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Comandos
Preparação
1. Explosivos
2. Topografia
3. Ações de Comandos
4. Fal 7,62mm M964 Para-Fal
5. Pst 9mm M973 Imbel
6. Mtr 7,62mm M971 MAG
7. AT-4
8. CSR 84mm Carl-Gustaf
9. Comunicações
10. HPPS
1.GENERALIDADES
a). Chama-se processo pirotécnico de lançamento de fogo, aquele em que a carga ou cargas
explosivas são acionadas pôr meio de um escorvamento pirotécnico.
b).Uma escorva é constituída por uma carga, com uma espoleta ou cordel detonante
devidamente ligado à ela.
c).Escorvamento: É a operação de ligar a espoleta ou cordel detonante à carga,
d).Escorvamento pirotécnico , é a preparação de uma carga para ser detonada por uma
espoleta comum e um pedaço de estopim, todos bem ligados entre si., o estopim faz explodir
uma espoleta comum, que por sua vez provoca a detonação da carga ou cordel detonante, que
provocará, então, a explosão da carga.
e).Se mais uma carga deve ser detonada simultaneamente, o processo pirotécnico deve ser
combinado com cordel detonante, para assegurar a explosão simultânea.
f).O sistema pirotécnico de lançamento de fogo é constituído, normalmente, por acendedor,
estopim e espoleta comum.
2.PREPARAÇÃO DO ESTOPIM.
a).Com o alicate de estriar, cortar e lançar fora, aproximadamente, 20 cm (um palmo) da
extremidade do estopim, porque as extremidades, quando expostas ao ar livre, por mais de 24
horas, absorvem umidade.
b).Cortar 01 (um) metro de estopim e verificar o seu tempo de queima.
c).Em função do tempo de queima do estopim, cortar um pedaço com o comprimento necessário
para permitir que o elemento que irá acendê-lo se coloque a uma distância segura, antes que se
dê a explosão da carga.
d).Um estopim mal cortado, inserido em uma espoleta pode provocar uma falha. O estopim deve
ser cortado segundo sua seção reta .Apoiar o estopim contra uma superfície sólida, para se
assegurar de que ele será cortado corretamente.
3.PREPARAÇÃO DA ESPOLETA
a) Inspeção da espoleta.
Retirar, com a mão, uma espoleta da caixa. Inspecionar a espoleta, olhando pelo seu orifício. Se
perceber qualquer matéria estranha ou sujeira no seu interior, segurá-la com a abertura para
baixo e sacudi-la levemente para desobstruí-la.
Não bater na espoleta com ou contra objetos duros. Nunca introduzir qualquer tipo de objeto a
não ser o estopim ou cordel detonante no orifício da espoleta.
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Se a extremidade do estopim estiver amassada ou muito larga para penetrar, naturalmente, na
espoleta, comprimi-la, rolando o estopim entre os dedos.
Quando o estopim estiver colocado dentro da espoleta, segurá-lo com o polegar e o dedo
anular da mão esquerda e estender o indicador sobre a ponta da espoleta, a fim de sustentá-la,
firmemente, contra a extremidade do estopim
Deslizar o dedo anular para os bordos da espoleta, para guiar o alicate de estriar, durante a
operação de estrias, mesmo no escuro.
Estriar a espoleta aproximadamente a 0,5 cm de sua extremidade aberta. Uma estria executada
próxima ao explosivo pode fazê-lo detonar.
Como precaução, manter a ponta da espoleta para fora e afastá-la do corpo, realizando o
estriamento com a espoleta numa posição baixa e lateral em relação à frente do corpo, girando a
cabeça e protegendo os olhos no momento em que apertar o alicate.
4.PRECAUÇÃO
Se o conjunto estopim-espoleta precisar ficar num determinado local por mais de 24 horas, antes
de ser acionado, ou quando ficar em local úmido, proteger a ligação do estopim com a espoleta,
utilizando um composto para vedação ou substância similar.
Espoleta comum
Estopim
Carga
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5.ACIONAR:
Acende-se o estopim, utilizando-se os acendedores M-1 ou M-2 ou, ainda, cortando-se
longitudinalmente a extremidade livre do estopim em cerca de 1 cm, colocando-se a cabeça de
um palito de fósforo na fenda produzida pelo corte e riscando-se o fósforo, ou usar um isqueiro,
tendo-se o cuidado de verificar se o estopim foi realmente aceso o operador deve em seguida,
procurar rapidamente um local afastado e seguro, que o proteja dos estilhaços.
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PROCESSO ELÉTRICO DE LANÇAMENTO DE FOGO
1.GENERALIDADES
a) lançamento de fogo pelo processo elétrico é aquele cuja ação inicial é uma corrente
elétrica.
b) A corrente elétrica fluindo através do circuito acionará as diversas espoletas que a
ele estiverem associadas. Se as espoletas estiverem ligadas em cargas, estas explodirão.
c) A preparação de uma carga para ser detonada por um processo elétrico é chamada
de “escorvamento elétrico”.
d) Não conectar o explosor ao cabo condutor de eletricidade, até verificar o
circuito, executar os testes e as cargas estiverem prontas para o acionamento.
e) escorva elétrica: Uma escorva consiste de um petardo de explosivo com um
artifício capaz de fazê-lo explodir. Uma escorva elétrica é, portanto, constituída de um petardo e
uma espoleta elétrica e os acessórios necessários para prender a espoleta ao petardo. Notar que os
elementos encarregados de produzir a corrente elétrica não fazem parte da escorva
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4.Teste da espoleta elétrica
a. Testar o galvanômetro
b. Não usar fonte de alimentação mais forte do que a do galvanômetro, porque a espoleta
poderá ser acionada.
5.Sequência do teste da espoleta elétrica:
a. retiar a espoleta da sua caixa e separar as suas extremidades, removendo o “shunt”
b. colocar a espoleta em tal situação que um acionamento ocasional não provoque ferimentos
a quem estiver efetuando o teste. Como sugestão, colocar a espoleta sob um capacete de aço, sob
um saco de areia ou atrás de algum obstáculo existente no local do teste.
c. Encostar as extremidades dos fios condutores nos bornes do galvanômetro :
d. se a agulha se mover, a espoleta está boa;
e. se a agulha não se mover, a espoleta está defeituosa, devendo ser destruída, juntando-a a
uma carga que esteja para ser acionada.
f. Se a bateria do galvanometro estiver boa, a sua agulha deverá indicar 25 (vinte cinco)
unidades (cerca de 0 Ohms), quando for testado, e aproximadamente 24(vinte quatro) unidades (
cerca de 2 Ohms), quando uma espoleta em boas condições é testada.
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6.PRECAUÇÔES
1.As espoletas elétricas, após retirado o shunt, podem detonar devido as correntes
induzidas pela radiofrequência (RF). Por isso, só retira-lo quando for utilizá-las.
2)Transmissores móveis ou portáteis não devem transmitir a menos de 50m de qualquer
espoletas elétrica ou sistema de lançamento de fogo
7.LIGAÇÕES E EMENDAS:
a.Ligações
1)Para evitar falhas causadas por ligações elétricas mal feitas, um elemento, que conheça
perfeitamente a técnica dessas ligações, deve ser o único responsável por todas as
ligações do circuito.
2)Deverá fazer, pessoalmente, todas as emendas, para estar seguro de que todas as
espoletas estão incluídas no circuito e que todas as ligações entre os condutores das
espoletas, principais e secundários, estão perfeitas e que não há curto-circuito.
b.Emenda
1.Emenda de rabo de porco
a. Remover toda oxidação ou qualquer outra substância que tenha se fixado às
extremidades desencapadas dos condutores, cuidando para que os mesmos não se
quebrem ou enfraqueçam.
b. Proteger a ligação de uma forte tração acidental, atando os condutores através
de um nó direito, deixando um comprimento nas extremidades que possibilite a
emenda regulamentar
c. Caso haja perigo da emenda tocar a terra ou outro condutor, envolvê-la com fita
isolante.
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8.CIRCUITO EM SÉRIE
Empregam-se circuitos em série para ligar cargas acionadas eletricamente por meio de explosor.
a Circuitos em série mais comumente usados
1.Circuito em série comum – Para se fazer uma ligação em série comum, basta ligar um
dos condutores da espoleta da 1º carga a um dos condutores da 2º carga, ligar o que sobra
da 2º a um dos condutores da espoleta da 3º, e assim por diante, até só restar livre um
conector da 1º carga e um outro da última. Estes dois são, finalmente, ligados aos
condutores principais.
2.Circuito em série salto de rã – Este circuito é particularmente usado para acionar cargas
para abertura de crateras ou quando a linha de cargas é muito extensa.
Este processo consiste em ligar alternadamente as cargas, como mostra a figura abaixo,
eliminando a necessidade de se lançar um cabo condutor muito longo para alcançar a
extremidade mais distante da linha de cargas.
Circuito Circuito
em em série
série salto de
rã
CÁLCULO DE CARGA
1. INTRODUÇÃO
A presente instrução visa ensinar o cálculo de cargas para destruirmos peças de aço (trilhos,
vigas, cabos e correntes); peças de madeira (árvores, vigas, cavaletes), de concreto e abertura de
crateras.
É evidente a importância desta sessão, visto que na grande maioria das Ações de Comandos, é
necessária a interdição ou destruição de determinado alvo, e nem sempre contaremos com a
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ajuda de técnicos em engenharia, que possam nos auxiliar no planejamento. E a possibilidade da
missão vir a chafurdar, tendo em vista um cálculo errado de carga utilizado é inconcebível, em
virtude de se tratar de uma tropa de Comandos. Para tanto é preciso, tão somente utilizar os
ensinamentos que se seguem.
DESENVOLVIMENTO
a. Generalidades
No uso das fórmulas que serão estudadas a seguir, o valor obtido para carga (C) será sempre
obtido em TNT, no entanto pode ser que venhamos a utilizar outro tipo de explosivos. Para
isso, existe o coeficiente de valor relativo destinado a cada tipo de explosivo, para que nós
possamos adaptar o nosso valor em TNT para o outro tipo de explosivo, são eles:
TNT 1,00
Tetritol 1,20
C-3 1,34
C-4 1,34
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Para sabermos a quantidade de “outro explosivo” a ser utilizado, basta dividir a quantidade
em TNT necessária pelo seu efeito relativo.
Ex: Qual a quantidade de dinamite militar necessária para cortarmos uma viga metálica que,
pela aplicação da fórmula, necessite de 700 g de TNT?
0,92
Quantos cartuchos você empregaria desse explosivo, sabendo-se que cada cartucho pesa
200 g:
200
Pelos exemplos realizados vimos que quando se trabalha com explosivos, dificilmente
obteremos dados exatos, sendo necessária sempre um arredondamento para o número
imediatamente superior de retardos do tipo que estão sendo usados.
No cálculo de cargas para cortar aço, nós veremos duas fórmulas, uma para aço de
estruturas (que são as vigas encontradas em construções) e outra para aços especiais, que são
aços mais duros por obterem elementos diferentes do carbono, são os aços empregados em
peças de engrenagens, eixos de transmissão, lâminas de tratores ou motoniveladoras, etc.
c=27 A
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Área A: 20x5=100cm2
Área B=15x4=60cm2
c=27A
c=27x260=7020g de TNT
colocação de carga
Área A=25x5=125
10x5=50
175cm2
Área B=15x10=150cm2
Área Total=175+150=325cm2
c=27 A
c=27x325=8775
colocação de carga
OBS: A grande dificuldade dos cálculos para aço de estruturas, remi-seno cálculo de Área
em questão, bastando para isso apenas uma divisão bem feita em pequenas área e posterior soma
das mesmas.
c=70 A
c = em gramas
A = área em cm2
Ex: Qual a carga necessária para cortar a transmissão cujo desenho está abaixo:
A= NR2=-3,14x52 =78,5cm2
c=70 A c=70x78,5=5495g
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Observação:
a) cizalhamento: deve haver uma divisão exata da carga para cede lado e um pequeno espaço
entre eles. O acionamento deve ser simultâneo.
Os trilhos de ferrovias são caracterizados, normalmente pelo seu peso ou por sua altura.
Para cortar trilhos que pesam até 40kg por metro de comprimento, possuem altura inferior ou
igual a 0,125m=12,5cm usa-se uma carga de 250g de TNT colocada de encontro á sua alma.
Para cortar trilhos que pesam mais de 40kg por metro de comprimento, possuem altura
superior a 0,125m=12,5cm usa-se uma carga de 500g de TNT colocada de encontro a sua
alma.
Efeito relativo
Veremos duas fórmulas, uma para carga externa, sem enchimento e outra para cargas
internas com enchimento.
OBS:
1)As fórmulas são empregadas para qualquer tipo de árvore, mesmo as mais resistentes
madeiras tropicais e fibrosos como coqueiro.
2)As cargas devem ser colocadas em contato com a peça a ser destruída e tão concentrada
quanto possível, devendo ser colocada na maior dimensão da peça, de modo que tenho que
romper a menor.
3)Uma árvore cortada com explosivos cai para o lado em que foi colocada a carga, a menos
que o vento ou a inclinação da árvore ou ambos, modifiquem a direção da queda.
C = 1,8D2
C = em gramas
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D = Menor dimensão da peça em cm
C=1,8D2
Colocação de carga
Calcule a quantidade de TNT necessária para o corte de uma peça de madeira de 0;20m
x030m (seção reta) empregando carga externa? Você dispõe de retardos de 50g,100g e 250g de
TNT.
C=1,8D2
C=1,8(20)2=720g
2petardos de 250g}
2petardos de 50g}
C=0,3 D2
- Para cargas muito grandes cavar vários orifícios paralelos, em peças roliças os orifícios
podem ser abertos em direções perpendiculares.
Ex:1) Qual a carga necessária para o corte de uma peça roliça de Madeira com diâmetro de
0,40m?
- As cargas devem ser colocadas no lado para o qual se deseja a queda das árvores.
CA1,2x(25)2=750=10 Ärvores=7500
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Cargas de Pressão
- São cargas empregadas para destruir pontes de lance simples de lajes de concreto ou de vigas
em “T” de concreto.
Lance simples: Ë uma travessa, viga armada laje ou outra estrutura capaz de suportar carga e que
vá de um suporte a outro, não tendo continuidade para os suportes seguintes.
Fórmula:
C = 50H2T
H = em metros
T = em metros
OBS:
- Todas as aproximações devem ser feitas para o Múltiplo de 5 centímetros superior e mais
próximo.
Quando a ponte for coberta por uma camada de asfalto usar 500g de TNT para cada cm de
cobertura,
Qual a quantidade de petardos de 500g de TNT necessários para destruir com cargas de pressão,
representado por sua seção. Onde colocar a carga e qual o valor da mesma caso não haja
enchimento?
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Colocação de cargas:
1/3 64=22
Cargas de Ruptura
Fórmula:
C=16R3KE
Valores de R
Ë obtido através da resistência da dureza do material a ser rompido. Quando não for possível
saber se o concreto é ou não armado, toma-se o dado referente a concreto armado.
NATURZA DO MATERIAL
(Ver momento)
Número de Cargas
- O número de cargas externas necessário para destruir um pilar de ponte, laje ou muro é
determinado pela fórmula:
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N=L
2R
aproximação
OBS:
- Sempre que uma carga for menor que 20kg, aumentá-la de 10o/ o
H=R=3m=E=1,0
C=16.R3.K.E
C=16x(3)3x0,30.1
C=129,60kg
N=L = 3=0,5
2R 6
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Dados:
H=0,40m
L=6m
R=1,20m(externo)
0,60m(interno)
“K’’
alvenaria 1o classe,1,20m=0,38
‘’ ,0,60m=0,45
‘’E’’
Cálculo de carga
externo
C=16.R3.K.E
interno
C=16R3KE
Número de Cargas
2R 2x1,20
2R 2x0,60
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- O processo mais econômico é o interno, no entanto para uma ação de comandos utiliza o
externo por ser mais rápido.
- Processo Normal:
.profundidade:2,10 e 1,50metros,alternadamente
furos de 1,50m->18kg de
profundidade ->2,40m
extensão ->2,40m
Processo Rápido
.explosivos: furos :15kg de Romp de pav:500g de TNT para cada 5cm de espessura.
