E-BOOK

Infidelidade
e Ciúme
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Instituto do Casal

O QUE FAZEMOS
O Instituto do Casal (IC) é uma organização
que se dedica às práticas, estudos, pesquisas,
educação e disseminação de informações
relevantes sobre relacionamentos e
sexualidade humana.

Disponibilizamos recursos e suporte para casais e indivíduos que buscam

autoconhecimento e psicoterapia, supervisão para os profissionais na prática
terapêutica em seus consultórios e elementos para discussão, ampliação e
aprofundamento dos temas relacionados à qualidade dos relacionamentos
afetivos e sexuais.

Nossos objetivos:
• Promoção do autoconhecimento, do diálogo e da intimidade do casal
• Fortalecimento e ampliação da qualidade das relações em geral
• Suporte a profissionais por meio de supervisão e cursos

IC NAS REDES SOCIAIS

www.institutodocasal.com.br
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Quem somos
O IC foi fundado pelas psicólogas Denise Miranda
de Figueiredo (CRP 06/44724) e Marina Simas
de Lima (CRP 06/44524), ambas com mais de 25
anos de experiência em sexualidade humana e
psicoterapias de casal, de família e individual.

DENISE MIRANDA
DE FIGUEIREDO
Doutora em Psicologia Clínica, mestre em Psicologia
Social e especialista em terapia de casal e família pela
Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP); especialista em
psicodrama e sociodrama e formada em Dessensibilização
e reprocessamento por meio do movimento ocular (EMDR).

MARINA SIMAS DE LIMA

Doutoranda e mestre em Psicologia Clínica; especialista pelo
CRP em psicologia clínica e em psicologia organizacional;
especialista em sexualidade humana e especialista em terapia
de casal e família; certificada internacionalmente em práticas
colaborativas e dialógicas e formanda em Dessensibilização e
reprocessamento por meio do movimento ocular (EMDR).
Este e-book se propõe a iniciar
uma reflexão sobre o fenômeno
da infidelidade e do ciúme à luz
da terapia sistêmica.

Um fenômeno permanece inexplicável enquanto

não ampliarmos o âmbito de observação para
incluir o contexto onde ele ocorre.

WATZLAWISK (1967)
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Infidelidade
Inspiradas nessa frase e embasadas na teoria sistêmica, olhamos para
o fenômeno da infidelidade e do ciúme de forma processual, relacional
e contextual, ou seja, a ênfase se dá no processo e não na essência, no
contexto e nas relações inter e intrassistêmicas.

Quando um casal nos procura aqui Nós, terapeutas de casal,

no Instituto do Casal em função
de traição e/ou ciúme, partimos da
ideia de que ele está em sofrimento.
Independentemente do que tenha
acontecido, ele nos apresentará
um sistema vivo que opera de
acordo com alguns princípios,
como homeostase, morfogênese,
não somatividade, feedback e
causalidade circular.
compreendemos a infidelidade
como um fenômeno relacional e
complexo, que constitui aspectos
pessoais, relacionais, situacionais
e intergeracionais. Para entender
por que as pessoas traem,
não pensamos a infidelidade
como causa e efeito de um
modo simplista, e sim de forma
sistêmica e integrada.
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A infidelidade aqui é compreendida como algo complexo

e está ligada à quebra de confiança entre duas pessoas
ou ao rompimento de um contrato preestabelecido.
A entrada de uma terceira pessoa na relação do casal
divide a atenção dos pares, rompe com combinados,
transformando parcerias em triangulações.

Em nosso país, o padrão dominante Já a poligamia constitui a possibilidade

de relacionamento entre casais
é a monogamia, uma forma de
relacionamento que pressupõe relações
de exclusividade afetiva e sexual entre
parceiros. É importante ressaltar que o
conceito de traição varia de acordo com
a cultura e existem nuances e diferenças
que devem ser consideradas quando
abordamos esse assunto.
de um indivíduo se relacionar afetiva e
sexualmente com mais de uma pessoa
ao mesmo tempo, de forma autorizada,
consensada e legal, sendo vivenciada mais
frequentemente em outros países, como
Arábia Saudita. No Brasil, percebemos
um aumento de diferentes formatos nas
relações, por exemplo, relações abertas,
poliamor, trisal e quadrisal.
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É interessante observar que

em nossa cultura somos
apresentados a mitos em
relação a comportamentos
infiéis, como:

Só se trai quando não se ama mais.

