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CTAPP: Carga Térmica Aplicada a Processos

Psicrométricos

Aula 2,3 - Psicrometria aplicada a processos de


Climatização.

Prof Fernando Elisiário Correia


Carga térmica aplicada a processos psicrométricos
Cronograma de aulas

Conteúdo

• Definição de ar condicionado
• Composição do ar
• Lei das pressões parciais
• Lei dos gases ideais

• Propriedades psicrométricas

• Diagrama psicrométrico
• Processos psicrométricos

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Definição de Ar Condicionado
Quantos minutos sem ar?

A vida humana se extinguiria em dez dias sem a


ingestão de alimentos, três ou quatro dias sem ingerir
água, mas não mais que cinco minutos sem ar.
Esse ar, essa mistura gasosa constituída de oxigênio,
nitrogênio e outros componentes nobres, não pode
estar poluído, sujo, o que o torna prejudicial a saúde.

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Definição de Ar Condicionado
Definição de ar condicionado

Segundo a ASHRAE, ar condicionado é o processo de tratamento do ar de modo a


controlar simultaneamente temperatura, umidade, pureza e distribuição para
atender às necessidade do recinto condicionado.

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Definição de Ar Condicionado
Parâmetros básicos em condicionamento de ar
Um sistema de ar condicionado deve controlar diretamente quatro parâmetros
ambientais:

 Controle de temperatura
 Controle da umidade
 Filtragem, limpeza e renovação do ar
 Movimentação e circulação do ar.

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Definição de Ar Condicionado
Qualidade do Ar Interno - Contaminação
Grupo I – Contaminação Interior: Grupo III – Contaminação oriunda do sistema de
condicionamento de ar:
• Pessoas, plantas e animais;
• Liberação de contaminantes pela O próprio equipamento condicionador de ar, caso não seja
mobília e acessórios domésticos; tratado e limpo regularmente pode se tornar fonte de
• Produtos de limpeza; algas, fungos, poeira, etc. Em especial devem, devem ser
• Tabagismo. mencionados:
• Dutos. A poeira acumulada pode dar origem ao
desenvolvimento de fungos e outros
Grupo II – Contaminação Exterior:
microrganismos;
• Poeira; • Unidades de tratamento de ar. As bandejas de
condensado reúnem as condições básicas para o
• Contaminantes contidos no ar.
desenvolvimento de bactérias e outros
microrganismos.

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Definição de Ar Condicionado
Sistema de condicionamento de ar
Serpentina de Serpentina
Filtros Aquecimento de Resfriamento
Registro de
ar externo

Tomada de
ar externo

A
Registro de A Ventilador
ar recirculado
A

Exaustão
de ar

Registro de ar Ar de insuflamento
de exaustão distribuído as
diferentes zonas

Ar de retorno das
diferentes zonas

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Definição de Ar Condicionado
Aplicações
 Ar condicionado industrial;
 Controle de clima, em especial em condicionamento de ar para conforto
térmico;
 Laboratórios ambientais;
 Laboratórios de metrologia;
 Industria têxtil;
 Salas limpas, Controle de processos farmacêuticos e hospitalares;
 Data Center, CPD - Salas de computação;
 Micro mecânica e microeletrônica.

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Composição do Ar
O que é Psicrometria?

Estudo das propriedades do ar úmido.

A Psicrometria é definida como “o ramo da física relacionado com a medida ou


determinação das condições do ar atmosférico, particularmente com respeito à
mistura: ar seco + vapor d’água”.

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Composição do Ar

AR ATMOSFÉRICO

AR SECO VAPOR D’ÁGUA IMPUREZAS

COMPONENTES DO AR SECO
Componentes % volume % peso
Nitrogênio 78,09 75,52
Oxigênio 20,95 23,15
Argônio 0,93 1,28
Dióxido de carbono 0,03 0,04
Neônio, Hidrogênio, Hélio, Criptônio, Ozônio, etc.: traços leves

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Composição do Ar
Mistura de gases perfeitos – Lei de Dalton
“A lei da mistura dos gases perfeitos (John Dalton) informa que a pressão total da mistura,
P, é igual à soma das pressões, Pi, que cada gás exerceria se ocupasse isoladamente o
volume do reservatório, V, que contém a mistura e estivesse à temperatura, T, da mistura.”
(Simões Moreira).

