Tecnologia Do Ar Comprimido

TECNOLOGIA DO AR COMPRIMIDO
Carlos Pinto Sestelo
CENERTEC PG-MI-04 Tecnologia do Ar Comprimido 1

O AR COMPRIMIDO
O ar comprimido é uma forma de energia

largamente difundida na generalidade da
indústria.
É uma utility, no sentido em que estamos
perante um produto básico de utilidade geral,
do qual, de forma geral, depende o processo
produtivo.
Tem várias características que lhe conferem

uma multiplicidade de aplicações:
O AR COMPRIMIDO, ENTENDIDO COMO
FORMA DE ENERGIA OU MEIO DE
TRANSFERÊNCIA DE ENERGA:
• DISPONIBILIDADE
• PROCESSO DE COMPRESSÃO É UMA
TECNOLOGIA MADURA E ACESSÍVEL
• ARMAZENÁVEL E TRANSPORTÁVEL
• CONTROLÁVEL, LIMPO, SEGURO, VERSÁTIL, …

APLICAÇÃO DO AR COMPRIMIDO
• AUTOMATIZAÇÃO PNEUMÁTICA
• ACCIONAMENTO DE FERRAMENTAS E BOMBAS
• DECAPAGEM E PINTURA
• AGITAÇÃO E MICRONIZAÇÃO SUBSTÂNCIAS
• TRANSPORTE DE MATERIAIS
• OXIGENAÇÃO DE MEIOS
• CONTROLO E INSTRUMENTAÇÃO DE PROCESSOS
• SOPRO
• ARREFECIMENTO, …..
AR ATMOSFÉRICO
O ar é compressível Azoto (N2)

O ar é expansível 78.08 vol.%
O ar é transparente
O ar é inodoro Oxigénio (O2)
O ar tem massa
O ar exerce pressão 20.95 vol.%
Outros gases
Argon (Ar)
0.93 vol.%
Dióxido de carbono (CO2)
0.03 vol.%
vapor de água
+ &
contaminantes
VARIÁVEIS DE ESTADO
FÍSICA DO AR
• Para definir um determinado volume de ar

é imprescindível especificar as condições
às quais o volume é referenciado:
pressão
temperatura
volume
quantidade de ar

PRESSÃO
A pressão define-se como a intensidade de uma

força por unidade de área. No caso do ar, a força
resulta do choque das moléculas de ar com as
paredes do recipiente.
A unidade no SI é o Pascal
Pa muito embora o bar (1)
seja comummente utilizado.
p atm = 1.01325 bar = 760 Torr
Pressão Absoluta = Pressão Atmosférica + Pressão Manométrica
Nota 1: O bar é um múltiplo da bária, sendo esta a unidade de pressão usada pelo antigo
sistema CGS (1 bar = 106 bárias)

TEMPERATURA
A temperatura é uma medida do estado de agitação

das partículas de uma substância, caracterizando seu
estado térmico. Quanto maior o grau de agitação,
maior será sua temperatura e vice-versa. Esta
grandeza está vulgarmente associada à ideia de calor
e de frio. Contudo, calor é energia térmica em trânsito
entre corpos a diferentes temperaturas.
Unidade SI: K (Kelvin)

Outra unidade: ºC (Grau Celsius)
Conversão: 1 K = ºC + 273,15

VOLUME
O volume de um gás corresponde ao espaço que ele ocupa, sendo que

qualquer gás ocupará o volume do recipiente que o contém.
Unidade SI: m3 (metro cúbico)

Outra unidade: l (litro)
Conversão: 1m3 = 1000 l
SÓLIDO LÍQUIDO GÁS
Mantem a forma Mantem o volume Altera a forma e

e o volume e altera a forma o volume

PRESSÃO vs VOLUME
GRANDEZAS DO AR COMPRIMIDO
Lei de Boyle-Mariotte
A pressão de um gás varia na razão
inversa do seu volume, a temperatura
constante.

PRESSÃO vs TEMPERATURA
Lei de Charles
A pressão de um gás varia proporcionalmente

com a temperatura, a volume constante.
Exemplo: p1=7bar ; T1=10ºC e T2=30ºC
1 . 2 7 + 1 . 273 + 30
p2 = = = 8.8
1 273 + 10

VOLUME
Considerando o volume do recipiente fixo e a temperatura

constante, a pressão varia directamente com a quantidade de
ar contida no recipiente.
Como volumes iguais de gases
contêm o mesmo número de
moléculas/átomos (sendo T e p
cte) a pressão varia directamente
com o volume do gás.
0 barmano = 1 barabs 1 barmano = 2 barabs 5 barmano = 6 barabs 7 barmano = 8 barabs
Cenertec 2014 Tecnologia do Ar Comprimido 12

EQUAÇÃO DE ESTADO Gás Ideal
FÍSICA DO AR
1
p
V
T .n
p 
pαT V
pn
p: pressão Pa
V: volume m3
T: temperatura K
R: cte dos gases perfeitos R=8,314 J mol-1 k-1
n: quantidade de gás Mol
Equação de Estado aplicada

a uma transformação:

OUTRAS EQUAÇÕES
FÍSICA DO AR
Equação da Continuidade
Relaciona a secção da tubagem com a velocidade do ar.
Sendo 1= 2 e o caudal constante, temos que :
Equação de Bernoulli
Relaciona a velocidade do ar com a pressão.
ou seja

CAUDAL
Caudal de ar livre
Caudal de ar @ pressão atmosférica Caudal de ar sob pressão
FAD (Free Air Delivery)
Volume: 8 m3 Volume: 1 m3
Pressão: 1 bar (a) Pressão: 8 bar (a) = 7 bar(e)

CAUDAL
Condições de Referência ISO FAD (m3/min)
Temperatura: 20º C
Pressão: 1 bar
Humidade: 0%
Condições de Referência Normal FAD Nm3/min
Temperatura: 0º C
Pressão: 1,0132 bar
Humidade: 0%

CAUDAL
3 273 P1  P x
Νm  m3 x x
273  Τ 1,01325
1
Pressão Parcial de Vapor de Água Saturado
T1 = temperatura de
admissão em ºC
P1 = Pressão de
admissão em barA
Px = PD x RH
PD = pressão parcial
de vapor à
temperatura T1
RH = Humidade
relativa em %
Sistema de Ar Comprimido
CONSUMO
DISTRIBUIÇÃO
PRODUÇÃO
TRATAMENTO
ARMAZENAMENTO
PROPÓSITO
Sistema de Ar Comprimido
O objectivo de um SAC é entregar ar comprimido aos

seus diferentes consumidores, em estrito respeito com
os requisitos exigidos:
• de caudal (volúmico ou mássico)
• de pressão (em valor e constância)
• de qualidade de ar (partículas, água, óleo e outros contaminantes)
Tem obviamente como pano de fundo, a

fiabilidade e eficiência energética do sistema.