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3. CONCLUSÃO
Vimos não haver grandes dificuldades para calcularmos as cargas, no entanto é necessário
grande atenção e zelo para realização dos Cálculos, pois qualquer descuido poderá acarretar num
cálculo errado, acarretando no não cumprimento da missão.
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Curso de Ações de Comandos – Topografia
I. INTRODUÇÃO:
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I) Definição: Solicitar para um aluno que ele defina o que é escala. Em
seguida mostrar a imagem da faca MK 2 com a régua ao lado para explicar em poucas palavras
como funciona a proporção carta – terreno.
II) Classificação: Citar que as cartas se classificam em pequenas, médias e
grandes, isso de acordo com o tamanho da escala.
III) Tipos de Escalas:
1) Numérica: representada por números (mostrar uma escala numérica).
2) De equivalência: representada por um talão (mostrar a imagem do
talão)
IV) Instrumentos para medição: mostrar a régua, o escalímetro, o esquadro e
o curvímetro.
V) Aproximação de escala ou erro gráfico cometido: 0,2 mm – Logo,
mostrar aos alunos que quanto menor a escala da carta mais importante se torna o conhecimento
do erro gráfico, pois algumas instalações em pequenas escalas não virão representadas e muitas
vezes serão objeto de nossas ações de Comandos.
VI) Através de uma pergunta simples em uma carta sob o poder dos alunos
dar um problema com dois pontos para obtenção da distância a percorrer no terreno.
2. Direção e Azimutes:
a. Generalidades: a direção serve para determinar pontos ou objetos no terreno em
relação a pontos conhecidos. Mostrar a imagem do militar aportando para o norte e para um
ângulo qualquer.
b. Unidades de medida angular:
I) Graus, Minutos, Segundos: 1º = 60’ e 1’ = 60’’.
II) Milésimos: 360º = 6400’’’.
Mostrar a imagem da equivalência entre as unidades de medidas e em seguida fazer um
problema simples de transformação entre elas.
c. Direção base ou de referência:
A direção entre dois pontos é expressa por um ângulo. No entanto esse ângulo tem uma
direção inicial que é a direção de referência. Existem três direções base:
I) Norte Verdadeiro ou Geográfico: É um local no planeta Terra. Mostrar a
imagem da Terra com uma placa no norte.
II) Norte Magnético: É um ponto do Planeta que, devido a força de rotação,
gravidade, etc, atrai magneticamente uma agulha de aço da bússola. Colocar o imã na
transparência anterior.
III) Norte da Quadrícula: É o tracejado que enquadra a carta no papel. Pode
até coincidir com o norte magnético (caso de cartas de orientação) mas pelo fato de estarmos
representando no plano algo que na realidade é curvo, geralmente o NQ não aponta para o NM.
d. Diagrama de Orientação:
I) Declinação Magnética:
1) É o ângulo formado entre o NM e NV.
II) Convergência de Meridianos:
1) É o ângulo formado entre o NQ e NV.
III) Ângulo QM:
1) É o ângulo formado entre o NQ e NM.
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Mostrar o diagrama de orientação e ressaltar a importância de saber calcular o ângulo dos
diversos tipos de norte para que uma carta antiga tenha atualizado seu NM e assim possamos
decliná-la e nos orientar.
e. Azimute:
Usado para determinar a direção de um ponto em relação a outro. O azimute cresce no
sentido horário e se divide em três tipos:
I) Azimute Magnético;
II) Azimute Verdadeiro;
III) Azimute de Quadrícula ou Lançamento.
Mostrar a imagem do militar apontando para um azimute qualquer.
IV) Contra Azimute: mostrar a imagem dos dois militares, um de costas para
o outro e explicar que o contra azimute é 180º do azimute de referência. Executar algumas
questões para o turno de traçar azimutes na carta.
V) Rumo: é o menor ângulo que uma posição forma com a direção Norte –
Sul. Mostrar a imagem com exemplos de rumos e executar algumas perguntas.
f. Bússola:
Instrumento para medida de ângulos horizontais e orientação da carta com o terreno.
I) Limbo móvel;
II) Limbo fixo;
III) Cuidados no emprego:
1) Presença de ferro; magnetos, condutores de eletricidade, Vtr, etc.
2) Distâncias mínimas de segurança:
a) Linhas de alta tensão: 60 m;
b) Vtr ou CC: 20 m;
c) Arame farpado: 10 m;
d) MAG: 03 m;
e) Fuzil: 01m.
3) Como retirar um azimute da bússola: Fazer todos os alunos olharem
para suas mesas e com suas bússolas retirar um azimute qualquer sem olhar para o companheiro.
Verificar assim quem sabe ou não retirar um azimute.
3. Designação e Locação de pontos na carta:
Em ações de Comandos, o único amigo que dispomos é a carta. De todos os documentos
que confeccionamos a carta e sua preparação, orientação e locação exata de seus pontos, é que
possui a maior importância. Se não locarmos corretamente os pontos na carta, não chegaremos a
lugar algum, e pior, levaremos nosso destacamento para ser aprisionado, ou morto. Para isso
temos esses cinco métodos de designar e locar pontos na carta:
a. Coordenadas Geográficas: Mostrar o globo terrestre com os meridianos e
paralelos e explicar como de faz a locação através do canto da carta e através da régua
milimetrada inclinada com base e duas linhas de 1’. Exercitar locando um ponto e retirando as
coordenadas de um ponto dado.
b. Coordenadas Retangulares: Designam o ponto através de sua quadrícula de
referência. Podem ser:
I) Kilométricas 1Km²;
II) Hectométricas 100 m²;
III) Decamétricas 10m²;
IV) Métricas 1m².
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Mostrar uma figura que ilustre os diversos tipos de coordenadas retangulares, e em
seguida fazer um exercício de locação na carta de posse dos alunos e depois um determinando as
coordenadas de um ponto dado.
c. Coordenadas Polares: Compreende um ponto origem, uma direção origem
(ponto de referência). Além disso faz-se a matrícula do ponto através da designação da direção
do ponto procurado (em graus ou milésimos) e de sua distância do ponto de referência.
I) PL (044 – 3800) – em graus;
II) PL (0790 – 3800) – em milésimos;
d. Linha Código: Compreende um ponto origem e um ponto de referência, a linha
entre esses dois pontos é designada através das IECom com uma cor de referência. A partir do
ponto origem coloca-se R para retaguarda e F para frente. O terceiro elemento é a distância em
hectômetros até a base da perpendicular que vai dar no ponto desejado. O quarto elemento é o
posicionamento do ponto em relação a linha de referência (D para direita e E para esquerda). O
quinto elemento é a distância, em hectômetros, da linha de referência até o ponto.
Exemplo: VERMELHA (R18 – E7)
e. Tela Código: Acetato quadriculado de 10x10. Ponto de referência (determinado
nas IECom), abcissa e ordenada e seus decimais.
Exemplo: X(45 – 68)
4. Representação do Relevo:
I) Curvas de nível: Indicam altura e forma do objeto. Falar das cartas com
escala muito pequena onde certos movimentos do terreno não aparecem com a nitidez suficiente
e dificultam a orientação.
II) Cores hipsométricas: determinam as zonas de altitudes das elevações.
III) Pontos Cotados: pontos do terreno onde é determinada a altitude local.
Mostrar o cone com as curvas de nível para o bom entendimento da curva de nível.
5. Formas do Terreno:
a. Elementos:
I) Vertentes ou encostas planas, côncavas e convexas;
II) Linha de crista e linha de fundo:
1) Crista militar e crista Topográfica
b. Formas Elementares:
I) Espigão;
II) Garupa;
III) Esporão.
c. Formas Compostas:
I) Mamelão;
II) Colina;
III) Pico;
IV) Platô
V) Colo;
VI) Ravina.
d. Leis do Modelado:
Mostrar as imagens das formas do terreno e fazer uma rápida identificação delas. Se ater
mais nas leis do modelado ressaltando as curvas de nível em cartas de escala pequena.
6. Identificação da Carta com o Terreno:
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Parte mais importante da instrução. A identificação do ponto de um resgate, o que nos
leva ao cumprimento de missão ou a condução do tiro de uma aeronave vem principalmente da
identificação da carta com o terreno em questão.
a. Orientação da Carta:
I) Primeiro trabalho é achar o norte:
1) Pela bússola;
2) Processo da sombra e do fio de prumo;
3) Processo do relógio.
II) Em seguida faz-se a declinação magnética e pela superposição da
bússola ou a direção do norte do terreno, achado pelos métodos expeditos, sobre o norte
magnético da carta
b. Localização de pontos pela interseção:
I) À vante: Dois pontos conhecidos de onde se sabe o azimute para o
objetivo, através a sua interseção pode-se determinar o ponto exato do terreno
II) À ré: Como fazer uma interseção à ré:
1) Explicar para que serve uma interseção à ré, dizer que em locais
como na Caatinga ela é muito utilizada para locação de nosso ponto estação. Executar um
pequeno exercício na carta com os alunos dando os pontos distantes seus azimutes para que os
alunos, através do contra azimute, determinem o ponto estação.
7. Fotografia Aérea:
a. Empregada juntamente ou até mesmo para substituir a carta. Como foi dito no
início da instrução, nem sempre vamos dispor de cartas topográficas para realizar as nossas ações
de Comandos principalmente por estarmos nas retaguardas do inimigo.
b. A situação ideal é a de uma carta topográfica aliada a uma fotografia aérea
recente para executarmos nossas atualizações.
c. Finalidades: determinar distâncias, direções e para melhor escolher itinerários.
d. Para determinadas missões só conseguiremos dados através das fotografias
aéreas.
e. Tipos de fotografia aérea:
I) Quanto a inclinação:
1) Vertical – eixo ótico perpendicular ao solo;
2) Oblíqua – eixo ótico oblíquo ao solo;
II) Quanto ao filme:
1) Colorida;
2) Pancromática;
3) Infravermelha.
f. Mosaicos:
Reunião de várias fotografias aéreas
I) Controlado – junção feita sem respeitar as minúcias do terreno
II) Não controlado – junção minuciosa e perfeitamente casado com o Ter-
reno.
g. Inscrições marginais das fotografias aéreas:
I) Responsabilidade de execução da Força Aérea;
II) Em principio seu grau de sigilo é reservado:
III) Leitura:
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E Aer – 50 A3 – 5:6:V – 23:6:1000 - 200:500 – 2355S4313W – ESTÁDIO MUNICIPAL, RJ –
CONFIDENCIAL
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3) Homem – ponto ou baliza: Será utilizado principalmente quando
estivermos operando em locais de difícil visibilidade e onde a orientação através bússola se torne
algo não só necessário como também quase exclusivo.
II) Aferição do passo: Passo simples e passo duplo
III) Situação de emprego:
1) Dar a direção de navegação;
2) Orientar o DAC através da carta da bússola e do terreno;
3) Situações de neblina, mata densa, escuridão, etc.
b. Procedimentos peculiares ao Homem – carta / Homem – bússola durante as
ações de Comandos:
I) Fase de planejamento e preparação:
1) Missões:
a) Iluminar a carta se for necessário;
b) Tirar azimutes e distâncias para pontos nítidos no itinerário;
c) Impermeabilizar;
d) Criptografar toda informação escrita nas cartas;
e) Evitar ao máximo caracterizar de maneira definitiva o itinerário e
o objetivo da missão;
f) Utilizar recursos para eliminar com o máximo de velocidade as
informações para que, em caso de captura nada caia nas mão do inimigo.
2) Materiais a conduzir:
a) Bússola com sinal fosforescente;
b) Aferir a bússola através da utilização de outra bússola;
c) Porta carta;
d) Bastão para o homem – ponto;
e) Lanterna velada;
f) Poncho sempre à mão;
3) Planejamento do itinerário principal e alternativo:
a) Verificar o melhor itinerário considerando o desgaste da tropa, o
sigilo, a dificuldade de progressão, a surpresa e a rapidez.
b) Prever pontos de reunião no itinerário.
c) Levantar azimutes de fuga;
d) Levantar pontos críticos;
e) Levantar todos os azimutes e distâncias;
f) Estudar todo o terreno e avaliar o que vai ver durante sua
progressão, prever quais elevações serão ultrapassadas, igarapés, etc.
g) Preparar os meios visuais, juntamente com toda equipe de
navegação (o homem – carta assessora constantemente o comandante em seu planejamento e
coordena a preparação dos meios visuais).
h) Preparar o caixão de areia;
i) Procurar nunca exfiltrar pelo mesmo itinerário de infiltração.
j) Quadro de Itinerário de infiltração e exfiltração com azimutes e
distâncias.
4) Durante a execução da missão:
Assessorar constantemente o comandante informando-o com antecedência dos pontos críticos,
pontos de reunião, PRPO, etc.
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Topografia – Objetivos (Orientação ao aluno do Curso de Ações de Comandos
25
Curso de Ações de Comandos – Ações de Comandos
1. Generalidades
a. Definição
1) Ações de Comandos
São ações normalmente agressivas, realizadas por tropa qualificada, de valor e constituição
variáveis, através de uma infiltração por terra, mar ou ar contra alvos de valor significativo,
localizados em áreas hostis ou sob controle do Ini.
a. Pré isolamento.
- Cmt Btl F Esp já Rcb a Mis e encontra-se Rlz Estudo de Situação com seu EM.
- Elm subordinados Rlz Adst específico, em A semelhante a da Mis Rcb , com todas
Crtr que a envolve.
b. Isolamento
1) Crtr.
2) Finalidades
- Cria condições para que a fração empenhada se dedique integralmente para a Prep,
Plj e Trn da missão
3) Área de Isolamento
a) Sec Or
b) Instalações existente.
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c. Infl
1) Definição
3) Trm: PRPO
d. Aç Obj
2) Tipos
e. Exfl
1) Definição
- Técnica de Mvt, Rlz de modo sigiloso, com a finalidade de retirar pes-soal e ou material
de área hostil ou sob Ct Ini.
- Retorno p/ A Amg.
f. Debriefing
3) A crítica é sempre Rlz após o período de repouso e avaliação médica, será nos moldes
do “BRIFIN”.
27
3. Organização geral e particular do DAC
a. Geral
DAC
GpCmdo
1) Esc Ass
a) Gp Ass
c) Gp Ap Fo
2) Esc Seg
c) Gp proteção.
3) Gp Cmdo
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c. Missões
a) Escalões
1) Assalto
2) Segurança
- Missões específicas.
b) Grupos
- As missões dos escalões serão distribuídas aos grupos, de uma ma- neira bem mais
precisa e detalhada.
c) Gp Cmdo
d) Obs:
(2) As Missões atribuídas aos Escalões ou Grupo, para fins metodológicos, devem,
em princípio ser na Ordem Cronológica dos eventos
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- Exemplos:
(a) Na In
- Outra missões.
(c) No PRPO
- Missões especificas.
- Detalhar bem.
- Missões inerentes
5. Conduta do DAC
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j) Visibilidade
c) Raciocinar com:
- Velocidade de deslocamento.
b. P Reu
1) Generalidades
- Os possíveis Pt Reu são levantadas pelo estudo na carta, sendo confirmado durante o
Dsloc, devendo ser conhecido de todos os componentes.
2) Tipos
- PRPO
3) Procedimentos
c. Aç Ctt Ini
d. Aç E Prgo e Pt Ctc
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1) Generalidades.
- São áreas ou pontos que oferece restrições ao Mvt, ficando, normal-mente, o DAC
vulnerável aos Fo e ou a Obs Ini.
2) Procedimentos Gerais.
3) Procedimentos particulares.
a) Estradas - Curvas ou trechos mais estreitos que possua cobertas de ambos os lados.
b) Clareiras - Desbordar.
c) Pontes - Evitar Rec e Vig todos os Pt que permitam Obs e Fo sobrea mesma.
d) Cursos d'água - Rec margem de partida e Rec e Estb Seg na margem oposta.
e) Casebres ou povoados
- Evitar
- Mnt distâncias suficiente no desbordamento, para que os cães não percebam o Dst.
- Rec antes.
32
g) Obt artificiais
- Evitar passagens.
e. Controle
- A cadeia de comando é o Pcp Elm Ct, no entanto as ordens podem ser transmitida pelo
Cmt diretamente a algum homem.
- Contagem.
- Pela coluna.
f. Segurança
1) Durante o Plj.
2) Durante os Dsloc.
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- Segurança à frente, com distância compatível
- Seg à retaguarda.
