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(Electric Machinery, 6a edition, A.E. Fitzgerald, Charles Kingsley, Stephan Umans, McGraw-Hill,
2003)
Bc = Boω . (72)
Como
Z
φ= BdA, (73)
S
φ = Bi A. (74)
Relacionando-se Bc e Boω tem-se:
φ φ
Bc = , Boω = , (75)
Ac Aoω
φ φ
= , (76)
Ac Aoω
Ac = Aoω . (77)
Esta última relação implica então
£ ¤
π (R1 )2 = π (R3 )2 − (R2 )2 , (78)
o que leva à determinação de R3 como:
q£ ¤
R3 = (R1 )2 − (R2 )2 , (79)
14
4.1.2 alínea (b)
alínea i Tem-se que
N2
L= . (81)
Rtot
O valor da relutância magnética total é calculado por
Rtot = Rc + Rg , (82)
lc lg
Rtot = + . (83)
µAc µ0 Ag
µ À µ0 ⇒ Rc ¿ Rg , (84)
logo
lg
Rtot ≈ Rg = . (85)
µ0 Ag
Como lg = g e Ag = πRi2 ,
g
Rtot = . (86)
µ0 πRi2
N2 µ0 πRi2 N 2
L= g = . (87)
µ0 πRi2
g
alínea ii
L = 71 mH. (88)
15
4.1.3 alínea (c)
alínea i Assumindo uma variação sinusoidal do fluxo magnético no núcleo tem-se
Como e = N dψ
dt
, obtem-se para a tensão induzida na espira a seguinte relação:
Sendo
Epeak 1
Erms = √ = √ N2πf Ac Bpeak , (92)
2 2
√ 2
Erms = 2Nπf Ri Bpeak , (93)
Erms = 20.15 Vrms (94)
1
W = LI 2 , (95)
2
onde a seu valor de pico corresponde a
1 2
Wpeak = LIpeak . (96)
2
O valor de pico da corrente é dada por
√
Ipeak = 2Irms . (97)
1 ³√ ´2
Wpeak = L 2Irms , (98)
2
Wpeak = L (Irms )2 , (99)
Wpeak = 0.09 J. (100)
16
4.1.4 alínea (d)
alínea i
alínea ii
alínea iii
lA g l1 l2
RA = , RG = , R1 = , R2 = . (104)
µA µ0 A µA µA
Sabendo que:
Fmm
φ= (105)
Rtot
P
em que φ é o fluxo magnético e Fmm = i Ni ii é a força magnetomotriz.
Para a malha 1 tem-se:
2i N + N (iB + iA )
φ1 = ¡ 1 11 ¢, (108)
2 R1 + 2 RA + RG + R2
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4.2.1 alínea (a)
O fluxo ligado λ a uma bobina i é dado por:
X
λi = Ni φ = Lij ij , (110)
j
½ ¾
se i = j coef. de auto-indução ou inductância própria
L= (111)
6 j
se i = coef. de indução mútua ou inductância mútua
Considera-se, como uma primeira aproximação, que se verifica uma relação linear entre
o fluxo magnético e a força magnetomotriz, podendo-se usar o princípio da sobreposição na
separação do fluxo ligado em componentes produzidas por ij . Para a bobine A o fluxo ligado
é dado por:
λA = Nφ2 (112)
N 2 [(iA + iA ) R1 + iA (RA + RG + R2 ) + iB (RG + R2 )] − NN1 RA i1
λA = ¡ ¢ (113)
2RA R1 + 12 RA + RG + R2
N 2 [R1 + R2 + RA + RG ] N 2 [R1 + R2 + RG ]
λA = iA ¡ ¢ + i B ¡ ¢ (114)
2RA R1 + 12 RA + RG + R2 2RA R1 + 12 RA + RG + R2
NN1 [RA ]
−i1 ¡ ¢
2RA R1 + 12 RA + RG + R2
λB = Nφ = N (φ1 + φ2 ) (115)
N 2 [R1 + R2 + RA + RG ] N 2 [R1 + R2 + RG ]
λB = iB ¡ ¢ + i A ¡ ¢ (116)
2RA R1 + 12 RA + RG + R2 2RA R1 + 12 RA + RG + R2
NN1 [RA ]
+i1 ¡ ¢
2RA R1 + 12 RA + RG + R2
λ1 = N1 φ1 (117)
N12 NN1
λ1 = i1 ¡ 1
¢ − iA ¡ 1
¢ (118)
R1 + 2 RA + RG + R2 2 R1 + 2 RA + RG + R2
NN1
−iB ¡ 1
¢
2 R1 + 2 RA + RG + R2
18
N 2 [R1 + R2 + RA + RG ]
LAA = ¡ ¢ (119)
2RA R1 + 12 RA + RG + R2