Para a mistura de ar seco e vapor d’água, tem-se:

(onde os índices a e v indicam ar seco e vapor d’água, respectivamente.)

A pressão atmosférica (P) [Pa] em função da altitude (Z) [m], pode se obtida como:
,

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Composição do Ar
Mistura de gases perfeitos – Lei de Dalton
Exemplos:
1. Considere o ar úmido ao nível do mar à 40°C e saturado de vapor d’água (quantidade
máxima admissível). Para essa situação, obtenha a pressão parcial de ar seco, Pa, e
do vapor d’água, Pv, na mistura.

@ °

@ °

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Mistura de gases perfeitos – Lei de Dalton
Exemplos:
2. Considere o ar úmido ao nível de São Paulo (~760 m) à 30°C e saturado de vapor
d’água (quantidade máxima admissível). Para essa situação, obtenha a pressão
parcial de ar seco, Pa, e do vapor d’água, Pv, na mistura.

@ °

@ °

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Composição do Ar
Equação de estado – Lei dos gases ideais
Um gás é considerado ideal quando mantém proporcionalidade entre quatro variáveis
distintas:
• Temperatura (T) [K]
• Pressão (P) [Pa]
• Volume (V) [m³]
• Massa (n° de mols) (m) [kg]

Observa-se que a relação entre o produto da pressão com o volume e o produto da massa
com a temperatura resulta em um valor constante, que chamamos de constante dos
gases ideais (R) [J/(kg.K)].

𝑅 = 287,042 𝐽/(𝑘𝑔 . 𝐾) 𝑅 = 461,524 𝐽/(𝑘𝑔 . 𝐾)

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Composição do Ar
Equação de estado – Lei dos gases ideais
Exemplos:
1. Qual o valor da densidade do ar que encontra-se ao nível do mar com uma
temperatura de 20°C, também conhecido como “ar padrão”?

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Composição do Ar
Equação de estado – Lei dos gases ideais
Exemplos:
2. Qual o valor aproximado da densidade do ar neste momento no ambiente em que
estamos?

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Propriedades Psicrométricas
Grandezas termo-higrométricas do ar

1. Temperatura de Bulbo Seco (TBS)


2. Temperatura de Bulbo Úmido (TBU)
3. Temperatura de Ponto de Orvalho (TPO)
4. Umidade Relativa ( )
5. Entalpia (h)
6. Umidade Absoluta (ω)
7. Volume específico ( )
8. Fator de calor sensível (fcs)

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Propriedades Psicrométricas
Temperatura de bulbo seco (TBS)
É a temperatura indicada por um termômetro comum, cujo contato com o ar se dá pelo
bulbo seco do termômetro. É a verdadeira temperatura do ar úmido.

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Propriedades Psicrométricas
Temperatura de bulbo úmido (TBU)
É a temperatura indicada por um termômetro cujo bulbo foi previamente envolto por uma mexa
úmida, indicando a temperatura que o ar teria, caso estivesse saturado.

A TBU é menor do que a TBS para uma mesma massa de ar. Este abaixamento ocorre devido à
vaporização da água contida na mexa úmida em contato com o bulbo do termômetro.

Algodão
molhado

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Propriedades Psicrométricas
Instrumentos de medição para TBS e TBU
Para se fazer a leitura desse tipo de temperatura, se faz necessário um psicrômetro.

Psicrômetro Eletrônico ou
Psicrômetro Giratório Termohigrômetro Digital

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Propriedades Psicrométricas
Temperatura de Ponto de Orvalho - TPO
É definida como a temperatura na qual a condensação começa em qualquer superfície
quando o ar é resfriado à pressão constante.

TPO  TBU  TBS


Na saturação (UR = 100%): TPO = TBU = TBS

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Propriedades Psicrométricas
Umidade relativa -
Pode ser definida como a razão entre a pressão parcial de vapor d’água numa dada
temperatura e pressão parcial que o vapor teria se o ar úmido estivesse saturado na
mesma temperatura.