3) Nos altos
b) Congelar
d) Alto guardado
- Parada mais prolongada, na qual o Dst toma um Dspo mais aberto e Elm podem
ser destacados para Ocp Pos dominates.
4) Nos Obj
g) Ação no objetivo
- Rlz Rec.
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- Estb Seg.
- Gp Ass conquistam o Mnt Obj, protegendo a atuação dos demais Gp de seu escalão.
- Não existindo Ap Fo, O(s) Gp(s) Ass poderá (ão) realizar o Ass pelo Fogo.
h. Retraimento
- Gpos perseguidos não deve denunciar o PRPO. Iludir o Ini por meio de Prog em
terreno difícil. Reestabelecer o Ctt c/ DAC em outros P Reu ou Ret isoladamente.
35
Curso de Ações de Comandos – FAL 7,62 M964 Para-Fal
FUZIL AUTOMÁTICO LEVE 7.62mm M964 (PARA - FAL)
1. HISTÓRICO
O fuzil semi-automático é a arma longa, que utilizando a força de expansão dos gases, realiza todas as
operações de funcionamento menos o DESENGATILHAMENTO, O DISPARO E A PERCUSSÃO.
O primeiro modelo realmente prático foi criado por HIRAM MAXIM em 1884.
Em 1885, o austríaco VOM MANNLICHER projetou um fuzil que podia ser utilizado como automático e
semi-automático. Em 1886 surgiu o cartucho metálico "LEBAL" , utilizando pólvora seca, que permitiu a
rápida evolução dos modelos semi-automáticos. Na 1ª GUERRA MUNDIAL são utilizados dois modelos: o
americano "MONDRAGOM" e o francês "SAIT ETIENNE". na 2ª GUERRA MUNDIAL , apareceram
diversos modelos: os americanos "GARAND" , "MAUSER 41mm" e "WALTER" 41mm" e os russos "G-43" E
"MP-44". Em 1953, buscando facilitar o apoio logístico mútuo, as nações pertencentes à OTAN
(Organização do tratado do Atlântico Norte) resolveram padronizar o armamento e munição de suas forças
armadas . Foi adotado o calibre 7,62mm para o armamento leve.
2. APRESENTAÇÃO
3. CARACTERÍSTICAS
a. Aspectos classificatórios
1) Tipo....................Portátil
2) Emprego.............Individual
4) Funcionamento...Semi-automático
5) Carregamento.....Retrocarga
7) Calibre...............7,62mm
b. Dados Numéricos
1) Peso:
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- Da arma sem o carregador.............. 4,200 Kg
4) Alcance máximo...............................3.800 m
5) Alcance de utilização:
- Sem luneta.....................................600 m
- Com luneta.....................................800 m
c. Alimentação
4. ACESSÓRIOS
a. Bandoleira
e. Baioneta
5. SOBRESSALENTES
a. Os sobressalentes são peças que acompanham a arma para uma troca imediata.
6. FERRAMENTAS
7. MUNIÇÃO
-Antipessoal
-Anticarro
-Incendiário
-De exercício
DESMONTAGEM DE 1ª ESCALÃO
1) MEDIDAS PRELIMINARES
2) retirar o carregador
4) travar a arma
5) retirar a bandoleira
2) DESMONTAGEM DE 1ª ESCALÃO
5) retirar o percursor
3) MONTAGEM DE 1ª ESCALÃO
4) MEDIDAS COMPLEMENTARES
1) engatilhar a arma
2) destravar a arma
4) colocar a bandoleira
5) colocar o carregador
1) Carregador
2) Bandoleira
4) Impulsor do ferrolho
5) Pino do percursor
6) Ferrolho
7) Mola do percussor
8) Percussor
11) Êmbolo
2. Desmontagem do 2º escalão
1ª Operação
2ª Operação
DESMONTAGEM DO EXTRATOR
Deve ser feita com cuidado para que o extrator e seu impulsor não sejam lançados a distânciapela forte
pressão do impulsor da mola do extrator.
Há dois processos:
40
1º processo: utilizando a chave do extrator.
3ª Operação
Devemos atarrachá-la completamente com a chave da maça de mira contando o número de “cliks”, o que
permitirá montá-la na mesma posição.
5ª Operação
RETIRADA DO DISPARADOR
41
Identificar o disparador na face esquerda do cano-caixa da culatra
Girá-lo 90º no sentido anti-horário, efetuando leve pressão para trás, continuando o movimento até retirá-lo da
caixa da culatra.
6ª Operação
5ª Operação
RETIRADA DO DISPARADOR
Girá-lo 90º no sentido anti-horário, efetuando leve pressão para trás, continuando o movimento até retirá-lo da
caixa da culatra.
6ª Operação
5ª Operação
RETIRADA DO DISPARADOR
Girá-lo 90º no sentido anti-horário, efetuando leve pressão para trás, continuando o movimento até retirá-lo da
caixa da culatra.
6ª Operação
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7ª Operação
RETIRADA DO MARTELO
Com uma das mãos comprima o martelo para baixo e acionando o gatilho vagarosamente conduza o martelo a
sua posição mais avançada, descomprimindo assim a sua mola.
Com uma chave de fenda ou um cartucho introduzindo por baixo do estojo da mola do martelo, faça-o sair do
apoio da armação, tendo o cuidado de envolvê-lo com mão para evitar o lançamento a distância.
Gire a placa suporte dos eixos para cima e retire-a pela retaguarda. (Importante para não perder os eixos).
O eixo do martelo está livre. Com um toca pino ou mesmo a unha, empurre-o pela esquerda e retire-o pela
direita, a seguir retira o martelo.
8ª Operação
Com um toca pino comprimir o eixo do gatilho intermediário para direita, ao mesmo tempo que segura-se o
gatilho intermediário entre os dedos polegar e indicador para impedir que salte por ação de sua mola.
Continuando a comprimir o eixo, retire-o pela direita e em seguida o gatilho intermediário.
9ª Operação
RETIRADA DO GATILHO
Identificar o gatilho.
10ª Operação
11ª Operação
43
RETIRADA DAS MOLAS RECUPERADORAS
Retire o parafusos da chapa da soleira, observando que o mesmo possui uma arruela de pressão.
Com a chave em “T”, retire o parafuso das molas e outra arruela precavendo-se contra a distensão das molas.
Retirando-se de seu alojamento.
Observe que o parafuso das molas possui uma arruela do tipo lisa e que a extremidade oposta ao parafuso
possui uma haste.
Recomenda-se a desmontagem destas molas sempre que a arma tenha caído na água.
12ª Operação
DESMONTAGEM DO CARREGADOR
Com um toca pino ou cartucho colocado no orifício existente no fundo do carregador, force-o para cima e para
trás até que ele deslize para for cerca de 1cm.
Retire cuidadosamente a mola do carregador até que o transportador esteja pronto para sair.
Gire-o no sentido longitudinal retirando-o pela parte posterior do carregador. Observe que só uma extremidade
da mola encaixa-se perfeitamente no transportador.
-ALÇA DE MIRA: É graduada de 200 a 600m e possui 2 parafusos para correção de direção.
2) Na ARMAÇÃO, encontramos:
a) Chaveta do trinco da armação;
b) Mecanismo da armação:
(1) Registro de tiro e segurança
(2) Impulsor do martelo: haste-guia da mola do martelo, mola do martelo e estojo da mola do martelo
(3) Placa suporte dos eixos
(4) Martelo e eixo do martelo
(5) Gatilho intermediário e seu eixo
(6) Gatilho e impulsor do gatilho intermediário
(7) Impulsor do gatilho
Eixo da armação e cavilha do eixo da armação
4) No CANO, encontramos:
a) Câmara
b) Quebra-chamas
(1) Bocal para o lançamento de granadas;
(2) Entalhe para fixação da baioneta;
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(3) Receptor do reforçador para o tiro de festim;
5) No CARREGADOR, encontramos:
a)Corpo do carregador
b)Mola do carregador
c)Abas do carregador
d)Transportador
e)Gancho do carregador
f) Fundo do carregador
7) Na CORONHA, encontramos:
Fal 7,62mm M 964 Para-Fal – Objetivos (Orientação ao aluno do Curso de Ações de Comandos
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48
Legenda
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Curso de Ações de Comandos – Pst 9mm M973 IMBEL
Esta excelente pistola militar é derivada da famosa Pst 45 M911, fabricada e aperfeiçoada ao longo
de 70 anos pela Colt a parte do projeto de John Browning e transformada para o calibre 9mm pela
IMBEL - Itajubá.
Pela sensatez do seu desenho, segurança e robustez, os peritos militares a consideram a melhor
arma de defesa aproximada já construída. Por este motivo, sobreviveu a duas guerras mundiais,
continuando a prestar excelentes serviços até hoje. A sua confiabilidade para o combate e precisão de
tiro permanecem inalterados.
A IMBEL, depois de fabricá-la por muitos anos no calibre 45, estudou e projetou sua fabricação ou
transformação para calibre 9mm Parabellum. Suas peças componentes recebem tratamento superficial
para climas e condições Tropicais e o seu carregador passou a ter capacidade para 08 cartuchos, que,
com mais um na câmara perfaz um carregamento total de 09 cartuchos, suficientes para utilização em
combate, com rápida troca de carregador se necessário, mantendo o equilíbrio da arma sem lhe alterar
a empulha dura anatômica.
Apesar de criticada por alguns, os laboratórios militares até hoje não conseguiram criar outro tipo
de arma de porte que conseguisse reunir, com acentuada vantagem, as características da Pst ou a
suplantassem nos aspectos considerados negativos.
CARACTERÍSTICAS
Aspectos Classificatórios
Tipo : De porte
Emprego: Individual
Carregamento: Retrocarga
Calibre: 9 mm.
Dados Numéricos
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Peso sem carregador ..................................................... 1,01 Kg
Acessórios
Medidas Preliminares
Comprimir a cabeça serrilhada do retém do carregador que liberará o carregador de seu alojamento no
punho, impulsionado por sua mola.
Com o polegar leve o cão para a retaguarda, compriam a tecla do gatilho e controle o movimento
para frente do cão, sem deixar haver o choque no percurssor.
51
Desmontagem de 1º Escalão
É realizada pelo usuário e tem finalidade executar a manutenção de 1º escalão. Tem 6 operações.
a) Puxe o cão para a retaguarda e gire o Dispositivo de Segurança do cão para cima.
b) Apoiar a arma com o cano voltado para cima e o punho para o operador. Comprimir a
cabeça serrilhada do estojo da mola recuperadora e girea manga do cano para a esquerda
(sentido horário). Afrouxar gradativamente a pressão sobre o referido estojo até que o mesmo
sai do seu alojamento forçado pela mola recuperadora, tendo o cuidado para não soltar de vez
o estojo.
a) Recuar o ferrolho até que a extremidade do ressalto serrilhado da chaveta coincida com
entalhe médio existente no ferrolho, empurrar o eixo da chaveta que aflora do lado direito da
armação, retirando-as em seguida.
a) Tendo o cuidado de manter o punho voltado para cima, puxa-lo para a retaguarda, mantendo o
ferrolho na mão.
a) Retire o tubo guia pela retaguarda puxando-o. A mola recuperadora é retirada pela frente do
ferrolho.
a) Ainda com o ferrolho na posição anterior, vira-se o elo de prisão do cano para a boca do
mesmo. Em seguida, levanta-se a parte posterior deste, fazendo com que se desengrazem do
ferrolho os ressaltos engrazadores do cano e lava-se o cano para a frente até que abandone
totalmente o ferrolho.
Carregador;
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Manga do cano;
Armação;
Mola recuperadora;
Cano;
Ferrolho.
a) Com o ferrolho na palma da mão, coloque o cano no seu alojamento tendo o cuidado para que
o elo de prisão do cano fique virado na direção da boca do cano. Observe se os ressaltos
engrazadores do cano encaixaram no ferrolho.
a) Ainda com o ferrolho na mão, coloque a mola recuperadora pela parte anterior do ferrolho. O
tubo guia da mola entrará na mola e ficará junto ao elo de prisão do cano, sobre o cano. O elo
de prisão do cano ficará para cima.
a) Ficando com o punho para baixo, leve o ferrolho até a posição em que coincida o olhal do elo de
prisão com o olhal da armação.
b) Coloque a chaveta de fixação do cano pela esquerda, após recue o ferrolho até que a
extremidade do ressalto serrilhado da chaveta coincida com o entalhe médio. Para a chaveta
ficar na sua posição correta basta empurá-la contra a arma.
c) Travar a arma.
53
a) Apoiar a arma com o cano voltado para cima e o punho para o operador. Coloque a manga do
cano na mesma posição em que saiu com o ressalto de fixação na direção da mola.
a) Comprima o estojo da mola até entrar totalmente no seu alojamento. Após gire a manga do
cano para a direita, até ficar na sua posição correta.
c) Gire o dispositivo de segurança do cão para baixo,. Puxe o cão para trás, comprima a tecla do
gatilho.
Medidas Complementares
Empunhar a arma, com cano para cima e agindo na parte serrilhada do ferrolho, trazendo-o para
a retaguarda e largando-o .
Desmontagem de 2º Escalão
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2ª Operação: RETIRAR O EXTRATOR
Introduzir uma chave de fenda em sua parte posterior, onde estava alojada a placa retém, e fazer
pressão para fora até que ele saia de seu alojamento.
b) Desengatilhar a arma.
c) Com o polegar, leve o cão para a retaguarda, comprima a tecla do gatilho e controle o
movimento pra frente do cão, sem deixar haver o choque na armação.
Retirar, com o auxílio de um toca-pino. O retém do bloco alojamento e em seguida fazer com
que este deslize nas suas corrediças até que saia do seu alojamento. Para esta operação é
necessário que a arma esteja desengatilhada.
Trazer o cão à retaguarda e a 2/3 da posição de engatinhamento. Puxar o disposito por seu
ressalto serrilhado para fora, fazendo, ao mesmo tempo, movimentos oscilatórios em torno de
seu eixo para facilitar sua retirada. O cão na posição de 2/3, permite que o Dispositivo de
Segurança do Cão realize um pequeno movimento para cima.
Com a ação descrita anteriormente vemos que o dispositivo de segurança do gatilho está solto,
bastando retirá-lo do seu alojamento.
Retirar, com auxílio de um toca-pino, o eixo da noz de armar. Ficarão soltas a alvanca de disparo
e a noz de armar.
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Fazendo pressão sobre a cabeça serrilhada do retém, girar para a esquerda (sentido anti-horário)
utilizando um apequena chave de fenda, seu pino de fixação retirando em seguida o referido
retém de seu alojamento na armação.
Montagem de 2º Escalão
Coloque o transportador, a mola e com cuidado a chapa retém do fundo do carregador. O fundo
do carregador ficará preso pela chapa retém.
Colocar o gatilho pela parte trazeira da armação, fazendo-se deslizar até sua posição normal.
56
Colocar o retém do carregador na armação da maneira que a cabeça serrilhada faceie a armação.
Com uma chave de fenda girar o pino de fixação do retém para à direita.
Fazer o sistema alavanca de disparo - noz de armar fora da arma e colocá-lo no lugar (o apoio
dos dentes do cão na noz de armar pelo lado esquerdo da armação (a face reta do eixo ficará a
esquerda)
Alojar a parte inferior da mola tríplice na ranhura existente na armação, de modo que o ramo
esquerdo repouse sobre o ressalto apoio da mola tríplice na noz de armar. O ramo central deve
repousar na cauda da alavanca de disparo. Para facilitar a montagem, pode-se prender a mola
tríplice, colocando parcialmente o bloco no alojamento da mola do cão.
Ferrolho
Cano
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Armação
Carregador
Ferrolho
Extrator;
Cano
Boca e alma;
Ressaltos engrazadores;
Rampa de acesso.
Armação
Noz de armar;
Alavanca de disparo;
Mola tríplice;
Gatilho;
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Dispositivo de segurança do gatilho;
Retém do carregador;
Punho;
Placas do punho;
Ejetor.
Carregador
Corpo;
Mola;
Fundo;
Funcionamento
Recuo do Sistema
Destrancamento - Os gases agindo sobre o fundo do culote do cartucho farão com que o
ferrolho recue, trazendo consigo o cano.
O elo de prisão do cano inclinando-se para trás, faz com que o cano se desengraze do ferrolho
havendo a perda de contato dos ressaltos engrazadores do cano com seus alojamentos no
ferrolho.
