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VIVER:
DESESPERO
OU
ESPERANÇA?
1. A Origem do Desespero
2. O Sistema Religioso
3. O Sistema Filosófico
4. O Sistema Científico
5. Um Universo Criado de um Princípio de Pluralidade
6. A Constituição do Desespero
7. A Esperança
8. A Convergência do Tempo de Sua Vinda ao Mundo
9. A Vinda de Cristo
10.A Redenção
11.Vivendo na Esperança
GENEALOGIA DO
DESESPERO
1 2
. .
“Dele não comereis” ANTÍTESE
(Gn. 3:3) “É certo que não morrereis”
(Gn. 3:4)
A resposta que se fez ouvir por parte da mulher foi: "Do fruto das
árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do
jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais."
Lúcifer anteriormente sugeriu que o que Deus disse poderia ser posto em dúvida
e a sua seta mentirosa penetrou mais profunda do que se poderia esperar, quando
vemos sua conseqüência imediata na resposta dada pela mulher. Quando foi
posta em dúvida a verdade absoluta de Deus, foi aberta a porta para que ela
pudesse ser alterada. Foi assim que aconteceu, quando a mulher acrescentou ao
mandamento de Deus algo que ele não havia declarado: "Nem tocareis". Deus
não havia dito isso, ma antes: "De toda árvore do jardim comerás livremente, mas
da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque no dia em que
dela comeres, certamente morrerás."
Se se põe dúvida no que Deus disse, pode-se perfeitamente alterar
tanto o que Ele disse como negar o que ele disse. Esse foi o final daquele trágico
diálogo, porque então disse a serpente à mulher: "É certo que não morrereis.
Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e,
como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal". A verdade agora já havia
sido negada, taxativamente e mentirosas promessas estavam sendo feitas.
Observemos as propostas de autonomia e soberba: "se vos abrirão os olhos" e,
"como Deus, sereis..." Terrível malogro. A divinização do homem rebaixa-o mais
do que qualquer outra coisa.
Com a morte do desejo de obedecer a Deus, vem automaticamente
a glorificação do "eu", o que leva o indivíduo "a viver para si".
Isso aconteceu primeiramente com a mulher, pois, " vendo que a
árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar
entendimento, tomou-lhe do fruto e o comeu, e deu também ao marido, e ele
comeu". (Gênesis 3:6)
Daquele ato de desobediência foi que se desencadeou todo esse
sistema de morte reinante no mundo, e ainda a cobiça concebida no Éden é a
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mesma que caracteriza o consumismo dos nossos dias.
A queda trouxe consigo as mais catastróficas conseqüências, que
são notadas em todas as reações do homem e do seu ambiente.
Entre as inúmeras conseqüências da queda, queremos, na presente
postulação, apresentar apenas cinco. Vejamo-las:
Em primeiro lugar, houve a depravação da natureza humana:
"Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na
terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração". (Gênesis 6:5)
O homem feito ereto, no princípio comparado ao homem caído do
resto da História, é, na verdade, uma aberração, um desfigurado, um
irreconhecível. À semelhança de um morto que, apresentado para identificação e
não a obtendo, seria enterrado como um não-identificado, como um indigente.
Com a queda, repetimos, o homem se tornou um ser desfigurado e
irreconhecível.
O Salmo 14:3 diz: "Todos se extraviaram e juntamente se
corromperam: não há quem faça o bem, não há nenhum sequer." É assim que
Deus vê o homem caído!
Em segundo lugar, houve a separação entre Deus e o homem. Faz-
se necessário, para que se tenha um vislumbre da realidade dessa separação,
compreender, antes de tudo, a santidade de Deus.
Mais de 555 vezes na Bíblia, lêem-se os termos Santíssimo e Santo,
mostrando o caráter santo da natureza divina. A principal palavra do Velho
Testamento é GADHÔSH que, em sua origem semítica, significa "separação". A
santidade de Deus pode ser considerada como a síntese de todos os seus
atributos, ou ainda pode ser chamada de "o atributo dos atributos". A santidade é
o padrão da conduta de Deus, padrão esse que é a Sua própria natureza
intrínseca. Podemos então dizer que santidade é o padrão de Deus e que Deus é
o padrão da santidade.
De fato, é importante saber que Deus é santo, e que em sua
natureza santa há total repulsa pelo pecado e pela desobediência.
Foi a natureza santa do Criador que levou Adão e sua mulher a se
esconderem de Deus; a se sentirem nus, mesmo depois de já terem tecido vestes
de folhas de figueira para se cobrirem. Mas, essa santidade só se mostra
condenadora diante do pecado. Antes de haver pecado, esse confronto não se
manifestava.
Um dos grandes exemplos da Bíblia, da manifestação da
consciência de pecado do homem em relação ao caráter santo de Deus, é-nos
apresentado no livro de Isaías, capítulo 6, quando da narrativa da visão que
aquele profeta teve da glória de Deus. A progressão da narrativa mostra-nos que,
quando a santidade de Deus foi proclamada e manifestada, Isaías exclamou: " Ai
de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de
um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei... o Senhor!..."
O pecado se embrenhou na natureza humana, legou ao homem um
desgraçado estado de separação de Deus. O que antes da queda não se fazia,
passou a ser feito depois dela, ou seja: a invocação de Deus ( Gênesis 4:26). A
relação do homem com Deus, anterior à queda, era natural e constante, não
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havendo, portanto, necessidade de uma invocação, pois Deus não estava separado
do homem em relacionamento e comunhão.
Quando o homem pecou, um grande abismo surgiu entre ele e
Deus, no sentido da comunhão e do relacionamento entre ambos. A santidade de
Deus é incompatível com estado de pecaminosidade da criatura humana.
Anteriormente à queda, Deus estava separado do homem e de sua
criação apenas no que diz respeito à sua infinitude como Criador e pessoa
independente:
O diagrama daquele estado pode ser assim representado:
DEUS
Q Homem e Criação
U
E Abismo criado pelo pecado do homem
D
A
Homem e o resto da Criação (Romanos 8:22-25 )
1) A morte física.
A Bíblia diz: "Do suor do teu rosto comerás o teu pão, até que
tornes à terra, pois dela fostes formado: porque tu és pó e ao pó tornarás."
(Gênesis 3:19) Outras referências interessantes a essa área da morte são-nos
apresentadas em Hebreus 9:27 e no Salmo 89:48, respectivamente: "Aos homens
está ordenado morrerem" e "Quem há que viva, e não veja a morte?". Poderíamos
citar muitas referências bíblicas que fazem alusão a essa área da discussão,
porém isso se torna dispensável em razão de que esta é uma lei universal e
irrefragavelmente incontestável. Dela todos os que vivem participam. Quem dela
tem podido isentar-se?
Há um provérbio russo que diz: "Não se morre mais de uma vez,
mas dessa viagem ninguém escapa." Os cemitérios atestam a realidade dessas
palavras. Escreve-se com profundidade e a terra revelará em seu coração os
fósseis de muitos anos passados que testemunham essa lei universal. Mas, a
princípio, as coisas não eram assim. Essa não era a realidade dos seres vivos.
Alguns levantam a seguinte questão: Como, num mundo sem
morte, o homem resolveria o problema da explosão demográfica? De fato sabe-se
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que, em muitos países, a morte parece ser uma boa solução para os seus
problemas econômicos e demográficos. Tomemos como exemplo a Índia:
quando os ingleses lá chegaram e vacinaram milhares de pessoas contra a raiva,
extinguiram um elemento controlador das labaredas demográficas da Índia. Essa
foi a reclamação de milhares de hindus. Não obstante, o problema da explosão
demográfica não se manifestaria se a queda não tivesse havido. Deus é
controlador de todas as coisas. Ele promoveria o perfeito equilíbrio na balança
demográfica.
Se Deus não tivesse pronunciado a sentença de morte a todos os
homens depois de caídos, todos continuariam vivendo em seus pecados e
maldades, até que a terra se tornasse o próprio inferno. Imaginemo-nos vivendo
no mundo em que prosseguissem, ao mesmo tempo, as maiores aberrações
morais e os maiores déspotas da história. Que se faria num mundo em que na
mesma época vivessem Caim, Lameque, Manassés, Antíoco Epifânio, Nero,
Hitler, Stálin, Idi Amin e o aiatolá Komeíne? Acreditamos que isso seria o
inferno. Você gostaria de viver nesse mundo? Imagine-se fazendo um concurso
público no qual homens de sete mil anos de idade estivessem concorrendo. Você
teria condições de competir com essas feras da cultura milenar? Imagine,
também, que o nosso mundo é terrivelmente manipulado por uns poucos, que
concentram as riquezas e o poder em suas mãos. Esses déspotas tornam-se
poderosos no espaço de apenas uma geração, mas quando eles morrem a terra
respira. Você já pensou no que aconteceria se eles vivessem para sempre? De
quem seria esse mundo? Talvez conseguíssemos contar numa só mão os seus
donos.
A Bíblia, no entanto, revela: "Visto que os seus dias estão
contados, contigo está o número dos seus meses; Tu ao homem puseste limites,
além dos quais não passará." (Jó 14:5)
A morte é a mais comprovada de todas as leis do universo. Os seres
quando nascem já começam automaticamente uma carreira inconsciente - exceto
no caso do homem que é consciente - contudo, ininterrupta, para o fim. É nessa
direção que eu e você estamos caminhando também!
2) A morte espiritual.
Em Efésios 2:1, lemos: "Ele vos deu vida, estando vós mortos nos
vossos delitos e pecados." E no mesmo livro, capítulo 5:14, encontramos:
"Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos e Cristo te iluminará."
Por que a Bíblia diz que o homem caído está em delitos e pecados?
