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PROFESSOR + ALUNO | 1 | Lê o seguinte excerto da apreciação crítica do filme Pedro e Inês, de António Ferreira (2018), e
Vídeo
Pedro e Inês sintetiza, oralmente, a informação de cada parágrafo.
Manual
(trailer)
Digital

EXCLUSIVO PROFESSOR

Páginas em movimento
Esta sugestão de atividade,
opcional, propõe o visiona-
mento ativo do filme Pedro
e Inês, de António Ferreira
(2018) cuja didatização foi
pensada de acordo com o
Fotograma do filme Pedro e Inês, de António Ferreira
conteúdo da Educação Lite-
rária abordado nesta uni-
Pedro e Inês traz-nos a prosa de Rosa Lobato de Faria feita cinema, na mais célebre

MPAG10EP © Porto Editora


dade. Disponibiliza-se a
apresentação do filme, po- história de amor trágico do nosso imaginário coletivo.
dendo o professor, caso o
entenda, aceder ao filme,
na íntegra, através de várias Pensamos nela como a mais célebre história de amor nascida em Portugal. A mais maca-
plataformas.
bra também, quando, entre mito e realidade, imaginamos um amor que vai – literalmente – para
1. 1.º § – Os amores de
Pedro e Inês constituem a 5 além da morte, com um rei (Dom Pedro I) que assassina barbaramente quem lhe retirou a
mais bela e mais macabra amada (Inês de Castro), e uma consequente coroação – e beija-mão – do cadáver dela. São
história de amor de Portu-
gal, dado o carácter vinga-
factos de uma originalidade e grau de demência que tornam a história conhecida além-frontei-
tivo de D. Pedro, que manda ras […].
coroar Inês depois de morta
Em Pedro e Inês, assistimos a quatro linhas narrativas que se entrecruzam como um filme
e assassina quem a matara.
2.º § – O filme apresenta 10 mosaico, em que temos Pedro como um doente num hospital psiquiátrico; como arquiteto nos
quatro linhas narrativas que nossos dias; como membro de uma comunidade rural numa qualquer floresta de uma espécie
se entrecruzam: Pedro,
doente mental, Pedro arqui- de futuro distópico; e como D. Pedro I, infante de Portugal, filho de D. Afonso IV. Em todas,
teto, Pedro numa realidade menos na primeira – que funciona como desfecho de uma das outras – temos os elementos
no futuro e D. Pedro I.
conhecidos. Pedro é sempre filho de Afonso (João Lagarto), casa sempre com Constança
3.º § – A narrativa original
daria mais valor ao filme, 15 (Vera Kolodzig), e acaba por trocá-la por Inês (Joana de Verona), resultando num final trágico.
pelo que os sentimentos Mas, mais que o interesse de cada uma das histórias, é nas passagens entre elas, na tal intem-
nele retratados resultam
dos que já são menciona- poralidade e na universalidade pretendida pelos autores que reside o seu cerne. […]
dos na obra de Rosa Lobato Fica, no entanto, a sensação que, concentrado na (muito bem filmada) história origi-
de Faria.
nal, Pedro e Inês teria mais a ganhar. Assim, demasiadamente enamorado dos seus truques
2. O que caracteriza este
filme é o facto de conter 20 narrativos, o filme é um simples exacerbar das palavras de Rosa Lobato de Faria, onde depres-
quatro narrativas em alter- são, frustração, desgosto e pessimismo se tornam evidentes, mas só porque já conhecemos
nância, que se entrecruzam.
a história, e não tanto porque o filme no-las faça sentir.
3. Enquanto na poesia tro-
vadoresca o amigo se en- José Carlos Maltez, in https://take.com.pt/pedro-e-ines/, 18 de outubro de 2018
contra ausente (cantigas de (consultado a 24 de novembro de 2019, texto com supressões)
amigo) ou a senhor é dis-
tante e inalcançável, no ar-
gumento do filme, o amor | 2 | Identifica o aspeto que caracteriza, em especial, a narrativa deste filme, tornando-a singular.
de Pedro e Inês é súbito, fí-
sico, obsessivo, indomável
e perturbador.
| 3 | Compara o argumento do filme com a visão do amor, conforme é retratado na poesia trovado-
resca.

