra nos serviços (Ex.
Paginação de cerâmica).
 O projeto tem ainda influência na quantidade de
serviço por unidade de área, o que influencia o
número de Hh por metro quadrado de área
construída
A PRODUTIVIDADE DA MÃO DE OBRA E AS
DIVERSAS ETAPAS DE UM
EMPREENDIMENTO
 Planejamento:
 Programação:
 o conhecimento da produtividade permite uma
definição mais precisa do prazo necessário para
cada atividade que compõe a execução da obra
permite, ainda, trabalhar-se com níveis mais
microscópicos de programação
 Orçamento:
 a inclusão da visão analítica de produtividade
variável nas composições unitárias poderia trazer
um ganho de qualidade na gestão muito
significativo
A PRODUTIVIDADE DA MÃO DE OBRA E AS
DIVERSAS ETAPAS DE UM
EMPREENDIMENTO
 Contratação dos Fornecedores:
 pode-se ter benefícios no que diz respeito à mão de obra,
mas também aos materiais e equipamentos. Na medida em
que se tenha maior precisão no prognóstico da
produtividade, fica mais fácil, por exemplo, definir um preço
justo a ser pago para um subempreiteiro de mão de obra.

 Também se pode entender melhor os benefícios, na


redução de RUP, trazidos pela adoção de certos
equipamentos, para serem compostos com os ônus
adicionais na sua disponibilização, para poder-se tomar a
melhor decisão.
A PRODUTIVIDADE DA MÃO DE OBRA E AS
DIVERSAS ETAPAS DE UM
EMPREENDIMENTO
 Produção da obra:
 podem-se detectar todas as influências das
decisões tomadas em outras etapas, bem como
se deve providenciar uma boa gestão, que inclua
a contínua discussão da produtividade vigente,
para que os melhores resultados sejam
alcançados.
A PRODUTIVIDADE DA MÃO DE OBRA E AS
DIVERSAS ETAPAS DE UM
EMPREENDIMENTO
 Utilização:
 A produtividade poderia ser levada em conta, em

especial em um momento em que as decisões de


viabilidade ao longo da vida útil tornam-se cada
vez mais importantes. Assim é que partes do
produto que tiverem concepção levando a maiores
necessidades de manutenção certamente
implicarão uma demanda maior, ao se somar o
período de Utilização ao da Produção, de Hh por
unidade de produto.
 O estudo da produtividade tem cada vez
mais servido ao propósito de constituir um
sistema de informações que, ao mesmo
tempo, alimenta a tomada de decisões e é
realimentado pelos resultados avaliados
quanto à implementação de tais decisões, em
um fluxo contínuo que vem tornando a gestão
uma atividade cada vez mais importante e o
gestor uma figura cada vez mais preciosa.
EXERCÍCIO 7

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