TIPO DE COMPRESSORES
Dinâmicos Volumétricos
Ejector Axial Radial
Compressores Rotativos Compressores Pistão
Sem Diafragma Êmbolo

1 veio 2 veios pistão
Palhetas Anel Líquido Scroll Parafuso Lóbulos Dentes

Cruzeta

COMPRESSORES DE PISTÃO
CAUDAL PRESSÃO
Pistão Baixo Média e alta
Parafuso
Centrífugos

COMPRESSORES DE PARAFUSO
CAUDAL PRESSÃO
Parafuso Médio Média
Centrífugos

COMPRESSORES CENTRÍFUGOS
CAUDAL PRESSÃO
Parafuso Médio Média
Centrífugos Alto Baixa e média

TIPO DE AR
AR LUBRIFICADO
AR TECNICAMENTE ISENTO DE ÓLEO
AR NÃO LUBRIFICADO
REGULAÇÃO/CONTROLO
VELOCIDADE FIXA ou CARGA/VAZIO
VELOCIDADE VARIÁVEL
ARREFECIMENTO
ARREFECIMENTO A AR
ARREFECIMENTO A ÁGUA

CIRCUITO INTERNO
COMPRESSOR DE PARAFUSO LUBRIFICADO
Ar Comprimido
Filtro de ar
Óleo Frio
(3)
Mistura de Óleo/Ar
Filtro de Óleo
Óleo Quente
Óleo Frio Circuíto de Óleo
Válvula Termostática
RENDIMENTOS
COMPRESSOR DE PARAFUSO LUBRIFICADO
Rendimento Perda de carga no

Eléctrico circuito interno do
próprio compressor
Rendimento Mecânico
Rendimento Volumétrico
Rendimento Termodinâmico

INDICADORES DE EFICÊNCIA
INDICADORES DE EFICIENCIA ENERGÉTICA (IEE)
Potência Total Consumida kW

Pot. Específica  ( )
Caudal m 3
min
Potência Total Consumida x tempo kW.h

Consumo Específico  ( )
Volume m3
€
Custo do m3  Consumo Específico  Custo Energia ( )
m3
m3 m3 m3
Volume de ar por unidade produzida  ; ;
unid. litro ton

ISO 1217
CAUDAL – MEDIDO À BOCA DE DESCARGA DO COMPRESSOR

POTÊNCIA – AOS BORNES DE ENTRADA DO COMPRESSOR
ANEXO C – COMPRESSORES DE CARGA/VAZIO
ANEXO E – COMPRESSORES DE CAUDAL VARIÁVEL
Pressão de Temperatura
Descarga Ambiente
p2 T1
Volume de Pressão
Descarga Ambiente
V2 p1
Temperatura Humidade
de Descarga Relativa
T2 HR
V2 x p2 x T1
V1 =
[p1 – (pV x HR)] x T2 pV : Pressão de vapor
CÁLCULOS DE CONSUMO
100% de carga 50% carga / 50% vazio

Débito 10,14 m3/min 10,14 m3/min
Potência Carga 61,9 kW 61,9 kW
Horas Carga 8.000 h 4.000 h
Potência Vazio 14,8 kW 14,8 kW
Horas Vazio 0 h 4.000 h
Consumo em carga 495.200 kWh 247.600 kWh

Consumo em vazio 0 kWh 59.200 kWh
Consumo Total 495.200 kWh 306.800 kWh
Volume de ar 4.867.200 m3 2.433.600 m3
Consumo Específico 10,17 kW/100 m3 12,61 kW/100 m3
24%

SC1
CÁLCULOS DE CONSUMO
Compressor de 55 kW Compressor 30 kW
Débito 10,14 m3/min 10,14 m3/min 5,53 m3/min
Potência Carga 61,9 kW 61,9 kW 34,5 kW
Horas Carga 8.000 h 4.000 h 7335 h
Potência Vazio 14,8 kW 14,8 kW 8,2 kW
Horas Vazio 0 h 4.000 h 665 h
Consumo em carga 495.200 kWh 247.600 kWh 253.058 kWh

Consumo em vazio 0 kWh 59.200 kWh 5453 kWh
Consumo Total 495.200 kWh 306.800 kWh 258.511 kWh
Volume de ar 4.867.200 m3 2.433.600 m3 2.433.753 m3
Consumo Específico 10,17 kW/100 m3 12,61 kW/100 m3 10,62 kW/100 m3

Diapositivo 30
SC1 Este exemplo mostra a 1º questão a ser analisada numa auditoria: rácio de carga.
Sestelo, Carlos; 14/03/2018
ESTRUTURA DE CUSTOS
Repartição dos Custos no Ciclo de Vida
Energia Aquisição Manutenção
80% 10% 10%

EFICIÊNCIA GLOBAL
Fugas + Δp

CONTROLO/REGULAÇÃO
Designação atribuída aos sistemas que ajustam o débito de ar às
necessidades do consumo da instalação
O sistema de regulação procura cumprir 2 requisitos:

• Atender ao consumo
• Consumir o mínimo de energia
O controlo é determinante sobe o ponto de vista

energético
PRODUÇÃO CONSUMO
m3/min m3/min

MECANISMO DE CONTROLO
CONTROLO / REGULAÇÃO
Variável de Controlo - Pressão
Variável Controlada - Volume/Caudal
Velocidade Fixa – Estabeleço uma banda de pressão

Pressão de entrada em vazio
Pressão de descarga
Pressão de entrada em carga
Velocidade Variável – Estabeleço uma pressão alvo

Pressão Alvo

MECANISMO DE CONTROLO
CONTROLO / REGULAÇÃO
100% de carga
Carga parcial
3 condições de funcionamento
Vazio
(Arranque automático)
Velocidade Fixa Velocidade Variável

Plena Carga Plena Carga
100% Caudal
100% Potência
Carga Parcial
100% a 30%Caudal
100% a 30% Potência
Vazio
Vazio
0% Caudal
30% Potência
0% Caudal
0% Potência
Re-arranque Re-arranque

CARGA-VAZIO
REGULAÇÃO
CARGA-VAZIO COM TEMPOS DE VAZIO FIXOS

Pressão
pmax
pmin
100
Carga
Potência %
t2
Vazio
20
Paragem
Tempo

CARGA-VAZIO
REGULAÇÃO
CARGA-VAZIO COM TEMPOS DE VAZIO VARIÁVEIS

Pressão
pmax
pmin
100
Poência %
Carga
Vazio
20
Paragem
1 hora
Número Máximo de Arranques: 6 por hora Tempo

CARGA-VAZIO
REGULAÇÃO
CARGA-VAZIO COM TEMPOS DE VAZIO VARIÁVEIS

Temperatura do Motor
Tmax
Pressão
pmax
pmin
100
Carga
Potência %
Vazio
20
Paragem
Tempo
REGULAÇÃO
Pressão
pmax
Pressão Alvo
pmin
100
Potência %
Load
Idle
10 Standstill
Tempo

CURVA POTÊNCIA ESPECÍFICA
REGULAÇÃO

REGULAÇÃO
Desempenho Energético vs Regime de Funcionamento
Desempenho Energético vs Regime de Funcionamento
Velocidade Velocidade
Fixa Variável
100% da carga
Carga parcial na
Vazio

MULTI-COMPRESSORES
REGULAÇÃO POR CASCATA
É um tipo de
regulação bastante
prejudicial sob o
ponto de vista
energético.

