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A VIBRAÇÃO TRANSCENDENTAL DO MAHA-MANTRA

O cantar do Maha-Mantra Hare Krishna para PURIFICAR e DESPERTAR. É o método sublime


para revivermos nossa consciência de Krishna.

Quem pratica com regularidades esse canto transcendental pode experimentar o desvanecimento
gradual das impurezas que haviam se acumulado na mente. Entretanto, sua atuação não se limita a
isso. Depois dessa purificação inicial, os santos nomes passam a penetrar delicadamente a
consciência do ser vivo e agem de modo a produzir o despertar de sua natureza constitucional.

A palavra Hara é a forma de dirigir-se à energia do Senhor, e as palavras Krishna e Rama são
formas de se dirigir ao próprio Krishna. Tanto Krishna quanto Rama significam “o prazer supremo”,
e Hara é a suprema energia de prazer do Senhor, modificada para Hare no vocativo. A suprema
energia de prazer do Senhor ajuda-nos a alcançar o Senhor.

O canto é uma maneira espiritual de dirigir-se ao Senhor e sua energia interna, Hara, pedindo-Lhes
que dêem proteção à alma condiciona. Esse canto é exatamente como o choro genuíno de uma
criança por sua mãe. A mãe Hara auxilia o devoto a alcançar a graça do supremo pai Hari, ou
Krishna, e o Senhor Se revela ao devoto que canta esse mantra sinceramente.

Uma pessoa que esteja cantando o santo nome de Deus, ainda que nascida em família inferior, como
a de um comedor de cães (candala), está situada na mais elevada plataforma de autorrealização.

O maior vedantista é a grande alma que sente prazer em cantar o santo nome do Senhor. Esse é o
objetivo último de todo misticismo védico.

O cantar dos santos nomes é tanto o processo (sadhana) quanto o objetivo (sadhya). No que se
refere a facilitar a liberação dos praticantes (sadhakas), nada pode ser mais eficiente do que esse
método. Na verdade, mesmo que as pessoas fortemente enredadas nos assuntos mundanos
encontrem dificuldade em adotar o sadhana com a devida seriedade, qualquer pequeno esforço
nesse cantas poderá produzir verdadeiros milagres. Isso ocorre porque os santos nomes de Krishna
são comparados a uma árvore-dos-desejos transcendental que outorga diferentes bençãos aos mais
variados praticantes.

As almas entregues aos pés de lótus do Senhor recebem da árvore-dos-desejos dos santos nomes a
metra suprema da vida: Krishna-prema, amor puro por Krishna, que se irradia por toda a Sua
criação!

A vibração dos santos nomes manifesta bondade espiritual plena, pois personifica a doçura mais
elevada.

Como Deus é Absoluto, Sua forma singurlamente bela, Suas qualidades e passatempos são idênticos
a Ele. O cantar do nome de Krishna, portante, é o agente poderoso que conecta o praticante à Sua
bela forma, às Suas qualidades e demais atributos e preenche seu coração com harmonia plena.

02 – A AUTORIDADE DOS VEDAS E A GLÓRIA DO GITA

Há quatro influências a que toda alma corporificada se depara: possui sentidos de percepção
limitados e defeituosos, está sujeita a se iludir, está propensa a cometer erros e tende a enganar os
outros.
Os Vedas são considerados a fonte original de todo conhecimento. Por serem originalmente
transmitidos pela Pessoa Suprema, uma fonte completamente transcendental, seus textos são
considerados sagrados, e estão isentos dos quatro defeitos anteriormente mencionados.

Uma vez que os Vedas têm como propósito último fornecer conhecimento sobre autorrealização
espiritual, os seus temas são compreendidos apenas por pessoas com excepcionais qualidades. Por
esse motivo, no início da era de Kali, o grande sábio Vyasa dividiu os Vedas em vários ramos,
tornando esse conhecimento acessível às pessoas comuns e sem tanto brilho intelectual.

Nesta era atual ninguém é verdadeiramente qualificado para estudar toda a imensidão dos textos
védicos, tais como os Puranas, Upanisads, Vedanda-sutras, etc, mas por estudar simplesmente a
Bhagavad-gita uma pessoa poderá se elevar ao estado de sabedoria e iluminação transcendental.
Basta que ela seja fiel e que tenha o desejo sincero de se livrar das garras da existência material e
alcançar uma existência eterna e plena de felicidade.

Considera-se a Bhagavad-gita como o livro perfeito para introdução dos valores espirituais. Sua
função é primeiramente a consciência do seu estudante para lhe dar condições para que inicie o seu
estudo da filosofia Vedanta através da leitura do Bhagavatam e, posteriormente, elevá-lo ao
bhagavata-dharma, a ocupação no serviço amoroso ao Senhor.

Krsna transmitiu a Gita para que todos tenham oportunidade de receber Suas instruções mesmo que
Ele esteja fora do alcance da visão material.

A conclusão é que a Gita é uma representação sonora do Senhor, não-diferente dEle e, portanto,
estudá-la é a melhor maneira de recebermos Sua associação direta.

Enquanto experimenta uma condição de felicidade e conforto, uma pessoa comum não busca
seriamente por conhecimento espiritual e nem procura por Deus. Mas, um apessoa piedosa percebe
que a melhor alternativa diante de alguma calamidade é se refugiar no Senhor. Já que as
perplexidades fazem parte desse mundo, é melhor encará-las como oportunidades para se buscar
uma relação tangível com Deus e, assim, progredir em compreensão espiritual.

A condição adversa na qual a Gita foi falada indica que todos podem se valer dessas instruções
atemporais, por mais difícil que seja a circunstância. Se Arjuna foi capaz de praticar obediência ao
Senhor Krsna enquanto lutava fortemente no campo de batalha, o que dizer de uma pessoa que vive
numa condição muito mais tranquila?

A medida que o leitor progride em seus estudos da Bhagavad-gita, ele passa a entender claramente
que a batalha verdadeira seria travada entre o bem e o mal, o divino e o demoníaco.

Como nos esclarece o Mestre Jesus, temos que odiar o pecado e não o pecador. É um fato que todo
aquele que tem um propósito sincero de prosseguir firme na sua vida espiritual deve estar preparado
para travar uma batalha com o pecado em seu interior, mas nunca declarar guerra com os ditos
pecadores que existem fora dele.

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