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TER N – Estágio Profissionalizante

Turma 412

Nome: Fernanda Carrillo Rettondini


RA: 919102496

Nome: Guilherme Barbosa da Silva


RA: 3119100725

Sínteses:

I. Quanto Vale ou é Por Quilo?


II. A Exclusão Social e a Nova Desigualdade
III. Notas sobre Cidadania e Modernidade
Quanto Vale ou é Por Quilo?

O filme retrata aspectos históricos e contemporâneos da realidade brasileira,


como escravidão, racismo, desigualdade social, corrupção, sistema carcerário, pobreza e
milícias. São apresentados diferentes cenários das personagens, os quais conforme o
desenvolvimento da história se cruzam, e outra proposta marcante da obra se trata da
exposição da linha do tempo no século XVII e a atual fazendo analogias as histórias da
época com as das personagens atuais.
Uma das figuras marcantes do filme, se trata de Arminda, mulher negra e que
está grávida, Arminda é participante de um projeto social que busca instalar
computadores para as crianças da periferia terem o contato com a tecnologia e o
conhecimento descobre superfaturamento e uso inadequado das verbas públicas. No
decorrer da trama, na visão de Arminda aparecem figuras de escravos em determinadas
ocasiões, como quando ela se depara com uma catadora de lixo nas ruas com uma
criança, rapidamente a visão passa a ser de uma escrava usando uma máscara de folha
de Flandres empurrando uma carroça. Outra cena na qual o fenômeno se repete se trata
das gravações de comercial beneficente, na qual usam crianças negras para fazer a
campanha e Arminda vislumbra crianças negras amarradas sendo vendidas.
Outra personagem fundamental na história é Candinho, homem pobre, que acaba
de se casar e está para ser pai. Candinho é apresentado no início do filme como um
coletor de lixo, porém, logo está desempregado e sem formas de sustentar sua família, a
opção que encontra para obter dinheiro é virar um assassino de aluguel. Cadinho realiza
trabalhos para que possa dar condições a sua família, e um dos trabalhos seria eliminar
Arminda, tudo a favor de representantes da entidade de ações sociais a qual ela prestava
contas, e teria provas concretas a respeito do desvio de verbas públicas.
A obra também elucida algumas analogias que podem ser destacadas sendo:
Candinho como miliciano, é a ilustração contemporânea de um capitão do mato, função
que não era prestada necessariamente por escolha na época, mas por uma questão de
necessidade e de pobreza, na qual o capitão realizava o serviço de caça a escravos
fugitivos e os devolvia aos seus senhores, mantendo a lei e o direito da posse. Outra
analogia interessante, se dá no momento ao qual se abordam o sistema prisional e o
número crescente de carcerários e a prospecção da capacidade planejada, nesta, a
personagem interpretada por Lázaro Ramos faz comparação do sistema com um navio
negreiro, intitulando os presos como “escravos sem dono”, e fazendo comparações de
que antigamente o período aprisionado seria menor, diferente da prisão teria um lugar
para ir.
O filme, portanto, é repleto de críticas sociais, ilustrando não só como há
características do nosso passado que se mantém até hoje, como também muitos desses
aspectos de adaptarem e se infiltraram na nossa realidade atual. Outra crítica que está
presente no conteúdo, é a da falsa caridade por trás das pessoas ou entidades privadas,
em ambas as linhas temporais, a obra demonstra situações de “solidariedade” na qual os
personagens que praticam o ato visam o benefício próprio, seja através de serviços a
serem prestados ou o lucro monetário.
A Exclusão Social e a Nova Desigualdade