= umidade relativa [%]


mv = massa de vapor d’água contida na mistura [kgv]
mvs = massa de vapor d’água saturado contido na mistura [kgvs]
Pv = pressão parcial de vapor d´água [Pa]
Pvs = pressão parcial de vapor d´água saturado [Pa]

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Propriedades Psicrométricas
Umidade absoluta -
Também conhecida como umidade específica, esta grandeza define a massa de vapor
d’água, mv, contida em um valor unitário de massa (p. ex. 1 kg) de ar seco, mas, presentes
na mistura.

= umidade absoluta [kgv/kgas]


mv = massa de vapor d’água contida na mistura [kgv]
mas = massa de ar seco contida na mistura [kgas]
Pv = Pressão parcial de vapor d´água [Pa]
P = Pressão total da mistura (p. ex.: atmosférica) [Pa]

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Propriedades Psicrométricas
Volume específico -
Referido à massa de ar seco, o volume específico é a razão entre o volume ocupado pela
mistura e a massa de ar seco presente.

= volume específico [m³/kgas]


mas = massa de ar seco contida na mistura [kgas]
T = temperatura da mistura [K]
Pv = Pressão parcial de vapor d´água [Pa]
P = Pressão total da mistura (p. ex.: atmosférica) [Pa]

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Propriedades Psicrométricas
Pausa para um treino...
Exemplos:
1. A umidade relativa do ar num dado ambiente é mantida em 60% e a temperatura vale
40°C. Sabendo que a pressão é normal (nível do mar), calcule a umidade absoluta e o
volume específico do ar no ambiente.

@ °

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Propriedades Psicrométricas
Pausa para um treino...
Exemplos:
2. Qual o valor aproximado da umidade absoluta e do volume específico do ar neste
momento no ambiente em que estamos?

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Propriedades Psicrométricas
Entalpia específica - h
É a grandeza física que quantifica a energia contida no ar úmido por unidade de massa.

A entalpia da mistura é dada pela contribuição isolada da entalpia do ar seco e do vapor


d’água.

A partir dos calores específicos à pressão constante para o ar seco (cpas = 1,006 kJ/kg.°C)
e vapor d’água (cpv = 1,805 kJ/kg.°C), considerando o calor latente de vaporização da
água (Lv = 2501,3 kJ/kg) e a temperatura do ar úmido (°C), a entalpia da mistura (em
kJ/kgas) pode ser obtida como:

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Propriedades Psicrométricas
Entalpia específica - h
Exemplos:
1. Considerando os resultados do item 1 no exemplo anterior, determine a entalpia
específica do ar úmido.

40

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Propriedades Psicrométricas
Entalpia específica - h
Exemplos:
2. Qual o valor aproximado da entalpia específica do ar úmido para o ambiente em que
estamos? (considerar os resultados do item 2 no exemplo anterior)

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Diagrama Psicrométrico
Cartas psicrométricas
São diagramas que permitem representar graficamente as propriedades do ar úmido.

A carta psicrométrica padrão é baseada na pressão atmosférica ao nível do mar


(P = 101,325 kPa), podendo ser utilizada sem correção até 300 m de altitude.
Para atitudes mais elevadas, é necessário empregar outras cartas psicrométricas
correspondentes.

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Diagrama Psicrométrico
Cartas psicrométricas

Umidade Específica (gvapor/kgar seco)


TBS (°C)
Carga térmica aplicada a processos psicrométricos
Diagrama Psicrométrico
Linhas da carta psicrométrica

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Diagrama Psicrométrico
Cartas psicrométricas
Exemplo:
1. Com o auxílio de um psicrômetro digital faça leitura das temperaturas de bulbo seco
(TBS) e bulbo úmido (TBU) da sala de aula. Utilizando a carta psicrométrica de São
Paulo à pressão atmosférica de 92,6 KPa determine as propriedades do ar da sala.

2. Se a temperatura de bulbo seco da sala sofresse uma redução de 10°C, quais seriam
as novas propriedades do ar neste ambiente.