Simplesmente porque a vida espiritual depende total e intrinsecamente das
relações entre o espírito do homem e Deus. Como já vimos, Deus abomina o
pecado, e sua natureza santa não se compatibiliza com ele. É, pois, necessário
saber que o pecado afasta completamente a possibilidade de Deus comunicar-se
com o homem, e a ausência de Deus, que é a própria vida em essência e
plenitude, deixa o homem morto na solidão e nos seus pecados. Essa morte,
alienação e solidão do homem, pode ser ilustrada vividamente pelo exemplo do
pintor Mondrian (1872-1944). Lutando para tentar expressar nos seus quadros
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uma arte universal, Mondrian buscava retratar o universo da existência. Por isso,
chegou à conclusão de que não poderia emoldurar os seus quadros, para que eles
não parecessem buracos na parede. Todavia observou que havia uma
discrepância entre o quadro, a parede e a mobília. Em razão disso, começou a
compor a parede e a mobília, de maneira que pudessem ajuntar-se ao quadro
como um todo. Assim, Mondrian conseguiu um equilíbrio entre o quadro, a
parede e a mobília. Entretanto, ao se observar um homem diante desse conjunto,
nota-se outra discrepância: O universo de Modrian não se harmoniza com o
homem, pois essa é a sensação que se tem quando um ser humano fica à frente
desse complexo-universo-existencial. Essa é a morte e a solidão do homem em
seus delitos e pecados.
É interessante esta dimensão espiritual do homem na qual este já se
considera morto, mesmo quando ainda está vivo no corpo. É a respeito destes
mortos-vivos que Jesus se referiu ao chamar um judeu para segui-lo. Na ocasião,
o discípulo disse que não poderia segui-lo pois ainda precisava enterrar o seu pai.
Mas Jesus lhe disse: "Deixa aos mortos o enterrar os seus próprios mortos." A
primeira vez que a palavra mortos é usada no versículo, ela faz alusão àqueles
que, conquanto estejam vivos, já estão mortos. Na segunda referência, a palavra
mortos mostra a realidade dupla da morte: tanto no corpo, quanto no espírito.
Fica, pois, demonstrado que a queda trouxe ao homem também a
experiência de morrer espiritualmente.
3) A morte eterna
BIBLIOGRAFIA SUMÁRIA
BIBLIOGRAFIA SUMÁRIA
A metafísica do impessoal
A filosofia de hoje
BIBLIOGRAFIA SUMÁRIA
A história da ciência
Foi Lord Kelvin quem afirmou: "Quem pensa com força suficiente,
será impulsionado pela ciência a crer em Deus."14 De modo bastante enfático, o
biólogo Edward Conklin disse que "a probabilidade de a vida ter-se originado de
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um acidente é comparável à probabilidade de um novo dicionário ser o resultado
de uma explosão numa editora".15 No entanto, foi justamente nos arraiais
científicos que o ateísmo lançou sua pedra fundamental, para erigir um
monumento dedicado ao acaso e admirado pelos filhos do desespero por ele
imposto.
Como já vimos em linhas passadas nesta discussão, o atual sistema
de autonomia existente no pensamento da elite graduada pela academia científica
hodierna nada mais é do que um posicionamento filosófico que tem determinado
os pressupostos das avaliações empíricas da ciência modernizada; isto é, na hora
em que o estudo científico termina e começa a coleta de dados a respeito de
qualquer fenômeno natural para começar o trabalho do cientista, normalmente o
estudo ganha as feições filosóficas do pesquisador. Sem dúvida, os homens muito
raramente estão abertos para enxergar fora da peneira psicológica e filosófica de
suas próprias mentes. Eis a razão por que, com os mesmos dados, os cientistas
tantas vezes chegam a conclusões tão opostas.
A nosso ver, em muitas mentes sinceras, ainda que envolvidas por
esse sistema autônomo, o posicionamento materialista é conseqüência de um
estado de cansaço existencial, visto ser totalmente impossível descobrir e
restringir a pessoa infinita de Deus ao sistema fechado. Por isso, homens de real
sinceridade assumem o ateísmo por não encontrarem a pessoa de Deus na
engrenagem dos fenômenos obtidos num tubo de ensaio. Mas há ainda o grupo
dos moralmente comprometidos, que preferem usar o nome da ciência atéia
como atenuante de seu estado de comprometimento ético e moral. Como disse
Aldous Huxley: "Quanto à minha própria pessoa, a filosofia de não haver
significado no Universo foi essencialmente um instrumento de libertação sexual
e política". 16
Foi Jean Paul Sartre quem expressou uma das verdades mais
significativas para quem quer se situar no universo e na existência. Ele disse que
a questão filosófica básica consiste em que algo é.
Na realidade, essa é a verdade: algo é. Não podemos negar o fato de
que estamos vivendo em algum lugar no tempo e no espaço.
A crise filosófica não é, primariamente, admitir que algo seja. O
grande e real problema é saber se o que é é por iniciativa de Alguém, ou se
sempre existiu, ou ainda, se passou a ser por mero e absurdo acaso.
Sempre ter sido ou passado a ser por um acidente universal
posterior é tão ateístico quanto se possa rotular algo de casual.
A metafísica do descriado Universo que é crê reduzir boa parte da
complicação já existente da complexidade universal abolindo um Deus de
existência-inerente bastante complexa, ou seja, um Ser que é espírito, que pensa,
que sente, que tudo pode e que é infinitamente existente.
Tenho ouvido com alguma freqüência esse tipo de negação de
Deus: “Crer num ser como Deus é complicar demais o Universo. É melhor
aceitar somente o Universo e diminuir a complicação.”
O engano, entretanto, é que a existência de algo como o Universo é
absurda sem Deus. Quando alguém diz que não pode aceitar a existência de Deus
por ser complicada, está complicando mais as coisas.
Primeiramente porque ao rejeitar Deus dizendo que sua existência é
complexa demais, cai-se no absurdo de aceitar pela fé ou pela “imposição de uma
realidade palpável”, um Universo complicado, isto é, um Universo divino, sem
princípio nem fim, ao menos na coisa ou no vácuo onde ele está. E onde é esse
lugar? Que vácuo é esse? Quais são os seus limites? Se tem limites, tem
referenciais de limites e, por conseguinte, novos espaços e realidade. E ainda se a
matéria universal deixa de existir a 15 bilhões de anos-luz daqui, como supõe
Luiz Bernardo Ferreira Clauzet, do Instituto Astronômico e Geofísico da
Universidade de São Paulo, então o que há para além desse último referencial
material? A pergunta se reforça ante a afirmativa de Richard Wielebinski, de que
“as nossas teorias nos obrigam a aceitar que o Universo é finito, sem saber o que
existe além dele”
Esse é um problema complexo: um Universo finito e, ao mesmo
tempo, cercado por algo que não se conhece. Ao admitirmos toda essa
complexidade e não há jeito de negá-la, pois vivemos nela estamos
aceitando viver pela fé em algo divinamente complexo e, portanto, não se está
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afastando o problema de termos que viver e aceitar algo que, em si, tem o
mistério do divino.
Em segundo lugar, a questão se torna mais séria ainda, quando está
em análise o material que compõe esse Universo: a energia. A energia é de
origem desconhecida. Dela derivam todas as outras formas e estruturas de
existência no universo dos sólidos, líquidos e gasosos.
O assunto é tão misterioso que chega a cair no místico, mesmo
quando as mentes cientificas tentam explicá-las. Observe-se alguns textos
eivados desse misticismo semântico: No começo havia apenas hidrogênio e hélio
(como se esses dois gases não necessitassem de explicação. Eu chamo a isso de :
o dogma da matéria primária). O universo era simples do ponto de vista químico
(mas não do ponto de vista químico (mas do ponto de vista metafísico). Dessa
matéria nasceram as estrelas, e estas, por sua vez, geraram os átomos mais
complexos nas poderosas reações termo nucleares que se processaram
continuamente em suas entranhas. De tais átomos se formaram as moléculas do
homem. Todos esses átomos foram preparados nas estrelas.
Algumas das palavras usadas no parágrafo anterior, e que estão em
itálico, melhor se adequariam em alguns livros de teologia simplista.
Quando alguns homens negam a existência de Deus por causa da
complexidade de um Ser como Deus, estão aceitando lidar e viver sem
explicações num Universo que se torna infinitamente complicado e absurdo a
partir de si mesmo e em si mesmo.
Usando uma expressão filosófica inadequada para expressar melhor
o nosso pensamento diremos: o elemento básico inerente a Deus (o espírito) e,
metafisicamente, mais simples do que a matéria básica inerente ao universo (a
energia).
Deus é mais complexo do que o Universo, senão, não o poderia
conceber e executar, mas a Sua intrinsicidade não é metafisicamente mais
complicada do que a energia universal.
Num Universo como o nosso, o espírito é a única maneira de ser
que não apela para a exacerbação de fé simplista.
Vejamos: energia é movimento mais força. Logo, são dois os
fenômenos. Todavia, não há movimento sem uma força que o acione. Tampouco
uma força sem um movimento anterior. Nesse caso a metafísica da energia seria
sempre o zero absoluto. Mas o eu divino admite uma espécie de movimento sem
deslocação, pois o que não era era em Deus e o que passou a ser foi feito em
Deus e por Deus, de maneira que um Ser, que é tanto imanente como
transcendente à sua criação ( e tal se dá com Deus que criou tanto em si, por si e
tudo fora de si, pois o que Ele criou não é Ele) possui um EU e pode ter esse
movimento sem deslocação. Não precisa movimentar-se para agir e, ao agir,
movimenta sem movimentar-se; porque a imanência de Deus pode ser imanente
no movimento produzido sem ser movimento em si, por causa da sua
possibilidade de ser em transcendência.
Quando a lógica parte de um Deus que é espírito e que criou o
Universo, ela está apenas achando muito mais razoável que a complexidade e
ordem que há no Universo não necessitam, além da complexidade dela mesma,
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apelar para o milagre criador do deus-absurdo. Sim, é mais lógico e menos
complicado, tanto em estrutura de ser como também em justificativa do que
existe, admitir a realidade de um Criador. Como disse Isaaque Newton: “O
ateísmo é tão insensato. Quando contemplo o sistema solar, vejo a terra colocada
a uma distância correta do sol para receber as quantidades adequadas de calor e
luz. Isto não acontece por acaso. Os movimentos dos planetas têm que ser
dispostos por um braço divino” (Gênio científico e homem de fé John Tiner,
pág. 144).