O texto introduz uma reflexão da problemática sobre os conceitos de exclusão,


inclusão e reinclusão. Na qual o problema citado pelos participantes do III Encontro
Nacional CEIAL/CUM tinham mais relação com a sua adaptação econômica uma vez
que sofreram a exclusão. O texto também discorre a respeito dos desdobramentos em
três níveis dos conceitos já citados, sendo eles: social, política e econômica. O autor
menciona a natureza do capitalismo como estruturadora da exclusão como regra para
que possa incluir o indivíduo na sociedade novamente, e a sua inclusão capital pode
acarretar a degradação moral, da dignidade ou das condições físicas, como
exemplificado nas crianças de Fortaleza que dedicam a prostituição infantil, as quais
devido a exploração de seus próprios corpos conseguem ser incluídas economicamente,
porém com a prática acabam sendo excluídas socialmente.
Outro ponto que deve ser destacado é na qual o autor aparelha a relação que está
sendo feita entre as palavras “exclusão” e “pobre”, e a formação de uma sociedade
dupla, onde serviços como a lei que deveriam ser efetivos igualmente a todos passa a
ser unilateral, e isso abre espaço para que o lado que se sente insatisfeito com essa
forma de justiça, passa a propor sua própria forma de justiça popular precisamente por
não se sentir incluída a forma da justiça institucional. O autor também menciona a
questão das fissuras sociais citando o aumento de adolescentes assassinando e furtando
outros adolescentes por tênis de grife, o qual não está ligado necessariamente a uma
necessidade econômica, mas de status entre os grupos sociais ao que estão envolvidos.
O autor do texto conclui o raciocino dissertando sobre as lutas sociais e a
alternativa includente que a população está criando, na qual a sociedade crítica e recusa
a exclusão e a dupla sociedade, sendo as principais revoluções pautadas nas
necessidades do homem em sociedade e não na necessidade capital.
Notas sobre Cidadania e Modernidade

O trecho da obra inicia com a definição da democracia, a qual o autor aproxima


seu significado como soberania popular. Em seu texto, o autor propõe uma evolução
histórica dos conceitos de cidadania e democracia, utilizando ideias e definições de
sugeridas por filósofos ao longo da história.
A princípio temos um conceito de Marx a respeito da alienação, na qual de
maneira coletiva os indivíduos produzem todas as riquezas culturais e materiais, são
formadoras das instituições sociais e políticas, porém, a estrutura social que os
indivíduos estão inseridos impede que os produtores tomem posse de sua produção.
Depois passamos ao surgimento da noção de cidadania na Grécia clássica, na qual
várias pessoas interferiam no domínio público e consolidavam o governo, porém ainda
assim, a democracia naquele estado não era aberta a toda a população, os cidadãos pela
visão de Aristóteles eram apenas os que tinham o direito e o dever de contribuir com a
política em assembleias.
Depois temos o pensamento político de John Locke, sobre o indivíduo como ser
apartado da polis diferente dos Gregos, também a respeito dos direitos naturais, o qual
defendia o direito à propriedade, sendo bens materiais, a vida e a liberdade. Estes
direitos que implicariam na desigualdade de bens e propriedades entre os homens.
Debatendo a questão dos diretos naturais e a visão liberal, o autor cita a perspectiva de
Hegel, sendo que qualquer direito adquirido se dá em historicamente através de uma
classe ou grupo social.
Ao decorrer do texto é apresentado o fenômeno ao qual permite a democracia
como a soberania popular sendo mais próxima do que conhecemos hoje, retomando a
visão marxista, de que inclusive os direitos políticos praticados em todo o mundo hoje
resultam da luta da classe trabalhadora através de greves gerais e movimentos sociais
amplos, nas quais em alguns países os funcionários não poderiam ter direitos políticos
pois eram dependentes de seus patrões, assim como mulheres não poderiam participar
da política por serem dependentes de seus maridos.
O autor concluí em outras palavras, a respeito da dinâmica da cidadania
moderna, por ser uma construção social tende a ser modificada e ressignificada
constantemente com avanços e retrocessos. Também concluí a forma errônea ao qual
declarações de “sociedades modernas” só receberem este título sendo sociedades as
quais se adotam a forma de capitalismo estruturado e globalizado, sem levar em
consideração a necessidade de universalizar a cidadania e o ser como membro na
sociedade.

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