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OS DESAFIOS NO CUIDADO DE ENFERMAGEM AO


ATENDIMENTO DO IDOSO EM URGÊNCIA E
EMERGÊNCIA COM ÊNFASE EM UTI

Francisca Honorato Leite

Declaro que o trabalho apresentado é de minha autoria, não contendo plágios ou citações não
referenciadas. Informo que, caso o trabalho seja reprovado duas vezes por conter plágio
pagarei uma taxa no valor de R$ 250,00 para terceira correção. Caso o trabalho seja reprovado
não poderei pedir dispensa, conforme Cláusula 2.6 do Contrato de Prestação de Serviços
(referente aos cursos de pós-graduação lato sensu, com exceção à Engenharia de Segurança
do Trabalho. Em cursos de Complementação Pedagógica e Segunda Licenciatura a
apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso é obrigatória).

(Não remover a informação acima, ou o trabalho não será corrigido)

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Artigo científico apresentado ao Grupo Educacional IBRA como requisito para a aprovação na disciplina de
TCC.
Discente do curso Unidade de Terapia Intensiva, Urgência e Emergência - FABRAS
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RESUMO

Visando um aperfeiçoamento com intuito do melhoramento e excelência nos cuidados prestados aos idosos, este
artigo tem o objetivo de apontar os equívocos e necessidades capazes de oferecer um atendimento com
magnitude, visto que a melhor idade possui uma exigência acirrada com maior ênfase nos cuidados recebidos
devido a fragilidade que geralmente apresentam, tais como morbidades presentes e fragilidades físicas.

Pontuando que o crescimento da classe acima dos 60 anos tem sido considerável nos últimos anos, notamos uma
necessidade imediata de aperfeiçoar o atendimento e direcionamento de cuidados a esta classe, principalmente
no que se diz as condições de saúde dos mesmos em fases hospitalares, onde a demanda crescente exige uma
qualificação estreita dos profissionais atuantes e cuidados específicos devido a fragilidade que a grande maioria
da classe apresenta.

Dito isso, buscamos, através de pesquisas e experiências, estudos aprofundados no tema e acompanhamento de
perto com fins qualitativos, quantitativos e exploratórios cujo tema têm como objetivo principal, buscar a
excelência desvendar os desafios no cuidado de enfermagem ao atendimento ao idoso em urgência e emergência
com ênfase em UTI.

Notamos que há pouca pesquisa e artigos científicos direcionados a este tema, o que nos leva a crer que ainda há
muito o que nos empenharmos para um atendimento de qualidade visando a boa recuperação, a qualidade de
vida e bem estar da terceira idade no âmbito social, cultural e hospitalar.

Palavras-chave: Idoso. Terceira Idade. Urgência e Emergência.

ABSTRACT

Aiming at an improvement with the aim of improving and excellence in the care provided to the elderly, this
article aims to point out the mistakes and needs capable of offering a service with magnitude, since the best age
has a tough demand with greater emphasis on the care received due to the fragility they usually present, such as
present morbidities and physical weaknesses.

Pointing out that the growth of the over-60s class has been considerable in recent years, we note an immediate
need to improve the service and direction of care for this class, especially in terms of their health conditions in
hospital phases, where growing demand requires a narrow qualification of professionals and specific care due to
the fragility that the vast majority of the class presents.

That said, we seek, through research and experience, in-depth studies on the subject and close monitoring with
qualitative, quantitative and exploratory purposes whose main objective is to seek excellence to unravel the
challenges in nursing care for the elderly in urgent care and emergency with an emphasis on the ICU.
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We note that there is little research and scientific articles directed to this theme, which leads us to believe that
there is still a lot to strive for in quality care aimed at good recovery, quality of life and well-being of the elderly
in the social sphere. , cultural and hospital.

Keywords: Elderly. Third Age. Urgency and emergency.

1 INTRODUÇÃO

Segundo o IBGE, no ano de 2022 tivemos um crescimento aproximado de 39,8% no Brasil,


número este que saltou de 11.3% para 14,7% da atual população. Considerando que este
número classifica pessoas na faixa etária a partir de 60 anos, temos hoje uma média de 39,2
milhões de idosos. Visto que a estimativa de tempo de vida vêm sofrendo uma inversão
piramidal, isso é, as pessoas têm tido maior tempo de vida e com isso a faixa etária a partir de
60 anos aponta um crescimento maior que os dos jovens, calcula-se em que em 2060 teremos
em média apenas 15% da população brasileira com menos de 14 anos.