N 2 [R1 + R2 + RA + RG ]
LBB = ¡ ¢ (120)
2RA R1 + 12 RA + RG + R2
N12
L11 = ¡ ¢ (121)
R1 + 12 RA + RG + R2
N 2 [R1 + R2 + RG ]
LAB = LBA = ¡ ¢ (122)
2RA R1 + 12 RA + RG + R2
NN1
LA1 = L1A = ¡ 1
¢ (123)
2 R1 + 2 RA + RG + R2
NN1
LB1 = L1B = ¡ 1
¢ (124)
2 R1 + 2 RA + RG + R2
dλ
e= . (125)
dt
Na bobine 1, a força electromotriz induzida pelas correntes iA (t) e iB (t) é obtida por
d
e= (LA1 iA − LB1 iB ) . (126)
dt
Esta expressão pode então ser usada para determinar a diferença entre as duas correntes
pois LA1 = −LB1 e não dependem do tempo:
d
e = LA1 (iA − iB ) . (127)
dt
Note-se que LAA = LBB (coeficientes de auto-indução) pois, para além dos enrolamentos
estarem colocados de forma simétrica, o número de espiras é igual.
Note-se ainda que LA1 = L1A = −LB1 = −L1B , ou seja, os coeficientes de indução mútua
entre A e 1 e entre B e 1 são simétricos pois o fluxo magnético que atravessa o circuito entre
1 e B fá-lo em sentido oposto ao fluxo entre 1 e A.
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4.3 Problema 1.24
4.3.1 alínea (a)
g h h l
Rg1 = Rg = Rp = Ry = (128)
µ0 Dw µ0 D (w − x) µp Dx µy Dw
Para o cálculo da reluctância total Rt não se considerou a relutância do núcleo de ferro
(yoke) uma vez que a sua permeabilidade magnética µy tende para infinito, entrando em
série para
¡ o cálculo
¢ de Rt . Para este cálculo torna-se necessário calcular a relutância em
paralelo R// na região do entreferro:
1 1 1 1
= + = h h
. (129)
R// Rg Rp µ0 D(w−x)
+ µp Dx
Como µp → ∞, o termo correspondente tenderá para zero e logo o valor de R// ficará:
h
R// = , (130)
µ0 D (w − x)
2g h
Rt = 2Rg1 + R// = + . (131)
µ0 Dw µ0 D (w − x)
Pela analogia com a lei de Kirchhoff tem-se:
N1 I0 = φRt , (132)
N1 I0
φ = 2g h
, (133)
µ0 Dw
+ µ D(w−x)
0
N1 I0
φ = 2g(w−x)+hw
,
µ0 Dw(w−x)
µ0 D (w − x) wN1 I0
φ = .
2g (w − x) + hw
Como h À g a equação do fluxo simplifica-se para:
µ0 D (w − x) (N1 I0 )
φ= . (134)
hw
P
Como λi = Ni φ = j Lij Ij , sendo λ o fluxo ligado e Lij o coeficiente de auto-indução
(i = j) ou de indução mútua (i 6= j), o fluxo ligado relativo à espira 2 assume a seguinte
forma:
µ0 D (w − x)
λ2 = I0 N1 N2 . (135)
h
Portanto, o coeficiente de indução mútua assume a seguinte forma (tendo em conta que
L12 = L21 ):
µ0 D (w − x)
L12 = L21 = N1 N2 . (136)
h
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4.3.2 alínea (b)
A tensão aos terminais da espira 2 é dado por:
v2 = e2 . (137)
Logo:
dλ2 dL12
e2 = = I0 , (138)
dt dt
µ D dx
e2 = −I0 N1 N2 0 ,
h dt
µ D ²ωw
e2 = −I0 N1 N2 0 cos (ωt) .
h 2
X I
Fmm = Ni ii = Hdl, (139)
i
portanto
I
N1 i1 = Hdl = H2πRm (140)
em que se considerou a hipótese de H constante ao longo do raio médio Rm , sendo este igual
a
Ri + Ro
Rm = , (141)
2
e também considerando que qualquer percurso de qualquer linha de fluxo está próxima do
caminho médio do núcleo (Rm ).