Só se trai quando falta alguma

coisa importante na relação.

Só se trai quando se está

infeliz no casamento.

Esses mitos, muitas vezes, aparecem

nos processos terapêuticos sendo
material importante na jornada rumo
ao conhecimento do casal sobre ele
mesmo e a própria relação.

O fato é que o comportamento infiel pode

ser uma escolha, mesmo a pessoa se
considerando feliz na relação e consigo mesma.
Esse comportamento pode não ser planejado,
ou pensado, desejado ou até mesmo vivido
como uma oportunidade inesperada, nesses
casos, o impulso vence a norma e a regra
estabelecida entre o casal. Emoção e razão são
uma equação presente em todo momento da
vida, e isso pode gerar conflito, desconforto e
sensação de confusão, dependendo dos valores
que constituem a vida da pessoa, dos modelos
familiares intergeracionais e da própria relação.
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De acordo com uma pesquisa realizada em 2018 por Patrícia Scheeren,

doutora em psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS), as razões que levam à traição são as mais variadas, mas se
percebe um ponto em comum entre os estudos.

A pesquisa aponta para

fatores relacionados a:
Insatisfação com o relacionamento conjugal e/ou
com o(a) parceiro(a) ou busca de amor romântico;

Aspectos relacionados à sexualidade, como busca de novas

experiências sexuais ou insatisfação sexual com o(a) parceiro(a);

Busca de liberdade e quebra da rotina;

Infidelidade como uma resposta à traição sofrida;

e oportunidade ou um contexto propício à traição.
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A insatisfação foi o motivo mais

apontado pelos participantes como
justificativa para infidelidade, seguido
por negligência do(a) parceiro(a) e raiva.
Os resultados também mostraram que
mulheres eram mais motivadas por
questões emocionais (insatisfação,
negligência e raiva) enquanto os
homens pela motivação sexual.
Patrícia Scheeren, doutora em psicologia pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
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A mudança do papel das

mulheres em nossa sociedade,
em consequência da
revolução sexual, da liberação
feminina, do surgimento dos
métodos contraceptivos,
trouxe a possibilidade de elas
fazerem as próprias escolhas,
e isso inclui decidir como vão
viver seus relacionamentos
afetivos e sexuais.

Essas mudanças sociais impactam

as relações afetivas e sexuais,
ampliando as possibilidades de
as pessoas viverem suas relações
com mais autonomia, mais clareza
de seus direitos e desejos, e mais
liberdade, mesmo com todas essas
mudanças. O que percebemos, em
nossos estudos e pesquisas, é que
ainda hoje, em pleno século XXI, a
sociedade tende a penalizar mais a
infidelidade feminina. O perdão das
mulheres para um comportamento
infiel ainda é mais facilmente
alcançado do que o perdão dos
homens quando são atingidos
por uma traição devido à falta de
autonomia financeira, ao medo da
solidão, à manutenção de um
status social.
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Em nossa sociedade contemporânea, e

com algumas mudanças em curso, trair
ou não tem sido visto como uma questão
de escolha, fenômeno constituído em um
sistema que pressupõe uma história, valores,
impulso, desejos que em algumas situações
não são negociados e se sobrepõem aos
acordos preestabelecidos, sendo isto
entendido como o comportamento infiel.

