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AMBIENTE PROTEGIDO
Prof. Dr. Fernando da Silva Barbosa
fernando.barbosa@ifsuldeminas.edu.br
Nuvem
Chuva
Importância...
➢ Determina o tipo de vegetação natural de uma
região;
➢ Determina o tipo de exploração agrícola:
➢ Produção máxima (Potencial agrícola)
➢ Manejo (Irrigado)
➢ Práticas culturais (Aplicação de defensivos)
Processos de formação de nuvens
Para que ocorra condensação do vapor d’água na
atmosfera é necessário:
➢ Presença de núcleos de condensação (NaCl)
➢ Condições da atmosfera tendendo a saturação pelo
aumento da pressão de vapor d’água.
Gradiente térmico
Г (letra cirílica Ghe)
Z (m)
Inversão Térmica
Fluxo normal
Temp
Processos de formação da Chuva
A condensação forma elementos de nuvens, mas para
formação dos elementos de precipitação é necessária a
coalescência dos elementos de nuvens.
Elementos de nuvens
NaCl
Gotícula
Núcleos
higroscópicos
Vapor
Força de flutuação
térmica
Processos de formação da Chuva
A condensação forma elementos de nuvens, mas para
formação dos elementos de precipitação é necessária a
coalescência dos elementos de nuvens.
Força da gravidade
Tipos de Chuva
Chuvas Frontais:
Originada do encontro de massas de ar com diferentes
características de temperatura e umidade. Nesse processo ocorre a
“convecção forçada”, com a massa de ar quente e úmida se
sobrepondo à massa fria e seca. Com a massa de ar quente e úmida
se elevando, ocorre o processo de resfriamento adiabático, com
condensação e posterior precipitação.
Chuva frontal de chegada de uma frente fria Chuva frontal de chegada de uma frente quente
Tipos de Chuva
Chuvas Convectivas (Chuvas de Verão):
Originada do processo de convecção livre, em que ocorre
resfriamento adiabático, formando-se nuvens de grande
desenvolvimento vertical.
➢ Distribuição: localizada
➢ Intensidade: moderada a forte
➢ Predominância: período da tarde/início da noite
➢ Duração: curta a média (minutos a horas)
Tipos de Chuva
104,6
100
Precipitação (mm)
80
60,6
60
40 34,6
17,3 18,3
20 13
8 7,6
0 0 0 0 0 0 1,6 1,3 0
0
Tipos de Chuva
Chuva moderada: intensidade entre 5 e 25 mm/h;
Chuva forte: intensidade entre 25 e 50 mm/h;
25,0
23,0
22,0
20,0
Precipitação (mm)
15,0
12,0
10,7
10,0
8,0
7,0
4,3 4,7
5,0 3,7
2,7 2,7
1,3
0,7 0,7 0,3 0,3 0,7
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
0,0
00:00 01:00 02:00 03:00 04:00 05:00 06:00 07:00 08:00 09:00 10:00 11:00 12:00 13:00 14:00 15:00 16:00 17:00 18:00 19:00 20:00 21:00 22:00 23:00
Quantificação das Chuvas
A medida da chuva é feita pontualmente em estações
meteorológicas, tanto automáticas como convencionais
➢ Altura pluviométrica (h): É altura acumulada de água
precipitada, expressa em milímetros (mm).
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒
ℎ=
Á𝑟𝑒𝑎
Manuais Automáticos
Quantificação das Chuvas
Equipamentos para medida da chuva
Agronômico
- 24,3%
+
Quantificação das Chuvas
Equipamentos para medida da chuva
19:30 h
10:30 h
Variabilidade espaço-temporal das chuvas
Variabilidade espacial...
Variabilidade espaço-temporal das chuvas
Variabilidade temporal...
Conceito de Hidroclimatologia
HIDROCLIMATOLOGIA
É o estudo da influência do clima sobre a água presente
na atmosfera, analisando principalmente como ocorrem
as variações (espacial e temporal) dos elementos do
ciclo hidrológico na atmosfera, em escalas globais,
nacionais, regionais e locais.