Desta forma, a relação que se procura é a seguinte:
N1 I0 sen (ωt)
H= . (142)
π (Ri + Ro )
21
4.4.2 alínea (b)
Sendo:
Z
B · da = φ, (143)
S
λ = Nφ. (144)
φ = BAc . (145)
λ2 = N2 BAc . (146)
dλ dB
v2 = = N2 Ac . (147)
dt dt
Sendo a área da secção dada por
Ac = nt∆, (148)
o potencial será:
dλ dB
v2 = = N2 nt∆. (149)
dt dt
Z
v0 = G v2 dt, (150)
Z Z
dB dB
v0 = G N2 nt∆dt = GN2 Ac dt, (151)
dt dt
logo:
22
Z
v0 = GN2 Ac dBdt, (152)
e portanto
v0 = GN2 Ac B + c1 . (153)
Caso se conhece-se uma condição de fronteira para v0 seria possível avaliar o valor da
constante c1 .
Bm = Br + µr Hm . (154)
Fazendo uso da curva de magnetização deste material (pag. 36, fig.1.19), obtem-se a
seguinte relação:
µ ¶
1.258
Bm = 1.258 + Hm = 1.258 + 1.3 × 10−6 Hm . (155)
950 × 103
¡ ¢
Bm Hm = 1.258 + 1.3 × 10−6 Hm Hm , (156)
∂ (Bm Hm )
= 1.258 + 2.6 × 10−6 Hm = 0, (157)
∂Hm
φ = Ag Bg = Am Bm . (159)
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O valor médio no tempo de Bg será igual ao valor de B0 já que o valor médio de sen (ωt) =
0. Assim iremos utilizar para os nossos cálculos Bg = 0.5:
µ ¶
Bg 6 × 0.5
Am = Ag = , (160)
Bmmax 0.629
Am = 4.77 cm2 .
Por outro lado, ao considerar um valor médio no tempo, a corrente i(t) será nula. A
relação da força magnetomotriz ao longo do circuito magnético é dada por
Hm d + Hg g = 0. (161)
Bg 0.5
Hg = = = 397.89 kAm−1 , (162)
µ0 4π × 10−7
logo o comprimento do magneto é:
Hg 397.89 × 103
lm = −g = −0.4 , (163)
Hm −483.85 × 103
lm = 0.33 cm.
Hm d + Hg g = Ni(t), (164)
g Hm lm
i(t) = Bg + . (165)
Nµ0 N
Da equação da recta de operação do magneto permanente tiramos que:
µ ¶
Bm − B0
Hm = , (166)
µr
Ag
Bm = Bg , (167)
Am
resultando em
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Bg Ag B0
Hm = − . (168)
µr Am µr
Fica-se deste modo com a seguinte expressão para a corrente:
·µ ¶ ¸
1 Bg (t) Bg Ag B0
i(t) = g+ lm − lm (169)
N µr µr Am µr
· µ ¶ ¸
1 g Ag B0
= Bg (t) + lm − lm .
N µr µr Am µr
Para se obter os valores de corrente máximos e mínimos, tem-se que determinar os valores
máximo e mínimo de Bg , respectivamente:
i ∆i
i(t) = + sen(ωt) (173)
2 2
onde
25
Figura 1.10
Para um valor de indução magnética B = 1.2 T no circuito, retira-se directamente do
gráfico que o valor da intensidade magnética no núcleo de ferro será de Hm = 14.5 Am−1 .
