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Gorak A Ataka
Gorak A Ataka
[Gorakṣa Ṣatakaṃ]
ॐ [oṃ]* परम-गु रवे [parama-gurave] ao supremo guru* गोरक्ष-नाथाय [gorakṣa-nāthāya] o Senhor Gorakṣa*
नमः [namaḥ] curvo-me*
ॐ [oṃ]* वक्ष्ये [vakṣye] vou ensinar* गोरक्ष-षतकं [gorakṣa-ṣatakaṃ] o Gorakṣa Ṣataka* ववमुक्तये
[vimuktaye] para libertat* पुंसां [puṃsāṃ] os homens* पाश [pāśa] dos grilhões* भव [bhava] da existência
empírica*. करं [karaṃ] razão* बोध [bodha] da realização* अत्म [ātma] do Self* कुविकाम् [kuñcikām] e é
uma chave* द्वार [dvāra] para a porta* वववे क [viveka] do discernimento*
1- Om. Agora vou ensinar o Gorakṣa Ṣataka para libertar os homens dos grilhões da existência empírica. Ele
concede a realização do Self e é uma chave para a porta do discernimento.
etad vimukti sopānam budget kālasya vañcanam | yad vyāvṛttaṃ mano mohād āsaktaṃ paramātmani ||
2 ||
एतत् [etat] Este [Gorakṣa Ṣataka]* सोपानम् [sopānam] (é uma) escada* ववमुक्तक्त [vimukti] (para a)
liberdade*. एतत् [etat] Isto* विनम् [vañcanam] (significa) iludir* कालस्य [kālasya] o tempo (a morte)*. यत्
[yat] Pois* मनस् [manas] (quando a) mente* व्यावृ त्तं [vyāvṛttaṃ] é desviada* मोहात् [mohāt] do engano,
ignorância* आसक्तं [āsaktaṃ] orienta-se* परमात्मवन [paramātmani] (para o supremo) Self*
2- Este Gorakṣa Ṣataka é uma escada para a liberdade. Isso significa iludir a morte. Pois quando a mente é
desviada do engano, é dirigida ao Supremo Self.
3- Mesmo o homem sábio se refugia no yoga, o destruidor do sofrimento da existência empírica, e fruto da
árvore dos desejos da tradição śruti (revelação), cujos ramos são visitados pelos nascidos duas vezes.
4- आसनं प्राणसं यामः प्रत्याहारोथ धारणा | ध्यानं समावधरे तावन योगाङ्गावन भवक्ति षट् || ४ ||
āsanaṃ prāṇa-saṃyāmaḥ pratyāhāro'tha dhāraṇā | dhyānaṃ samādhir etāni yogāṅgāni bhavanti ṣaṭ ||
4 ||
आसनं [āsanaṃ] āsana* प्राण-सं यामः [prāṇa-saṃyāmaḥ] prāṇāyāma* प्रत्याहारः [pratyāhāraḥ] pratyāhāra*
अथ [atha] também* धारणा [dhāraṇā] dhāraṇā* ध्यानं [dhyānaṃ] dhyānaṃ* समावधर् [samādhir] samādhi*
एतावन [etāni] esses* भवक्ति [bhavanti] são* षट् [ṣaṭ] os seis* योगाङ्गावन [yogāṅgāni] membros do yoga*
4- Postura, controle da respiração, restrição dos sentidos (néctar interno), concentração, meditação e imersão -
esses são os seis membros do yoga.
āsanāni tu tāvanti yāvatyaḥ jīva jātayaḥ | eteṣām akhilān bhedān vijānāti maheśvaraḥ || 5 ||
तावक्ति [tāvanti] há* आसनावन [āsanāni] [tantas] posturas (āsanā)* यावत्यः [yāvatyaḥ] quanto* जीव-जातयः
[jīva-jātayaḥ] espécies de seres vivos* तु [tu] mas* एते षाम् [eteṣām] destas* महे श्वरः [maheśvaraḥ]
Maheshvara* ववजानावत [vijānāti] conhece* अक्तखलान् [akhilān] todos* भे दान् [bhedān] os tipos*
5- Existem tantas posições corporais (āsanā) quanto especies de seres vivos. Maheshvara conhece toda
diversidade.
catur aśīti lakṣāṇām ekam ekam udāhṛtam | tataḥ śivena pīṭhānāṃ ṣoḍaśonaṃ śataṃ kṛtam || 6 ||
चतु र्-अशीवत [catur-aśīti] oitenta e quatro* लक्षाणाम् [lakṣāṇām](vezes) 100.000 (= 8,4 milhões)* वशवे न
[śivena] Śiva* दाहृतम् [udāhṛtam] selecionou* एकम् -एकम् [ekam-ekam] uma em cada 100.000* उततः
[tataḥ] destas* कृतम् [kṛtam] resulta* षोडशोनं -शतं [ṣoḍaśonaṃ-śataṃ] diminuindo 16 de 100 = 84*
पीठानां [pīṭhānāṃ] posturas*
6- Destas 8,4 milhões de posturas, Śiva selecionou uma em cada 100.000, resultando 84 posturas.
7- आसनेभ्यः समस्ते भ्यो द्वयमेव वववशष्यते | एकं वसद्धासनं प्रोक्तं वद्वतीयं कमलासनम् || ७ ||
āsanebhyaḥ samastebhyaḥ dvayam eva viśiṣyate | ekaṃ siddhāsanaṃ proktaṃ dvitīyaṃ kamalāsanam
|| 7 ||
समस्ते भ्यः [samastebhyaḥ] De todas* आसनेभ्यः [āsanebhyaḥ] posturas* एव [eva] somente* द्वयम् [dvayam]
duas* वववशष्यते [viśiṣyate] são excelentes* एकं [ekaṃ] uma* प्रोक्तं [proktaṃ] é chamada* वसद्धासनं
[siddhāsanaṃ] siddhāsana* वद्वतीयं [dvitīyaṃ] a segunda* कमलासनम् [kamalāsanam] kamalāsana*
7- De todas as posturas, duas são excelentes: uma é chamada de postura perfeita (siddhāsana), a outra, lótus
(kamalāsana).
8- योवनस्थानकमङ्घ्विमूलघवटतं कृत्वा दृढं ववन्यसे न्मेढरे पादमथैकमेव वनयतं कृत्वा समं ववग्रहम् | स्थाणु ः
सं यवमते क्तियोचलदृशा पश्यन्रु वोरिर- मेतन्मोक्षकवाटभे दजनकं वसद्धासनं प्रोच्यते || ८ ||
yoni-sthānakam aṅghri-mūla-ghaṭitaṃ kṛtvā dṛḍhaṃ vinyasen meḍhre pādam athaikam eva niyataṃ
kṛtvā samaṃ vigraham | sthāṇuḥ saṃyamitendriyo'cala-dṛśā paśyan bhruvor antaram etan mokṣa-
kavāṭa-bheda-janakaṃ siddhāsanaṃ procyate || 8 ||
कृत्वा [kṛtvā] (O yogin) deve colocar* कम् [ekam] um* अङ्घ्वि-मूल [aṅghri-mūla] dos calcanhares* दृढं
[dṛḍhaṃ] em firme* घवटतं [ghaṭitaṃ] contato* योवन-स्थानकम् [yoni-sthānakam] na região do períneo* कृत्वा
[kṛtvā] deve colocar* पादम् [pādam] (o calcanhar do outro) pé* मेढरे [meḍhre] acima do pênis* अथ [atha] e*
ववन्यसे न् [vinyaset] mantendo*ववग्रहम् [vigraham] o corpo* वनयतं [niyataṃ] firme* समं [samaṃ] ereto* स्थाणु ः
[sthāṇuḥ] imóvel* सं यवमत-इक्तियः [saṃyamita-indriyaḥ] com os sentidos sob controle* अचल-दृशा [acala-
dṛśā] com os olhos fixos* पश्यन् [paśyan] deve-se olhar* कम् [ekam] um* अिरम् [antaram] entre* रु वोः
[bhruvoḥ] sobrançelhas* एतन् [etan] isto* प्रोच्यते [procyate] é chamado de* वसद्धासनं [siddhāsanaṃ]
siddhāsana* मोक्ष-कपाट-भे द-जनकं [mokṣa-kapāṭa-bheda-janakaṃ] causa a abertura das portas da
liberação*
8- Coloque um calcanhar firmemente no períneo e o outro pé firmemente acima dos genitais, e mantenha o
corpo ereto e imóvel. Então, a pessoa olha entre as duas sobrancelhas, com os sentidos contidos e, com os olhos
fixos. Essa é chamada de postura perfeita (siddhasana) que abre as portas da liberdade.
9- वामोरूपरर दवक्षणं वह चरणं सं स्थाप्य वामं तथा दक्षोरूपरर पविमेन वववधना धृ त्वा कराभ्यां दृढम् | अङ्घ् · गु ष्ठौ
हृदये वनधाय वचबु कं नासाग्रमालोकये दे तद्व्यावध ववकार हारर यवमनां पद्मासनं प्रोच्यते || ९ ||
vāmorūpari dakṣiṇaṃ hi caraṇaṃ saṃsthāpya vāmaṃ tathā dakṣorūpari paścimena vidhinā dhṛtvā
karābhyāṃ dṛḍham | aṅguṣṭhau hṛdaye nidhāya cibukaṃ nāsāgram ālokayed etad vyādhi-vikāra-hāri
yamināṃ padmāsanaṃ procyate || 9 ||
सं स्थाप्य [saṃsthāpya] coloque * चरणं [caraṇaṃ] o pé* दवक्षणं [dakṣiṇaṃ] direito* वामोरूपरर [vāmorūpari]
sobre a coxa esquerda* तथा [tathā] e, da mesma forma* वामं [vāmaṃ] (o pé) esquerdo* दक्षोरूपरर
[dakṣorūpari] sobre a coxa direita* कराभ्यां [karābhyāṃ] com as mãos cruzadas* पविमेन-वववधना
[paścimena-vidhinā] por trás das costas* धृ त्वा [dhṛtvā] segure* दृढम् [dṛḍham] firmemente* अङ्घ्गु ष्ठौ
[aṅguṣṭhau] os dedões dos pés* वनधाय [nidhāya] coloque* वचबु कं [cibukaṃ] o queixo* हृदये [hṛdaye] sobre
o peito* आलोकये द् [ālokayed] fixe o olhar* नासाग्रम् [nāsāgram] para a ponta do nariz* वह [hi] certamente*
एतद् [etad] essa (postura)* व्यावध-ववकार-हारर [vyādhi-vikāra-hāri] que causa a eliminação das doenças*
यवमनां [yamināṃ] dos yogins que dominam os yamas* प्रोच्यते [procyate] é chamada* पद्मासनं [padmāsanaṃ]
padmāsana*
9- Coloque o pé direito na coxa esquerda e o pé esquerdo na coxa direita. Em seguida, cruze os braços atrás
das costas e segure firmemente os dois dedões dos pés com as duas mãos. Então, com o queixo pressionado
contra o peito, olhe para a ponta do nariz. Essa postura, que causa a eliminação das doenças dos yamis
(praticantes dos yamas), é chamada de Posição de Lótus (Padmasana).
10- आधारं प्रथमं चक्रं स्वावधष्ठानं वद्वतीयकम् | योवनस्थानं द्वयोममध्ये कामरूपं वनगद्यते || १० ||
10- Adhara, "fundamento", é o primeiro centro de energia (chakra), Svadhishthana, "a morada do Self", o
segundo. Entre esses dois está Yonisthana, "o lugar da origem", chamado Kamarupa, "a essência do desejo"
11- आधाराख्ये गु दस्थाने पङ्कजं यच्चतु दमलम् | तन्मध्ये प्रोच्यते योवनः कामाख्या वसद्धवक्तिता || ११ ||
ādhārākhye guda-sthāne paṅkajaṃ yac catur-dalam | tan-madhye procyate yoniḥ kāmākhyā siddha-
vanditā || 11 ||
यत् [yat] há um* पङ्कजं [paṅkajaṃ] lótus* गु द-स्थाने [guda-sthāne] na região do ânus*
आधाराख्ये[ādhārākhye] conhecido como fundamento* चतु र्-दलम् [catur-dalam] com quatro pétalas* तन्-मध्ये
[tan-madhye] em seu centro* प्रोच्यते [procyate] ensina-se* योवनः [yoniḥ] yoni (na forma de triãngulo)*
कामाख्या [kāmākhyā] denominado desejo (kama)* वसद्ध-वक्तिता [siddha-vanditā] venerado pelos siddhas*
11- há um lótus na região do ânus conhecido como o fundamental (ādhārā) com quatro pétalas. Em seu centro
- ensina-se - há um yoni (na forma de triângulo) denominado desejo (kamakhya), reverenciado pelos siddhas.