MULTI-COMPRESSORES
CONTROLO CENTRALIZADO

REGULAÇÃO: Perfil Semanal Madrugada
VARIÁVEL
FIXO

REGULAÇÃO: Perfil Semanal Diurno
VARIÁVEL
FIXO

REGULAÇÃO : Perfil fim de semana
VARIÁVEL
FIXO

Controlo
Zona Optíma do Variável (1) 2
O controlo feito através do SAM permite ter

dois compressores de velocidade variável a
funcionarem em simultâneo zona de
melhor eficiência energética.
1 2
Zona Optíma do Variável (2)

O controlo feito através do SAM permite
limitar a zona de funcionamento do
V
compressor, evitando os extremos onde a
potência específica é pior.

Monitorização
VALORES EM TEMPO REAL

GRÁFICOS - TABELAS
Pressão Máxima
Curva de Pressão
Caudal FAD
Pressão Mínima
Diagrama
Funcionamento
Compressores

Monitorização
VALORES ACUMULADOS
TABELAS - GRÁFICOS - COMPARATIVOS

VAZIO DE REGULAÇÃO
REGULAÇÃO Central Multicompressores
O dimensionamento de uma central multicompressores vai para

além do somatório dos caudais individuais, existem critérios de
integração que têm que ser verificados, sob pena de hipotecar o
funcionamento estável e eficiente dos compressores.
m3/min m3/min
15 15
11
10 10
5 5
2
1
COMBINAÇÃO GAMA DE VARIAÇÃO COMBINAÇÃO COMPRESSORES GAMA DE VARIAÇÃO

COMPRESSORES RESULTANTE RESULTANTE

“GAP” DE REGULAÇÃO
REGULAÇÃO Central Multicompressores

TRATAMENTO
O porquê do tratamento?
Fonte externa: Ar atmosférico
Fonte interna: Óleo e partículas adicionadas pelo sistema
• Vapor de água
• Contaminantes Industriais : ácidos, hidrocarbonetos, ...
• Contaminantes Naturais: Pólenes, bactérias, viros, ..
• Óleo, partículas metálicas/fibras, ferrugem, …
Tem reflexo:
• No funcionamento da fábrica, por paragens inesperadas e excessivas
• Na qualidade do produto final, podendo mesmo ser rejeitado

CONTAMINANTES
TRATAMENTO
Níveis de Contaminação
Contaminante
Ar Atmosférico Ar Comprimido
Poeiras 140 x 106 / m3 1120 x 106 / m3

100% +
Vapor de Água 40 - 90 %
condensados
Ácidos,
Contaminantes
hidrocarbonetos e 8 vezes maior
Industriais
outros
Contaminantes Pólenes, bactérias,
8 vezes maior
Naturais viros e outros

ISO 8573-1: 2010
TRATAMENTO
SÓLIDOS ÁGUA ÓLEO
Número máximo de partículas por m3

Ponto de Orvalho
CLASSE ( mg/m3 ) CLASSE
0,1 – 0,5 μm 0,5 – 1 μm 1 – 5 μm ( ºC )
Mais restrito que a classe 1, em acordo com as partes, cliente fornecedor

0 0
1 ≤ 20.000 ≤ 400 ≤ 10 - 70 0,01 1
2 ≤ 400.000 ≤ 6.000 ≤ 100 - 40 0,1 2
3 NE ≤ 90.000 ≤ 1.000 - 20 1 3
4 NE NE ≤10.000 +3 5 4
5 NE NE ≤ 100.000 +7 n/a 5

VAPOR DE ÁGUA
TRATAMENTO
Humidade Absoluta: Refere-se à massa de vapor de água (g) por m3 de ar.
Ponto de Saturação: Para cada valor de temperatura existe uma valor máximo
de humidade absoluta, também em g/m3 de ar
Humidade Relativa: Relação entre a humidade absoluta e o ponto de saturação.

Indica o quão próximo estamos da saturação.
Ponto de Orvalho: Corresponde à temperatura à qual o vapor de água

contido no seio do ar começa a condensar , a uma dada
pressão.

CONDENSADOS
TRATAMENTO
O volume de condensados resulta da

diferença entre a quantidade de água admitida
e a quantidade de água que permanece no ar
comprimido.
10 m3/min
Tamb= 10 ºC
INVERNO 3.93 l/h
HR = 70%
Tamb= 25 ºC
VERÃO 9.59 l/h
HR = 70%
http://www.kaeser.pt/Online_Services/Toolbox/Condensate/default.asp

ARREFECEDOR FINAL
TRATAMENTO
2/3 1/3

ARREFECEDOR FINAL
TRATAMENTO
O arrefecedor é o primeiro elemento da cadeia de tratamento
CTD (Cold Temperature Differential) ou Diferença de Temperaturas Frias, ou seja,
é o diferencial entre a temperatura de entrada do meio de arrefecimento e a
temperatura de saída do ar comprimido.
CTD = 10 ºC
T ambiente T saída ar
25 ºC comprimido
(Meio de arrefecimento) 35 ºC

SEPARADOR CICLÓNICO
TRATAMENTO
Retira os condensados
prevenientes do arrefecedor
final, eficiência ≈ 95%
Reduz a carga térmica

sobre o secador
Perda de carga 0,05 bar

SELECCÇÃO DO SECADOR
TRATAMENTO
Tipo de Secadores
Refrigeração Adsorção Membrana
Expansão Massa Ar Ar Ar Comprimido

Directa Térmica Comprimido Quente Quente

SECADORES FRIGORÍFICOS
TRATAMENTO
EVAPORADOR CICLO DE FRIO
+
PERMUTADOR DE AR
Ponto de Orvalho até +3º C

Custo Energético ≈ 0,1 kW/(m3/min)
Condições de Referência
ISO 8573-1 (2010)
Temperatura ambiente: 25 ºC
Pressão funcionamento: 7 bar
Temperatura entrada ar: 35 ºC

SECADORES FRIGORÍFICOS
TRATAMENTO
Tina de
Massa Térmica
Ponto de Orvalho até +2º C