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Extração 2º Fase - No seu movimento para trás, o ferrolho ao deixar de ter contato com o
cano, começa a tirar da câmara o estojo, por intermédio da garra do extrator que o estará
prendendo.
Ejeção - O ferrolho no seu recuo faz com que o estojo do cartucho bata no ejetor, forçando o
mesmo para fora pela janela de ejeção.
Engatilhamento 1 º Fase
- Noz de armar - A noz de armar que é articulada com a alavanca de disparo, fica com seu
movimento livre, girando e colocando seu apoio dos dentes do cão em condições de
impossibilitar o avanço do cão.
Avanço do Sistema
Os gases deixam de exercer pressão no ferrolho e este começa a ser empurrado para frente por
ação da mola recuperadora, que começa a distender-se.
Introdução - O ferrolho no seu movimento para frente começa a empurrar o cartucho. Quando
começa a entrar na câmara pela rampa de acesso dá-se a introdução.
Fechamento - O ferrolho empurra o cano para frente, havendo o contato na câmara com a
parte anterior do alojamento do percussor.
Trancamento - O cano e ferrolho continuando para frente até o momento em que os ressaltos
engrazadores do cano entram em seus alojamentos dando-se o trancamento. O elo de prisão do
cano fica na posição vertical.
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Extração 1º Fase - O ferrolho quando fica trancado, força a garra do extrator a empolgar o
culote do cartucho, ficando este solidário ao ferrolho.
Ação do Atirador
Disparo - o cão gira violentamente para a frente por ação de sua mola, chocando-se
violentamente com a cauda do percussor, que avança no interior do seu alojamento.
Percussão - O percussor comprimindo sua mola, indo sua ponta alojar-se no seu orifício, fere
a cápsula do cartucho. Em seguida o percusssor retrai-se por descompressão da sua mola.
Observação: As fases descritas se repetirão para cada disparo, somente havendo diferença no
último disparo, pois que, ficando o carregador vazio, a rampa comando do transportador suspende o
dente-retém do ferrolho na chaveta de fixação do cano e este prende o ferrolho à retaguarda por meio
do entalhe anterior que existe no mesmo.
Segurança
- Atuando-se no dispositivo de segurança para cima, até que penetre no entalhe existente à
retaguarda e a esquerda do ferrolho trava-se a arma. Esta operação só é possível estando a arma
engatilhada. Na posição de repouso, o dispositivo em questão, não poderá ser movido porque o
seu dente de segurança é barrado pela noz de armar que impede, devido a sua posição no
mecanismo, a passagem do dente de segurança. Estando a arma engatilhada, há possibilidade da
noz de armar dar passagem ao dente de segurança, podendo então o dispositivo movimentar-se,
indo o dente de segurança colocar-se apoiado à retaguarda da noz de armar imobilizando-a .
61
- Atuando-se no dispositivo de segurança do cão para baixo, em inverso ao da operação
anterior - destrava-se a arma.
Dente de segurança do cão - Fica situado na parte anterior e superior do cão, sendo mais
profundo que o dente de engatilhamento. Imobiliza a noz de armar mesmo que haja compressão
simultânea da tecla do gatilho e do dispositivo de segurança do gatilho. Para utilizarmos esta
segurança da arma, bastará trazer o cão para a retaguarda cerca de 1/3 de seu recuo.
Incidentes de Tiro
Retirar o carregador
Examinar a câmara
Sanar o incidente.
Recolocar o carregador
Carregar a arma
Reiniciar os tiros.
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63
64
1- CANO:
a)alma
b)boca
c)raias
d)cheios
e)câmara
f)rampa de acesso
g)ressaltos engrazadores
h)encaixe do elo de prisão do cano com olhal
2- ELO DE PRISÃO DO CANO
3- EIXO DO ELO DE PRISÃO DO CANO
4- CHAVETA DE FIXAÇÃO DO CANO:
a)eixo
b)dente-retém do ferrolho
c)ressalto serrilhado
5- FERROLHO:
a)janela de ejeção
b)superfícies entalhadas
c)inscrições
d)traço de referência do entalhe de mira
e)alojamento do bloco com entalhe de mira (alojamento da alça de mira)
f)rebaixo dos ressaltos engrazadores
g)guias de deslizamento
h)cavado na parte ínfero-posterior, para alojamento da cabeça da alavanca de disparo
6- MASSA DE MIRA
7- BLOCO DE MIRA (alça de mira)
8- MANGA DO CANO:
a)ressalto de fixação
b)alojamento do cano
c)virola
9- ESTOJO DA MOLA RECUPERADORA:
a)corpo
b)cabeça serrilhada
10- MOLA RECUPERADORA
11- TUBO-GUIA DA MOLA RECUPERADORA:
a)corpo
b)virola
12- EXTRATOR:
a)corpo
b)garra
c)cauda com alojamento da placa-retém do percussor e do extrator
13- PERCUSSOR:
a)cauda
b)corpo
c)ponta
14- MOLA DO PERCUSSOR
15- PLACA-RETÉM DO PERCUSSOR E DO EXTRATOR
16- CÃO:
a)testa
b)cabeça serrilhada
c)dente de segurança
d)dente de engatilhamento
e)olhal do eixo do cão
f)olhal para articulação com a alavanca de armar o cão
17- EIXO DO CÃO
18- ALAVANCA DE ARMAR O CÃO
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a)olhal para a articulação com o cão
b)ponta
19- EIXO DE ARTICULAÇÃO DA ALAVANCA DE ARMAR O CÃO COM O CÃO
20- ALAVANCA DE DISPARO:
a)cabeça
b)olhal para a articulação com a noz de armar
c)cauda
21- NOZ DE ARMAR:
a)ressalto-apoio da mola tríplice
b)apoio dos dentes do cão
c)olhal do eixo da noz de armar
d)encaixe da alavanca de disparo
22- EIXO DA NOZ DE ARMAR
23- MOLA TRÍPLICE:
a)mola da noz de armar (ramo esquerdo)
b)mola da alavanca de disparo (ramo central)
c)mola do dispositivo de segurança do gatilho (ramo direito)
24- DISPOSITIVO DE SEGURANÇA DO GATILHO:
a)cabeça
b)corpo
c)dente de segurança
d)olhal do eixo do dispositivo de segurança do cão
e)engrazadores
25- BLOCO ALOJAMENTO DA MOLA DO CÃO:
a)olhal do retém do bloco alojamento
b)olhal do pino-retém da cabeça-apoio superior da mola do cão
c)superfície serrilhada
d)ressaltos engrazadores
26- CABEÇA-APOIO SUPERIOR DA MOLA DO CÃO
27- PINO-RETÉM DA CABEÇA-APOIO SUPERIOR DA MOLA DO CÃO
28- MOLA DO CÃO
29- CABEÇA-APOIO INFERIOR DA MOLA DO CÃO
30- RETÉM DO BLOCO ALOJAMENTO DA MOLA DO CÃO
31- ALÇA PARA O FIADOR
32- PINO-RETÉM DA ALÇA PARA O FIADOR
33- GATILHO:
a)tecla
b)corpo
c)cauda
34- DISPOSITIVO DE SEGURANÇA DO CÃO:
a)corpo
b)ressalto serrilhado
c)dente de segurança
d)eixo do dispositivo de segurança do cão
35- ARMAÇÃO:
a)punho
b)berço
c)guarda-mato
d)alojamentos, encaixes, orifícios, entalhes e corrediças
36- EJETOR:
a)corpo
b)dente
c)alojamento do pino de fixação
37- PINO DE FIXAÇÃO DO EJETOR
38- ALOJAMENTO DA MOLA COMUM À CHAVETA DE FIXAÇÃO DO CANO E AO DISPOSITIVO DE SEGURANÇA
DO CÃO
66
39- CABEÇA-APOIO DA CHAVETA DE FIXAÇÃO DO CANO
40- MOLA COMUM À CHAVETA DE FIXAÇÃO DO CANO E AO DISPOSITIVO DE SEGURANÇA DO CÃO
41- CABEÇA-APOIO DO DISPOSITIVO DE SEGURANÇA DO CÃO
42- PORCAS DOS PARAFUSOS DAS PLACAS DO PUNHO
43- RETÉM DO CARREGADOR:
a)cabeça serrilhada
b)alojamento do fixador do retém do carregador
44- MOLA DO RETÉM DO CARREGADOR
45- FIXADOR DO RETÉM DO CARREGADOR
46- PLACA DIREITA DO PUNHO
47- PLACA ESQUERDA DO PUNHO
48- PARAFUSOS DAS PLACAS DO PUNHO
49- CORPO DO CARREGADOR:
a)entalhe para o dente-retém do ferrolho
b)orifícios para a contagem dos cartuchos
c)abas
50- MOLA DO CARREGADOR
51- TRANSPORTADOR:
a)Rampa de comando do transportador
52- FUNDO DO CARREGADOR
53- PLACA-RETÉM DO FUNDO DO CARREGADOR
54- ESCOVA DE LIMPEZA DO CANO
55- PORTA-ESCOVA
56- VARETA DA ESCOVA DE LIMPEZA
Pst 9mm M973 Imbel – Objetivos (Orientação ao aluno do Curso de Ações de Comandos
67
Curso de Ações de Comandos – Mtr MAG 7,62 M971
I – APRESENTAÇÃO
A Mtr 7,62 M971 “MAG” é uma arma que funciona por ação dos gases resultantes da
queima da carga de preojeção do cartucho. É normalmente usada como Mtr de infantaria ou de
helicópteros, podendo ser adaptada a CC ou aviões de pequeno ou médio portes. Graças a sua
construção, pode variar sua cadência de tiro, o que auxilia a obtenção da densidade de fogo
desejada em cada caso.
A – DESIGNAÇÃO
B – CLASSIFICAÇÃO
Quanto à refrigeração A ar
C – ALIMENTAÇÃO
Capacidade para 1 fita de alimentação com 50
Carregador
cartuchos
68
D – RAIAMENTO
Sentido À direita
E – APARELHO DE PONTARIA
F – DADOS NUMÉRICOS
Calibre 7,62mm
Do cano completo 3 Kg
Do reparo 10,450 Kg
69
II – MUNIÇÃO
A Mtr 7,62 M971 utiliza munição conforme quadro abaixo:
Nomenclatura Tipo
Car 7,62 M1 Comum
III – DESMONTAGEM
A – MEDIDAS PRELIMINARES
4 – Retirar a fita
B – CANO
C – QUEBRA-CHAMAS
70
D – REGULADOR DE GASES
E – CORONHA
Pressionar o retém do bloco posterior situado sob a coronha e retirar esta por cima.
F – RECUPERADOR
Pressionar o retém do eixo guia do conjunto recuperador para a frente e para cima até
liberá-lo e retirar por trás o conjunto.
Trazer a alavanca de manejo para a retaguarda e retirar as peças por trás da caixa da
culatra.
H – MECANISMO DA ARMAÇÃO
IV – MONTAGEM
Proceder na ordem inversa da desmontagem, observando-se os seguintes detalhes:
Mtr 7,62mm M971 MAG – Objetivos (Orientação ao aluno do Curso de Ações de Comandos
71
Curso de Ações de Comandos – AT-4
1. CONSTITUIÇÃO
2. IDENTIFICAÇÃO DA ARMA
3. GENERALIDADES
a. O AT-4 é um armamento anticarro, sem recuo, de emprego individual e que utiliza o porta
tiro como lançador, sendo descartável após o uso.
b. Dispara uma granada de alto explosivo anticarro, com traçante, eficaz, primordialmente,
contra alvos blindados e, secundariamente, contra fortificações e pessoal.
4. DADOS NUMÉRICOS
- Peso....................................................................... 6,8 Kg
- Calibre.................................................................... 84 mm
- Comprimento.......................................................... 01 m
72
5. DESCRIÇÃO E NOMENCLATURA
6. MECANISMO DE DISPARO
1. REGISTRO DE SEGURANÇA
2. BOTÃO DE DISPARO
4. ENTALHE DE ARMAR DA
HASTE DE DISPARO
5. HASTE DE DISPARO
7. INSPEÇÕES
73
5) Aparelho de pontaria;
7) Registro de segurança;
b. Armazenamento
a. Generalidades
b. Dados numéricos
- Peso....................................................................... 6,8 Kg
- Calibre.................................................................... 9 mm
- Comprimento.......................................................... 01 m
c. Munição
74
d. Manejo
5) Girar o ferrolho no sentido horário até que atinja a posição “F “, posição em que a arma
estará pronta para o disparo.
9. POSIÇÕES PARA
TRANSPORTE
75
10. POSIÇÕES DE TIRO
76
f. Ajustar a alça de mira para o alcance estimado do alvo
i. Apontar a arma
77
12. COMO APONTAR A ARMA
a. Para alvos estacionários ou movendo-se na sua
direção, posicionar o vértice da massa no centro do
alvo.
a. Seguranças
- Haste de segurança : Impede que a haste de disparo atinja o percussor, quer atuando na própria
haste de disparo, quer atuando no passador excêntrico (depende da posição da alavanca de armar);
b. Mecanismo de disparo
- Ao ser acionado o botão de disparo, este libera a haste de disparo a qual é conduzida em
direção ao percussor por ação da mola principal. O percussor, por sua vez, atinge a estopilha (que fica
na parte superior da granada), que inflama o multiplicador de ignição, acionando a carga de propulsão
de base dupla.
78
14. INCIDENTE DE TIRO (NEGA)
a. Se a arma não disparar ao ser acionado o botão de disparo, proceda da seguinte forma
1) Esperar 05 segundos;
b. Persistindo a nega
c. Persistindo a nega
a. Composição
-Estopilha lateral
-Granada
-Escorva
b. Granada
-Ogiva
-Corpo da granada
-Carga oca
79
-Conjunto do dispositivo de segurança
-Espoleta Elétrica
-Traçante
c. Dispositivo de segurança
- Atua isolando o detonador e a carga explosiva; sendo que o alinhamento entre eles se dará em
torno de 15 a 25m da boca da arma, quando o rotor terá girado.
a. Área A
b. Área A + B
80
Curso de Ações de Comandos - CSR 84mm M3 (Carl-
Gustaf
Dentre todos os armamentos vistos neste dia de instrução, o Carl Gustaf é o que de
imediato, ou seja no curso, o Comandos vai menos empregar. No entanto, após o término destes
meses de formação, o CAN 84mm é um armamento de amplo emprego na Companhia de Ações
de Comandos onde o futuro Cmt de DAC ou Cmt de Grupo deverá ter um profundo
conhecimento pois as instruções e tiros já foram executados, e o Sd Comandos é um militar que
executa com a máxima precisão as tarefas dele exigidas.
1. Introdução ao Sistema:
a. A finalidade e o papel do Sistema Carl-Gustaf:
O Carl-Gustaf M3 é um canhão sem recuo anti-tanque de apoio próximo e de múltiplo
propósito.
b. Características:
I) Carregamento: retrocarga;
II) Tipo de percussão: Lateral;
III) Ação dos gases: Saindo pelo venturi equalizando a força de recuo;
IV) Condições de operação: Projetado para suportar condições desérticas,
tropicais ou árticas.
V) Peso: 10 Kg (para transporte 21 Kg)
VI) Alcance eficaz: Dependendo do tipo de granada: HEAT 551 – 700m; HE
441B – 1000 m; FUMÍGENA 469 B – 1300 m; ILUMINATIVA 545 – 2300 m
VII) Comprimento da arma: 1,065 m
81
c. Munição:
82
1) Destinada ao uso contra tropas, veículos de transporte leves e
similares;
2) Equipada com espoleta de impacto e tempo;
3) Capuz de borracha que protege a espoleta deve ser removido antes
do disparo;
4) Corpo de aço com suplementos de neoprene contendo
aproximadamente 800 esferas de aço;
5) Cor: Preto
6) Peso da Granada: 3,15 Kg;
7) Carga de transporte é de 8,2 Kg (02 granadas + Container).
83
1) Destinada à iluminação muito rápida de áreas do alvo;
2) Equipada com uma espoleta pirotécnica graduada de 200 a 2300 m
subdividida em espaços de 50 m;
3) O tempo de queima é de 30 Seg;
4) Verde claro;
5) Peso: 3,1 Kg;
6) Carga de transporte: 8,0 Kg.
