ESCOLA SECUNDÁRIA DE PORTO DE MÓS

7º Ano – Língua Portuguesa

TESTE DE AVALIAÇÃO

Nome: _____________________________________ Nº.: _______ Turma: ________

Classificação: ________________________________________________________________________
Rubrica do Professor: ____________________
Assinatura do Encarregado de Educação: ______________________________________________

Ano letivo: 2011/2012 Professora: Sílvia Marques

 Este teste destina-se à avaliação dos teus conhecimentos nas competências de:
 Compreensão de leitura;
 Conhecimento explícito da língua;
 Expressão escrita.

 Esta prova é constituída por três grupos de resposta obrigatória.

 Lê atentamente todo o enunciado antes de iniciares a sua resolução.

 Todas as respostas deverão ser registadas no enunciado.

 Deves elaborar respostas completas, utilizando um vocabulário cuidado.

 Não é permitido o uso de corretor.

 Não são permitidas consultas.

17 de maio de 2012

1
 GRUPO I
A

Relembra a leitura integral do conto «Por um triz», realizada em aula.

1. Responde ao questionário, assinalando as afirmações como verdadeiras (V) ou falsas

(F).

1.1. O conto relata uma aventura vivida no mar.

1.2. O título do conto relaciona-se com o facto de as personagens quase terem sido presas.
1.3. Os adolescentes que protagonizam esta história fugiram num barco roubado.
1.3. O grupo de amigos é constituído pelo narrador, pelo seu irmão mais velho, uma amiga
da irmã e um vizinho.
1.5. O narrador, apesar de jovem, sabia pilotar um barco e conhecia os perigos do mar.
1.6. O narrador, com esta aventura, pretendia impressionar a amiga da irmã e provar que
era um bom piloto.

2. Corrige as afirmações que consideraste falsas, sem recurso à sua negação.

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Lê atentamente o seguinte excerto do conto «Por um triz» de Arthur Conan Doyle:

(…) Quando a tempestade desabou sobre

nós, tudo escureceu de tal maneira que mal
conseguíamos ver a ilha que estava defronte e

5
a linha escura da costa Bute. Voávamos sobre
as águas a uma velocidade tremenda,
varrendo a espuma das ondas fervilhantes
enquanto o vento uivava e rugia por entre a
nossa enxárcia1, como se todo o ar estivesse cheio de demónios apostados na nossa

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destruição. As duas raparigas agachavam-se, tremendo de pavor, no fundo do barco, enquanto
eu tratava de as consolar o melhor que podia, ao mesmo tempo que me esforçava por manter a
embarcação a favor do vento. À medida que a tarde avançava e nos íamos afastando da costa,
o temporal aumentou de violência. As grandes vagas escuras erguiam-se, altas como torres,
diante do nosso garcês2, de tal modo que quando pousávamos no cavado das ondas nada mais
víamos a não ser as escuras paredes líquidas por detrás e à frente de nós. Depois, lá
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trepávamos a encosta negra, até que, do cimo da vaga, avistávamos uma assustadora
paisagem de águas enraivecidas à nossa volta e depois mergulhávamos de novo, cada vez
mais fundo, no vale que de novo se cavava diante de nós. Só a extrema leveza e boa flutuação