Há cada, dia mais firmemente definida no século XX, a idéia de
que há um Deus no Universo, esse Deus deve ser uma Unidade-Energética-
Impessoal.
Albert Einstein criticou fortemente os religiosos que não aceitavam
a religiosidade cósmica, ou seja, o Sistema Energético Universal como sendo o
Deus que existe.
Einstein dizia que sua religiosidade cósmica “consistia em
espantar-se em extasiar-se diante da harmonia das leis da natureza, que revelam
uma inteligência tão superior que todos os pensamentos humanos e todo seu
engenho nada podem desvendar diante dela a não ser seu nada irrisório.” Este
sentimento, pensava Einstein, desenvolve a regra dominante da vida do devoto da
religiosidade cósmica e de sua coragem, na medida em que supera a servidão dos
desejos egoístas. Entretanto, quando ele fala de egoísmo, fala de “pessoa”, ainda
que deformada. Todavia, essa é a tragédia: egoísmo e “pessoísmo”. Nesse caso,
teríamos uma pessoa contemplando um deus não-pessoa. E o problema que daí
advém é que o homem como ser pessoal é qualitativamente mais elevado do que
o deus impessoal que o criou. Como disse Bertrand Russel: “Os que tentam fazer
do humanismo uma religião, que nada admitem maior que o homem, não
satisfazem meus sentimentos. E no entanto, não posso crer que, no mundo
conhecido, haja alguma coisa que eu possa valorizar além dos seres humanos... A
verdade impessoal não-humana parece-me uma ilusão. E assim meu intelecto
segue com os humanistas embora meus sentimentos se oponham violentamente.”
Esse era o paradoxo de Russel: Com a razão-fria (intelecto) ele amava o calor da
existência do homem (pessoalidade). Mas com o calor dos seus sentimentos
como homem, ele repudiava tal idéia; ou seja, ele se esforçava para ser
sentimental com um universo sem sentimento na sua metafísica, e racional e frio
com aquilo que é sentimentalmente real o homem como pessoa. Esse é o tipo
de “devolução que a religiosidade cósmica produz nos seus adeptos.
Os adeptos da “religiosidade cósmica” dos nossos dias crêem que
em grau infinitamente elevado, o Budismo organiza os dados do Cosmo e estes
são decifrados com a ajuda de Schopenhauer.
Einstein cria que os gênios-religiosos de todos os tempos se
extinguiam por esta religiosidade ante o
Cosmo. Afirmava ele que essa religiosidade não tem dogmas nem Deus
concebido à imagem do Homem.
O famoso físico acertou ao dizer isso. Realmente o que caracteriza
a “religiosidade cósmica” é a sua total impossibilidade de falar à “pessoa” do
homem. Dizer que na religião panteísta não há um Deus feito à imagem do
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homem é, também, afirmar que nela não há nada com que o homem como ser
profundo, particular, pessoa (e até egoísta) possa se identificar. Nesse sentido, a
“religiosidade cósmica” sé é grande em equação filosófica, mas é infinitesimal
em relação ao “cosmo interior do homem.” O que é maior: o universo exterior no
qual os homens vivem ou o universo interior no qual os homens são? O que é
mais complexo: a nossa galáxia ou os sentimentos do homem?
Quando querem forçar-nos a aceitar ou por vaidade ou por
ignorância que o deus-coisa existente é suficiente para explicar o Universo, eles
se esquecem da pessoa do homem. Distraem-se ou fogem de três implicações:
1) Ninguém até hoje conseguiu tirar personalidade de
fontes não pessoais.
2) A religiosidade Cósmica (Panteísmo) não se identifica
com a personalidade do homem.
3) Que é irracional, pelo método filosófico da análise,
você começar a estudar a conclusão maior desse universo conhecido,
que é a pessoa do homem, como disse Russel, e partindo dessa
conclusão ou ápice universal, não chegar a uma “premissa pessoal”. Ao
invés disso, e contra o método de que a inferência de premissas a partir
das conseqüências é a essência da indução, tanto na investigação da
matemática quanto para descobrir as leis gerais em qualquer das
realidades científicas, eles começam com um “homem pessoal” e
querem terminar numa “energia sem coração”.
BIBLIOGRAFIA SUMÁRIA
GENEALOGIA DA
ESPERANÇA
Jean Paul Sartre disse que os homens “são angústia”. Todavia, ainda que
“angustiadamente” os homens são esperança. O que se sente interiormente desiludido, o
que foi abandonado pelos filhos e amigos, o que está paralisado num leito de
enfermidade e até mesmo a que reivindica para si o direito de praticar o suicídio
científico da eutanásia, projeta para depois da morte um espectro de esperança falando
da sobrevivência do psiquismo individual ou da tese espírita da reencarnação.
“Então Moisés, tornando-se ao Senhor, disse: Ò Senhor, por que afligiste este
povo? Por que me enviaste? Pois, desde que me apresentei a Faraó, para falar-lhe em
Teu nome, ele tem maltratado este povo. E Tu de nenhuma sorte o livraste.”
Deus sempre está presente, mas há vezes em que Ele manifesta uma presença-
ausência para não nos tirar da esperança. Sua presença nos “estimula” na esperança,
mas sua ausência nos “conduz” a ela.
A esperança está entre a promessa e a realização. Ela existe neste hiato. Nessa
brecha. Ela é substância que preenche o vazio entre o que Deus falou e o que Deus fará.
A esperança completa o espaço entre o que recebemos historicamente como promessa e
o que esperamos historicamente como realização.
Toda a esperança que a humanidade pode ter repousa sobre o fato de que Deus,
um dia, na História e, portanto, no espaço e no tempo, prometeu redenção, libertação e
restauração para o homem como ser caído e para a natureza caída também em
consequência do pecado do homem. É assim, pois, que o
apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito de Deus, afirma: “Porque para mim tenho por
certo que os sofrimentos do tempo presente não são para comparar com a glória por vir
a ser revelada em nós. A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos
de Deus. Pois toda a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa
daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro
da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a
criação a um só tempo geme e suporta angústia até agora. E não somente ela, mas
também nós que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo,
aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo. Porque na esperança fomos
salvos. Ora, a esperança que se vê não é esperança; pois se alguém vê, como espera?
Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos.” (Romanos 8:18 a
25.)
Alguém talvez seja levado a perguntar: “Mas me diga o que é uma promessa, pois
isso é importante se ela é de fato o fundamento da esperança da humanidade?
Resumiremos o assunto aqui, visto que pretendemos abordá-lo mais
circunstancialmente, linhas adiante.
Tudo aquilo que Deus proferiu com Sua boca foi e será realmente cumprido com
Suas mãos, sendo o sinal de que intervirá, pois conforme a Bíblia, a sua palavra jamais
retornará vazia ou sem que tudo se cumpra. Por todos os livros da História Sagrada uma
linha mestra pode ser seguida, um padrão de promessa divina e de cumprimento
histórico pode ser acompanhado e expressam essa verdade.
A Bíblia inicia sua narrativa dizendo: “No princípio criou Deus os céus e a terra.”
A palavra “Deus” nesse texto em hebraico é Elohim. Derivações inúmeras têm sido
sugeridas para esta palavra. Sua significação parece ser: “Aquele que deve ser
reverenciado por excelência.” Elohim, no entanto, é um termo plural de majestade. Essa
ideia de pluralidade no ser de Deus é bem entendida quando vemos na sequência da
narrativa bíblica que Deus (Elohim) criou através da Palavra e do Espírito (Gênesis 1:1
a 3), como alguém já disse: “Somos apresentados aqui... a Palavra como a um poder
pessoal Criador e ao Espírito como doador da vida e da ordem a Criação. Assim, desde
o começo, foi revelado um centro de atividade. Deus, o Criador, imaginou o universo,
expressou Seu pensamento na Palavra e fez de Seu Espírito o Seu princípio animador.”
Assim também, não é tarefa difícil olharmos para o Universo, que é obra das mãos
de Deus, e nele descobrirmos esses vestígios da natureza divina.
Olhando com um telescópio para as estrelas, descobriremos que mesmo entre elas
há diferenças de esplendor. De modo oposto, observando através de um microscópio,
veremos um mundo igualmente cheio de multiplicidade em meio à unidade. Tome-se,
como exemplo disso, um floco de neve. Todos eles têm uma estrutura básica de seis
lados iguais, no entanto, nenhum deles é igual ao outro, pois há em cada floco de neve
uma artística diversidade de desenhos interiores.
Multiplicidade no Ser de Deus não exclui a ideia e a realidade de que Ele é Um.
Isso bem pode ser demonstrado matematicamente. Não estou afirmando que 1 + 1 + 1 é
igual a 1, mas sim, que 1 x 1 x 1 é igual a 1.
Esse foi o grande Deus que fez a promessa de esperança para o homem.
A revelação e as promessas
A cadeia da revelação divina é tão antiga quanto a queda do homem, visto ter sido
em razão do rompimento da comunhão com Deus, fato tanto inerente como oriundo da
posição de rebelião, que Deus
Por trás de toda a tentativa e vitória de “derrubar” o homem, havia um sutil plano,
cujo intento seria colocar Deus a “parede”, imprensado entre o Seu amor e a sua justiça.
Como e por quê? Talvez você esteja se perguntando. Mas o ardil era bastante
engenhoso. Observemos: Lúcifer, num tempo misterioso na eternidade anterior à
criação da ordem existente, rebelou-se contra a soberania de Deus e caiu como
consequência de sua soberba. (I Timóteo 3:6.) Levando o homem a cair, seu plano era o
de fazer com que Deus revogasse o Seu decreto de punição eterna do pecado e
transgressão da rebelião satânica, não através de um ato de petição humilde, ainda que
isso fosse impossível na obstinação angelical, mas através de um ato soberano, onde o
próprio Deus seria manipulado por Seus próprios sentimentos. Satanás pensava que se
fizesse cair o homem, ser pessoal, com capacidade de reprodução de espécie, alvo de
um grande amor e fruto da ação trina de Deus, ele estaria forçando Deus a esquecer-se
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do julgamento da rebelião angelical, pois se Deus julgasse a primeira rebelião, a de
Satanás, esquecendo-se da segunda, a do homem, estaria sendo injusto, e um ato de
injustiça lhe legaria um estado de imperfeição e a imperfeição é sempre subdivina.