Uma das grandes mudanças que estamos

vivendo são as interações com a tecnologia,
chamamos aqui de Amor nos tempos da
web, e trazemos uma reflexão.
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Participar
de sites ou
aplicativos
de paquera
é traição
ou não?
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A internet facilitou o encontro e a comunicação mais rápida e eficiente

entre pessoas que buscam se relacionar. Hoje em dia, existem sites de
relacionamento exclusivos para indivíduos casados que querem trair – e vale
considerar que grande parcela de usuários cadastrados é de brasileiros.

Vivemos em um novo tempo no Entendemos que cada um tem seu

que se refere às relações pós- próprio conceito de infidelidade.
contemporâneas. Depois da Para algumas pessoas, um olhar já
invenção das redes sociais e de pode significar uma traição e para
aplicativos de relacionamento, o outras é preciso ter contato íntimo
jeito de se relacionar assume novas ou envolvimento afetivo para se
possibilidades. Portanto, os casais considerarem traídas.
precisam encontrar diferentes
maneiras de lidar com o inédito
e definir com clareza os limites e
os combinados que querem viver
buscando construir relações com
qualidade para ambos.
 O problema não é a tecnologia,
mas sim a maneira como as
pessoas se comportam, seja
no mundo virtual ou não.
Nós, terapeutas do IC, destacamos os pontos abaixo como reflexão
para os casais em relação ao tema Amor nos tempos de web e
compartilhamos com vocês:
Diga a verdade:
o casal deve ser transparente
quanto à participação nas
redes sociais, seja ela qual
for. Lembre-se de que
mentira tem perna curta, e
curtíssima quando se trata
do mundo digital.
Tenha mais empatia:
o ideal é se colocar no lugar
do outro. Isso quer dizer que
antes de sair criando perfis
em sites de relacionamento,
pergunte se você gostaria
de descobrir que seu (sua)
parceiro (a) também tem um.
Como você se sentiria?
Estabeleça regras:
o casal precisa criar suas
regras e conversar sobre
a traição, assim como
estabelecer os limites e
entender o que é considerado
infidelidade e o que não é.
As redes sociais não
são o problema:
não importa qual é a rede social
usada para procurar um crush
ou um caso extraconjugal, o
fato é que se o relacionamento
não está bom, não adianta
excluir o perfil, pois isso não
vai resolver os conflitos. O que
resolve é se sentar e conversar
abertamente sobre o que precisa
ser melhorado para que ambos
se sintam felizes e satisfeitos.

Nossa sociedade ainda é pautada
sobre a ideia de amor romântico
eterno e sem grandes dificuldades.
No IC, ajudamos os casais a
compreenderem que sendo um casal
estão passíveis à questão da traição,
e se ela acontece temos de partir
do princípio que não dá para voltar
atrás. A partir daí, uma nova relação
precisará ser construída, e o ideal
é que o casal consiga superar de
uma maneira saudável, fortalecendo
vínculos, ampliando e melhorando o
diálogo e focando em novos projetos
conjuntamente. Não há fórmula
mágica, mas existem maneiras de
amenizar e seguir em frente.
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A descoberta da infidelidade é,
geralmente, difícil, dolorida, podendo
ser quase trágica. Sendo um fenômeno
complicado para ambos, para todo o
sistema, tanto para quem traiu como
para quem foi traído. Durante essa
descoberta, a relação pode passar por
uma crise que gera ansiedade, angústia,
medo, perda de controle, rejeição,
baixa autoestima, medo do abandono,
estresse, insegurança, desconstrução
de projetos futuros, distúrbio do sono,
depressão... Mesmo com todos esses
sintomas difíceis de serem vividos,
pode surgir também a oportunidade de
olharem para essa relação e buscarem
compreendê-la, resgatá-la, se for a
intenção do casal, fazer as reparações
necessárias e, quem sabe, recombinar
o novo jeito de se relacionarem.
Nós, do Instituto do Casal,
compreendemos a terapia como
ferramenta de promoção de saúde
emocional para os casais. A decisão
sobre se permanecerão juntos com
novos acordos ou enfrentarão um
rompimento será exclusivamente
do casal. Pela nossa experiência,
percebemos que boa parte dos
cônjuges optam por ressignificar
a relação e enxergar a infidelidade
como uma crise e ruptura do jeito
que se relacionavam que já não
funcionava satisfatoriamente e
se torna o ponto de virada para
explorarem outras possibilidades
de viverem a relação, uma nova
possibilidade de reescrever suas
histórias. Na terapia, muitas vezes,
esses casais conseguem elaborar
e perdoar, buscando qualidade e
boa convivência para fortalecer a
relação. O perdão é algo importante
para a saúde mental quando existe
infidelidade. Para quem opta pela
separação, nós, terapeutas do
Instituto do Casal, ocupamos
um lugar de mediadores para que
essa decisão seja vivida da maneira
mais racional e amigável possível.
No processo terapêutico, nosso
objetivo é construir um espaço
para que o casal possa revisitar
sua história e se corresponsabilizar
pela forma como se encontra.
A partir disso, tomar a decisão
em como prosseguir: separados
ou juntos, estabelecendo novos
acordos nessa jornada singular de
suas relações.
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Nós, do INSTITUTO DO
CASAL, acreditamos que a
decisão de perdoar e superar a
traição em um relacionamento
depende exclusivamente dos
envolvidos na relação!