De posse destes dados, podemos prever que o sistema de saúde poderá ser afetado por este
crescimento, visto que a saúde dos idosos demanda maior atenção e cuidados, ainda que o
conceito de “velhice” tem sido degradado com o decorrer dos anos devido ao crescimento de
qualidade de vida, atividades físicas e bem estar desta classe.

Muitos serviços se especializaram nestes cuidados voltados a terceira idade, sendo que ainda
deparamos com muitas necessidades oriundas de uma carência sócio- econômico, político e
cultural, tendo muitas vezes que trabalhar num sistema de assistência social com idosos, pois
comumente encontram-se em casas de repouso, sendo cuidados por terceiros e geralmente
abandonados pelas famílias. Isso causa além de uma carência psicoemocional, uma
degradação maior no físico, já que se assim sendo, os idosos tem dificuldades para encontrar
prazeres nas coisas simples do dia a dia, como a prática de exercícios físicos para melhorias
das condições físicas, ingestão de boa alimentação, muitas vezes apresentando relutância em
receber os cuidados necessários e teimosia em serem cuidados com dificuldades de acatar
orientações profissionais.

Este estudo tem como finalidade identificar e apontar, assim como determinar resolutividade
de situações como estas para que o atendimento aos idosos nas situações de urgência e
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emergência possam ser aplicados com maior eficácia, tanto no âmbito da saúde pública
quanto na saúde privada, considerando que ambos os serviços prestados apresentam as
mesmas dificuldades referente ao atendimento da classe.

Como tal condição tem-se apresentando cada vez mais frequente, pesquisadores e
profissionais da área da saúde tem-se empenhado em identificar e solucionar as deficiências
em sua totalidade e particularidades, conforme defende o Ministério da Saúde (Lei nº
8.842/94 e Decreto nº 1.948/96) e Estatuto do Idoso, onde estão amparados por lei para sua
seguridade, tratamento e recuperação. Ainda que assim não fosse, cabe afirmar que trabalhar
na área da saúde, exige amor e dedicação, empatia e simpatia, independente de faixa etária do
paciente, condições físicas, sociais e culturais.

O ENVELHECIMENTO NOS DIAS ATUAIS

No ano de 2003 foi criado o Estatuto do Idoso a fim de assegurar a pessoas com 60 anos ou
mais, o direito à saúde, dignidade, liberdade, direito à vida, boa alimentação, educação,
cultura, esporte e lazer, assim como trabalho, assistência social, habitação e transporte, tendo
estes direitos previstos e defendidos por lei (Lei 10.741/2003). No entanto, sabemos que na
prática, o conceito de realização destes direitos fica ameaçado quando, em suma, a
obrigatoriedade direta (dos filhos) da execução destes cuidados é comprometida, sendo que
muitas vezes cidadãos da terceira idade encontram-se abandonados em casas de repouso,
ficando aos cuidados e responsabilidade de terceiros, a manutenção e defesa destes direitos.

Existem muitas teorias para tentar conceituar a ocorrência do processo de envelhecimento em


seres humanos, embora não exista uma teoria em si que explique de forma clara, objetiva e
definitiva o porquê de se ficar velho, analisa-se que o conjunto de estudos e conceitos são
relevantes, pois os mesmos, dentro de suas particularidades, tentam demonstrar, de alguma
forma, quais são os possíveis fenômenos orgânicos/biológicos que levam o ser humano a
envelhecer (FREITAS et al, 2002).

Os idosos constituem o grupo etário que mais tem crescido de forma mais rápida no Brasil,
sendo eles portadores de múltiplas patologias, não surpreende o fato de que os gastos médicos
hospitalares e sociais sejam bem maiores. Nessa faixa etária são muito comuns as demências,
os acidentes vasculares cerebrais, as coronoriopatias, o Diabetes Mellitus e inúmeras outras
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patologias crônico-degenerativas, que são causas de dependência física ou psíquica, que na


maioria dos casos é quase sempre definitiva (CARVALHO FILHO e NETTO, 2000).

