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FACULDADE VÉRTICE – UNIVÉRTIX

SOCIEDADE EDUCACIONAL GARDINGO LTDA. – SOEGAR

TRABALHO SOBRE TERRITÓRIO: “ÁREA DE CAMPO EM SANTA


MARGARIDA-MG, ESF/UBS CELSO OTONI PINTO”

ACADÊMICOS: DAVI OLIVEIRA VENZEL PEGO, JULIA GONÇALVES LIMA,


JOYCE SILVA DE SOUZA CARDOSO, JOÃO VITOR BASTOS DOMASINI, JOÃO
VICTOR BATISTA COSTA, FELIPE MARQUES BARROSO DE SOUZA.

MATIPÓ – MG
2022
TRABALHO SOBRE TERRITÓRIO: “ÁREA DE CAMPO EM SANTA MARGARIDA-
MG, ESF/UBS CELSO OTONI PINTO”

TRABALHO SOBRE TERRITÓRIO: “ÁREA DE CAMPO EM SANTA


MARGARIDA-MG, ESF/UBS CELSO OTONI PINTO”

Trabalho de territorialização - apresentado ao


curso de medicina da Faculdade Vértice –
Univértix, como requisito parcial à análise acerca
da comunidade e da UBS/ESF na cidade de Santa
Margarida-MG

MATIPÓ – MG
2022
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................4
2 RESULTADO E DISCUSÃO............................................................................4
2.1 ÀREA DE DELIMITAÇÃO DA UBS/ESF.....................................................4
2.2 CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO ABRANGIDA...............................5
2.3 ASPECTOS SUBINDIVIDUAIS DOS GRUPOS...........................................6
2.4 DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE....................................................6
2.5 RISCOS MODERNOS E TRADICIONAIS....................................................7
2.6 ATORES SOCIAIS.......................................................................................7
2.7 DISTRIBUIÇÃO E ORGANIZAÇÃO DA UNIDADE.....................................8
3 CONCLUSÃO..................................................................................................8

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TRABALHO SOBRE TERRITÓRIO: “ÁREA DE CAMPO EM
SANTA MARGARIDA-MG, ESF/UBS CELSO OTONI PINTO”

RESUMO
O presente trabalho buscou analisar as divisões territoriais contidas na unidade
INTRODUÇÃO
Território se configura como todo espaço contido por uma delimitação
geográfica, política ou administrativa. Porém no âmbito da saúde o estudo
acerca dessa temática se aprofunda, na análise de cultura, sociedade e suas
condições socioculturais, históricas e sobretudo os determinantes sociais de
saúde e seus processos saúde-doença (Colussi e Pereira, 2016, apud Gondim
et al, 2002.).

RESULTADO E DISCUSÃO
Acerca do espaço contemplado pela UBS/ESF, observou-se a presença de
abrangência dessa unidade, a qual efetua o atendimento da população tanto
urbana como em uma parcela da população rural, tendo como principal público
o urbano, abrangendo também três bairros rurais sendo estes: Cachoeiro
Alegre, Quartel e Bom Retiro de Baixo.
Consonante a tal fato, sobre os aspectos que versam acerca das visitas
domiciliares, que são pilares de fundamentação do Atendimento básico de
Saúde (APS) (COLUSSI, Claudia Flemming; PEREIRA, Katiuscia Graziela,
2016), observa-se que este apresenta uma divisão em territórios-área, sendo
estas subdivididas em territórios micro-áreas que são (MENDES, Eugênio
Vilaça.et al, 1993) atendidos pelas ACS no caso estes são: Santa Filomena,
Santa Alice, São Vicente e Bom Jesus.

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Foto 1_ Área de abrangência ESF/UBS Satélite 1_ Área de abrangência

Autor(a): Joyce Silva De Souza Cardoso Autor(a): Joyce Silva De Souza Cardoso

O bairro Santa Filomena, conta com 3 ACS responsáveis pela sua rota sendo
contemplada diferentes ruas por diferentes agentes. Acerca do bairro Santa
Alice, este fica sob tutela de somente uma ACS assim como os outros.

