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Série CPA-10
Módulo II
Ética e Regulamentação
10% a 15%
ÍNDICE da prova
1. Princípios Éticos
1.1 Princípios de Integridade 4
1.2 Princípios de Objetividade 5
1.3 Princípios de Competência 5
1.4 Princípios de Confidencialidade 6
1.5 Princípio de Profissionalismo 7
2. Ética na Venda
2.1 Venda casada 9
2.2 Restrições do investidor 10
3. Prevenção contra a Lavagem de Dinheiro
3.1 O Conceito 11
3.2 O Crime 11
3.3 As Etapas da Lavagem de Dinheiro 13
3.4 Ações Preventivas – Princípio de “Conheça seu Cliente” 15
3.5 Identificação dos Clientes e Manutenção dos Registros 15
3.6 Registro e Comunicação das Operações 16
Você é responsável por prestar aconselhamento a seus clientes que buscam em você, e na instituição
financeira que você representa, uma solução adequada, confiável e economicamente viável, para as
diversas necessidades financeiras.
Você é responsável por estabelecer e preservar uma relação de confiança que norteará o
relacionamento do cliente com a instituição financeira. Neste módulo você vai conhecer os princípios
éticos que fundamentam essa relação.
Você também é peça chave para assegurar à instituição financeira que representa, uma situação de
conformidade às normas emanadas dos órgãos de regulação do Sistema Financeiro Nacional, visando
um ambiente seguro e sólido. Este módulo apresenta temas que ajudam você a entender como você
pode contribuir para esse processo como um todo, cumprindo as regras do conceito “Conheça seu
Cliente” que tem, dentre outros objetivos, estabelecer um processo de Prevenção à Lavagem de
Dinheiro.
Para concluir você aprenderá ainda os principais capítulos de 2 Códigos de Auto-regulação da ANBID:
o Código de Fundos de Investimentos e o Código de Educação Continuada. Ambos fornecem
informações úteis para a sua função de consultor de investimentos e de profissional qualificado e
certificado a desempenhar essa função.
1.Princípios Éticos
Um Profissional Financeiro deve oferecer e proporcionar serviços profissionais com integridade e deve ser
considerado por seus clientes como merecedor de total confiança. A principal fonte desta confiança é a sua
integridade pessoal.
Integridade pressupõe honestidade e sinceridade. Nenhuma recomendação a clientes deve estar subordinada a
ganhos e vantagens pessoais.
Dentro do princípio da integridade, pode haver uma certa condescendência com relação ao erro inocente e à
diferença legítima de opinião, mas a integridade não pode coexistir com o dolo ou subordinação dos próprios
princípios.
A integridade requer que um Profissional Financeiro observe não apenas o conteúdo, mas também o espírito deste
Código.
Um Profissional Financeiro não deve influenciar seus clientes através de comunicações ou propagandas falsas ou
enganosas.
No decorrer das atividades profissionais não deve se envolver em conduta que implique desonestidade, fraude,
dolo ou declarações falsas, ou conscientemente, fazer uma declaração falsa ou enganosa para um cliente,
empregador, empregado, colega profissional, corporação, representante governamental ou qualquer pessoa ou
entidade.
Exemplo: Seu cliente tem recursos disponíveis para investimento de curto prazo. Você sugere
para ele comprar um título de capitalização, produto cuja meta você ainda não bateu. Ressalta,
ainda, que a rentabilidade do produto é ótima.
Você NÃO respeitou o princípio de integridade. Colocou seu interesse pessoal antes do interesse
do cliente e, ainda, valeu-se de propaganda enganosa para “empurrar” o produto.
Um Profissional Financeiro deve ser objetivo na prestação de serviços profissionais aos clientes. Objetividade requer
honestidade intelectual e imparcialidade.
Independente do serviço particular prestado ou da competência com que um Profissional Financeiro trabalhe, este
deve proteger a integridade do seu trabalho, manter a objetividade e evitar subordinação, ao seu julgamento, que
possa implicar em violação deste Código.
Um Profissional Financeiro deve exercer julgamento profissional razoável e prudente ao prestar serviços
profissionais.