(VAREJÃO-SILVA, 2006)
Importância da Hidroclimatologia
Principais dúvidas e questionamentos:
(www.water.usgs.gov)
Variabilidade ESPACIAL das chuvas
350,0
300,0
Chuva (mm/mês)
250,0
200,0
150,0
100,0
Brasília, DF
50,0 400,0
0,0 350,0
J F M A M J J A S O N D
300,0
Chuva (mm/mês)
250,0
200,0
150,0
Bagé,RS
100,0 400,0
50,0 350,0
0,0 300,0
Chuva (mm/mês)
J F M A M J J A S O N D
250,0
200,0
150,0
100,0
50,0
0,0
J F M A M J J A S O N D
Variabilidade TEMPORAL das chuvas
(http://pt.climate-data.org)
Variabilidade TEMPORAL das chuvas
(http://pt.climate-data.org)
Variabilidade TEMPORAL das chuvas
(http://pt.climate-data.org)
Variabilidade das
chuvas
Variabilidade....
ESPAÇO-TEMPORAL
Cabaceiras - PB Inconfidentes - MG
(http://pt.climate-data.org)
VENTO
Velocidade e Direção do Vento...
Os fatores da macroescala são responsáveis pela
formação dos ventos predominantes, enquanto que
os fatores da topo e da microescala tem influência
na formação dos ventos locais.
Velocidade e Direção do Vento...
O vento, especialmente a sua velocidade, tem efeitos
consideráveis em vários aspectos relacionados ao
ambiente, atuando tanto de modo favorável como
desfavorável.
Os efeitos desfavoráveis são os mais relevantes nos
estudos envolvendo a agricultura, e nesse caso os ventos
excessivos podem ser controlados com o uso dos quebra
ventos...
Velocidade e Direção do Vento...
A velocidade do vento também é muito importante no
processo de EVAPOTRANSPIRAÇÃO, exercendo
grande influência no consumo hídrico das plantas.
0o
270o 90o
180o
Medida do Vento...
Velocidade do Vento
Anemômetros Sônico...
Medida do Vento...
Anemograma
Medida do Vento...
Anemograma
Medida do Vento...
Escala de Vento de Belfort
Velocidade
Grau Descrição
(km/h)
0 Calmaria 0–2
1 Vento Calmo 2–6
2 Brisa Amena 7 – 11
3 Brisa Leve 12 – 19
4 Brisa Moderada 20 – 29
5 Brisa Forte 30 – 39
6 Vento Forte 40 – 50
7 Vento Muito Forte 51 – 61
8 Vento Fortíssimo 62 – 74
9 Temporal 75 – 87
10 Temporal Forte 88 – 101
11 Temporal Muito Forte 102- 117
12 Tornado, Furacão > 118
Dados de velocidade máxima do vento (rajadas) medidos nas estações
meteorológicas convencionais (a 10 m de altura)
Efeitos do Vento...
FAVORÁVEIS...
Paralelas e separadas:
Rede retangular :
No Afélio, a
distância Terra-
Sol (D) é da
ordem de
Referência: P. C. SENTELHAS; L. R. ANGELOCCI
1,52*108 km
Considerando-se que a distância Terra-Sol varia continuamente
ao longo do ano, a irradiância solar extraterrestre também irá
variar.
Jo 1.367 W/m2
SI W/m2 = J/m2s
Valores
instantâneos
CGS cal/cm2min
SI MJ/m2dia
Valores
diários
CGS cal/cm2dia
Placas bimetálicas,
cobertas por uma
cúpula de vidro ou
quartzo, que impede
Sistema de registro
que as ondas longas
mecânico
atinjam as placas
Junção
fria
Emprega os piranômetros
acoplados a um sistema
específico que permite
apenas a incidência da
radiação direta no
elemento sensor. Esse tipo
de equipamento é
denominado Pireliômetro
Referência: P. C. SENTELHAS; L. R. ANGELOCCI
Medida da Irradiância solar difusa
Fita p/
outono e
primavera
Fita p/
inverno
E = T4
= poder emissivo do corpo (0,95 a 1,00)
= constante de Stefan-Boltzman
= 5,67*10-8 W/m2K4 = 4,903*10-9 MJ/m2dk4
Meio-Dia
N/2 N/2
N
Referência: P. C. SENTELHAS; L. R. ANGELOCCI
Irradiância Solar Diária (Q)
35,0
30,0
25,0
20,0
15,0
10,0
J AN FEV M AR ABR M AI J UN J UL AGO SET OUT NOV DEZ
Meses
Na linha do Equador ocorre variação de Qo, já que também varia!
