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Cenários de Resposta

Sentidos 10 – Unidade 1, Poesia Trovadoresca

Sentidos 10, Unidade 1 – Poesia Trovadoresca


Páginas Domínio / texto Cenário de Resposta

22 Compreensão do 1.
Oral 1.1 [B];
1.2 [A];
1.3 [C]

2.
a. F. Todos os anos a viagem medieval destaca um reinado diferente.
b. F. O acampamento foi cedido por D. Afonso IV. João da Maia era o responsável pelo acampamento.
c. F. A população que vivia no acampamento era fiel a D. Afonso IV, numa altura em que se vivia uma guerra civil.
d. V.
e. V.
f. V.
g. F. Apesar de participarem voluntários, o espetáculo é encenado por profissionais.
h. F. Há voluntários, como o caso da entrevistada, que participam pela primeira vez.
i. V.

3. É uma peça jornalística que foca um assunto de interesse geral e atual em relação à sua exibição. Mais aprofundada do que a notícia, a reportagem traduz-se
numa cobertura mais alargada de um determinado assunto, recorrendo à exibição de imagens, a um texto marcadamente mais informativo por parte do
repórter, ainda que, por vezes, também apreciativo, e ao recurso a testemunhos na 1.a pessoa, sendo pois evidenciada a alternância entre a 1.a e a 3.a
pessoas. A linguagem é clara, precisa, objetiva, embora denuncie alguma preocupação estilística e é evidente, por parte do jornalista, o cuidado com a dicção e
a entoação do seu discurso.

23 Leitura 1.1 [A]


1.2 [C]
1.3 [D]
1.4 [C]
1.5 [D]
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23 Escrita 1. As feiras medievais, geralmente associadas a festas religiosas e que proibiam manifestações de hostilidade, tinham como objetivo dar resposta à escassez de
comunicações e, no caso das denominadas francas, dispensavam o pagamento de impostos aos feirantes. Acredita-se que a primeira feira portuguesa se tenha
realizado em Castelo Mendo, em 1229. (50 palavras)

27 Contextualizar 1.
a. Cancioneiro da Ajuda; Cancioneiro da Biblioteca Nacional; Cancioneiro da Vaticana.
b. (1) Cantigas de amigo: conteúdo amoroso, origem autóctone;
(2) Cantigas de amor: conteúdo amoroso, origem provençal;
(3) Cantigas de escárnio e maldizer: conteúdo satírico e burlesco e origem autóctone.
c. trovadores; jograis; jogralesas ou soldadeiras.

2. Tópicos: A poesia dos trobadors tem origem na região da língua d’oc com Guilherme, IX Duque da Aquitânia e VII Conde de Poitiers, entre os finais do século
XI e os inícios do século XII. Desta corte, ela avançou não só para o Norte de França, como para Inglaterra, Itália ou Alemanha e também para a Catalunha, até
atingir o extremo ocidente da Península Ibérica, onde entra por mão dos trovadores e jograis, a partir da segunda metade do século XII, atingindo a sua
plenitude no século XIII.
O seu desaparecimento dá-se em meados do século XIV.

28 Expressão do Oral 1. Nesta imagem, observamos um trovador que parece dedicar o seu cantar a uma dama, que adota uma postura de indiferença face ao que está a ouvir. Neste
sentido, tratar-se-á da representação de uma cantiga de amor, na medida em que, neste tipo de cantigas, o sujeito de enunciação é um homem.

29 Leitura Linhas temáticas


1.
a. O sofrimento amoroso causado pela visão da mulher, pela sua indiferença ou pela possibilidade de repúdio.
b. O elogio superlativado da mulher amada.

Caracterização do sujeito de enunciação


c. Submisso, com um comportamento semelhante ao de um vassalo face ao seu senhor, totalmente dependente da amada e que, por isso, vive atormentado,
temendo a não correspondência amorosa ou a indiferença da sua “senhor”.

Caracterização da figura enunciada


d. Mulher altiva, distante, abstrata ou extremamente idealizada, a quem são atribuídas as mais altas qualidades.