Um profissional financeiro deve agir de acordo com o interesse do cliente.
Exemplo: Seu cliente quer investir em um fundo de ações agressivo, produto que o Banco onde
você trabalha não tem. Você informa ao cliente que não dispõe deste produto. Você respeitou o
princípio de objetividade.
Foi imparcial e prudente ao reconhecer que não tinha como atender as necessidades do cliente.
Um Profissional Financeiro deve prestar serviços aos clientes de maneira competente e manter os necessários
conhecimentos e habilidades para continuar a fazê-lo nas áreas em que estiver envolvido.
Competência inclui, também, a sabedoria para reconhecer as limitações deste conhecimento e as situações em que a
consulta ou o encaminhamento a um outro Profissional Financeiro é apropriada.
Um Profissional Financeiro, ao conquistar uma certificação, é considerado qualificado para prestar orientação
financeira. Entretanto, além de assimilar o corpo de conhecimento comum exigido e de adquirir a necessária
experiência para a certificação, um Profissional Financeiro deve firmar um compromisso continuado de aprendizagem
e aperfeiçoamento profissional.
Um Profissional Financeiro deve manter-se informado sobre o desenvolvimento no campo de produtos financeiros e
participar de educação continuada durante toda a sua carreira profissional para melhorar a competência profissional
em todas as áreas em que esteja envolvido.
Exemplo: Seu cliente é conservador porém ficou sabendo que os fundos multimercado com
alavancagem tiveram uma excelente rentabilidade neste mês. Quer aplicar recursos de curto
prazo neste tipo de fundo. Você explica cuidadosamente os riscos inerentes a esta aplicação e
oferece alternativas condizentes com o perfil do investidor e o horizonte de tempo do
investimento, respeitando a decisão final do cliente.
Você respeitou o princípio de competência. Conhece os produtos que vende e faz questão que o
cliente entenda o tipo de risco que está assumindo, oferecendo subsídios ao cliente para uma
melhor tomada de decisão.
Um Profissional Financeiro não deve revelar nenhuma informação confidencial do cliente sem o seu específico
consentimento, a menos que em resposta a procedimento judicial, para se defender contra acusações de má-prática
por parte do Profissional Financeiro ou em relação a uma disputa civil entre o Profissional Financeiro e o cliente.
Um Profissional Financeiro não deve revelar – ou usar para seu próprio benefício – sem o consentimento do cliente,
qualquer informação pessoalmente identificável concernente ao relacionamento do cliente ou aos negócios do cliente,
exceto e na medida em que as informações, ou o seu uso, sejam razoavelmente necessários.
Um Profissional Financeiro deve manter os mesmos padrões de confidencialidade, tanto para com seus
empregadores quanto para com seus clientes.
Exemplo: Um dos seus clientes inicia processo de divórcio. Comenta com você que vai precisar vender
um apartamento e uma casa na praia o quanto antes para conseguir pagar as dívidas e efetuar a
partilha dos bens. Você passa o telefone dele para um corretor amigo, comentando inclusive a precária
situação financeira do seu cliente, no intuito de ajudar.
Você NÃO respeitou o princípio de confidencialidade. Se o cliente não solicitou sua ajuda, você não
pode, em momento algum, revelar dados pessoais ou financeiros do cliente.
Fique
ligado Palavras chaves: confidencialidade, sigilo, seja discreto.
A conduta de um Profissional Financeiro em todas as questões deve refletir zelo e crença na profissão. Devido à
importância dos serviços profissionais prestados pelos Profissionais Financeiros, há responsabilidades concomitantes
de se comportar com dignidade e cortesia com todos aqueles que usam os serviços, profissionais colegas, e aqueles
de profissões relacionadas.
Um Profissional Financeiro também tem obrigação de cooperar com outros Profissionais Financeiros para melhorar e
manter a imagem pública da profissão e trabalhar em conjunto com outros Profissionais Financeiros para melhorar a
qualidade dos serviços.
Exemplo: o Gerente do banco concorrente próximo à sua Agência está utilizando práticas pouco
éticas para “conquistar” alguns dos seus clientes. Você, em contrapartida, espalha boatos com o
objetivo de desmoralizá-lo.