Satanás não podia esperar que Deus cumprisse toda a Sua justiça no homem,
condenando-o, rompendo com ele e manifestando assim a Sua santidade. No entanto,
muito menos ainda era de se esperar, que Deus fosse capaz de Ele próprio assumir a
forma humana, isento do gérmen moral e espiritual do pecado, para fazer convergir
sobre si o pecado do homem, sendo ao mesmo tempo justo e justificador, juiz e
advogado de defesa, executor e salvador. Mistério maravilhoso, obra do mais profundo
amor e da mais completa sabedoria; realização do maior poder e da mais lídima justiça,
cujo esquadrilhar transcende a qualquer mente finita. Sim, foi a obra de encantadora
soberania do Único Soberano!
Foi nos momentos imediatamente posteriores à queda, que Deus fez a primeira e
fundamental promessa de revelação para a espécie humana caída.
O pecado tinha de ser tirado, mas como poderia o homem fazer isso se foi
justamente por ele que entrou o pecado no mundo? “Portanto, assim como por um só
entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a
todos os homens porque todos pecaram” (Romanos 5:12).
A morte tinha de ser abolida, mas como se, pelo pecado, ela havia entrado no
mundo trazendo tão horrível aguilhão? “Aos homens está ordenado morrerem uma só
vez e depois disto, o juízo.” (Hebreu 9:27).
Não obstante, foi mediante uma maldição que Deus pronunciou contra Satanás,
que surgiu a primeira promessa de redenção para o homem. Pronunciou Deus: “Porei
inimizade entre ti (a serpente) e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente.
Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gênesis 3:15).
Por essa inimizade, haveria uma luta, na qual o descendente da mulher iria ferir a
cabeça da serpente, e ela, feriria o calcanhar do descendente da mulher. “Há uma
sugestividade natural nesse texto e na figura por ele utilizada. A serpente mata ferindo o
calcanhar do homem, mas o homem destrói a serpente esmagando-lhe a cabeça. Mas, a
figura usada por Deus ultrapassa a natural e atinge o próprio diabo. Essas palavras
proclamam que a vitória estaria do lado do homem; visto que foi o homem que foi
vencido, assim seria o homem que efetuaria o triunfo. “Se pela ofensa de um, e por
meio de um só, pairou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e do
dom da justiça, reinarão em vida por meio de um só, a saber JESUS CRISTO. Pois
assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para a condenação,
assim também por um só ato de justiça sobre todos os homens para a justificação que dá
vida.” (Romanos 5:17-18).
Consideramos essa promessa como uma das mais significativas, até mesmo do
ponto de vista histórico, do evento que ela vaticinava. É digno de nota que a promessa
envolvia a mulher e seu descendente. Não a humanidade. É encantador para o espírito
perscrutador observar que quando o Redentor veio ao mundo, fê-lo nascendo apenas de
mulher. “Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou Seu Filho nascido de
mulher.” Respondendo a Maria a respeito do cumprimento da profecia sobre o
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nascimento de Jesus, falou o anjo Gabriel: “Descerá sobre ti o Espírito Santo e o poder
do Altíssimo te envolverá com a Sua sombra; por isso também o entre santo que há de
nascer, será chamado Filho de Deus. Porque não haverá, para Deus, impossíveis em
todas as suas promessas.” (Lucas 1:35 a 37).
Essa foi a primeira promessa que Deus fez mediante sua revelação oral, cuja
importância é básica na esperança de que o homem possa ter de sua própria redenção.
Por isso, essa promessa é comumente chamada de proto-evangelho, pois é a primeira
boa-nova.
DEUS sempre falou! Ele nunca esteve calado nem ficou “sem testemunho de si
mesmo,fazendo o bem, dando do céu chuvas e estações frutíferas, enchendo os corações
de fatura e alegria” (Atos 14:17).
No entanto, a revelação que a natureza faz de Deus não traz ao homem, no seu
estado de ser caído, a objetivação de uma comunhão plena de Deus.
A epístola aos Hebreus inicia-se assim: “Havendo Deus, outrora falado muitas
vezes, e de muitas maneiras, aos pais (isto é, aos antepassados israelitas I Co 10:1),
pelos profetas, nestes últimos dias nos falou pelo Filho a quem constituiu herdeiro de
todas as coisas, pelo qual também fez o Universo.” (Hebreus 1:1 e 2). Observe:
“Havendo Deus. . . falado . . .” A iniciativa foi divina! Só Deus poderia romper, entre si
e o homem, o grande silêncio que o pecado provocou.
A fala tem um papel importante no Universo. Pela fala Deus o criou: “Pela fé
entendemos que foi o universo formado pela Palavra de Deus, de maneira que o visível
veio a existir das coisas que não aparecem.” (Hebreus 11:3.)
A verdade é que foi Deus quem tomou a iniciativa de revelar-se ao homem. Ele
quis revelar a sua mente infinita às nossas mentes finitas. O próprio Deus diz por quê:
“Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos
mais altos que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos
pensamentos.” (Isaías 55:9).
No passado Ele fez uso dos profetas, homens santos aos quais falou, e falou
sempre de muitas maneiras diferentes.
O plano de Deus, no entanto, era o de encarnar a Sua própria palavra, por isso que
“o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (João 1:1 a 14).
Assim Deus, em tempos passados, usou “homens santos” que falaram de sua
parte, “movidos pelo Espírito Santo” (II Pedro 1:22) mas na plenitude dos tempos,
falou-nos pelo Seu próprio Filho, a palavra encarnada, o qual nos revelou de modo
pessoal a plenitude da Divindade, porque “Nele habita corporalmente toda plenitude da
Divindade” (Colossenses 2:9). Foi por isso que o apóstolo João exclamou com
adoração: “O que era desde o princípio, o que temos visto com os nossos próprios olhos,
o que contemplamos e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida (e a
vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos testemunho e vo-la anunciamos, a
vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada), o que temos visto e ouvido
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anunciamos a vós outros, para que vós igualmente mantenhais comunhão conosco.Ora,a
nossa comunhão é com o Pai e com Seu Filho JESUS CRISTO.”(I João1:1 a 3).
Em primeiro lugar, porque não poderíamos conhecê-Lo por intermédio das nossas
divagações e elucubrações de pensamento. Somos finitos, Deus é infinito, e o infinito
sempre engolfa e devora o finito, de modo que o finito desaparece no infinito. E é
simples entender porque não poderíamos encaixotar Deus dentro do nosso intelecto. Se
pudéssemos entendê-Lo com as nossas mentes. Ele não seria maior do que as nossas
mentes, e de duas a uma conclusão chegaríamos: ou Ele subdivinizar-se-ia ou nós nos
divinizaríamos.
Seja no auge do carnaval carioca, onde muito nos esforçamos para acabar com o
vácuo espiritual da existência, seja numa pequena aldeia perto de Belém, em Israel,
onde estivemos conversando com um jovem árabe, maometano, o vazio faz-se notar. Na
conversa com aquele jovem, ouvi o seguinte: “Caio! eu tenho um grande vazio no meu
coração!”
Em terceiro lugar, Deus revelou-se porque Ele queria, e porque não dizer, Ele era
o único que realmente queria.
O profeta Isaías disse: “Desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se
percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de Ti, que trabalha para aquele que Nele
espera.” (Isaías 64:4). Notadamente Ele é o Deus das grandes atitudes. Em João 3:16,
lemos: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira, que deu o Seu Filho Unigênito,
para que todo aquele que nele crê não pereça mas tenha a Vida eterna.
Há uma advertência para você, amigo leitor: “Se, hoje você ouvir a Sua voz não
endureça o seu coração.”
Em Gênesis 12:1 lemos: “Ora disse o Senhor a Abraão: Sai da tua terra, da tua
parentela e da casa de teu pai, e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande
nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção: abençoarei os que
te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as
famílias da terra.” Foi precisamente nesse dia em que o Senhor chamou a Abraão para
servi-Lo e dedicar-Lhe a sua descendência, que o povo judeu foi constitucionalmente
estabelecido na terra mediante a promessa de Deus. Uma magnífica promessa também
A vida daquele gigante da fé revela uma galharda esperança. Tanto, que ele é
chamado de “o pai dos que têm fé”.
Cremos ser inalienável o fato de que toda a esperança de Abraão estava lançada
sobre o alicerce das promessas de Deus, de que um dia o próprio Deus visitaria a terra,
encerrando-se como homem de descendência de Abraão e vindo a ser universalmente a
grande bênção para todas as famílias da terra.
O segundo era filho de Sara, e também o filho de sua velhice, tendo sido eleito
como o filho da promessa que Deus fizera ao dizer-lhe que ficaria sem descendência até
que um filho nascido de seu próprio casamento fosse constituído primeiro de sua prole
(Gênesis 21:12).
Ao determinar que no segundo (em Isaque) e não no primeiro (em Ismael) é que
seria chamada a descendência de Abraão, Deus estava revelando que alinha de Isaque é
que seria a da promessa de Sua vinda ao mundo.
Isaque também teve dois filhos. Ao mais velo chamou Esaú e ao mais novo
chamou Jacó.
A História e a Bíblia nos revelam que Deus escolheu a descendência de Jacó para
ser a que daria seguimento à promessa da vinda do Messias. (Gênesis 25:22 e 23;
Malaquias 1:2 e 3 . . .).