2.
Semelhanças: expressões lexicalizadas, como "mia senhor" (de "midons").
Diferenças: as composições peninsulares são menos intensas e mais estereotipadas; as motivações da canção provençal seriam mais reais, ao contrário do
que se verifica na Península, onde se cantava uma figura feminina abstrata, seguindo um conjunto de tópicos convencionalizados.
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30 Educação Literária 1. O elogio da dama à maneira provençal "e querrei muit'i loar mia senhor" (v. 3).

2. Características físicas:
a. bela − “mais pôs i prez e beldad’e loor” (v. 16).

Características psicológicas:
b. honrada − “a que prez […] nom fal” (v. 4).
c. bondosa − “a que prez nem fremosura nom fal, / nem bondade” (vv. 4-5).
d. virtuosa − “tanto a fez Deus comprida de bem” (v. 6).
e. valorosa − “e de mui gram valor” (v. 10).
f. sociável − “e com tod’est[o] é mui comunal / ali u deve” (vv. 11-12).
g. sensata − “er deu-lhi bom sém" (v. 12).

3. O trovador evidencia as qualidades morais da mulher, como forma de a destacar de todas as outras e de a apresentar como muito superior a ele próprio.

31 Educação Literária 4. Recursos expressivos − a anástrofe: “a que prez nem fremosura nom fal, / nem bondade” (vv. 4-5); a comparação, a hipérbole: “tanto a fez Deus comprida
de bem / que mais que todas las do mundo val.” (vv. 6-7) e a enumeração: “e falar mui bem, e riir melhor” (v. 17).

5. É clara a sobrevalorização da mulher amada não só por ser descrita como a mulher ideal quer a nível físico quer a nível psicológico, mas também por ser tida,
através da comparação e da hipérbole, como a dama mais perfeita entre todas as existentes no mundo, característica explicitada no final de cada cobla: “que
mais que todas las do mundo val”; “quando nom quis que lh’outra foss’igual”; “ca nom á, tra-lo seu bem, al”.

6. Para além do contexto cristão que a motiva, a referência a Deus é uma forma de destacar a superioridade da mulher, cuja perfeição depende da vontade de
Deus. Por essa razão, todos os seus atributos são apresentados como uma dádiva divina, o que contribui para a sua divinização.

7. A influência é evidente, uma vez que o sujeito lírico começa por declarar "Quer'eu em maneira proençal / fazer agora um cantar d'amor". Além disso,
assistimos ao elogio hiperbolizado da mulher amada.

31 Gramática 1. a. V;
b. F. Nesta cantiga, o sujeito lírico dirige um lamento à sua senhor.
c. V;
d. V;
e. F. O sujeito lírico estabelece uma comparação entre aquilo que ele sente e alguém que possa ter vivido uma situação semelhante.
f. V;
g. V;
h. F. Todas as coblas se iniciam com uma comparação; no refrão, está presente a apóstrofe.
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i. V.
2. Literalmente, “república” significa a 'coisa pública', o bem comum do interesse de todos.

33 Educação Literária / 1.
Gramática Cantiga A
a. Desejo de vingança por parte do sujeito lírico em relação à sua senhor pelo facto de ela lhe causar um enorme sofrimento amoroso (coita de amor).
b. A amada mostra-se fria e indiferente em relação ao sujeito lírico.
c. O sujeito lírico revela angústia, dor, desilusão e, ao mesmo tempo, um sentimento de revolta pela forma como a sua senhor interage com ele.
d. O sujeito poético manifesta vontade de se vingar do sofrimento que lhe foi infligido pela amada, retribuindo-lhe a mesma dor que ele sente.
e. Personificação: “meu coraçom que m’enganou”; repetição com variação na palavra de rima: “desamar/desamou”.

Cantiga B
a. Anseio do sujeito lírico em ver a amada (saudade), sem a qual não consegue viver.
b. A amada é caracterizada como sendo eloquente e poderosa; a melhor de todas as existentes.
c. O sujeito lírico revela estar completamente apaixonado, dependente da amada e desesperado, por causa das saudades que sente dela.
d. Apesar de ter consciência da não correspondência amorosa por parte da sua senhor, o sujeito poético manifesta vontade de a ver, já que, sem ela,
acredita que irá enlouquecer ou morrer por amor. e. Repetição (vv. 2-3); Hipérbole e comparação (vv. 14-15); Anáfora: “Cedo; ca” nas estrofes 2 e 3.

