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Roteiro sugerido para formatação do Auxílio à Pesquisa - Projeto Temático

TÍTULO:
Prof. Dr. Marcos Sorrentino
Engenharia Florestal – ESALQ

RESUMO

0) Folhas de rosto (duas, sendo uma em português e outra em inglês) contendo


título do projeto de pesquisa proposto, nome do Pesquisador Responsável,
Instituição Sede e resumo de 20 linhas.

1) Enunciado do problema: 
Qual será o problema tratado pelo projeto e qual sua importância?
O foco da pesquisa é analisar a inclusão da dimensão ambiental de instituições e
da sociedade. As principais inquietações são:
Quais são as condições que potencializam a formulação e a implantação de Políticas
públicas de Educação Ambiental pautadas por processos educadores ambientalistas? E
quais as condições que dificultam?

Hipóteses
A formulação e implantação de Políticas públicas são enriquecidas por processos
educadores que fortalecem comunidades identitárias e dialógicas que potencializam o
agir de indivíduos e coletivos em direção a sociedades sustentáveis e felizes.

O que é inclusão da dimensão ambiental? Porque trabalhar com esse tema?


O que é política pública? Qual a importância do tema?
O que são processos educadores ambientalistas?
O que é a Oca?
Oca
O laboratório de Educação e Política ambiental, conhecido como Oca, situado na
Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP) apresenta quatro pilares
de funcionamento: pesquisa, ensino, extensão e gestão.
A pesquisa: pesquisas individuais, como: iniciação científica; mestrado,
doutorado e pós doutorado. Pesquisas coletivas que se materializam, assim como as
individuais, em artigos para congressos, periódicos e livros.
O ensino: aulas na graduação; na pós-graduação; em cursos de especialização;
cursos; além, de conversas internas que são processos de ensino-aprendizagem coletivo.
A extensão: cursos para profissionais da educação; círculos de diálogo; coletivos
educadores; planos de manejo; consultoria e participação na elaboração de políticas
públicas ambientais;
A gestão
O trabalho tem como foco trabalhar com políticas públicas ambientais através
de análise, proposição e assessorias na criação de políticas públicas municipais e/ou
estaduais. Visa também um trabalho no campo teórico de análise documental e de
desenvolvimento de teorias que subsidiem as políticas publicas.
Política Nacional de Meio ambiente; Programa Nacional de Educação Ambiental;
política estadual de EA de São Paulo; política municipal de EA São Carlos, Suzano e
Americana; Funbea;
- ambientalização universitária

Cinco conceitos Oca

Autogestão e autoanálise

Objetivo geral:
Contribuir para a construção de conhecimentos sobre processos de formulação e
implantação de Políticas Públicas de Educação Ambiental

Objetivos específicos:
 Contribuir para o mapeamento das condições que estão presentes nos processos
de formulação e implantação de Políticas Públicas de Educação Ambiental
 Analisar essas condições que potencializam ou dificultam a realização, em
diferentes contextos, buscando compreender a sua maior ou menor importância
para a formulação e implantação de Políticas Públicas de Educação Ambiental
 Estabelecer parceiros institucionais que possibilitem a coleta e análise em
profundidade de política pública
 Promover diálogo analítico sobre conceitos que possam fundamentar a
formulação e implantação de Política Pública de Educação Ambiental
 Analisar e reavaliar valores da Oca
 Pesquisar a pesquisa
 Contribuir com o desenvolvimento de metodologias ?
 Pesquisar os processos de autogestão do laboratório
 Pesquisar os processos de autoanálise do laboratório
 Formular um roteiro de questões orientadoras para as coletas de dados em
distintos contextos e para a posterior sistematização e síntese pelos
pesquisadores.
 Contribuir para a construção de sociedades sustentáveis e felizes por
meio de políticas públicas eficazes de EA que proporcionem a ambientalização
das instituições
 Criar sinergia entre instituições e pessoas num território de identidade para
construir agendas comuns e propostas pactuadas com desafio socializado (ex.
com vida? coletivos /PUEA)

Qual será a contribuição para a área se bem sucedido?

Cite trabalhos relevantes na área, conforme necessário.


- listar trabalhos publicados pelo grupo de pesquisa
- listar os projetos em andamento (em anexo serão colocados os resumos)

2) Resultados esperados: O que será criado ou produzido como resultado o projeto


proposto? Como os resultados serão disseminados?

Produção teórica sobre os 5 conceitos: pertencimento, comunidade, diálogo, potência de


ação e felicidade.
Metodologia para análise de PP
Rede de pesquisadores da área de PP e EA
Fortalecimento do Coletivo educador local
Formação de educadores ambientais
Produção de artigos

3) Desafios científicos e tecnológicos e os meios e métodos para superá-los: explicite


os desafios científicos e tecnológicos que o projeto se propõe a superar para atingir os
objetivos. Descreva com que meios e métodos estes desafios poderão ser vencidos. Cite
referências que ajudem os assessores que analisarão a proposta a entenderem que os
desafios mencionados não foram ainda vencidos (ou ainda não foram vencidos de forma
adequada) e que poderão ser vencidos com os métodos e meios da proposta em análise.