Com o objetivo de aperfeiçoar os cuidados na área de saúde do idoso e com o propósito de


individualização e direcionamento das necessidades desta classe, em 2006 foi criada a
Portaria Nº 2.528, que visa atingir uma política atualizada relacionada ás suas necessidades.

Sabemos hoje que cerca de 35% dos idosos residem sozinhos, o que pode comprometer a
questão da saúde, visto que 14% das doenças sofridas pelos mesmos devem-se a solidão, o
que desencadeiam uma série de patologias emocionais e consequentemente, físicas.

O processo de envelhecimento é dinâmico e progressivo, onde acontecem modificações


morfológicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas, que determinam a perda progressiva da
capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, levando, desta forma, a uma maior
vulnerabilidade à processos patológicos que terminam por levá-lo à morte (CARVALHO
FILHO e NETTO, 2000).

Muitas vezes, idosos são recebidos em hospitais e pronto atendimentos com histórico de
apatia, relutância quanto á ingestão de alimentos e medicamentos, o que leva à fraqueza e
assim, ás patologias. Nestes casos, a equipe vigente atuante na área, precisa estar preparada
quanto ao recebimento e atendimento destes pacientes em especial, considerando que nem
sempre tais pacientes estão disponibilizando de acompanhantes, sejam estes da família ou
casa de acolhimento em que se encontram.

Cada caso destes é um caso em particular que exige uma atenção diferenciada, portanto não
há como redigir e acompanhar um protocolo sendo que cada idoso apresenta uma necessidade
em especial, mas podemos pontuar um protocolo a ser seguido a fim da seguridade destes
pacientes.

Considerando que ao recebimento destes pacientes, é necessário primeiramente uma triagem


minuciosa a fim de determinar as condições físicas a que se encontram. Com tal procedimento
realizado, cabe investigar a real situação, uma vez que nem sempre a queixa oriunda
diretamente do próprio paciente, mas de situações e condições apresentadas por estes em dado
momento. Tal situações podem variar desde uma falta de apetite e apatia até a uma queda ou
circunstâncias semelhantes.

E em relação à internação dos idosos em unidades de tratamento intensivo, em especial a


paciente com idade igual ou superior a 75 anos, deverá se obedecer rigorosamente os critérios
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adotados em todas as faixas etárias, de potencial reversibilidade do estado clínico e não sua
gravidade, quando reconhecidamente irrecuperável (BRASIL, 1999).

Excluindo a queda que é algo pontual, todos os demais sintomas se originam de algo a ser
investigado com base nas condições físicas e somáticas do paciente em questão. Muitas vezes
uma queixa apresentada por eles são derivadas de uma cascata de prescrição médica que
ocasionalmente gera um outro tipo de patologia a ser tratado, por isso a importância de um
cuidado individualizado e sensato com base nas condições do idoso, onde deve ser
investigado sua fragilidade física e emocional, as medicações que estão sendo utilizadas no
momento da internação, a posologia diária e o modo de ingestão destas medicações.

Em muitos casos, o envelhecimento é falsamente caracterizado como patológico, ou seja, tido


como algo ―anormal ou que irá progressivamente trazer inúmeros problemas de saúde ao
idoso, o que é uma eventualidade e não uma regra geral para definir este período da vida.
Pode-se caracterizar duas diferenças básicas designadas para o envelhecimento: a Senescência
e a Senilidade. A senescência resulta do somatório de alterações orgânicas, funcionais e
psicológicas naturais, próprias do processo de envelhecimento normal do ser humano. Já a
senilidade é caracterizada por modificações determinadas por distúrbios ou patologias que
acometem frequentemente a pessoa idosa. Isso demonstra que o envelhecimento, assim como
em qualquer outra faixa etária da vida, pode ser saudável ou patológico, quando este último
vier acompanhado de fatores agravantes no estado de saúde do indivíduo (FREITAS et al,
2002).