Você NÃO respeitou o princípio de profissionalismo que diz respeito ao zelo e a crença na
profissão. Ao desmoralizar o concorrente, você estará desmoralizando a classe profissional.
Exercício 1
Seja discreto.
5 Não revele informações confidenciais de seus clientes.
Mantenha sigilo das informações de seus empregadores.
Gabarito: (1) Integridade; (2) Profissionalismo; (3) Competência; (4) Objetividade; (5) Confidencialidade.
2. Ética na Venda
Vender com ética é mais do que cumprir a meta de vendas que lhe foi atribuída. Um vendedor ético tem foco no
relacionamento com o cliente e não apenas no produto que vende. Ele quer vender hoje e continuar vendendo ao
longo do tempo. Isso só será possível se fortalecer a confiança que o cliente deposita nele e na organização que
representa.
Negócios mirabolantes, jogadas de esperteza e vantagens de origem duvidosa acabam sempre, a longo prazo,
resultando em prejuízo ou desgaste para ambas as partes.
Faça parte do time de profissionais éticos, que conduzem seus negócios corretamente, alimentando relacionamentos
duradouros, rentáveis e confiáveis.
A “venda casada” consiste na prática de subordinar a venda de um bem ou serviço à aquisição de outro. O fornecedor
obriga o consumidor, na compra de um produto, a levar outro que não quer para que tenha direito ao primeiro.
A Resolução 2878 do Conselho Monetário Nacional que trata dos procedimentos a serem observados pelas
instituições financeiras na contratação e na prestação de serviços ao público em geral determina que:
“É vedada a contratação de quaisquer operações condicionadas ou vinculadas à realização de outras operações ou à
aquisição de outros bens e serviços.”
A proibição aplica-se também, às promoções e ao oferecimento de produtos e serviços que impliquem elevação
artificiosa do preço ou das taxas de juros incidentes sobre a operação de interesse do cliente.
Quando a operação exigir a contratação adicional de outra operação, o contratante tem o direito de livre escolha da
instituição com a qual deve ser pactuado o contrato adicional.
Todo profissional que vende produtos de investimento deve procurar seguir um Processo de Avaliação do cliente,
visando adequar melhor seus objetivos e necessidades aos produtos oferecidos pela instituição financeira.
Alguns aspectos merecem especial atenção no processo de recomendação de produtos e serviços financeiros: Idade,
Horizonte de tempo, Conhecimento do Produto e Tolerância ao Risco.
2.2.1 Idade
O horizonte de tempo de investimento de pessoas com idade avançada é muito mais curto do que o horizonte de
pessoas mais jovens. Assim, não faz sentido “vender” produtos de aposentadoria para idosos, por exemplo. Produtos
que precisam de tempo para atingir os resultados esperados, como investimento em ações e índice de preços, por
exemplo, também não são recomendáveis.
O horizonte de tempo é importante na avaliação do perfil do investidor, e precisa estar adequado ao objetivo de
investimento.
Quanto menor o prazo do investimento, menor deverá ser o risco que o investidor aceitará em seus investimentos e
quanto maior o prazo, maior poderá ser o risco, pois o tempo pode diluir os efeitos das oscilações nos preços de um
ativo.
Tem sempre o produto “da moda”, “a bola da vez”, normalmente impulsionado pela rentabilidade atraente do passado
recente, e o que se observa, é que investidores canalizam seus recursos para este investimento sem saber
exatamente do que se trata.
É comum um investidor cair na tentação de escolher o produto mais rentável e desconhecer as características do
produto e os riscos envolvidos. Antes de recomendar um produto, certifique-se de que o cliente conhece e aceita as
condições dessa contratação.
Muitos acreditam que só investimento em ações é arriscado, no entanto, até mesmo os aparentemente inofensivos
investimentos em “renda fixa” têm risco.
Portanto, não recomende investimentos que apresentam volatilidade de preço (e de cota) para clientes que têm baixa
tolerância ao risco. Poupança, CDB e Fundo de Curto Prazo são as alternativas recomendadas neste caso.