Pela ordem de idades, esses foram os filhos de Jacó: Rubem, Simeão, Levi, Judá,
Zebulon, Issacar, Dã, Gade, Aser, Naftali, José e Benjamin. Desses doze filhos de Jacó,
um foi escolhido. Trata-se de Judá, de quem o próprio Jacó, profeticamente, antes de
morrer disse: “O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de entre os seus pés, até
que venha Siló; a ele obedecerão os povos”. Essa profecia torna-se inefavelmente
significativa, quando a língua hebraica nos revela que Silo significa: “O enviado”.
Logo, tratava-se de uma escolha da tribo de Judá para ser aquela que reinaria até a vinda
do Messias.
A história da tribo de Judá é das mais eletrizantes de toda a narrativa sagrada. São
muitas as ocorrências históricas descritas na Bíblia concernentes a essa tribo.
Os membros de tão grande tribo são praticamente inumeráveis, até mesmo
fazendo-se um levantamento minucioso a respeito dessa genealogia. Há somente, nas
cronologias das genealogias bíblicas, a possibilidade de acompanhar-se os nomes das
cabeças da tribo, (I Crônicas 2 e 4).
No curso dos anos, entre as muitas famílias da tribo de Judá, Deus escolheu a casa
de Jessé, natural de Belém, para ser a da linha escarlata que conduziria ao Messias.
Jessé tinha oito anos (I Samuel 16:10 e 11), porém só se sabe o nome de sete (I
Crônicas 2:13 a 15). Deus ainda objetivou mais sua revelação, direcionando-a e
centrando-a de modo inconfundível em Davi, filho mais novo de Jessé (I Samuel 16).
De Davi disse Deus: “Achei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu
coração.”
Davi foi o pai de vinte filhos (I Crônicas 3:1 a 3) e, desses muitos rebentos, Deus
suscitou, em um deles, a raiz de Renovo (II Crônicas 1:9). Salomão foi o escolhido e,
daí para diante, a direção estabelece-se entre os reis da tribo de Judá. Depois do governo
de Salomão durante o tempo do reinado de Roboão
seu filho, Israel foi dividido em dois reinos, ficando o do norte sob o governo de
Jeroboão e do sul, sob o de Roboão (II Crônicas 10 e 11).
8
A Convergência do Tempo de
Sua Vinda ao Mundo
Em Daniel 9:20 a 27, uma desejada e suspirada declaração profética é feita pelo
anjo Gabriel a Daniel, profeta do Senhor, sobre o povo de Israel, seu sofrimento e
restauração e também sobre a vinda e morte do Ungido, do Príncipe, ou seja, do
CRISTO de DEUS.
Dando prosseguimento no livro de Daniel, a partir de 9:25 até 27, observa-se que
alguns eventos importantes aconteceriam dentro do período de sessenta e nove semanas.
Estes foram os eventos vaticinados:
1) Dar-se-ia uma ordem para restaurar e edificar Jerusalém.
2) O período de sessenta e nove semanas iria terminar exatamente com o Ungido,
o Príncipe
(expressão messiânica).
Descrever o que foi predito não torna a profecia elucidativa, cria apenas a
possibilidade de alguém melhor compreendê-la, mas não de alguém compreender seu
cumprimento.
Creio ser óbvio que primeiro se compreenda o que significa uma semana.
Vejamos:
As razões que nos levam a pensar que os “sete” da profecia de Daniel são de anos,
são as seguintes:
Resta-nos agora uma pergunta: Qual será a duração desses anos proféticos?
Primeiramente, precisamos saber quantos dias tem um mês.
Em Daniel 9:27, lemos que um príncipe virá para perseguir os judeus por um
período que equivale à metade de “um sete” de anos. Daniel 7:20 a 25, fala da mesma
perseguição, fixando a duração como sendo de tempo, tempos, e metade de um tempo o
que, na língua aramaica, significa três tempos e meio (observe o forma plural de
tempos).
Sir Robert Anderson, 2 celebrado cristão inglês, publicou em seu livro “The
Coming Prince” (obra ainda não traduzida em português), espantosos estudos a esse
respeito. Como demonstrou, para encontrarmos o final do período de sessenta e nove
“setes”, temos que reduzir o tempo a dias.
Se as 69 semanas têm 7 anos cada uma, e cada ano tem 360 dias, a operação a que
se chega é: 69 X 7 X 360 =173.880 dias. Começando em 14 de março de 445 A.C., este
total leva-nos a 6 de abril de 32 A.C.
445 A.C. até 32 D.C. = 476 anos (A.C. 1 até D.C. 1 = 1 ano).
Seis de abril de 32 D.C. é indicado como o fim das sessenta e nove semanas e
deve também indicar o dia da manifestação do UNGIDO MESSIAS como Príncipe de
Israel.
Como demonstrou Sir Robert Anderson, aquele foi precisamente “o dia” em que
Jesus entrou em Jerusalém num jumentinho sendo aclamado como Príncipe e Rei de
Israel.
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“Todos eles estendiam no caminho as suas vestes. E quando se aproximava da
descida do Monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos passou, jubilosa, a
louvar a DEUS em alta voz, por todos os milagres que tinham visto, dizendo: Bendito é
o Rei que vem em nome do Senhor! paz no céu e glória nas maiores alturas!” (Lucas
19:36-38).
A significação daquela data era tão importante que o Senhor JESUS disse a alguns
fariseus que se o povo se calasse “as próprias pedras clamariam”.
Não é de se admirar que JESUS tenha dito que se eles se calassem as próprias
pedras clamariam, pois aquele era precisamente o dia do aniversário da sexagésima
nona semana de anos. Note a expressão de JESUS: “Neste teu dia” (Lucas 19:42).
Que dia? Exatamente o dia 173.880, e também o único dia em
que JESUS foi ovacionado publicamente como Messias e como Príncipe pelo povo de
Israel (compare com Zacarias 9:9).
História b-2) Sabemos que JESUS ressuscitou no terceiro dia, que já não
está fisicamente
envolvido na presente ordem de coisas, conquanto realmente ELE tenha sido eleito
Príncipe e Salvador (Atos 5:31 e Isaías 53:10 e 11).
História c-2) É sabido por todos, que quarenta anos após a morte de JESUS, o
general romano Tito
destruiria a cidade e o santuário de Jerusalém, num dos cercos mais dramáticos da
História humana e num verdadeiro dilúvio de sangue.
Profecia d-1) Depois disso, até o fim, haveria guerra e desolações sobre o povo
de Israel.
História d-2) Basta que se olhe para a história de Israel e se observará a realidade
do que havia sido
vaticinado. As perseguições, as chacinas, e os holocaustos humanos têm sido comuns
quando praticados contra Israel. É interessante também observar que a profecia diz:
“Até ao fim.” Assim sendo, entenda-se por um período indeterminado de tempo.
Uma pergunta cabe no momento: Será que o DEUS que concretizou a Sua Palavra
na História dos homens, objetivando inclusive a época da vinda de Seu Filho ao mundo,
bem como o dia de Sua proclamação pública como o Messias, não fará também com
que se cumpram literalmente todas as outras profecias? É claro que sim! E para
aqueles que amam e seguem a JESUS, um céu cheio de esperança e luz está prestes a
ser manifestado.
Não me julguem enfadonho ao voltar e bater na mesma tecla, mas sinto que todos
devem saber de uma pequena parte do grande acúmulo de evidências que nos fazem,
jubilosamente, dizer que temos “ESPERANÇA”.
O mais extraordinário é que DEUS divide cada período em 490 anos, ou seja,
setenta semanas de anos.
1) A origem
Segundo Gênesis 12;4, Abraão era da idade de setenta e cinco anos quando
recebeu as promessas e saiu de sua terra para a Palestina (Hebreus 11:8). Em Gálatas
3:17, o apóstolo diz que a Lei veio 430 anos mais tarde. “Desde o nascimento de
Abraão à lei são 505 anos”.
“Estes 505 anos incluem também os 15 anos de incredulidade que vão desde o
momento em que Abraão pretendeu receber bênção de um modo carnal, tomando
Hagar por sua mulher, até o nascimento de Isaque (Gênesis 16;3; 21:5). Quando
subtraímos estes 15 anos, obtemos o resultado de 490.
2) A fixação no país
Quando deduzimos estes anos 601 anos temos outra vez 490 anos. Segundo I Reis
6:1 e 38 obtemos 487 anos. Parece que ali são tirados os 3 anos de reinado de violência
de Abimeleque (Juízes 9:22 e 10:10).
3) O Declínio
O templo de Salomão foi acabado no ano 105 A.C. Neemias subiu a Jerusalém
para reconstruir a cidade no ano 445 A.C. A diferença é de 560 anos.
4) Restauração e Reconciliação
Daniel 9:24 nos diz que setenta semanas (isto é 490 anos; confira com Levítico
25:8) estão determinados sobre o povo de Jerusalém para extinguir a transgressão e dar
fim aos pecados e para expiar a iniquidade e trazer a justiça eterna, e selar a visão da
profecia e para ungir o Santo dos Santos.
(2) Id.
9
A Vinda de Cristo
O cumprimento histórico
Cristo é centro de tudo que existe porque “Nele tudo subsiste”, pois Deus fez com
que “Nele convergisse, na plenitude do tempo, todas as cousas, tanto as do céu como as
da terra” (Efésios 1:10). Ele é o centro da História, das Escrituras Sagradas e é o
Mediador entre Deus e os homens.
aspirações ilusórias, no correr dos anos, tivesse pintado o retrato do Messias, de cuja
ideia procedesse uma pretensa aspiração à eternidade monárquica.
Amo ao Messias que nos foi designado (Atos 3:20) e aprendi a amá-Lo através das
Escrituras.
A CIDADE
Texto: (Miqueias 5:2) “E tu Belém Efrata, pequena demais para figurar como grupo
de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são
desde os dias da eternidade.
Comentário
É óbvio que a pessoa a quem a profecia se refere como “Guia”, não era um
homem com características comuns. Observem “suas” origens eram desde a
eternidade.
Cumprimento Histórico
Quando Herodes indagava dos escribas onde o Messias nasceria, a resposta foi:
“Em Belém da Judeia, responderam eles”.