Custo Energético < 0,1 kW/(m3/min)
ISO 8573-1 (2010)

SECADORES de ADSORÇÃO
TRATAMENTO
Humidade Desicante
Ponto de Orvalho de -20, -40 e -70 ºC

Custo Energético @ PdO de - 40 ºC
Regeneração por ar comprimido ≈ 1.6 kW/(m3/min)
Regeneração por ar quente ≈ 0.6 kW/(m3/min)
ISO 8573-1 (2010)
SECADORES de ADSORÇÃO
TRATAMENTO
Ponto de Orvalho de -20, -40 ºC
Custo Energético ≈ 0 W/(m3/min)

SECADORES de MEMBRA
TRATAMENTO
Ar Comprimido
Difusão do
Menbrana
Vapor de água
Purga
 Processo físico
 PdO negativos
 Caudal de regeneração
 Para utilizar no ponto de consumo

FILTROS
TRATAMENTO
Ar Comprimido Meio Filtrante Ar Comprimido

Contaninado Limpo
 Remoção de partículas sólidas, obstrução mecânica
 Remoção de partículas sólidas e água,

 por coalescência, aplicação geral e aplicação fina
 Remoção de vapores, carvão activado

LIGAÇÕES SECADORES
TRATAMENTO

CONTEÚDO DE ÁGUA
TRATAMENTO
Conteúdo de Vapor de Água função da Temperatura de PdO
Temp. PdO g/m3 Temp. PdO g/m3

+100 588,208 +8 8,342
+90 417,935 +6 7,246
+80 290,017 +4 6,359
+70 196,213 +3 5,953
+60 129,020 +2 5,570
+50 82,257 0 4,868
+45 64,848 -10 2,156
+40 50,672 -20 0,88
+35 39,286 -30 0,33
+30 30,078 -40 0,117
+25 22,830 -50 0,038
+20 17,148 -60 0,011
+10 9,356 -70 0,0033

VAPOR DE ÁGUA
TRATAMENTO
UTILIZAÇÃO
ADMISSÃO
Pressão (barA) 1 8 8 8 8 1
Volume (m3) 8 1 1 1 1 8
Temperatura (ºC) 25 90 35 2 25 25
HR (%) 70 30,5 100 100 24,3 3
Vapor de água 22,83
22,83 417,9 39,28 5,57 22,83
saturação (g/m3)
Vapor de água (g/m3) 127,84 127,84 39,28 5,57 5,57 0,69
Condensados (l/h) ---- ---- 5,31 2,02 ---- ----
ARMAZENAMENTO
O volume do reservatório depende
essencialmente dos seguintes
factores:
1. Caudal do compressor
2. Regulação do compressor
3. Perfil de consumo da instalação
4. Posição do reservatório na instalação
5. Volume da rede
O VOLUME É UM ESTABELIZADOR DE PRESSÃO

ARMAZENAMENTO
Q PRODUZIDO ± Q ARMAZENAMENTO = Q CONSUMIDO
Q PRODUZIDO FAZ COM QUE A PROCURA SEJA:

SENDO UMA VARIÁVEL SUBORDINADA UMA VARIÁVEL INDISCIPLINADA
VOLÁTIL, HÓSTIL
TAMBÉM SE TORNA INSTÁVEL
Q ARMAZENAMENTO O CONSUMO CARACTERIZA-SE:

SURGE COMO UM TERMO ADICIONAL INÚMEROS UTILIZADORES
PADRÕES DE CONSUMO DISTINTOS
QUE FLEXIBILIZA À EQUAÇÃO GRANDE ALEATORIEDADE NA UTILIZAÇÃO

ARMAZENAMENTO: A ESSÊNCIA
ARMAZENAMENTO
Q ARMAZENAMENTO TERMO ESPONTÂNEO E DUAL
acumulação de ar quando a produção é excedentária
restituição desse mesmo ar quando a produção é deficitária
O que faz do armazenamento um mecanismo de regulação, em

complementaridade com o sistema de regulação do compressor
Capacidade de Regulação da Instalação

=
Sistema de Regulação do Compressor + Capacidade de Armazenamento

MECANISMO DE REGULAÇÃO
ARMAZENAMENTO
Regulação MICRO - Armazenamento
Regulação MACRO - Sistema de Regulação do Compressor/Compressores
Patamar 4
Variações
no
Amplitude patamar
entre Patamar 3
patamares Patamar 2
Patamar 1

FUNÇÕES SECUNDÁRIAS
ARMAZENAMENTO
VOLUME DE CONTROLO
SEPARADOR DE CONDENSADOS
Reservatório a montante do secador
Reservatório molhado
ARMAZENAMENTO DEDICADO

RESERVATÓRIO
ARMAZENAMENTO
RESERVATÓRIO MOLHADO
Volume de controlo
Separação de condensados
Menor carga térmica sobre o secador
Reservatório a montante do secador
Risco na qualidade do ar aquando de Reservatório molhado
transientes, por excesso de caudal

através do tratamento
RESERVATÓRIO SECO
Reservatório a jusante do secador

Reservatório seco
RESERVATÓRIO MOLHADO +SECO
Reservatório a montante e jusante do secador

Reservatório molhado + Reservatório seco

SHORT CYCLING
ARMAZENAMENTO
SISTEMA DESREGULADO → INSUFICIÊNCIA ARMAZENAMENTO

SHORT CYCLING
ARMAZENAMENTO
SISTEMA MAIS ESTÁVEL → MENOS CICLOS

PRESSÃO MÉDIA DA REDE
ARMAZENAMENTO
Armazenamento insuficiente significa trazer a pressão média

da rede mais alta para compensar as cavas de pressão
∆p Pressão Média na Rede
que
corresponde Pressão Média na Rede
a um ganho
de eficiência

FORMULAS
ARMAZENAMENTO
Volume : 1.5 m3
Volume Reservatório x Δp  bar  Δp : 0.3 bar
tempo Vazio  min 

Consumo m min x patm  bar 
3
 Consumo : 10 m3/min
Tempo de vazio : 2,7 s
Volume : 1.5 m3
Volume Reservatório x Δp  bar  Δp : 0.3 bar
tempo Carga  min 

Débito - Consumo m3 min x patm  bar   Consumo : 10 m3/min
Débito : 12,6 m3/min
Tempo de carga : 10,3 s