Foto 1_Bairro Santa Alice casas Foto 2_Bairro Santa Alice lixo nas ruas

Autor(a): Joyce Silva De Souza Cardoso


Autor(a): Joyce Silva De Souza Cardoso

Foto 3_Bairro Bom Jesus casas Foto 4_Bairro Bom Jesus lixo nas ruas

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Autor(a): Joyce Silva De Souza Cardoso
Autor(a): Joyce Silva De Souza Cardoso

Ademais, para efeito de melhor análise e compreensão acerca das famílias


contempladas, é efetuado a divisão em territórios micro-áreas, nas quais a
atuação das ACS se dá direcionada na compreensão da realidade de
determinados grupos de famílias e estudo das necessidades apresentadas por
estas.
Acerca do supracitado, observou-se que as famílias contempladas por essas
ações são principalmente as que apresentam problemas relacionados à
hipertensão, idosos e pessoas acamadas. Quanto ao ambiente em que essa
população se encontra inserida, destaca-se algumas vulnerabilidades (riscos
modernos) tais como: Prostituição, deslizamentos, uso de drogas ilícitas,
doenças psíquicas e neurológicas e animais raivosos.
Paradoxalmente ao fato supracitado, aos pacientes abordados, foi aplicado um
questionário subjetivo visando a análise da percepção da realidade que os
circundam e as suas capacidades de decodificação desta. Muitos relataram
contraditoriamente aos dados apresentados pela enfermeira chefe, estes
evidenciaram que o bairro Santa Filomena, apresenta-se sem muitos
problemas apesar de a profissional relatar que este possui problemas com
drogas, prostituição e animais peçonhentos devido à alta quantidade de lixos
presentes nesse bairro. Infere-se, portanto, que apesar de presentes em seus
respectivos bairros, os indivíduos ali presentes possuem rarefeita consciência

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das problemáticas de saúde que os afligem, sendo mister a abordagem sob o
viés de promoção e prevenção à saúde objetivando a melhora da qualidade de
vida e ampliação dos horizontes do conceito de saúde não só da unidade, mas
da população, tornando-as capazes de serem agentes promotores da saúde.
Quanto aos aspectos infraestruturais, esses, apresentam-se de acordo com
Roux (2012) como importantes fatores de determinação social. Em última
análise acerca dessa temática, vulnerabilidades quanto a alimentação,
saneamento básico e moradia, evidenciam suas carências e necessidades
mais basais podendo elevar e distinguir indivíduos em uma sociedade
(NARVAI, 2008). Quanto aos indivíduos abrangidos pela UBS/ESF, estes
possuem como características majoritárias de moradia uma ampla diversidade,
porém sendo predominantemente de boa qualidade, estas com saneamento
básico incluindo água encanada e esgoto encanado de acordo com os
mesmos. Contudo em contraponto, visitas ao referido bairro ratificou as
constatações aplicadas pela enfermeira chefe, logo as habitações e condições
de vidas desses bairros se mostraram bastante precárias e com estruturas
bastantes frágeis.

Foto 1_ Bairro Santa Filomena casas Foto 2_ Bairro Santa Filomena esgoto

Autor: Davi Oliveira Venzel Pego Autor: Davi Oliveira Venzel Pego

Foto 3_ Esgoto bairro Santa Filomena Foto 4_ Lixo bairro Santa Filomena

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Autor(a): Joyce Silva De Souza Cardoso Autor(a): Joyce Silva De Souza Cardoso

