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Análise Estrutural Com ANSYS Workbench 2016
Análise Estrutural Com ANSYS Workbench 2016
Azevedo
http://www.domingosdeazevedo.com/
mailto:domingos_prof@yahoo.com.br
mailto:domingos.prof.umc@gmail.com
ANSYS Workbench, Static Structural e Design Modeler são marcas registradas da
SAS IP, Inc. Autodesk Inventor é marca registrada da Autodesk. Outras marcas
citadas são marcas registradas dos seus respectivos proprietários.
Figura 112: Objeto particionado para análise de apenas um quarto do total.......... 118
Figura 113: Objeto com uma face plana apoiada apenas compressão, (14).......... 119
Figura 114: Objeto com uma face cilíndrica apoiada apenas a compressão
(Compression Only Support), (14). ........................................................... 119
Figura 115: Objeto com uma face (furo) apoiada apenas a compressão com
deformação. .............................................................................................. 120
Figura 116: Graus de liberdade do objeto com apoio cilíndrico em um furo
(Cylindrical Support), (14). ........................................................................ 121
Figura 117: Tipos de seleção possíveis para deslocamento (Displacement), (14). 121
Figura 118: Tipos de seleção possíveis para deslocamento zero (Displacement),
(14). .......................................................................................................... 122
Figura 119: Configuração de rotação para deslocamento remoto (Remote
Displacement), (14)................................................................................... 123
Figura 120: Opções para configuração de comportamento de deslocamento remoto
(Remote Displacement), (14). ................................................................... 123
Figura 121: Iniciando uma análise no Ansys Workbench. (Repetida). ................... 126
Figura 122: Interface para a análise estrutural. (Repetida). ................................... 127
Figura 123: Na árvore aparecem as soluções escolhidas. ..................................... 127
Figura 124: Definições necessárias do tipo de carregamento. ............................... 128
Figura 125: Verificação das etapas realizadas no Mechanical Application Wizard.
.................................................................................................................. 129
Figura 126: Resultados de malha e tensões apresentadas na janela gráfica. ....... 130
Figura 127: Resultados de tensão de cisalhamento e deslocamento apresentados
na janela gráfica. ....................................................................................... 130
Figura 128: Resultados de fator e margem de segurança apresentados na janela
gráfica. ...................................................................................................... 130
Figura 129: Conjunto de pistão e biela de motor a combustão. ............................. 133
Figura 130: Lista de regiões de contatos entre as peças do conjunto pistão e biela.
.................................................................................................................. 133
Figura 131: Relação de peças do conjunto mostrada na árvore. ........................... 134
Figura 132: Condições de contorno aplicadas e apresentadas na janela gráfica. .. 135
Figura 133: Discretização do conjunto. .................................................................. 136
Figura 134: Processo de análise sendo executado pelo programa. ....................... 136
Figura 135: Resultado de tensão von Mises do conjunto apresentado na janela
gráfica. ...................................................................................................... 137
Figura 136: Resultado de tensão von Mises do conjunto sem a visibilidade do
pistão. ....................................................................................................... 138
Msc. Eng. Domingos F. O. Azevedo
Figura 137: Resultado de tensão von Mises visualizado com Iso Surfaces. .......... 138
Figura 138: Resultado de tensão de máximo cisalhamento do conjunto................ 139
Figura 139: Resultado de deformação do conjunto. ............................................... 139
Figura 140: Resultado de fator de segurança do conjunto. .................................... 140
Figura 141: Aba do relatório com definições de cabeçalho e outros detalhes........ 140
Figura 142: Padrões tensão-tempo e suas variações, (21), (Tradução nossa). ..... 144
Figura 143: Nomenclatura para amplitude constante dos carregamentos cíclicos,
(22), (21). .................................................................................................. 145
Figura 144: Curva S-N, típica. (22) ......................................................................... 147
Figura 145: Inserção de “Fatigue Tool”. ................................................................. 148
Figura 146: Configuração do padrão de carregamento. ......................................... 148
Figura 147: Eixo rotativo (Padrão Alternado). ........................................................ 149
Figura 148: “Fully Reversed” (Padrão Alternado). .................................................. 150
Figura 149: “Zero-Based” (Padrão de Pulsante). ................................................... 151
Figura 150: “Ratio” (Padrão de Variado). ............................................................... 152
Figura 151: Seleção do arquivo para Histórico de Dados. ..................................... 153
Figura 152: “History Data” (Histórico de Dados). .................................................... 154
Figura 153: Configurações do Painel de Detalhes. ................................................ 155
Figura 154: Gráfico da opção “None” (Nenhuma). ................................................. 156
Figura 155: Gráfico da opção Gerber. .................................................................... 157
Figura 156: Gráfico comparativo entre as curvas de Gerber e Goodman com dados
experimentais. (13). .................................................................................. 157
Figura 157: Gráfico da opção Goodman. ............................................................... 158
Figura 158: Gráfico da opção Soderberg. .............................................................. 158
Figura 159: Seleção do tipo de resultado. .............................................................. 159
Figura 160: “Rainflow Matrix” (Matriz de Fluxo de Chuva), (14). ........................... 161
Figura 161: “Damage Matrix” (Matriz de Danos), (14). ........................................... 161
Figura 162: “Fatigue Sensitivity” (Sensitividade à Fadiga), (14). ............................ 162
Figura 163: Carregamento de amplitude constante e média positiva. (14). ........... 163
Figura 164: Correspondente resposta local elástico plástica na localização critica.