Elencamos alguns pontos
para lidar com a traição:
• Escutar a si mesmo e
mapear seus sentimentos.
• Lembre-se de que perdoar
é uma escolha.
• Peça ajuda a pessoas que
não estão tão envolvidas na
relação do casal.
• Não tome atitudes
precipitadas pela emoção.
• Entenda que a sua relação
pode ser muito mais do que
aquela traição.
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• Valorize os momentos
positivos e de cumplicidade
que vivenciaram nessa relação.
• Possíveis erros ou dificuldades
podem gerar aprendizados.
• As crises são inerentes
às relações humanas.
• Terapia de casal é um recurso
apropriado para criar outros
significados às crises e transformá-
las em oportunidades de mudança.
• Busque oportunidades de
enxergar mudanças um no outro.
 Ciúme
Ciúme é uma reação complexa
que pode manifestar sentimentos
de tristeza, raiva, insegurança,
medo por imaginar que seu/sua
parceiro/a pode se relacionar
com outro/a, de maneira real
ou imaginária.
Quando algo na relação não está
funcionando bem ou de acordo
com as expectativas de uma das
partes do casal, o ciúme pode
despertar um comportamento
de estado de alerta fruto de
sentimentos de ameaça, de perda
e de sensação de desvantagem.
O ciúme pode ter significados
diferentes para cada pessoa. Para
algumas, pode representar falta de
confiança, para outras, representar
cuidado um pelo outro. Em alguns
casos, pode aumentar a libido ou,
contrariamente, produzir raiva e
afastamento. O mais importante
é compreender a relevância dele
para a relação, se está baseado
em fatos reais e se sua função é
positiva, gerando aproximação do
casal e reconexão; ou negativa,
acarretando afastamento, repulsa
e destruição.
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A dúvida e a necessidade de
controlar o outro são características
frequentes tanto no ciúme como no
ciúme patológico.

Há quem diga que o ciúme é

necessário para os relacionamentos,
já que é uma maneira de demonstrar
preocupação e interesse pelo
outro. No entanto, pode ser difícil
dosar esse sentimento de forma tão
equilibrada. Portanto, até que ponto
ele é normal e em que momento se
torna patológico?

O ciúme patológico é visto pela

Psiquiatria como um transtorno
delirante denominado Síndrome de
Otelo. O nome dessa síndrome tem
origem no personagem principal da
novela Otelo: O Mouro de Veneza,
de Shakespeare.