V) TREINAMENTO TP 552:
1) Destinada para ser usada como munição de treinamento para a
granada HEAT 551;
2) Possui motor de foguete idêntico ao da granada HEAT 551;
3) Cor: Preto
4) Peso: 3,2 Kg;
5) Carga de transporte: 8,7 Kg.
2. Apresentação do armamento:
I) Mecanismo de disparo;
II) Encosto do ombro;
III) Bipé.
84
b. Desmontagem de 1º escalão:
I) Percursor;
II) Mola principal;
III) Alavanca de engatilhar;
IV) Haste de disparo;
V) Mola do extrator.
3. Limpeza do canhão:
a. O laminado que envolve a camisa de aço do cano é sensível à imersão em
agente desengraxante (querosene);
b. A alma é limpa com material de limpeza, lubrificante e conservante;
c. O canhão é limpo com isopropanol (álcool) externamente;
d. A alma é lubrificada com material de limpeza, lubrificante e conservante;
e. O canhão é secado externamente com um pano seco;
f. O mecanismo pode ser limpo separadamente pois a imersão poderá ser feita se
necessário;
4. Inspeção diária:
a. Inspecione a parte externa do tubo (cortes ou riscos profundos);
b. Aponte o canhão contra uma fonte de luz procurando por dentes e trancas dentro
de mira;
c. Inspecione com um medidor de folga se a folga entre o venturi e o tubo é menor
do que 0,25 mm.
5. Segurança:
a. Alô Joe!;
b. Alto nível de ruído (proteção inclusive em combate). No caso de treinamento
proteção dupla;
c. Não atire em abrigo ou defronte a uma barreira;
d. Zona de perigo A e B (45º);
e. Zona A – 0 a 5 m proibido a barreiras árvores e outros obstáculos verticais;
f. Zona B – 0 a 60 m proibido a pessoal
85
g. Normas de segurança para execução do tiro:
I) Utilize sempre os protetores de ouvido;
II) N posição deitado as pernas do artilheiro devem apontar no mínimo 30º
para a esquerda. O pé direito repousa sobre o tornozelo esquerdo;
III) A área de perigo para o pessoal atrás da arma está limitada a um setor
com o raio de 60 m e um ângulo de 45º para ambos os lados da extensão do eixo da alma;
IV) Ao selecionar posições de tiro, verifique que não haja grandes objetos
verticais neste setor dentro de uma distância de 5 m do venturi;
V) Quando atirar de uma trincheira ou de uma cova abrigo, a posição de tiro
deverá permitir que os gases de sopro passem por cima da borda da cova abrigo ou da trincheira.
h. Procedimentos em caso de falha no tiro:
I) Espere 05 (cinco) segundos e reengatilhe o mecanismo;
II) Aponte e puxe o gatilho. Se ocorrer uma nova falha...
III) Espere mais 05 (cinco) segundos. Reengatilhe o mecanismo.
IV) Aponte e puxe o gatilho. Se ainda falhar...
V) ARTILHEIRO: Reengatilhe o mecanismo e coloque a trava de segurança
em S (seguro) e espere por 02 (dois) minutos;
VI) AUXILIAR DE ARTILHEIRO: Após esperar 02 (dois) minutos,
verifique para ver se o pino atingiu a granada.
VII) SIM: Recarregue uma nova granada;
VIII) NÃO: Verifique o percussor e o mecanismo de disparo.
MANTENHA A ARMA SEMPRE APONTADA PARA O ALVO
6.
Posições de tiro:
a. Posição de pé:
b. Posição de Joelhos:
c. Posição sentado:
CERTIFIQUE-SE DE QUE TODAS AS PARTES DO CORPO ESTÃO FORA DA ÁREA
DE PERIGO DO SOPRO.
86
d. Considere todos os alvos frontais e de trás como estacionários mesmo que
estejam se movendo;
e. Se a distância não corresponde a distância do indicador, ajuste para a distância
mais próxima.
8. Regras para pontaria com a granada HEAT:
a. Estimativa da velocidade.
9. Regras para pontaria com a granada HE 441 B:
a. Explosão de impacto no alvo;
b. Explosão de impacto acima do alvo;
c. Explosão de impacto no ar acima do alvo;
10. Regras para pontaria com a granada FUMÏGENA 469 B:
a. Para encobrir unidades inimigas;
b. Para cegar unidades inimigas;
c. Para marcar alvos para Artilharia ou Apoio Aéreo.
11. Regras para a pontaria com a granada ILUMINATIVA 545:
a. Utiliza-se a ranhura especial luminosa no botão de ajuste de distância da luneta
telescópica;
b. Para disparar o botão de ajuste é zerado e então a arma é elevada até que a
ranhura luminosa esteja na horizontal;
c. Ajusta-se a espoleta na distância desejada.
12. Prática:
a. Os Comandos, após tiradas todas as dúvidas, executarão o tiro diurno em um
alvo fixo no terreno.
b. O turno será dividido em três equipes e será executado o tiro por equipes;
I) No tiro diurno, será executado um tiro HEAT direto no alvo;
II) No tiro noturno, será executado dois tiros HE e dois tiros
ILUMINATIVOS de forma que com um CAN 84 mm a equipe ilumine o alvo e com outro seja
executado o tiro no alvo.
II. CONCLUSÃO:
Verificar alguma possível dúvida ou pergunta divulgar os resultados das equipes e executar a
inspeção das armas e sua manutenção.
CSR 84mm M3Carl Gustaf – Objetivos (Orientação ao aluno do Curso de Ações de Comandos
87
Curso de Ações de Comandos – Comunicações
É de fundamental importância que o futuro COMANDOS domine este assunto, pois o rádio será
empregado em todas as missões do curso e principalmente porque será responsável pela
instrução e adestramento do Rádio Operador do Dac que fizer parte ou comandar, para o
cumprimento das missões reais ou de adestramento que, no futuro, receber.
1. APRESENTAÇÃO AO ASSUNTO
- Rádio: principal meio de comunicação nas Ações de Comandos.
- Comunicações sigilosas.
2. HITÓRIA DO RÁDIO
a) 1º GM – Redes em telegrafia morse.
a. EMPREGO
- Flexibilidade.
b. VANTAGENS E DESVANTAGENS
- Vantagens:
- Mobilidade.
- Rapidez
- Desvantagens:
- Possibilidade de interrupção.
- Fronteiras.
88
c. CONJUNTO-RÁDIO
- Constituído de:
- Um transmissor.
- Um receptor.
- Uma antena.
- Acessórios diversos.
1) TIPO
- Ultraportáteis. Ex: ERC 103, ERC 104, ERC 107;
2) FAIXA DE FREQÜÊNCIA.
- Os conjuntos rádio são projetados para emprego dentro de determinada faixa de
freqüência.
- Frequência: Nr de ciclos que ocorrem num segundo, unidade padrão Hertz (Hz)
3) MODULAÇÃO
- Em Amplitude ( AM ) – Consiste na variação da Amplitude da Onda portadora por
meio de sinal que se deseja transmitir; assim, a Onda de Rádio terá maior ou menor
Amplitude, função das variações do Sinal Modulador ( DAC – BOBFEsp ).
RF sem modulação
Sinal de áudio
RF modulada
Portadora
Sinal
Onda modulada
89
- Single Side Band ( SSB ) – A Modulação em SSB ou Faixas Lateral Singela consiste
em uma variação de Amplitude Modulada, com a seguinte diferença: um Sinal AM
possui duas Faixas Laterais ao passo que um Sinal Modulado em SSB possui apenas
uma Faixa Lateral (Grandes distâncias).
4) TIPOS DE SINAL
- Fonia.
- Grafia.
- Teletipo.
- Telégrafo.
- Fac Símile.
5) ALCANCE
- Distância máxima que pode ser coberta, depende de:
- Freqüência ( MUF/FOT)
- Potência do equipamento.
- Localização do conjunto rádio – escolha da posição.
6) TIPOS DE ANTENAS
- Vertical.
- Horizontal.
- Direcional.
7) CLASSIFICAÇÃO
90
e. LINHAS DE TRANSMISSÃO DE RF
- O termo Linha de Transmissão é aplicado a uma linha que é empregada para conduzir ou
guiar energia elétrica de um ponto a outro.
- Terminologia:
Toda Linha de Transmissão tem duas extremidades: a extremidade na qual a energia
elétrica é aplicada e a extremidade em que é por ela entregue. A primeira nesta explicação
é chamada Extremidade de Entrada ou de Gerador e a segunda a Extremidade de Saída ou
de Carga.
- Estendem-se de 10 KHz até acima de 30 GHz que podem ser divididas em várias faixas
de freqüência.
3) PROPAGAÇÃO
- Variam com:
- Solo.
- Altitude.
- Posição geográfica.
91
- Condições atmosféricas.
- Atmosfera:
Troposfera.
Estratosfera.
Ondas Terrestres:
Ondas Ionosféricas:
- Propagação na Ionosfera.
- Zona de Silêncio – ocorre quando a distância de salto for maior que o alcance das ondas
terrestres, o que provoca a existência de uma região que não é atingida por ondas de uma
determinada freqüência.
92
- Freqüência Crítica – considerando apenas a porção da onda que incide verticalmente na
ionosfera, as ondas de freqüência superior a uma determinada freqüência crítica serão refratadas
para o espaço exterior e as de freqüência crítica serão refletidas para a superfície terrestre.
g. RUÍDO RADIOELÉTRICO
- São sinais indesejáveis, provenientes das mais diversas fontes, juntamente com o sinal
desejado na antena receptora.
- O sinal deve ser superior ao ruído para permitir recepção legível, se o sinal igualar ao ruído,
será possível percebê-lo, mas não haverá legibilidade.
FOT – Definimos Freqüência Ótima de Trabalho (FOT), o valor da freqüência que nos assegura
uma probabilidade de comunicações de 90% ao longo de um mês.
Portanto para enlace de certa importância o valr da FOT é considerado como sendo o melhor
compromisso prático, sendo sua expressão dada por: FOT = 0,85 x MUF.
Quando for importante a constância das comunicações use para tráfego a FOT, cuja expressão é
FOT = 0,85 x MUF
93
ANTENAS
Esta instrução trata dos tipos básicos de antenas táticas e de algumas soluções provisórias,
com vistas a construção de antenas expeditas, que substituem as antenas originais dos
equipamentos. Estas soluções são apenas temporárias, mas ajudarão a manter as comunicações.
COMPONENTES
a. Isoladores improvisados
Quando se constrói uma antena é importante que o isolador da antena fique suspenso do solo. É
necessário muitas vezes ao operador de rádio fazer uso de certos materiais que lhe sejam
proveitosos. Embora vidro e porcelana possam ser os melhores materiais isoladores, nem
sempre poderemos dispor deles. Lançaremos não então, de algum expediente para substitui-
los.
- colher de ração
- saco plástico
- botão de uniforme
- pedaço de madeira
- pescoço de garrafa
- cordas de nylon
- borracha ou tira de pano
- tubo PVC
b. Resistores improvisados
- saco com 500 g
- BA – 30
94
c. Condutores
O cabo telefônico EB II CAB-207 pode ser utilizado para as improvisações apresentando
alguma perda nas transmissões.
Obs:
- Testar a condutibilidade do pedaço que será utilizado.
- Desencapar uma polegada nas extremidades, separar os os fios de cobre dos de aço, contando
estes últimos.
- As partes do fio que servirem como antena propriamente dita deverão ser desencapadas.
- Os condutores de energia antena-estação (e vice versa), deverão estar torcidos e
permanecerem encapados.
- Prestar atenção na conexão dos fios positivos e do terra na estação.
- Quando utilizarem a base da antena para fixar o fio positivo na estação, usar a base da antena
longa (ligar no receptáculo da antena externa, dando um maior rendimento).
TIPOS:
- antena plano de terra elevado (pé de galinha)
- antena semi-Rômbica
- antena Fio longo
- antena Dipolo vertical; horizontal.
- antena Vertical
- antena Rômbica
a. Antena Pé-de-Galinha
- ganho de 3,5 vezes
- propagação OMNI- direcional
Instalação:
O fio que está ligado no plano de terra vai par ao rádio e então é ligado a massa da caixa do
EQP. O fio sai da antena (positivo) vai para a borda auxiliar do receptor.
d. Antena Dipolo
- propagação – BI direcional
- direção de propagação – perpendicular.
95
Comunicações – Objetivos (Orientaçãoao aluno do Curso de Ações de Comandos)
96
Curso de Ações de Comandos – Primeiros Socorros
GENERALIDADES
Uma fratura é um osso quebrado. Se há comunicação do meio interno com o meio externo
teremos uma fratura exposta. Se mal manipulada, uma fratura fechada pode transformar-se numa
exposta. Toda fratura requer a colocação de tala, porém alguns tipos de fratura devem ter
cuidados adicionais. Se há dúvida sobre a existência ou não de fratura, o ferimento deve ser
considerado como tal até prova em contrário.
Os efeitos do calor são quase sempre imprevisíveis, cada pessoa reage de uma forma diferente ao
calor.
Há certos tipos de lesões que exigem medidas especiais de primeiro socorro. São elas: ferimento
no tórax (peito), ferimento no abdome (barriga), ferimento no queixo e ferimento na cabeça.
a. Estancar a hemorragia.
Para deter a hemorragia , aplique o curativo retirado do estojo de primeiro socorro, em cima do
ferimento e exerça sobre o mesmo, com a palma e os dedos da mão aberta, uma pressão firme,
continua e uniformemente distribuída. Para coibir hemorragias de maior gravidade, esta
compressão deverá prolongar-se, por um período de tempo de 05 à 10 minutos. Transcorridos 05
à 10 minutos, a compressão manual poderá ser substituída pela das ataduras do curativo,
enroladas em torno da parte ferida.
97
vasos sangüíneos. A elevação do membro ferido faz com que o sangue circule lentamente no
citado membro; em conseqüência, o ritmo da hemorragia será diminuído. Haverá, contudo, a
necessidade de manter a compressão sobre o ferimento, pois sempre circulará certa quantidade
de sangue pelo membro afetado.
Use - o da seguinte forma: Nas amputações de pé, mão, braço ou perna e nas hemorragias das
partes mais altas do braço ou da perna, coloque o torniquete logo acima da ferida ou local da
amputação; Em todos os casos de hemorragia de mão, pé , antebraço ou perna, exceto nas
amputações, coloque o torniquete, conforme o caso, imediatamente acima do joelho ou do
cotovelo; Em todas as situações, aplique o torniquete entre o local da hemorragia e o corpo;
Quando possível, proteja a pele colocando o torniquete sobre a manga ou perna da calça,
devidamente evitadas as rugas na fazenda; Assinale a localização do ferimento, indicando que o
torniquete lhe foi aplicado e a que horas.
Algumas tendências atuais acreditam que não se usa mais o torniquete, em hipótese nenhuma.
b. Proteger o ferimento.
1) O choque é um estado de grande enfraquecimento do corpo. Pode causar a morte. Pode surgir
em qualquer acidente; quanto mais grave o ferimento, tanto maior a possibilidade de sua
ocorr6encia. As hemorragias graves causam o choque. Uma pessoa em choque começa por ficar
trêmula e nervosa; tem sede; torna - se muito pálida, suada e, finalmente, desmaia.
2) O choque pode não aparecer imediatamente após o acidente. Trate o ferido preventivamente,
antes que o choque venha a ocorrer.
3) Para prevenir ou tratar o choque: Faça o ferido descansar de modo confortável. Retire - lhe o
equipamento e tudo o mais que estiver carregando. Afrouxe o cinto e desabotoe o fardamento.
Não mova desnecessariamente. Se encontra em posição anormal e não há fraturas aparentes,
mude-o, suavemente para uma posição mais normal.
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Se há lesões na cabeça, queixo ou tórax, coloque - o numa posição em que sua cabeça e membros
fiquem em nível inferior ao resto do corpo, a fim de que o sangue possa afluir livremente ao seu
cérebro. Este efeito é conseguido colocando sua mochila ou qualquer objeto embaixo dos seus
pés ou, caso o terreno possua rampa mudando delicadamente a posição do acidentado, de forma
que sua cabeça fique em nível inferior ao seus pés. Mas lembre - se: não erga uma perna
fraturada, nem movimente um acidentado que apresente fratura, senão após ter aplicado talas à
parte fraturada. Mantenha o ferido confortávelmente aquecido enrolando - o em um cobertor,
casaco, poncho ou japona. Coloque roupas embaixo dele para protege-lo da friagem do solo.