2.
2.1 Prefixo “des”. Valor de negação.

3.
3.1 “Se eu pudesse coita dar” – oração subordinada adverbial condicional; “a quem me sempre coita deu” – oração subordinada substantiva relativa.
3.2 a quem sempre me deu coita.

4.
a. “bem”;
b. “nom”;
c. “sempre”, “logo”

5.
a. Se pudesse, declamaria estes poemas à turma.
b. Pode-se sempre abrir uma exceção se for essa a vossa vontade.

36 Compreensão do 1. Resposta de caráter pessoal


Oral
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36 Leitura 1. O autor apresenta uma apreciação crítica sobre o concerto de Pedro Abrunhosa no Coliseu.

2. O autor do texto considera o espetáculo de Abrunhosa de imensa qualidade, destacando o profissionalismo daqueles que o acompanharam e a qualidade
musical e estética do espetáculo.

3. Este descreve a reação emotiva do público e, de seguida, o envolvimento dos espetáculos de Pedro Abrunhosa na realidade social. Finalmente, destaca o
momento em que o cantor quis esconjurar o silêncio como forma de evitar um certo tipo de poder.

4. [C]

37 Escrita 1. O autor considera o espetáculo de Pedro Abrunhosa no Coliseu uma mostra de profissionalismo absoluto e um momento de qualidade fora do comum.
Descreve o público como sendo composto por pessoas com diferentes tipos de problemas, mas que, ainda assim, conseguiu fazer a festa. Conhecedor da
realidade social, Abrunhosa incorporou o sofrimento do país nos seus concertos, tendo, neste caso, apelado ao esconjuro do silêncio, ideia aparentemente
secundária nas letras das suas canções, mas, que, segundo o autor, se retira indo além da superfície. O que está em causa é o poder e a forma como é exercido.
[97 palavras]

39 Gramática 1.
(1) Nas cantigas de amigo, o sujeito de enunciação é uma mulher, enquanto, nas cantigas de amor, o “poeta fala de si mesmo”;
(2) a mulher das cantigas de amigo é “aparentemente simples e ingénua”, ao passo que, nas cantigas de amor, é uma “requintada ‘senhor’”, aristocrática;
(3) nas cantigas de amigo, o sujeito de enunciação pode dialogar com outras personagens que não o amado, enquanto nas cantigas de amor, geralmente, o
sujeito poético dirige-se à sua amada, ainda que possa haver composições em que os amigos surjam como destinatários.

2. O amor não correspondido e o lamento pela ausência do amado (amigo).

3. A mulher das cantigas de amigo aparenta ser uma donzela simples, ingénua, sofredora e facilmente vulnerável, por estar apaixonada, mas também firme e
resoluta na defesa do seu amor.

4. A donzela das cantigas de amigo toma como confidente não só seres humanos, como a mãe e as amigas, mas também a própria Natureza e/ou alguns dos
seus elementos que surgem, assim, personificados.

5. O paralelismo consiste na repetição integral ou parcial de segmentos. O refrão consiste na repetição, em cada estrofe, de uma parte da cantiga, que assume
autonomia rimática e que, geralmente, é constituída por um número de versos inferior ao do corpo da estrofe.

6. a. Predicativo do sujeito.
b. Complemento indireto.
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40 Educação Literária 1. O sujeito de enunciação dirige-se angustiadamente às “flores de verde pino”, perguntando pelo seu amigo, que tarda em comparecer ao encontro marcado.
Estas respondem-lhe que o amigo está vivo e que, em breve, estará junto de si.

1.1 Esta cantiga divide-se em duas partes. Nas primeiras quatro coblas, o emissor é a amiga, que, preocupada, questiona as flores do verde pino sobre o seu
amigo; as restantes coblas dizem respeito à segunda parte, onde consta a resposta dada pela Natureza, que a sossega, uma vez que o seu amigo está “viv’e
sano” e em breve estará junto dela.