(14). .......................................................................................................... 163
Figura 165: Propriedades do material quanto á tensão média. .............................. 164
Figura 166: Propriedades do material quanto á deformação-vida. ......................... 165
Figura 167: Resultado de análise – Tensão equivalente (von Mises). ................... 166
Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15
Figura 168: Diagrama de Goodman para Tensão equivalente alternada. .............. 167
Figura 169: Resultado de análise de fadiga – Tensão equivalente alternada. ....... 168
Figura 170: Diagrama S-N do material (log-log). .................................................... 168
Figura 171: Resultado de análise de fadiga - Vida. ................................................ 169
Figura 172: Resultado de análise de fadiga - Danos.............................................. 170
Figura 173: Resultado de análise de fadiga – Fator de segurança. ....................... 171
Figura 174: Resultado de análise de fadiga – Indicação de biaxialidade. .............. 172
Figura 175: Resultado de análise de fadiga – Sensibilidade á fadiga. ................... 173
Msc. Eng. Domingos F. O. Azevedo
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 11
1 INTRODUÇÃO
O programa Ansys Workbench é um dos vários programas de análises pelo
método de elementos finitos existentes no mundo. Outros programas, por exemplo,
são: Abaqus, Comsol, Adams, One MSC, Visual Nastran, Adina, Lisa, etc.
O Ansys Workbench se enquadra na categoria de programas de Engenharia
Auxiliada por Computadores (CAE), Computer Aided Engineering e tem a finalidade
de auxiliar o engenheiro nas decisões de algumas das etapas do desenvolvimento
de projeto, em particular para o dimensionamento e a validação de projetos.
De maneira geral os programas de CAE permitem:
A redução do custo e tempo necessário no processo de
desenvolvimento do projeto, pois é acelerado pela rapidez de análise.
A melhoria coerente da peça ou conjunto antes da sua fabricação
reduzindo os custos associados ao material, á manufatura e final.
A redução da probabilidade de falha dos componentes, pois uma
eventual falha pode ser percebida antes de sua execução.
O programa Ansys Workbench mostra os resultados graficamente na tela
permitindo identificação visual da geometria e resultados facilitando a interpretação
do que está ocorrendo na peça ou conjunto.
para estudar o problema de torção de Saint-Venant. O seu trabalho não foi notado
pelos engenheiros e o procedimento era impraticável no momento, devido à falta de
computadores digitais. Na década de 1950, o trabalho na indústria aeronáutica,
introduziu o método de elementos finitos (MEF) para a prática dos engenheiros,
quando em 1953 na Boeing Airplane Company havia um grande problema para
resolver com 100 graus de liberdade. Um artigo clássico descreveu o trabalho com o
MEF que foi solicitado por uma necessidade de analisar asas tipo delta, que eram
muito curtas para ser confiáveis e utilizar a teoria das barras. Tradução do autor. (1),
(2)
O nome "elemento finito" foi cunhado em 1960 por Ray W. Clough, professor
da University of California. Por volta de 1963 a validade matemática do MEF foi
reconhecida e o método foi expandido a partir de seu início na análise estrutural,
para incluir a transferência de calor, o fluxo de águas subterrâneas, campos
magnéticos, e outras áreas. O computador de propósito geral para uso dos
softwares de MEF começou a aparecer no final da década de 1960 e início de 1970.
Exemplos de softwares incluem o ANSYS, ASKA, e NASTRAN. Ao final da década
de 1980 os softwares estavam disponíveis em microcomputadores, completos com
gráficos coloridos, pré e pós-processadores. Em meados da década de 1990 cerca
de 40 mil artigos e livros sobre o método e suas aplicações haviam sido publicados.
Tradução do autor. (1), (2).
±1 Bilhão de
transistores
Haswell
DEZ/2013
I3, i5 e i7 - 2008
731 milhões de
transistores
®
Figura 1: Quantidade de transistores de cada processador Intel ao longo do tempo.
(Modificado, Fora de escala).
Sabe-se que a quantidade de transistores, entre outros fatores, influencia na
rapidez de processamento do computador e desta maneira aumenta sua capacidade
de resolução de cálculos mais rapidamente.
Em meados de 1965, o presidente da Intel, Gordon E. Moore fez sua citação
numa edição da revista Electronics Magazine, na qual a quantidade de transistores
nos chips aumentaria em 60%, pelo mesmo custo, a cada período de 18 meses na
década seguinte. Essa profecia acabou ganhando o nome de Lei de Moore. (4) (5)
A previsão de Moore se mostrou muito próxima da realidade dentro da
década seguinte, mas conforme mostra o gráfico a seguir, ao longo das décadas
posteriores a quantidade de transistores dobrou apenas cada 24 meses. “Em 1975,
Msc. Eng. Domingos F. O. Azevedo
Moore revisou a sua previsão para, a cada dois anos, um aumento de 100% na
quantidade de transistores dos chips mantendo seu custo.”
Número de transistores em um circuito integrado
Número de transistores
dobrando a cada 18 meses
Número de transistores
dobrando a cada 24 meses
(3)
(MHz)
2 A ANÁLISE ESTRUTURAL
A análise estrutural é provavelmente a mais comum das
aplicações do método de elementos finitos. O termo estrutural (ou
estrutura) implica não só estruturas de engenharia civil como pontes
e prédios, mas também naval, aeronáutica, estruturas mecânicas,
cascos de navios, corpos de aeronaves, casas de máquinas, bem
como componentes mecânicos como pistões, peças de máquinas e
ferramentas. Tradução do autor, (10).
