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Administração de Materiais

Profa. Dra. Alcione Lino de Araújo


V(t) x t > v(t) x t - Estoque aumenta
V(t) x t < v(t) x t - Estoque diminui
V(t) x t = v(t)x t - Estoque mantém-se inalterado

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EXEMPLO
◼ A empresa Fahd consome o item BJ3 de 450 unidades por dia. O
BJ3 é comprado de terceiros e usado na montagem do produto
final da empresa. Sabendo-se que, em uma semana útil de 5 dias,
a Fahd recebeu dois lotes de 2.500 unidades do item, qual foi a
variação do estoque na Fahd nessa semana?

Recebimento: V(t) x t = 2 x 2.500 unidades = 5.000 unid/semana


Consumo: v(t) x t = 5 dias/semana x 450 unidade/dia = 2.250 unid/semana
Como V(t) x t > v(t) x t = o estoque aumentou em 2.750 unid. na semana

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O que é gestão de estoque?
◼ A gestão de estoque é o planejamento, direção,
controle, coordenação e organização de todas
as atividade ligadas às aquisições de materiais e
estoques, desde o ponto de sua concepção até
sua introdução no processo de fabricação. Por
outro lado, apresenta diferente definições como:
Fornecimento, Logística, Gestão de Estoques,
Cadeia de Suprimentos, entre outros; para
designar cargos e órgãos com títulos diferentes,
mas com responsabilidade idênticas.

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◼ A gestão de estoque consiste em
ter os materiais necessários na
quantidade certa, no local certo e
no tempo certo à disposição do
órgão que compõem o processo
produtivo da empresa. Entretanto,
devido ao montante investido em
materiais, as empresas procuram
sempre o mínimo tempo de
estocagem e o mínimo de estoque.
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Qual a importância dos materiais?

◼ Os materiais tem uma importância muitas


vezes maior do que a proporção dos custos
e despesas operacionais; isto nos mostra a
importância do planejamento e da Adm. de
Materiais e da influência direta nos
resultados da empresa.

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A importância dos materiais na empresa
1. As quantidades de materiais utilizados e consumidos
crescem em função de sua demanda.
2. A demanda se forma através do atendimento aos
clientes.
3. A área de marketing enfoca a satisfação do cliente, mas
compete à área de Gestão (operações), por meio da
administração de materiais, fornecer os recursos para
isso.
4. A coordenação dos planos por essas duas áreas
constitui a administração da demanda. Que ocorre a
longo, médio e curto prazos, estando vinculada,
respectivamente, ao planejamento estratégico, à
projeção da demanda agregada e à administração da
demanda por item.
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Qual o objetivo da gestão de estoque?
1. Conhecer a importância da área de materiais para o
sucesso da empresa.
2. Saber quais são as principais funções e tarefas da
área.
3. Fazer o inter-relacionamento com outras áreas.
4. Assegurar a maior disponibilidade de material na
empresa com um mínimo de aplicação de capital.
5. Ter suprimento de material com prazo, quantidade,
qualidade e preço.
6. Otimizar os custos administrativos da área de
materiais.
7. Otimizar os custos operacionais da área.

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Objetivo e Função básica

1.ESTOQUE - porção disponível de mercadorias.


Porção armazenada de mercadorias para
vendas, exportação, ou uso.

O uso do papel dos estoques nas empresas é tão antigo


quanto o estudo da própria administração. Ele funciona como
elemento regulador, quer no fluxo de produção, no caso do
processo manufatureiro, quer de vendas, no processo
comercial, os estoques sempre foram elo da atenção dos
gerentes.

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◼ Os estoques devem funcionar como elemento
regulador do fluxo de materiais nas empresas, isto é,
como a velocidade com que chegam à empresa é
diferente da velocidade com que saem (ou são
consumidos), há a necessidade de certa quantidade
de materiais, que ora aumenta, ora diminui,
a m o r t e c e n d o a s v a r i a ç õ e s .
◼ A manutenção de estoques traz vantagens e
desvantagens às empresas. Vantagens no que se
refere ao pronto atendimento aos clientes, e
desvantagens no que se refere aos custos
decorrentes de sua manutenção. Compete ao
administrador de materiais encontrar o ponto de
equilíbrio adequado à empresa em certo momento,
embora os benefícios decorrentes do pronto
atendimento sejam mais difíceis de ser avaliado do
q u e o s c u s t o s d e c o r r e n t e s .