Referência: P. C. SENTELHAS; L. R. ANGELOCCI
Irradiância Solar na Superfície Terrestre após os
efeitos atenuantes da Atmosfera (Qg)
Os processos de absorção e difusão da radiação solar pela
atmosfera promovem atenuação da irradiância solar que
atinge a superfície terrestre (denominada de global - Qg) em
relação aos valores observados no topo da atmosfera (Qo).
Calor
Introdução...
CALOR SENSÍVEL
Chamamos de calor sensível a quantidade de calor
recebida ou cedida por um corpo quando este tem
sua temperatura alterada
CALOR LATENTE
Chamamos de calor latente a quantidade de calor
recebida ou cedida por um corpo quando este
realiza uma mudança de estado físico
Introdução...
Unidades de medida
Calor é energia!
➢ Sistema Internacional de Unidades (SI) é o joule (J)
➢ Outra unidade de calor é a caloria: uma caloria (1 cal) é a
quantidade de calor que deve ser transferida a um grama de
água para produzir a variação de temperatura de 1°C.
(Rigorosamente, de 14,5°C para 15,5°C)
1 cal = 4,18 J
1 kcal = 1.000 cal
➢ A British Thermal Unit (BTU) é uma unidade técnica
usada para quantidade de calor. É muito utilizada em manuais
para caracterizar equipamentos e máquinas que envolvem
energia térmica.
1 BTU = 252,4 cal = 1.055 J
Unidades de medida
Tanto o Kelvin (K) quanto o graus Celsius (°C) são
definidos como padrão por meio de um acordo
internacional.
Conversão de unidades...
Radiação x Temperatura...
-5
TAUTÓCRONAS
Profundidade do solo (cm)
-10
-15
-20
-25
13h
-30
19h
-35
23h
-40 5h
-45 9h
-50
27
Temperatura do solo ( C)
o
25
23
21
19
17
2 cm 100 cm
15
Nov
Jun
Jul
Out
Fev
Dez
Jan
Set
Mar
Abr
Ago
Mai
Temperatura do SOLO
Variação Temporal da Temperatura do Solo:
Anual
Variação anual da temperatura do solo em região de clima temperado,
onde, durante o inverno, o solo fica coberto com neve.
Temperatura do SOLO
O fluxo de calor no solo depende, basicamente, da sua
condutividade térmica, de seu calor específico e de sua
emissividade, os quais por sua vez dependem do tipo do
solo.
Além disso, essa variação é afetada pela interação com
outros fatores, dentre eles:
Fatores Externos
Relacionados aos elementos meteorológicos: irradiância
solar global, temperatura do ar, nebulosidade, chuva e
vento.
Fatores Intrínsecos
Relacionados ao tipo de solo, ao relevo e ao tipo de
cobertura do terreno
Referência: P. C. SENTELHAS; L. R. ANGELOCCI
Temperatura do SOLO
Fatores Determinantes da Temperatura do Solo:
TIPO DE SOLO
Relacionado à textura, estrutura e teor de matéria
orgânica do solo.
Solos arenosos tendem a apresentar maiores
amplitudes térmicas diárias nas camadas
superficiais e menores em profundidade.
Isso ocorre pelo fato dos solos arenosos terem
“maior” porosidade, havendo um menor contato
entre as partículas do solos, dificultando assim o
processo de condução.
Referência: P. C. SENTELHAS; L. R. ANGELOCCI
Temperatura do SOLO
Fatores Determinantes da Temperatura do Solo:
TIPO DE SOLO
Relacionado à textura, estrutura e teor de matéria
orgânica do solo.
Os solos argilosos, por sua vez, apresentam maior
eficiência na condução de calor, tendo menor
amplitude térmica diária.