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Diagrama Psicrométrico
Cartas psicrométricas
Solução: Propriedade Estado 1 Estado 2
TBS (°C)
TBU (°C)
TPO (°C)
(%)
(kgv/kgas)
h (kJ/kgas)
(m³/kgas)

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Processos Psicrométricos
Como alterar os estados do ar?
• Aquecendo

• Resfriando

• Umidificando

• Desumidificando

Quando uma propriedade do ar é alterada, seu estado também sofre alteração e,


consequentemente, outras propriedades também se alteram.

Para alterar um determinado estado inicial de qualquer substância para um estado final
desejado é necessário que a substância (ar úmido) passe por um processo.

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Processos Psicrométricos
Processos psicrométricos possíveis
• Aquecimento ou resfriamento sensível (à umidade absoluta constante)
• Umidificação ou desumidificação (à TBS constante)

• Resfriamento com desumidificação (TBS e variam)

• Aquecimento com umidificação (TBS e variam)

• Desumidificação química do ar úmido (TBS e variam)

• Umidificação adiabática do ar úmido (resfriamento evaporativo)


• Mistura adiabática de dois fluxos de ar úmido

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Processos Psicrométricos
Calor Sensível aplicado ao ar

Quando o princípio de calor sensível é aplicado ao ar, as mudanças que


ocorrem são as relativas à temperatura do mesmo.

Quando é adicionado calor sensível, a temperatura do ar eleva-se não Resfriamento Aquecimento


Sensível Sensível
existindo mudança no conteúdo de umidade e o processo é
denominado de AQUECIMENTO SENSÍVEL.

Quando é retirado calor sensível, a temperatura do ar diminui não


existindo mudança no conteúdo de umidade e o processo é
denominado de RESFRIAMENTO SENSÍVEL.

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Processos Psicrométricos
Resfriamento sensível
Condição A:
• TBS = 36°C
• TBU = 22,3°C
•TPO 15,7°C
• UR = 30%
• h = 66 kJ/kg
• v = 0,892 m³/kg
• 𝜔 = 11,4 g/kg
B A
Condição B:
• TBS = 24°C
• TBU = 18,8°C
•TPO 15,7°C
• UR = 60 %
• h = 53 kJ/kg
• v = 0,856 m³/kg
• 𝜔 = 11,4 g/kg

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Processos Psicrométricos
Resfriamento sensível
Condição A:
• TBS = 36°C
• TBU = 22,3°C
•TPO = 15,7°C
• UR = 30%
• h = 66 kJ/kg
• v = 0,892 m³/kg
• 𝜔 = 11,4 g/kg

Condição B: Serpentina de Resfriamento


• TBS = 24°C (fluido frio)
• TBU = 18,8°C
•TPO = 15,7°C Ar (B)
Ar (A)
• UR = 60 %
• h = 53 kJ/kg
• v = 0,856 m³/kg
Não ocorre condensação
• 𝜔 = 11,4 g/kg

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Processos Psicrométricos
Aquecimento sensível
Condição A:
• TBS = 24°C
• TBU = 18,8°C
TPO = 15,7°C
• UR = 60 %
• h = 53 kJ/kg
• v = 0,856 m³/kg
• 𝜔 = 11,4 g/kg
A B
Condição B:
• TBS = 36°C
• TBU = 22,3°C
TPO = 15,7°C
• UR = 30%
• h = 66 kJ/kg
• v = 0,892 m³/kg
• 𝜔 = 11,4 g/kg

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Processos Psicrométricos
Aquecimento sensível
Condição A:
• TBS = 24°C
• TBU = 18,8°C
•TPO = 15,7°C
• UR = 60 %
• h = 53 kJ/kg
• v = 0,856 m³/kg
• 𝜔 = 11,4 g/kg

Condição B: Serpentina de Aqucimento


• TBS = 36°C (fluido quente)
• TBU = 22,3°C
•TPO = 15,7°C Ar (B)
Ar (A)
• UR = 30%
• h = 66 kJ/kg
• v = 0,892 m³/kg
• 𝜔 = 11,4 g/kg