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O que é estoque?

“Acumulação armazenada de
recursos materiais em um sistema
de transformação”

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◼ “São acúmulos de matérias primas, insumos,
componentes, produtos em processo e produtos
acabados que aparecem em numerosos pontos por
todos os canais logísticos e de produção na
empresa” (BALLOU 2002, p.349) .

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Políticas de Estoque
1. O problema de dimensionamento de estoque
reside na relação entre:
◼ Capital investido;
◼ Disponibilidade de estoque;
◼ Custos Incorridos; e
◼ Consumo e demanda.
2. Retorno de Capital

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RETORNO
DE
CAPITAL

RENTABILIDADE
X GIRO DE CAPITAL

LUCRO : VENDAS VENDAS


: CAPITAL

RECEITA CIRCULANTE

- +
DESPESAS REALIZÁVEL

+
PERMANENTE

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Compras

◼ Compras
❑ objetivos, funções e fluxo geral de compras
◼ Processos
❑ Previsão de Compras (definido pelo
dimensionamento dos estoques);
❑ Solicitação/Cotação e Negociação;
❑ Pedido de compras;
❑ Recebimento da Mercadoria (retorna para o
controle de Estoque);
◼ Gestão - relatórios
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Previsão de Compras
A previsão de consumo ou da demanda
estabelece as estimativas futuras dos produtos
acabados ou serviços comercializados pela
empresa.
◼ É o ponto de partida de todo o planejamento
empresarial;
◼Não é uma meta de vendas; e

◼Sua precisão deve ser compatível com o custo


de obtê-la.

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Previsão de Compras
◼ Depende da política de estoques
❑ “o quê” comprar (quais itens)
❑ “quando” comprar
❑ “quanto” comprar

◼ Categorias de previsão
❑ quantitativas
❑ qualitativas

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Previsão - Categorias
◼ Quantitativa
❑ Evolução das vendas no passado
❑ Influência de promoção e propaganda
❑ Variáveis externas ligadas às vendas - aumento
da população, da renda,...

◼ Qualitativa
❑ opiniões dos gerentes, vendedores, compradores,
etc.

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Solicitação/Cotação e Negociação
◼ Dados da requisição
❑ número da solicitação
❑ código e descrição das mercadorias
❑ unidades, quantidades, últimos preços, etc.
◼ Dados de ofertas de fornecedores
❑ preços por volume
❑ impostos
❑ prazos de entrega, condições de pagamento
❑ embalagens e transportadoras
◼ Cálculos comparativos da tomada de preços
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Pedidos de Compra
◼ Contrato formal entre comprador e fornecedor
◼ Dados do Pedido
❑ Número e data do pedido
❑ Dados cadastrais do fornecedor
❑ Dados das mercadorias
❑ Preços e condições acordadas (prazo e pagamentos -
parcelas)
❑ Impostos
❑ Dados da transportadora, de frete, local de entrega
❑ Observações (número pedido na fatura)

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Recebimento da Mercadoria
◼ Conferência NF do fornecedor contra o pedido
e baixa do pedido
◼ Conferência visual da mercadoria contra NF do
fornecedor
◼ Devolução de mercadorias com problemas ou
trocadas
❑ geração de NF de devolução
◼ Entrega do doc. de pagamento ao Contas a
Pagar
◼ .... Entrada em estoque
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Gestão de Compras
◼ Manutenção do cadastro de fornecedores
❑ novos fornecedores/exclusão
❑ atualização dos dados cadastrais (endereço, e-mail,
contato, telefones,...)
◼ Manutenção do cadastro de mercadorias
❑ Exclusão de mercadorias (por obsolescência, não
uso, ...)
❑ Padronização do cadastro de mercadorias
(constante visualização de todos os códigos e
descrições)
❑ Abertura de novas mercadorias
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Gestão de Compras (cont.)
◼ Acompanhamento de compras
❑ posição dos pedidos (no fornecedor, em trânsito,
...)
❑ pedidos pendentes, cancelados, entregues
❑ reajuste de preços por %, item, por linha de
produto, por fornecedor, ...)