Texto: (Isaias 7:14) “Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e lhe porás
o nome de Emanuel.”
Comentário
O filho da virgem não seria apenas um homem, mas sim a própria manifestação
física de Deus, pois Emanuel quer dizer: “Deus conosco”.
Cumprimento Histórico
Texto: (Mateus 1:18 Lucas 1:34 e 35) “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi
assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado,
achou-se grávida pelo Espírito Santo!”
Antes de conceber, Maria foi visitada pelo anjo Gabriel que lhe falou sobre a sua
futura concepção. Ela, no entanto, perguntou: “Como será isto, pois não tenho relação
com homem algum? Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo e o poder
do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isto também o ente santo que há de
nascer, será chamado Filho de Deus.
Comentário
Ramá está no caminho às portas de Belém e é o lugar onde Raquel está enterrada.
Cumprimento Histórico
Texto: (Salmo 2:7 e 12) “Proclamai o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu
filho, eu hoje te gerei.”
“Beijai o Filho para que não se irrite, e não pereçais no caminho; porque, dentro
em pouco, se lhe inflamará a ira. Bem-aventurados os que Nele se refugiam.
Cumprimento Histórico
Texto: (João 17:1; 14:1 e 3:16 I João 1:3 Mateus 3:17) “Tendo Jesus falado
estas cousas levantou os olhos ao céu, e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu
Filho, para que o Filho te glorifique a Ti.”
“Ora a nossa comunhão é com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo.”
Seu ministério
Texto: (Isaías 40:3 Malaquias 3:1) “Voz do que clama no deserto: preparai o
caminho do Senhor. Endireitai no ermo vereda a nosso Deus.”
Obs.: Note como o precursor que clamaria esteve preparando o caminho para a vinda de
Deus.
“Eis que eu envio o meu mensageiro que preparará o caminho diante de mim; de
repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós desejais; eis que ele vem, diz o Senhor
dos Exércitos.”
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Cumprimento Histórico
Texto: (Mateus 3:1 João 1:23 e 1:29 e 30) “Naqueles dias apareceu João
Batista pregando no deserto da Judeia.”
Quando perguntaram a João Batista quem era ele, sua resposta foi: “Eu sou a voz
do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.”
Ao ver Jesus, João Batista exclamou: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado
do mundo! É este a favor de quem eu disse: após mim vem um varão que tem a
primazia, porque já existia antes de mim.”
Note-se que João Batista era mais velho do que Jesus, no entanto ele sabia das
origens eternas de Cristo.
Cumprimento Histórico
Texto: (Lucas 7:18 a 23) “Disse Jesus: Ide e anunciai . . . o que vistes e ouvistes:
os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os
mortos são ressuscitados, e aos pobres anuncia-se-lhes o evangelho.”
Obs.: Os quatro evangelhos constituem-se em indiscutíveis provas desta proposição.
A sua pregação
Texto: (Isaías 50:4 e 42:3) “O Senhor me deu língua de erudito, para que eu saiba
dizer boa palavra ao cansado.”
“Não clamará nem gritará, nem fará ouvir a sua voz na praça. . . promulgará o
direito.”
Cumprimento Histórico
Texto: (Isaías 53:1 e 12) “Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o
braço do Senhor?”
Sobre ele diz o profeta: “Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens.”
Cumprimento Histórico
Texto: (João 15:24 e 25) “Se eu não tivesse feito entre eles tais obras, quais
nenhum outro fez, pecado não teriam; mas agora não somente têm eles visto, mas
também odiado, tanto a mim, como a meu Pai. Isto, porém, é para que se cumpra a
palavra escrita na sua lei: Odiaram-me sem motivo.”
Texto: (Daniel 9:26 Isaías 53:8 e 9) “Depois . . . será morto o Ungido, e já não
estará.”
“Por causa da transgressão do meu povo foi Ele ferido.”
Cumprimento Histórico
Texto: (João 19:30) “Quando, pois Jesus tomou o vinagre disse: Está consumado!
E inclinando a cabeça, rendeu o espírito.”
Cumprimento Histórico
Oito dias depois destas palavras de Tomé, Jesus, já ressuscitado, aparece na sala
onde os discípulos se encontravam e diz a Tomé: “Põe aqui o teu dedo e vê as minhas
mãos.”
Texto: (Salmo 22:18) “Repartem entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica
lançam sorte.”
Cumprimento Histórico
Texto: (João 19:23 e 24) “Os soldados, pois, quando crucificaram a Jesus, tomaram-
lhe as vestes e fizeram quatro partes, para cada soldado uma parte; e a túnica.
Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela, para
ver a quem caberá.”
Cumprimento Histórico
1 “Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lemá
sabactâni; que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”
Cumprimento Histórico
Os judeus queriam apressar a morte dos crucificados (Jesus e os dois ladrões), por
isso, pediram a Pilatos que as suas pernas fossem quebradas. “Os soldados foram e
quebraram as pernas ao primeiro e ao outro que com ele tinha sido crucificado;
chegando-se, porém, a Jesus, como vissem que já estava morto, não lhe quebraram as
pernas. Mas, um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu água e
sangue.”
Cumprimento Histórico
Texto: (Isaías 53:9b) “Mas com o rico esteve na Sua morte, posto que nunca fez
injustiça, nem dolo algum se achou em Sua boca.”
“Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der Ele a sua
alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias.”
Como prolongaria o Messias os seus dias, depois de morto, senão mediante a sua
ressurreição?
Cumprimento Histórico
Texto: (Salmo 110:1) “Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita,
até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés.”
Cumprimento Histórico
Texto: (Atos 1:9 a 11) . . . “Foi Jesus elevado às alturas à vista deles e uma nuvem o
encobriu de seus olhos. E estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia,
eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles, e lhe perguntavam:
Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi
assunto ao céu, assim virá do modo como o vistes subir.”
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Ao ser indagado pelo sacerdote israelita sobre sua origem divina, Jesus respondeu:
“Eu vos declaro que desde agora vereis o Filho do homem assentado à direita do Todo-
Poderoso, e vindo sobre as nuvens do céu.” (Mateus 26:64.)
Texto: “Então virá o Senhor meu Deus, e todos os santos com Ele”. “Naquele dia
estarão os seus pés sobre o Monte das Oliveiras . . .” (Zacarias 14:5-b e 4.)
Predição de Jesus
Texto: (Mateus 25:31) “Quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos
os Seus anjos em Ele, então se assentará no trono de Sua glória”.
“Visto que todas essas cousas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os
que vivem em santo procedimento e piedade, esperando a apressando a vinda do dia de
Deus, por causa do qual os céus incendiados serão desfeitos e os elementos abrasados se
derreterão. Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra,
nos quais habita justiça.” (II Pedro 3:11,12,13.)
Diante das comparações estabelecidas é que penso seja razoável indagar: Haverá
por trás da História alguém, uma mente-coração, um Deus pessoal? A resposta é óbvia.
A maior coisa que conhecemos a respeito é nosso Universo físico com cerca de
quatro bilhões de anos-luz de diâmetro (um ano-luz é a distância que a luz viaja durante
um ano, à velocidade de mais de trezentos mil quilômetros por segundo). Entretanto,
nossa bola de elétrons compacta deveria ter um diâmetro de cerca de quinhentos
quatrilhões de vezes maior que o diâmetro de nosso Universo.
Um desses elétrons seria a seguir destacado entre o demais e então a massa inteira
seria agitada completamente. Seria então enviado um homem de olhos vendados para
encontrar dentre a enorme massa o elétron marcado. A probabilidade que ele teria de
selecionar o elétron correto, na primeira tentativa, é em termos redondos equivalentes à
probabilidade de que essas quarenta e oito profecias referentes ao Messias tivessem tido
seu cumprimento sem o concurso da inspiração sobrenatural e divina.” 1
Cientificamente, qualquer coisa que, em termos de probabilidades tivesse tamanha
chance, há muito já teria sido estabelecida como a mais irrefutável das leis naturais. Por
que com relação a Cristo esse critério não é adotado? Por que se admite o “absurdo” de
Jacques Monod em seu livro Necessidade e acaso e não se admite tão forte
demonstração de probabilidade?
O que me choca é ver que os homens parecem querer continuar vivendo “sendo
angústia” e “encarnando o desespero”, ao invés de fundamentar sua vida sobre o sólido
fundamento da esperança em Jesus.
Entretanto, o fato de que a esperança cristã é a “Única” não faz dela uma “única-
opressora”, mas ela é, antes uma “única-opcional”. A prova disse é que a grande
maioria das pessoas tem feito uma opção para fora do cristianismo bíblico. O
cristianismo é a única “opção de vida” mas não é a única “opção de existência”. E não
adianta, para resolver o problema de uma existência sem significado, usar o artifício de
Sartre, que no fim da vida disse que se há “o desesperar”, então há “o esperar”, pelo
menos em termos linguísticos. Todavia, o próprio “esperar”, fora de Cristo, é
desesperar, pois se está esperando um-nada, um - não. O desespero de esperar é muito
pior do que o desespero de desesperar. Pois só se espera quando se espera em Cristo e
fora dEle tudo é desespero se houver coerência.
BIBLIOGRAFIA SUMÁRIA
(1) ARAÚJO FILHO, Caio Fábio, d‟ Onde Está o Infinito Pessoal. 1ª ed., Manaus,
Imprensa Oficial de
Manaus,1978.
Tem sido tecla ininterruptamente batida neste livro, o fato de que toda a esperança
que a humanidade possui repousa sobre o fundamento da Palavra de Deus. Há, da parte
de Deus, a promessa da restauração, ou seja, da Redenção.
Veremos agora a promessa de Redenção feita por Deus, nas fases diferentes de sua
execução no pano de fundo da História do homem.
Nossa redenção não poderia ser menor do que a nossa queda. A decadência nos
levou ao desgraçado estado de “danos sem propriedade”. Reivindicou valores,
posições, sentimentos e relacionamentos na vida e temos sentido que sonhamos com
uma utopia, almejando o inatingível, querendo conhecer o incognoscível. É porque
somos como crianças que, nascidas com o sinal da dignidade real, vivem na mais vil das
moradas.
