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Data de Entrega: 08/09/2020

FICHAMENTO
ARTIGO – COVID 19 e saúde mental: a emergência do cuidado.

Considerando-se a situação atual mundial, marcada por importantes


crises na saúde pública e, mais recentemente, a pandemia causada pela
COVID-19, o presente artigo buscou reunir informações e achados de pesquisa
a respeito do impacto de tais crises na saúde mental. O artigo enfoca as
repercussões observadas na saúde mental da população, refletindo acerca dos
desfechos favoráveis e desfavoráveis dentro do processo de crise. Por fim, são
apresentadas questões relacionadas à emergência do cuidado em saúde
mental, tanto aquele prestado pela Psicologia, como aquele que pode ser
desenvolvido pelos demais profissionais de saúde, de modo a minimizar os
impactos negativos da crise e atuar de modo preventivo.

O artigo foi subdividido em 6 partes, sendo o primeiro a introdução e o


último a conclusão. As subdivisões seguintes foram: Distanciamento social,
quarentena e isolamento: conceitos e recomendações; A noção de crise no
contexto de pandemia e repercussões em saúde mental; Pré-crise; Intracrise;

Pós-crise; A emergência do cuidado na crise da COVID-19.


O artigo começa falando do impacto que a pandemia causou e a maior
crise de saúde pública a nível internacional. Um evento tão drástico, segundo
os autores retratam no texto, pode causar perturbações psicológicas e sociais
que afetam a capacidade de enfrentamento de toda a sociedade. Esforços
emergenciais de diferentes áreas do conhecimento – dentre elas a Psicologia –
são demandados a propor formas de lidar com o contexto que permeia a crise.
A grande repercussão do vírus foi tão extensa e rápida que em poucas
semanas já havia tomado um número significativo de infectados e mortos
durante todos os países. A China, primeiro país a ser infectado pelo
coranavírus, alegou que não descartam a possibilidade de uma segunda onda,
ainda maior e mais forte.
Além do medo de contrair a doença, a COVID-19 tem provocado
sensação de insegurança em todos aspectos da vida, da perspectiva coletiva à
individual, do funcionamento diário da sociedade às modificações nas relações
interpessoais. Segundo os autores, vale ressaltar que o número de sequelas de
uma pandemia é maior que o número de mortes.
A primeira subdivisão trata-se do Distanciamento social, quarentena e
isolamento: conceitos e recomendações. Uma das medidas protetivas fora de
casa, foi a do distanciamento, onde um indivíduo tem que ficar cerca de 2
metros de distância longe do outro. E a quarentena e o isolamento, que se
referem respectivamente a pessoas que podem ficar em casa evitando
aglomerações e exposições na rua, e o outro fator, de pessoas que já estão
doente ou entraram em contato com quem estivessem. A quarentena tem fim
de manter as pessoas sem contato com outras pessoas busca diminuir a
probabilidade de contaminação e, consequentemente, a procura por serviços
de saúde e o número de óbitos. Segundo os autores, trata-se de uma medida
usada há muitos anos para evitar a disseminação de doenças contagiosas.
O segundo tópico trata-se da Noção de crise no contexto de pandemia e
repercussões em saúde mental. Segundo os autores, entender como se
apresenta uma crise em termos de estágios de evolução do problema de saúde
pública é importante para preparar profissionais de saúde e a população em
geral. Os autores retratam a noção de crise dividida, didaticamente, em três
momentos: pré-crise, intracrise e pós-crise. Para cada um deles é possível
estimar as repercussões mais observadas na saúde mental, as quais seriam
produto de movimentos de exposição e proteção dos indivíduos ao longo do
período de emergência em saúde pública.
 Pré-crise - Nesta primeira etapa, utiliza-se uma noção de crise
que pode ser dividida, didaticamente, em três momentos: pré-
crise, intracrise e pós-crise. Para cada um deles é possível
estimar as repercussões mais observadas na saúde mental, as
quais seriam produto de movimentos de exposição e proteção dos
indivíduos ao longo do período de emergência em saúde pública.
Segundo os autores, essa fase requer mais atenção, onde irão
divulgar sintomas, prevenções e etc. logo, a comunicação precisa
ser a mais clara possível para toda a população, sem muita
ambiguidade.
 Intercrise – Essa foi a segunda etapa, o período intracrise, ou fase
aguda, é o momento no qual o problema de saúde se instala, com
a constatação da gravidade e vulnerabilidade ao adoecimento, e o
reconhecimento do risco eventual de contágio. Essa é a parte
onde as pessoas passam pelo que de fato está sendo divulgando,
ocasionando diversos impactos sociais.
 Pós- crise - O terceiro momento da crise pode ser compreendido
como uma fase de reconstrução social. Após o declínio do
número de novos casos e a diminuição da transmissão
comunitária, as medidas de distanciamento social são reduzidas e
o surto de contaminação tende a estar sob controle, ainda que
não seja necessariamente inexistente. As pessoas começam a
retomar as atividades habituais, há o retorno gradual do
funcionamento das instituições e comércio, além de um menor
nível de exigência de proteção contra o contágio. É possível
identificarmos os resquícios da doença que continua na vida da
população em geral, em especial daqueles que já passaram pelo
vírus.
A próxima subdivisão trata-se da Emergência do cuidado na crise da
COVID-19, nela os autores retratam os cuidados emergenciais de atenção
psicológica que foram propostos pela diretriz, o nível 1 tem prioridade porque
nele se encontram, especialmente, as pessoas mais vulneráveis ao risco de
adoecimento físico e mental. Além do tratamento medicamentoso, os cuidados
recomendados a esse grupo se focam no apoio psicológico do paciente, com
avaliação oportuna para condutas auto lesivas e risco de suicídio. O cuidado do
nível 2 volta-se às pessoas que se encontram em isolamento ou quarentena. A
intervenção realizada pelos profissionais da saúde mental nesse público deve
ser realizada precocemente, visando a reduzir a angústia, tensão e estresse
relativos ao real ou potencial adoecimento, buscando também estimular a
adesão às medidas de proteção necessárias para si e contra a propagação do
vírus. No nível 3, constituído por pessoas que tiveram contato com indivíduos
dos níveis anteriores, enfatiza-se a observância de comportamento de
inquietação, ansiedade durante a espera e dificuldades para manter as regras
de distanciamento social que tiveram contato com indivíduos dos níveis
anteriores, enfatiza-se a observância de comportamentos de inquietação,
ansiedade durante a espera e dificuldades para manter as regras de
distanciamento social.
Os autores retrataram do início ao fim, como a pandemia está tendo
impacto em nossa sociedade. Foram expostos conceitos para um mais claro
entendimento do cenário desencadeado pela COVID-19, bem como questões
relacionadas a problemas do campo de saúde mental, fatores protetivos no
desenvolvimento de transtornos mentais e, também, exemplos de possíveis
intervenções em diferentes momentos da pandemia. Segundo eles, o número
de sequelas que uma pandemia causa é maior do que o número de mortes, e é
nisso que os profissionais da saúde mental precisaram estar atentos em
relação a alta demanda no pós-crise.

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