योवन-मध्ये [yoni-madhye] no centro do triângulo (yoni)* क्तस्थतम् [sthitam] está localizado* महा-वलङ्गं [mahā-
liṅgaṃ] um grande linga* पविमावभमुखं [paścimābhimukhaṃ] orientado para oeste (para a suṣumṇā)*
मस्तके [mastake] sua cabeça* वभन्नं [bhinnaṃ] está perfurada* मवण-वत् [maṇi-vat] como uma pedra
preciosa* यः [yaḥ] quem* जानावत [jānāti] sabe* सः [saḥ] isso* योग-ववत् [yoga-vit] conhece o yoga*
12- No centro deste triângulo (yoni) está uma grande linga orientado para o oeste (para a suṣumṇā), sua
cabeça está perfurada como uma pedra preciosa. Quem sabe isso é um conhecedor de yoga.
13- तप्तचामीकराभासं तवडल्ले खेव ववस्फुरत् | चतु रस्रं पुरं वह्ने रधो मेढरात्प्रवतवष्ठतम् || १३ ||
प्रवतवष्ठतम् [pratiṣṭhitam] situado* अधः [adhaḥ] abaixo* मेढरात् [meḍhrāt] do lingan* पुरं [puraṃ] está* चतु र्-
अस्रं [catur-asraṃ] o quadrado* वह्ने ः [vahneḥ] de fogo* तप्तचामीकराभासं [taptacāmīkarābhāsaṃ] cor de
ouro brilante* ववस्फुरत् [visphurat] cintilante* इव [iva] como* तवडल्ले खा [taḍillekhā] um relâmpago*
13- Abaixo do Linga está a morada quadrada do fogo, que tem a cor de ouro brilhante e cintila como um
relâmpago.
14- A palavra Sva (self) denota a força vital (prāṇa), e svādhiṣṭhāna (o lugar do self) é a sua sede. Portanto,
svadhishthana é chamado linga pois situa-se na base do pênis.
15- तिुना मवणवत्प्रोतो यत्र किः सु षुम्णया | तन्नावभमण्डलं चक्रं प्रोच्यते मवणपूरकम् || १५ ||
tantunā maṇi-vat proto yatra kandaḥ suṣumṇayā | tan nābhi-maṇḍalaṃ cakraṃ procyate maṇi-pūrakam
|| 15 ||
नावभमण्डलं [nābhimaṇḍalaṃ] Na região umbilical* यत्र [yatra] onde* किः [kandaḥ] está o kanda (bulbo)*
प्रोतः [protaḥ] que é atravessado* सु षुम्णया [suṣumṇayā] por suṣumṇa* मवण-वत् [maṇi-vat] como uma
pérola* तिुना [tantunā] (é atravessada) por um fio* तत् [tat] esse* चक्रं [cakraṃ] cakra* प्रोच्यते [procyate]
é chamado* मवण-पूरकम् [maṇi-pūrakam] centro do umbigo*
15- Na região umbilical está o kanda (bulbo) que é atravessado pela suṣumṇa como uma pérola (é
atravessada) por um fio. Esse cakra é chamado de maṇipūraka (centro do umbigo).
16- ऊर्ध्वं मेढरादधो नाभे ः कियोवनः खगाण्डवत् | तत्र नाड्यः समुत्पन्नाः सहस्रावण वद्वसप्तवतः || १६ ||
ūrdhvaṃ meḍhrād adho nābheḥ kanda-yoniḥ khagāṇḍa-vat | tatra nāḍyaḥ samutpannāḥ sahasrāṇi dvi-
saptatiḥ || 16 ||
ऊर्ध्वं [ūrdhvaṃ] acima* मेढरात् [meḍhrāt] do pênis* अधः [adhaḥ] e abaixo* नाभे ः [nābheḥ] do umbigo* कि-
योवनः [kanda-yoniḥ] está o kanda yoni (origem das nadis)* खगाण्ड-वत् [khagāṇḍa-vat] como um ovo de
pássaro* तत्र [tatra] lá* समुत्पन्नाः [samutpannāḥ] nascem* सहस्रावण-वद्व-सप्तवतः [sahasrāṇi-dvi-saptatiḥ] 72
mil* नाड्यः [nāḍyaḥ] nāḍīs*
16- Acima do membro masculino e abaixo do umbigo está o kanda, semelhante a um ovo de pássaro. Dele
surgem os 72 mil nāḍīs.
teṣu nāḍī-sahasreṣu dvi-saptatir udāhṛtāḥ | prādhānyāt prāṇa-vāhinyo bhūyas tatra daśa smṛtāḥ || 17
||
ते षु [teṣu] entre esses* नाडीसहस्रे षु [nāḍī-sahasreṣu] milhares de nāḍīs* प्राणवावहन्याः [prāṇa-vāhinyāḥ] que
transportam o prāṇa, a energia vital* वद्व-सप्तवतर् [dvi-saptatir] 72* उदाहृताः [udāhṛtāḥ] são mencionados*
प्राधान्यात् [prādhānyāt] como significativos* तत्र [tatra] entre esses* दश [daśa] dez* भू याः [bhūyāḥ] são mais
frequentemente* स्मृताः [smṛtāḥ] ensinados*
17- Entre esses milhares de canais de energia sutil (nāḍī) que transportam a energia vital (prāṇa), Setenta e
dois são mencionados como significativos. Dez, entre eles, são mais frequentemente ensinados.
18 / 19- इडा च वपङ्गला चैव सु षुम्णा च तृ तीयका | गान्धारी हक्तस्तवजह्वा च पूषा चैव यशक्तस्वनी || १८ ||
अलम्बु षा कुहूिै व शङ्घ्क्तखनी दशमी स्मृता | एतन्नाडीमयं चक्रं ज्ञातव्यं योवगवभः सदा || १९ ||
iḍā ca piṅgalā caiva suṣumṇā ca tṛtīyakā | gāndhārī hasti-jihvā ca pūṣā caiva yaśasvinī || 18 ||
alambuṣā kuhūś caiva śaṅkhinī daśamī smṛtā | etan nāḍi-mayaṃ cakraṃ jñātavyaṃ yogibhiḥ sadā || 19
||
इडा [iḍā] iḍā* च [ca] e* वपङ्गला [piṅgalā] piṅgalā* च [ca] e* एव [eva] bem como* सु षुम्णा [suṣumṇā]
suṣumṇā* च [ca] e * तृ तीयका [tṛtīyakā] como terceiro* गान्धारी [gāndhārī] gāndhārī* हक्तस्त-वजह्वा [hasti-jihvā]
hastijihvā* च [ca] e* पूषा [pūṣā] pūṣā* च [ca] e* एव [eva] bem como* यशक्तस्वनी [yaśasvinī] yaśasvinī*
अलम्बु षा [alambuṣā] alambuṣā* कुहूश् [kuhūś] kuhūś* च [ca] e* एव [eva] bem como* शङ्घ्क्तखनी [śaṅkhinī]
śaṅkhinī* स्मृता [smṛtā] que é ensinado* दशमी [daśamī] como o décimo* एतत् [etat] esta* चक्रं [cakraṃ]
rede* मयं [mayaṃ] formada* नाडी [nāḍi] por nāḍis* ज्ञातव्यं [jñātavyaṃ] (deve ser) conhecida* योवगवभः
[yogibhiḥ] pelos yogins* सदा [sadā] sempre*
18 / 19- (Estes dez principais nāḍīs descritos são): Ida, Pingala, e como terceiro Sushumna, Gandhari,
Hastijihva, Pusha e Yashasvini ...Alambusha, Kuhu, e śaṅkhinī, o décimo. Essa rede formada por canais de
energia sutil (nāḍī) deve ser necessariamente conhecida pelos yogins.
20- इडा वामे क्तस्थता भागे वपङ्गला दवक्षणे तथा | सु षुम्णा मध्यदे शे तु गान्धारी वामचक्षु वष || २० ||
iḍā vāme sthitā bhāge piṅgalā dakṣiṇe tathā | suṣumṇā madhya-deśe tu gāndhārī vāma-cakṣuṣi || 20 ||
इडा [iḍā] iḍā* क्तस्थता [sthitā] está localizada* भागे [bhāge] do lado* वामे [vāme] esquerdo* वपङ्गला [piṅgalā]
piṅgalā* दवक्षणे [dakṣiṇe] do direito* तथा [tathā] e* सु षुम्णा [suṣumṇā] suṣumṇā* मध्य-दे शे [madhya-deśe] no
meio do corpo* तु [tu] por sua vez* गान्धारी [gāndhārī] gāndhārī* वाम-चक्षु वष [vāma-cakṣuṣi] (termina) no
olho esquerdo*
20- Ida está à esquerda e Pingala à direita. Sushumna está no meio e Gandhari termina no olho esquerdo.
21- दवक्षणे हक्तस्तवजह्वा च पूषा कणे च दवक्षणे | यशक्तस्वनी वामकणे चानने वाप्यलम्बु षा || २१ ||
dakṣiṇe hasti-jihvā ca pūṣā karṇe ca dakṣiṇe | yaśasvinī vāma-karṇe cānane vāpy alambuṣā || 21 ||
हक्तस्त-वजह्वा [hasti-jihvā] hastijihvā* दवक्षणे [dakṣiṇe] (termina no olho) direito* च [ca] e* पूषा [pūṣā] pūṣā*
कणे [karṇe] no ouvido (direito)* च [ca] e* यशक्तस्वनी [yaśasvinī] yaśasvinī* वाम-कणे [vāma-karṇe] no
ouvido* दवक्षणे [dakṣiṇe] esquerdo* च [ca] e* वावप [vāpy] finalmente* अलम्बु षा [alambuṣā] alambuṣā*
आनने [ānane] (termina) na boca*
21- Hastijihva termina no olho direito e Pusha no ouvido direito. Yashasvini termina no ouvido esquerdo e
Alambusha na boca.
kuhūś ca liṅga-deśe tu mūla-sthāne ca śaṅkhinī | evaṃ dvāram upāśritya tiṣṭhanti daśa nāḍikāḥ || 22 ||
कुहूः [kuhūḥ] kuhū* वलङ्ग-दे शे [liṅga-deśe] (termina) na região do pênis* च [ca] e* शङ्घ्क्तखनी [śaṅkhinī]
śaṅkhinī* मूल-स्थाने [mūla-sthāne] na raiz do ânus* तु [tu] tanto* एवं [evaṃ] assim* दश [daśa] as dez*
नावडकाः [nāḍikāḥ] nadis* उपावश्रत्य [upāśritya] levam (a energia vital)* वतष्ठक्ति [tiṣṭhanti] aos próprios* द्वारम्
[dvāram] locais*
22 - Kuhu termina na área do pênis e Shankhini na área da raiz do ânus. Desta forma, as dez nadis levam a
energia vital aos seus próprios locais.
23- सततं प्राणवावहन्यः सोमसू याम विदे वताः | इडावपङ्गलासु षुम्णाक्तस्तस्रो नाड्य उदाहृताः || २३ ||
satataṃ prāṇa-vāhinyaḥ soma-sūryāgni-devatāḥ | iḍā-piṅgalā-suṣumṇāstisro nāḍya udāhṛtāḥ || 23 ||
वतस्राः [tisrāḥ] as três* नाड्याः [nāḍyāḥ] nadis* इडा-वपङ्गला-सु षुम्णास् [iḍā-piṅgalā-suṣumṇā] iḍā, piṅgalā e
suṣumṇā* सततं [satataṃ] que sempre* ण-वावहन्यः [prāṇa-vāhinyaḥ] transportam o prāṇa* उदाहृताः
[udāhṛtāḥ] recebem elogios* दे वताः [devatāḥ] suas divindades são* प्रासोम [soma] soma (lua)* सू यम [sūrya]
sūrya (sol)* आवि [āgni] āgni (fogo)*
23- Essas três Nadis (Ida, Pingala e Sushumna), que continuamente carregam a energia vital (Prana), recebem
elogios. Suas respectivas divindades são a lua (soma), o sol (sūrya) e o fogo (āgni).
