1) O documento discute o "combate católico" entre o homem carnal e espiritual e a importância da caridade nessa batalha.
2) Santo Agostinho é citado como definindo as regras deste combate, incluindo o amor de Deus versus amor próprio.
3) O sacerdote deve espalhar a graça de Deus e levar as almas a Cristo, que é o centro e fim da história.
Descrição original:
Um excelente texto para todos os que querem sinceramente servir à causa de NSJC, sem se iludir pelo canto das sereias ideológicas, sem cair no artificialismo das propostas naturalistas.
1) O documento discute o "combate católico" entre o homem carnal e espiritual e a importância da caridade nessa batalha.
2) Santo Agostinho é citado como definindo as regras deste combate, incluindo o amor de Deus versus amor próprio.
3) O sacerdote deve espalhar a graça de Deus e levar as almas a Cristo, que é o centro e fim da história.
1) O documento discute o "combate católico" entre o homem carnal e espiritual e a importância da caridade nessa batalha.
2) Santo Agostinho é citado como definindo as regras deste combate, incluindo o amor de Deus versus amor próprio.
3) O sacerdote deve espalhar a graça de Deus e levar as almas a Cristo, que é o centro e fim da história.
queira ou não, é a oposição entre o CATÓLICO homem carnal e terrestre e o homem espiritual. É o combate que todos Publicado em 10/04/2021 nós experimentamos. É o homem egoísta ou o homem caritativo. É o amor próprio, o amor de si ou, pelo contrário, verdadeiramente, o amor de Deus, o amor do próximo. É o individualismo ou é o cuidado pelo bem comum, quer seja no seio da Igreja, da família, da sociedade. É esta luta que se desenrola ao longo de toda a história e isso mostra-nos, pois, em primeiro lugar, a importância da caridade. A caridade é o motor da nossa vida cristã, é verdadeiramente o desafio dessa vida. A nossa vida é finalmente uma questão de caridade: o que se ama, e de que maneira se ama. Pois o cristão deve antes de tudo exercitar-se na verdadeira caridade Dom Alfonso de Galarreta, Bispo e, por aí, é preciso chegar ao da FSSPX desprezo de si. Hoje mais do que nunca trata-se de Chamou-se a Santo Agostinho o um combate, um combate sem doutor da graça, porque pôs em trégua, sem piedade, mas é também destaque a importância da graça. ao mesmo tempo o único combate É verdade finalmente que todo o que vale a pena, que nos dá o desafio é o sobrenatural, a graça, e o entusiasmo e a paz. sacerdote não faz senão dar, Penso que foi Santo Agostinho espalhar a graça de Deus, é quem definiu, melhor que ninguém, essencialmente a sua função. quais são as regras desse combate, É isso que foi deixado de lado hoje da história da Igreja, da história da pela igreja conciliar. humanidade. O sacerdote está ali para levar, dar, E a primeira regra que ele dá é que espalhar o sobrenatural. há dois amores opostos: o amor de si E na medida em que o sobrenatural, mesmo até ao desprezo de Deus, o portanto, a graça de Deus, fica bem amor de Deus até ao desprezo de si estabelecido nas nossas almas, na mesmo. Nós somos o que amamos. medida em que a graça cresce, se desenvolve, pois bem, nessa medida E o sacerdote deve deixar-se é-se invencível! apaixonar por este ideal! Por quê? Porque pela graça tem-se É preciso dar Cristo às almas, é Deus em si. Pela graça Deus está em preciso trabalhar no reinado de nós! Ora, Deus não pode ser Nosso Senhor Jesus Cristo por toda vencido. a parte. Portanto fareis triunfar O quarto princípio para Santo profundamente esta graça de Deus Agostinho e para nós é o de que não nas vossas almas e ter sempre um há fatalismo na vida, na história, não olhar sobrenatural; se não sossobra- há determinismo, tão pouco há se no desencorajamento, sossobra- acaso. Tudo é Providência divina, se no ativismo naturalista, que é tudo, absolutamente tudo! muito perigoso. É preciso convencermo-nos disto! O terceiro princípio que coloca Das maiores às mais pequenas Santo Agostinho para explicar as coisas, tudo é querido por Deus. leis que regem necessariamente a Não há nada que Lhe escape, nem na história da Igreja e a história da ordem natural nem menos ainda na humanidade é o primado de Cristo. ordem moral sobrenatural. Não há outra fonte da graça senão Finalmente, a história não é outra Nosso Senhor Jesus Cristo. coisa senão o desenrolar dos Ele é o centro e o fim da história. desígnios eternos de Deus. É por isso que Santo Agostinho Bem entendido, inclui-se a nossa chama a toda a história antes da liberdade, Deus criou-nos livres. vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo Uma coisa impede a outra, mas os a “história profética “. desígnios de Deus cumprem-se ao Era para preparar e anunciar a vinda longo da história infalivelmente, de Nosso Senhor Jesus Cristo, a Sua necessariamente, se não Ele não encarnação, a Sua redenção. seria Deus! E depois de Nosso Senhor Jesus