Existem vários tipos de análises estruturais, entre estes os mais comuns são:
análise estática, modal, harmônica, dinâmica transiente, etc. O presente trabalho se
restringirá á aplicação do MEF em análise estrutural estática.
A análise estrutural estática calcula os efeitos de condições de carregamento
estático na estrutura, ignorando efeitos de inércia e amortecimento, tais como
aquelas causadas por cargas que variam em função do tempo. A análise estática
pode, entretanto, incluir cargas de inércia estática, como a aceleração gravitacional
ou a velocidade rotacional.
A análise estática pode ser usada para determinar os deslocamentos,
tensões, deformações específicas e forças nas estruturas ou componentes
causadas por cargas que não induzem significantes efeitos de inércia ou
amortecimento. Assume-se que os carregamentos estáticos e respostas são
aplicados lentamente em relação ao tempo. Os tipos de carregamentos que podem
ser aplicados em análise estática incluem:
Forças e pressões aplicadas externamente;
Forças inerciais estáticas (como gravidade ou velocidade rotacional);
Imposição de deslocamentos diferentes de zero;
A análise estática pode ser linear ou não linear. Todos os tipos de não
linearidades são permitidos, por exemplo, grandes deformações, plasticidade,
tensão de rigidez, elementos hiper-elásticos e assim por diante.
Além dos carregamentos estáticos, ou seja, que não variam com o tempo,
pode-se aplicar cargas estáticas que são repetitivamente retiradas totalmente ou
parcialmente e criam ciclos de tensões ao longo do tempo de maneira pulsante,
Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15
variada ou alternada. Sabe-se que tais variações cíclicas de tensões causam fadiga
nos materiais e falhas catastróficas, mesmo quando as tensões são bem menores
que os limites para condições puramente estáticas.
Tendo-se que:
𝐹 ∆𝐿
𝜎= , 𝜀= , 𝜎 = 𝐸 .𝜀
𝐴 𝐿
𝐸. 𝐴
𝐹=( ) . ∆𝐿 é 𝑠𝑖𝑚𝑖𝑙𝑎𝑟 𝑎: 𝐹 = 𝑘 . 𝑥
𝐿
Figura 8: Similaridade entre as equações que determinam a força de um objeto e
uma mola carregada axialmente.
Cada um dos elementos é analisado como se fosse uma mola e contribui para
a formação das matrizes nos termos de carregamento, deslocamento e rigidez.
Sendo que a rigidez depende das propriedades do material e geometria da peça.
Vide figura abaixo.
Figura 10: Dois elementos ou molas em série com rigidez, deslocamentos e forças
diferentes.
Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15
𝑓0 𝑘1 −𝑘1 0 𝑈0
{𝑓1 } = [−𝑘1 𝑘1 + 𝑘2 −𝑘2 ] . {𝑈1 }
𝑓2 0 −𝑘2 𝑘2 𝑈2
Figura 11: Equação matricial do sistema de dois elementos em série.
Após discretizar a geometria, o programa poderá então, durante a análise
montar a equação matricial com os vetores e matriz de rigidez para calcular o
deslocamento de cada um dos nós e as tensões naqueles pontos. Quando um nó de
elemento tiver mais de um grau de liberdade torna-se necessário o cálculo para
cada grau de liberdade. Vide o trabalho “Cálculo de matrizes para elementos finitos”.
A discretização pode ser feita pelo Ansys Workbench ou por outros softwares
específicos para isto, como por exemplo, o Hipermesh ou Patran.
A forma dos elementos dependerá da geometria e das configurações
estabelecidas pelo usuário no software.
Msc. Eng. Domingos F. O. Azevedo
2.2.1.1 Pré-processamento
Denomina-se pré-processamento todas as definições estabelecidas antes da
simulação que determinam o que será analisado e em que condição será feita a
análise.
Na análise estrutural com MEF, o pré-processamento inclui a definição da
geometria das peças, os materiais, a malha e as condições de contorno (principais e
naturais).
N N
Figura 12: Objeto unidimensional único com seus nós e grau de liberdade de um
destes. N
Objeto bidimensional
N N
Figura 13: Objeto bidimensional único com seus nós e graus de liberdade de um
destes. N
N
N
Objeto tridimensional Elemento
N N
Figura 14: Objeto tridimensional único com seus nós e graus de liberdade de um
destes.
A formação da malha se denomina discretização e na análise estrutural
compreende a subdivisão dos objetos sejam peças ou conjuntos de peças em
pequenas partes denominados elementos e dos respectivos nós interligando-os.
Após a discretização tornam-se conhecidas as quantidades e tipos de elementos e
nós.
A discretização com a definição de forma, tamanho, posição e quantidade de
elementos pode ser determinada pelo usuário do software, executada por um
software específico para esta função ou pelo próprio software que realizará a
análise.
Os nós estarão sempre localizados nas extremidades das arestas e
eventualmente sobre as arestas ou faces do elemento, dependendo do seu grau
polinomial.
Msc. Eng. Domingos F. O. Azevedo
Gráfico de Convergência
350
300
250
Tensão (MPa)
200
MEF
150 Exata
Linear
100 (Exata)
50
0
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
10000
11000
12000
13000
14000
15000
Número de Nós
Figura 20: Dados de fratura biaxial do ferro fundido cinzento, comparados a vários
critérios de falha.
Fonte: Dowling, N. E. (1993) apud Norton, 2006 (13).