24- प्राणापानौ समानि ह्य् उदानो व्यान एव च | नागः कूममि कृकरो दे वदत्तो धनञ्जयः || २४ ||
prāṇāpānau samānaś ca hy udāno vyāna eva ca | nāgaḥ kūrmaś ca kṛkaro deva-datto dhanañ-jayaḥ ||
24 ||
प्राण [prāṇā] prāṇā* अपानौ [apāna] apāna* समानः [samānaḥ] samāna* च [ca] e* वह [hi] também* उदानः
[udānaḥ] udāna* व्यानः [vyānaḥ] vyāna* एव [eva] bem como* च [ca] e* नागः [nāgaḥ] nāga* कूममः [kūrmaḥ]
kūrma* च [ca] e* कृकरः [kṛkaraḥ] kṛkara* दे व-दत्तः [deva-dattaḥ] devadatta* धनञ् -जयः [dhanañ-jayaḥ]
dhanañjayaḥ*
24- Prana, Apana, Samana, Udana e Vyana, bem como Naga, Kurma, Krikara, Devadatta e Dhananjaya (são
os 5 principais e os 5 secundários, Vayus).
nāgādyāḥ pañca vikhyātāḥ prāṇādyāḥ pañca vāyavaḥ | ete nāḍī-sahasreṣu vartante jīva-rūpiṇaḥ || 25
||
एते [ete] estes* ववख्याताः [vikhyātāḥ] chamados* वायवः [vāyavaḥ] ventos vitais* पि [pañca] os cinco*
नागाद्याः [nāgādyāḥ] nāgās, etc.* पि [pañca] e os cinco* प्राणाद्याः [prāṇādyāḥ] prāṇās etc,* वतम िे [vartante]
circulam* जीव-रूवपणः [jīva-rūpiṇaḥ] na forma de forças vitais* नाडी-सहस्रे षु [nāḍī-sahasreṣu] nos milhares
de canais de energia sutis (nadi)*
25- Estes chamados de vayus principais (ventos da vida): os cinco nagas etc., e os cinco pranas, etc., circulam
na forma de forças vitais nos milhares de canais de energia sutis (nadi).
वह [hi] porque* जीवः [jīvaḥ] jīva* वशः [vaśaḥ] (está) sob controle* प्राणापान [prāṇāpāna] prāṇāpāna* च
[ca] e* धाववत [dhāvati] se move* अधः [adhaḥ] abaixo* च [ca] e* ऊर्ध्वं [ūrdhvaṃ] acima* वाम-दवक्षण-मागे ण
[vāma-dakṣiṇa-mārgeṇa] ao longo dos canais da esquerda e da direita* चिलत्वात् [cañcalatvāt] devido à
sua instabilidade* न [na] não* दृश्यते [dṛśyate] é percebido*
26- Como o Jiva (self empírico) está sob controle do prana e do apana, ele se move para baixo e para cima
ao longo dos canais da esquerda e da direita. Devido à sua instabilidade, não é percebido.
उच्चलवत [uccalati] replica, retorna* तथा tathā] o mesmo acontece * जीवः [jīvaḥ] com jīva, princípio vital*
समावक्षप्तस् [samākṣiptas] quando golpeado* प्राणापान [prāṇāpāna] por prāṇa e apāṇā* अनु कृष्यते
[anukṛṣyate] retorna*
27- Assim como uma bola arremessada contra o chão com um bastão retorna, o mesmo acontece com o
princípio da vida (Jiva), quando golpeado por Prana e Apana, retorna a eles.
28- रज्जु बद्धो यथा श्ये नो गतोऽप्याकृष्यते पुनः | गु णबद्धस्तथा जीवः प्राणापानेन कृष्यते || २८ ||
rajju-baddho yathā śyeno gato'py ākṛṣyate punaḥ | guṇa-baddhas tathā jīvaḥ prāṇāpānena kṛṣyate ||
28 ||
यथा [yathā] como* श्ये नः [śyenaḥ] falcão* बद्धः [baddhaḥ] amarrrado, preso* रज्जु [rajju] corda* गतः
[gataḥ] se voa para longe* आकृष्यते [ākṛṣyate] é trazido* पुनः [punaḥ] novamente* तथा [tathā] o mesmo*
अवप [api] também* जीवः [jīvaḥ] o jīva* गु ण-बद्धः [guṇa-baddhaḥ] preso pelos gunas* कृष्यते [kṛṣyate] é
puxado* प्राणापानेन [prāṇāpānena] por prāṇa e apāṇā*
28- Assim como um falcão amarrado com uma corda, se voa para longe, é trazido de volta; o mesmo,
também, ocorre com o Jiva, preso pelos gunas, é atraído por prana e apana.
29- अपानः कषमवत प्राणं प्राणोऽपानं च कषमवत | ऊर्ध्वाम धः सं क्तस्थतावे तौ यो जानावत स योगववत् || २९ ||
apānaḥ karṣati prāṇaṃ prāṇo'pānaṃ ca karṣati | ūrdhvādhaḥ saṃsthitāv etau yo jānāti sa yoga-vit ||
29 ||
अपानः [apānaḥ] apāna* कषमवत [karṣati] atrai* प्राणं [prāṇaṃ] o prāṇa* प्राच [ca] e* णः [prāṇaḥ]
prāṇa* कषमवत [karṣati] atrai* अपानं [apānaṃ] apāna* यः [yaḥ] quem* जानावत [jānāti] conhece* एतौ [etau]
esses dois* सं क्तस्थतौ [saṃsthitau] situados* ऊर्ध्वाम धः [ūrdhvādhaḥ] acima e abaixo* योग-ववत् [yoga-vit] é
conhecedor do yoga*
29- Apana atrai o prana e o prana atrai o apana. Quem conhece esses dois, que estão em cima e em baixo, é
um conhecedor do yoga.
30- किोर्ध्वे कुण्डली शक्तक्तरष्टधा कुण्डलीकृता | ब्रह्मद्वारमुखं वनत्यं मुखेनावृ त्य वतष्ठवत || ३० ||
ऊर्ध्वम [ūrdhva] acima* कि [kanda] kanda* वतष्ठवत [tiṣṭhati] está* कुण्डली [kuṇḍalī] kuṇḍalī* शक्तक्तर् [śaktir]
o poder da serpente* कुण्डली-कृता [kuṇḍalī-kṛtā] enrolada* अष्ट-धा [aṣṭa-dhā] oito vezes* वनत्यं [nityaṃ]
sempre* आवृ त्य [āvṛtya] fecha* मुखेन [mukhena] com a boca* ब्रह्म-द्वार-मुखं [brahma-dvāra-mukhaṃ] a
abertura da porta de brahma*
30- Acima do kanda está Kundali, o poder da serpente. Enrolada oito vezes, ela sempre fecha com a boca a
abertura da porta de brahma.
31- प्रबु द्धा ववह्नयोगे न मनसा मारुताहता | प्रजीवगु णमादाय व्रजत्यूर्ध्वं सु षुम्णया || ३१ ||
prabuddhā vahni-yogena manasā mārutāhatā | prajīva-guṇam ādāya vrajaty ūrdhvaṃ suṣumṇayā || 31
||
बु द्धा [prabuddhā] (Quando) a kundali desperta* मनसा [manasā] intencionalmente* प्रववह्न-योगे न [vahni-
yogena] através do contato com o fogo (interno)* मारुताहता [mārutāhatā] ativada pela respiração* सा [sā]
ela* व्रजवत [vrajati] move-se* ऊर्ध्वं [ūrdhvaṃ] para cima* सु षुम्णया [suṣumṇayā] ao longo da sushumna*
आदाय [ādāya] com* जीव-गु णम् [jīva-guṇam] o princípio da vida*
31-Quando a kundali desperta através do contato com o fogo (interno), intencionalmente movendo-a através
da respiração, ela sobe ao longo da sushumna com o princípio da vida (jiva-guna, "fio da vida").
योवगन् [yogin] yogin* यः [yaḥ] que* वे वत्त [vetti] conhece* सः [saḥ] esses* महा-मुद्ां [mahā-mudrāṃ]
mahāmudrā* नभो-मुद्ाम् [nabho-mudrām] nabhomudrā* उवियानं [uḍḍiyānaṃ] uḍḍiyāna* जलन्धरम्
[jalandharam] jalandhara* च [ca] e* मूल-बन्धं [mūla-bandhaṃ] mūlabandha* वसक्तद्ध-भाजनम् [siddhi-
bhājanam] torna-se um depositário de Siddhi*
32- O yogin que conhece Mahamudra, Nabhomudra, Uddiyana Bandha, Jalandhara Bandha e Mula Bandha
torna-se um depositário de siddhis.
33- वक्षोन्यस्तहनुवनमपीड्य सु वचरं योवनं च वामाङ्घ्विणा | हस्ताभ्यामवधाररतं प्रसररतं पादं तथा दवक्षणम् |
आपूयम श्वसनेन कुवक्षयु गलं बद् र्ध्वा शनै रे चये -दे षा पातकनावशनी सु महती मुद्ा नृणां प्रोच्यते || ३३ ||
वनपीड्य [nipīḍya] pressione fortemente* योवनं [yoniṃ] o períneo* वामाङ्घ्विणा [vāmāṅghriṇā] com o
calcanhar esquerdo* सु -वचरं [su-ciraṃ] contínuamente* च [ca] e* हस्ताभ्याम् [hastābhyām] com as duas mãos*
अवधाररतं [avadhāritaṃ] segure* पादं [pādaṃ] o pé* दवक्षणम् [dakṣiṇam] direito* प्रसररतं [prasaritaṃ]
esticado* वक्षस्-न्यस्त-हनुर् [vakṣas-nyasta-hanur] pressione o queixo contra o peito* आपूयम [āpūrya] depois
de inspirar (prenda a respiração)* तथा [tathā] também* कुवक्ष-यु गलं [kukṣi-yugalaṃ] aplique os dois,
Jalandhara Bandha e Mula Bandha* श्वसनेन [recayed] expire* शनैः [śanaiḥ] lentamente* बद् र्ध्वा [baddhvā]
sem bandhas* एषा [eṣā] Isso* प्रोच्यते [procyate] é chamado* सु -महती [su-mahatī] de grande* मुद्ा [mudrā]
mudra* पातक-नावशनी [pātaka-nāśinī] destrói os pecados* नृणां [nṛṇāṃ] das pessoas*
33- Pressione o períneo fortemente com o calcanhar esquerdo e segure o pé direito esticado com as duas
mãos. Pressione o queixo contra o peito depois de inspirar (prenda a respiração) e aplique Jalandhara Bandha
e Mula Bandha, expire lentamente (sem Bandhas). Isso é chamado de Grande Selo (Maha Mudra), que destrói
os pecados dos homens.
kapāla-kuhare jihvā praviṣṭā viparītagā | bhruvor antar-gatā dṛṣṭir mudrā bhavati khe-carī || 34 ||
वजह्वा [jihvā] língua* ववपरीतगा [viparītagā] retroflectida, curvada para trás* प्रववष्टा [praviṣṭā] inserida*
कपाल-कुहरे [kapāla-kuhare] cavidade do crânio, nasofaginge* दृवष्टः [dṛṣṭiḥ] olhar* अिर् -गता [antar-gatā]
entre* रु वोः [bhruvoḥ] sobrancelhas* भववत [bhavati] é* खेचरी-मुद्ा [khecarī-mudrā] khecarī mudrā*
34- A ponta da língua retroflectida é inserida na nasofaringe e o olhar é direcionado entre as sobrancelhas.
Este é Khechari Mudra.
35- ऊर्ध्वं मेढरादधो नाभे रुवियानं प्रचक्षते | उवियानजयो बन्धो मृत्युमातङ्गकेसरी || ३५ ||
ऊर्ध्वं [ūrdhvaṃ] A região acima* मेढरात् [meḍhrāt] do pênis* अधः [adhaḥ] e abaixo* नाभे ः [nābheḥ] do
umbigo* प्रचक्षते [pracakṣate] é chamada* उवियान-जयः [uḍḍiyāna-jayaḥ] controle do voo ascendente*
उवियानं [uḍḍiyānaṃ] uḍḍiyāna * बन्धः [bandhaḥ] bandha* मृत्यु-मातङ्ग-केसरी [mṛtyu-mātaṅga-kesarī] é
como um leão contra o elefante da morte*
35- A área acima do pênis e abaixo do umbigo é chamada de "base de controle do voo ascendente".
Uddiyana Bandha é como um leão contra o elefante da morte.
जालन्धरे [jālandhare] (Quando) jālandhara* बन्धे [bandhe] bandha* कृते [kṛte] é executado* कण्ठ-सङ्कोच-
लक्षणे [kaṇṭha-saṅkoca-lakṣaṇe] (que é) caracterizado pela contração da garganta* पीयू षं [pīyūṣaṃ] o
néctar* न [na] não* पतवत [patati] cai* अिौ [agnau] no fogo (digestivo)* च [ca] e, também* वायु ः [vāyuḥ]
vāyu (energia vital)* प्रकुप्यवत [prakupyati] não é despertado*
36- Quando é realizado Jalandhara Bandha, que é caracterizado pela contração da garganta, o néctar não
cai no fogo (digestivo), e também Vayu não é despertado.