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Importação
◼ Seleção de fornecedores estrangeiros
◼ Contratação de empresa de desembaraço
alfandegário
❑ preparação de guias
❑ contratação de espaço em armazéns
alfandegários
◼ Contratação de empresa de transportes em
containers

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Novas Formas de Comprar
◼ Compras globalizadas ( global sourcing)
◼ EDI ( electronic data interchange)
✔ rapidez, segurança e precisão do fluxo de
informações;
✔ redução dos custos;
✔ facilidade na colocação de pedidos; e
✔ sedimentação do conceito de parcerias.
◼ Empresas virtuais
◼ Compras via Internet
◼ Cartões de crédito

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Previsão - Métodos Gerais

◼ Modelos de evolução de consumo: horizontal,


tendência, sazonal,...
◼ Último período: baseado na compras e consumo do
último período – se refere a última compra
◼ Média Móvel: média dos consumos calculada em
vários períodos – CMM = C1 + C2 + ....CN / N
◼ N = período (tempo)
◼ Mínimos Quadrados: minimiza as distâncias entre
os pontos de consumo – Equação linear

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CONTROLE DE
ESTOQUE
FUNÇÕES E RESPONSABILIDADES

◼ Acompanhar a evolução do consumo de materiais,


dos preços;
◼ Efetuar estudos para a padronização dos materiais;
◼ Acompanhar o custo, o preço e a composição dos
cardápios;
◼ Acompanhar o fluxo das solicitações de compra;
◼ Analisar as compras consideradas urgentes;
◼ Analisar as requisições de materiais;

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Cont.

◼ Controlar as sobras de materiais em eventos;


◼ Controlar o estoque físico-financeiro dos materiais
do almoxarifado;
◼ Coordenar, planejar e dirigir a realização de
inventários;
◼ Elaborar orçamentos e cálculos de custo e preço;
◼ Emitir relatórios sobre a posição dos estoques,
movimentação e consumo de materiais;

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◼ Sugerir e adotar critérios para a fixação de níveis
de estoque (Máximo e mínimo);
◼ Supervisionar o recebimento de materiais;
◼ Verificar as condições acertadas para a entrega de
materiais;
◼ Verificar as condições de guarda e armazenagem
dos materiais em relação a segurança, à guarda e à
limpeza;
◼ Verificar o estoque de material inativo, em desuso e
em excesso, sugerindo soluções e providencias.

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CONTROLE FINANCEIRO DOS
ESTOQUES

Além do controle físico dos estoques,


deve-se realizar também o controle
financeiro.
O setor encarregado lança diariamente,
na ficha de controle todas as compras
efetuadas (notas fiscais) e todas as saídas
(requisições internas). Com estes dados,
pode-se avaliar financeiramente os estoques,
tais como:

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◼ Preço do primeiro ou preço do último produto
comprado: não recomendado pela distorção
que provoca nas estimativas;

◼ Preço médio:é o mais utilizado, consiste:


Preço médio=(estoque anterior x preço unitário) + (compras x Preço unitário)
estoque anterior + compras

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POLÍTICA E GESTÃO DE ESTOQUES

◼ Para gerir os estoques convenientemente é preciso estabelecer


inicialmente os estoques mínimos e máximos, levando-se em
consideração:

➢ A rotatividade dos produtos;


➢ A localização do estabelecimento: próximo ou afastado dos
principais centros de abastecimento;
➢ Tempo necessário para a entrega do produto;
➢ Rentabilidade de cada produto;
➢ Espaços físicos adequados e necessários para estocagem.

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Custo dos Estoques
◼ Armazenagem → quanto mais estoque → mais área necessária
→ mais custo de aluguel.
◼ Manuseio → quanto mais estoque → mais pessoas e
equipamentos necessários para manusear os estoques → mais
custo de mão de obra e de equipamentos.
◼ Perdas → quanto mais estoque → maiores as chances de perdas
→ mais custo decorrente de perdas.
◼ Obsolescência → quanto mais estoque → maiores as chances de
materiais tornarem-se obsoletos → mais custos decorrentes de
materiais que não mais serão utilizados.
◼ Furtos e Roubos → quanto mais estoques → maiores as chances
de materiais serem furtados e/ou roubados → mais custos
decorrentes.