60
50
40
30
20
10
Arenoso Argiloso
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24
Hora
Referência: P. C. SENTELHAS; L. R. ANGELOCCI
Temperatura do SOLO
Fatores Determinantes da Temperatura do Solo:
RELEVO
Faces sul
e sudoeste
Face
norte
Ar frio
5
Profundidade (cm)
10
15
20
25
0t/ha(6h) 14t/ha(6h) 28t/ha(6h)
0t/ha(14h) 14t/ha(14h) 28t/ha(14h)
Sup. quente
Temperatura do AR
CONDUÇÃO MOLECULAR
➢ É um processo lento de troca de calor sensível, pois se
dá por contato direto entre “moléculas” de ar
➢ Assim, esse processo tem extensão espacial muito
limitada, ficando restrito a uma fina camada de ar próxima
à superfície aquecida Ar frio
Sup. quente
Temperatura do AR
DIFUSÃO TURBULENTA
➢ É um processo mais rápido de troca de energia, pois
parcelas de ar aquecidas pela superfície entram em
movimento convectivo desordenado transportando calor,
vapor d’água, partículas de poeira, etc, para as camadas
superiores
Processos de convecção
➢ Fatores Macroclimáticos
Relacionados à latitude, altitude, correntes oceânicas,
continentalidade / oceanidade, massas de ar e frentes.
➢ Fatores Topoclimáticos
Relacionados ao relevo, mais especificamente à configuração e
exposição do terreno
➢ Fatores Microclimáticos
Relacionados à cobertura do terreno
Temperatura do AR
Variação Temporal da Temperatura do Ar:
Diária
A temperatura do ar varia basicamente em função da
disponibilidade de radiação solar na superfície terrestre. O
valor máximo diário da temperatura do ar ocorre
normalmente de 2 a 3h após o pico de energia radiante. Já
a temperatura mínima diária ocorre de madrugada, alguns
instantes antes do nascer do sol
Temperatura do AR
Variação Temporal da Temperatura do Ar:
Anual
Também segue a disponibilidade de energia na superfície,
com valores máximos no verão e mínimos no inverno
Temperatura mádia mensal - Piracicaba, SP
28
26
Temperatura média mensal ( oC)
24
22
20
18
16
14
2001 2002 2003 2004 2005
12
10
Temperatura do AR
Variação Espacial da Temperatura do Ar:
Variabilidade Horizontal...
A variabilidade espacial (horizontal) é basicamente definida
pelos fatores determinantes do clima, como latitude,
altitude, continentalidade, correntes oceânicas, etc.
Temperatura do AR
Variação Espacial da Temperatura do Ar:
Variabilidade Espaço-Temporal
Temperatura do AR
Variação Espacial da Temperatura do Ar:
Variabilidade Vertical...
➢ Como tanto o aquecimento como o resfriamento
do ar se dão a partir da superfície...
➢ Dilatação de líquido
➢ Dilatação de sólido
➢ Pares termoelétricos
➢ Resistência elétrica
➢ Radiação infravermelho
Medida da Temperatura - TERMOMETRIA
➢ Dilatação de líquido:
São os mais comuns, consistindo de um capilar de
vidro, onde uma coluna de líquido (álcool ou
mercúrio) se dilata/contrai com o
aquecimento/resfriamento.
Num posto agrometeorológico convencional, os
termômetros de máxima, de mínima,
geotermômetros e o conjunto psicrométrico são
desse tipo
Medida da Temperatura - TERMOMETRIA
➢ Dilatação de líquido:
Medida da Temperatura - TERMOMETRIA
➢ Dilatação de sólidos: TERMÓGRAFOS
Os termógrafos tem como elemento sensor um arco
metálico, o qual se dilata e contrai com a variação
da temperatura.
Eles medem a temperatura do ar continuamente,
com o registro sendo feito com uma pena sobre um
diagrama
Medida da Temperatura - TERMOMETRIA
➢ Dilatação de sólidos: TERMÓGRAFOS
Arco metálico
Pena registrando a temperatura
em um diagrama (termograma)
Termograma
Medida da Temperatura - TERMOMETRIA
➢ Pares termoelétricos: TERMOPARES
Junções de dois metais diferentes. A diferença de
temperatura entre as duas junções gera uma força
eletromotriz proporcional.