सम्पीड्य [sampīḍya] pressione* योवनम् [yonim] o períneo* पाक्तणमभागे न [pārṣṇi-bhāgena] com a ponta do
calcanhar* आकुिये द् [ākuñcayed] contraia * गु दम् [gudam] o ânus* आकृष्य [ākṛṣya] e puxe* अपानम्
[apānam] apāna* ऊर्ध्वम म् [ūrdhvam] para cima* वनगद्यते [nigadyate] isso è chamado* मूल-बन्ध [mūla-
bandha] mūlabandha*
37- Pressione o calcanhar contra o períneo, contraia o ânus e puxe o apana. Isso é chamado Mula Bandha.
yataḥ kāla-bhayād brahmā prāṇāyāma-parāyaṇaḥ | yogino munayaś caiva tataḥ prāṇaṃ nibandhayet
|| 38 ||
यतः [yataḥ]Assim como* ब्रह्मा [brahmā] brahmā* चैव [caiva] e também* योवगनः [yoginaḥ] os yogins* मुनयः
[munayaḥ] e sábios* काल-भयाद् [kāla-bhayād] por medo da morte* प्राणायाम-परायणः [prāṇāyāma-
parāyaṇaḥ] dedicam-se ao controle da respiração* ततः [tataḥ] portanto* वनबन्धये त् [nibandhayet] deve-se
controlar* प्राणं [prāṇaṃ] prāṇa, respiração*
38- Assim como brahma e também os yogins e sábios, por medo da morte, dedicam-se ao controle da
respiração, então deve-se controlar a respiração.
39- चले वाते चलं सवं वनिले वनिलं भवे त् | योगी स्थाणु त्वमाप्नोवत ततो वायुं वनबन्धये त् || ३९ ||
cale vāte calaṃ sarvaṃ niścale niścalaṃ bhavet | yogī sthāṇutvam āpnoti tato vāyuṃ nibandhayet || 39
||
वाते [vāte] (se a) respiração* भवे त् [bhavet] é* चलं [calaṃ] instável* सवं [sarvaṃ] tudo* चले [cale] é
instável* वनिले [niścale] (quando a respiração) se imobiliza* वनिलं [niścalaṃ] (tudo) se imobiliza* योवगन्
[yogin] o yogin* आप्नोवत [āpnoti] atinge* स्थाणु त्वम् [sthāṇutvam] a imobilidade* ततः [tataḥ] portanto*
वनबन्धये त् [nibandhayet] deve-se controlar* वायुं [vāyuṃ] a respiração*
39- Se a respiração é instável, tudo é instável. Quando a respiração se imobiliza, tudo se imobiliza, e o yogin
atinge a imobilidade. Então deve-se controlar a respiração.
40- षट् वत्रं शदङ्घ्·गु लं हं सः प्रयाणं कुरुते बवहः | वामदवक्षणमागे ण ततः प्राणोऽवभधीयते || ४० ||
हं सः [haṃsaḥ] (Quando a) respiração* बवहः [bahiḥ] externa* प्रयाणं [prayāṇaṃ] atravessa* वाम-दवक्षण-
मागे ण [vāma-dakṣiṇa-mārgeṇa] (passagem nasal) direita e esquerda* कुरुते [kurute] 'chega'* षट् -वत्रं शद् -
अङ्घ्गु लं [ṣaṭ-triṃśad-aṅgulaṃ] a 36 dedos (c. 70 cm)* ततः [tataḥ] então* अवभधीयते [abhidhīyate] é
chamada* प्राणः [prāṇaḥ] a respiração*
40- Quando a respiração externa (expiração) atravessando as passagens nasais direita e esquerda chega a
cerca de 70 cm de distância, então é chamada respiração (o controle da respiração é realizado).
41- बद्धपद्मासनो योगी नमस्कृत्य गु रुं वशवम् | नासाग्रदृवष्टरे काकी प्राणायामं समभ्यसे त् || ४१ ||
41- O yogin, que assumiu a posição de lótus, depois de ter reverenciado seu guru como Shiva, deve praticar
pranayama, solitariamente, com o olhar fixo na ponta do nariz.
42- Prana (respiração) é o ar no corpo. Ayama (controle) é a retenção da respiração. A unidade de medida
está relacionada com uma inalação e exalação (natural). O uso (correto) disso (unidade de medida) leva à
experiência do Supremo.
43- बद्धपद्मासनो योगी प्राणं चिे ण पूरये त् | धारवयत्वा यथाशक्तक्त भू यः सू येण रे चये त् || ४३ ||
baddha-padmāsano yogī prāṇaṃ candreṇa pūrayet | dhārayitvā yathā-śakti bhūyaḥ sūryeṇa recayet
|| 43 ||
43- O yogin que assumiu a posição de lótus deve inspirar pela narina esquerda, retenha a respiração de
acordo com sua capacidade, e expire pela narina direita.
प्राणायामे [prāṇāyāme] O prāṇāyāma (praticado desse modo)* ध्यात्वा [dhyātvā] meditando* वबम्बं [bimbaṃ]
e (visualizando) a imagem* चि-मयं [candra-mayaṃ] da esfera da lua* अमृतोदवध-सङ्काशं [amṛtodadhi-
saṅkāśaṃ] que se assemelha ao oceano de néctar* क्षीरोद-धवल-प्रभम् [kṣīroda-dhavala-prabham] que brilha
como o deslumbrante oceano de leite* भवे त् [bhavet] é* सु खी [sukhī] feliz*
44- (Quando o yogin) meditando, durante este pranayama, na imagem (visualizada) da lua, que se assemelha
ao mar néctar que tem o esplendor do deslumbrante oceano de leite, ele está cheio de felicidade.
45- प्राणं सू येण चाकृष्य पूरये दुदरं शनैः | कुम्भवयत्वा ववधानेन भू यििे ण रे चये त् || ४५ ||
prāṇaṃ sūryeṇa cākṛṣya pūrayed udaraṃ śanaiḥ | kumbhayitvā vidhānena bhūyaś candreṇa recayet
|| 45 ||
आकृष्य [ākṛṣya] inspire* प्राणं [prāṇaṃ] o prāṇa* शनैः [śanaiḥ] lentamente* सू येण [sūryeṇa] por piṅgalā,
narina direita* पूरये द् [pūrayed] enchendo* उदरं [udaraṃ] o abdomen* कुम्भवयत्वा [kumbhayitvā] após (a
inspiração) retenha o alento* च [ca] e* भू यः [bhūyaḥ] em seguida* रे चये त् [recayet] expire* ववधानेन
[vidhānena] da maneira descrita* चिे ण [candreṇa] por iḍā, narina esquerda*
45- Então (o yogin) deve inspirar lentamente pela narina direita, enchendo o abdômen, após (a inspiração)
retenha o alento, em seguida, expire pela narina esquerda.
46- Meditando, durante o pranayama, no disco solar (visualizado) na área do umbigo como uma luz intensa de
fogo ardente, o yogin fica feliz.
47- रे चकः पूरकिै व कुम्भकः प्रणवात्मकः | प्राणायामो भवे त्त्रेधा मात्राद्वादशसं युतः || ४७ ||
प्राणायामः [prāṇāyāmaḥ] prāṇāyāma* भवे त् [bhavet] é* त्रे धा [tredhā] de três partes* पूरकः [pūrakaḥ]
pūraka, inalação* कुम्भकः [kumbhakaḥ] kumbhaka, retenção* च [ca] e* रे चकः [recakaḥ] recaka, exalação*
एव [eva] bem como* प्रणवात्मकः [praṇavātmakaḥ] o praṇava cuja essência é oṃ* मात्रा-द्वादश-सं युतः [mātrā-
dvādaśa-saṃyutaḥ] com duração de 12 matras (um matra equivale, aproximadamente, a um segundo)*
47- A (prática do) pranayama que consiste em três fases: expiração, inalação e retenção, associada ao
pranava om, (inicia com) a duração de 12 matras.
48- द्वादशाधमके मात्रा मध्यमे वद्वगु णास्ततः | उत्तमे वत्रगु णा मात्राः प्राणायामस्य वनणम यः || ४८ ||
dvādaśādhamake mātrā madhyame dvi-guṇās tataḥ | uttame tri-guṇā mātrāḥ prāṇāyāmasya nirṇayaḥ
|| 48 ||
अधमके [adhamake] nível mais baixo* द्वादश [dvādaśa] doze* मात्राः [mātrāḥ] mātrā* वद्व-गु णाः [dvi-guṇāḥ]
duas vezes mais* मध्यमे [madhyame] no médio* उत्तमे [uttame] nível mais alto* वत्र-गु णाः [tri-guṇāḥ] três
vezes mais* ततः [tataḥ] de qual* वनणम यः [nirṇayaḥ] definição* मात्राः [mātrāḥ] mātrā* प्राणायामस्य
[prāṇāyāmasya] prāṇāyāma*
48- No nível inferior, doze matras; no médio duas vezes mais; e no superior três vêzes mais - esta é a definição
da duração de um ciclo respiratório.
49- अधमे च घनो घममः कम्पो भववत मध्यमे | उवत्तष्ठत्यु त्तमे योगी बद्धपद्मासनो मुहः || ४९ ||
adhame ca ghano gharmaḥ kampo bhavati madhyame | uttiṣṭhaty uttame yogī baddha-padmāsano
muhuḥ || 49 ||
योवगन् [yogin] yogin* बद्ध-पद्मासनः [baddha-padmāsanaḥ] em padmāsana* अधमे [adhame] no nível inferior*
भववत [bhavati] surge* घनः [ghanaḥ] forte* घममः [gharmaḥ] calor* मध्यमे [madhyame] no médio* कम्पः
[kampaḥ] um tremor* च [ca] e* उत्तमे [uttame] no superior* मुहः [muhuḥ] subitamente* उवत्तष्ठत्य् [uttiṣṭhaty]
eleva-se*
49- O yogin sentado em posição de lótus, no nível inferior surge forte calor, no médio forte tremor e no
superior subitamente se eleva.
50- Recomenda-se esfregar nos membros com o suor produzido pelo esforço (do pranayama). (O praticante)
deve evitar comidas picantes, azedas e salgadas, e deve consumir alimentos preparados com leite.
51- मिं मिं वपबे द्वायुं मिं मिं ववयोजये त् | नावधकं स्तम्भये द्वायुं न च शीिं ववमोचये त् || ५१ ||
mandaṃ mandaṃ pibed vāyuṃ mandaṃ mandaṃ viyojayet | nādhikaṃ stambhayed vāyuṃ na ca
śīghraṃ vimocayet || 51 ||
वपबे त् [pibet] (Na prática do pranayama) inale* वायुं [vāyuṃ] o ar* मिं -मिं [mandaṃ-mandaṃ]
vagarosamente* ववयोजये त् | [viyojayet] exale* मिं -मिं [mandaṃ-mandaṃ] vagarosamente* न [na] não
स्तम्भये त् [stambhayet] retenha* वायुं [vāyuṃ] o ar* अवधकं [adhikaṃ] muito tempo* च [ca] e* न [na] não*
ववमोचये त् [vimocayet] exale* शीिं [śīghraṃ] rapidamente*
51- Na prática do pranayama, inspire vagarosamente, e exale vagarosamente. Não segure o ar por muito
tempo e não expire rapidamente.
52- ऊर्ध्वम माकृष्य चापानं वातं प्राणे वनयोजये त् | मूधाम नं नीयते शक्त्या सवम पापैः प्रमुच्यते || ५२ ||
ūrdhvam ākṛṣya cāpānaṃ vātaṃ prāṇe niyojayet | mūrdhānaṃ nīyate śaktyā sarva-pāpaiḥ pramucyate
|| 52 ||
आकृष्य [ākṛṣya] puxando* ऊर्ध्वम म् [ūrdhvam] para cima* वातं [vātaṃ] o vento* अपानं [apānaṃ] chamado
apāna (através do mulabandha)* वनयोजये त् [niyojayet] ele se une* प्राणे [prāṇe] ao prāṇa* च [ca] e* नीयते
[nīyate] é guiado* मूधाम नं [mūrdhānaṃ] até o crânio* शक्त्या [śaktyā] pelo poder da serpente* प्रमुच्यते
[pramucyate] livra-se, assim* सवम -पापैः [sarva-pāpaiḥ] de todo sofrimento*
52 - Puxando o vento chamado apana (através do mūlabandha), ele se une ao prana e é guiado pelo poder
(da serpente) até o crânio. Então você se livra de todo sofrimento.
53- प्राणायामो भवत्येवं पातकेन्धनपावकः | एनोम्बु वधमहासे तुः प्रोच्यते योवगवभः सदा || ५३ ||
एवं [evaṃ] deste modo* प्राणायामः [prāṇāyāmaḥ] o prāṇāyāma* भववत [bhavati] torna-se* इन्धन-पावकः
[indhana-pāvakaḥ] um fogo (purificador) que consome o combustível* एनस् [enas] dos pecados* सदा [sadā]
(prāṇāyāma) é sempre* प्रोच्यते [procyate] chamado* योवगवभः [yogibhiḥ] pelos yogins* महा-से तुः [mahā-
setuḥ] grande ponte* अम्बु वध [ambudhi] sobre oceano* पातक [pātaka] dos pecados*
53- Deste modo, o pranayama torna-se um fogo (purificador) que consome o combustível dos pecados.