2,7 s 10,3 s

FORMULAS
ARMAZENAMENTO
Calcular o volume do reservatório para responder a um consumo

pontual de 10m3/min com uma duração de 30s, com um Δp
admissível de 0.3 bar:
  3
Volume Reservatório m 
Tempo  min  x Caudal  m3 min  x patm  bar 
Δp  bar 
16,6 m3
Calcular o caudal de fugas para um Δp de 1 bar durante 93s num

reservatório de 3 m3:
 3
Caudal Fugas m min  
 
Volume Resrvatóri o m3 x Δp  bar 
tempo  min  x patm  bar 
1,9 m3/min

SÍNTESE
ARMAZENAMENTO
IGUALIZAÇÃO DOS CAUDAIS
EQUILÍBRIO DA PRESSÃO
ESTABILIZAÇÃO DO SISTEMA
Sistemas Estabilizados:
• registam valores médios de pressão mais baixos
• registam menores amplitudes de variação
• preservam os órgãos mecânicos e eléctricos
REQUEREM MENORES NÍVEIS DE ENERGIA

ENQUADRAMENTO LEGAL
RESERVATÓRIOS
DL que regula a
instalação,
funcionamento,
alteração e
reparação de
equipamentos sob
pressão: ESP
Regras Técnicas
Aplicáveis aos
Recipientes de Ar
Comprimido: RAC

ENQUADRAMENTO LEGAL
RESERVATÓRIOS/CLASSIFICAÇÃO: Ponto 3 do Despacho
Os RACs são classificados segundo o grau de perigosidade em

função do produto: pressão (bar) x volume (litros):
Classe C : 3.000 ≤ PS x V < 15.000
Classe B : 15.000 ≤ PS x V < 30.000
Classe A : PS x V ≥ 30.000
Nota 1: O DL isenta reservatórios com o P x V inferior a 3.000 bar.litro
Nota 2: O DL designa a pressão máxima admissível do reservatório por PS,

ao que corresponde o acrónimo pressão de serviço.
Nota 3: A pressão máxima admissível do reservatório tem que ser maior do

que a pressão máxima de descarga do compressor.

ENQUADRAMENTO LEGAL
RESERVATÓRIOS INSTALAÇÃO: Outros pontos
• A instalação de RAC deverá ser feita de modo a salvaguardar

a segurança de pessoas e bens ……..
• Garantir distâncias de segurança à via pública e prédios circunvizinhos:
A → 15m ; B → 10m ; C → 5m
redução até 20% com barreira de entreposição
• Assegurar distâncias mínimas em toda a superfície exterior: 600mm e 300mm
• Garantir a restrição de acesso, classe B e A
• Inscrição letras negras/fundo amarelo: Perigo! Equipamento sob pressão
• Caso o RAC esteja instalado num local próximo de passagem de veículos ou
movimentação de máquinas, deve ser colocada uma protecção adequada
• Devem ser consideradas condições de ancoragem ou fixação ao solo
• Equipamentos de segurança – manómetro, válvula de segurança – devem ser
instalados e localizados de modo a não poderem ser facilmente tornados
inoperantes por quaisquer meios, incluindo ambientais.
• O sistema de purga de condensados deve permitir a sua drenagem
CONDENSADOS
TRATAMENTO
Linhas de descarga de condensados

Colector de condensados
Unidade de Recolha e Tratamento

CONDENSADOS
TRATAMENTO
Válvulas Manuais e Temporizadas Válvulas de Capacidade

Boia / Electrónicas

REDE DE DISTRIBUIÇÃO
A rede de distribuição tem um papel relevante, ela encarrega-se de fazer
a ligação entre os diferentes elementos do sistema e encaminhar o ar
comprimido desde a produção até aos pontos de consumo. É-lhe pedido
que o faça com a menor perda de carga possível, com o mínimo de
fugas e que não seja um foco de contaminação do ar.
Alimentação aos
Baixadas
pontos de consumo
Tubagem de Linha
interligação principal/secundária

PERDA DE CARGA
Caracteriza-se pela
queda de pressão
entre a descarga do
compressor e o
ponto de utilização.
Δp
A perda de carga corresponde à resistência imposta pela tubagem ao
escoamento. A perda de carga é um indicador de eficiência, pois
corresponde a uma parcela de energia que é dissipada.

TUBAGEM DE INTERLIGAÇÃO
Caracteriza-se por troços rectos muito curtos, com curvas, “tês”, válvulas,
equipamentos, e porventura, by-passes. Velocidade recomendada na
tubagem de interligação: 4 a 8 m/s
3
Caudal
16 (m /min) Q p atm
0,27
3
(m /s) v  x
Pressão 7,5 (bar) A (p  1 )
Diâmetro 57 (mm) 2"
2
Área 0,0026 (m )
V = (m/s) ; Q = (m3/s) ; A = (m2) ; p = (bar)
Velocidade 12,3 (m/s)
3
16 (m /min)
Caudal 3
0,27 (m /s)
Pressão 7,5 (bar)
2
Área 0,0055 (m )
Velocidade 5,7 (m/s)

LINHA PRINCIPAL/SECUNDÁRIA
A linha principal liga a central de ar comprimido a uma grande área de
consumidores, a linha secundária ramifica-se a partir da linha
principal e cobre uma determinada zona de trabalho.
Q 1,85 x L
 p  1,6 x 10 8 x
d5 x p
16 3
(m /min) Δp : queda de pressão (bar)
Caudal
0,27 (m3/s) Q : caudal (m3/s)
Pressão 7,5 (bar)
L : comprimento total (m)
Comprimento 150 (m) d : diâmetro interno da tubagem (mm)
p : pressão do sistema (bar)
Perda de Carga 0,066 (bar)
http://www.kaeser.pt/Online_Services/Toolbox/Pressure_drop/default.asp

LINHA PRINCIPAL/SECUNDÁRIA
L EQUIVALENTE DN50
L TOTAL = L LINEAR+ L EQUIVALENTE

ou aproximadamente: L TOTAL = 1.6 x L LINEAR
TOMADA EM
PESCOÇO CAVALO
Boas Práticas
INCLINAÇÃO 2 0/00
• Sobredimensionamento da linha principal
• Válvulas de seccionamento
PONTO DE RECOLHA
• Pendente com pontos de recolha de condensados DE CONDENSADOS
• Picagens para leituras de pressão
BAIXADAS & ALIMENTAÇÃO AOS
PONTOS CONSUMO

Δp RECOMENDÁVEIS
Secador de refrigeração : 0,2 bar

Filtro de linha : 0,2 bar
Linha principal : 0,03 bar
Linha secundária : 0,03 bar
Baixadas : 0,04 bar
Unidade FRL + uniões rápidas + : 0,5 bar

mangueira
TOTAL : 1,00 bar

PERDA DE CARGA
97%
x2

VENTILAÇÃO
CENTRAL DE AR COMPRIMIDO
Extracção de ar quente Extracção de ar quente

através condutas através varrimento forçado
Condutas P (kW) x 3600

Q (m3/h) =
Cp (kJ/(m3K) x t (K)
P: calor a remover
3600: factor de conversão s:h
Cp: Calor específico -1,2 kJ/(m3K)
Δt: Acréscimo de temperatura: 10 ºC
Ventilador
Calor Remanescente
+
Entrada de Ar
Secadores
Fresco