Alta tolerância ao risco indica que o investidor aceita maiores oscilações no seu capital e rendimento.
Baixa tolerância ao risco indica que o investidor não aceita maiores oscilações no seu capital e rendimento, portanto
seu perfil é mais conservador.
3.1 O Conceito
A lavagem de dinheiro constitui um conjunto de operações comerciais ou financeiras que buscam a incorporação na
economia de cada país dos recursos, bens e serviços que se originam ou estão ligados a atos ilícitos. Em outras
palavras, lavar recursos é fazer com que produtos de crime pareçam ter sido adquiridos legalmente.
3.2 O Crime
A Lei nº. 9.613 tipifica o crime de lavagem como aquele em que se oculta ou dissimula a natureza, origem,
localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos e valores provenientes, direta ou
indiretamente, dos crimes antecedentes:
de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas afins;
de terrorismo;
de contrabando ou tráfico de armas, munições ou material destinado à sua produção;
de extorsão mediante seqüestro;
contra a Administração Pública, inclusive a exigência, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, de qualquer
vantagem, como condição ou preço para a prática ou omissão de atos administrativos;
contra o sistema financeiro nacional;
praticado por organização criminosa;
praticado por particular contra a Administração Pública estrangeira.
Penalidades
A Lei 9.613 prevê pena de reclusão de três a dez anos além de multa, aplicável aos criminosos e a quem ocultar ou
dissimular a utilização de bens, direitos ou valores provenientes de qualquer dos crimes antecedentes.
Os mecanismos mais utilizados no processo de lavagem de dinheiro envolvem teoricamente essas três etapas
independentes que, com freqüência, ocorrem simultaneamente.
Colocação – a primeira etapa do processo é a colocação do dinheiro no sistema econômico. Objetivando ocultar sua
origem, o criminoso procura movimentar o dinheiro em países com regras mais permissivas e naqueles que possuem
um sistema financeiro liberal (como os chamados “paraísos fiscais”). A colocação se efetua por meio de depósitos,
compra de instrumentos negociáveis ou compra de bens. Para dificultar a identificação da procedência do dinheiro, os
criminosos aplicam técnicas sofisticadas e cada vez mais dinâmicas, tais como o fracionamento dos valores que
transitam pelo sistema financeiro e a utilização de estabelecimentos comerciais que usualmente trabalham com
dinheiro em espécie.
Ocultação – a segunda etapa do processo consiste em dificultar o rastreamento contábil dos recursos ilícitos. O
objetivo é quebrar a cadeia de evidências ante a possibilidade da realização de investigações sobre a origem do
dinheiro. Os criminosos buscam movimentá-lo de forma eletrônica, transferindo os ativos para contas anônimas –
preferencialmente, em países amparados por lei de sigilo bancário – ou realizando depósitos em contas "fantasmas".
Integração – nesta última etapa, os ativos são incorporados formalmente ao sistema econômico. As organizações
criminosas buscam investir em empreendimentos que facilitem suas atividades – podendo tais sociedades prestarem
serviços entre si. Uma vez formada a cadeia, torna-se cada vez mais fácil legitimar o dinheiro ilegal.
Exercício 2
De acordo com este conceito, a identificação do cliente deve ser satisfatoriamente estabelecida antes da
concretização da operação. Caso o possível cliente se recuse a fornecer as informações requeridas, a instituição
financeira não deve aceitá-lo como cliente. Os melhores documentos para identificação são aqueles cuja obtenção, de
maneira lícita, seja difícil.
O conceito recomenda que se utilize um formulário de identificação, cujo modelo pode ser elaborado pelas próprias
instituições, de acordo com suas necessidades.
As instituições devem ainda ter um sistema interno de controle que assegure as regras de compliance, indicando um
indivíduo responsável por coordenar e monitorar esse sistema. Programas de treinamento também devem ser
implementados.
I - identificarão seus clientes e manterão cadastro atualizado, Se o cliente constituir-se em pessoa jurídica, a
identificação deverá abranger as pessoas físicas autorizadas a representá-la, bem como seus proprietários.