(Pranayama) é, certamente, chamado pelos yogins de uma enorme ponte sobre o oceano dos pecados.
54- आसनेन रुजो हक्ति प्राणायामेन पातकम् | ववकारं मानसं योगी प्रत्याहारे ण सवम दा || ५४ ||
āsanena rujo hanti prāṇāyāmena pātakam | vikāraṃ mānasaṃ yogī pratyāhāreṇa sarvadā || 54 ||
योवगन् [yogin] o yogin* हक्ति [hanti] destrói* सवम दा [sarvadā] para sempre* रुजो [rujo] as doenças* आसनेन
[āsanena] através dos āsanas* पातकम् [pātakam] os pecados* प्राणायामेन [prāṇāyāmena] pelo prāṇāyāma*
ववकारं [vikāraṃ] as modificações* मानसं [mānasaṃ] mentais* प्रत्याहारे ण [pratyāhāreṇa] pelo pratyāhāra,
retenção do néctar interno*
54- O yogin destrói para sempre as doenças através dos ásanas, os pecados pelo pranayama e as modificações
mentais através do pratyahara.
सः [saḥ] o* भास्करः [bhāskaraḥ] sol (da região do umbigo)* प्रत्याहारवत [pratyāhārati] atrai* धारां [dhārāṃ]
o fluxo* चिामृत-मयीं [candra-āmṛta-mayīṃ] de néctar da lua* तत् -प्रत्याहरणं [tat-pratyāharaṇaṃ] a
retenção deste (fluxo de néctar)* तस्य [tasya] assim* उच्यते [ucyate] é chamado* प्रत्याहारः [pratyāhāraḥ]
pratyāhāra*
55- O sol (localizado na região do umbigo) atrai o fluxo do néctar lunar. A retenção deste (fluxo de néctar)
do sol é chamado Pratyahara.
56- एका स्त्री भु ज्यते द्वाभ्यामागता सोममण्डलात् | तृ तीयो यो भवे त्ताभ्यां स भवत्यजरामरः || ५६ ||
ekā strī bhujyate dvābhyām āgatā soma-maṇḍalāt | tṛtīyo yo bhavet tābhyāṃ sa bhavaty ajarāmaraḥ ||
56 ||
एका [ekā] uma* स्त्री [strī] mulher (āmṛta)* आगता [āgatā] que vem* सोममण्डलात् [soma-maṇḍalāt] disco da
lua* भवे त् [bhavet] é* भु ज्यते [bhujyate] apreciada* द्वाभ्याम् [dvābhyām] por outras duas mulheres (iḍā e
piṅgalā)* तृ तीयः [tṛtīyaḥ] uma terceira (suṣumṇā)* ताभ्यां [tābhyāṃ] além dessas duas* भववत [bhavati] torna
(através dela - āmṛta)* यः [yaḥ] ele (o yogin)* अजरामरः [ajarāmaraḥ] imortal*
56- Uma mulher (āmṛta) que vem do disco da Lua é apreciada por duas mulheres (iḍā e piṅgalā). Uma
terceira (suṣumṇā), além destas duas, torna (através dela - āmṛta) ele (o yogin) imortal.
57- नावभदे शे भवत्येको भास्करो दहनात्मकः | अमृतात्मा क्तस्थतो वनत्यं तालुमूले च चिमाः || ५७ ||
nābhi-deśe bhavaty eko bhāskaro dahanātmakaḥ | amṛtātmā sthito nityaṃ tālu-mūle ca candramāḥ ||
57 ||
भववत [bhavati] há* एकः [ekaḥ] um* भास्करः [bhāskaraḥ] sol* दहन-आत्मकः [dahana-ātmakaḥ] cuja
natureza é queimar* क्तस्थतः [sthitaḥ] localizado* नावभ-दे शे [nābhi-deśe] na região do umbigo* च [ca] e* तालु-
मूले [tālu-mūle] na base do palato* चिमाः [candramāḥ] há uma lua* वनत्यं [nityaṃ] sempre* अमृत-आत्मा
[amṛta-ātmā] cheia do néctar da imortalidade*
57- Há um sol ardente na região do umbigo, e na base do palato há uma lua que está sempre cheia do néctar
da imortalidade.
varṣaty adho-mukhaś candro grasaty ūrdhva-mukho raviḥ | jñātavyaṃ karaṇaṃ tatra yena pīyūṣam
āpyate || 58 ||
चिः [candraḥ] a lua* अधोमुखः [adhomukhaḥ] com a boca para baixo* वषमवत [varṣati] derrama (o néctar)*
रववः [raviḥ] o sol* ऊर्ध्वम -मुखः [ūrdhva-mukhaḥ] com a boca para cima* ग्रसवत [grasati] devora (aquele
néctar)* ज्ञातव्यं [jñātavyaṃ] deve-se conhecer* तत्र [tatra] então* करणं [karaṇaṃ] um método* ये न [yena]
pelo qual* पीयू षम् [pīyūṣam] o néctar* आप्यते [āpyate] pode ser capturado*
58- A lua com a boca para baixo derrama (o néctar), e o sol com a boca para cima devora (aquele néctar).
Então deve-se conhecer um método pelo qual o néctar pode ser capturado.
59- ऊर्ध्वम नावभरधस्तालु ऊर्ध्वम भानुरधः शशी | करणं ववपरीताख्यं गु रुवक्त्रेण लभ्यते || ५९ ||
ūrdhva-nābhir adhas tālu ūrdhva-bhānur adhaḥ śaśī | karaṇaṃ viparītākhyaṃ guru-vaktreṇa labhyate
|| 59 ||
ऊर्ध्वम -नावभः [ūrdhva-nābhiḥ] o umbigo está acima* तालु [tālu] o palato* अधः [adhaḥ] abaixo* ऊर्ध्वम -भानुः
[ūrdhva-bhānuḥ] o sol está acima* अधः [adhaḥ] abaixo* शशी [śaśī] está a lua* करणं [karaṇaṃ] (essa)
posição* ववपरीताख्यं [viparītākhyaṃ] chamada invertida* लभ्यते [labhyate] é obtida* वक्त्रे ण [vaktreṇa] da
boca* गु रु [guru] guru*
59- O umbigo está acima, o palato está abaixo. O sol está acima, abaixo está a lua. Essa posição, invertida, é
obtida da boca do mestre.
60- वत्रधा बद्धो वृ षो यत् र रौरवीवत महास्वनम् | अनाहतं च तच्चक्रं हृदये योवगनो ववदु ः || ६० ||
tridhā baddho vṛṣo yatra rauravīti mahā-svanam | anāhataṃ ca tat cakraṃ hṛdaye yogino viduḥ || 60
||
योवगनः [yoginaḥ] os yogins* ववदु ः [viduḥ] conhecem* चक्रं [cakraṃ] o cakra* हृदये [hṛdaye] do coração* तत्
[tat] nesse* अनाहतं [anāhataṃ] há anāhata (nada)* यत्र [yatra] onde* रौरवीवत [rauravīti] muge* * महा-
स्वनम् [mahā-svanam] com grande ruido* वृ षः [vṛṣaḥ] um touro* वत्रधा [tridhā] triplamente* बद्धः [baddhaḥ]
amarrado*
60- Os yogins conhecem o cakra do coração, centro de energia do anahata nada (som sem batida, ié. não
produzido por duas partes), onde um touro triplamente amarrado muge ruidosamente.
प्राणे [prāṇe] (quando) o prāṇa* अवतक्रम्य [atikramya] depois de deixar* मवण-पूरकम् [maṇi-pūrakam]
o maṇipūraka* च [ca] e* आक्रम्य [ākramya] atingir* अनाहतम् [anāhatam] anāhata (cakra)* प्राप्ते [prāpte]
chega* महा-पद्मं [mahā-padmaṃ] ao grande lotus (o chakra viśuddha)* योवगत्वम् [yogitvam] o yogin*
अमृतायते [amṛtāyate] torna-se imortal*
61 - Quando o prana, depois de deixar o chakra Maṇipūra, atingir o (seguinte) chakra Anahata, chega ao
grande lótus (o chakra Viśuddha), então o yogin torna-se imortal.
62- ववशब्दः सं स्मृतो हं सो वनममलः शुद्ध उच्यते | अतः कण्ठे ववशुद्धाख्यं चक्रं चक्रववदो ववदु ः || ६२ ||
vi-śabdaḥ saṃsmṛto haṃso nirmalaḥ śuddha ucyate | ataḥ kaṇṭhe viśuddhākhyaṃ cakraṃ cakra-vido
viduḥ || 62 ||
वव-शब्दः [vi-śabdaḥ] a palavra vi* सं स्मृतः [saṃsmṛtaḥ] significa* हं सः [haṃsaḥ] haṃsa, respiração, prāṇa*
शुद्ध [śuddha] e śuddha* उच्यते [ucyate] identifica* वनममलः [nirmalaḥ] pureza* अतः [ataḥ] portanto* चक्र-
ववदः [cakra-vidaḥ] aqueles que estão familiarizados com os cakras* ववदु ः [viduḥ] conhecem* चक्रं [cakraṃ] o
cakra* कण्ठे [kaṇṭhe] da garganta* ववशुद्धाख्यं [viśuddhākhyaṃ] com o nome viśuddhā*
62- A palavra Vi significa energia vital e shuddha significa puro. Portanto, aqueles que estão familiarizados
com os cakras conhecem o cakra da garganta sob o nome Vishuddha.
63- ववशुद्धे परमे चक्रे धृ त्वा सोमकलाजलम् | मासे न न क्षयं यावत विवयत्वा मुखं रवे ः || ६३ ||
viśuddhe parame cakre dhṛtvā soma-kalā-jalam | māsena na kṣayaṃ yāti vañcayitvā mukhaṃ raveḥ ||
63 ||
सोम-कला-जलम् [soma-kalā-jalam] Se o néctar da lua crescente* धृ त्वा [dhṛtvā] for retido* मासे न [māsena]
por um mês* परमे [parame] neste grande* ववशुद्धे [viśuddhe] viśuddha* चक्रे [cakre] cakra* न [na] então
não* यावत [yāti] irá* क्षयं [kṣayaṃ] mais secar* विवयत्वा [vañcayitvā] porque ele escapou* मुखं [mukhaṃ]
da boca* रवे ः [raveḥ] do sol*
63 - Se o néctar da lua crescente foi retido por um mês neste grande Vishuddha Cakra, então ele não irá mais
secar porque ele escapou da boca do Sol.
ध्यात्वा [dhyātvā] meditando* दे वीं [devīṃ] sobre a deusa* अमृ त-मयीं [amṛta-mayīṃ] na forma de néctar da
imortalidade* सम्पीड्य [sampīḍya] enquanto pressiona* महत् [mahat] fortemente* रसनाग्रे ण [rasanāgreṇa] a
ponta da língua* राज-दि-वबलं [rāja-danta-bilaṃ] contra a base dos incisivos* भवे त् [bhavet] torna-se* कववः
[kaviḥ] um sábio* षण् -मासे न [ṣaṇ-māsena] em seis meses*
64- Meditando sobre a deusa na forma do néctar da imortalidade enquanto pressiona a ponta da língua
fortemente contra a base dos incisivos, torna-se um sábio dentro de seis meses.
रे तः [retaḥ] o sêmen* योवगनः [yoginaḥ] de um yogin* अमृतापूणम-दे हस्य [amṛtāpūrṇa-dehasya] cujo corpo é
saturado com o néctar da imortalidade* वतम ते [pravartate] move-se* ऊर्ध्वं [ūrdhvaṃ] para cima* वद्व-वत्र-
वत्सरात् [dvi-tri-vatsarāt] dentro de dois a três anos* प्रअवप [api] também* अवणमावद-गु णोदयः [aṇimādi-
guṇodayaḥ] os siddhis se manifestam*
65- A semente de um yogin cujo corpo é preenchido com o néctar da imortalidade ascende dentro de dois a
três anos, e os siddhis, também, se manisfestam.
indhanāni yathā vahnis taila-vartiṃ ca dīpakaḥ | tathā soma-kalā-pūrṇaṃ dehī dehaṃ na muñcati || 66
||
यथा [yathā] assim como* ववह्नइः [vahniiḥ] o fogo* न [na] não* मुिवत [muñcati] deixa* इन्धनावन [indhanāni] a
lenha* च [ca] e* दीपकः [dīpakaḥ] a chama de uma lamparina* तै ल-ववतं [taila-vartiṃ] (não deixa) o pavio
saturado de óleo* तथा [tathā] da mesma maneira* दे ही [dehī] jīva* दे हं [dehaṃ] (não deixa) o corpo* सोम-
कला-पूणं [soma-kalā-pūrṇaṃ] saturado com o néctar da lua*
66- Assim como o fogo não deixa a lenha e a chama de uma lamparina não deixa o pavio impregnado de
óleo, nem a alma deixa o corpo saturado com o néctar lunar.