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Custos Diretamente Proporcionais

◼Custo do capital = i x P
I = taxa de juros corrente
P= preço de compra unitário do item de
estoque
◼Ca =Custo de armazenagem

◼Cc =Custo de carregar estoques

Cc = Ca + I x P
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Custos Inversamente Proporcionais

◼ Custos de obtenção (na compra)


◼ Custos de preparação (na produção interna)
◼ Para uma demanda D no período considerado,
com lotes de compra (ou de produção) Q e custo
de uma compra (ou de uma preparação) Cp,
teremos:

◼ Cobt ou Cprep = (D/Q) x Cp (no período)

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Custo Total de Manutenção
dos Estoques
◼ CT = (Ca + i x P) x (Q/2) + Cp (D/Q) + CI
◼ onde:
❑ CT - custo total

❑ (Ca + i x P) x (Q/2) - custos diretamente


proporcionais
❑ Cp (D/Q) - custos inversamente proporcionais

❑ CI - custos independentes da quantidade

(p/ex. aluguel do galpão)

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NÍVEIS DE ESTOQUE
◼ Curva dente de serra
◼ A curva dente de serra representa a movimentação
de entrada e saída dentro de um sistema de
estoque pode ser feita por um gráfico, em que a
abscissa é o tempo decorrido (T), para o consumo,
normalmente em meses, e a ordenada é a
quantidade em estoque no intervalo
Quantidade
do tempo (T).

Tempo

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Ciclo da Curva Dente de Serra
◼ Não existir alteração de consumo durante o tempo T;
◼ Não existirem falhas administrativas que provoquem um
esquecimento ao solicitar a compra;
◼ O fornecedor da peça nunca atrasar sua entrega; e
◼ Nenhuma entrega do fornecedor for rejeitada pelo controle de
qualidade.

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◼ O intervalo L serve como segurança para as
possíveis falhas no estoque que porventura
possam acontecer durante o prazo de
entrega do material solicitado.
◼ É fácil verificar que intervalo (estoque) L será
um estoque morto; ele existirá simplesmente
para enfrentar as eventualidades que
possam acontecer. Porém; deve-se ter
bastante cuidado, critério e bom senso ao
dimensionar ou selecionar este estoque de
segurança. Nunca deverá ser esquecido que
ele representa capital empatado e
inoperante.
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TEMPO DE REPOSIÇÃO ou
PONTO DE PEDIDO (PP)
◼ Para se calcular o estoque mínimo(Emn) precisa-se
de informações básicas que são transmitidas,
apontadas, pelo tempo de reposição (TR). Isto é, o
tempo que se gasta desde a verificação, contagem,
de que o estoque precisa para ser reposto até a
chegada do material que comprado ou que foi feito
pedido.
◼ Emissão do pedido;
◼ Preparação do Pedido;
◼ Transporte.
PP

Emn

TR
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◼ O tempo de reposição (TR) tem uma importância
muito grande, pois ele tem que ser a pura realidade
da empresa; porque se houver por menor que seja
a variação deste tempo aumentará toda a estrutura
do sistema de estoque ( ciclo ).
◼ Para se calcular o estoque disponível ou estoque
virtual é necessário ter conhecimento:
◼ Estoque existente;
◼ Os fornecimentos (fornecedores) que estão
atrasados;
◼ Os fornecimentos (fornecedores) em aberto dentro
do prazo.

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Estoque Virtual = estoque físico + saldo de fornecimento

Estoque Virtual = Estoque Físico + Saldo de


Fornecimento + Estoque em Inspeção

Ponto de Pedido = C x TR + ESTOQUE MÍNIMO

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CÁLCULO DO ESTOQUE DE SEGURANÇA

◼ Estoque Médio: é o nível médio de


estoque em torno do qual as operações
de compra e consumo se realizaram.
E.M. = E. MN + Q
2

◼ Estoque Máximo: é igual a soma do


estoque mínimo mais o lote de compra
E.Mx = E. Mn + Lote de Compra

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◼ Estoque Mínimo: é uma quantidade morta, só sendo
consumida em caso de necessidade. Estoque mínimo é
também uma das mais importantes informações para a
administração de materiais, porém essa importância está
ligada diretamente ao grau de imobilização financeira da
empresa. É a quantidade mínima que deve existir em estoque,
que se destina a cobrir eventuais retardamentos no
ressuprimento, objetivando a garantia do funcionamento
ininterrupto e eficiente do processo produtivo, sem risco de
faltas. As causas que ocasionam as falhas são:
❑ Oscilação no consumo;
❑ Oscilação nas épocas de aquisição (atraso no tempo de
reposição);
❑ Variação na quantidade e qualidade, quando o controle de
qualidade rejeita um lote;
❑ Remessas por parte do fornecedor, divergente do solicitado;
❑ Diferença no inventário.