Medida da Temperatura - TERMOMETRIA
➢ Resistência elétrica: TERMISTORES
Baseiam-se no princípio de que a resistência
elétrica de materiais varia com a temperatura. Os
metais utilizados para construção desses
termômetros são o níquel, a platina, o tungstênio, e
o cobre.
Um caso especial são os termistores, constituídos de
material semicondutor que permitem acoplamento a
sistemas automatizados de coleta de dados.
Estação Automática:
Água na atmosfera...
A água é a única substância que ocorre naturalmente na
atmosfera nas três fases:
Água na atmosfera...
A água na atmosfera e suas mudanças de fase
desempenham papel importantíssimo em diversos
processos físicos naturais:
Fase gasosa
Fase líquida
Umidade do Ar
Definições e Conceitos:
Manômetro
Ar seco Ar Úmido
Água
Ar Saturado
Ar Saturado
Umidade do Ar
Definições e Conceitos:
De acordo com a Lei de Dalton, a pressão atmosférica
(Patm) é igual à soma das pressões parciais exercidas por
todos os constituintes atmosféricos...
“ea” e “es” são expressos em unidade de pressão (atm, mmHg, mb, hPa ou kPa)
Conjunto psicrométrico
aspirado Conjunto psicrométrico
Umidade do Ar
Definições e Conceitos:
O déficit de saturação de vapor do ar (Δe) é obtido pela
diferença entre es e ea, que é representado pela barra
vertical posicionada no gráfico psicrométrico.
Umidade do Ar
Definições e Conceitos:
Abrigos...
Umidade do Ar
Quantificação da Umidade do Ar
Higrógrafos mecânicos
Os higrógrafos mecânicos,
normalmente associados ao
termógrafo bimetálico, usam como
elemento sensor, para umidade do
ar, o cabelo humano, o qual tem a
propriedade de se dilatar e contrair
em função da umidade do ar.
Higrógrafos mecânicos
Umidade do Ar
Quantificação da Umidade do Ar
Sensor capacitivo de UR
atingida. 3,5
es
3,0 ea
Pressão de vapor (kPa )
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Horário
Umidade do Ar
Variação da Umidade do Ar
Desse modo, a UR tem uma variação inversa à da
temperatura do ar (Ts), porém o efeito direto da Ts
é sobre “es”, como visto na figura anterior.
Piracicaba, 14/08/2004
25,0 120
100
20,0
80
15,0
Ts ( o C )
UR (%)
60
10,0
40
5,0 Ts
20
UR
0,0 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1112 131415 1617 1819 202122 2324
Horário
Umidade do Ar
Variação da Umidade do Ar
Na escala anual, a UR média mensal acompanha basicamente o regime
de chuvas, pois havendo água na superfície haverá vapor d´água no ar.
No entanto, também tem uma variação regional...
Variação Anual da UR (% )
100
90
Média mensal da UR (%)
80
70
60
50
40
30
Piracicaba, SP
20
Manaus, AM
10
Brasília, DF
0
J F M A M J J A S O N D
Mês
Umidade do Ar
Variação da Umidade do Ar
Variação espacial da umidade do ar está
relacionada diretamente com a distribuição hídrica
da região (Regime de Chuvas).
Umidade do Ar
Orvalho...
O orvalho é definido como a água condensada
sobre uma superfície, quando a temperatura atinge
o ponto de condensação (Ponto de Orvalho, To)
Umidade do Ar
Orvalho...
O orvalho, como fonte hídrica, assume importância somente
em regiões áridas e semiáridas (pode ser responsável por
até 20% da água consumida pela vegetação)
Superestimativa Subestimativa
Lixiviação
Impossibilidade de
Água em excesso irrigar toda área
Risco de salinização
Alto custo/unidade área
Introdução...
EXEMPLO DE MANEJO DA IRRIGAÇÃO...