67- आसनेन समायु क्तः प्राणायामेन सं युतः | प्रत्याहारे ण सं युक्तो धारणाि समभ्यसे त् || ६७ ||
समायु क्तः [samāyuktaḥ] dominando* आसनेन [āsanena] āsana (postura corporal)* सं युक्तः [saṃyuktaḥ]
adicionando* प्राणायामेन [prāṇāyāmena] prāṇāyāma (controle do prāṇā)* च [ca] e* सं युतः [saṃyutaḥ]
incluindo* प्रत्याहारे ण [pratyāhāreṇa] pratyāhāra (retirada dos sentidos ou retenção do néctar lunar)*
समभ्यसे त् [samabhyaset] deve-se praticar* धारणाः [dhāraṇāḥ] dhāraṇā*
67- Dominando postura corporal, controle da respiração e retenção do néctar lunar, deve-se praticar
exercícios de concentração.
68- हृदये पिभू तानां धारणाि पृथक्पृथक् | मनसो वनिलत्वे न धारणा च ववधीयते || ६८ ||
च [ca] e* ववधीयते [vidhīyate] deve-se praticar* धारणाः [dhāraṇāḥ] dhāraṇā (os exercícios de
concentração)* मनसो [manaso] com a mente* वनिलत्वे न [niścalatvena] estável* पृथक्-पृथक् [pṛthak-pṛthak]
em cada um dos elementos* पि-भू तानां -धारणा [pañca-bhūtānāṃ-dhāraṇā] do pañca-bhūtānāṃ-dhāraṇā*
हृदये [hṛdaye] no coração*
69- या पृथ्वी हररतालदे शरुवचरा पीता लकाराक्तिता सं युक्ता कमलासनेन वह चतु ष्कोणा हृवद स्थावयनी | प्राणं तत्र
ववनीय पिघवटकावित्ताक्तितं धारये -दे षा स्तम्भकरी सदा वक्षवतजयं कुयाम द् भु वो धारणा || ६९ ||
ववनीय [vinīya] dirija* प्राणं [prāṇaṃ] o prāṇa* सं युक्ता [saṃyuktā] junto* स्थावयनी वचत्ताक्तितं [cittānvitaṃ]
com a mente* धारये त् [dhārayet] e concentre-se* भु वः [bhuvaḥ] sobre o elemento terra* तत्र [tatra] lá* हृवद
[hṛdi] no coração* पि-घवटकाः [pañca-ghaṭikāḥ] por cinco ghaṭikās (duas horas)* हरर-ताल-दे श-रुवचरा [hari-
tāla-deśa-rucirā] (visualize o elemento terra) como uma joia dourada, brilhante, magnífica e bela* या [yā]
onde* [sthāyinī] está localizado* चतु ष्-कोणा [catuṣ-koṇā] com forma quadrada* पीता [pītā] e de cor
amarela* कमलासनेन [kamalāsanena] onde está sentado em uma flor de lótus (o regente brahma)* ल-
काराक्तिता [la-kārānvitā] junto com um som laṃ* एषा [eṣā] esse* धारणा [dhāraṇā] dhāraṇā (exercício de
concentração)* पृथ्वी [pṛthvī] pṛthvī, no elemento terra* सदा [sadā] sempre* स्तम्भकरी [stambhakarī] causa a
imobilidade* कुयाम त् [kuryāt] dá* वह [hi] certamente* वक्षवत-जयं [kṣiti-jayaṃ] o domínio (sobre o elemento
terra)*
69- Dirija o prana junto com a mente sobre o (tattva) terra no coração, mantenha-o lá por duas horas (e
visualize o elemento terra) como uma joia amarela brilhante quadrada, e em uma flor de lótus com (o regente
Brahma sentado), junto com o bija laṃ. Esse Dhāraṇā dá o domínio sobre (o elemento) terra.
70- अधे न्दु प्रवतमं च कुिधवलं कण्ठे ऽम्बु तत्त्वं क्तस्थतं यत्पीयू षवकारबीजसवहतं यु क्तं सदा ववणुना |
ववनीय [vinīya] dirija* प्राणं [prāṇaṃ] o prāṇa* वचत्ताक्तितं [cittānvitaṃ] junto com a mente* अम्बु -तत्त्वं [ambu-
tattvaṃ] sobre o tattva ambu, elemento água* क्तस्थतं [sthitaṃ] situado* तत्र [tatra] lá* कण्ठे [kaṇṭhe] na
garganta* धारये त् [dhārayet] concentre-se* पि-घवटकाः [pañca-ghaṭikāḥ] por cinco ghaṭikās (duas horas)*
च [ca] e* अधे न्दु -प्रवतमं [ardhendu-pratimaṃ] (visualize o elemento água) na forma de um crescente* कुि-
धवलं [kunda-dhavalaṃ] branco deslumbrante como jasmim* यत् [yat] que* पीयू ष-व-कार- बीज-सवहतं
[pīyūṣa-va-kāra-bīja-sahitaṃ] junto com o bija vam e o néctar (lunar)* यु क्तं [yuktaṃ] em conexão* सदा
[sadā] sempre* ववणुना [viṣṇunā] com o regente viṣṇu* एषा [eṣā] esse* स्यात् [syāt] é* धारणा [dhāraṇā]
dhāraṇā* वाररणी [vāriṇī] sobre o elemento água* *दु वमह-काल-कूट-जरणा [durvaha-kāla-kūṭa-jaraṇā] que
digere o veneno mortal Kalakuta*
70- Dirija o prana junto com sua mente sobre o elemento água na garganta, concentre-se por duas horas
(visualizando o elemento água) na forma de um crescente branco deslumbrante como jasmim, junto com a
sílaba semente vam e o néctar (lunar), sempre em conexão com Vishnu (como regente). Este é
o Dhāraṇā sobre o elemento água que digere (até mesmo) o veneno mortal Kalakuta.
प्राणं तत्र ववनीय पिघवटकावित्ताक्तितं धारये-दे षा ववह्नजयं सदा ववदधते वै श्वानरी धारणा || ७१ ||
ववनीय [vinīya] dirija* प्राणं [prāṇaṃ] o prāṇa* सङ्गतम् [saṅgatam] junto* वचत्ताक्तितं [cittānvitaṃ] com a
mente* तत्त्वं [tattvaṃ] para o tattva, princípio* ते जः [tejaḥ] tejas, fogo* ताल-क्तस्थतम् [tālu-sthitam] localizado
no palato* धारये द् [dhārayed] concentre* तत्र [tatra] lá* पि-घवटकाः [pañca-ghaṭikāś] por cinco ghaṭikāś,
duas horas* वत्र-कोणोज्ज्वलं [tri-koṇojjvalaṃ] (e visualize o elemento fogo como) um triângulo brilhante* इि-
गोप-सदृशं [indra-gopa-sadṛśaṃ] vermelho carmesim* प्रवाल-रुवचरं [pravāla-ruciraṃ] lindo como um coral*
रे फ-मयं [repha-mayaṃ] junto com o bija ram* रुद्े ण [rudreṇa] e rudra como (como regente)* एषा [eṣā]
esse* धारणा [dhāraṇā] dhāraṇā* वै श्वानरी [vaiśvānarī] associado ao elemento fogo* सदा [sadā] sempre*
ववदधते [vidadhate] confere* ववह्न-जयं [vahni-jayaṃ] domínio* यत् [yat] sobre esse elemento (fogo)*
71- Dirija o prana junto com a mente para o tattva fogo no palato, mantenha-o ali por duas horas (e visualize
o elemento fogo como) um triângulo vermelho carmesim, lindo como um coral, junto com bija ram, e Rudra
(como regente). Esse Dhāraṇā associado ao Tattva Tejas sempre dá o domínio sobre o fogo.
72- यक्तिन्नाञ्जनपुञ्जसवन्नभवमदं तत्त्वं रु वोरिरे | वृ त्तं वायु मयं यकारसवहतं यत्रे श्वरो दे वता |
प्राणं तत्र ववनीय पिघवटकावित्ताक्तितं धारये-दे षा खे गमनं करोवत यवमनां स्याद्वायवी धारणा || ७२ ||
ववनीय [vinīya] dirija* प्राणं [prāṇaṃ] o prāṇa* वचत्ताक्तितं [cittānvitaṃ] com a mente* तत्त्वं [tattvaṃ] sobre o
tattva* वायु -मयं [vāyu-mayaṃ] feito de ar* तत्र [tatra] lá* अिरे [antare] entre* रु वोः [bhruvoḥ]
sobrancelhas* धारये त् [dhārayet] concentre-se* पि-घवटकाः [pañca-ghaṭikāḥ] por cinco ghaṭikās, duas
horas* वृ त्तं [vṛttaṃ] (e visualize o elemento ar como) um círculo* वभन्नाञ्जन-पुञ्ज-सवन्नभम् [bhinnāñjana-puñja-
sannibham] (preto) como unguento oleado* य-कार-सवहतं [ya-kāra-sahitaṃ] junto com o bija yaṃ* ईश्वरः
[īśvaraḥ] e īśvara* दे वता [devatā] como divindade regente* इदं [idaṃ] esse* धारणा [dhāraṇā] dhāraṇā* यत्
[yat] que* वायवी [vāyavī] pertence ao ar* करोवत [karoti] faz com que* यवमनां [yamināṃ] praticantes dos
yamas* गमनं [gamanaṃ] caminhem* खे [khe] espaço (kha)*
72- Dirija o prana junto com a mente sobre o elemento ar entre as sobrancelhas, concentre-se por duas horas
(e visualize o elemento ar como) um círculo, (preto) como unguento oleado, junto com o Bija Yaṃ e Īshvara
como divindade regente. Este Dhāraṇā sobre o Tattva Vāyu faz com que os praticantes dos Yamas caminhem
no espaço (Kha).
73- आकाशं सु ववशुद्धवाररसदृशं यद्ब्रह्मरन्ध्रे क्तस्थतं | तत्राद्येन सदावशवे न सवहतं शािं हकाराक्षरम् |
ववनीय [vinīya] dirija* प्राणं [prāṇaṃ] o prāṇa* वचत्ताक्तितं [cittānvitaṃ] junto com a mente* आकाशं [ākāśaṃ]
para ākāśa, espaço, éter* क्तस्थतं [sthitaṃ] localizado* तत्र [tatra] lá* ब्रह्मरन्ध्रे [brahmarandhre] no
brahmarandhra* यत् [yat] aí* धारये त् [dhārayet] concentre-se* पि-घवटकाः [pañca-ghaṭikāḥ] por cinco
ghaṭikās, duas horas* सु ववशुद्ध-वारर-सदृशं-शािं [suviśuddha-vāri-sadṛśaṃ-śāntaṃ] (e visualize o elemento
akasha) como água perfeitamente pura e tranquila* ह-काराक्षरम् [ha-kārākṣaram] junto com o bija ham*
सवहतं [sahitaṃ] junto com* आद्येन [ādyena] o primordial* सदावशवे न [sadāśivena] sadāśiva (como regente)*
एषा [eṣā] esse (exercício)* प्रोक्ता [proktā] chamado* नभो-धारणा [nabho-dhāraṇā] dhāraṇā sobre akasha*
कवाट- पाटन-पटु ः [kavāṭa-pāṭana-paṭuḥ] permite atravessar a porta para* मोक्ष [mokṣa] mokṣa, liberdade*
73- Dirija o prana junto com a mente para o tattva akasha (espaço) no Brahmarandhra, concentre-se nele por
duas horas (e visualize o elemento akasha) como água tranquila e perfeitamente pura, junto com o bija ham e
o primordial Sadashiva (como divindade regente). Esse exercício de concentração sobre akasha abre a porta
da liberdade.