Materiais do tipo dúctil terão comportamento uniforme, ou seja, o limite de
escoamento tanto na tração, quanto na compressão será igual. Desta maneira,
quando submetidos a tensões, as soluções mais adequadas serão aquelas que
utilizem a teoria da Energia de Distorção de von Mises e de máximo cisalhamento.
Vide figura a seguir.
Elipse de energia
de distorção
𝜎𝑒
𝜎𝑎𝑑𝑚𝑖𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑙 = 𝑝𝑎𝑟𝑎 tensões normais de materiais dúcteis
𝑓𝑠𝑝𝑟𝑜𝑗𝑒𝑡𝑜
0,5 . 𝜎𝑒
𝜏𝑎𝑑𝑚𝑖𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑙 = 𝑝𝑎𝑟𝑎 tensões cisalhantes de materiais dúcteis
𝑓𝑠𝑝𝑟𝑜𝑗𝑒𝑡𝑜
GAMBIT (*.dbs);
IGES (*.igs, *.iges);
JT Reader (*.jt);
Monte Carlo N-Particle (*.mcnp);
NX Reader (*.prt);
Parasolid (*.x_t, *.xmt_txt, *.x_b, *.xmt_bin);
SolidWorks Reader (*.sldprt, *.sldasm);
STEP (*.stp, *.step)Parasolid (14.1);
ACIS (*.sat, *.sab);
Autodesk Inventor Reader (*.ipt, *.iam) e
IGES r 4.0, 5.2, 5.3.
A grande maioria de programas de desenho não associativos requer que se
especifique a unidade de comprimento utilizada no desenho.
Desenhos feitos no próprio Ansys através do Design Modeler, ou seja,
naturais do Ansys possuem a vantagem de serem mais bem compreendidos no
momento da análise e facilmente alterados, embora desenhos complexos sejam
mais difíceis de serem desenhados no Design Modeler, que em softwares
especializados em desenho, pois o processo é mais burocrático.
O Design Modeler também pode ser utilizado para simplificar a geometria ou
converter o arquivo nativo em arquivo do Design Modeler (*.agdb).
Outra funcionalidade que eventualmente pode ser interessante Design
Modeler é a possibilidade de criar geometrias simples rapidamente sem necessidade
de qualquer outro programa CADD.
Alguns arquivos de programas, Não associativos, não podem ser utilizados
diretamente no Ansys para análises, necessitando serem abertos e salvos como
arquivos do Design Modeler (*.agdb).
Figura 24: Inserindo uma análise num novo projeto do Ansys Workbench.
Msc. Eng. Domingos F. O. Azevedo
Área de
Ferramentas
Área do projeto
Área de mensagens
Sistemas de Análises –
são sistemas de análises
prontas para os casos
mais comuns
Componentes de
Sistemas – são
partes de
sistemas que
podem ser usados
separadamente
Sistemas
Personalizados – são
sistemas que podem
ser configurados da
maneira que o analista
preferir
Exploração de
Projeto – são
ferramentas para
melhoria do projeto
e compreender as
respostas
paramétricas
Atualizado.
Atenção requerida.
Resolvendo
Atualização Falhou
Atualização interrompida.
Pré-Processamento
(Pós-processamento)
Caixa de
Ferramentas Tabela da
propriedade
Lista de Tipos de materiais
conforme características
Gráfico da
Propriedade
Lista de materiais
do tipo selecionado
Propriedades
do material
selecionado
Na janela da análise irá aparecer o novo material á ser atribuído á peça. Vide
figura a seguir. É necessário clicar no nome da peça ver os detalhes da peça abaixo
e para atribuir o novo material.
Painel
da
Árvore Simulation
Janela Gráfica
Wizard
Painel de
Detalhes
da Árvore
Barra de ferramentas
Barra de Menus Principal Barra de ferramentas Padrão Gráficas de contorno
Seleção de tipo
Seleção Quantidade e Conversão da quantidade e
unidade Base Seleção de unidade
Projeto de Análise
Modelo de Análise
Malha
Condições de Contorno
Detalhes de Contorno
Solução
Resultados Desejados
Etapas Requeridas
Verificar Material
Inserir Cargas
Inserir Apoios
Resolver
Inserir Resultados
Desejados
Ver Resultados
Ver Relatório
suas propriedades.
Static Structural.
locais adequados.
material.
O programa pode não realizar a análise por motivos tais como: Má formação
dos elementos (devido geralmente aos erros geométricos), insuficiente espaço em
disco ou memória RAM e informações insuficientes para o pré-processamento que,
geralmente ocorre nas condições de contorno.
Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15
Defeaturing (Descaracterização)
Na configuração realizada em Defeaturing (Descaracterização) em Detalhes
da Malha pode se remover todas as pequenas características de uma peça de uma
só vez, mas que atendam a configuração estabelecida pelo analista. As opções para
configuração e valores comuns são: Pinch Tolerance (Tolerância de Arranque) =
0,05mm, Generate Pinch on Refresh (Gerar Arranque na Atualização) = Yes,
Automatic Mesh Based Defeaturing (Discretizar a Malha Automaticamente Baseada
na Descaracterização) = On e Defeaturing Tolerance (Tolerância de
Descaracterização) igual ou maior que a altura da característica. Vide exemplo na
figura a seguir.
Função avançada de
Padrão desligado
dimensionamento
Sizing
(Dimensionamento) Fonte do tamanho inicial Conjunto ativo, Completo ou peça base.