2. A Natureza, que surge personificada, assume o papel de confidente, não sendo meramente um cenário.

3. Além da desilusão, é evidente a angústia e o desespero da mulher perante a possibilidade de o amigo faltar ao combinado.

3.1 Para melhor traduzir o estado de espírito, são utilizadas a interjeição "ai", a repetição "ai flores", que sugere a aflição, e ainda a pergunta retórica "Ai Deus,
e u é?", que tão bem evidencia o grau de incerteza e de preocupação da amiga quanto ao comparecimento do amigo.

4. Ao nível estrutural, surge, por exemplo, a repetição de "Ai flores, ai flores do verde pino” / “Ai flores, ai flores do verde ramo”; ao nível semântico, destaca-
se, nos segundos versos da 1.a e 2.a coblas, o recurso à sinonímia, pela substituição de "amigo" por "amado".

5. Cantiga paralelística, dialogada, constituída por 8 dísticos monórrimos, de decassílabos, na primeira parte, e hendecassílabos, na segunda, seguidos de refrão
pentassílabo, segundo o esquema rimático: aa’R / bb’R / a’aR / b’bR / aa’R / bb’R / a’aR / b’bR.

41 Gramática 1. O destinatário é o amigo.

2. O sujeito de enunciação refere-se a dois momentos vividos na relação amorosa: um primeiro, marcado pela utilização do pretérito imperfeito do indicativo,
quando os apaixonados viveram um tempo de felicidade e harmonia; um segundo, associado à utilização do pretérito perfeito do indicativo, que marca uma
quebra na situação anterior e aponta para um tempo de tristeza e de separação.

3. Na primeira parte da cantiga, as aves cantam o amor que une os apaixonados. Esta descrição de uma Natureza harmoniosa pode ser vista como uma
metáfora do amor feliz e a própria presença das aves que cantam pode ser entendida como associada à primavera, também ela metaforicamente tempo
dos amores felizes. Na segunda parte da composição, surge a referência aos ramos que o amigo partiu e às fontes que este secou, afastando as aves que
cantavam. Este segundo momento, ao evoluir para uma Natureza mais triste, pode ser entendido como uma metáfora da separação e da tristeza que marca o
fim do amor.

4. O imperativo é utilizado com valor de pedido pelo sujeito de enunciação, no sentido de solicitar ao amigo que parta.
Este pedido justifica-se pelo facto de o amor ter acabado, sendo este o momento da separação.

5. Vocativo. Está ao serviço do caráter dialogal da cantiga e serve para invocar o amado, ou seja, responsabiliza o amigo pela situação vivida.
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42 Educação Literária 1. Nesta cantiga, está presente o tema da desilusão amorosa.

2. A mãe assume o papel de confidente pois é a ela que se dirige, através do vocativo. O sujeito lírico revela-lhe o seu estado de espírito e as razões para tal.

3. No refrão, exprime-se um sentimento de amor intenso pelo seu amigo (“moiro d' amor”). Este sentimento contrasta com o que se afirma nos dísticos, onde a
jovem denuncia a sua desilusão amorosa pelo facto de o amigo ter faltado ao encontro acordado (“nom chegou, madr', o meu amigo, / e oj' est o prazo
saido.”), o que poderá ainda ter como consequência a suspeita de que o amigo não a ama.

3.1 A interjeição “Ai” intensifica o sentimento de amor exacerbado vivido pelo sujeito lírico; a utilização da frase exclamativa, a marcar a denúncia de que o
amigo faltou ao encontro, aponta para a intensidade da desilusão experimentada.

3.2 O amigo é apresentado como falso, mentiroso (“por que mentio o desmentido.”) e indiferente (“pesa-mi, pois per si é falido.”), o que poderá apontar para o
facto de este não amar o sujeito lírico.

4. a. Neste verso, está presente a aliteração do som nasal, que contribui para acentuar o tom de lamento do sujeito lírico, bem como a apóstrofe, “madre”,
usada para destacar a confidente.
b. Neste verso, está presente a hipérbole, que sugere o estado de angústia e de dor . Está ainda presente a apóstrofe (ver resposta a.)