74- स्तम्भनी द्ावणी चैव दहनी रामणी तथा | शोषणी च भवन्त्येवं भू तानां पि धारणाः || ७४ ||
stambhanī drāvaṇī caiva dahanī bhrāmaṇī tathā | śoṣaṇī ca bhavanty evaṃ bhūtānāṃ pañca dhāraṇāḥ
|| 74 ||
एवं [evaṃ] assim (as características) * पि [pañca] dos cinco* भू तानां [bhūtānāṃ] bhūtātattva, elementos
brutos* धारणाः [dhāraṇāḥ] dhāraṇā, de concentração* भवक्ति [bhavanti] são* स्तम्भनी [stambhanī]
solidificante* द्ावणी [drāvaṇī] liquidificante* च [ca] e* दहनी [dahanī] inflamante* रामणी [bhrāmaṇī]
movente* च [ca] e* एव [eva] assim* तथा [tathā] também* शोषणी [śoṣaṇī] absorvente*
75- कममणा मनसा वाचा धारणाः पि दु लमभाः | ववधाय सततं योगी सवम पापैः प्रमुच्यते || ७५ ||
karmaṇā manasā vācā dhāraṇāḥ pañca durlabhāḥ | vidhāya satataṃ yogī sarva-pāpaiḥ pramucyate ||
75 ||
योवगन् [yogin] o yogin* ववधाय [vidhāya] que pratica* सततं [satataṃ] regularmente* पि [pañca] os cinco*
धारणाः [dhāraṇāḥ] dhāraṇā, exercícios de concentração* दु लमभाः [durlabhāḥ] de difícil obtenção* प्रमुच्यते
[pramucyate] liberta* मनसा [manasā] a mente* कममणा [karmaṇā] a ação* वाचा [vācā] e a linguagem* सवम -
पापैः [sarva-pāpaiḥ] de todo sofrimento*
75- Um yogin que pratica regularmente esses cinco exercícios de concentração liberta a mente, a ação e a
linguagem de todo sofrimento.
76- सवं वचिासमाववतम योवगनो हृवद वतम ते | यत्तत्त्वे वनवितं चेतस्तत्तु ध्यानं प्रचक्षते || ७६ ||
sarvaṃ cintā-samāvarti yogino hṛdi vartate | yat tattve niścitaṃ cetas tat tu dhyānaṃ pracakṣate || 76
||
हृवद [hṛdi] no coração* योवगनो [yogino] de um yogin* वतम ते [vartate] surge* सवं [sarvaṃ] todo* वचिा-
समाववतम [cintā-samāvarti] tipo de pensamento* यत् [yat] o que* प्रचक्षते [pracakṣate] chama-se* ध्यानं
[dhyānaṃ] dhyāna* चेतस् [cetas] é quando a mente* वनवितं [niścitaṃ] se fixa* तत्त्वे [tattve] em um
determinado tattva*
76- No coração de um yogin, surge todo tipo de pensamento. Chama-se dhyana quando a mente se fixa em
um determinado tattva.
77- वद्वधा भववत तद्ध्यानं सगु णं वनगुम णं तथा | सगु णं वणम भेदेन वनगुम णं केवलं ववदु ः || ७७ ||
dvidhā bhavati tad dhyānaṃ sa-guṇaṃ nirguṇaṃ tathā | sa-guṇaṃ varṇa-bhedena nirguṇaṃ kevalaṃ
viduḥ || 77 ||
भववत [bhavati] existem* वद्वधा [dvidhā] dois tipos* ध्यानं [dhyānaṃ] de dhyāna, meditação* स-गु णं [sa-
guṇaṃ] com propriedades* तथा [tathā] e* वनगुम णं [nirguṇaṃ] sem propriedades* तद् [tad] a (meditação)*
स-गु णं [sa-guṇaṃ] com propriedades* ववदु ः [viduḥ] é reconhecida* वणम -भे देन [varṇa-bhedena] pelas
distinções relacionadas aos atributos limitantes (som, cor, varṇa* वनगुम णं [nirguṇaṃ] (a meditação) sem
atributos* केवलं [kevalaṃ] é livre (de tais distinções limitantes)*
77- Existem dois tipos de meditação: com propriedades e sem propriedades. A meditação com propriedades
pode ser reconhecida pelas distinções quanto aos atributos limitantes. A meditação sem qualidades é livre (de
tais distinções limitantes).
78- आधारं प्रथमं चक्रं तप्तकािनसवन्नभम् | नासाग्रे दृवष्टमादाय ध्यात्वा मुिवत वकक्तिषम् || ७८ ||
ādhāraṃ prathamaṃ cakraṃ tapta-kāñcana-sannibham | nāsāgre dṛṣṭim ādāya dhyātvā muñcati
kilbiṣam || 78 ||
ध्यात्वा [dhyātvā] meditando* आधारं [ādhāraṃ] no ādhāra* प्रथमं [prathamaṃ] o primeiro* चक्रं [cakraṃ]
cakra* सवन्नभम् [sannibham] que se assemelha* तप्त-कािन [tapta-kāñcana] a ouro brilhante* आदाय [ādāya]
e, mantendo* दृवष्टम् [dṛṣṭim] os olhos fixos* नासाग्रे [nāsāgre] na ponta do nariz* मुिवत [muñcati] (o yogin)
liberta-se* वकक्तिषम् [kilbiṣam] do engano*
78- Meditando no Adhara, o primeiro cakra, que se assemelha a ouro brilhante, e mantendo os olhos fixos na
ponta do nariz, (o yogin), liberta-se do engano.
79- स्वावधष्ठानं वद्वतीयं तु सन्मावणक्यसु शोभनम् | नासाग्रे दृवष्टमादाय ध्यात्वा मुिवत पातकम् || ७९ ||
svādhiṣṭhānaṃ dvitīyaṃ tu san māṇikya-su-śobhanam | nāsāgre dṛṣṭim ādāya dhyātvā muñcati pātakam
|| 79 ||
तु [tu] agora* ध्यात्वा [dhyātvā] meditando* स्वावधष्ठानं [svādhiṣṭhānaṃ] no svādhiṣṭhāna* वद्वतीयं [dvitīyaṃ] o
segundo (cakra)* सत् [sat] é* मावणक्य-सु -शोभनम् [māṇikya-su-śobhanam] muito bonito (vermelho) como um
rubi* आदाय [ādāya] (o yogin) mantendo* दृवष्टम् [dṛṣṭim] os olhos fixos* नासाग्रे [nāsāgre] na ponta do
nariz* मुिवत [muñcati] livra-se* पातकम् [pātakam] dos pecados*
79- Agora, meditando no Svadhishthana, o segundo cakra, lindo como o rubi, (o yogin) mantendo os olhos fixos
na ponta do nariz livra-se do pecado.
ध्यात्वा [dhyātvā] meditando* मवण-पूरकम् [maṇipūrakam] no maṇipūraka* चक्रं [cakraṃ] (o terceiro) cakra*
तरुणावदत्य-सङ्काशं [taruṇāditya-saṅkāśaṃ] que se assemelha ao sol nascente (cor laranja-avermelhada)* च
[ca] e* आदाय [ādāya] mantendo* दृवष्टम् [dṛṣṭim] os olhos fixos* नासाग्रे [nāsāgre] na ponta do nariz*
सं क्षोभये ज् [saṃkṣobhayej] (o yogin) pode mover* जगत् [jagat] o mundo*
80- Meditando sobre o Manipuraka, o terceiro cakra, que se assemelha ao sol nascente (cor laranja-
avermelhada), e mantendo os olhos fixos na ponta do nariz, (o yogin) pode mover o mundo.
81 - Ausente
82- ववद् -यु त्प्रभावं हृत्पद्मे प्राणायामववभे दनैः | नासाग्रे दृवष्टमादाय ध्यात्वा ब्रह्ममयो भवे त् || ८२ ||
ध्यात्वा [dhyātvā] (o yogin) meditando* हृत्पद्मे [hṛtpadme] no anāhata padme, no cakra do coração* ववद् यु त्-
प्रभावं [vidyut-prabhāvaṃ] (que tem) o brilho do relâmpago* प्राणायाम-ववभे दनैः [prāṇāyāma-vibhedanaiḥ]
em associação com exercícios do prāṇāyāma* आदाय [ādāya] e mantendo* दृवष्टम् [dṛṣṭim] os olhos fixos*
नासाग्रे [nāsāgre] na ponta do nariz* भवे त् [bhavet] atinge* ब्रह्ममय [brahmamaya] o absoluto*
82- (o yogin) meditando no lótus do coração que tem o brilho do relâmpago, em conjunção com exercícios de
respiração, e mantendo os olhos na ponta do nariz, atinge o Absoluto.
83- सितं घक्तिकामध्ये ववशुद्धं चामृतोिवम् | नासाग्रे दृवष्टमादाय ध्यात्वा ब्रह्ममयो भवे त् || ८३ ||
santataṃ ghaṇṭikā-madhye viśuddhaṃ cāmṛtodbhavam | nāsāgre dṛṣṭim ādāya dhyātvā brahma-mayo
bhavet || 83 ||
ध्यात्वा [dhyātvā] (o yogin) meditando* सितं [santataṃ] constatemente* ववशुद्धं [viśuddhaṃ] no viśuddha*
घक्तिका-मध्ये [ghaṇṭikā-madhye] (situado) no meio da garganta* अमृत-उिवम् [amṛta-udbhavam] fonte do
néctar da imortalidade* च [ca] e* आदाय [ādāya] mantendo* दृवष्टम् [dṛṣṭim] os olhos fixos* नासाग्रे [nāsāgre]
na ponta do nariz* भवे त् [bhavet] atinge* ब्रह्ममय [brahmamaya] o absoluto*
83- Meditando sobre o Vishuddha chakra localizado no meio da garganta, a fonte do néctar da imortalidade, e
mantendo os olhos fixos na ponta do nariz, (o yogin) atinge Absoluto.
ध्यात्वा [dhyātvā] meditando* दे वं [devaṃ] na divindade (Paramashiva)* क्तस्थतं [sthitaṃ] residente* मध्ये
[madhye] entre* रु वोः [bhruvoḥ] as sobrancelhas* सवन्नभम् [sannibham] que é semelhante* विग्ध-मौक्तक्तक
[snigdha-mauktika] a pérola brilhante* आदाय [ādāya] e mantendo* दृवष्टम् [dṛṣṭim] a visão fixa* नासाग्रे
[nāsāgre] na ponta do nariz* भवे त् [bhavet] (o yogin) vivencia* आनिमय [ānandamaya] a bem
aventurança*
84- meditando na divindade (Paramashiva) residente entre as sobrancelhas, que se assemelha à pérola
brilhante (madrepérola), e mantendo os olhos fixos na ponta do nariz, (o yogin) vivencia a bem aventurança.
85- वनगुम णं च वशवं शािं गगने ववश्वतोमुखम् | नासाग्रे दृवष्टमादाय ध्यात्वा दु ःखावद्वमुच्यते || ८५ ||
nirguṇaṃ ca śivaṃ śāntaṃ gagane viśvato-mukham | nāsāgre dṛṣṭim ādāya dhyātvā duḥkhād vimucyate
|| 85 ||
वनगुम णं-ध्यात्वा [nirguṇaṃ-dhyātvā] meditando, sem propriedades* शािं [śāntaṃ] no pacífico* वशवं [śivaṃ]
śiva* ववश्वतो-मुखम् [viśvato-mukham] cuja face gira para todas as direções* गगने [gagane] no espaço
vazio* च [ca] e* आदाय [ādāya] mantendo* दृवष्टम् [dṛṣṭim] a visão fixa* नासाग्रे [nāsāgre] na ponta do
nariz* ववमुच्यते [vimucyate] liberta-se* दु ःखाद् [duḥkhād] do sofrimento*
85- Meditando no pacífico Shiva (consciência pura), cujo rosto gira em todas direções, residente no espaço
vazio e mantendo os olhos na ponta do nariz, (o yogin) liberta-se do sofrimento.
86/87- गु दं मेढरं च नावभं च हृत्पद्मं च तदू र्ध्वम तः | घक्तिकां लक्तम्बकास्थानं रू मध्ये परमेश्वरम् || ८६ || वनममलं
गगनाकारं मरीवचजलसवन्नभम् | आत्मानं सवम गं ध्यात्वा योगी योगमवाप्नुयात् || ८७ ||
ध्यात्वा [dhyātvā] meditando* गु दं [gudaṃ] sobre o Muladhara Chakra, na região do ânus* मेढरं [meḍhraṃ]
no Svadhishthana Chakra, na região do pênis* च [ca] e* नावभं [nābhiṃ] no Manipura Chakra, no umbigo* च
[ca] e* हृत् -पद्मं [hṛt-padmaṃ] no anāhata cakra* च [ca] e* तद् -ऊर्ध्वम तः [tad-ūrdhvataḥ] acima dele* घक्तिकां
[ghaṇṭikāṃ] na região da garganta* लक्तम्बका-स्थानं [lambikā-sthānaṃ] e do palato, no Vishuddha Chakra*
रू -मध्ये [bhrū-madhye] e, entre as sobrancelhas (Ajna Chakra)* परमेश्वरम् [parameśvaram] no senhor supremo
parameśvara* आत्मानं [ātmānaṃ] bem como, no Self* वनममलं [nirmalaṃ] puro* सवम गं [sarvagaṃ] e
onipresente* गगनाकारं [gaganākāraṃ] na forma de espaço vazio* मरीवच-जल-सवन्नभम् [marīci-jala-
sannibham] que se assemelha à miragem de água* योवगन् [yogin] o yogin* अवाप्नुयात् [avāpnuyāt] alcança*
योगम् [yogam] o estado de yoga (samadhi)*
86 / 87- Meditando sobre o Muladhara Chakra, na região do ânus, no Svadhishthana Chakra, na região do
pênis, e no Manipura Chakra, no umbigo, e no anāhata cakra e, acima dele, na região da garganta e do palato,
no Vishuddha Chakra, e entre as sobrancelhas (Ajna Chakra) no Senhor Supremo Parameśvara, bem como, no
Self, puro e onipresente, na forma de espaço vazio, que se assemelha à miragem de água, o yogin alcança o
estado de yoga (samadhi).