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Processos Psicrométricos
Aquecimento sensível
Condição A:
• TBS = 24°C
• TBU = 18,8°C
•TPO = 15,7°C
• UR = 60 %
• h = 53 kJ/kg
• v = 0,856 m³/kg
• 𝜔 = 11,4 g/kg

Condição B: Resistência Elétrica


• TBS = 36°C
• TBU = 22,3°C
•TPO = 15,7°C Ar (B)
Ar (A)
• UR = 30%
• h = 66 kJ/kg
• v = 0,892 m³/kg
• 𝜔 = 11,4 g/kg

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Processos Psicrométricos
Umidificação / Desumidificação

Quando o princípio de calor latente é aplicado ao ar, as


Umidificação
mudanças que acontecem são relativas a umidade absoluta e
a temperatura de bulbo seco permanece constante..

Qualquer condição na qual ocorra evaporação, não


modificando a temperatura, agrega-se calor latente ao ar e o
Desumidificação
processo denomina-se UMIDIFICAÇÃO.

Qualquer condição que causa condensação, mas que não


muda a temperatura do ar, é uma extração de calor latente e o
processo denomina-se DESUMIDIFICACÃO.

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Processos Psicrométricos
Resfriamento e Desumidificação
É o processo de ar condicionado no qual calor
sensível e calor latente são extraídos ao mesmo
tempo. (Isto ocorre mais frequentemente em
processos de Verão, quando o ar está
normalmente mais quente e mais úmido).

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Processos Psicrométricos
Resfriamento e desumidificação
Condição A:
• TBS = 36°C
• TBU = 27,2°C
• TPO = 23,9°C A
• UR = 50%
• h = 86 kJ/kg
• v = 0,904 m³/kg
• 𝜔 = 19,4 g/kg
B
Condição B:
• TBS = 24°C
• TBU = 18,8°C
• TPO = 15,7°C
• UR = 60 %
• h = 53 kJ/kg
• v = 0,856 m³/kg
• 𝜔 = 11,4 g/kg

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Processos Psicrométricos
Resfriamento e desumidificação
Condição A:
• TBS = 36°C
• TBU = 27,2°C
• TPO = 23,9°C
• UR = 50%
• h = 86 kJ/kg
• v = 0,904 m³/kg
• 𝜔 = 19,4 g/kg
Serpentina de Resfriamento / Evaporador
Condição B:
• TBS = 24°C (fluido refrigerante / água gelada)
• TBU = 18,8°C Ar (B)
• TPO = 15,7°C Ar (A)
• UR = 60 %
• h = 53 kJ/kg
• v = 0,856 m³/kg Dreno
• 𝜔 = 11,4 g/kg Ocorre condensação

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Processos Psicrométricos
Aquecimento e umidificação
Condição A:
• TBS = 24°C
• TBU = 18,8°C
• TPO = 15,7°C B
• UR = 60 %
• h = 53 kJ/kg
• v = 0,856 m³/kg
• 𝜔 = 11,4 g/kg

Condição B: A
• TBS = 36°C
• TBU = 27,8°C
• TPO = 24,9°C
• UR = 53 %
• h = 88 kJ/kg
• v = 0,905 m³/kg
• 𝜔 = 20,3 g/kg

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Processos Psicrométricos
Aquecimento e umidificação
Condição A:
• TBS = 24°C
• TBU = 18,8°C
• TPO = 15,7°C
• UR = 60 %
• h = 53 kJ/kg
• v = 0,856 m³/kg
• 𝜔 = 11,4 g/kg

Condição B:
• TBS = 36°C Bandeja de Água Quente
• TBU = 27,8°C
Ar (B)
• TPO = 24,9°C Ar (A)
• UR = 53 %
• h = 88 kJ/kg
• v = 0,905 m³/kg
• 𝜔 = 20,3 g/kg Resistência Elétrica

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Processos Psicrométricos
Representação de todos os processos
A - Umidificação sem aquecimento
B - Umidificação com aquecimento
C - Aquecimento sensível
D - Desumidificação química
E - Desumidificação
F - Resfriamento e desumidificação
G - Resfriamento sensível
H - Resfriamento evaporativo