No caso de um familiar ou responsável presente, tais informações ficam mais acessíveis, mas
no caso de idosos desacompanhados que geralmente moram sozinhos, é necessário uma
investigação minuciosa para conclusão do quadro do mesmo, visto que muitas vezes os
mesmos confundem as medicações, não se recordam de tê-las ou não ingerindo-as ou
simplesmente apresentam relutância em aderi-las.

O cuidado em saúde é um direito do idoso e o mesmo deve ser realizado de forma digna e
com qualidade científica. O enfermeiro ao realizar assistência em saúde buscar garantir esse
direito da forma mais humanizada possível, preservando as características do indivíduo
biopsicossocial. O foco do atendimento não deve estar somente em um processo curativo
onde a saúde se relaciona com uma ausência patológica e sim em todos os demais fatores que
podem influenciar nesse processo, frente às incapacidades e no declínio funcional que o idoso
possa vir a ter (VIEIRA et al, 2020).
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Outra preocupação que se faz presente quanto aos cuidados de pacientes idosos em Unidades
de Terapias Intensivas, é a perda de massa muscular corpórea geralmente ocasionada por uma
condição acamada onde torna-se impossível uma atividade física de sustentação, condição
essa que normalmente já vem se arrastando numa rotina do idoso, agravando-se com a
chegada da patologia eminente e a hospitalização, no estado.

Segundo FEITOSA, 2015, A hospitalização é um evento de adaptação que ocasiona


alterações na rotina do indivíduo e tende a ser angustiante devido a perda da autonomia, com
isso os pacientes elevam os níveis de estresse e ansiedade e isso impacta os familiares
diretamente.

Baseando-se nessa afirmação, cabe à equipe de enfermagem cuidados intensivos enquanto na


hospitalização destes pacientes, tais como observação constante, mudança de decúbito,
controle da pressão arterial e sistema glicêmico, o que acomoda o paciente com maior
humanização e comodidade. Além do monitoramento contínuo, cabe a equipe observar que a
proeminência óssea sofre com a pressão estática do paciente, corroborando para o surgimento
de escarras e celulites, mais evidentes nas regiões sacrais e calcâneas, o que pode ter mais
tendência nos pacientes da terceira idade devido ao comprometimento da mobilidade do
mesmo.
Enfatiza-se ainda, proeminência nas condições crônicas, físicas e emocionais como o estresse
e ansiedade, assim como infecções, lesões renais e, ainda, acidente vascular encefálico*.

Paralelamente, a inserção de tecnologias vem colaborando para que o sucesso nos tratamentos
oferecidos no campo da saúde tenham maior eficácia, conforme podemos notar através de um
estudo que foi aplicado no ano de 2020, onde foram avaliados dois grupos de pacientes,
onde um deles utilizou curativos preventivos nas regiões sacra e calcâneo e o outro
não utilizou, onde foi possível comprovar que o grupo que utilizou o material
preventivo apresentou um número baixo de surgimento de Lesão por Pressão (LPP) em
comparação ao grupo que não utilizou (Hahnel et al ., 2020)
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* Grupo de afecções caracterizadas por perda súbita, não convulsiva, da função neurológica, devido a
ISQUEMIA ENCEFÁLICA ou HEMORRAGIAS INTRACRANIANAS. O acidente cerebral vascular é
classificado pelo tipo de NECROSE de tecido, como localização anatômica, vasculatura envolvida, etiologia,
idade dos indivíduos afetados e natureza hemorrágica versus não hemorrágica (Tradução livre do original:
Adams et al., Principles of Neurology, 6th ed, pp777-810).

Outro estudo também relacionado, foi originalmente idealizado por Cullen e colaboradores,
do Massachussets General Hospital, de Boston, em 1974, com o duplo objetivo de mensurar a
gravidade dos pacientes e calcular a correspondente carga de trabalho de enfermagem em
UTI(7). Em sua primeira versão, era composto por um total de 57 intervenções terapêuticas
determinadas por um grupo de especialistas que, além disso, atribuíam pontuações de um a
quatro, de acordo com o tempo e esforço necessários para o desempenho das atividades de
enfermagem. ((QUEIJO, AF 2002)

Como mostram as figuras abaixo, as escalas mais utilizadas pela equipe de enfermagem,
disponíveis em msha.ke/resumosdeenfermagem, podemos confirmar as facilidades que tais
ferramentas forneceram como recursos de facilitação de classificação dos pacientes:
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Figuras disponíveis em msha.ke/resumosdeenfermagem, acessado em 20.12.2022, ás 11h08m

De acordo com (LEOPARDI, 1999, p.