4) Cronograma: Quando o projeto será completado? Quais os eventos marcantes que


poderão ser usados para medir o progresso do projeto e quando estará completo? Caso o
projeto proposto seja parte de outro projeto maior já em andamento, estime os prazos
somente para o projeto proposto.
Formação de educadores
Artigos publicados

5) Disseminação e avaliação: Como os resultados do projeto deverão ser avaliados e


como serão disseminados?

6) Outros apoios: Demonstre outros apoios ao projeto, se houver, em forma de fundos,


bens ou serviços, mas sem incluir itens como uso de instalações da instituição que já
estão disponíveis. Note que os autores das propostas selecionadas deverão apresentar
carta oficial assinada pelo dirigente da instituição, comprometendo os recursos e bens
adicionais descritos na proposta.

7) Bibliografia: liste as referências bibliográficas citadas nas seções anteriores.

8) Plano de Trabalho para as Bolsas (Treinamento Técnico, Iniciação Científica,


Doutorado Direto e Pós-Doutorado) solicitadas(este item e os seguintes não devem
ser incluídos na contagem de 40 páginas mencionada acima): Para cada bolsa solicitada
deverá ser apresentado, com a proposta inicial, um Plano de Trabalho com até duas
páginas no caso de TT e IC e até quatro páginas no caso de DD e PD, incluindo Título
do Projeto de Bolsa, Resumo e Descrição do Plano de Atividades, conforme normas
disponíveis em www.fapesp.br/bolsas/bolsasconcedidasemauxilios. Não é necessário
indicar o nome do bolsista na proposta. Caso o projeto seja aprovado, o Pesquisador
Responsável deverá providenciar processo seletivo anunciado publicamente para
selecionar os bolsistas por mérito acadêmico.
9) Planilhas de orçamento, descrição de equipe e cronogramas físico-
financeiros: planilhas disponíveis emwww.fapesp.br/formularios/planilhas. Uma vez
preenchidas, farão parte do Projeto de Pesquisa, como item 8), mesmo que a submissão
seja pelo sistema SAGe. Em qualquer caso as planilhas deverão compor, com o “Projeto
de Pesquisa”, um único documento.
9.a) Planilha do Orçamento Consolidado, por rubrica e por fonte (FAPESP e
outras fontes como universidade, institutos, outras agências)
9.b) Planilhas para itens a serem financiados pela FAPESP
i) Planilha para itens da rubrica Material Permanente Nacional
ii) Planilha para itens da rubrica Material Permanente Importado
iii) Planilha para itens da rubrica Material de Consumo Nacional
iv) Planilha para itens da rubrica Material de Consumo Importado
v) Planilha para itens da rubrica Serviços de Terceiros no País
vi) Planilha para itens da rubrica Serviço de Terceiros no Exterior
vii) Planilha para itens da rubrica Transporteviii) Planilha para itens da
rubrica Diárias
9.c) Cronograma físico-financeiro anual dos recursos solicitados à FAPESP
i) Cronograma de execução do projeto.
ii) Cronograma de desembolso de recursos, feito em modelo fornecido pela
FAPESP acessível emwww.fapesp.br/formularios. Caso a solicitação seja
concedida, no momento da assinatura do Termo de Outorga será necessário que o
Pesquisador Responsável envie o cronograma conforme os itens que tenham sido
aprovados.

10) Documentos adicionais necessários para a análise da proposta:

10.a) Justificativa para cada um dos itens solicitados no orçamento.


10.b) Orçamento (não é necessário apresentar pró-formas na submissão) para cada um
dos itens de Material Permanente Nacional ou Importado.
10.c) Descrição do apoio institucional e infraestrutura disponíveis para o
desenvolvimento do projeto, incluindo:
i) Serviços acadêmicos, administrativos e de apoio técnico existentes na(s)
instituição(ões) sede, pessoal contratado pela(s) instituição(ões) sede para apoio ao
projeto.
10.d) Descrição do parque de equipamentos científicos existentes na(s) instituição(ões)
sede. A FAPESP sugere que a(s) instituição(ões) sede tenham uma lista pronta,
atualizada anualmente, para ser fornecida aos pesquisadores com a chancela
institucional (Anexo II do Termo de Outorga).

Outros dados:

Procedimento metodológico

1- O que (Qual) é território (comunidade Identitária) "ingredientes"


2- aproximação dos distintos atores
3 - diálogo sobre utopias/valores
4 - pactuação (ex. PP, P. Municipal, PUEA, plano de ação)
5 - Escolha de temas geradores contextualizados

Para ter uma EA na sociedade brasileira é necesária a sua construção através (por meio)
de territórios(comunidades) identitários. Processos que mexam com atividades, valores,
seja continuado e sustentável.