43 Educação Literária 1. Nesta cantiga, o sujeito lírico dirige-se às amigas.

2. É notória a alegria e a felicidade da "amiga" que, estando apaixonada, exorta as companheiras à dança, como forma de expressarem esse contentamento.

3. As donzelas são apresentadas como moças belas e atraentes, como se verifica nas afirmações “quem for velida como nós” e “quem bem parecer como nós
parecemos”.

4. A jovem pretende que, tal como ela, as amigas expressem o seu contentamento pelo facto de estarem apaixonadas, através da dança e que,
simultaneamente, usem essa forma de expressão para seduzirem os amigos.

5. a. Está presente a apóstrofe como forma de salientar o incentivo às amigas para dançarem.
b. Está presente a comparação, usada para identificar, para além das amigas, o outro destinatário do convite do sujeito lírico: todas as donzelas que também
estejam apaixonadas.

6. A forma verbal encontra-se no conjuntivo, usado com valor exortativo, uma vez que dirige um convite às amigas
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45 Gramática 1. Sugestão de correção no Guia do Professor.

2. Modificador do nome restritivo.

3.
a. Presente do indicativo: “van”; “baylamus"; “queren”
b. Futuro: “baylaremus”; “hiran”; “andaremos”; "poderan"
c. Presente do conjuntivo: “punhemus”; “queymen”

4. O presente do indicativo surge na enunciação de factos reais e tidos como certos; o futuro ocorre na enunciação dos factos que ainda irão ocorrer;
finalmente, o conjuntivo traduz o desejo/a exortação do sujeito lírico.

5.
a. Sujeito.
b. Complemento direto.
c. Modificador do grupo verbal.

6. Sede, sediado, sedentário.

7. Orações coordenadas copulativas.

45 Oralidade Resposta de caráter pessoal.

46 Educação Literária 1. Trata-se de uma cantiga de amigo porque nesta composição poética o sujeito lírico assume uma voz feminina.

2. O sujeito lírico dirige-se às “Ondas do mar de Vigo”, pelo que, nesta cantiga, a Natureza se assume como confidente.

3. O sujeito lírico mostra-se muito preocupado e em sofrimento com a ausência do amigo, daí perguntar constantemente às ondas se o viram. Manifesta
também ansiedade por não saber quando voltará a vê-lo (“E ai Deus, se verra cedo!”). Por fim, todos estes sentimentos demonstram o amor que sente pelo seu
amigo.

4. As perguntas retóricas são fundamentais, na medida em que é através delas que se identifica a razão de ser dos sentimentos do sujeito lírico: este
desconhece o paradeiro do seu amigo e quando voltará a vê-lo.

5. A cantiga é paralelística porque cada par de dísticos apresenta elementos repetidos (“Ondas do mar”) e elementos variantes, com alteração mínima de
sentido (“amigo”/“amado”)
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47 Educação Literária 1. O interlocutor é a mãe. Este identifica-se por meio da apóstrofe presente no refrão.

2. Sente-se feliz porque recebeu notícias de que o seu amigo está bem de saúde e vivo. Também mostra o seu orgulho por o seu amigo se ter tornado “privado”
do rei.

3. Esta afirmação poderá significar que o seu amigo esteve na guerra, vivendo situações de perigo de morte ou de algum tipo de acidente.

4. A menina decide que irá a Vigo ao encontro do seu amigo. Tal decisão justifica-se, antes de mais, pelas saudades que tem do seu amigo, o que se deve ao
sentimento de amor que nutre por ele.

5. Nesta cantiga, Vigo é assumido como espaço de espera e de desilusão porque o amigo não vem. Neste caso, Vigo é apresentado como um lugar de
reencontro e espaço de felicidade, dado o regresso do amigo, são e salvo.

6. Trata-se de uma cantiga de amigo paralelística. É constituída por seis estrofes, compostas por um dístico e por um refrão de um verso. O esquema rimático é
aaR bbR (e assim sucessivamente), constituindo uma rima emparelhada. Os versos são pentassílabos.