Pivô central de 500 m de raio irriga aproximadamente
79 ha (sem o canhão final) → 790.000 m2
Caso seja aplicado 1 mm (1 L.m-2) a mais, tem-se:
790.000 L (Excedente!)
Considerando que o consumo médio por pessoa é de 180 L.dia-1, tem-se:
Água ou Solo
Conceitos...
Transpiração (T):
A transpiração é um processo biofísico pelo qual a água
que passou pela planta, fazendo parte de seu
metabolismo, é transferida para a atmosfera
preferencialmente pelos estômatos, obedecendo uma série
de resistências desde o solo, passando pelos vasos
condutores (xilema), mesófilo, estômatos e finalmente
indo para a atmosfera.
Conceitos...
Evapotranspiração (ET):
Como é praticamente impossível se distinguir o vapor
d´água proveniente da evaporação da água no solo e da
transpiração das plantas, a evapotranspiração é definida
como sendo o processo simultâneo de transferência de
água para a atmosfera por evaporação da água do solo e
da vegetação úmida e por transpiração das plantas.
Conceitos...
Importante:
Estes processos (EV, T e ET) ocorrem naturalmente
somente se houver energia disponível no ambiente (saldo
de radiação - Rn) e o ar atmosférico não estiver saturado
de vapor de água (ea < es).
AFD
CAD
CAD 0
Conceitos...
Evapotranspiração Real (ETR):
Se Ks =1 ....... ETR = ETP
Se Ks < 1 .......ETR < ETP
- umidade do solo
cc pmp
AFD
CAD
CAD 0
Conceitos...
Evapotranspiração de Oásis (ETO):
É a evapotranspiração de uma área vegetada
úmida (irrigada) que é circundada por uma extensa
área seca, de onde provém energia por advecção (calor
sensível), a qual aumenta a quantidade de energia
disponível para a ET.
Conceitos...
Evapotranspiração de Oásis (ETO):
Efeito Varal
Curva de Evapotranspiração
Vento
Predominante
Oásis
Bal. Vertical
+
Real Bal. Horizontal Potencial
Bal. Vertical
Primeiro valor – UR alta (>70%) e vento fraco (< 5 m/s) – baixa demanda da atmosfera
Segundo valor – UR baixa (<40%) e vento forte (> 5m/s) – alta demanda da atmosfera
Conceitos...
Kc * Ks ETr
Evapotranspiração
real da Cultura
(ETr) Com ou sem
restrição hídrica
pmp - umidade do solo cc
É a evapotranspiração
nas mesmas condições de
contorno de ETc, porém, AFD
CAD
com ou sem restrição
hídrica. Kc médio
Nesse caso:
ETr = ETP * Kc * Ks Kc
final
Tempo (dias)
Conceitos...
Fatores Determinantes da Evapotranspiração
Fatores do Clima: saldo de radiação, temperatura
do ar, umidade relativa do ar e velocidade do vento
Fatores
Climáticos
Fatores da Cultura:
Fatores altura, área foliar, tipo
da Planta de cultura, albedo,
(Kc) profundidade do
sistema radicular.
Fatores de
Manejo e do
Solo ETr
Medida da EVAPORAÇÃO...
A evaporação é medida com tanques
EVAPORIMÉTRICOS, onde obtém-se a lâmina de
água evaporada de uma determinada área.
Tanque Classe A
Medida da EV e ET...
Medida da EVAPOTRANSPIRAÇÃO...
A medida direta da evapotranspiração é difícil e
onerosa, justificando sua utilização apenas em
condições experimentais.
Os equipamentos mais utilizados para esse fim são
os Lisímetros ou Evapotranspirômetros...
LISÍMETRO:
Equipamento que consiste de uma caixa
impermeável, contendo um volume de solo que
possibilita conhecer com detalhe alguns termos do
balanço hídrico do volume amostrado.
Medida da EV e ET...
Medida da EVAPOTRANSPIRAÇÃO...
Os lisímetros são utilizados para determinar a ETc,
ETr, ETo, ou EV do solo nu;
São empregados há mais de 300 anos...
Podem ser classificados em dois grandes grupos:
➢ Lisímetros pesáveis (De pesagem)
➢ Lisímetros não pesáveis (De drenagem)
Medida da EV e ET...