Opções avançadas de
Não (padrão) ou Sim.
visualização
Patch Conforming
Options (Opções Discretizador triangular de Controlado pelo programa (padrão) ou
do arranjo de superfície frente de avanço.
conformação)
Defeaturing
(Descaracterização) Descaracterização baseada
Ligada (padrão) ou desligada.
em malha automática
Tolerância de
Zero (padrão) ou qualquer valor maior
descaracterização
Statistics
(Estatísticas) Desligada (padrão), Qualidade do
Métrica da malha elemento, Relação de aspecto e vários
outros.
Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15
Method (Método)
Em Method (Método) pode-se definir como a malha será criada para toda
peça. No padrão Automático dependendo do formato da peça será feita uma
varredura, caso contrário, Será criada uma malha conforme a região da peça com
tetraedros.
Sweep – Varredura
Sizing (Dimensionamento)
Sizing (Dimensionamento) é uma configuração que pode ser realizada com
duas opções, Element Size (Tamanho de elemento) e Sphere of influence (Esfera de
influência).
Element Size (Tamanho de elemento) de Sizing (Dimensionamento) é uma
opção que permite definir o tamanho dos elementos para corpos, faces ou arestas.
Se um corpo for selecionado o tamanho do elemento será válido para todo corpo.
Se uma aresta for selecionada pode-se estabelecer o tamanho do elemento
(Edge Size – Element Size) ou número de divisões da aresta (Number of Divisions).
Também é possível configurar Suave ou Forçada.
Refinament (Refinamento)
O Refinament (Refinamento) pode ser aplicado em vértices, arestas e faces
de uma peça e o seu efeito sobre a malha inicial é sua subdivisão nas proximidades
do local selecionado.
O método de refinamento geralmente oferece menos controle ou
previsibilidade sobre a malha final, pois uma malha inicial é simplemente dividida.
Este processo de divisão pode afetar adversamente outros controles de malha
também.
O refinamento em determinada região crítica da peça pode trazer benefícios
como a convergência de resultados, mas também aumenta a quantidade de nós no
local e isto impõe que mais tempo de processamento e memória serão necessários
do que sem o refinamento. Uma vez que o aumento da quantidade de nós da malha
é apenas local pode ser bastante interessante na maioria dos casos.
Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15
Pinch (Arrancar)
O recurso para arrancar “Pinch” permite remover pequenas características
(tais como bordas curtas e regiões estreitas) ao nível de malha, a fim de gerar
elementos de melhor qualidade em torno dessas características. O recurso para
arrancar “Pinch” fornece uma alternativa à topologia virtual, que funciona no nível de
geometria. As duas características funcionam em conjugação um com o outro para
simplificar as restrições de malha devido a pequenas características em um modelo
que de outra forma tornam difícil a obtenção de uma malha satisfatória.
Quando os controles de arranque (Pinch) são definidos, as pequenas
características no modelo que atendam aos critérios estabelecidos pelos controles
serão "arrancados", removendo as características da malha.
Na configuração realizada em Pinch (Arrancar) para sólidos devem-se
selecionar todas as arestas de contorno numa das faces que gera a característica á
remover como “Master Geometry” e as arestas de contorno no limite á ser mantido
como “Slave Geometry”. Em Tolerance (Tolerância) o valor deve ser igual ou maior
que a altura da característica. Vide exemplo na figura a seguir.
Inflation (Inflação)
O controle de Inflação é usado para criar camadas sucessivamente mais
espaçadas ao longo de fronteiras escolhidas. As fronteiras devem ser arestas da
peça e uma ou mais faces de referência. As arestas devem ser fronteira da face
escolhida e podem ser curvas ou retas.
Seleção de geometria
Método de escopo (padrão) ou seleção
Escopo nomeada.
Geometria Peças inteiras
Method (Método Todos os
Suprimida Não (padrão) ou Sim.
automático) corpos
Método Automático
Definição
Usar configuração
Nós intermediários
global (padrão),
dos elementos
Verter ou manter.
Mesh Group (1) Corpos ou Apenas para
Definição Atribuído pelo usuário.
(Grupo de malha) partes Fluido/Sólido
Seleção de geometria
Método de escopo (padrão) ou seleção
Escopo nomeada.
Componente para
arrancar Pré (automático) ou Pós
características
Seleção de geometria
Método de escopo (padrão) ou seleção
Inflation (Inflação) nomeada.
Escopo
Faces ou corpos
Geometria
atribuídos pelo usuário.
Seleção de geometria
Escopo de método
(padrão) ou seleção
de fronteira
nomeada.
Arestas selecionadas
Fronteira
pelo usuário.
Faces ou
corpos Transição suave
(padrão), Espessura
Opção de Inflação
total ou primeira camada
Definição da espessura.
0,272 (padrão) ou de 0 a
Taxa de transição
1.
Taxa de
1,2 (padrão) ou 0,1 a 5.
crescimento
Algoritmo de
Pré (automático)
Inflação
(1) Nota: Mais usuais em análise de fluidos.
Figura 86: Aspect Ratio Calculation for Triangles (relação de aspecto para
triângulos). Comparação de elementos, (14).
Aspect Ratio Calculation for Quadrilaterals (relação de aspecto para
quadriláteros). A melhor relação possível de aspecto para quadriláteros, para um
quadrado, é 1. Um quadrilátero possuindo uma relação de aspecto de 1 e outro de
20 são mostrados na figura a seguir.
Msc. Eng. Domingos F. O. Azevedo
sugerir uma falha na geração de malha. Quanto mais o valor do fator de distorção
estiver próximo de zero, melhor. Vide figura a seguir.
para o centroide de cada uma das células adjacentes, e o vetor a partir do centro da
célula para cada uma das faces.