10). A filosofia e a teoria devem ser
incorporadas como instrumento para a
realização do cuidado competente, com base
na perspectiva da equanimidade da oferta
e diversidade das pessoas que o
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demandem. Este último conceito significa a necessidade de fundamentar o cuidado pela


consideração de singularidades, para que o indivíduo não sofra processos desintegradores
além dos que sofre em suas condições cotidianas.

Como se pode observar, tal estudo visa não somente planilhar a gravidade dos pacientes,
como também a carga horária e esforço aplicado pela equipe de enfermagem, porque acredita-
se que uma equipe esgotada não tem capacidade de cuidar de outras pessoas fisicamente
dependentes.
Mais tarde, este projeto foi readequado e transformado no instrumento de medida Nursing
Activities Score (NAS) que buscava justamente ajustar o índice de modo a avaliar mais
fielmente a carga de trabalho na UTI, desta forma, prestando atendimento humanizado com
maior excelência. (QUEIJO, AF 2002)

Segundo (LEOPARDI, et al, 1999) “por mais objetividade que se possa introduzir, é sempre
com pessoas que trabalhamos. E pessoas respondem de forma inesperada aos cuidados que
dedicamos”

O cuidado de enfermagem consiste na essência da profissão e pertence a duas esferas


distintas: uma objetiva, que se refere ao desenvolvimento de técnicas e procedimentos, e uma
subjetiva, que se baseia em sensibilidade, criatividade e intuição para cuidar de outro ser. A
forma, o jeito de cuidar, a sensibilidade, a intuição, o ‗fazer com‘, a cooperação, a
disponibilidade, a participação, o amor, a interação, a cientificidade, a autenticidade, o
envolvimento, o vínculo compartilhado, a espontaneidade, o respeito, a presença, a empatia, o
comprometimento, a compreensão, a confiança mútua, o estabelecimento de limites, a
valorização das potencialidades, a visão do outro como único, a percepção da existência do
outro, o toque delicado, o respeito ao silêncio, a receptividade, a observação, a comunicação,
o calor humano e o sorriso, são os elementos essenciais que fazem a diferença no cuidado.
(FIGUEIREDO e MACHADO in SOUZA et al, 2005).
Entretanto, muitas vezes, a sobrecarga de atividades administrativas e burocráticas, faz com
que a sensibilidade humana se reduza e o profissional se esqueça de tocar, conversar, ouvir e,
até mesmo, olhar para o ser humano a quem deveria estar cuidando (WAIDMAN, et al, 2009).
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3 CONCLUSÃO

Com este estudo, podemos observar que o tema abordado não possui muita pesquisa
relacionada, dificultando dessa forma, uma conclusão mais assertiva com base nos dados
reunidos. Os resultados mostram uma carência de estudos voltados a assistência intensiva
principalmente neste grupo de pacientes que requerem uma atenção mais acentuada, com
maiores probabilidades de desenvolvimentos de outras patologias atenuantes.

Portanto, podemos perceber que fenótipos distintos exigem distintas demandas e avaliações
inerentes aos cuidados recebidos nas Unidades de Terapia Intensiva, com investigação e
individualização dos pacientes com ênfase nos pacientes da terceira idade, visando sempre a
fragilidade em maior grau que estes apresentam.

Sendo assim, podemos presumir que estudos mais aprofundados voltados a esta classe se
fazem necessários para um desfecho com maior êxito de recuperação e menor taxa de
mortalidade nas UTIs, visando a devolução de uma maior índice de qualidade de vida na pós
recuperação e capacitação mental e motora após o período de internação.
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REFERÊNCIAS

ADAMS and Victor´s, et al., Principles of Neurology, 6th ed, pp777-810.

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Dezembro de 2022.

BRASIL,2006. Portaria no 2.528 de 19 de Outubro de 2006 que dispõe sobre a Política


Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt2528_19_10_2006.html- Acesso em
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