Parceiros
- aproximação com Vem VeVir - Centro de Saberes  e cuidados socioambientais                                

- Haydeee/ Eda/Jacobi    

INTRODUÇÃO (PP)                                            
 Pactuadas na forma de processos educadores ambientalistas
Gente, ontem e antes de ontem em reuniões sobre pesquisas de doutoramento em nossa
equipe, vem ficando mais claro o campo conceitual sobre o qual estamos trabalhando,
ou pelo menos, no qual boa parte das pesquisas que estão em desenvolvimento na Oca
estão acontecendo. Vejam se vcs de identificam com ele, pois pode servir como base
para o nosso projeto coletivo.
1. Trabalhamos com o Bem Comum, ou seja, com água, ar, florestas, clima, animais,
solo, crianças, UCs, áreas públicas, felicidade e portanto com os humanos em geral,
áreas púbicas, equipamentos sociais, políticas públicas...
(e aqui vale a pena a leitura por todos da Tragédia dos Comuns de Hardin e de algumas
teses que dialogam com Hardin e com Ostrom, desconstruindo essa leitura de tragédia
que tem como solução ou o mercado ou o estado interventor- Maria Castellano, Thaís,
Ferraro, a tese que participei recentemente sobre a amazônia peruana, dialogam com
eles).
2. Os três caminhos possíveis para a gestão do Bem Comum, no meu ponto de vista,
respaldado pela leitura de Boaventura e outros, são: o Estado, o Mercado e a
Comunidade. Por uma questão de gênero (rs), mas não apenas, oPTamos(rs) pela
terceira via (rs) - a Comunidade. Muitos confundem isto com ingenuidade e
neoliberalismo, mas me parece claro que ao fazermos tal opção temos clareza que ela
sinaliza a direção, mas exige muita energia na sua construção. E uma forma de
investirmos nisto é fazendo pesquisa (seja por meio de intervenção, de análises do
discurso, de ação-participativa, utilizando técnicas convencionais ou inovadoras),
ensino, extensão e estratégias de gestão que nos potencializem e potencializem os
movimentos sociais e seus diversos atores, nessa direção.
3. Nesse pesquisar, intervir, gestar e gestionar, necessitamos e atuamos para o
fortalecimento e educação do Estado, nas suas 3 esferas e no âmbito internacional, nas
agências que os representam e nos foros que definem orientações estratégicas para o
funcionamento dos mesmos. Aqui entra a importância dos estudos sobre
institucionalização e popularização das normas e do direito ambiental.
4. Necessitamos e atuamos também no e com o Mercado, não no sentido do seu
fortalecimento, até pq ele já é muito forte, mas no sentido de educá-lo, discipliná-lo para
conosco colaborar, num diálogo de sobrevivência que  é alternativa ao caos que bate nas
portas, ou arromba, todos os dias (seja pela insegurança, medo e depressão, seja pelas
mudanças socioambientais indomáveis no atual modo de produção e consumo
hegemônicos).
(para amadurecermos essa opção pela comunidade, vale aprofundarmos em
Boaventura, Bauman, Buber, Berman, Castells, Giddens, Garaudy, Morin, Espinosa, Os
10 Mandamentos, Manifesto Comunista, LaoTsé, Heidman e tantos outros,
(Bachelard? Budha? B´blia?Brandão? Tassara? Confúcio? Gramsci? Habermas?
Latour? Orlandi?) muitos dos quais não conheço bem, mas em grupo e com muita
leitura e estudos de cada um/uma, podemos trocar e aprender, trazendo aquilo de cada
autor, de cada obra, que nos ajude a compreender as dificuldades, potencialidades e
desafios dessa opção.
 
Havia escrito um quinto ítem que perdi com a queda na conexão, mas tentarei resgatar
de forma mais breve, pois me parece ser o campo onde estão boa parte de nossas
pesquisas.
5. Pedagogia do fortalecimento comunitário. Em sociedades individualistas,
consumistas e competitivas, pautadas por demandas materiais simbólicas, como
fortalecer os indíviduos para a ação coletiva, para o trabalhar-se interiormente, para a
ação cidadã comprometida com o atendimento de demandas materiais de sobrevivência
e simbólicas que emergem do mergulho profundo em si mesmo e na vida comunitária,
local e planetária, e ainda, para a cooperação, o diálogo, a identidade individual e
coletiva, a potência de agir, a participação, o sentimento de pertença, a melhoria das
condições existenciais, a felicidade e tantos outros valores que nos animam? Como
cultivar isto em processos educadores junto a cada indivíduo, coletivos diversos,
movimentos sociais e nas políticas públicas?

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