Lembre - se : você deseja somente mantê-lo aquecido e não “torrá-lo”. Se está inconsciente, deite
o acidentado de lado, a fim de evitar sua sufocação com vômitos, sangue ou outros líquidos
capazes de obstruir - lhe a boca. Se está consciente, dê - lhe líquidos. Estimulantes quentes, tais
como café, mate ou chocolate são excelentes. Contudo, não dê líquidos a um ferido inconsciente
ou a um que esteja ferido na barriga. E lembre - se: o álcool NÃO é estimulante.
Cortes, em geral não sangram muito, principalmente após a aplicação do curativo. Como o maior
perigo é a infecção, proteja qualquer solução de continuidade da pele. Não toque um ferimento
com os dedos, nem permita o contato da roupa com o mesmo. Mantenha - o limpo. Aplique em
todos os equipamentos de primeiro socorro, seja nos das Vtr, seja individual. Use um que tenha
dimensões suficientes para cobrir a ferida de modo completo. Tome cuidado para que os dedos
não toquem na parte do curativo que vai ficar em contato com a ferida
1) As queimaduras são lesões muito freqüentes. Podem ser determinadas por calor seco, por
líquidos quentes, agentes químicos, eletricidade ou raios solares. Queimaduras menores podem
infectar - se não forem protegidas convenientemente. Elas devem ser cobertas com pensos de
gaze esterilizada, de tamanho conveniente e atadas com o material existente no equipamento de
primeiro socorro. usa-se o penso esterilizado existente no estojo individual de primeiro socorro;
se não estiver mais penso esterilizado, deixa - se a queimadura descoberta.
2) Queimaduras Graves: Se uma pessoa tiver uma queimadura grave, está em grave perigo de
infecção. Cubra a área queimada, cuidadosamente, com um curativo esterilizado e seco. Se
houver roupas sobre a queimadura, corte-as e retire-as delicadamente. Não puxe as roupas sobre
a área queimada; não tente retirar pedaços de roupa aderentes à pele; não tente limpar a
99
queimadura; não rompa as bolhas formadas nas queimaduras; não aplique graxa, vaselina ou
ungüentos na queimadura. Não use medicamento de qualquer espécie; não toque a queimadura
com coisa alguma a não ser o curativo esterilizado. As queimaduras graves apresentam maior
tendência ao choque do que as demais lesões de qualquer natureza. Para evitá-lo, siga o método,
em vez de dar líquidos estimulantes quentes ao ferido faça isto:
(a) Se ele estiver consciente, não vomitar e não tiver ferimento na barriga, dê-lhe pequenas
quantidades de água fresca ou gelada, adicionada de sal e bicarbonato. Dissolva 04 tabletes de
sal ou meia colher das de chá de sal fino em um cantil de água fresca ou gelada. Se dispuser de
bicarbonato de sódio, dissolva meia colher de chá do mesmo em um litro de solução salina
supracitada. Misture o sal e o bicarbonato antes de lança-los à água. Isto permitirá uma
dissolução mais rápida.
(c) Se o ferido vomitar ou mesmo ameaçar fazê-lo, pare de dar-lhe a solução acima. Nunca use
água morna para fazer a solução. A água morna salgada pode causar o vômito.
FRATURAS.
O pacientes com fratura de ossos longos, ossos da bacia, coluna ou pescoço, devem receber as
talas no próprio local de acidente, antes que seja tentado qualquer transporte.
Conquanto não seja o melhor método, um dos meios mais rápidos de estalar uma perna quebrada
consiste em atá-la à outra perna não atingida. Devem ser colocados entre as duas pernas,
acolchoados feitos com roupas enroladas, lençóis, etc. As pernas devem ser atadas uma à outra
em vários lugares, acima e abaixo da parte fraturada. Os calçados dos ferido não devem ser
retirados, mas os seus pés devem ser atados um ao outro, à altura das solas dos pés e dos dedos.
Isto evita que o pé da perna quebrada balance e exerça torção sobre o lugar fraturado. Os fios e
cordas não devem ser usados para atacar as pernas; de preferencia, usar-se cintos, bandoleiras,
tiras de pano e de lençóis. Não se deve passar uma atadura por cima do lugar faturado.
Você não deverá movimentar um ferido que seja portador de uma fratura antes que seja entalado
de forma conveniente. Quando for transporta-lo, faça-o em uma padiola.
Se você tiver tempo e material à mão, poderá fazer boas talas para a perna, usando dois galhos,
fuzis e um cobertor ou japonas. CUIDADO: SE UTILIZAR ARMAS PARA SERVIREM
COMO TALAS ESTEJA ABSOLUTAMENTE SEGURO ANTES DE USÁ-LAS DE QUE AS
MESMAS ESTEJAM DESCARREGADAS. Enrole os galhos, ou as armas, no cobertor dobrado
100
( ou em alguma calha macia na qual a perna possa se alojar. Amarre as talas firmemente em
vários lugares acima e abaixo da fratura. As talas para a fratura de um osso da perna deverão ir
de um ponto pouco acima do joelho até um pouco abaixo dos pés.
A tala deve ter o cumprimento suficiente para abarcar uma região de que se estenda de um ponto
acima da articulação imediatamente superior ao local fraturado, até um ponto abaixo da
articulação imediatamente inferior ao local da fratura. As talas devem proteger o membro da
compreensão e o roçamento. Amarre-as firmemente em vários pontos acima e abaixo do local da
fratura, mas não tão apertado que venha a prejudicar a circulação do sangue. É bom aplicar duas
talas, uma em cada lado do braço. Se um cotovelo fraturado estiver flexionado, não tente
estende-lo; se estiver estendido não tente flexiona-lo.
Uma tipóia é o meio mais rápido de apoiar para um caso de fratura de braço ou ombro, para uma
luxação ou traumatismo doloroso do braço. O braço é atado bem junto ao corpo para evitar
movimentos. Você pode fazer uma tipóia usando qualquer material capaz de sustentar total ou
parcialmente o antebraço e mante-lo junto ao corpo.
c. Fratura na coluna.
1) Colocar um acolchoamento feito com uma toalha de banho dobrada, ou roupas em quantidade
igual sob a parte média da coluna, a fim de assegurar-lhe a curvatura natural.
2) Se o ferido tiver de ser transportado em uma padiola ou tábua, deite-o evitando encurvar sua
espinha para frente. Convém dispor de, no mínimo, 4 homens para proceder a essa operação.
3) Se o ferido estiver em posição de bruços, com o rosto para baixo, pode ser conduzido, nessa
mesma posição, utilizando-se um cobertor.
d. Pescoço quebrado.
101
A maneira de proteger um pescoço quebrado é a seguinte:
1) Coloque uma toalha de banho enrolada, ou um rolo de roupas de igual volume, sob o pescoço,
para apoia-lo suavemente. O rolo deve ser suficientemente grosso para arquear ligeiramente o
pescoço;
2) Eleve os ombros a fim de colocar o rolo sob o pescoço. Não incline o pescoço ou a cabeça
para frente. Não mova a cabeça nem para os lados nem para cima de modo algum.
3) Coloque o rolo de tal forma que, quando o ferido estiver repousando de costas, a parte
posterior da sua cabeça toque no chão.
4) Para manter a cabeça imobilizada depois que o rolo estiver em posição, coloque uma grande
pedra acolchoada, ou um pacote de cada um dos lados da cabeça.
5) Se o ferido tiver de ser transportado procure auxilio. Um homem deverá segurar a cabeça do
ferido e mante-la em posição enquanto os outros o levantam transporte-o em uma padiola rígida
ou numa tábua.
e. Transporte.
2) Transporte de Bombeiros.
O transporte utilizado o processo de bombeiro é o de mais fácil execução, o mais fácil processo
de um homem transportar outro.
a) Variantes após levantar o ferido do chão, usando as três primeiras fases do processo de
bombeiro:
(1) Transporte com apoio - agarre o punho do braço não ferido do acidentado e passe o seu braço
pelo seu pescoço. Então ele poderá andar usando você como uma muleta. Este transporte é útil
nos casos de ferimentos ligeiros como um dos pés e tornozelos.
(2) Transporte nos braços - É bom para distancias curtas. Transporte o acidentado bem alto para
evitar a fadiga. Não use este transporte quando o acidentado tiver perna quebrada.
(3) Transporte nas costas - Após levantar o acidentado, vire-se de costas para ele, mantendo um
de seus braços em torno do seu corpo para suste-lo. Passe os braços do acidentado em torno de
seu pescoço; então incline-se um pouco para a frente, passe os seus braços por baixos das suas
coxas, levante-o e conduza-o em suas costas.
102
(4) Transporte tipo mochila - Após haver levantado o acidentado vire-se mantendo em apoio em
torno de seu corpo com um dos seus braços. Agarre seus punhos com as suas mãos e erga-o até
que suas axilas fiquem sobre os seus ombros. É uma boa maneira de carregar um ferido. Não a
use se o ferido tiver fraturas.
Para este tipo de transporte o ferido deve estar consciente e ser capaz de manter-se sobre um dos
pés. Após ergue-lo para uma posição de pé, coloque suas costas de encontro às dele. Mantenha-
o bem estendido, os braços para os lados. Incline-se para trás, passe suas mãos sob os seus braços
e agarre seus ombros. Incline-se para a frente, puxando-o de encontro para as suas costas.
Amarre as mãos do acidentado uma a outra e passe-as atrás do seu pescoço. Isto lhe permitirá
arrastar o acidentado consigo. A vantagem deste método é que você e o acidentado podem
permanecer abaixados; assim você estará protegido. Nunca tente arrastar um acidentado com
fratura de coluna ou de pescoço.
Una dois cintos de equipamento fazendo uma longa tira única. Após colocar o ferido de costas,
passe uma volta da tira sobre sua cabeça e coloque em posição através do seu peito e por baixo
das axilas. Cruze então as extremidades da tira sobre o ombro do ferido, formando uma outra
volta. Deite-se de barriga ao seu lado, um pouco a frente. Passe o segundo laço de tira sobre o
seu próprio ombro. Coloque o seu braço mais próximo ao ferido, sob a sua cabeça para protege-
la. Então avance, rastejando, arrastando consigo o ferido. Este transporte permite a você e ao
ferido conservar-se junto ao solo, mais protegido do fogo inimigo.
a. Exaustão Térmica.
A exaustão térmica resulta da excessiva perda de água e de sal pelo organismo. Esta situação é
causada pela forte transpiração. Seus sintomas são tonteiras e desmaios; os sinais precursores são
palidez e pele úmida e fria. Para primeiros socorros, deite o ferido em uma área sombreada,
afrouxe sua roupa e dê-lhe água fria, salgada, para beber se ele estiver consciente(prepare a água
salina, dissolvendo em um cantil de água dois tabletes de sal esmagados ou ¼ de colher de chá
de sal fino. O acidentado deverá beber de 3 a 5 cantis no espaço de 12 horas ).
103
b. Câimbras.
Câimbras de calor podem ocorrer quando se suar demasiadamente e não se tomou quantidades
suplementares de sal. O acidentado pode ser atingido por câimbras musculares, principalmente
intestinais, da parede abdominal, braços e pernas. Freqüentemente, vomita e fica muito fraco.
Dê-lhe grandes quantidades de água salina, como indicado acima.
c. Insolação.
Insolação é uma situação muito grave, com alta taxa de mortalidade, caracterizada por elevada
temperatura do corpo e inconsciência. em lugares quentes e fechados, uma parada do suor com a
pele quente e seca serve de aviso. O acidentado fica muito vermelho e pode apresentar delírio. O
mais simples e importante objetivo do tratamento e o abaixamento da temperatura do corpo o
mais rapidamente possível. O melhor modo de conseguí-lo é mergulhá-lo em um banho de água
fria contendo gelo. se não se dispuser do gelo, use a água mais fria possível. Se de todo não se
puder obter o banho gelado, coloque o acidentado na sombra, remova a sua roupa e mantenha-o
complemente molhado e derramando água sobre ele. Refresque-o continuamente, soprando sobre
o seu corpo umedecido. Procure auxilio médico. E lembre: o resfriamento do corpo do
acidentado deve ser continuado, mesmo durante a sua evacuação. Quando o acidentado torna-se
consciente, dê-lhe água salgada e fria para beber, como foi acima exposto.
d. Efeitos do Frio:
A ação nociva das baixas temperaturas se faz notar principalmente quando associadas à umidade
e/ou pouca atividade física. Assim, nós temos o “pé de trincheira” ou “pé de imersão” que
consiste num grande resfriamento das extremidades inferiores quando expostas por várias horas a
submersão em água fria. Quando há um resfriamento da temperatura corporal global para menos
de 33°C aumenta a possibilidade de uma parada cardíaca. Outro problema comum é o quase
congelamento das orelhas e do nariz quando expostos ao vento frio. A medida a ser tomada
nestes casos é o aquecimento das extremidades, preferencialmente através do uso de água
aquecida a um máximo de 42°C. Se tivermos um indivíduo com parada cardio-respiratória, as
medidas de reanimação só deverão cessar após seu aquecimento.
FERIMENTOS E HEMORRAGIAS.
a. Ferimento no Tórax.
A vida do acidentado pode depender da rapidez com que for feita a vedação da ferida. Mantenha-
o em expiração forçada e, se possível, faça-o reter a respiração enquanto você veda a ferida. Para
isto, aplique diretamente, sobre o ferimento, a parte metálica do papel á prova de água, que serve
de invólucro interno do pacote de curativo individual. CUIDADO. NÃO TOQUE A PARTE
INTERNA ( METÁLICA ) DO INVÓLUCRO DO PACOTE DE CURATIVO INDIVIDUAL
QUANDO FOR USA-LO NESTA OPERAÇÃO. Aplique, sucessivamente , o curativo
104
individual sobre o papel metálico que já se acha sobre a ferida e exerça, sobre o curativo, uma
compressão com a mão aberta. Esta compressão poderá ser mantida por um auxiliar ou até
mesmo por um próprio ferido, se este estiver em condições de faze-lo. Proceda então á fixação
do curativo por meio das respectivas ataduras. Dado o limitado comprimento das ataduras você
terá de usar pensos adicionais, tais como tiras de pano, de blusas, lençóis, de ponchos, etc; a fim
de produzir suficiente compressão e vedamento. As tiras do material de penso devem cruzar o
curativo em todas as direções e exercer pressão firme e uniforme em todo. Se o ferido achar mais
cômodo sentar-se, permita faze-lo . Se porém prefere-se manter-se deitado, anime-o a faze-lo
sobre o lado ferido, a fim de que o pulmão do lado não atingido possa receber mais ar.
Não tende recolocar na barriga qualquer órgão que tenha vindo para o exterior. Se, para poder
abrir corretamente o ferimento for necessário movimentar uma parte do intestino exposto, então
faça-o Cubra o ferimento com um curativo esterilizado, retirando-o do estojo de primeiro socorro
e fixe-o com as respectivas ataduras. Não tente umedecer o curativo porque facilitaria o acesso
de mais germes na ferida. Para cobrir o ferimento use exclusivamente o curativo seco e
esterilizado. Se um curativo somente, não for suficiente para cobrir inteiramente o ferido, use
mais um outro. Dado que o cumprimento das ataduras do curativo não permita mais que uma ou
duas voltas do penso em torno do corpo do ferido, emende-as com tiras de pano, para obter
melhor firmeza. NÃO AMARRE O CURATIVO MUITO APERTADO. A hemorragia interna
de um ferimento abdominal não pode ser vencida com a compressão sobre o curativo. A
compressão excessiva pode causar outras lesões. Não dê ( e não permita que o acidentado tome )
alimentos ou líqüidos. Qualquer líqüido tomado pela boca pode extravasar pelos intestinos
feridos e disseminar a contaminação por todo o abdome. Se há demora na evacuação do paciente,
umedeça-lhe os lábios para alivia-lo a sede. Uma vez que está sujeito a vomitar, coloque-o de
lado para evitar sua sufocação. Trate o ferido preventivamente contra o choque antes que o
mesmo venha a ocorrer.