1
enxárcia – conjunto de cabos que prendem o mastro à amurada.
2
garcês – Parte do mastro do navio onde se introduz a enxárcia real parte mais alta do mastro.
2
 do nosso barquinho o salvava da imediata destruição. Uma dúzia de vezes uma vaga
gigantesca se encapelou por cima da nossa cabeça como se fosse desabafar sobre nós, mas de
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cada vez o valente barquinho se ergueu triunfante sobre a crista, sacudindo-se depois de cada
colisão com a água, como se fosse um pássaro marítimo a espanejar as penas molhadas.
Nunca poderei esquecer o horror daquela noite! Quando a escuridão desceu sobre nós,
avistámos o vulto de um grande rochedo a poucos metros de distância e compreendemos que
íamos passar por Ailsa Craig. Num certo sentido, foi um alívio para nós saber que já nos ficara
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para trás, pois agora já não havia qualquer terra a recear, mas apenas a grande vastidão do mar
da Irlanda. Nos curtos intervalos em que a bruma levantava podíamos ver o brilho intermitente
dos faróis escoceses que se iluminavam atrás de nós. Durante o dia as vagas haviam sido
terríveis, mas agora eram ainda piores. Era melhor vê-las erguendo-se como torres à nossa
frente do que ouvi-las sibilar e agitar-se muito acima das nossas cabeças sem conseguirmos ver
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nada a não ser o brilho ocasional duma língua de espuma. (…)
Que longa e esgotante noite aquela! Com frio e com fome, a tremer de terror, abraçámo-
-nos os três uns aos outros, tentando ver através da escuridão e rezando como até então
nenhum de nós rezara. Durante todas aquelas compridas horas continuámos a rasgar as águas
com rumo ao sul e ao oeste, pois o vento soprava agora de nordeste. Quando a aurora começou
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a clarear, anunciando um dia cinzento e sombrio, avistámos a costa acidentada da Irlanda
alinhando-se a todo o comprimento do horizonte ocidental. E foi então, aos primeiros e ainda
fracos alvores da madrugada, que a grande desgraça nos aconteceu. (…)

Responde às questões apresentadas.

1. Seleciona a opção correta com uma cruz (X), de acordo com o texto que acabaste de ler:

1.1. Este segmento textual é predominantemente…

(A) descritivo.
(B) narrativo.
(C) dialogal.

1.2. Este momento em que os jovens correm risco de vida corresponde a…

(A) uma situação inicial de equilíbrio na ação.
(B) uma situação de reposição do equilíbrio na ação.
(C) uma situação de desequilíbrio no desenvolvimento da ação.

1.3. Quanto à presença na ação narrada, o narrador do texto…

(A) é participante, pois intervém nos acontecimentos.
(B) é subjetivo, pois apresenta opiniões sobre o decorrer dos acontecimentos.
(C) é omnisciente, pois conhece todos os pensamentos e emoções das personagens.

1.4. No parágrafo final, a passagem textual «(…) abraçámo-nos os três uns aos outros, (…)
rezando como até então nenhum de nós rezara.» corresponde a um exemplo de…
(A) caracterização física indireta das personagens.
(B) caracterização psicológica indireta das personagens.
3
 (C) caracterização social direta das personagens.

1.5. Este momento da ação…

(A) decorre predominantemente num tempo diurno, antecipando um desfecho feliz.
(B) decorre predominantemente num tempo noturno, antecipando um desfecho trágico.
(C) decorre predominantemente num tempo indefinido, antecipando um desfecho
fantasioso.

1.6. Na expressão «(…) o valente barquinho se ergueu triunfante sobre a crista (…) como se
fosse um pássaro marítimo a espanejar as penas molhadas» está presente…
(A) uma antítese.
(B) uma comparação.
(C) uma metáfora.

2. Indica o momento da ação em que se integra o excerto transcrito (Introdução / Desenvolvimento / Conclusão).
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3. Caracteriza o espaço em que decorre a ação, ilustrando a tua resposta com três nomes, três
verbos e três adjetivos do texto que comprovem a violência do mar.
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4. Indica as personagens intervenientes neste texto.

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4.1. Classifica-as quanto ao relevo.

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______________________________________________________________________________

4.2. Caracteriza, psicologicamente, os jovens que protagonizam esta aventura (Indica, no

mínimo, duas características psicológicas para cada uma das personagens, empregando adjetivos qualificativos).
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4
______________________________________________________________________________
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5. Exemplifica a presença do narrador na ação, transcrevendo uma passagem textual.

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6. Copia uma expressão do texto que permita localizar a ação narrada no tempo.
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7. Explica o sentido do seguinte fragmento: «Que longa e esgotante noite aquela! (…) Durante
todas aquelas compridas horas (…)».
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______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

7.1. Assinala a opção correta:

Este exemplo refere-se a um tempo cronológico, objetivo.
Este exemplo refere-se a um tempo psicológico, subjetivo.

8. Identifica a figura de estilo presente no seguinte momento do texto: «(…) trepávamos a

encosta negra (…) e depois mergulhávamos de novo (…)», observando que esta se baseia no
contraste entre a ideia de «alto» e «baixo».
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8.1. Explica o seu valor expressivo.

