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METEOROLOGIA

UMIDADE ATMOSFÉRICA

Prof. Nelson Marques


E-mail: nelson.filho@anhembimorumbi.edu.br
UMIDADE

Umidade Atmosférica - É o teor de vapor


d’água presente na atmosfera.
Principais Fontes de Umidades

Oceanos Pântanos Lagos

Vegetação Solo Úmido


Formas de Mensuração da Umidade

a) Cálculo da umidade absoluta

b) Cálculo da umidade relativa.


Umidade Absoluta

 É a quantidade, em gramas, de vapor


d’água por unidade de volume (m3), de ar.

 Concentração de vapor de água no ar.


 O máximo de vapor d’água que o ar pode
conter (capacidade) é 4% de seu volume
(significando ar saturado com 100% de
Umidade Relativa).

 É proporcional à temperatura:

Quanto maior a temperatura, maior o


conteúdo de umidade que uma parcela de ar
poderá conter.
Mensuração da Umidade Absoluta

1) Condensa-se toda a água de um metro


cúbico de ar em um vasilhame.

2) O vasilhame conterá toda a umidade


absoluta dessa porção de ar (um metro
cúbico)

3) A quantidade de água condensada é


pesada quantificando a umidade absoluta.
VALORES DE CONTEÚDO DE UMIDADE NO PONTO DE
SATURAÇÃO PARA VÁRIAS TEMPERATURAS
Temperatura (ºC) Conteúdo de umidade (g/m³)
-15 1,6
-10 2,3
-5 3,4
0 4,8
10 9,4
15 12,8
20 17,3
25 22,9
30 30,3
35 39,6
40 50,6
Fonte: Ayoade, J.O., 1986, p. 144
 O ar úmido é mais leve que o ar seco, pois
as moléculas de vapor d’ água são mais
leves que as moléculas de nitrogênio e
oxigênio.

PESO MOLECULAR

Oxigênio 32
Nitrogênio 28
Vapor de Água 18

5
O peso de uma molécula de vapor de água é = , ou
8
seja, (0,625) do peso de uma molécula de ar seco.
Umidade Relativa

 Indica a concentração de vapor d’água na


atmosfera.
 É a relação entre a quantidade de vapor
d’água existente no ar e o que poderia conter
até ocorrer saturação (4%).

 Condições: em mesma temperatura e


pressão.
Excedente do Vapor de Água

 Condensa - volta ao estado líquido sob a


forma de gotículas - nevoeiros ou nuvens.

Em suspensão Precipitação
Mensuração da Umidade Relativa

 Mede-se a com:

a) Higrômetro (diretamente)

b) Psicrômetro (por intermédio de tabelas)

Exemplo: 1% de vapor d´água = 25% UR


Higrômetro
Psicrômetro

 Extrai:

a) temperatura do ar;

b) temperatura do bulbo úmido*

*Temperatura do ponto de orvalho (É a


temperatura até a qual o ar precisa resfriar-se
para que o teor de umidade atinja a saturação)
é umidade relativa do ar.
Psicrômetro
Boletim METAR
 A diferença entre a temperatura do ar e a
temperatura do ponto de orvalho indica maior ou
menor umidade relativa do ar.

Temperatura do ar
Temperatura do ponto de orvalho

METAR SBGL 022200Z 12010KT CAVOK 25/15 Q1015=


CICLO HIDROLÓGICO

1) “Inicia-se” com a evaporação das superfícies


líquidas.
2) Evaporação média anual dos oceanos
aproximadamente 1.400 mm.
3) Cerca de 20% desse volume é transferido para os
continentes - provocar precipitação.
4) O processo é 10 vezes mais intenso nas latitudes
intertropicais em relação às médias e altas.
5) No hemisfério sul - 4/5 de superfície ocupada por
oceanos.
Figura 16. Ciclo hidrológico
Fonte: http://sustentavel-habilidade.blogspot.com/
Estado Físico da Água

 Na atmosfera, dentro do Ciclo hidrológico,


ocorrem várias mudanças de estado físico da
água:
a) Sublimação;
b) Condensação;
c) Solidificação;
d) Evaporação;
e) Fusão.
Sublimação

 Vapor – Sólido (vapor d’água para cristais de


gelo) ou sólido-vapor (cristais de gelo para
vapor d’água).
 Formação de nuvens cirrus, geada.
Condensação

 Estado gasoso – estado líquido (vapor d’água


para gotículas).
 Formação nuvens e nevoeiros.
Solidificação

 Congelação – estado líquido – estado sólido.


Evaporação

 Estado líquido – estado de vapor

a) Evaporação – natural (lagos e oceanos)

b) Ebulição (artificial)
Fusão

 Estado sólido – estado líquido

 Derretimento de neve ou granizo.


