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TÍTULO:
Prof. Dr. Marcos Sorrentino
Engenharia Florestal – ESALQ
RESUMO
1) Enunciado do problema:
Qual será o problema tratado pelo projeto e qual sua importância?
O foco da pesquisa é analisar a inclusão da dimensão ambiental de instituições e
da sociedade. As principais inquietações são:
Quais são as condições que potencializam a formulação e a implantação de Políticas
públicas de Educação Ambiental pautadas por processos educadores ambientalistas? E
quais as condições que dificultam?
Hipóteses
A formulação e implantação de Políticas públicas são enriquecidas por processos
educadores que fortalecem comunidades identitárias e dialógicas que potencializam o
agir de indivíduos e coletivos em direção a sociedades sustentáveis e felizes.
Autogestão e autoanálise
Objetivo geral:
Contribuir para a construção de conhecimentos sobre processos de formulação e
implantação de Políticas Públicas de Educação Ambiental
Objetivos específicos:
Contribuir para o mapeamento das condições que estão presentes nos processos
de formulação e implantação de Políticas Públicas de Educação Ambiental
Analisar essas condições que potencializam ou dificultam a realização, em
diferentes contextos, buscando compreender a sua maior ou menor importância
para a formulação e implantação de Políticas Públicas de Educação Ambiental
Estabelecer parceiros institucionais que possibilitem a coleta e análise em
profundidade de política pública
Promover diálogo analítico sobre conceitos que possam fundamentar a
formulação e implantação de Política Pública de Educação Ambiental
Analisar e reavaliar valores da Oca
Pesquisar a pesquisa
Contribuir com o desenvolvimento de metodologias ?
Pesquisar os processos de autogestão do laboratório
Pesquisar os processos de autoanálise do laboratório
Formular um roteiro de questões orientadoras para as coletas de dados em
distintos contextos e para a posterior sistematização e síntese pelos
pesquisadores.
Contribuir para a construção de sociedades sustentáveis e felizes por
meio de políticas públicas eficazes de EA que proporcionem a ambientalização
das instituições
Criar sinergia entre instituições e pessoas num território de identidade para
construir agendas comuns e propostas pactuadas com desafio socializado (ex.
com vida? coletivos /PUEA)
Outros dados:
Procedimento metodológico
Para ter uma EA na sociedade brasileira é necesária a sua construção através (por meio)
de territórios(comunidades) identitários. Processos que mexam com atividades, valores,
seja continuado e sustentável.
Parceiros
- aproximação com Vem VeVir - Centro de Saberes e cuidados socioambientais
- Haydeee/ Eda/Jacobi
INTRODUÇÃO (PP)
Pactuadas na forma de processos educadores ambientalistas
Gente, ontem e antes de ontem em reuniões sobre pesquisas de doutoramento em nossa
equipe, vem ficando mais claro o campo conceitual sobre o qual estamos trabalhando,
ou pelo menos, no qual boa parte das pesquisas que estão em desenvolvimento na Oca
estão acontecendo. Vejam se vcs de identificam com ele, pois pode servir como base
para o nosso projeto coletivo.
1. Trabalhamos com o Bem Comum, ou seja, com água, ar, florestas, clima, animais,
solo, crianças, UCs, áreas públicas, felicidade e portanto com os humanos em geral,
áreas púbicas, equipamentos sociais, políticas públicas...
(e aqui vale a pena a leitura por todos da Tragédia dos Comuns de Hardin e de algumas
teses que dialogam com Hardin e com Ostrom, desconstruindo essa leitura de tragédia
que tem como solução ou o mercado ou o estado interventor- Maria Castellano, Thaís,
Ferraro, a tese que participei recentemente sobre a amazônia peruana, dialogam com
eles).
2. Os três caminhos possíveis para a gestão do Bem Comum, no meu ponto de vista,
respaldado pela leitura de Boaventura e outros, são: o Estado, o Mercado e a
Comunidade. Por uma questão de gênero (rs), mas não apenas, oPTamos(rs) pela
terceira via (rs) - a Comunidade. Muitos confundem isto com ingenuidade e
neoliberalismo, mas me parece claro que ao fazermos tal opção temos clareza que ela
sinaliza a direção, mas exige muita energia na sua construção. E uma forma de
investirmos nisto é fazendo pesquisa (seja por meio de intervenção, de análises do
discurso, de ação-participativa, utilizando técnicas convencionais ou inovadoras),
ensino, extensão e estratégias de gestão que nos potencializem e potencializem os
movimentos sociais e seus diversos atores, nessa direção.
3. Nesse pesquisar, intervir, gestar e gestionar, necessitamos e atuamos para o
fortalecimento e educação do Estado, nas suas 3 esferas e no âmbito internacional, nas
agências que os representam e nos foros que definem orientações estratégicas para o
funcionamento dos mesmos. Aqui entra a importância dos estudos sobre
institucionalização e popularização das normas e do direito ambiental.
4. Necessitamos e atuamos também no e com o Mercado, não no sentido do seu
fortalecimento, até pq ele já é muito forte, mas no sentido de educá-lo, discipliná-lo para
conosco colaborar, num diálogo de sobrevivência que é alternativa ao caos que bate nas
portas, ou arromba, todos os dias (seja pela insegurança, medo e depressão, seja pelas
mudanças socioambientais indomáveis no atual modo de produção e consumo
hegemônicos).
(para amadurecermos essa opção pela comunidade, vale aprofundarmos em
Boaventura, Bauman, Buber, Berman, Castells, Giddens, Garaudy, Morin, Espinosa, Os
10 Mandamentos, Manifesto Comunista, LaoTsé, Heidman e tantos outros,
(Bachelard? Budha? B´blia?Brandão? Tassara? Confúcio? Gramsci? Habermas?
Latour? Orlandi?) muitos dos quais não conheço bem, mas em grupo e com muita
leitura e estudos de cada um/uma, podemos trocar e aprender, trazendo aquilo de cada
autor, de cada obra, que nos ajude a compreender as dificuldades, potencialidades e
desafios dessa opção.
Havia escrito um quinto ítem que perdi com a queda na conexão, mas tentarei resgatar
de forma mais breve, pois me parece ser o campo onde estão boa parte de nossas
pesquisas.
5. Pedagogia do fortalecimento comunitário. Em sociedades individualistas,
consumistas e competitivas, pautadas por demandas materiais simbólicas, como
fortalecer os indíviduos para a ação coletiva, para o trabalhar-se interiormente, para a
ação cidadã comprometida com o atendimento de demandas materiais de sobrevivência
e simbólicas que emergem do mergulho profundo em si mesmo e na vida comunitária,
local e planetária, e ainda, para a cooperação, o diálogo, a identidade individual e
coletiva, a potência de agir, a participação, o sentimento de pertença, a melhoria das
condições existenciais, a felicidade e tantos outros valores que nos animam? Como
cultivar isto em processos educadores junto a cada indivíduo, coletivos diversos,
movimentos sociais e nas políticas públicas?