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EMn = (C.Max – C.Médio) x TR

Produto acabado = custo das vendas


Estoque médio de produtos acabados

EMn = C x K
EMn = (C.Max – C.Médio) x TR

Rotatividade = Consumo médio anual


Estoque médio

G.A = Quant. Atendida


Consumo necessário
EMn = C x TR

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Classificação e
Codificação de Materiais
CLASSIFICAÇÃO de MATERIAIS
Curva ABC ou Curva de Pareto
◼ A classificação é o processo de aglutinação
de material por características semelhantes.
Grande parte do sucesso no gerenciamento
de estoque depende fundamentalmente de
bem classificar os materiais da empresa. Ele
serve também, dependendo da situação, de
processo de seleção para identificar e decidir
prioridades.
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◼ A classificação, análise ou curva ABC é uma das
formas mais usuais de se examinar estoques. É um
importante instrumento para a administração de
estoques; ela permite identificar aqueles itens que
justificam atenção e tratamento adequados quanto à
sua administração.
◼ Essa classificação, análise ou curva ABC consiste
na verificação, em certo espaço de tempo
(normalmente 6 meses ou 1 ano), do consumo, em
valor monetário ou quantidade, dos itens de
estoque, para que eles possam ser classificados em
ordem decrescente de importância; definindo a
política de vendas, a programação da produção, o
consumo de itens num escritório ou em sua própria
casa. Profª Alcione Lino de Araújo 52
Atributos para Classificação de Materiais

◼ Abrangência = deve tratar de uma gama de


características em vez de reunir apenas
materiais para serem classificados.
◼ Flexibilidade = deve permitir interfaces entre
os diversos tipos de classificação, de modo
que se obtenha ampla visão do
gerenciamento de estoque.
◼ Praticidade = A classificação deve ser direta
e simples

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Tipos de Classificação

◼ A classificação deve ser analisada no todo,


em conjunto, visando propiciar decisões e
resultados que contribuam para atenuar o
risco de falta.

◼ Os critérios de ressuprimento fixados para


esses materiais possibilitam a renovação do
estoque sem a participação do usuário.

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Os materiais de estoques são classificados
◼ Quanto à aplicação
1. Materiais Produtivos, matéria-prima, produtos
de fabricação, produtos acabados, materiais
improdutivos e materiais de consumo geral.
◼ Quanto ao valor do consumo anual
1. É necessário contar com a ferramenta da
CURVA ABC ou Curva de Pareto, método pelo
qual se determina a importância dos materiais
em função do valor expresso pelo próprio
consumo em determinado período.
◼ Quanto a importância operacional
Melhor controle do estoque por classe
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◼ Quanto a Perecibilidade
1. O fator TEMPO influencia na classificação,
podendo classificá-los como:
a) Pela ação higroscópica: materiais que possuem
grande afinidade com o vapor de água e podem
ser retirados da atmosfera: sal marinho, cal
virgem, etc.;
b) Pela limitação do tempo: remédios, alimentos,
etc;
c) Produtos Instáveis: produtos químicos que se
decompõem ou se polimerizam
espontaneamente: peróxido de éter, óxido de
etileno, etc;
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d) Produtos Voláteis: amoníaco, álcool, etc;
e) Por contaminação pela água: materiais
que se degradam pela adição direta de
água: óleo para transformadores;
f) Por contaminação de partículas sólidas:
materiais que, em contato com partículas
sólidas, como areia e poeira, poderão perder
parte de suas características físicas e
químicas: graxas;
g) Pela mudança de temperatura: sob
refrigeração, selantes para vedação, etc;

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h) Por queda, colisão ou vibração: vidros,
cristais, instrumentos de medição, etc;

i) Pela ação da luz: filmes radiológicos,


fotográficos, etc;

j) Pela ação de animais: materiais sujeitos ao


ataque de insetos ou outros animais,
durante a estocagem: grãos, madeiras, etc.