88- कवथतावन यथैतावन ध्यानस्थानावन योवगनाम् | उपावधतत्त्वयु क्तावन कुवम न्त्यष्टगु णोदयम् || ८८ ||
एतावन [etāni] esses* ध्यान-स्थानावन [dhyāna-sthānāni] centros de meditação* यथ [yatha] como* कवथतावन
[kathitāni] foram ensinados* उपावध-तत्त्व-यु क्तावन [upādhi-tattva-yuktāni] em conexão com os atributos
limitantes (terra, água, etc)* कुवम क्ति [kurvanti] despertam* अष्ट-गु णोदयम् [aṣṭa-guṇodayam] as oito
habilidades super-naturais* योवगनाम् [yoginām] do yogin*
88- Esses centros de meditação, como foram ensinados, em conjunção com os atributos limitantes (terra, água,
etc), despertam as oito habilidades sobrenaturais dos yogins.
upādhiś ca tathā tattvaṃ dvayam evam udāhṛtam | upādhiḥ procyate varṇas tattvam ātmābhidhīyate ||
89 ||
एवम् [evam] assim* उदाहृतम् [udāhṛtam] foram ensinados* द्वयम् [dvayam] os dois* उपावधः [upādhiḥ] o
atributo limitante* च [ca] e* तथा [tathā] também* तत्त्वं [tattvaṃ] tattva (o estado real)* उपावधः [upādhiḥ] o
atributo limitante* प्रोच्यते [procyate] é chamado* वणम ः [varṇaḥ] varna, cor* आत्मा [ātmā] e o Self*
अवभधीयते [abhidhīyate] é chamado* तत्त्वम् [tattvam] de tattva*
89- Assim foram ensinados os dois, o atributo limitante e também tattva. O atributo limitante é chamado Varna
(cor), e o Self é chamado Tattva (natureza real).
91- आत्मवणे न भे देन दृश्यते स्फावटको मवणः | मुक्तो यः शक्तक्तभे देन सोऽयमात्मा प्रशस्यते || ९१ ||
ātma-varṇena bhedena dṛśyate sphāṭiko maṇiḥ | mukto yaḥ śakti-bhedena so'yam ātmā praśasyate ||
91 ||
मवणः [maṇiḥ] uma jóia* स्फावटकः [sphāṭikaḥ] de cristal de rocha incolor* दृश्यते [dṛśyate] é percebida*
आत्म-वणे न [ātma-varṇena] na sua própria cor* भे देन [bhedena] através da separação (de outros objetos
coloridos)* यः [yaḥ] tal* प्रशस्यते [praśasyate] distinto* आत्मा [ātmā] self* मुक्तः [muktaḥ] é liberado* शक्तक्त-
भे देन [śakti-bhedena] quando separado pela energia divina (de todos os atributos limitantes)* सोऽयम्
[so'yam] apenas isso*
91- Uma pedra preciosa de cristal de rocha é percebida com sua própria cor através da separação (de outros
objetos coloridos). Tal distinto self é liberado quando separado pela energia divina (de todos os atributos
limitantes).
92- वनरातङ्कं वनरालम्बं वनष्प्रपिं वनराश्रयम् | वनरामयं वनराकारं तत्त्वं तत्त्वववदो ववदु ः || ९२ ||
तत्त्व-ववदः [tattva-vidaḥ] os conhecedores do tattva, self* ववदु ः [viduḥ] reconhecem, experienciam* तत्त्वं
[tattvaṃ] o tattva, self* वनरातङ्कं [nirātaṅkaṃ] como, livre de sofrimento* वनरालम्बं [nirālambaṃ] sem
sustentação* वनष्प्रपिं [niṣprapañcaṃ] sem variedade* वनराश्रयम् [nirāśrayam] auto suficiente* वनरामयं
[nirāmayaṃ] imaculado* वनराकारं [nirākāraṃ] sem forma*
92- Os conhecedores do Self experienciam o Self como livre de sofrimento, sem apoio, sem variedade, auto-
suficiente, imaculado e sem forma.
93- शब्दाद्याः पि या मात्रा यावत्कणाम वदषु स्मृताः | तावदे व स्मृतं ध्यानं तत्समावधरतः परम् || ९३ ||
śabdādyāḥ pañca yā mātrā yāvat karṇādiṣu smṛtāḥ | tāvad eva smṛtaṃ dhyānaṃ tat samādhir ataḥ
param || 93 ||
तावत् [tāvat] enquanto* या [yā] os* पि [pañca] os cinco* मात्रा [mātrā] mātrā, tanmātra, elementos sutis*
शब्दाद्याः [śabdādyāḥ] como, som, etc* यावत् [yāvat] desde que* एव [eva] claramente* स्मृताः [smṛtāḥ]
percebidos* कणाम वदषु [karṇādiṣu] com os ouvidos, etc* स्मृतं [smṛtaṃ] considera-se* ध्यानं [dhyānaṃ] dhyāna,
meditação* अतः [ataḥ] quando* परम् [param] além* तत् [tat] disso (não pode ser percebido)* समावधः
[samādhiḥ] é samādhi, imersão*
93 - Enquanto os cinco tanmatras puderem ser percebidos pelos sentidos, ainda se considera meditação
(dhyana). Quando não puderem ser percebidos é imersão (samadhi).
94- यदा सं क्षीयते प्राणो मानसं च ववलीयते | तदा समरसै कत्वं समावधरवभधीयते || ९४ ||
यदा [yadā] quando* प्राणः [prāṇaḥ] prāṇa, a respiração* सङ्क्षीयते [saṃkṣīyate] desaparece completamente*
च [ca] e* मानसं [mānasaṃ] a mente* ववलीयते [vilīyate] se dissolve* तदा [tadā] então* समरस-एकत्वं
[samarasa-ekatvaṃ] a homogeneidade da unidade (mente e self)* अवभधीयते [abhidhīyate] é chamada*
समावधः [samādhiḥ] samādhi (imersão)*
94- Quando a respiração para completamente, e a mente se dissolve, então a homogeneidade da unidade
(mente e self) é chamada de imersão (samadhi).
95- Ausente
धारणाः [dhāraṇāḥ] (Os cinco mencionados) exercícios de concentração* एव [eva] exatamente* पि-नाड्यः
[pañca-nāḍyaḥ] (com duração) de cinco nadi (5 x 24 min= 2 h)* तु [tu] e* ध्यानं [dhyānaṃ] dhyāna,
meditação* षवष्ठ-नावडकाः [ṣaṣṭhi-nāḍikāḥ] com duração de sessenta nāḍikās (60 x 24 min = 24 h)* च [ca]
e* प्राण-सं यमः [prāṇa-saṃyamaḥ] prāṇāyāma* वदन-द्वादशकेन [dina-dvādaśakena] (com duração) de 12
dias* समावधः [samādhiḥ] (todos eles levam ao) samādhi, imersão*
96- (Os cinco mencionados) exercícios de concentração (cada um com duração) de 2 horas, e meditação (com
duração de) 24 horas e pranayama (com duração de) 12 dias, (todos eles levam ao) samadhi, imersão.
97- न गन्धं न रसं रूपं न च स्पशं न वनःस्वन् | आत्मानं न परं वे वत्त योगी यु क्तः समावधना || ९७ ||
na gandhaṃ na rasaṃ rūpaṃ na sparśaṃ na ca niḥsvanam | ātmānaṃ na paraṃ vetti yogī yuktaḥ
samādhinā || 97 ||
योगी [yogin] Um yogin* यु क्तः [yuktaḥ] absorvido* समावधना [samādhinā] em samādhi, imersão* न [na] não*
वे वत्त [vetti] percebe* गन्धं [gandhaṃ] cheiro* न [na] nem* रसं [rasaṃ] sabor* न [na] nem* रूपं [rūpaṃ]
forma* न [na] nem* स्पशं [sparśaṃ] tato* वनःस्वनम् [niḥsvanam] nem som* च [ca] e* आत्मानं [ātmānaṃ]
(nem seu) próprio corpo* न [na] nem* परं [paraṃ] outro*
97- Um yogin imerso no estado de samadhi não percebe nem o cheiro, nem o sabor, nem a forma, nem o tato,
nem o som, nem o seu próprio corpo, nem qualquer outro.
98- खाद्यते न च कालेन बाध्यते न च कममणा | साध्यते न स केनावप योगी यु क्तः समावधना || ९८ ||
योगी [yogī] um yogin* यु क्तः [yuktaḥ] imerso* समावधना [samādhinā] em samādhi* च [ca] e* न [na] não*
खाद्यते [khādyate] é devorado* कालेन [kālena] pelo tempo (morte)* च [ca] e* न [na] nem* बाध्यते
[bādhyate] é afetado* कममणा [karmaṇā] pelo karma* च [ca] e* न [na] não* साध्यते [sādhyate] é
dominado* केनावप [kenāpi] por qualquer pessoa*
98 - Um yogin imerso em samadhi, não é devorado pela morte, nem afetado pelo karma, e nem dominado por
ninguém.
99- वनममलं वनिलं वनत्यं वनक्तियं वनगुम णं महत् | व्योमववज्ञानमानिं ब्रह्म ब्रह्मववदो ववदु ः || ९९ ||
nirmalaṃ niścalaṃ nityaṃ niṣkriyaṃ nirguṇaṃ mahat | vyoma-vijñānam ānandaṃ brahma brahma-vido
viduḥ || 99 ||
ब्रह्म-ववदः [brahma-vidaḥ] quem conhece brahma* ववदु ः [viduḥ] conhece* ब्रह्मं [brahmaṃ] brahma, o absoluto*
व्योम [vyoma] (cuja natureza é) a onipresença* ववज्ञानम् [vijñānam] o conhecimento* आनिं [ānandaṃ] e a
bem aventurança* / वनममलं [nirmalaṃ] é imaculado* वनिलं [niścalaṃ] imutável* वनत्यं [nityaṃ] eterno*
वनक्तियं [niṣkriyaṃ] inativo* वनगुम णं [nirguṇaṃ] sem atributos* महत् [mahat] e incomensurável*
99- Quem conhece Brahma conhece o Absoluto, cuja natureza é a onipresença, o conhecimento e a bem-
aventurança; é imaculado, imutável, eterno, inativo, sem atributos e incomensurável.
100- दु ग्धे क्षीरं घृते सवपमरिौ ववह्नररवावपमतः | अद्वयत्वं व्रजेवन्नत्यं योगववत्परमे पदे || १०० ||
dugdhe kṣīraṃ ghṛte sarpir agnau vahnir ivārpitaḥ | advayatvaṃ vrajen nityaṃ yoga-vit parame pade
|| 100 ||
परमे [parame] no mais alto* पदे [pade] estado* योग-ववत् [yoga-vit] um conhecedor do yoga* व्रजेत् [vrajet]
entra* वनत्यं [nityaṃ] na eterna* अद्वयत्वं [advayatvaṃ] não dualidade* इव [iva] como* क्षीरं [kṣīraṃ] leite*
अवपमतः [arpitaḥ] entornado* दु ग्धे [dugdhe] em leite* घृते [ghṛte] manteiga* सवपमः [sarpiḥ] em manteiga* ववह्नः
[vahniḥ] fogo* अिौ [agnau] no fogo*
100 - No mais alto estado, um conhecedor de yoga entra na eterna não-dualidade, como leite entornado em
leite, ou como ghee derramado em manteiga clarificada, ou como fogo dado ao fogo.
परमे [parame] no mais alto* पदे [pade] estado* योग-ववत् [yoga-vit] um conhecedor do yoga* अद्वयत्वं
[advayatvaṃ] entra na não dualidade* वनत्यं [nityaṃ] eterna* मागम तः [mārgataḥ] através da ação* मुक्तक्त-
सोपान [mukti-sopāna] da escada para a liberdade* व्रजेत् [vrajet] que é como um* ववह्नः [vahniḥ]
incêndio* भव-भय-वने [bhava-bhaya-vane] na medonha floresta da existência humana*
101 - No mais alto estado, um conhecedor do yoga entra na não-dualidade eterna através da ação dessa
escada da libertação, que é como um incêndio na medonha floresta da existência empírica.