E isso deve dar-nos uma grande Cristo o fim é o Seu triunfo e o Seu confiança, porque todos os males, de triunfo vai-se realizar quando da Sua ordem natural e mesmo de ordem segunda vinda, a Parusia. moral, estão previstos e permitidos É então que terá lugar o triunfo de por Deus. Nosso Senhor Jesus Cristo e, Não somente contribuem para o bem enquanto se espera, edifica-se, do universo, mas têm um fim; são constrói-se a Jerusalém celeste, a ordenados ao bem e ao cumprimento Igreja definitiva, a Igreja para da Sua vontade, que é finalmente a sempre. salvação das almas e o triunfo de Fora de Nosso Senhor Jesus Cristo Nosso Senhor Jesus Cristo. não há salvação, fora de Nosso “Tudo foi criado para o homem para Senhor Jesus Cristo não há paz; Cristo, Cristo para Deus”. portanto não há felicidade, não há E hoje poderíamos juntar ainda uma vida feliz fora de Nosso Senhor outra lei que rege a história, porque Jesus Cristo. isso nos foi progressivamente desvelado no decurso dos tempos, no decurso dos séculos, e sobretudo graça; estava verdadeiramente no nosso tempo: é o papel e o lugar votado ao triunfo de Nosso Senhor da Santíssima Virgem Maria no Jesus Cristo pela Cruz, pelo Santo triunfo de Nosso Senhor Jesus Sacrifício, pelo Seu Reinado, pois Cristo e na salvação das almas, um que Ele é rei; seguia sempre a lugar, um papel de eleição: tudo Providência e não se tomava pela estava confiado ao Coração de nossa Providência. Mãe. Tinha uma verdadeira piedade por O bom Deus teria podido fazer Nossa Senhora, sem deslocar o Seu doutro modo, mas por que quis fazê- lugar e o Seu papel para o centro do lo assim? Para nos amparar nas dogma católico e do combate, é de nossas fraquezas, nas nossas resto o que Ela deseja, mas dando- misérias, nos nossos medos! Lhe plenamente o lugar que deve ter Que há de mais terno e de mais neles. atraente do que uma mãe, Ele apresenta-nos assim um compassiva, misericordiosa? exemplo extraordinário: como E é evidente que estas perfeições, simplesmente, humildemente pode que estão na Santa Virgem Maria, uma pessoa pôr-se verdadeiramente são perfeições divinas, participadas ao serviço de Deus, ser dócil, nas por uma criatura. mãos de Deus para defender o que é Se a Santa Virgem é como é, foi preciso defender. simplesmente porque o Bom Deus É preciso ter esta vontade de se quis manifestar nela duma maneira converter profundamente e de se pôr mais brilhante e mais adequada a ao serviço de Deus como Deus o nós algumas das Suas perfeições. quer. Era uma vantagem em relação a nós, Neste domínio e hoje mais do que porque eu diria: Nosso Senhor, nunca, não convém ficar dentro do mesmo tão bom, tão doce, tão labirinto das misérias e das misericordioso no Seu Sagrado mesquinharias humanas. Coração, é sempre Deus e isso faz- É preciso estar por cima, ter um nos sempre um pouco de medo. olhar sobrenatural. Ele quis dar-nos a Santíssima Não convém tomar o lugar de Deus, Virgem Maria e confiar à sua Mãe a não convém querer resolver por nós consumação dos desígnios que Deus próprios os problemas que o Bom tem na história da Igreja, na história Deus permite e que tem permitido, da humanidade. porquanto Ele tem outros fins. E quando nós olhamos para a obra Quais são os Seus fins? Nós não de Monsenhor Lefebvre, é sabemos nada disso. precisamente isso: compreendeu as Permitindo os males presentes hoje intenções da Providência. na Igreja, por um lado isso pode Tinha uma poderosa caridade; penso servir de mérito e de acréscimo da que todos nós o podemos virtude daqueles que são fiéis, para testemunhar. se exercerem em certas virtudes, Era muito sobrenatural, pregava a como a humildade, a paciência, para tempo e a contratempo os temas da obter méritos para a eternidade, a menos que Deus não nos prepare para outras provas e que seria em definitiva simplesmente um pouco de treino de nossa parte – nós não o sabemos! Quanto aos maus, por outro lado, o Bom Deus sabe também o que faz para a emenda deles, como um castigo, como uma punição. Em todo o caso, é sempre Ele quem governa isso, quem o permite, e não somos nós multiplicando-nos por uma atividade natural e vistas humanas que vamos resolver seja o que for. E quando Ele quiser, sem mais esforços que isso, então tudo entrará na normalidade, dentro da Igreja e no mundo. Mas para nós este combate pessoal continua, para fazer triunfar a caridade, a graça de Deus, o Reino de Nosso Senhor Jesus Cristo e isso deve em seguida traduzir-se num espírito, num ardor apostólico em fazê-lo. E uma vez que se fez o seu dever, que se fez tudo o que se pode, pois bem, demos graças a Deus. Agradeçamos ao bom Deus termos o que temos e façamo-lo frutificar. Então peçamos neste dia à Santíssima Virgem Maria que nos dê aquela visão tão sobrenatural e tão alta que Santo Agostinho teve e que teve também o nosso querido e venerado fundador Monsenhor Lefebvre.