Lisímetros não pesáveis (Drenagem...)
Tem baixo custo mas são precisos apenas em períodos
longos de tempo, sendo recomendado somente para
determinação da ET média semanal, quinzenal ou
mensal.
Lat Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
0 14,5 15,0 15,2 14,7 13,9 13,4 13,5 14,2 14,9 14,9 14,6 14,3
10 15,9 15,7 15,0 13,8 12,4 11,6 11,9 13,0 14,4 15,3 15,7 15,7
20 16,7 16,0 14,5 12,4 10,6 9,6 10,0 11,5 13,5 15,3 16,2 16,8
30 17,2 15,7 13,5 10,8 8,5 7,4 7,8 9,6 12,2 14,7 16,7 17,6
Estimativa da ET...
Método de Hargreaves e Samani
em que:
ETo - Evapotranspiração de referência, mm.dia -1;
Tmax - Temperatura máxima diária do ar, ºC;
Tmin - Temperatura mínima diária do ar, ºC;
T - Temperatura média diária do ar, ºC;
Qo - Radiação extra terrestre, mm.dia -1.
Estimativa da ET...
Método do Tanque Classe A
➢Método empírico, baseado na relação
proporcional entre a evaporação de água do
tanque classe A (ECA) e a ETP (ETo);
➢A conversão de ECA em ETo é realizada
através de um coeficiente do tanque (Kp);
➢Kp varia em função do tamanho da
bordadura, umidade relativa do ar,
velocidade do vento e cobertura da área;
Estimativa da ET...
Método do Tanque Classe A
Estimativa da ET...
Método FAO-Penman-Monteith
➢ Método físico, baseado no método original de
Penman, considerado padrão de estimativa pela FAO
(Boletim FAO 56);
➢ Considera que a ETo é depende de fatores energéticos
e aerodinâmicos, os quais são controlados pelas
resistências ao transporte de vapor da superfície para a
atmosfera.
Estimativa da ET...
Método FAO-Penman-Monteith
Estimativa da ET...
Método FAO-Penman-Monteith
“s” é a declividade da curva de pressão de vapor...
Estimativa da ET...
Método FAO-Penman-Monteith
→ Vantagem: Precisão na estimativa;
→ Limitação: São necessárias grande número de variáveis.
BALANÇO HÍDRICO
Introdução...
Desprezíveis!
Componentes do balanço hídrico...
Desprezíveis! Anulam!
Componentes do balanço hídrico...
ARM = P – ET – DP
Desprezíveis! Anulam!
Balanço Hídrico Climatológico ...
O Balanço Hídrico Climatológico foi
desenvolvido inicialmente com o objetivo de se
caracterizar o clima de uma região, de modo a
ser empregado na classificação climática
desenvolvida por Thornthwaite na década de 40.
Balanço Hídrico Climatológico ...
Atualmente, esta metodologia também é empregada...
Épocas de semeadura
da soja no Estado do
Mato Grosso
Balanço Hídrico Climatológico ...
Atualmente, esta metodologia também é empregada...
150
100
mm
50
-50
-100
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
DEF(-1) EXC
Balanço Hídrico Climatológico ...
O Balanço Hídrico Climatológico (BHC) elaborado com
dados de P e ETP de um período ou de uma seqüência de
períodos (meses, semanas, dias) de um ano específico para
uma certa região é denominado de BHC Seqüencial. Esse
tipo de BH nos fornece a caracterização e variação
sazonal das condições do BH (deficiências e excedentes) ao
longo do período em questão.
Piracicaba, SP (2004) - CAD = 100 mm
120
100 EXC
EXC
80 DEF
60
40
20
0
DEF
-20
-40
-60
J F M A M J J A S O N D
Elaboração do BHC ...
Balanço Hídrico de Cultura...
Sem Com
Deficiência Deficiência
Hídrica Hídrica
Prof. Dr. Fernando da Silva Barbosa
Mestre em Irrigação e Drenagem
Doutor em Engenharia de Sistemas Agrícolas
fernando.barbosa@ifsuldeminas.edu.br