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Poesia trovadoresca

| 4 | Visiona o filme e organiza as frases acerca das quatro linhas narrativas, de acordo com a PROFESSOR + ALUNO
Vídeo
ordem pela qual as informações são apresentadas. Apresentar uma
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apreciação
Digital crítica

Pedro e Inês – Sequências narrativas

3. Pedro, numa
1. Pedro, doente 4. Pedro,
2. Pedro, arquiteto comunidade rural,
psiquiátrico rei de Portugal
no futuro

a) A narrativa funde-se a) O arquiteto vê Inês a) O amor de Pedro e a) Pedro é coroado.


com o Pedro, pela primeira vez. Inês consuma-se. b) D. Pedro ouve uma
arquiteto, no b) Constança visita b) Pedro admite a sua cantiga de amor do
momento em que Pedro e pede-lhe o infidelidade e é seu avô, D. Dinis.
Pedro é deixado na divórcio. Anuncia- humilhado pelo pai e c) Constança dá à luz e
clínica. -lhe que perdeu o por Constança. morre.
b) Pedro tem bebé. c) Pedro e Constança d) D. Pedro vê Inês pela
alucinações com c) Constança confronta celebram a cerimónia primeira vez e
Inês. Pedro com a sua conjugal. apaixona-se.
c) Pedro parece ser infidelidade e d) Inês mata Constança e) O cadáver de Inês
consciente das expulsa-o de casa. e é apedrejada até à é coroado por
várias épocas em d) Inês é morta. morte. Pedro salva o D. Pedro.
que viveu, bebé, retirando-o da
e) Celebra-se o f) Inês reencontra-se
continuando a barriga de Inês.
aniversário de Pedro. com Pedro.
alucinar com Inês.
f) A mãe de Pedro e) A comunidade
d) Pedro é consciente g) Pedro e Inês bailam.
confronta-o com o despede-se de um
dos três momentos moribundo, que é h) Inês é raptada a
seu envolvimento
da sua vida. A morte alvo de eutanásia. mando do pai de
com Inês.
do seu pai é-lhe Pedro, D. Afonso.
g) Pedro apresenta um f) Inês chega à
anunciada. i) Inês é morta.
projeto arquitetónico, comunidade e a
e) A pergunta do paixão com Pedro é j) D. Afonso IV anuncia
em confronto direto
médico desencadeia evidente. o casamento de
com o pai.
uma crise em Pedro. D. Pedro e
h) Inês reencontra-se EXCLUSIVO PROFESSOR
f) O pai de Pedro D. Constança, por
com Pedro e
visita-o no hospício. procuração. 4. – 1. Pedro, doente psi-
anuncia-lhe a sua
g) Pedro parece estar gravidez. k) Pedro vinga a morte quiátrico: 1.º – h); 2.º – b);
3.º e); 4.º – c); 5.º – g); 6.º –
consciente do de Inês.
i) Inês abandona o f); 7.º – a; 8.º – d). 2. Pedro,
abandono em que se
emprego. arquiteto: 1.º – e; 2.º – g);
encontra. 3.º – a); 4.º – f); 5.º – c); 6.º –
h) Pedro é observado i); 7.º – h); 8.º – b); 9 – d).
3. Pedro, numa comuni-
pelo médico.
dade rural, no futuro: 1.º –
e); 2.º – c); 3.º – f); 4.º – a);
5.º – b); 6.º – d). 4. Pedro, rei
de Portugal: 1.º – b); 2.º – j;
| 5 | Apresenta oralmente uma apreciação crítica de 2 a 4 minutos sobre um dos seguintes aspe- 3.º – d); 4.º – g); 5.º – f); 6.º –
tos do filme: h; 7.º – c); 8.º – i); 9.º – a); 10
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– k); 11 – e).
5.1. A interpretação da personagem principal. 5. Tópicos para a aprecia-
5.2. A organização das quatro narrativas, em alternância. ção crítica disponíveis no
Dossiê do Professor – Mate-
5.3. A coerência do retrato psicológico das personagens em cada uma das sequências. riais de apoio e no Manual
Digital.

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