O intervalo para a qualidade ortogonal é 0 - 1, onde um valor de 0 é o pior e
um valor de 1 é melhor. Vide figura a seguir.
3.7.4 CARREGAMENTOS
A análise estrutural estática determina os deslocamentos, tensões,
deformações e forças em estruturas ou componentes causadas por cargas que não
induzem inércia significativa e efeitos de amortecimento. Condições de carga e
resposta estáveis são assumidas, isto é, as cargas e as respostas da estrutura são
assumidas variam lentamente com respeito ao tempo. A carga estrutural estática
pode ser realizada utilizando o ANSYS ou solucionador Samcef. Os tipos de carga
que podem ser aplicadas em uma análise estática incluem:
Forças e pressões aplicadas externamente;
Forças inerciais no estado de equilíbrio (como a gravidade ou a
velocidade de rotação);
Deslocamentos impostos (diferente de zero);
Temperaturas (para tensão térmica).
Carga constante
Quando uma carga constante é aplicada em um objeto, esta carga se inicia
com valor 0 (zero) e aumenta gradativamente até o seu valor máximo, conforme
especificado, formando uma rampa no gráfico de carga, em uma etapa apenas. Vide
figura a seguir.
Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15
a) b)
Figura 94: a) Objeto com uma carga aplicada em uma das faces (Force),
(14); b) Detalhes da carga aplicada e gráfico de aplicação desta carga.
Grande parte dos tipos de carga tem seus valores de carga constante e
podem ser definidos por Vetor ou Componentes
Podem ser definidas como Vetor – Especificando-se Magnitude e direção ou
Componentes – Especificando-se a Magnitude de cada componente da força com
sistema de coordenadas em X, Y e Z
A progressão de aplicação da carga permite que se veja como os resultados
se propagam, por exemplo, como as tensões se propagam no objeto em função da
variação da carga ao longo do tempo.
Cargas tabeladas
Em Analysis Settings pode-se acrescentar etapas ou tempos, bem como,
excluir ou editar valores, a partir do painel de detalhes ou na tabela. Vide figura a
seguir.
Isto permite que se construam tabelas de valores de carga.
Pode-se digitar um sinal de igual [=] antes da expressão ou não, para que o
programa entenda que é uma expressão.
cos(x) cos(3.1415926535/2)
Calcula o cosseno (cos) ou o cosseno hiperbólico (cosh).
cosh(x) cosh(3.1415926535/2)
tan(x) tan(3.1415926535/4)
Calcula a tangente (tan) or a tangente hiperbólica (tanh).
tanh tanh(1.000000)
atan(x) atan(-862.42)
Calcula o arco-tangente de x (atan) ou o arco-tangente de y/x (atan2).
atan2(-
atan2(y,x) (x, y Quaisquer números).
862.420000,78.514900)
sqrt(x) sqrt(45.35) Calcula a raiz quadrada. ( x deve ser um valor não negativo).
floor(2.8) Calcula piso de um valor. Ele retorna um valor de ponto flutuante que
floor(x) representa o maior inteiro que é menor do que ou igual a x. (x - valor
floor(-2.8)
de ponto flutuante)
Se um parafuso tiver sua face dividida, apenas uma carga deve ser aplicada,
pois todo o cilindro será dividido.
Não aplique pré-carga em furos, pois é necessário volume interno para a
divisão e carregamento.
Normal, Vetor
Estático ou A geometria de aplicação
Pressure (Pressão) Faces ou
harmônico (Local) e Intensidade
componentes
Pipe Pressure A geometria de aplicação
Apenas Estático ou
(Pressão de Vetor (Local), Direção, sentido e
Linhas harmônico
tubulação) (1) magnitude.
A geometria de aplicação
Hidrostatic (Local), Direção, sentido e
Vetor ou
Pressure (Pressão Faces Estático magnitude da aceleração do
componentes
hidrostática) fluído e
Densidade do fluído.
A geometria de aplicação
Bolt Pretension Faces
Carga, ajuste (Local) e Magnitude para
(Pré-carga de cilíndricas ou Estático
ou aberto. carga, deformação para
parafuso) corpos
ajuste ou aberto.
Magnitude constante,
Pipe Temperature Apenas
tabelada ou função.
(Temperatura de linhas de Estático Temperatura
Carregamento interno ou
tubulação) (1) corpos
externo.
Apenas para
Joint Load (Carga Apenas entre análise Carga Seleção da junta e
de junta) corpos transiente ou cinemática magnitude
dinâmica
Apenas para
Fluid solid
análise fluído
interface (Interface Apenas faces ------- Seleção de interfaces
dinâmica ou
sólida de fluido)
térmica.
Detonation Point Apenas para Através de
Apenas Coordenadas X, Y e Z do
(Ponto de Dinâmica material
pontos ponto
detonação) (1) Explícita explosivo
(1) Nota: Não disponíveis em análise estática para 3D (sólidos). Como
indicados na tabela, podem ser aplicados apenas em arestas, linhas de corpos ou
pontos.
3.7.6 Restrições
Figura 109: Objeto com uma face fixada (Fixed Support), (14).
A face, aresta ou vértice perde todos os graus de liberdade para
movimentação. Quando um Apoio Fixo é aplicado em várias faces, arestas ou
vértices, este apoio é válido para todos aqueles locais selecionados.
Apoios Fixos aplicados em arestas ou vértices não são realistas e conduz a
tensões singulares. Neste caso, tensões e deformações nas proximidades devem
ser ignoradas.