HIDROMETEOROS
 São fenômenos meteorológicos;
 Formação: Agregação de moléculas de vapor
d´água em torno de núcleos de condensação ou
higroscópicos.
 Processo de Formação: condensação ou
sublimação.
 Podem ser:
a) Depositados;
b) Suspensos;
c) Precipitados.
a) Depositados

a.1) Orvalho;

a.2) Geada;

a.3) Escarcha.
a) Depositados – a.1) Orvalho

 Condensação de vapor d´água sobre superfície


mais fria.
a) Depositados – a.2) Geada

 Sublimação do vapor com temperatura por volta de


0°C.
 Ocorrem em superfície, particularmente em noites
claras de inverno, devido à perda radiativa, em
ondas longas, do calor do solo para o espaço.

Estrela – Rio Grande do Sul – Brasil


Fonte: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/vc-no-g1-rs/noticia/2012/06/geada-
muda-paisagens-e-frio-congela-ate-acude-em-estrela-rs.html
 Podem se formar tanto no solo quanto em voo;
 Fina camada, aderindo aos bordos de ataque,
pára-brisa e janelas dos aviões.
 Aeronave desce de uma camada superesfriada
para uma camada úmida e mais quente, poderá
haver a formação de um gelo leve, macio e
pouco aderente, removível pelos métodos
tradicionais.
 Redução momentânea da visibilidade devido à
sublimação no pára-brisa, devendo esse gelo
ser removido com o uso dos próprios
limpadores.
a) Depositados – a.3) Escarcha

 Sublimação do vapor d´água em superfícies


verticais como árvores.
b) Suspensos

b.1) Nuvens;

b.2) Nevoeiro;

b.3) Névoa úmida.


b) Suspensos – b.1) Nuvens

 Gotas d´água ou cristais de gelo, de acordo com


a altura em que se formam.
b) Suspensos – b.2) Nevoeiro

 Gotas d´água ou cristais de gelo;


 Restrição da visibilidade horizontal a menos
de 1000 metros;
 Elevados valores de umidade relativa do ar
próximos a 100%;

 Riscos às operações aéreas.


b) Suspensos – b.3) Nevoa Úmida

 Gotas de água com UR >= 80%

 Visibilidade horizontal >= 1000 metros e até


5000 (nos boletins METAR)

METAR: SBGR 272200Z 18015G25KT 1000


R09/1000N R27/1200D +RA BKN012 OVC070
19/19 Q1012 RETS WS LDG R27=
c) Precipitados

 Caracterizam-se:

 Tipo (chuva, chuvisco, neve, granizo


e saraiva)

 Intensidade (leve, moderada ou


forte)

 Caráter (intermitente, contínua ou


pancadas).
c) Precipitados - Tipo

c.1) Chuva;

c.2) Chuvisco;

c.3) Neve;

c.4) Granizo;

c.5) Saraiva.
c) Precipitados – Tipo - c.1) Chuva

 Gotículas d´água que caem das nuvens;

 Diâmetros >= 0,5 mm.


c) Precipitados – Tipo - c.2) Chuvisco

 Gotículas d´água que precipitam das nuvens


baixas (stratus).
 Podem reduzir a visibilidade horizontal;
 Gotículas com diâmetros < 0,5 mm
c) Precipitados – Tipo - c.3) Neve

 Precipitação sob a forma de flocos de gelo com


temperaturas próximas a 0°C.
c) Precipitados – Tipo - c.4) Granizo

 Precipitação sob a forma de grãos de gelo com


diâmetros < 5 mm.

 Provenientes de cumulonimbus
c) Precipitados – Tipo - c.5) Saraiva

 Saraiva – precipitação de grãos de gelo


 >= 5 mm (CB).
 Provenientes de cumulonimbus
LITOMETEOROS
 Fenômenos meteorológicos;
 Ocorre com a agregação de partículas sólidas
suspensas na atmosfera;
 UR < 80 %;
 Névoa seca – partículas sólidas (poluição) que
restringem a visibilidade entre 1000 e 5000
metros (METAR)

METAR: SBGR 272200Z 18015G25KT 2000


R09/1000N R27/1200D HZ BKN012 OVC070
19/19 Q1012 RETS WS LDG R27=
 Poeira – partículas de terra em suspensão.

 Fumaça – partículas oriundas de queimadas –


distingue-se pelo odor.
 Nas regiões centro-oeste e norte do país, névoa
seca e fumaça são ocasionados pelas
queimadas e devido à baixa umidade do ar.

 Levam à reduções críticas de visibilidade.

 Aeródromos situados nessas regiões podem


apresentar restrições às operações aéreas por
dias consecutivos.
Fim do Capítulo !

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