II - manterão registro de toda transação em moeda nacional ou estrangeira, títulos e valores mobiliários, títulos de
crédito, metais, ou qualquer ativo que possa ser convertido em dinheiro, que ultrapassar o valor de R$10.000 (dez mil
reais).
III - O registro será efetuado também quando a pessoa física ou jurídica houver realizado, em um mesmo mês-
calendário, operações com uma mesma pessoa, conglomerado ou grupo que, em seu conjunto, ultrapassem o valor de
R$10.000 (dez mil reais).
IV - Os cadastros e registros referidos deverão ser conservados durante o período mínimo de cinco anos a partir do
encerramento da conta ou da conclusão da transação.
As pessoas sujeitas a lei de prevenção a lavagem de dinheiro, dispensarão especial atenção às seguintes operações
envolvendo títulos ou valores mobiliários:
I - operações cujos valores se afigurem objetivamente incompatíveis com a ocupação profissional, os rendimentos
e/ou a situação patrimonial/financeira de qualquer das partes envolvidas, tomando-se por base as informações
cadastrais respectivas;
II - operações realizadas, repetidamente, entre as mesmas partes, nas quais haja seguidos ganhos ou perdas no que
se refere a algum dos envolvidos;
III - operações que evidenciem oscilação significativa em relação ao volume e/ou freqüência de negócios de qualquer
das partes envolvidas;
IV - operações cujos desdobramentos contemplem características que possam constituir artifício para burla da
identificação dos efetivos envolvidos e/ou beneficiários respectivos;
V - operações cujas características e/ou desdobramentos evidenciem atuação, de forma contumaz, em nome de
terceiros; e
VI - operações que evidenciem mudança repentina e objetivamente injustificada relativamente às modalidades
operacionais usualmente utilizadas pelo(s) envolvido(s).
COMUNICAÇÃO BACEN - operações, de qualquer valor, cujas características possam indicar a existência de
crime.
Às instituições financeiras, bem como seus empregados e administradores, que deixarem de cumprir as obrigações
previstas serão aplicadas, cumulativamente ou não, as seguintes sanções:
I - advertência;
II - multa pecuniária variável, de 1% até o dobro do valor da operação, ou até 200% do lucro obtido ou que
presumivelmente seria obtido pela realização da operação, ou, ainda, multa de até R$ 200.000,00;
III - inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, para o exercício do cargo de administrador das pessoas
jurídicas referidas;
IV - cassação da autorização para operação ou funcionamento.
Sujeitam-se às obrigações da Lei de Lavagem de Dinheiro, pessoas jurídicas que tenham, em caráter permanente ou
eventual, como atividade principal ou acessória, dentre outras:
a compra e venda de moeda estrangeira ou ouro como ativo financeiro ou instrumento cambial;
as administradoras ou empresas que se utilizem de cartão ou qualquer outro meio eletrônico, magnético ou
equivalente, que permita a transferência de fundos;
as pessoas jurídicas que exerçam atividades de promoção imobiliária ou compra e venda de imóveis;
as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem jóias, pedras e metais preciosos, objetos de arte e antiguidades;
as sociedades que efetuem distribuição de dinheiro ou quaisquer bens móveis, imóveis, mercadorias, serviços, ou,
ainda, concedam descontos na sua aquisição, mediante sorteio ou método assemelhado;
as filiais ou representações de entes estrangeiros que exerçam no Brasil qualquer das atividades listadas neste
artigo, ainda que de forma eventual;
as demais entidades cujo funcionamento dependa de autorização de órgão regulador dos mercados financeiro, de
câmbio, de capitais e de seguros;
as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, que operem no Brasil como agentes, dirigentes,
procuradoras, comissionárias ou por qualquer forma representem interesses de ente estrangeiro que exerça qualquer
das atividades referidas neste artigo;
as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de luxo ou de alto valor ou exerçam atividades que
envolvam grande volume de recursos em espécie.