Figura 110: Objeto com uma face plana sem atrito (Frictionless Support), (14).
Msc. Eng. Domingos F. O. Azevedo
Figura 111: Objeto com uma face cilíndrica sem atrito (Frictionless Support),
(14).
No exemplo da figura anterior, apenas o grau de liberdade axial e rotação no
eixo da face selecionada restaram para movimentação.
Apoios Sem Atrito em faces planas são equivalentes á condição de simetria.
Isto permite que se possa simular apenas uma parte de uma peça simétrica, com
resultados válidos para a peça toda.
As faces planas do objeto que surgem no corte devem receber os apoios sem
atrito (Frictionless Support) para a representação do objeto todo. Obviamente, outros
apoios podem ser necessários para a análise.
Este recurso é utilizado para reduzir a quantidade de nós e
consequentemente, diminuir a quantidade de cálculos necessários para obter
resultados mais rapidamente.
tracionadas.
Figura 113: Objeto com uma face plana apoiada apenas compressão, (14).
O Apoio Apenas á Compressão previne que a Face se mova ou deforme na
direção Normal se ocorrer compressão.
Toda face pode se afastar, mover, girar, ou se deformar, contanto que o
objeto não ultrapasse aquele limite. Portanto, alguns dos graus de liberdade para
movimentação ainda podem existir. Direções tangenciais á face selecionada terão
liberdade para mover, girar e se deformar.
Figura 114: Objeto com uma face cilíndrica apoiada apenas a compressão
(Compression Only Support), (14).
Msc. Eng. Domingos F. O. Azevedo
Figura 115: Objeto com uma face (furo) apoiada apenas a compressão com
deformação.
Note-se na figura anterior que parte da face afastou-se do local original e o
objeto deformou-se. O lado oposto foi comprimido e não pode se afastar.
mancais para eixos rotativos com tangencial livre, contanto que, estejam distantes
dos locais de maiores valores de tensão.
As superfícies apoiadas reagirão á compressão ou tração, não se deformando
ou deslocando-se, se o grau correspondente NÃO for liberado.
Na figura a seguir são mostrados os graus de liberdade que podem ser
liberados com setas azuis, da esquerda para direita: radial, axial e tangencial.
A geometria de aplicação
Velocidade Todos os Vetor ou (Local), magnitude e eixo para
Estático
Rotacional corpos componentes vetor e também posição para
componentes.
Msc. Eng. Domingos F. O. Azevedo
Face
Carga selecionada
Aplicar a Carga
apenas nesta Face
Definir a Magnitude
da Carga
Vide as figuras a seguir com a malha e os resultados que são mostrados pela
coloração das peças juntos a uma legenda que expõe os valores limites
correspondentes a cada cor.
Msc. Eng. Domingos F. O. Azevedo
Malha
Tensão de Deslocamento
Cisalhamento
Fator de Margem de
Segurança Segurança
Figura 130: Lista de regiões de contatos entre as peças do conjunto pistão e biela.
Msc. Eng. Domingos F. O. Azevedo
Figura 137: Resultado de tensão von Mises visualizado com Iso Surfaces.
Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15
Na figura a seguir, pode-se ver que o fator de segurança, para o critério von
Mises, do conjunto de peças é menor quando a tensão é maior.
No exemplo dado não foi especificado a aplicação a ser dada á peça ou seus
critérios de funcionamento, segurança e diversos outros aspectos importantes para
uma completa exploração deste caso, mas se podem verificar através dos
resultados alguns aspectos importantes citados no questionário, são eles:
Se a aplicação da peça não for crítica e não houver carregamento cíclico que
venha a causar fadiga do material a peça do exemplo pode ser aprovada.
Entretanto se a aplicação não for crítica, mas a peça durante sua utilização
estiver submetida à cargas cíclicas e eventualmente possam causar a fadiga do
material, é necessário que seja feito uma nova análise para verificar se a peça não
falhará por fadiga.
Em ruptura por fadiga, dez milhões ou 107 ciclos são referidos como uma vida
infinita, para aços. O que isto significa é que, se um eixo gira dez milhões de vezes,
então se assume que ele tenha atingido a sua vida útil.
Modo de falha por fadiga é muito perigoso para peças mecânicas, porque a
tensão necessária para fazer com que falhe, é normalmente inferior a resistência à
tração e a resistência à deformação do material.
O engenheiro deve estar familiarizado com este tipo de modo de falha, porque
devem ser tomados os cuidados para desenhar peças de máquina que sejam
resistentes á este modo de falha.
Msc. Eng. Domingos F. O. Azevedo
Gráfico de padrão
alternado
Gráfico de padrão
variado
Gráfico de padrão
pulsante
𝜎𝑚á𝑥 − 𝜎𝑚𝑖𝑛
Tensão de amplitude alternada, 𝜎𝑎 =
2
𝜎𝑚á𝑥 + 𝜎𝑚𝑖𝑛
Tensão média, 𝜎𝑚 =
2
𝜎𝑚𝑖𝑛
Razão ou Relação das tensões, 𝑅=
𝜎𝑚á𝑥
𝜎𝑎
Relação de amplitude, 𝐴=
𝜎𝑚
Tensão
σa
σr
σmáx σa
σm
σmin
Tempo
Figura 143: Nomenclatura para amplitude constante dos carregamentos
cíclicos, (22), (21).