EXERCÍCIO PRÁTICO

PREOCUPAÇÃO ENERGÉTICA
• PRESSÃO CRESCENTE SOBRE O PREÇO DA ENERGIA
• A QUESTÃO INCONTORNÁVEL DO PLANO AMBIENTAL
• O AR COMPRIMIDO É UM GRANDE CONSUMIDOR DE

ENERGIA
• 10-30% DA FACTURA ENERGÉTICA DA FÁBRICA

CORRESPONDE À FATIA COM O AR COMPRIMIDO
• NUMA PRESPECIVA DO CUSTO DURANTE O CICLO DE
VIDA, A ENERGIA CORRESPONDE A 80% DOS CUSTOS
TOTAIS TIDOS COM O SISTEMA DE AR COMPRIMIDO
• PARADOXALMENTE, EXISTE UM POTENCIAL DE

POUPANÇA NA ORDEM DOS 2 DÍGITOS

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
O conceito de eficiência
energética poder-se-á enunciar
como um acto que conduz a
menores consumos de energia,
via racionalização dos
consumos e via optimização
do sistema, mantendo intactas
as necessidades.

Existe uma forte relação de

interdependência entre os
diferentes elementos de um
SAC, a qual se caracteriza
por interacções mútuas e
influências recíprocas.
Ora, esta característica faz da eficiência energética

um conceito transversal, onde coexiste, um plano
de avaliação individual, elemento a elemento, e
um plano de avaliação colectivo, como resultante
da conjugação dos diferentes elementos.

DIFERENTES TIPOS DE CONSUMIDORES
A atenção recai sobre o compressor porque é ele quem corporiza,

directa ou indirectamente, os parâmetros que servem de base aos
indicadores de eficiência.
C. Directo
C. Indirecto
Consumidor directo: kW directamente ; consumidor indirecto: via Δp

DIFERENTES TIPOS DE CONSUMIDORES
Regime de Funcionamento Potências Directas Potências Indirectas via Δp
horas/dia : 24 Compressor : 45 kW 0,15 bar

Secador :
dias/semanas : 7 Secador : 1,5 kW 0,41 kW
semanas/ano : 50 0,2 bar
Filtro :
Custo Energia : 0,1 €/kWh 0,54 kW
2 bar
horas/ano : 8400 R. Distribuição :
5,4 kW
(1 bar → 6%)
Matriz de Consumos
Custo Consumo Anual Custo Anual Peso Relativo

Elementos Potência Horas/ano
Energia kW € Dir./Ind.
Compressor Dir. 45 378.000 37.800 85% 88%

Dir. 1,5 12.600 1.260 3%
Secador
Ind. 0,41 8400 0,1 3.402 340 1%
Filtro Ind. 0,54 4.536 454 1% 12%
Rede Distribuição Ind. 5,4 45.360 4.536 10%
Total 443.898 44.390

CADEIA DE EFICIÊNCIA
PRODUÇÃO TRATAMENTO ARMAZENAMENTO DISTRIBUIÇÃO
VENTILAÇÃO DA CENTRAL
SISTEMA DE CONDENSADOS: PURGAS E REDE
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Actividades Principais
Produção, Tratamento, Armazenamento e Distribuição
Actividades de Suporte
Ventilação da central, sistema de condensados e manutenção preventiva

MEDIDAS DE MELHORIA
Ganhos1 Aplicabilidade2 Contribuição
Medidas de Economia de Energia
(%) (%) Potencial3 (%)
Instalação ou Renovação do Sistema

Melhoria dos accionamentos (substituição de motores
25 2 0,5
convencionais por motores de alto rendimento)
Utilização de variadores electrónicos de velocidade 25 15 3,8
Melhoria do compressor 30 7 2,1
Utilização de sistemas de controlo sofisticados e precisos 20 12 2,4
Recuperação de calor para outras utilizações 20 20 4,0
Melhoria dos sistemas de arrefecimento, secagem e filtragem 10 5 0,5
Concepção geral do sistema, incluindo sistemas multipressão 50 9 4,5
Redução das perdas de carga 50 3 1,5
Optimização dos equipamentos utilizadores finais de ar
5 40 2,0
comprimido
Operação e Manutenção do Sistema
Redução das fugas de ar comprimido 80 20 16,0
Maior frequência na substituição dos filtros 40 2 0,8
Fonte:
Medidas de Eficiência Aplicáveis à Industria Portuguesa: Um Enquadramento Sucinto
Supervisão/Edição DGEG/ADENE no âmbito Sistema de Gestão dos Consumos Intensivos de Energia: 2010

3 Rs
RACIONALIZAÇÃO DO CONSUMO
REFORMULAÇÃO/OPTIMIZAÇÃO DO SISTEMA
RECUPERAÇÃO DE ENERGIA
REDUÇÃO DO ÍNDICE DE FUGAS
• Plano de Redução de Fugas
• Purgas sem perda de ar
• Isolar troços/equipamentos nos períodos de não produção
REDUÇÃO DO CAUDAL DESREGULADO

• Instalação de reguladores de pressão
ELIMINAR USOS INAPROPRIADOS

• Sopro
• Arrefecimento
• Transporte
• Venturis

PRODUÇÃO Compressores ajustados ao consumo
Potência específica
Tipo de regulação
Sistema de gestão centralizado
Redução da pressão de descarga
TRATAMENTO O exigível face aos requisitos de qualidade

de ar
ARMAZENAMENTO Garanta capacidade de armazenamento
DISTRIBUIÇÃO Tipologia (Traçado da rede)

Geometria (Secção e Singularidades)


AUDITORIA
AVALIAÇÃO MACRO AVALIAÇÃO MICRO

INSPECÇÃO VISUAL INSTRUMENTOS DE DIAGNÓSTICO
• HORAS TOTAIS/CARGA
• REGIME DE FUNCIONAMENTO • PERFIL DE CONSUMO
• INSPECÇÃO DA CENTRAL • PERFIL DE PRESSÃO
• INSPECÇÃO DA REDE, … • DIAGRAMA DE CARGA
CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA
MEDIDAS DE MELHORIA E AVALAIAÇÃO CUSTO/BENEFÍCIO

AUDITORIA
Recolha de
Informação
Verificação
Caracterização
de Resultados do Sistema
Definição & Avaliação

Implementação Técnica das MM
das MM
Análise
Económica PRI

AUDITORIA – PERFIL DE CONSUMO
Patamar 3
Variações
Amplitude no
entre Patamar 2 patamar
patamares
Patamar 4
Patamar 1
Fonte: Kaeser Energy Saving System KESS