Faça uma leitura atenta e perceba que várias entidades, além das instituições financeiras,
Fique estão sujeitas à lei de Lavagem de Dinheiro: imobiliárias, administradora de cartões de
ligado crédito, seguradoras, bolsas de valores e de futuros, etc...
A lista de operações consideradas suspeitas é extensa. Listamos aqui apenas algumas situações. Para
conhecer a lista completa consulte a Carta Circular No 2826 do Banco Central do Brasil.
utilização conjunta e simultânea de caixas separados para a realização de grandes operações em espécie ou de
câmbio;
pagamento inusitado de empréstimo problemático sem que haja explicação aparente para a origem dos recursos;
solicitações freqüentes de elevação de limites para a realização de operações.
abertura de conta em agência bancária localizada em estação de passageiros - aeroporto, rodoviária ou porto -
internacional ou pontos de atração turística, salvo se por proprietário, sócio ou empregado de empresa regularmente
instalada nesses locais;
abertura e/ou movimentação de conta por detentor de procuração ou qualquer outro tipo de mandato;
dispensa da faculdade de utilização de prerrogativas como recebimento de crédito, de altos juros remuneratórios
para grandes saldos ou, ainda, de outros serviços bancários especiais que, em circunstâncias normais, seriam
valiosas para qualquer cliente.
operação ou proposta no sentido de sua realização, com vinculo direto ou indireto, em que a pessoa estrangeira
seja residente, domiciliada ou tenha sede em região considerada paraíso fiscal;
operações de interesse de pessoa não tradicional no banco ou dele desconhecida que tenha relacionamento
bancário e financeiro em outra praça;
pagamentos antecipados de importação e exportação por empresa sem tradição ou cuja avaliação financeira seja
incompatível com o montante negociado;
negociação com ouro por pessoas não tradicionais no ramo;
utilização de cartão de crédito em valor não compatível com a capacidade financeira do usuário.
I – desempenhar suas atribuições buscando atender aos objetivos de investimento dos Fundos de Investimento,
bem como a promoção e divulgação de informações a eles relacionadas de forma transparente, visando sempre ao
fácil e correto entendimento por parte dos investidores;
II – cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício de sua atividade, o cuidado que toda
pessoa prudente e diligente costuma dispensar à administração de seus próprios negócios, respondendo por
quaisquer infrações ou irregularidades que venham a ser cometidas sob sua gestão;
III – evitar práticas que possam ferir a relação fiduciária mantida com os cotistas dos Fundos de Investimento;
IV – evitar práticas que possam vir a prejudicar a indústria de Fundos de Investimento e seus participantes.
4.1.2 Prospectos
As Instituições Participantes devem tomar providências para que sejam disponibilizados aos
investidores, quando de seu ingresso nos Fundos de Investimento, prospectos atualizados e compatíveis
com o regulamento dos Fundos de Investimento.
Os Prospectos dos Fundos de Investimento devem conter as principais características dos fundos, dentre as quais
todas as informações relevantes para dar conhecimento ao investidor de suas políticas de investimento e dos riscos
envolvidos, bem como dos direitos e responsabilidades dos cotistas, devendo conter, no mínimo, os elementos
obrigatórios, conforme descrito a seguir:
I - Objetivo de investimento: descrever os objetivos de investimento do Fundo de Investimento, mencionando,
quando for o caso, metas e parâmetros de performance;
II - Política de investimento: descrever como o Fundo de Investimento pretende atingir o seu objetivo de
investimento, identificando as principais estratégias técnicas ou práticas de investimento a serem utilizadas, os tipos
de títulos e valores mobiliários nos quais o Fundo de Investimento pode investir (incluindo derivativos e suas
finalidades), políticas de seleção e alocação de ativos, e, quando for o caso, políticas de concentração. Também
deverão ser definidas as faixas de alocação de ativos e os limites de concentração e alavancagem, quando for o caso;
III – Fatores de risco: indicar todo e qualquer fato relativo ao Fundo de Investimento que possa afetar a decisão do
potencial investidor no que diz respeito à aquisição das cotas do Fundo de Investimento.