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Curva de Pareto

◼ Vilfredo Pareto, economista, sociólogo e engenheiro


italiano (1848-1923), em 1897, muito antes das
pesquisas econométricas, descobriu, ao estudar a
distribuição de renda entre a população do sistema
econômico em que viva, certa regularidade na
distribuição da renda nos países capitalistas e
também naqueles onde imperavam relações feudais
ou de capitalismo nascente, estabelecendo um
princípio, segundo o qual o maior segmento da
renda nacional concentrava-se em uma pequena
parte da mesma renda.

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Metodologia do Cálculo

◼ A curva encontrada é subdividida em três classes:


❑ Classe A – é constituída por poucos itens, de 5 a 20% do
total de itens que são responsáveis pela maior parte do
valor monetário dos estoques, entre 65 a 85%;
❑ Classe B – é constituída por uma quantidade média de
itens, de 15 a 30% do total, que representam entre 15 a
25% do valor do estoque.
❑ Classe C – é constituída de uma enorme quantidade de
itens, de 50 a 80% do total, que representam um valor
insignificante, de 10 a 15% do valor total.

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◼ Após os itens terem sido ordenados pela importância
relativa, as classes da curva ABC podem ser definidas
das seguintes maneiras:

❑ Classe A – Grupo de itens mais importantes que devem ser


tratadas com uma atenção especial pela administração;
❑ Classe B – Grupo de itens em situação intermediária entre as
classes A e C;
❑ Classe C – Grupo de itens menos importantes que justificam
pouca atenção por parte da administração.

◼ A classificação ABC é baseada no bom senso e na


conveniência de um adequado controle de estoques.
As porcentagens poderão variar conforme as
necessidades da empresa. O importante é saber onde
concentrar mais atenção nos estoques.
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Confecção da Curva ABC

◼ Para se confeccionar a curva ABC deverão


ser providenciados:
1. pessoal treinado e preparado para fazer
levantamento;
2. formulário para a coleta de dados; e
3. norma e rotinas para o levantamento.

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FIGURA 3 – Curva ABC.

100% Valor Consumo Acumulado


30000

5,15%
26,52% 25000

20000
68,33%

50% 15000

10000
A B C
5000

0% 0
0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 39 42 45 itens

20% 30% 50% 100%


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Classificação ABC
◼ Classe A - Imprescindíveis
Geralmente
◼ Grupo de itens mais importantes que devem
ser tratados com uma atenção especial pelos
20 % dos itens administradores.
◼ Classe B - Importantes
Geralmente ◼ Grupo de itens em situação intermediária
30 % dos itens
entre as classes A e C.
◼ Classe C - Demais
Geralmente ◼ Grupo de itens menos importantes que
justificam pouca atenção pelos
50 % dos itens administradores.
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Classificação ABC - Graficamente

Diferenciação no comportamento das curvas


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Exemplo – Classificação ABC
Dados coletados:
Preço Consumo Valor do
Colocando em ordem:
Material Grau
unitário anual consumo
A 1,00 10.000 10.000 8º
B 12,00 10.200 122.400 2º
C 3,00 90.000 270.000 1º
Valor do
D 6,00 4.500 27.000 4º Grau Material Acumulado %
consumo
E 10,10 7.000 70.000 3º 1º C 270.000 270.000 46
F 1.200,00 20 24.000 6º 2º B 122.400 392.400 67
G 0,60 42.000 25.200 5º 3º E 70.000 462.400 79
H 2,80 8.000 22.400 7º 4º D 27.000 489.400 83
I 4,00 1.800 7.200 10º 5º G 25.200 514.600 88
J 60,00 130 7.800 9º 6º F 24.000 538.600 92
7º H 22.400 561.000 95
• Classe A (20%) = C, B 8º A 10.000 571.000 97
• Classe B (30%) = E, D, G 9º J 7.800 578.800 98
• Classe C (50%)= F, H, A, J, I 10º I 7.200 586.000 66100