AUDITORIA – CARACTERIZAÇÃO DA INSTALAÇÃO
Regime de Funcionamento h/ano 8.000

Volume de ar/ano m3 8.260.196
Pressão de descarga bar 7,8
Patamar de débito máximo m3/min 30 ± 3
Patamar de débito médio m3/min 18 ± 2
Patamar de débito mínimo m3/min 8±1
Energia consumida kWh 931.380
Custo com Energia (0.1€/kWh) € 93.138
Potência Especifica kW/(m3/min) 6,76
Consumo Específico kWh/m3 0,112
Custo do m3 €/1000m3 11,2
Emissões de CO2 (1) ton CO2 2
(1) Mix de Agosto de 2014; EDP Comercia: FE = 229 g/kWh

REDUÇÃO DO CONSUMO - FUGAS
Caudal de Fugas
(Nl/min)
Caudal de Fugas
(Nl/min) 6 bar 7 bar 8 bar
800 1 mm 63 72 81
700 2 mm 253 289 325
3 mm 569 651 732
600
Fonte: Festo AG & Co. KG, White Paper, 2013
500
400
300
200
100
0
1 mm 2 mm 3 mm
6 bar 7 bar 8 bar

Diâmetro Custo
Caudal Pot. Esp. Tempo Custo Anual Potência
Fuga 3 3 Energia
(m /min) kW/(m /min) (h/ano) Fuga (kW)
(mm) (€/kWh)
1 0,065 7 8 760 0,12 478 € 0.46
2 0,257 7 8 760 0,12 1 891 € 1.80
4 1,03 7 8 760 0,12 7 579 € 7.20
6 2,31 7 8 760 0,12 16 998 € 16.2

TESTE DO ESVAZIAMENTO
Ao decréscimo da pressão
(pinicial - pfinal) num dado intervalo
de tempo (Tempo Total de
Medição) corresponderá ao
caudal de fugas, através da
seguinte relação:
Volume (m3 ) x (Pinicial  P ) (bar)

final
Fugas (m3 / min) 
Tempo TotalMedição (min)

Cálculo de Volumes Caudal de Fugas
Volume da Tubagem Teste do Esvaziamento
Troço A Troço B
3
4 " 2 " Volume 13,639 m
Diâmetro 100 mm 50 mm ∆p 1 bar
0,1 m 0,05 m 134 seg
2 2 Tempo
Área 0,008 m 0,002 m 2,233 min
Comprimento 1000 m 400 m
3 3 3
Volume 7,854 m 0,785 m Caudal de Fugas 6,11 m /min
3
Volume da Tubagem 8,639 m
Custo
3 3
Volume do Reservatório(s) 5 m Potência específica 7 kW/(m /min)
Potência associada às fugas 43 kW
3
Volume Total 13,639 m Custo Anual 8000h 34.200 €

Purgas sem Perda de Ar Válvulas de Corte
Reduzir o desperdício de ar com Utilizar válvulas de corte para reduzir

purgas capacitivas sem perda de ar. caudal de fugas em equipamentos
em não utilização.

REDUÇÃO DO CONSUMO – CAUDAL DESREGULADO
Reguladores de Pressão
Sopradores/Blowers
• Sopro
• Arrefecimento
• Transporte

REFORMULAÇÃO DO SISTEMA – REDUÇÃO DA PRESSÃO
O acréscimo de 1 bar na pressão da rede corresponde

ao aumento da potência específica em cerca de 6%

CONSUMO DE AR
REFORMULAÇÃO DO SISTEMA – REDUÇÃO DA PRESSÃO
700 8 mm Jets-ø
600 7 mm Jets-ø
Air volume (m³/h)
6 mm Jets-ø
500
5 mm Jets-ø
400
4 mm Jets-ø
300 3 mm Jets-ø
200 2 mm Jets-ø
100
0
1 3 5 7 9 11 13 15
Working pressure (bar)

EFEITO COMBINADO
REDUÇÃO DA PRESSÃO DA REDE
Potência Específica
1 bar
POTÊNCIA
Caudal de Fugas
Caudal Desregulado

CONTROLO
REFORMULAÇÃO DO SISTEMA
 TIPO DE COMPRESSOR
 DIMENSÃO VS NÚMERO DE COMPRESSORES
 TIPO DE REGULAÇÃO
 MODO DE GESTÃO DOS COMPRESSORES
SÃO OS ADEQUADOS E GARANTEM UMA

RESPOSTA EFICIÊNTE FACE AO PERFIL DE
CONSUMO

CONTROLO
Fonte: Kaeser Energy Saving System

CONTROLO

CONTROLO
CUSTO VARIAÇÃO
1º SOLUÇÃO 44.172 € ---
2º SOLUÇÃO 41.619 € - 6%
3º SOLUÇÃO 40.352 € -9%

REDUÇÃO DA PERDA DE CARGA
GARANTIR A DISTRIBUIÇÃO DO
AR COM A MENOR PERDA DE
CARGA E O MÍNIMO DE FUGAS
Caudal (m3/min) 10 Δp ≈ 1,5% pressão descarga

Δp máximo 0,2 bar
Comprimento (m) 600
Pressão (barA) 8,5
1/2
2" 2" 3" 10 anos
Diâmetro
DN50 DN65 DN80
DN50 15.090€
(bar) 0,98 0,23 0,09 DN80 1.390€
Perda de Carga (€) 1.509 354 139
1 bar → + 7% energia ; Compressor de 55kW ; 4000h ; 0,1 €/kWh

Há uma enorme parcela de

energia que é dissipada pelo
compressor sob a forma de
calor.
Será então uma boa prática sob

o ponto de vista energético
encarar o sistema de ar
comprimido não só como
produtor de ar comprimido mas
também como produtor de calor.

100% Energia Eléctrica
Calor dissipado Calor irradiado pelo

pelo motor compressor para o
eléctrico meio ambiente
aprox. 5% aprox. 2%
Calor preveniente do Calor residual no ar

óleo de lubrificação comprimido
aprox. 76% aprox. 2%
Calor preveniente do
arrefecimento do ar
aprox. 15%
96% de Energia Calorífica Recuperável

AR QUENTE
EXTERIOR
INTERIOR
96 % DA ENERGIA ELÉCTRICA

ÁGUA QUENTE
76 % DA ENERGIA ELÉCTRICA

UTILIZAÇÕES POTENCIAIS ÁGUA QUENTE
AQS PRÉ-AQUECIMENTO AQUECIMENTO TINAS DE BANHOS

ÁGUAS PROCESSO ESPAÇOS QUENTES
ÁGUA QUENTE - CIRCUÍTO ABERTO

ÁGUA QUENTE - CIRCUÍTO FECHADO

Matriz de Energia Recuperável
Parafuso Lubrificado Parafuso Isento
Meio de Arrefecimento Meio de Arrefecimento
Ar Água Ar Água
96% 95%
Arrefecedor Óleo
Meio a aquecer
Ar
Arrefecedor Óleo ---- ------

