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Analise do filme
Com direção de Sérgio Bianchi, o filme faz um comparativo traçando um
paralelo, comparando a escravidão do período colonial com as práticas, ditas como
assistencialistas, das organizações não governamentais, as ONGs, percebendo como o
sistema escravista ganhou uma nova forma, em pleno século 21.
Tratando duas linhas de tempo distintas: uma que aborda o século XVIII,
trazendo a história de um capitão-do-mato captura uma escrava, que está grávida e,
após entregá-la ao seu dono, a escrava aborta o filho que espera. Um corte cronológico
temporal, leva para aos dias atuais, onde uma ONG implanta o projeto Informática na
Periferia em uma comunidade. Arminda, que trabalha no projeto, descobre que os
computadores comprados foram superfaturados e, por causa disto, precisa agora ser
eliminada e Candinho, um jovem desempregado cuja esposa está grávida, torna-se
matador de aluguel para conseguir dinheiro para sobreviver. Analisando a fundo o
filme é possível perceber que mesmo abordando duas épocas aparentemente distintas,
mas no fundo, são semelhantes na manutenção de uma perversa dinâmica sócio-
econômica, embalada pela corrupção impune, pela violência e pela apartação social.
Com os dois períodos bem ilustrados sendo o período colonial os senhores de engelho,
proprietários de grandes latifúndios, a classe dominante e escravos a classe dominada,
e no período atual, os Homens brancos da elite econômica.