“Maldita é a terra por tua causa: em fadigas obterás dela o sustento durante os dias
de tua vida. Ela produzirá também cardos e abrolhos e tu comerás o teu pão, até que
tornes à terra, pois dela foste formado: porque tu és pó e ao pó tornarás” (Gênesis 3:17b
a 19).
Espírito e mente estão profundamente relacionados entre si. Não que o corpo a
eles esteja ligado, mas trata-se do mecanismo essencial do espírito e da mente, os quais
são tão entrelaçados, que se torna humanamente impossível separar um do outro e até
mesmo estabelecer fronteiras entre eles. Só a Palavra de Deus, com sua finíssima
lâmina de discernimento pode separar essas duas áreas (Hebreus 4:12).
O corpo, entretanto, está, pela sua própria condição material. ligado aos elementos
da natureza.
1) Espírito
2) Corpo Homem
A redenção do espírito
Quando dizemos que Cristo morreu, estamos de fato dizendo duas coisas:
1) Que ele morreu mesmo. Não foi um desmaio e tampouco qualquer outro
estado de semivida.
2) Que ele foi crucificado, mas que o “ato” de sua morte não foi provocado de
modo tão imediato, como aconteceu, pelos sofrimentos da crucificação ou pela
lança do soldado romano, mas sim, pelos nossos pecados.
Cristo de fato morreu pelas angústias, espirituais que padeceu; vejamos a prova
disso:
“Quando o soldado romano furou com sua lança o lado de Cristo, Ela já estava
morto; e o derrame de sangue e água que resultou, ou foi um fenômeno natural
provocado por reações naturais ou foi um milagre. O fato de o apóstolo S. João tê-lo
achado um milagre, ou ao menos, estranho, revela-se bem claro pela observação que ele
Fora do Caminho da Graça em Cristo, não há caminho a ser feito!
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faz e pela maneira enfática e séria com o qual ele declara sua própria “perícia” na
narrativa do fato.
Quando o lado esquerdo de uma pessoa está furado largamente depois da morte
provocada por uma facada, onde a arma é do tamanho de uma lança romana, três coisas
podem acontecer:
Deste três casos, o primeiro é o mais comum; o segundo acontece nos casos de
afogamento e morte provocada por envenenamento pela estricnina e pode ser
demonstrado se matar um animal com aquele veneno; também pode ser o caso natural
de uma pessoa crucificada; e o terceiro se encontra nos casos de morte por causa de
pleurisia, pericardia e rompimento do coração; mas os dois casos seguintes, mesmo
explicados pelos princípios fisiológicos, não são registrados nas Escrituras Sagradas
(exceto por S. João). Nem tenho tido a felicidade de encontrá-los.
A morte por crucificação produz uma condição de sangue nos pulmões comparada
à produzida por afogamento e por envenenamento à base de estricnina. A quarta causa
seria o resultado de uma pessoa que sofrendo de pleurisia fosse crucificada, vindo a
morrer na cruz por causa do rompimento do coração.
“Aprendemos que Cristo morreu por nós, que a Sua morte cancelou os nossos
pecados e que pela Sua morte venceu a própria morte. Esta é a fórmula. Isto é o
cristianismo. Isto é o que se deve crer. Quaisquer teorias que levantemos para explicar
como a morte de Cristo operou estes efeitos, em minha opinião, são inteiramente
secundárias; menos planos ou diagramas, que se podem abandonar, se não nos ajudam o
mesmo que nos ajudem, não se devem confundir com a cousa mesma. Não obstante,
algumas dessas teorias merecem ser consideradas.
A que a maioria das pessoas conhece é aquela segundo a qual fomos poupados
porque Cristo se ofereceu voluntariamente para sofrer um castigo em nosso lugar. A
julgar pela aparência, é verdadeiramente uma tola teoria. Se Deus podia poupar-nos por
que na realidade não o fez? E que desígnio podia haver em castigar uma pessoa
inocente? Nenhuma absolutamente, que eu possa ver, se pensais em castigo num
sentido policial. Por outro, se pensai em débito, há muito sentido em que uma pessoa,
que tem alguns haveres, o pague em nome de alguém que não os tem. Ou se tomais
“pagando uma penalidade” não no sentido de ser punido, mas num sentido mais geral de
“aguentar as consequências” ou “pagar a conta”, então naturalmente, é matéria de
experiência comum que, quando uma pessoa cai numa falta, o incômodo de se safar
recai ordinariamente sobre um bom amigo.
Que espécie de buraco é esse em que o homem caíra? Havia tentado viver por sua
própria conta, agir como se pertencesse a si mesmo. Em outras palavras, o homem
decaído não é simplesmente uma criatura imperfeita que necessita de aperfeiçoamento,
mas um rebelde que precisa render-se.
Mas, admitindo que Deus se fez homem, que a nossa natureza humana, que pode
sofrer e morrer, se tenha amalgamado com a natureza de Deus numa pessoa, então essa
pessoa podia ajudar-nos. Ele podia entregar a Sua vontade, sofrer e morrer porque era
um homem e o podia fazer com perfeição, porque era Deus. Vós e eu poderemos
participar deste processo somente se Deus operar em nós, mas Deus só poderia ajudar-
nos tornando-se homem. Nossas tentativas de assim morrermos, só terão êxito se nós,
homens, participarmos da morte de Deus, como o nosso pensamento somente pode ter
êxito por ser como uma gota caída do oceano da Sua inteligência; Mas não poderemos
participar da morte de Deus a não ser que Deus morra e Ele não pode morrer a não ser
que seja um homem. É neste sentido que Ele paga os nossos débitos e sofrer por nós o
que Ele mesmo não precisa sofrer, de modo algum.
Tenho ouvido alguns murmurarem que, se Jesus era Deus tanto quanto homem,
então os Seus sofrimentos e a Sua morte perdem todo valor ao olhos “porque deve ter
sido muito fácil para ele”. Há outros (e muito justamente) que censuram a ingratidão e
a indelicadeza dessa objeção. O que me surpreende é a incompreensão que ela
denuncia. Num sentido, sem dúvida, os que a fazem estão certos, e ainda mais do que
certos, pois a submissão perfeita, o sofrimento perfeito, a morte perfeita não somente
eram mais fácies para Jesus porque Ele era Deus, mas somente eram possíveis porque
Ele era Deus. Não seria essa, porém, uma razão muito singular para não aceitá-los? O
professor é capaz de traçar letras para a criança porque o professor é adulto e sabe como
escrever. Isso faz sem dúvida, que seja mais fácil para o professor e somente porque é
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mais fácil para ele, pode ajudar a criança. Se esta o recusasse porque “é fácil para
adultos” e esperasse para aprender a escrever de uma outra criança que também não
pudesse escrever (e assim não se apresentasse com uma vantagem “desleal”), não
progrediria muito rapidamente. Se eu estou-me afogando num rio caudaloso, alguém
que ainda tenha um pé na margem pode estender-me a mão que salve a minha vida,
deveria eu gritar-lhe (entre os meus estertores): “Não, isso não é justo! Tens uma
vantagem, não estás com um pé na margem? “Essa vantagens chamai-a “desleal”, se
quiserdes, é a única razão por que ele me pode ser de alguma auxílio. Onde haveis de
buscar auxílio senão em algo mais forte do que vós?
Deus valoriza tudo aquilo que Ele criou. Não há nada na Criação, por mais
deteriorado que esteja,
que não tenha o seu valor diante de Deus. O valor, no entanto, não está na coisa mesma,
mas sim, em razão dAquele que a criou. É assim, que toda dicotomia entre o mundo
físico e o espiritual, atribuindo valor a este e negando valor àquele, foge ao escopo
escriturístico da valorização comum das coisa criadas. É óbvio, entretanto, que haja
uma escala de valores, uma ordem descendente, partindo da existência espiritual,
inclusive por ser a da natureza básica de Deus (João 4:24), para as outras existências
incluídas no universo material, admitindo-se inclusive que ao mundo da matéria há
existência com mais liberdade do que outras. E creio, particularmente, que o valor de
alguma coisa ou ser está intrinsecamente ligado à liberdade do Ser como Ser. Entenda-
se por liberdade os graus relativos à consciência de movimentos e existência que cada
ser possua. Assim é que uma pedra é totalmente escrava de sua existência como pedra,
pois não se movimenta se não for deslocada e, quando isso acontece, é para ela como se
não acontecesse, pois como pedra que existe ele inexiste em consciência, existindo
apenas para mim, homem, que sei que ela existe. Portanto, as pedras só existem para
Deus, os anjos, os homens e, segundo as percepções sensoriais, para alguns animais.
Entretanto, as pedras não existem por um acaso qualquer no Universo, mas
indiscutivelmente Deus as criou; logo, se Ele as criou Ele as valoriza, porque Ele não é
um criador casual, cuja criação advenha de alguns testes surpreendentes.
Em relação ao corpo do homem, Deus tem amor e planos. Quando Ele nos fez
também com vida física, fê-lo porque isso era necessário para que fôssemos “homens
totais” de acordo com o projeto divino da criação.
Temos certeza absoluta de que Deus vai redimir os nossos corpos. A maioria
prova disto é que Ele nos deu de Seu Espírito, o qual é o penhor de nosso resgate.
“Em quem vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa
salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; o
qual é o penhor da nossa herança até o resgate de sua propriedade em louvor de sua
“glória.” (Efésios 1:13 e 14).
“Eis que vos digo um mistério. Nem todos dormiremos, mas transformados
seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última
trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos
transformados.” (I Coríntios 15:50-52).
Isso acontecerá quando Jesus Cristo voltar para os seus santos, aqueles que nele
crêem depositam sua confiança e vivem vidas submissas a Cristo como Senhor.
Os corpos que Deus nos dará quando a ressurreição acontecer serão semelhantes
ao corpo que Jesus Cristo manifestou quando ressuscitou dos mortos.
“Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos
de ser. Sabemos que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque
havemos de vê-lo com Ele é.” (I João 3:2.)
“Ao cair da tarde naquele dia, o primeiro da semana, trancadas as portas da casa
onde estavam os discípulos, com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-
lhes: Paz seja convosco!”
Quando disseram a Tomé que Cristo havia ressuscitado, ele não acreditou,
chegando mesmo a dizer que só acreditaria se visse e tocasse os ferimentos no corpo de
Jesus.
“põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; chega também a tua mão e põe-na no
meu lado: Não sejais incrédulo, mas crente.”
Encho-me de esperança, ao ver nas Escrituras que Deus tem um plano eterno
também para o meu corpo, e, diante disso, posso exclamar como Jô: “Sei que o meu
Redentor vive, e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo da
minha pele, em minha carne então verei a Deus.” (Jô 19:25 e 26.)
“Tu, porém, segue o teu caminho até o fim; pois descansarás, e, ao fim dos teus
dias, te levantarás para receber a tua herança.” (Daniel 12:13.)
A redenção da natureza
Satanás é o atual mordomo da terra, mas sua propriedade não é permanente, pois
não foi herdada, mas sim adquirida, melhor dizendo, usurpada.
Satanás reagirá de todas as formas para não perder a possessão. Chegará mesmo a
tentar “forjar” um herdeiro para disputar o direito. A Palavra de Deus chama a esse
pseudo-herdeiro de “O homem da iniquidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se
levanta contra tudo o que se chama Deus, ou objeto de culto, a ponto de assentar-se
como se fosse o próprio Deus.” (II Tessalonicenses 2:3 e 4).
BIBLIOGRAFIA SUMÁRIA
(1) BLOOMFIELD, Artur E.. Futuro Glorioso do Planeta Terra. 1ª ed.. Belo
Horizonte, Editora Betânia, 1974.
Sede ativos
Muitos há que, em nome de uma esperança cristã, se têm enclausurado entre quatro
paredes. Esperando o “Esperado” descer, fazem renascer assim, no seio da comunidade
evangélica, uma espécie de vida monástica em pequenas salas e apartamentos das selvas
de pedras do século XX. Tudo isso é patrocinado por uma leitura escatológica
eminentemente pessimista. Em outras palavras, essas pessoas dizem: “já que tudo vai
pegar fogo, deixa queimar”. Porém, nós julgamos que essa situação é alienadora, e
cremos que toda e qualquer forma de alienação deve ser combatida e rejeitada. A
esperança da vinda de Jesus nos move as atividades revolucionárias no contexto
presente. Temos que lutar contra a putrefação moral, social, política e sobretudo
espiritual, até que Ele venha. Paulo recomenda amor fraterno, trabalho, projetos,
serviço social (pelo menos no nível de igreja) e dignidade, antes de falar da volta de
Jesus ( I Tessalonicenses 4:9 a 12).
Outros há que dividem suas vidas em muitas áreas distintas e inaglutináveis; são os
responsáveis pela policotomia vigente no seio das comunidades cristãs. Normalmente,
essas pessoas têm uma vida familiar, uma vida profissional, uma vida intelectual e uma
vida religiosa. Postulam esses seres tão divididos que cada área deve ser respeitada em
seus exigidos afazeres. Pregam os protagonistas dessa tese que não se pode pregar fora
das horas em que se está realizando alguma “atividade religiosa”. Esses são os que
“vivem sem pregar e pregam sem viver”. Na realidade, esse é o câncer da Igreja
institucionalizada. Com
essa disposição mental os “pregadores” desse evangelho de “encontros-marcados”
fazem com que toda e qualquer esperança não sobreviva nos corações, pois, segundo
eles, há hora para se ter esperança e, quando a esperança só pode ser sentida em horas
marcadas, ela morre, e com a morte da esperança, o “sal” perde o sabor, fica sem força
ativa. O cristão passa a viver “pisado pelos homens” (Mateus 5:13).
A atividade do ministério cristão tem que ser universal no corpo de Cristo e total na
vida dos crentes, caso contrário, a esperança dos cristãos morrerá na inatividade da vida
de cada crente e, consequentemente, a evangelização, passará a ser uma atividade
A minha oração se faz objetivando a que vejamos em breve uma geração consciente
de seu papel no contexto cristão e, tenho certeza, em tempos não muito distantes, o
Brasil experimentará um avivamento, ainda que tenha que ser o primeiro e único, mas o
experimentará através das vidas jovens que se têm levantado com a disposição de
doarem-se por Cristo, minando e atuando em cada área da sociedade e também nas
áreas “consideradas” marginalizadas, pois tenho visto o Espírito Santo desaburguesando
muitos corações jovens que, sem qualquer antisséptico social, mas em verdadeira
abrangência universal do cristianismo, têm atuado incessantemente junto a vidas de
todas as camadas sociais sem tergiversações ou subterfúgios teológicos fazendo-o com a
urgência e a paixão espiritual com as quais a mensagem precisa ser pregada.
Sede compassivos
A esperança, que não confunde e que é derramada pelo Espírito Santo em nossos
corações, leva-nos também à necessidade de um relacionamento terno e compassivo
com todos os filhos dos homens (Romanos 5:5).
Aquele que tem consciência plena de em “quem tem crido” e de quanto “ele é
poderoso para guardar” o seu depósito “até aquele dia”, nada se torna mais significativo
do que esmerar-se, visando a que todos os homens possam receber também os mesmos
benefícios dessa esperança (Atos 23:6; Col. 1:23).
Entretanto não é apenas “um plano de evangelização”, tantas vezes engendrado num
gabinete, o que vai efetuar esta revolução no Reino, enquanto aguardamos o Senhor.
Para que se entre nós “becos e ruas escuras da cidade”, bem como para que se visite os
pobres, aleijados, cegos e coxos”, é preciso estar movido por um sentimento mais
profundo do que aquele que um plano evangelístico pode promover; é preciso estar
movido de compaixão (Mateus 14:14; 15:32).
Não existe real esperança cristã sem atividade e sem compaixão. A compaixão
qualifica a ação e a ação exterioriza a profundidade da compaixão.
O maior exemplo de como a atividade deve caminhar junto à compaixão é-nos dada
pelo Senhor Jesus, pois “aconteceu que estando ele numa das cidades, veio à Sua
presença um homem coberto de lepra; ao ver a Jesus, prostrando-se com o rosto em
terra, suplicou-lhe: Senhor, se quiseres, podes purificar-me. E Ele, estendendo a mão,
tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo! E no mesmo instante lhe desapareceu a lepra”
(Lucas 5:12 e 13).
O Senhor Jesus não disse ao leproso apenas “quero, fica limpo”, mas antes disso,
“estendendo a mão, tocou-lhe‟.
Essa compaixão pelo leproso, pelo pecador, essa identificação com o drama
humano, essa coragem para tocar a ferida do leproso, tocar o local contaminado, é o que
de fato produz o milagre da cura. Não adianta ficarmos falando de vidas transformadas,
enquanto nós não tivemos a coragem de sair do pedestal, do nicho pseudocrístão em que
nos temos colocado; não adianta fazermos campanhas contra os tóxicos, odiando e
repelindo os toxicômanos; não adianta falarmos contra a prostituição enquanto não
tivermos a coragem de, olhando nos olhos de uma prostituta, afirma que Deus tem para
ela uma vida melhor; não adianta falarmos sobre o inferno, quando filhos do inferno
caminham ao nosso lado todos os dias e nós os tratamos como se estivessem indo para o
céu; não adianta dizermos que somos cristãos se o mundo não tiver a oportunidade de
verificar isso através das nossas ações (Mateus 5:16).
Alguém poderia perguntar: “Que esperança é essa que me faz chorar?” No entanto,
o mesmo Jesus que gemeu de angústias profundas e que chorou à porta do túmulo de
Lázaro e ao contemplar Jerusalém, foi o mesmo que exultou no Espírito em gratidão ao
Pai pela Salvação dos humildes e pequeninos (Lucas 10:21-24).
Sede intrépidos
A esperança sadia nos leva a uma confrontação espiritual (Efésios 6:10 a 20; Atos
23:6) com as forças do mal. Só a força da “esperança da vitória final” é que pode
impelir-nos a que, cheios do Espírito Santo, enfrentemos os desafios do espiritismo, da
macumba e dos cultos afro-ameríndios.
Fora do Caminho da Graça em Cristo, não há caminho a ser feito!
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Creio que em breve até o mais cético dos evangélicos estará reconhecendo esta
guerra espiritual. Vejo nessas religiões sincretizadas no transfundo pseudocrístão do
Brasil, a grande tragédia do futuro do nosso país, a menos que nos disponhamos a
enfrentá-las. Não se trata mais de uma realidade para os pobres e incultos; agora, houve
a adesão de boa parte da elite intelectualizada e, de outro lado, a contemplação daqueles
que afirmam serem tais práticas apenas folclóricas. Nós, no entanto, reconhecemos que
por trás desses ritos há o poder das forças da antevida e do anticristo.
O meu desejo verdadeiro ao escrever este livro foi o de dizer aos amados leitores
algumas das maiores inquietações do meu coração cheio de esperanças, que tem sofrido
por não verificar, no seio da Igreja Cristã, o necessário compatível com a verdadeira
esperança que dizemos possuir. Portanto, este livro poderia também ser chamado de “O
meu manual de coerência”. Desejo, na realidade, que de alguma forma o Espírito Santo
unja estas páginas, a fim de que elas lhe tenham comunicação alguma coisa do coração
de Deus. Lembro-me ainda: a esperança nos ordena que enquanto houver uma classe
baixa, busquemos identificação com ela; enquanto houver alguém chorando, não
possamos viver rindo; enquanto existir alguém com fome, não possamos sobejar;
enquanto houver alguém preso, não possamos nos considerar realmente livres e,
enquanto houver alguém sem conhecimento de Jesus, sejamos responsáveis.
© Copyright:
Caio Fábio D‟Araújo Filho