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Processos Psicrométricos
Pausa para um treino...
Exemplo:
1. Qual o processo psicrométrico requerido para alterar as condições do ar de um
ambiente que se encontra com TBS = 15°C e UR = 30% para a condição de conforto
TBS = 24°C e UR=50% considerando a pressão atmosférica de 92,6 kPa?
a) Represente o processo psicrométrico requerido.
b) Quanto de umidade deve ser adicionado ao ar para atingir a condição de conforto
requerida?
c) Quanto de energia deve ser adicionada ao ar para atingir a condição requerida?

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Processos Psicrométricos
Pausa para um treino...
Exemplo:
2. Qual o processo psicrométrico requerido para alterar as condições do ar de um
ambiente que se encontra com TBS = 29ºC e UR = 70% para a condição de conforto
TBS = 24°C e UR = 50% considerando a pressão atmosférica de 92,6 kPa.
a) Represente o processo psicrométrico requerido.
b) Qual quantidade de umidade deve ser removida do ar para atingir a condição de
conforto requerida?
c) Quanto de energia deve ser retirada do ar para atingir a condição requerida?

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Diagrama Psicrométrico
Vazão volumétrica ( ) System 
Unit 
SB
ft³/s
SM
cm³/s
SI
m³/s

Vazão volumétrica representa a quantidade de volume de uma dada


substância fluindo através de uma secção em um dado intervalo de tempo.

L0 L1 L2 L3

L
ti = vazão volumétrica
tf
𝝑 = velocidade

   𝑨 = área

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Diagrama Psicrométrico
Vazão mássica ( ): Sistema  SB SM SI
Unidade  lb/s g/s kg/s

Vazão mássica (ou vazão em massa) representa a quantidade (em massa) de uma
substância fluindo através de uma seção em um dado intervalo de tempo.

L0 L1 L2 L3

r = densidade

L = vazão volumétrica
ti tf = volume específico

  

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Diagrama Psicrométrico
Solução dos itens “a” a “f” da situação de aprendizagem

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Processos Psicrométricos
Desumidificação química
Condição A:
• TBS = 24°C
• TBU = 21,4°C
• UR = 80 %
• h = 63 kJ/kg
A
• v = 0,862 m³/kg
• 𝜔 = 15,0 g/kg
B
Condição B:
• TBS = 34°C
• TBU = 21,8°C
• UR = 34 %
• h = 63 kJ/kg
• v = 0,886 m³/kg
• 𝜔 = 11,3 g/kg

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Processos Psicrométricos
Desumidificação química
Condição A:
• TBS = 24°C
• TBU = 21,4°C
• UR = 80 %
• h = 63 kJ/kg
• v = 0,862 m³/kg
• 𝜔 = 15,0 g/kg Desumidificador dessecante
Condição B:
• TBS = 34°C
• TBU = 21,8°C
• UR = 34 %
• h = 63 kJ/kg
• v = 0,886 m³/kg
• 𝜔 = 11,3 g/kg

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Processos Psicrométricos
Resfriamento evaporativo
Condição A:
• TBS = 31°C
• TBU = 20,8°C
• UR = 40 %
• h = 59,9 kJ/kg
• v = 0,877 m³/kg
• 𝜔 = 11,2 g/kg B
A
Condição B:
• TBS = 26°C
• TBU = 21°C
• UR = 64,2 %
• h = 60,7 kJ/kg
• v = 0,866 m³/kg
• 𝜔 = 13,6 g/kg

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Processos Psicrométricos
Resfriamento evaporativo
Condição A:
• TBS = 31°C
• TBU = 20,8°C
• UR = 40 %
• h = 59,9 kJ/kg
• v = 0,877 m³/kg
• 𝜔 = 11,2 g/kg Lavador de ar adiabático
Condição B:
• TBS = 26°C
• TBU = 21°C
• UR = 64,2 %
• h = 60,7 kJ/kg
• v = 0,866 m³/kg
• 𝜔 = 13,6 g/kg

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Processos Psicrométricos
Fator de calor sensível (Fcs)
Representa a relação entre o fluxo de calor sensível e o fluxo de calor total que será
removido ou adicionado ao ar durante um processo psicrométrico.