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Exercício – Classificação ABC
Um estoque de materiais apresentou a movimentação que
se segue ao longo de um ano. Elaborar a classificação ABC,
determinar o giro de estoque e a cobertura, supondo 365
dias no ano e o valor do estoque médio ao longo do ano
igual a R$ 3.900,00.
Item nº Descrição Quantidade Utilizada Valor Unitário
1 Canetas 500 $ 3,00
2 Copinhos 18.000 $ 0,02
3 Copos 10.000 $ 0,75
4 Pastas (100 por caixa) 75 $ 40,00
5 Folhas de cartolina 20.000 $ 0,05
6 Fita adesiva (rolos) 450 $ 1,00
7 Impressos 135.000 $ 0,50

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Codificação de Materiais

◼ O objetivo da codificação de materiais é


definir uma catalogação, simplificação,
especificação, normalização,
padronização de todos os materiais
componentes do estoque da empresa.
◼ A codificação não deve existir dúvida ou
gerar confusão.
◼ A codificação pode ser: alfabética,
alfanumérica, numérica, código de barras
ou decimal
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Sistema Decimal Simplificado ou
Federal Stock Number
00 - 00 - 000

Chave aglutinadora

Chave individualizadora

Chave descritiva

1ª chave 2ª chave 3ª chave

00 – Ferragens 00 – Pregos 000 – tam. 10x10


001 – tam. 13x15
002 – tam. 14x15

01 – Parafusos 000 – cab.red. 1/4x1/8


001 – cab.red 1/4x3/16

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Codificação
Codificação 1 (tipos e grupos coincidindo numérica)

◼ 030 – Material de Consumo


❑ 030 001 – Caneta
❑ 030 002 – Papel para laser
❑ 030 003 – Papel higiênico
❑ 030 004 – Blocos de notas fiscais
❑ 030 005 – Sabonetes
❑ 030 006 – Impressos de requisição / devolu-ção
de mercadorias

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Codificação 2 (tipos e grupos diferenciados)

◼ 030 – Material de Consumo


❑ 030 01 – Material de Escritório
◼ 030 01 001 – Caneta
◼ 030 01 002 – Papel para laser
❑ 030 02 – Material de Limpeza
◼ 030 02 001 – Papel higiênico
◼ 030 02 001 – Sabonetes
❑ 030 03 – Impressos
◼ 030 03 001 – Blocos Notas Fiscais (BNF)
◼ 030 03 002 – Blocos Movimentação Mercadorias (BMM)

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Código de Barras - Padrão EAN
(Europe Article Number)
◼ O código de barras é uma representação
gráfica de caracteres numéricos ou
alfanuméricos, uma combinação de barras e
espaços em sequência que seguem uma
lógica determinada de acordo com o padrão
do código utilizado.

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◼ Os códigos de barras devem ser lidos
(decodificados) por SCANNERS que são
equipamentos capazes de interpretar e fornecer o
código decodificado ao sistema de controle de
estoque o qual efetuará a operação solicitada.

◼ O uso dos leitores ópticos reduz sensivelmente o


tempo de digitação do código do produto tornando
as operações de movimentação e cadastro dos
materiais muito mais rápidas e precisas, eliminando
falhas humanas nesta operação, trazendo maior
segurança para o sistema de controle de estoque.

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◼ No Brasil a implantação de código de barras
têm a supervisão da EAN Brasil –
Associação Brasileira de Automação
Comercial, criada pelo Decreto 90.095/84 e
Portaria 143 do Ministério de Indústria e
Comercio. No elenco de código de barras,
cada uma das modalidades existentes tem
aplicações especificas. O Brasil, em face do
citado decreto, passou a adotar o sistema
EAN (Europe Article Number).

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EAN-8
3 dígitos (cedidos pela EAN) : País
4 dígitos (cedidos pela EAN do Brasil) : Produto
1 dígito (obtido através de cálculo algoritmo): Dígito de controle.

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EAN-13
3 dígitos (cedidos pela EAN) : País
5, 4 ou 3 dígitos (cedidos pela EAN do Brasil) : Empresa
4, 5 ou 6 dígitos (cedidos pela EAN do Brasil) : Produto
1 dígito (obtido através de cálculo algoritmo): Dígito de controle

Dígito de
controle
Produto

Empresa

País

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