Se uma pessoa é ferida na face ou no pescoço, deve-se agir no sentido de evitar sua sufocação
pela hemorragia. Os ferimentos na face e nuca são, em geral, graves dada a existência de
numerosos vasos sangüíneos nessas regiões. Inicialmente, estanque o sangue pela compressão
sobre a área ferida com um curativo esterilizado. Se o ferido está inconsciente, verifique se há
pedaços de dentes ou ossos quebrados e pedaços de carne em sua boca. Se ele tem aparelhos
dentários móveis, retire-os e guarde-os cuidadosamente em seu bolso. Isto é feito para evitar a
asfixia. Em seguida, amarre o curativo no lugar adequado para proteger o ferimento. Se o queixo
estiver fraturado, para apoia-lo, dirija as ataduras do curativo para cima e amarre-as no alto da
cabeça. Pode-se usar um outro curativo para amarra-lo em baixo do queixo, dando apoio
suplementar e permitindo suficiente liberdade do maxilar para o esvaziamento da boca. Não o
aperte com a boca. Não o aperte com a boca fechada. Dirija todo o apoio do penso para o topo da
105
cabeça. Não aplique penso para o topo da cabeça. Não aplique penso de apoio em direção a nuca
do ferido ( isto puxa o queixo para trás e pode perturbar sua respiração sua respiração, mormente
se ele estiver inconsciente deite-o de lado ou de bruços, com a cabeça voltada para o lado, para
evitar sua sufocação face a uma possível hemorragia. Se ele estiver consciente e preferir sentar-
se mantenha-o curvado para a frente, com a cabeça baixa, para permitir livre escoamento do
sangue pela boca. Lembre-se de prevenir o choque, mas não use a posição: rosto para cima
cabeça baixa.
1) Os ferimentos na cabeça podem apresentar uma das seguintes formas ou uma combinação
delas: corte ou contusão no couro cabeludo fratura do crânio com lesão do cérebro e (ou) dos
vasos do couro cabeludo, crânio e cérebro. Geralmente, ocorrem simultaneamente graves faturas
do crânio e lesões cerebrais. Será fácil a você descobrir uma lesão no couro cabeludo, devido à
hemorragia.. As lesões internadas da cabeça serão, contudo, muito mais difíceis de descobrir.
e) Estiver vomitando.
f) Tiver convulsão.
3) Não deixe a cabeça do ferido em um nível inferior ao resto do seu corpo. Se ele estiver
inconsciente, retire de sua boca os aparelhos dentários móveis e outros objetos que possam vir a
sufocá-lo.
4) Um acidentado com lesão deverá ser evacuado em padiola rapidamente. Quando fizer o
transporte de um ferido inconsciente, mantenha-o deitado de lado, ou de bruços com a cabeça
voltada para um lado afim de evitar sua asfixia com secreções, sangue ou vômitos.
106
PONTOS VULNERÁVEIS DO CORPO HUMANO
1. FRONTE:
2.TÊMPORA:
3. ORELHAS:
4.OLHOS:
EFEITOS: CEGUEIRAS
5.NARIZ:
6.LÁBIO SUPERIOR:
7.MANDÍBULA:
8.POMO-DE-ADÃO:
9.BASE DA GARGANTA:
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EFEITOS: LESÃO GRAVE E NÁUSEA
10.CLÁVICULA:
EFEITOS: FRATURA.
11.JUGULAR E CARÓTIDA:
12.PLEXO BRAQUIAL:(AXILA).
13.PLEXO SOLAR:
14.ESTÔMAGO:
15.COSTELAS FLUTUANTES:
CAUSAS: FRATURA.
16.FÍGADO:
17.TESTÍCULOS:
18.DEDOS:
108
EFEITOS: FRATURA OU DOR.
19.ARTICULAÇÃO (PUNHO-COTOVELO-OMBRO-JOELHO-TORNOZELO).
CAUSAS: FRATURA.
21.PEITO DO PÉ:
COSTAS
1.BULBO:
EFEITOS: MORTE.
2.NUCA:
EFEITOS: MORTE.
3.COLUNA VERTEBRAL:
4.RIM:
5.PLEXO LOMBO-SACRAL:
109
EFEITOS: DOR INTENSA,PARALISIA DE MEMBROS INFERIORES TEMPORÁRIA OU
DEFINITIVA.
6.CÓCCIX:
7.NERVO CÁUTICO.
8.PANTURRILHA:
9.TENDÃO DE AQUILES:
10.ARTICULAÇÕES (PUNHO-COTOVELO-OMBRO-JOELHO-TORNOZELO):
PEÇONHENTOS
Nesta classe de répteis encontramos alguns que podem causar grandes danos à nossa saúde e
nos levar à morte, caso não sejamos socorridos a tempo e de maneira correta.
Objetivos
110
- descrever as medidas de primeiros socorros aplicáveis aos acidentes com peçonhentos
(citar no quadro mural).
GENERALIDADES
Animais peçonhentos: são aqueles que segregam substâncias tóxicas (veneno) e dispõe de
órgãos especiais para sua inoculação. Ex: serpentes, aranhas e escorpiões.
Animais venenosos: causam danos ao organismo através do contato físico com o homem
ou digerido por ele. Ex: sapo-cururu, peixe baiacu.
Funções da peçonha
OFÍDIOS
Seu estudo, alheio a falsas estórias, é realizado por instituições especializadas de saúde.
Os ofídios, como não poderia deixar de ser, também têm seu papel no equilíbrio ecológico.
São répteis que se caracterizam pela ausência de membros locomotores, pálpebras móveis
e orifício auditivo. Apresentam ainda, uma grande extensibilidade da cavidade oral. No Brasil
aparecem em todas as regiões.
a. Aspectos anatômicos/fisiológicos
a) Cabeça: constituída de duas partes, uma fixa (crânio) e outra móvel (mandíbula),
unidas por um osso denominado quadrado, o qual, devido ao seu formato, permite ao
orifício abrir sua boca até um ângulo de aproximadamente 180º.
111
b) Vértebras: altamente variável em número, geralmente refletem o porte e a idade da
serpente.
3) Sistema digestivo: não mastigam seus alimentos, usando os dentes apenas para
prender a caça até sua deglutição. Nesta fase, o veneno exerce também a função digestiva,
transformando o alimento em matéria absorvível. A língua dos ofídios é alongada e bífida e
quando projetada para fora, recolhe partículas que levadas ao “Órgão Jacobson” apresenta
uma função que parece estar entre o gustativo e o olfativo.
4) Órgãos sensoriais:
- Visão muito deficiente; até as que são totalmente cegas. As pupilas das serpentes
peçonhentas são verticias em regra, encobertas por pálpebras transparentes, dando, mesmo
quando fechadas, a impressão de olhar fixo, tão comentado na literatura popular como
olhar hipnótico.
112
- Audição nula.
7) Sistema urogenital: possuem dois rins, que são drenados cada por um ureter,
deixando cair a urina viscosa e de aspecto leitoso na cloaca. Não possuem bexiga. Os
órgãos genitais são os ovários e testículos respectivamente. Os machos apresentam um
espessamento na fenda anal, constituindo o hemipênis.
Ex: Jararaca Ilhôa (Ilha de Queimada Grande) - como não há roedores na ilha, sobe
nas árvores e se alimenta de pássaros;
113
Boipeva - é um dos poucos ofídios que conseguem sapo sem se prejudicar
(secretam substâncias tóxicas quando ingeridas).
Essas diferentes presas podem ser abatidas por ação do veneno, por constrição ou por
simples aboçamento.
11) Inimigos naturais: o seu principal inimigo é o homem, que as caça e mata
sistematicamente, sem se preocupar com o equilíbrio ecológico, em seguida temos o cão,
gato, raposa, gavião, lagarto e galinha.
Existe ainda o grupo das serpentes ofiógafas (comem outras serpentes), como a
Parelheira, Surucucu do brejo, Coral verdadeira e principalmente a Mussurana,, cujo prato
preferido são os ofídios peçonhentos.
12) Agressividade / bote / picada: em geral não são agressivas, picando apenas quando
ameaçadas, numa atitude mais de defesa do que de ataque, algumas porém são agressivas,
como a Surucucú. As Jararacas por exemplo, de longe (± 150 m), sentem a presença do
homem e se escondem, no entanto, são mais agressivas quando ameaçadas.
114
A picada pode se apresentar por dois orifícios paralelos no local atingido, un
simples arranhão ou como um ponto hemorrágico isolado.
13) Muda: renovação periódica da pele, que se enrugue a partir da cabeça e partes
desprendidas vão se enrolando até alcançar a extremidade da cauda. Este fato ocorre pela
primeira vez nos primeiros dias de vida e se repete várias vezes por ano nos ofídios e
adultos, daí a falsa idéia do cálculo da idade da cascavel pelo número de gomos no
chocalho. Quanto mais quente a região, maior é o número de mudas no ano. A muda é
condicionada pelas mudanças ambientais, climáticas e de regime de vida.
115
Do ponto de vista de hábitos, as espécies peçonhentas são mais tranquilas, movem-
se menos, preferindo buscar o alimento à noite, em geral não são agressivas, picam
apenas quando molestadas, numa atitude mais defensiva do que de ataque. Existem as
violentas por índole, capazes até de perseguir o homem, como a Surucucu (invasão de
seu território).
Crotalus Cascavel
Lachesis Surucucu
Jararacuçú do Brejo
Falsa Coral
Para um conhecimento mais exato da função venenosa nos ofídios, é imprescindível ter
noção sobre sua dentição em relação à capacidade inoculadora do veneno.
116
Proteróglifas: Dispõem de presas anteriores funcionalmente caniculares (sulcos
profundos) capazes de inocular o veneno com maior facilidade (o veneno escorre pelo
canal). Ex: Coral verdadeira.
Solenóglifas: têm grandes presas anteriores dotadas de canal central (tipo agulha de
injeção), por onde passa a peçonha. Ex: Cascavel, jararaca, urutu surucucu.
d. Diferenciação
Pode ser feita diretamente ou pelos sintomas, veremos nesta chave a identificação
direta:
- Detalhes complementares
- Porção caudal
- Escamas na cabeça
- Atitude de ataque
117
e. Espécies mais comuns
- Bastante agressivas.
- Variedades: Jararacuçú (37), Urutú (38), Caiçaca (39), Cotiara (41 e 42), Surucucú de
Patioba (43), Jararaca pintada (44) Jararaca Itapitininga (45), Jararaca Pirajaí (46).
118
- Dizem que, quando sente que seu território é ameaçado, parte para a luta.
- Cabeça não triangular, com placas, sem fosseta loreal, vermelha ou amarela, preto e
branco, ocorre em todo o Brasil.
- É responsável por apenas 1% dos acidentes, não são agressivas, principalmente devido
às dimensões da boca e por ser encontrada em tocas (hábitos subterrâneos).
Família Boidae
- Sucuri
Tem muita força na água quando consegue fixar a cauda em alguma raiz ou galho
aquático.
- Jibóia
Quando irritada emite chiados tipo vazamento de gases, grande poder de constrição,
terrestre, arborícola e aquática, podendo alcançar até 8 m.
Família Columbridae
3. ARACNÍDEOS
- Cerca de 20.000 espécies possuem glândulas de veneno e aparelho inoculador, não são
agressivas; são ovíparas (± 1000 ovos/ninhada).
a. Aranhas
119
- Armadeira: perigosas, causam a maior parte dos acidentes. Armam-se nas patas
trazeiras e saltam até 30 cm; peçonha neurotóxica.
b. Escorpiões
1) Tityus Serrulatus
2) Tityus Bahienses
c. Abelhas
PEÇONHA
a. Características e funções
120
b. Ação da Peçonha
Obs: Os filhotes das cobras também tem a peçonha, porém pode ser que não estejam
com todas as proteínas já ativas.
c. Sinais e sintomas
Alguns fatores devem ser levados em consideração para verificar as reações na vítima:
- local da picada;
- sensibilidade da vítima;
- quantidade de peçonha que o ofídio conseguiu inocular, por exemplo, pode ser que
seja só de raspão ou que tenha picado de “jeito”. O ofídio não esgota toda a peçonha numa
primeira picada. Também, se acabou de comer estará com pouca peçonha; se está longo
tempo sem comer, está com grande quantidade de peçonha “disponível”.
121
1) Acidente botrópico
Caso grave
2) Acidente crotálico
122
- Urina côr de “água de carne” (inicialmente);
Caso grave
- “Facies Neurotóxica”
- Dores musculares
3) Acidente elapídico
- Paralisia respiratória.
Caso grave
- Todo picado por coral deve ser considerado caso grave, dada a possibilidade de
evolução dos sintomas para insuficiência respiratória aguda.
4) Acidente laquético
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5) Acidente por Phoneutria (Armadeira)
- Ação hemolítica - sub-icterícia (cor amarelada da pele) com urina escura, cor de
coca-cola, que aparece geralmente 12 a 24 horas após o acidente, podendo evoluir
para anúria e insuficiência renal aguda, semelhante ao observado no acidente
crotálico.
1) Ofídios peçonhentos
a) Procurar identificar o peçonhento que causou o acidente (cuidar para que também
não seja picado, pois o ofídio não esgota toda a peçonha numa primeira picada).
124
b) Logo após o acidente, executar sucções com a boca no local da picada (de
imediato, antes que a peçonha se espalhe), procurando retirar o máximo de veneno.
Antes, porém, deverá ser realizada a limpeza do local da picada. Isso poderá ser feito
com auxílio de um material impermeável para proteção da mucosa bucal (plástico, por
exemplo). Nunca deve-se perfurar o local, por qualquer objeto que seja. O próprio
paciente poderá fazer a sucção. Somente a peçonha da coral pode oferecer algum perigo
para o caso de lesões na boca ou cáries.
f) Evacuar o ferido o mais rápido possível. Nos casos em que a evacuação vá levar
mais de duas horas, aplicar a soroterapia específica após a realização do teste de
sensibilidade.
b) Infiltração local com anestésico tipo lidocaína sem vasoconstritor (4 ml) ao redor
do ponto da picada.
SOROTERAPIA
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- Prazo de validade - o prazo de validade indicado no rótulo é de 3 anos, estabelecido a
contar da última prova de potência.
b. Princípios da soroterapia
- Especificidade: o soro deve ser específico, para que haja neutralização segura do
veneno inoculado.
- Dosagem única - deve ser única, pois o parcelamento da dose recomendada permitiria
que o veneno não neutralizado continuasse agindo. Como a quantidade de veneno
inoculada independe do peso do paciente, as quantidades de soro serão as mesmas, para
adultos ou crianças, em casos de mesmo grau de gravidade.
Obs: Um elemento especializado em saúde, poderá adotar outros critérios, o que está
exposto aqui e mais para menos experiente no assunto, para que não ocorra algum processo
irreversível que não consigamos controlá-lo.
c. Teste de sensibilidade
1) Reação positiva
2) Reação negativa
- Ausência de pápula (bolha) local. Pode haver eritema (avermelhamento) mas sem
relevo.
126
3) Aplicação - modo de proceder:
a) Reação negativa
(5) A adrenalina deverá estar sempre na seringa, pronta para o uso imediato.
b) Reção positiva
127
(4) Terminado a dessensibilização e não havendo reação do combatente, aplica-se
então a soroterapia especificada, ou seja, aplicação do soro, ampola por ampola, via
intra-venosa.
(6) A adrenalina deverá estar sempre na seringa, pronta para uso imediato.
A soroterapia somente será indicada nos casos em que após três aplicações do
anestésico tipo lidocaína (4 ml cada aplicação), com intervalo de 60 minutos entre cada
aplicação, se houver persistência da dor no local.
Vale salientar que segundo o Instituto Vital Brazil, somente 5% dos casos de acidentes
com phoneutria, 4% dos acidentes com loxosceles e 7% dos acidentes com escorpiões,
houve a necessidade de aplicação do soro específico.
PREVENÇÃO DE ACIDENTES
- Armação da rede: cuidados com árvores caídas que servirá de apoio, poderá ser uma
casa de “tucandeira” uma vez que estando podre, mesmo que ainda de pé.
128
- Limpeza de área: muito cuidado com restos de comida, pois estes atraem roedores que
atraem os ofídios.
- Fogo: a permanência do fogo aceso durante a noite é sempre uma boa medida de
segurança.
b. Marchas
Sabedores que somos dos hábitos e habitat dos animais peçonhentos, não esqueçamos
dos seguintes procedimentos:
- Atravessar troncos caídos sem pisá-los e antes de o fazer, verificar rapidamente se não
existe nenhum ofídio do outro lado, nem tão pouco usar os troncos como passarela ou
trilha.