Note-se que R = -1 para a condição de tensão completamente alternada com
média zero. Quando a tensão média é diferente de zero, em geral, tensões de tração
são prejudiciais, enquanto tensões de compressão são benéficas. Esta condição é
comum para grande parte dos elementos de máquinas e melhor explanada na
bibliografia de Referência sobre os efeitos da tensão média não nula sobre a fadiga.
III – A tensão máxima influencia apenas no sentido de que quanto maior ela
for, menores são as amplitudes de tensão que levam à falha (ou seja, um aumento
da tensão média reduz a resistência à fadiga do material para uma dada amplitude
de tensão). (22).
Para introduzir uma análise por fadiga no programa deve-se inserir “Fatigue
Tool” e configurar adequadamente todos os parâmetros. A partir de “Solution” em
“Tools” encontra-se “Fatigue Tool”.
A variação entre estes extremos ocorre após o eixo girar 180°. O esforço
mesmo que constante, para aquele local específico do componente mecânico faz
variar as tensões de um valor máximo (tração) á um valor mínimo (compressão),
portanto, padrão alternado.
1
Nota do autor: A faixa de valores de Kf, na utilização do programa, diferencia-se da faixa de
valores encontrada na bibliografia consultada, por exemplo: (28), (29), (30).
Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15
Qualquer valor pode ser especificado para fator de escala, por exemplo, no
carregamento do eixo do exemplo, mostrado na figura anterior. Se a carga atribuída
é 500 N e o fator de escala for alterado para 1,5 num padrão alternado, a carga
considerada na análise de fadiga será a variação entre 750 N e -750N.
Em “Life Units” pode-se definir quanto corresponde cada ciclo. As opções são:
“cycles, blocks, seconds, minutes, hours, days, months ou user defined”,
respectivamente, ciclos, blocos, segundos, minutos, horas, dias, meses ou definido
pelo usuário.
sobre “Fatigue Tool” e seleciona-se o resultado desejado na lista. Vide a Figura 159.
As opções de resultados são:
Life (Vida)
Damage (Danos)
Safety Factor (Fator de segurança)
Biaxiality Indication (Indicação de biaxialidade)
Equivalent Alternating Stress (Tensão Equivalente Alternada)
Rainflow Matrix (history data apenas) (Matriz de Fluxo de Chuva)
Damage Matrix (history data apenas) (Matriz de Danos)
Fatigue Sensitivity (Sensitividade à Fadiga)
Hysteresis (Histerese)
𝜎𝑚á𝑥 + 𝜎𝑚𝑖𝑛
Tensão média, 𝜎𝑚 = (repetida)
2
Tensão
σa
σr
σmáx σa
σm
σmin
Tempo
Figura 143 (repetida): Nomenclatura para amplitude constante dos
carregamentos cíclicos, (22), (21).
Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15
′
𝜎𝑒𝑞 = 𝜎𝑎 + 𝜎𝑚 . tan 𝛼 = 95,9 + 95,9 . 0,263389 = 121,1 𝑀𝑃𝑎
A tensão equivalente alternada σ’eq será utilizada pelo programa para
Em alguns casos 160 480 ciclos pode ser suficiente para assegurar um bom
projeto com resistência à fadiga, em outros casos, dependendo da frequência de uso
da peça, esta quantidade de ciclos pode ser insuficiente para garantir a sua vida.
5 REFERÊNCIAS
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York : John Wiley & Sons, 1995. ISBN 0-471-10774-3.
2. COOK, Robert D, Malkus, David S. e Blesha, Michael E. Concepts and
applications of finite element analysis. 3. New York : John Wiley & Sons, 1989.
3. BUDYNAS, Richard G e Nisbett, Keith J. Elementos de máquinas de
Shigley: projeto de engenharia mecânica. [trad.] João B Aguiar e João M. Aguiar. 8.
Porto Alegre : AMGH, 2011. p. 1084. ISBN 978-85-63308-20-7.
4. Cramming more components onto integrated circuits. MOORE, Gordon E.
S.L. : Electronics Magazine, 19 de Abril de 1965.
5. DISCO, Cornelius e Van der Meulen, Barend. Getting new technologies
together. Belin; New York : Walter de Gruyter, 1998. pp. 206-207. ISBN
311015630X.
6. SILVEIRA Neto, José Maria. Wikimedia foundation. Site da Wikimedia
foundation. [Online] 26 de Junho de 2006. [Citado em: 26 de Janeiro de 2015.]
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Moore.
7. IBM - International Business Machines Corp. IBM Research
Breakthrough Paves Way for Post-Silicon Future with Carbon Nanotube Electronics.
IBM Media Relations. [Online] 01 de Outubro de 2015. [Citado em: 05 de Janeiro de
2016.] https://www-03.ibm.com/press/us/en/pressrelease/47767.wss.
8. BUENO Junior, Alberto. Evolução das velocidades de processamento, de
acesso à memória, do disco e das interfaces de rede. Alfredo Goldman vel Lejbman.
[Online] Outubro de 2010. [Citado em: 05 de Janeiro de 2016.]
http://grenoble.ime.usp.br/~paulo/MAC0412/Monografias/monoAlberto.pdf.
9. El método de elementos finitos como alternativa en el cálculo de
engranajes. REY, G. González, FERNANDEZ, P. Frechilla e MARTIN, R. José
García. 1, Habana : Instituto Superior Politécnico José Antonio Echeverría (ISPJAE),
2002, Ingeniería Mecánica, Vol. 1, pp. 55-67.
10. ANSYS, Inc. ANSYS Strutural Analysis Guide. Canonsburg : SAS IP,
2004.
Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15