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______________________________________________________________________________

9. Transforma a comparação presente na frase «As grandes vagas escuras erguiam-se, altas
como torres (…)» numa metáfora.
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10. Indica a figura de estilo presente na expressão: «(…) paisagem de águas enraivecidas
(…)».
______________________________________________________________________________
C
Leia atentamente o texto que se segue.

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 1. Assinala a opção que completa, de forma coesa e coerente, as lacunas assinaladas.

1
guarnição – conjunto de tropas;
2
lacrado – selado.

6
 1. As afirmações apresentadas de (A) a (G) referem-se a acontecimentos relativos à viagem
que culminou com o naufrágio da «nau da prata».
1.1. Ordena a sequência de letras de modo a reconstituir a ordem cronológica desses
acontecimentos, do mais antigo ao mais recente. Começa pela letra (F).

GRUPO II
1. Indica a classe e a subclasse a que pertencem as palavras destacadas, retiradas do Texto C.
(A) «nossa frente»: ________________________________________________________

(B) «está aqui»: __________________________________________________________

(C) «o ouro»: ____________________________________________________________

(D) «embarcações naufragadas»: ____________________________________________

2. Completa o quadro referente às seguintes formas verbais:

INFINITIVO
FORMA VERBAL PESSOA NÚMERO TEMPO MODO
IMPESSOAL
(A) «testemunhou»
(B) «multiplicam-se»
(C) «estavam»
(D) achassem

3. Constrói uma frase em que empregues formas verbais nos seguintes tempos e modos:

3.1. pretérito perfeito / pretérito imperfeito / pretérito mais que perfeito do indicativo.
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3.2. pretérito imperfeito do conjuntivo / condicional.

__________________________________________________________________________________
4. Identifica as funções sintáticas desempenhadas pelos constituintes assinalados nas frases.
4.1. «diz o arqueólogo»._______________________________________________________
4.2. «Sou bom»._____________________________________________________________
7
 5. Identifica a conjunção ou locução conjuncional presente em cada uma das frases.

(A) «Quando a escuridão desceu sobre nós, avistámos o vulto (…)».

(B) «Durante todas aquelas compridas horas continuámos a rasgar as águas (…)».

(C) A nossa costa é rica em tesouros, dado que se registaram inúmeros naufrágios.

6. Seleciona a resposta correta.

6.1. A conjunção utilizada na frase a. exprime uma ideia de:
(A)  alternância;
(B)  tempo;
(C)  oposição.
(D)  causa.
6.2. A locução conjuncional utilizada na frase c. exprime uma ideia de:
(A)  alternância;
(B)  tempo;
(C)  oposição.
(D)  causa.
7. Classifica a oração subordinada sublinhada na frase c..
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8. Transforma as frases simples abaixo apresentadas numa frase complexa, ligando-as com uma
conjunção ou locução conjuncional com o sentido indicado entre parênteses.
8.1. Os jovens eram aventureiros. Os jovens temeram perder a vida. (oposição/contraste)
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9. Indica a relação existente as palavras sublinhadas nas frases seguintes:

9.1. As vagas engoliam o barco. / Não há vagas na empresa._________________________
9.2. Ele imergiu nas águas. Das profundezas, emergiu uma luz. _______________________

10. Apresenta três hipónimos do hiperónimo «embarcação».

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11. Apresenta cinco palavras do campo lexical de «mar».
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12. Escreve uma frase em que utilizes:
12.1. A palavra «tesouro» em sentido denotativo.
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GRUPO III

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 Escreve um texto narrativo, correto e bem estruturado, com o título «Por um
triz», em que narres uma aventura, cumprindo as seguintes orientações:
.ESPAÇO: gruta;
.TEMPO: no verão passado;
. PERSONAGENS SECUNDÁRIAS: dois amigos;
. NARRADOR: participante;
. AÇÃO PRINCIPAL: desabamento de terras;
. FIGURAS DE ESTILO OBRIGATÓRIAS: comparação; antítese e personificação.
. NÚMERO MÍNIMO DE PALAVRAS: 140.

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FIM