49 Leitura 1. Centra-se na apresentação de resultados de investigações relacionados com a base neurológica do amor.

2. Serve para introduzir o tema do texto: a forma como o nosso cérebro evidencia que estamos apaixonados.

3. Os investigadores selecionaram 17 voluntários que se diziam apaixonados e submeteram-nos a uma máquina que forma imagens tridimensionais do cérebro
por ressonância magnética.

4. Stephanie chegou à conclusão que o cérebro evidencia diferenças, quando se sente amor paixão ou um outro tipo de amor, como o maternal.

5.1 / 5.2 / 6. e 7. Sugestão de correção no Guia do Professor.

53 Gramática 1.
a. Invasão da Península Ibérica pelos romanos.
b. Invasão da Península pelos povos germânicos.
c. Invasão da Península pelos árabes;
d. Início do português antigo;
e. Redação do Testamento de D. Afonso II.
f. Início do português clássico;
g. Início do português contemporâneo.
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2. Substrato é uma língua indígena anterior à implantação de uma nova língua, transportada por povos vencedores, mas que, de alguma forma, deixa marcas
nesse novo idioma. Superstrato é a língua de um povo invasor que não se sobrepõe à autóctone e que desaparece, deixando, no entanto, vestígios no idioma
que permanece. Os termos podem igualmente referir o conjunto desses vestígios linguísticos.

3. Celta – vassalo, camisa, cerveja; Grega – evangelho, pedagogia, homogéneo; Germânica – esgrimir, escaramuça, bandeira; Árabe – açorda, alfaiate.

3.1 pediatria; pedofilia.

4. Em nome de Deus. Eu, rei D. Afonso, pela graça de Deus rei de Portugal, encontrando-me [estando] são e salvo, temendo o dia da minha morte, para a
salvação da minha alma e proveito da minha mulher, a rainha D. Urraca, e de meus filhos e de meus vassalos e de todo o meu reino, fiz o meu testamento para
que, depois da minha morte, a minha mulher e os meus filhos e o meu reino e os meus vassalos e todas as coisas que Deus me deu para governar [em poder]
fiquem em paz e tranquilidade.

55 Gramática 1.1 – [A];


1.2 – [B].

2. Para além de se censurarem hábitos violentos dos portugueses, é sobretudo criticada a tendência atual para se expor tudo o que se faz nas redes sociais,
nomeadamente no Facebook, ainda que os vídeos partilhados possam transmitir uma imagem muito negativa dos seus protagonistas. De tal forma isto
acontece que chega mesmo a colocar-se a hipótese de, no futuro, ser mais fácil condenar os criminosos, porque eles próprios acabarão por fazer prova da sua
culpabilidade através destas redes sociais.

3. Resposta pessoal.

4.1 A palavra provém do verbo inglês like.

4.2 Trata-se de um empréstimo.

4.3 Por se tratar de um verbo que se formou a partir de lik[e], acrescentado-lhe marcas de 1.a conjugação: vogal temática "a" e sufixo de flexão do infinitivo "r".

4.4 O termo significa ‘gostar de’.

4.5 A palavra surge entre aspas, porque o termo não está ainda dicionarizado na língua portuguesa. É um termo
usado, tipicamente, nas redes sociais.

5.1 “malandrões”
5.2 Justifica-se pelo facto de a forma verbal surgir no infinitivo, terminando em -r. Quando assim é, o pronome pessoal em adjacência verbal implica a apócope
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do -r, assumindo o pronome a forma “-los”.

57 Leitura 1.
a. Natureza: satírica
b. Aspetos criticados: crítica pessoal com acusações de cobardia, traição, avareza e incapacidade, acontecimentos históricos, costumes sociais, hábitos
pessoais, polémicas literárias, paródias das cantigas de amor…
c. Categorias socioprofissionais visadas: papa, frei ou freira, cavaleiro, rico homem, privado, infanção, escudeiro, jogral, segrel trovador; apenas o rei é
excluído.
d. Objetivos da crítica: sobretudo o riso (e menos a moralização).
e. Recursos linguísticos: palavras/expressões encobertas, metáforas claras, inversão dos sentidos das expressões típicas das cantigas de amor e amigo;
nomes próprios com as características satirizadas.
f. Importância histórica: grande valor documental porque apresentam um quadro vivo da época.