Arref. Intermédio
Arrefecedor Ar
Arref. Final
Motor Eléctrico
Motor Eléctrico
91% 90%
76%
Água
------ Arrefecedor Óleo

Arrefecedor Óleo
Arrefecedor Óleo Arref. Intermédio
Arrefecedor Ar
Arref. Final

EXERCÍCIO AR QUENTE
Potência ao veio: 48,3 kW

Eficiência do motor: 0.94
Período aquecimento: 125 dias
Tempo de carga: 8 h / dia
Preço do fuel: 0.70 € / litro
Poder Calorífico do fuel : 35.5 MJ/l = 9.87 kWh/l
(1 MJ = 0.278 kWh)
Rendimento do processo
de aquecimento : 0,9 Poupanças:
ED x t x Preço fuel
=
Energia Disponível 96 % EE fuel x 
0.96 x (48,3/0,94) = 49.32 kW 49.32 kW x 1,000 h x 0.70 €/l

= =
9.87 kWh/l x 0.9
= 3,887 € para 1,000 horas de funcionamento

EXERCÍCIO ÁGUA QUENTE
Potência ao veio: 49,3 kW

Eficiência do motor: 0.94 Energia Disponível 76 %
Período aquecimento: 125 dias
Tempo de carga: 8 h / dia 0.76 x (49,3/0,94) = 39.8 kW
Preço do fuel: 0.70 € / litro
Poder Calorífico do fuel : 35.5 MJ/l = 9.87 kWh/l
(1 MJ = 0.278 kWh)
Rendimento do processo Poupanças:
de aquecimento : 0,9
ED x t x Preço fuel
=
EE fuel x 
39.8 kW x 1,000 h x 0.70 €/l
= =
9.87 kWh/l x 0.9
= 3,144 € para 1,000 horas de funcionamento/ano

EXERCÍCIO ÁGUA QUENTE
Caudal de água industrial passível de ser aquecida dos 20 ºC

aos 50 ºC com esta energia disponível:
Q = 39.8 kW
cp = 4.18 kJ/kg K
t = 30 K
1 kW = 3,600 kJ/h
Q 39,8 kW kJ/h
m= = x 3600 =
cxt 4,18 kJ/kg K x 30 K kW
= 1,142 kg/h = 1.1 m3/h

DICAS ENERGÉTICAS
1 m3 de ar @ 7 bar custa
1 m3/min @ 7 bar necessita de 7 kW
1 kW/ano representa 800€ (8.000h e 0.1€/kWh)
Potência Específica kW/(m3/min)
Uma fuga de 1 mm @ 7 bar corresponde a 500 € /ano
80% da energia consumida pelo compressor é recuperável
1 bar de perda de carga significa + 10% de energia
O reservatório é o único elemento alavancador da eficiência

Obrigado.
carlos.sestelo@kaeser.com
TM: 916 61 63 66
carlospsestelo@gmail.com

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TECNOLOGIA DO AR COMPRIMIDO

Carlos Pinto Sestelo

CENERTEC PG-MI-04 Tecnologia do Ar Comprimido 1

O ar comprimido é uma forma de energia

Tem várias características que lhe conferem

CENERTEC PG-MI-04 Tecnologia do Ar Comprimido 3

O ar é compressível Azoto (N2)

• Para definir um determinado volume de ar

CENERTEC PG-MI-04 Tecnologia do Ar Comprimido 6

A pressão define-se como a intensidade de uma

p atm = 1.01325 bar = 760 Torr

Pressão Absoluta = Pressão Atmosférica + Pressão Manométrica

CENERTEC PG-MI-04 Tecnologia do Ar Comprimido 7

A temperatura é uma medida do estado de agitação

Unidade SI: K (Kelvin)

CENERTEC PG-MI-04 Tecnologia do Ar Comprimido 8

O volume de um gás corresponde ao espaço que ele ocupa, sendo que

Unidade SI: m3 (metro cúbico)

SÓLIDO LÍQUIDO GÁS

Mantem a forma Mantem o volume Altera a forma e

CENERTEC PG-MI-04 Tecnologia do Ar Comprimido 9

CENERTEC PG-MI-04 Tecnologia do Ar Comprimido 10

A pressão de um gás varia proporcionalmente

Exemplo: p1=7bar ; T1=10ºC e T2=30ºC

CENERTEC PG-MI-04 Tecnologia do Ar Comprimido 11

Considerando o volume do recipiente fixo e a temperatura

0 barmano = 1 barabs 1 barmano = 2 barabs 5 barmano = 6 barabs 7 barmano = 8 barabs

Cenertec 2014 Tecnologia do Ar Comprimido 12

Equação de Estado aplicada

CENERTEC PG-MI-04 Tecnologia do Ar Comprimido 13

CENERTEC PG-MI-04 Tecnologia do Ar Comprimido 14

CENERTEC PG-MI-04 Tecnologia do Ar Comprimido 15

Condições de Referência ISO FAD (m3/min)

Condições de Referência Normal FAD Nm3/min

CENERTEC PG-MI-04 Tecnologia do Ar Comprimido 16

O objectivo de um SAC é entregar ar comprimido aos

Tem obviamente como pano de fundo, a

CENERTEC PG-MI-04 Tecnologia do Ar Comprimido 19

Ejector Axial Radial

Compressores Rotativos Compressores Pistão

Sem Diafragma Êmbolo

Palhetas Anel Líquido Scroll Parafuso Lóbulos Dentes

CENERTEC PG-MI-04 Tecnologia do Ar Comprimido 20

CENERTEC PG-MI-04 Tecnologia do Ar Comprimido 21

CENERTEC PG-MI-04 Tecnologia do Ar Comprimido 22

CENERTEC PG-MI-04 Tecnologia do Ar Comprimido 23

CENERTEC PG-MI-04 Tecnologia do Ar Comprimido 24

Rendimento Perda de carga no

CENERTEC PG-MI-04 Tecnologia do Ar Comprimido 26

Potência Total Consumida kW

Potência Total Consumida x tempo kW.h

CENERTEC PG-MI-04 Tecnologia do Ar Comprimido 27

CAUDAL – MEDIDO À BOCA DE DESCARGA DO COMPRESSOR

100% de carga 50% carga / 50% vazio

Consumo em carga 495.200 kWh 247.600 kWh

CENERTEC PG-MI-04 Tecnologia do Ar Comprimido 29

Consumo em carga 495.200 kWh 247.600 kWh 253.058 kWh

CENERTEC PG-MI-04 Tecnologia do Ar Comprimido 30

Repartição dos Custos no Ciclo de Vida

Energia Aquisição Manutenção

80% 10% 10%

CENERTEC PG-MI-04 Tecnologia do Ar Comprimido 31