- Nos altos, fazer sempre uma inspeção visual em troncos podres, em pé ou caídos, em
baixo de folhas, galhos de pequenos arbustos, tudo antes de sentar, deitar ou se encostar
para o descanso.
- Não andar descalço. O emprego de bota pode evitar grande número de acidentes (72%
dos acidentes são no pé, terço inferior e meio da perna).
- Não introduzir a mão em buracos do chão, como por exemplo tocas de tatus,
cupinzeiros ou montes de pedras ou sob pedras grandes. Todos estes lugares são habitações
comuns de serpentes. Este descuido produz acidentes na ordem de 15%.
129
- Olhar com muita atenção o chão por onde caminha e locais onde possa desejar apanhar
pequenos objetos ou animais. Prestar atenção nos ruídos da mata.
- Ter cuidado especial com os matagais (sapé, capim, mato baixo) e montes de folhas
mais ou menos secas, que podem ser depósitos de serpentes e suas ninhadas. Lembrar
sempre que a presença de muitos roedores em áreas cultivadas indica número apreciável de
cobras peçonhentas nesssas regiões.
- É importante lembrar que as corais venenosas, para a maioria das pessoas, são
dificilmente diferenciáveis das corais não venenosas.
- Grande parte dos acidentes com corais venenosas, para a maioria das pessoas, são
dificilmente diferenciáveis das corais não venenosas.
- Grande parte dos acidentes com corais - que são gravíssimos, com morte rápida -
ocorrem por imprudência do acidentado - que manuseia a coral venenosa pensando tratar-
se de falsa coral. Nestes casos aplica-se o soro anti-elapídico.
PRÁTICA DE APANHA
a. Técnica de Apanha
a) Cobras:
Considerando-se que as picadas ocorrem com maior frequência nos pés, pernas,
joelhos e mãos, os seguintes cuidados devem ser observados no momento da captura:
- Uso de botas.
Antes de adentrar o mato, fazer uma picada com o facão ou galho, movimentando
o local antes de pisar e prestando atenção nos ruídos da mata. Não segurar em galhos,
pois existem serpentes arborícolas (serpentes que vivem em árvores).
130
Ao usar o Laço de Lutz, afrouxar toda a parte de couro (fig 2), passar o laço por
sobre a cabeça da cobra até mais ou menos 10 centímetros, contando da ponta do
focinho (fig 3); em seguida, puxar a cordinha rapidamente, mas não muito forte, para
não matar ou machucar a serpente. Para maior segurança, ter certeza que a cordinha
foi passada pelo pitão antes de usar o laço.
b) Aranhas:
c) Escorpiões:
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O Instituto Butantan também fornece caixas para o transporte de escorpiões (fig
8). Estas caixas são usadas para grandes quantidades de animais e não têm divisões,
pois eles podem ficar todos juntos. Colocar bagaço de cana úmida ou cascas de
árvores presos às paredes internas da caixa. Nestas condições, eles podem
permanecer até 8(oito) dias.
- Devemos utilizar qualquer meio auxiliar para a captura de ofídios, pois a última
opção será realizar a captura com as mãos, caso isto seja estritamente necessário, o
melhor momento será quando o ofídio estiver em deslocamento, nunca em “S” ou
enrodilhado.
HIGIENE MILITAR
ASSEIO CORPORAL
O corpo deve ser lavado diariamente, da cabeça aos pés com água e sabão (sabonete).
Quando não houver chuveiro ou banheira o asseio corporal poderá ser feito usando meios de
fortuna:
Usando uma toalha, água e sabão, dando especial atenção as dobras do corpo (axilas e
virilha), face, ouvidos, mãos e pés.
Quando houver algum ferimento ou infecção, este deverá ser tratado de imediato.
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b. Cabelo
Pelo menos três vezes por semana lavar com água e sabão.
O pente e o aparelho de barba são de uso exclusivamente individual. Não devem ser
emprestados a outras pessoas.
c. Mãos
Os hábitos de limpar o nariz com o dedo e roer unhas contaminam as mãos os objetos
tocados por estas.
Tosse e espirro deve ter o anteparo de um lenço ou serem dirigidos para fora do alcance de
outras pessoas.
d. Vestuário
Torna-se facilmente contaminado com germes que podem estar nos excrementos, na urina
ou nas secreções do nariz e da garganta;
Pelo menos uma vez por semana, os lençóis devem ser mudados e as mantas, travesseiros e
colchões , expostos ao sol e ao ar.
ASSEIO BUCAL
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A higiene regular e apropriada da boca e dos dentes previne a cárie dentária e a
gengivite; ambas podem determinar dor intensa e perda dos dentes.
A mais sadia higiene oral, que se deve praticar sempre que possível, consiste em
limpar corretamente a boca e os dentes após a s refeições e com dentifrício à base de fluor, e
remover os detritos alimentares que se tenham acumulado entre os dentes com fio dental ou
palito.
Se, no momento, não houver dentifrício, bastará a utilização de escova com água.
Na falta da escova, utilizar palitos até mesmo improvisados para remover o material
existente entre os dentes. Se necessário, fios de linha ou qualquer tecido podem ser usados para
retirar detritos que tenham ficado entre os dentes.
A fricção vigorosa das gengivas com o dedo limpo estimula a sua higidez.
O grau de utilização com êxito, que se espera depende em grande parte, dependem
dos cuidados de manutenção e higiene a eles dispensados.
Dentaduras defeituosas ou danificadas são danosas aos tecidos bucais. Devem ser
reparadas, ajustadas ou substituídas pelo Oficial Dentista.
Os tecidos sob dentaduras também requerem cuidados, isto é, devem ser friccionados
regularmente com escovas, a fim de estimular a circulação.
c. Restaurações Dentárias
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A atenção cuidadosa a essas limitações será fator determinante da eficiência
funcional dos dentes e da saúde da boca.
Boa higiene oral depende também, de exames periódicos dos dentes e da boca por
um Oficial Dentista.
DOENÇAS VENÉREAS
Sob o ponto de vista histórico, as doenças venéreas constituem um problema para ambas
as comunidades, civil e militar.
Refere-se aos militares porque o homem egresso do ambiente do seu lar, pode percorrer
áreas onde a promiscuidade seja habitual e a s doenças venéreas prevalecentes.
Elas podem afetar consideravelmente a saúde individual, ou até causar a morte, como no
caso da AIDS.
- AIDS;
- Sífilis;
- Blenorragia (gonorréia);
- Linfogranuloma venéreo e
- Granuloma inguinal.
a. Modo de Transmissão
As doenças venéreas são quase sempre transmitidas pelo ato sexual.
As lesões afetam os órgãos genitais, podendo, no caso da AIDS, levar a uma
deficiência imunológica, com conseqüentes implicações sistêmicas.
O contato direto com a lesão ou com o material dela proveniente é o modo mais
habitual de disseminação da doença.
b. Programa de Controle
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Sua eficiência depende da cooperação inteligente e esclarecida entre os indivíduos.
c. Tratamento
A maioria das doenças venéreas pode ser curada, desde que o tratamento seja eficaz e
instituído precocemente.
Até o presente momento, apesar dos esforços desenvolvidos na área da pesquisa
médica, não foi encontrada cura para a AIDS.
Qualquer lesão dos órgãos genitais, qualquer corrimento do pênis pode ser de origem
venérea, qualquer desses sintomas deve ser levado ao conhecimento do Oficial Médico,
imediatamente.
Não se deve ater a outros expedientes, como consultas charlatanescas, tentar drogas
populares ou mesmo remédios de farmácia.
2) Higiene Coletiva
PURIFICAÇÃO DA ÁGUA
a. Generalidades
Quando não houver disponibilidade de água potável, cada soldado tem o dever de estar
capacitado para proceder a desinfecção da água para consumo próprio. Para esse fim, ele deve
dissolver em seu cantil comprimido de iodo ou hipoclorito de cálcio.
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b. Uso de comprimidos de iodo para purificar a água do cantil.
l) Verificar se o iodo apresenta modificação no seu estado físico, antes de ser utilizado
para a purificação da água do cantil, pois o mesmo, com o tempo, perde sua capacidade
desinfetante. Os comprimidos que não tiverem a cor cinzenta ou que se apresentarem grudados
ou friáveis (quebradiços) não devem ser usados.
2) Usa-se o método abaixo no tratamento de água do cantil com comprimidos de iodo:
(a) Encher o cantil com água limpa e clara;
(b) Adicionar comprimidos de iodo na seguinte dosagem:
- Água límpida: 1 comprimido para a quantidade de água correspondente a ¼
da capacidade do cantil.
- Água turva: dobrar a dose acima;
(c) Colocar a tampa do cantil, frouxamente, aguardar 5 minutos e depois agitá-lo bem,
permitindo vazamento a fim de enxaguar as roscas do gargalo e da tampa do cantil:
(d) Apertar a tampa e aguardar por mais 20 minutos, antes de fazer uso da água para
qualquer fim.
ELIMINAÇÃO DE DETRITOS
a. Generalidades
1) A palavra “detritos” inclui todos os tipos de resíduos resultantes das atividades humanas
ou animais. Neste assunto são abordados os seguintes tipos de detritos:
- Detritos humanos (fezes e urina).
- Restos sólidos de cozinha.
2) O destino a ser dado aos dejetos humanos, água de serventia, restos de comida e lixo
depende da situação militar e da localização da Unidade. O enterramento e incineração são os
métodos mais comumente usados em campanha.
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1) Quando a tropa está em marcha, cada indivíduo usa uma latrina “buraco de gato” durante
os pequenos altos. Cava-se um buraco de aproximadamente 30 cm de profundidade, o qual é
total e completamente fechado após o uso;
2) No estacionamento temporário, de um a três dias, é conveniente a latrina de campanha;
3) Nos acampamentos temporários, constroem-se latrinas de fossa profunda e poços de
absorção de absorção de urina;
Usam-se latrinas de campanha, enquanto se constroem latrinas de fossa profunda. Quando
não for praticável sua construção, usam-se os outros tipos. Qualquer que seja o tipo de latrina
usado, a Unidade é responsável por sua construção, manutenção e fechamento.
c. Latrinas
c) É aconselhável, às vezes, instalar um respiradouro nas latrinas de fossa para dar saída ao
acúmulo de gases úmidos em decomposição, evitando assim, que se condensem na parte interna
das tampas das privadas. O suspiro deve estender-se da parte superior da fossa até
aproximadamente 1,80 m acima do nível do solo. A abertura do respiradouro deve ser protegida.
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c. Destino dos restos (sólidos) de cozinha
b) A vala contínua se adapta mais a estacionamentos de dois dias ou mais. Faz-se a vala
de cerca de 0,60 m de largura e 0,90 m a 1,20 m de profundidade, e com o comprimento
suficiente para acomodar restos sólidos ou semi-sólidos no primeiro dia. Como no processo dos
poços, não deve ser cheia até acima de 0,30 m da superfície. A terra da escavação é usada para
cobrir os restos depositados. O
é processo é repetido diariamente ou sempre que as valas ficarem cheias. É um processo muito
eficiente.
a. Generalidades
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de bacia; o estrado é apoiado sobre os cavaletes. Na parte superior, uma peça de madeira com
pregos em vários pontos
permitindo pendurar espelhos, a uma altura apropriada 2. Numa das extremidades do dispositivo,
coloca-se um camburão de 20 litros de água; na outra, uma caixa
coletora que descarrega no poço de absorção (esse arranjo permite dar destino conveniente à
água usada).
d. Chuveiro de campanha
Em campanha, sempre que possível, devem ser instalados dispositivos para chuveiro. Tal
providência, além de satisfazer os homens, individualmente, nas suas exigências higiênicas,
reflete-se positivamente no moral da tropa. Nos climas quentes, o banho de chuveiro alivia o
calor. Os reservatórios podem ser pintados com tinta fosca, de preferência escura, para aumentar
a absorção do calor do sol. Quando o clima exige instalação de dispositivos para aquecimento da
água, deve-se improvisá-lo. Cada dispositivo deve ter um poço de absorção, e sobre este, um
estrado de madeira.
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CUIDADOS COM OS PÉS
Guerras e batalhas ainda continuam sendo conquistadas através dos pés do homem. O devido
cuidado com os pés é essencial à manutenção da aptidão física. Graves afecções dos pés podem
ser afastadas pela observância das normas abaixo.
a. Higiene do pé: Deve-se lavar e secar completamente os pés, sobretudo entre os dedos,
diariamente. Pessoas cujos pés transpiram com freqüência devem aplicar
pós-anti-sépticos, duas vezes por dia;
b. Calçados adequados: Em campanha, deve ser usado apenas o calçado fornecido pelo Serviço
de Intendência. Quando da distribuição dos calçados, é essencial que eles se ajustem aos pés do
homem; nem tão largos que permitam aos pés des1izarem para trás ou para frente ao andar, nem
tão justos que exerçam pressão sobre os mesmos;
c. Meias adequadas e limpas: As meias devem ser trocadas e lavadas diariamente e ter tamanho
adequado, permitindo ao dedos moverem-se livremente, sem contudo possibilitar dobras. O
tamanho das meias de lã deve, no mínimo, ter
um número maior que as de algodão, a fim de permitir possível encolhimento após a lavagem.
Meias furadas ou mal cerzidas podem causar bolhas;
d. Alterações comuns nos pés: Bolhas, calos, unhas encravadas e infecções micóticas são as
causas mais comuns de problemas com os pés.
3) Pé de atleta: (Dermatofitose) é a mais comum infecção dos pés, que pode ser evitada
mediante adoção de certas precauções e determinados cuidados.
e. Pé de Imersão: A permanência dos pés por mais de 48 horas imersos ou umedecidos, ainda
que em água morna, resulta em “pé de imersão”, o que incapacita o homem. Nesta afecção a sola
dos pés torna-se pregueada e branca. Além disso, a pessoa afetada não pode andar, nem ficar
parada em pé, devido às dores provocadas. O pé volta ao normal em cerca de 24 horas, uma vez
cessada a causa. Esta afecção pode ser prevenida, evitando-se prolongada imersão e secando-se
os pés durante os períodos de repouso.
f. Cuidado especial dos pés durante as marchas: A marcha é o mais sério teste de aptidão dos
pés. A não ser que se dispense atenção especial aos pés, perturbações graves poderão ocorrer em
conseqüência da marcha.
l) Antes da marcha: Nos preparativos da Unidade para a marcha, os Oficiais devem estar
seguros de que todos os homens estão devidamente equipados, corretamente calçados, com um
número necessário de meias adequadas, limpas e inteiras (sem buracos e sem cerzidos) e
supridos convenientemente de pó anti-séptico para os pés. O homem nunca deve tentar amaciar
seu par novo de sapatos ou coturno numa marcha. Bolhas, equimoses por calçado apertado e
infecções, devem ser devidamente tratadas e protegidas antes da realização da marcha;
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2) Durante a marcha: Os pés devem ser mantidos secos. Se as meias se umedecerem pela
transpiração, deverão ser trocadas por outras, na primeira oportunidade. Se necessário, podem ser
submetidas à secagem, sob a camisa, ao redor da cintura. O calçado apertado pode determinar
dificuldade de circulação sangüínea. No caso dessas ocorrências, a medida é ajustar o calçado ou
aplicar esparadrapo. Uma ou duas vezes por dia, durante a marcha, os pés dever ser protegidos
com talco anti-séptico;
3) Nos períodos de repouso - Os pés devem ser inspecionados de vez em quando e medidas
preventivas aplicadas, antes que sérias alterações se desenvolvam. Casos de queixas persistentes
devem ser 1evadas ao médico. Se possível, os pés deverão ser lavados durante a noite. É
conveniente elevar os pés, durante o descanso, a fim de reduzir a congestão e o edema. O
Comandante da Unidade deve realizar inspeções periódicas, certificando-se de que as medidas
corretivas estão sendo aplicadas para os queixosos dos pés;
4) No bivaque - As meias usadas devem ser completamente lavadas com água e sabão,
espremidas para facilitar a secagem e penduradas ao sol ou à corrente de ar. As meias de lã
devem ser lavadas em água fria a fim de diminuir a possibilidade de encolhimento.
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