No que concerne aos aspectos de vulnerabilidades dessas subjetividades


observadas, possuem de acordo com Batistella (2007), riscos modernos tais
como deslizamentos nas áreas rurais e ambientes de risco ocasionados pela
influência do uso de drogas, bem como tradicionais, como a presença de
alguns locais com a ausência de infraestrutura de saneamento básico e água
encanada em alguns, escassos locais.
No que sobrepuja os aspectos ambientais e atingem o subjetivo e individual, a
escolaridade o autoconhecimento (subindividual) e esclarecimento de uma
comunidade, como o observados por Narvai et.al (2008), que estas
características podem definir e/ou corroborar por determinar uma maior ou
menor qualidade de vida e saúde.
Fora observado nessa incursão prática nas unidades, que a população
referente se encontra com pouco conhecimento e utilizam do sistema como
mecanismo de confirmação de hipóteses infundadas, baseadas em sintomas
de terceiros que efetuaram a consulta médica de esclarecimento. Quanto à
escolaridade, a maioria se apresenta alfabetizada, apesar de poucos
possuírem o ensino médio completo.
Os atores sociais que contemplam a ESF/UBS são as ACS, médico(a),
enfermeira, dentista e auxiliar de dentista.
As ACS são de fundamental importância para a organização, observação e
estudo dessa comunidade visando o melhor conhecimento acerca desta e a
compreensão mais profunda de suas reais necessidades (COLUSSI, Claudia
Flemming; PEREIRA, Katiuscia Graziela, 2016). Ademais, estas efetuam a
composição da linha de frente ao atendimento básico de saúde sendo
responsáveis por levar as demandas da população à unidade e
subsequentemente ao médico. Logo, efetuando o papel de ponte entre saúde e
comunidade.

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Pungente ao aspecto econômico, verifica-se que a população apesar de não se
encontrar em sua maioria em vulnerabilidade nesse ponto, muitos dos
componentes sociais aqui analisados, possuem uma renda mínima muitas
vezes advindas de trabalhos informatizados, logo, sem carteira assinada.
Concernente aos aspectos quantitativos de unidade, fazem parte desta, 8 ACS,
uma enfermeira chefe, 2 enfermeiras residentes, um dentista que atende de 2ª
a quinta e seu auxiliar e médica, esta atende de 2ª à 5ª com atendimentos
preferenciais em alguns dias. O planejamento no tangente à agenda médica, é
atendimento sob demanda na segunda, na terça elaboração de receitas e
visitas a pacientes acamados em domicílio, quintas gestantes e consultas de
retorno e sexta é sua folga.
Simbioticamente ao supracitado, as ACS se dividem para contemplar os 3475
pacientes que a unidade é responsável efetuando uma divisão bastante justa
com um desvio padrão entre elas inferior à 0,5. São abrangidas 35 ruas dentre
as quais são divididas entre as 8 ACS presentes na unidade.

CONCLUSÃO
Sob a luz dos conhecimentos adquiridos ao longo do curso e também de
acordo com Narvai et.al (2008) e Batistella (2007), a saúde transcende
aspectos de saúde e/ou doença, ela abrange uma gama muito diversa de
realidades, sendo respectivamente aos autores, do indivíduo e sua
compreensão da realidade e, dos espaços que os permeiam.
Logo através deste trabalho foi possível vislumbrar uma imensa diversidade e
sobretudo compreender que promover saúde exige uma organização e esta se
faz através da territorialização.

REFERÊNCIAS
1. BATISTELLA, Carlos Eduardo Colpo et al. Abordagens contemporâneas do
conceito de saúde.
2. COLUSSI, Claudia Flemming; PEREIRA, Katiuscia Graziela.
Territorialização como instrumento do planejamento local na atenção
básica. 2016.

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3. MENDES, Eugênio Vilaça et al. Distritos sanitários: conceitos-chave. In:
Distrito sanitário: processo social de mudança das práticas do sistema
único de saúde. 1993. p. 159-85.
4. NARVAI, P. C.; PEDRO, P. F. S. et al. Práticas de saúde pública. In: Saúde
pública: bases conceituais. São Paulo: Atheneu, 2008, p. 269-297.
5. ROUX, A. V. D. Conceptual approaches to the study of health disparities.
Annual Review of Public Health, Palo Alto, v. 33, p. 41-58, 2012.

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