Lembrando que:

Para um processo de resfriamento com desumidificação num condicionador de ar, por


exemplo, o fator de calor sensível (Fcs) é representado na carta psicrométrica por uma reta
que passa pelos pontos referentes aos estados do ar de retorno (R) e insuflação (I).

A inclinação desta reta indica se o que está sendo removido ou adicionado ao ar é mais
calor sensível ou latente durante o processo.

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Processos Psicrométricos
Fator de calor sensível (Fcs)

Paralela

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Processos Psicrométricos
Fator de calor sensível (Fcs)

Paralela

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Processos Psicrométricos
Fator de calor sensível (Fcs)
Exemplo:
1. Ar entra na serpentina de um condicionador de ar a 28,5°C com 62% de umidade
relativa e o mesmo é resfriado e desumidificado até sua umidade relativa atingir 90%.
Os fluxos de calor sensível e latente removidos do ar durante este processo são iguais
a 42000 btu/h e 13000 btu/h, respectivamente. Com base na altitude barométrica de
92,6kPa, determine:
a) O fator de calor sensível e represente a linha correspondente ao processo.
b) O estado de saída do ar na insuflação do equipamento.
c) A vazão volumétrica de insuflação do equipamento.

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Processos Psicrométricos
Mistura adiabática de dois fluxos de ar úmido

A
Caixa de mistura
(volume de controle) C

B Superfície
de controle

Pela conservação de energia (1ª Lei):

Pela conservação de massa:


(ar seco) (vapor d’água)

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Processos Psicrométricos
Mistura de dois fluxos de ar úmido
Para massas de ar
Condição A: Condição C (mistura):
• TBS = 32°C • TBS = 26,3°C
• TBU = 25,6°C • TBU = 19,8°C A
• UR = 60 % • UR = 55 %
• h = 78,38 kJ/kg • h = 56,55 kJ/kg
• v = 0,889 m³/kg • v = 0,864 m³/kg
• 𝜔 = 18,03 g/kg • 𝜔 = 11,79 g/kg C

Condição B: B
• TBS = 24°C
• TBU = 17,1°C
• UR = 50 %
• h = 47,82 kJ/kg
• v = 0,854 m³/kg
• 𝜔 = 9,30 g/kg

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Processos Psicrométricos
Mistura de dois fluxos de ar úmido
Ar de retorno
Condição A: (ambientes)
• TBS = 32°C
• TBU = 25,6°C
• UR = 60 % Ar de mistura
• h = 78,38 kJ/kg
• v = 0,889 m³/kg
• 𝜔 = 18,03 g/kg

Condição B:
• TBS = 24°C
• TBU = 17,1°C
• UR = 50 % Ar externo
(renovação)
• h = 47,82 kJ/kg
• v = 0,854 m³/kg Módulo Damper (Fan coil)
• 𝜔 = 9,30 g/kg

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos


Conceitos básicos de calorimetria
Referências Bibliográficas
MORAN, Michael J. Introdução à engenharia de sistemas térmicos; termodinâmica, mecânica dos fluidos e
transferência de calor. Rio de Janeiro: LTC, 2005.

MORAN, Michael J.; SHAPIRO, Howard N. Princípios de termodinâmica para engenharia. 4. ed. Rio de
janeiro, LTC, 2002.

MOREIRA, Jose R Simões. Fundamentos e aplicações da psicrometria. São Paulo, RPA, 1999.

SONNTAG, Richard E.; WYLEN, Gordon J. Van. Fundamentos da termodinâmica clássica. 4. ed.. São Paulo:
Blücher, 1995. 591 p. Traduções da 4ª edição americana.

ÇENGEL, Yunus A.; BOLES, Michael A.. Termodinâmica. 7.ed. Porto Alegre: AMGH Editora, 2013.

ASHRAE, American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers. Handbook Fundamentals.
Atlanta, 2009.

Carga térmica aplicada a processos psicrométricos

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