Ciúme
patológico
é sempre ruim
Quem apresenta o ciúme
patológico quer ter absoluto
controle sobre o outro. Há
emoções e pensamentos
irracionais, assim como
comportamentos inaceitáveis.
O medo de perder o/a
parceiro/a é constante,
assim como a desconfiança
excessiva. Isso tudo gera
prejuízos consideráveis em
todos os aspectos da vida
individual e a dois.
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Além do desejo de controle total sobre
o outro, o ciumento patológico se
preocupa com os relacionamentos
anteriores, tem pensamentos obsessivos
e fica remoendo pensamentos e
sentimentos o tempo todo. E o ciúme
não vem sozinho: surgem vários
sentimentos ao mesmo tempo, como
ansiedade, tristeza, raiva, vergonha,
culpa e insegurança. O ciumento
patológico é uma bomba-relógio prestes
a explodir e vivencia o amor de uma
maneira totalmente distorcida.
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comportamentos que
podem representar o ciúme
patológico e nos possibilitam
a ajudar nossos casais a
identificarem essa diferença.

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Controle total
O ciumento patológico
controla a roupa,
determina quais os
lugares que podem
ser frequentados, com
Afastamento social
Proíbe o/a parceiro/a de
frequentar lugares sozinho/a
e afasta quem pode ameaçar
o relacionamento, como
amigos e familiares.

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quem pode falar etc.

Efeito surpresa Agressão física

Faz aparições repentinas
e inesperadas no
trabalho, na faculdade/
escola, na academia etc.
A ideia é “pegar” o outro
e verbal
Em um último estágio,
o ciumento patológico
pode chegar a agredir
o/a parceiro/a, tanto

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em flagrante. física, como verbalmente.

Acesso irrestrito
Por exigência e insistência,
tem acesso a todas as
senhas, acessa mensagens,
celular, checa e-mails, vê o
histórico de ligações etc.

Quando é hora
de procurar ajuda
Em uma relação na qual
o ciúme patológico está
instalado, e que ciclos viciosos
de violência e desrespeito aos
limites da individualidade se
fazem presentes, é fundamental
que esse casal busque uma
terceira pessoa para ajudá-lo na
construção de um novo padrão.
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O ciúme patológico dificulta a construção
de um espaço de confiança em que o
diálogo franco e o estabelecimento de
limites sejam possíveis.
Portanto, as terapias individuais, casal ou
grupo, são ferramentas que auxiliam as
pessoas envolvidas no relacionamento
romântico a conhecer e entender a
relação, a fim de resolver alguns conflitos
em um ambiente seguro pautado pela
ética, pelo respeito e pela confiança.
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Quando a
infidelidade
e o ciúme se
entrelaçam
A infidelidade tende a aumentar o
ciúme e a necessidade de controle
do(a) parceiro(a). No entanto,
percebemos que algumas pessoas,
independentemente de terem vivido a
experiência da traição, e em função de
suas histórias de vida, trazem o ciúme
como protagonista em suas relações.
O ciúme pode ser paradoxal na
relação de casal se apresentando
como protetor, sendo entendido
como expressão de cuidado e
amor. Pode também se apresentar
com uma função retaliadora em
casos em que a infidelidade ou a
ideia dela estão presentes.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

SCHEEREN, Patrícia; APELLANIZ, Iñigo A.M.; WAGNER, Adriana. Infidelidad Conyugal: La

Experiencia de Hombres y Mujeres. Trends Psychol, [S. l.], p. 355-369, 1 mar. 2018. Disponível em:
https://www.scielo.br/pdf/tpsy/v26n1/2358-1883-tpsy-26-01-0355.pdf. Acesso em: 1 nov. 2020.

WATZLAWICK, Paul; JANET, Beavin B.; JACKSON, Don. Pragmatics Of Human Communication.
[S. l.]: W W Norton, 2011. 304 páginas p. ISBN 978-0393707076.

FIGUEIREDO, Denise; SIMAS, Marina. Textos publicados no blog. Disponível em:

https://www.institutodocasal.com.br/imprensa/.Acesso em: 1 nov. 2020.
 Acreditamos aqui no IC que a
construção ou a reconstrução
da confiança em um processo
requer seu próprio tempo e a
disponibilidade dos envolvidos.

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