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FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI ROBERTO MANGE

CURSO DE TECNOLOGIA EM PROCESSOS QUÍMICOS


COMPONENTE CURRICULAR: TÉCNICAS DE LABORATÓRIO
PROF. Dr. FERNANDO AFONSO

Aula no 01
Solubilidade de sólidos em líquidos

Acadêmico:
Matheus Paiva Campos Ferreira

Anápolis, 15 de março de 2021.


1. INTRODUÇÃO

Solubilidade, em definição, é a concentração de soluto dissolvido em um


solvente em equilíbrio, ou seja, em temperatura e pressão desejada, é a
medida máxima de soluto que poderá ser dissolvida em um determinado
solvente. O tamanho molecular (ou iônico), a polaridade (ou carga), forças
dispersivas e dipolares, ligações de hidrogênio e a temperatura são fatores
importantes para a determinação da solubilidade e deve ser sempre
considerado. [1]
Quando um sólido se dissolve em um solvente a concentração do soluto
aumenta. Este processo é chamado de dissolução, portanto, o mesmo
processo inverso é denominado cristalização, como observado na equação 1:

A partir do momento em que a velocidade dos processos se iguala,


denominamos o equilíbrio dinâmico formado. A quantidade de soluto para se
obter uma solução saturada é denominada solubilidade, sendo uma grandeza
quantitativa expressa em gramas de soluto por litro de solução (g/L).
Solução Saturadas = Equilíbrio entre a dissolução e a cristalização.
Solução Insaturada = Dissolvemos menos soluto do que o necessário
para que se forme uma solução saturada.
Solução Supersaturada = Quando se tem maior quantidade de soluto
em relação a solução saturada. [2]
Exemplo KNO3/100g de H2O na figura abaixo:

Fonte:(https://descomplica.com.br/d/vs/aula/exercicios-de-solucoes-1/)
2. OBJETIVO
Aula teve como experimento, analisar e determinar a curva de
solubilidade do nitrato de sódio NaNO3 dissolvido em água destilada, e depois
exemplificar em tabela e gráfico a sua variação de solubilidade.

3. MATERIAIS

3.1. EQUIPAMENTOS
3.2. Béquer de 100mL
3.3. Béquer de 250mL
3.4. Espátula
3.5. Pipeta graduada de 10mL ou 25mL
3.6. Proveta de 10mL
3.7. Termômetro
3.8. Tubo de ensaio 2x20cm

3.9. REAGENTES
3.10. Água destilada
3.11. Água destilada gelada
3.12. Gelo
3.13. Nitrato de sódio P.A

4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
1- Foi pesado em uma balança semi-analítica as respectivas quantidades
de nitrato de sódio NaNO3 (4,0, 4,5, 5,0, 5,5, 6,0, 6,5, 7,0 g).
2- Transferiu-se quantitativamente as seguintes pesagens para o tubo de
ensaio.
3- Adicionou-se 5,0 gramas de água destilada em cada tubo de ensaio.
4- Todos os tubos de ensaio foram aquecidos em banho maria e agitados
lentamente até o sal se dissolver todo, após a dissolução foi retirado somente
as soluções de 4,0 e 4,5 e adicionado a banho maria com água gelada com um
termômetro até formar o sal cristalizado, já as demais soluções após
dissolvidas, tirou-se e deixou esfriar a temperatura ambiente com um
termômetro até formar o sal cristalizado, formando as seguintes temperaturas
na tabela a seguir.

NaNO3(g) Temperatura(C°)
4,0 10
4,5 16
Tabela de temperaturas: 5,0 32
5,5 38
6,0 68
6,5 76
7,0 82
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Tabela 1 – Temperatura de solubilidade dado g de NaNO3 em 100g


de H2O.

Tubos NaNO3 (g) g de NaNO3 / 100 g de Temperatura (C°)


H2O
1 4,0 80 10
2 4,5 90 16
3 5,0 100 32
4 5,5 110 38
5 6,0 120 68
6 6,5 130 76
7 7,0 140 82

Gráfico da curva de solubilidade:

Percebeu-se que, quanto menor a concentração de NaNO3 em H2O menor é a


temperatura para se obter a recristalização. E quanto maior for a concentração
maior será a temperatura respectivamente.
6. CONCLUSÃO
Concluiu-se que neste experimento o limite de solubilidade do NaNO3 é
de 32º em 100g de H2O.Até o tubo de nº 2 foi utilizado gelo. No tubo de nº 3
temos o equilíbrio dinâmico. A partir do tubo de nº 4 a concentração da mistura
se torna supersaturada tendo como consequência um aumento significativo no
tempo de espera e da temperatura até a completa recristalização. Portanto,
esta aula foi muito didática e demonstra como a solubilidade de sólidos em
líquidos está presente no nosso cotidiano, tendo como exemplo o soro
fisiológico solução isotônica aquosa de concentração 0,9g de NaCl / 100g de
água destilada que é mundialmente utilizado para casos de desidratação,
limpeza dos olhos, pele, nariz, queimaduras, feridas e nebulização em quadros
de problemas respiratórios.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1]. Luciana Almeida Silva, Cláudia Rocha Martins e Jailson Bittencourt


de Andrade*, POR QUE TODOS OS NITRATOS SÃO SOLÚVEIS? Ed.40170-
290 Instituto de Química, Universidade Federal da Bahia, Campus de Ondina,
Salvador – (BA). Publicação periódica: Quim. Nova, Vol. 27, No. 6, pg 1016-
1020, 09/08/2004.
Disponível em: < http://quimicanova.sbq.org.br/detalhe_artigo.asp?id=4050 >
Acesso em março de 2021.
[2]. UNESP/REDEFOR, Mistura e solubilidade, Módulo IV, disciplina
08 tema 1 – box 2, São Paulo - (SP),2011.
Disponível
em:<https://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/39958/6/qui_m4d8_tm
02_box2.pdf> Acesso em março de 2021.

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