Prospectos
Devem ser ainda impressos com destaque na capa, na contracapa ou na primeira página do Prospecto, os
seguintes avisos (ou semelhantes) com o mesmo teor:
Este fundo de investimento utiliza estratégias com derivativos como parte integrante de sua política de
investimento. Tais estratégias, da forma como são adotadas, podem resultar em significativas perdas patrimoniais
para seus cotistas.
O investimento do fundo de investimento de que trata este prospecto apresenta riscos para o investidor. Ainda
que o gestor da carteira mantenha sistema de gerenciamento de riscos, não há garantia de completa eliminação
da possibilidade de perdas para o fundo de investimento e para o investidor
O fundo de investimento de que trata este prospecto não conta com garantia do administrador do fundo, do gestor
da carteira, de qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, do fundo garantidor de créditos – FGC.
Na capa dos Prospectos dos Fundos de Investimento administrados pelas Instituições Participantes devem ser
impressos o Selo ANBID e a data do Prospecto. Deve ser impresso com destaque na capa, na contracapa ou na
primeira página do Prospecto, aviso com o seguinte teor:
Este prospecto foi preparado com as informações necessárias ao atendimento das disposições do código de
auto-regulação da ANBID para os fundos de investimento, bem como das normas emanadas da comissão de
valores mobiliários. A autorização para funcionamento e/ou venda das cotas deste fundo de investimento não
implica, por parte da comissão de valores mobiliários ou da ANBID, garantia de veracidade das informações
prestadas, ou julgamento sobre a qualidade do fundo, de seu administrador ou das demais instituições
prestadoras de serviços.
As Instituições Participantes devem utilizar a Marcação a Mercado (“MaM”) no registro dos ativos de todos os
Fundos de Investimento que administrem.
A MaM consiste em registrar todos os ativos, para efeito de valorização e cálculo de cotas dos Fundos de
Investimento, pelos preços negociados no mercado em casos de ativos líquidos ou, quando este preço não é
observável, por uma estimativa adequada de preço que o ativo teria em uma eventual negociação feita no
mercado.
A MaM tem como principal objetivo evitar a transferência de riqueza entre os cotistas dos Fundos de
Investimentos, além de dar maior transparência aos riscos embutidos nas posições, uma vez que as oscilações
de mercado dos preços dos ativos, ou dos fatores determinantes destes, estarão refletidas nas cotas, melhorando
assim a comparabilidade entre suas performances.
Conceito
Contabilizar cada ativo da carteira do fundo de investimento pelo valor de mercado.
Fique
ligado Finalidade
Evitar transferência de riqueza entre os cotistas.
A - Rentabilidade bruta
Informar que a rentabilidade divulgada não é líquida de impostos, ou seja, a rentabilidade divulgada é bruta.
Veja um exemplo...
O Fundo Renda Fixa XPTO teve a seguinte rentabilidade:
Fique
Mês atual 200X 1,23%
ligado
Mês anterior 200X 1,04%
Acumulada 200X 6,32%
Acumulada 12 meses 17,56%
Exercício 3
De acordo com o Código de Auto-regulação ANBID para a indústria de Fundos de Investimento, na divulgação
da ______________ de Fundos de Investimento devem ser obedecidas as seguintes regras:
I - Informar que a rentabilidade divulgada não é líquida de impostos, ou seja, a rentabilidade divulgada é
_______.
III – Além da rentabilidade do mês de referência, deve ser publicada também a rentabilidade do mês
__________, a rentabilidade ____________desde o início do ano corrente, ou do início do Fundo e a
rentabilidade dos últimos _______ meses.
IV - Os cálculos apresentados nas peças de comunicação devem sempre ser feitos com base em ano padrão
de _____ dias úteis.
Comparação de rentabilidades
O Fundo de Investimento, possuindo ou não parâmetro próprio para política, objetivo ou performance determinado
em seus regulamentos ou prospectos, pode apresentar comparativo de sua rentabilidade com indicadores
econômicos de mercado, desde que deixe claro que tal indicador é mera referência econômica, e não parâmetro
objetivo do Fundo.