58 Gramática 1. A crítica recai sobre o trovador Roi Queimado.

2. Trata-se do morrer de amor (fruto da coita de amor).

2.1 Afirma-se, de forma irónica, que Roi Queimado morreu de amor e ressuscitou ao terceiro dia. Com esta sátira, pretende-se denunciar o convencionalismo e
a falsidade dos sentimentos enunciados.

3. Sobretudo na segunda estrofe, denuncia-se o facto de Roi Queimado não ser bom poeta, o que é destacado ironicamente por meio da afirmação “por que
cuida que faz i maestria / enos cantares que faz...” (vv. 10-11). Este aspeto da crítica é mais violento do que o anterior, que é apresentado num tom mais
jocoso, pois visa os próprios dotes poéticos do trovador satirizado.

4. Apócope.

5. Oração subordinada substantiva completiva.

59 Educação Literária 1. O sujeito lírico dirige-se a uma velha, feia e louca, que ambiciona ser cantada à maneira provençal, ou seja, celebrada como se de uma deusa se tratasse.
Assim, declara estar disposto a fazê-lo sem faltar à verdade, descrevendo-a exatamente como ela é.

2. A ironia resulta do facto de alguém pretender ser louvado à maneira provençal, ou seja, de forma sobrevalorizada, sem que apresente, na verdade, as
características físicas e psicológicas que possibilitem esse louvor.

3. Ambas as cantigas satirizam o código convencional das cantigas de amor. Em “Roi Queimado morreu com amor”, satiriza-se o tema da morte por amor, tão
caro à poesia provençal e às cantigas de amor galaico-portuguesas e que se constituía como expressão última da coita amorosa. Em “Ai, dona fea, fostes-vos
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queixar”, ridiculariza-se o panegírico frequentemente dirigido às mulheres cantadas nas cantigas de amor. Com efeito, aqui, descreve-se a mulher não como
um ser perfeito, quase divino, mas antes como alguém com vários defeitos físicos e psicológicos.

60 Gramática 1. Nesta cantiga, é satirizado o jogral Lopo.

1.1 Nesta composição satírica, Lopo é criticado por ser um mau jogral, tema aliás muito comum em muitas cantigas de escárnio e de maldizer.

2. Nesta cantiga, é possível identificar as cinco categorias da narrativa. A saber: o sujeito lírico assume o papel de narrador (inclusivamente de cariz subjetivo),
descrevendo e comentando a situação pela qual passou o jogral Lopo e que se constitui como a ação narrativa. Existem personagens – o jogral Lopo, o infanção
e, eventualmente, os servos a quem este ordenou que dessem três coices ao jogral – a referência a um espaço – "a cas d'um infançom" (v. 2) – e a um tempo,
ainda que indeterminado – "um dia".

3. O sujeito lírico considera que os três coices na garganta dados a Lopo foram insuficientes, já que, por ser tão mau jogral, merecia ter levado mais.

4.
a. “um”.
b. “Lopo”.
c. “cas”, “infançom”, “dom”, “couces”, “garganta”, “jograrom”.
d. "en”, “por”.
e. “lhe”, “ele”.
f. “três”.

5. Caseiro, casario, casebre.

61 Educação Literária 1.
a. F. O poeta serve-se de subterfúgios, como o uso da expressão D. Foão, ou o uso da alcunha “tenreiro”, para de alguma forma ocultar o verdadeiro alvo,
numa alusão indireta e velada.
b. V.
c. F. Esta cantiga põe a nu a cobardia de D. Foão na guerra.
d. V.
e. V.
f. F. O refrão desta cantiga é composto por dois versos.
g. V

63 Gramática 1.
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a. síncope, crase, metátese.


b. sonorização.
c. síncope, assimilação.
d. síncope, epêntese.
e. apócope, síncope.
f. síncope, crase.
g. síncope, prótese, palatalização.
h. síncope, palatalização.
i. vocalização.
j. síncope, palatalização, epêntese.
k. sonorização, metátese.
l. vocalização.
m. síncope, sinérese.