Caso seja iniciada tal comparação, deve ser feita de maneira consistente e continuada, sendo utilizada nas
divulgações comparativas subseqüentes, de forma a não se utilizar, a cada período, o indicador que melhor beneficie
a performance apresentada pelo Fundo.
4.2.1 Objetivo
O objetivo do presente Código de Auto-Regulação é estabelecer princípios e normas que deverão ser observados na
certificação dos profissionais que atuam no mercado financeiro e de capitais, bem como estabelecer regras de
conduta que deverão orientar a respectiva atividade profissional, com a finalidade de:
I – elevar o nível de capacitação técnica dos citados profissionais; e
II – promover a concorrência leal e a adoção de práticas eqüitativas e uniformes entre os citados
profissionais e as Instituições Participantes.
4.2.2 Abrangência
A observância do presente Código de Auto-Regulação será obrigatória para as Instituições Participantes, assim
entendidas as instituições filiadas à Associação Nacional dos Bancos de Investimento – ANBID, bem como as
instituições que, embora não filiadas, expressamente a ele aderirem através da celebração do competente Termo de
Adesão.
Exercício 4
AFIRMATIVA F V
1. Sonegação fiscal é considerado crime antecedente para efeitos da legislação referente à
Lavagem de Dinheiro.
3. A ANBID é uma autarquia do poder público federal cujo objetivo é regulamentar a indústria
de fundos de investimento.
5. A Marcação a Mercado tem por objetivo eliminar as perdas decorrentes de oscilações nos
preços de mercado dos ativos.
10. Qualquer operação realizada em espécie com valor igual ou superior a R$ 100 mil
deverá ser registrada no Sisbacen.
Gabarito: (1)Falso; (2) Verdadeiro; (3)Falso; (4) Verdadeiro ; (5) Falso; (6) Verdadeiro; (7)Falso; (8) Verdadeiro; (9) Verdadeiro;
(10) Verdadeiro.
3. Manter os necessários conhecimentos e habilidades para prestar bons serviços aos seus clientes e firmar
um compromisso de contínua aprendizagem e aperfeiçoamento profissional é o que diz o princípio ético de
a) liderança.
b) competência.
c) objetividade.
d) integridade.
5. Marcar a mercado significa registrar os preços dos títulos que compõem a carteira do fundo de
investimento pelo
a) preço de aquisição.
b) preço de resgate no vencimento.
c) menor preço registrado no mês.
d) preço que seriam negociados diariamente no mercado.
6. Resumo
São cinco os princípios éticos que você deve observar no relacionamento com clientes, colegas, empregador e
autoridades: Integridade, Objetividade, Competência, Confidencialidade e Profissionalismo.
Você deve observar os aspectos de Restrição do Investidor, principalmente os relacionados a idade, conhecimento
do produto e aversão a risco.
Lavagem de dinheiro é um processo que busca emprestar aparência de dinheiro limpo, de origem legítima, ao
dinheiro sujo, de origem ilícita, originário de crimes antecedentes. São três as fases desse processo: Colocação,
Ocultação e Integração.
Existem operações consideradas suspeitas que devem ser comunicadas às autoridades competentes e que existem
responsabilidades tanto do empregado (você) quanto do empregador em relação à esse processo.
Há formas de prevenção para impedir ou interromper o processo de lavagem de dinheiro. O procedimento “Conheça
seu Cliente”, centrado no cadastramento, manutenção e acompanhamento das informações dos clientes, feito
segundo regras determinadas pelo Banco Central do Brasil.
Os princípios gerais do Código de Auto-Regulação ANBID para Fundos de Investimentos visam proporcionar (a)
Transparência na prestação de informações, (b) Prudência e Responsabilidade na administração de recursos de
terceiros, (c) Ética e Conformidade, com vistas a assegurar a solidez da indústria de fundos de investimento.
O Programa de Certificação Continuada é uma iniciativa de Auto-Regulação da ANBID que se destina a certificar os
profissionais que têm contato com o público investidor, promovendo o aumento da sua capacitação profissional.
O objetivo do Código de Auto-Regulação é estabelecer princípios e normas que deverão ser observados na
certificação dos profissionais que atuam no mercado financeiro e de capitais.