2. Redução vocálica. Existe um enfraquecimento da mesma vogal (representada por <a> e <o>, respetivamente), em posição átona.

3.
3.1 Trata-se de palavras convergentes já que, apesar de apresentarem a mesma forma, provêm de étimos diferentes: a. RIVU- (> rio); b. RIDERE (> rir).

4 e 4.1
[A] matriarcal – sistema em que a mulher, mãe, aparece como figura central.
[C] maternidade – estado de quem é mãe (também local onde as mulheres dão à luz).
[E] matricida – homicídio da mãe.

5.
a. fraterno, fratricida, fraternidade, frade.
b. agricultura, agrário, agrícola, agricultor.
c. urbano, urbanização, urbanismo.
d. civil, cívico, civilização, civismo.

65 Educação Literária 1.
a. F. O sujeito de enunciação é o trovador enamorado.
b. V. c. V.
d. F. A presença da Natureza surge de forma recorrente nas cantigas de amigo e não nas de amor.
e. V.
f. F. É recorrente assistirmos à dor do sujeito lírico quer por não ser correspondido em termos amorosos quer pela mulher amada se mostrar indiferente em
Cenários de Resposta
Sentidos 10 – Unidade 1, Poesia Trovadoresca

relação a si.
g. F. São as cantigas de amigo que apresentam uma natureza mais popular e frequentemente uma estrutura paralelística.
h. V.
i. F. Além da mãe, existem outras confidentes como as amigas ou a Natureza.
j. V. k. V. l. V.
m. F. A mulher representada nas cantigas de amigo é mais espontânea e menos artificial do que a mulher celebrada nas cantigas de amor.
n. F. Apesar de em algumas cantigas de amigo ser evidente a correspondência amorosa, em muitas outras assistimos à desilusão da donzela em relação ao
objeto do seu amor.
o. V.
p. F. As cantigas de escárnio e maldizer têm como objetivo a sátira, pelo que não se encontram nelas temas como o da celebração da mulher amada. Aliás,
existem cantigas em que se satiriza o excesso de convencionalismo presente nas cantigas de amor, no que toca à descrição da mulher amada.
q. V. r. V. s. V.

66 Educação Literária GRUPO I


1. Trata-se de uma cantiga de amigo, visto que o sujeito de enunciação é uma donzela que lamenta a ausência do seu amigo.

2. Esta cantiga pode dividir-se em duas partes. A primeira diz respeito às quatro primeiras coblas e corresponde à descrição da situação inicial, ou seja, ao facto
de a donzela acorrer à praia na esperança de ver o seu amigo chegar numa das barcas que estão a aportar; a segunda corresponde às últimas quatro coblas e
aqui se assiste à desilusão da donzela por, afinal, não ter reencontrado o seu amor.

3. Apesar de começar por descrever o seu estado de ansiedade e de esperança em ver o amigo, a donzela, desde o início, através do refrão, manifesta a sua
angústia, o seu sofrimento amoroso e a sua desilusão pelo facto de não ter encontrado o seu amigo. Revela ainda remorsos por se ter apaixonado, quando
afirma: “[o] que por meu mal vi:”. (v. 20)

4.
a. No verso “Vi eu, mia madr’, andar” está presente a apóstrofe “madre”, como forma de realçar o interlocutor e confidente da donzela – a mãe.
b. Em “e moiro-me d’amor.” É evidente a hipérbole que serve para realçar o sofrimento amoroso de que a donzela padece.

5. Cantiga paralelística, de versos hexassilábicos, composta de dísticos e um refrão monóstico, segundo o esquema rimático: aa’R / bb’R/ a’a’’R/b’b’’R/ a’’aR/
b’’bR/ cc’R/ dd’R.

68 Gramática GRUPO II
1.1 [D]
1.2 [B]
1.3 [C]
1.4 [A]
Cenários de Resposta
Sentidos 10 – Unidade 1, Poesia Trovadoresca

1.5 [B]
1.6 [C]
1.7 [A]

2.
2.1 Aférese.
2.2 Palavras divergentes.
2.3 Corte, cortesão…

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