Para o entreferro, o valor da intensidade do campo magnético será por sua vez:
B 1.2
Hg = = = 9.55 × 105 Am−1 . (177)
µ0 4π × 10−7
Como os dois enrolamentos estão ligados em série, a corrente que os percorre é a mesma,
ou seja:
I1 = I2 = I. (178)
A queda da força magnetomotriz ao longo de um caminhos fechados pelo circuito magnético
é dada pela soma das quedas nos diferentes materiais e assim para o núcleo de aço e para o
entreferro temos, respectivamente:
Fm + Fg 3819.72 + 3.2
I= = = 38.23 A. (180)
N 100
Z B2 ·µ ¶ ¸
H ×l
W = (A × N) dBn. (181)
B1 N
Como o circuito magnético está a funcionar com corrente contínua, a indução magnética
será constante e igual a B, degenerando a equação acima em:
Z B Z B · ¸
Bg
Wg = Ag × lg [Hg ] dBg = Ag × lg dBg , (182)
0 0 µ0
Ag × lg × B 2
Wg =
2µ0
Substituindo os respectivos valores numéricos tem-se o valor da energia magnética ar-
mazenada no entreferro:
26
4.6.3 alínea (c)
Para cada uma das bobines temos respectivamente:
λ
L= . (184)
I
Para cada bobine tem-se o fluxo ligado, respectivamente:
λ1 = N1 AA Bm , (185)
λ2 = N2 AB Bm . (186)
Como as pernas A e B do circuito magnético têm a mesma área e são percorridas pela
mesma indução magnética, além de ambas as bobines possuirem o mesmo número de espiras,
tem-se que:
λ1 = λ2 = λ = N × AA × Bm . (187)
A inductância total será a soma de cada uma, visto estas estarem em série:
L = L1 + L2 = 4.4 mH (189)
R = 1.8cm = 0.018 m,
g = 0.1cm = 0.001 m,
h = 0.9cm = 0.009 m.
Quer-se determinar o volume do magneto permanente que nos permita estabelecer uma
densidade de fluxo magnético no entreferro de Bg = 1.2 T. Contudo, este volume deve ser
mínimo.
Um dos parâmetros mais importantes para um material magnético é o ”produto de
máxima densidade de energia”, ou seja, o ponto de funcionamento do magneto em que o pro-
duto Bm × Hm é máximo. Se o magneto permanente estiver a operar neste ponto, o volume
requerido de material magnético para estabelecer uma dada densidade de fluxo magnético no
entreferro é mínima. Começa-se então por determinar esse ponto para o Samarium-Cobalto.
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Da figura 1.19 do livro, verifica-se que a curva de magnetização para o Samarium-Cobalto
pode ser aproximada por uma recta. Como tal iremos procurar estabelecer uma relação entre
B e H para de seguida determinar-se o valor máximo do seu produto. Assim, seja a equação
da recta dada por:
y = mx + b (190)
o que resulta nos valores b = 0.94 e m = 0.00128. Logo, a equação da recta como aproximação
para a relação B-H do Samarium-Cobalto é:
∂ (Bm × Hm )
= 2 × 0.00128Hm + 0.94 = 0, (194)
∂Hm
logo
Isto indica-nos que o ponto de máxima energia está situado no intervalo −300 < Hm <
−400 kAm−1 . Uma segunda estimativa com um intervalo mais pequeno e com os extremos
do intervalo anterior, permite-nos de uma forma análoga à anterior calcular uma recta para
a relação B-H. A equação desta recta será:
Novamente calcula-se o ponto tal que ocorra máxima energia. Este ponto calculado
apresenta os seguintes valores:
Bm = 0.47 T, (197)
Hm = −361 kAm−1 ,
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sendo o produto de máxima densidade de energia dado então por
Fmm = Hg lg + Hm hm = 0. (199)
Para além disto o fluxo magnético ao longo do circuito é constante, o que nos permite
escrever:
φ = Ag Bg = Am Bm . (200)
Esta duas relações permitem-nos escrever o sistemas de equações:
³ ´
hm = lg Hg
³Hm ´ . (201)
Am = Ag Bg
Bm
Bg
Como o entreferro é preenchido a ar temos que Hg = µ0
e portanto, substituindo no
sistema anterior:
³ ´
hm = −lg Bg
³µ0 Hm´ . (202)
Am = Ag Bg
Bm
Substituindo os valores:
hm = 4π×10−0.001×1.2
−7 ×(−361×103 ) = 0.00265
³ ´ ¡ ¢
Bg 1.2 −3 2 (203)
Am = 2πRh
| × 0.018
| {z } Bm = 2π {z × 0.009} 0.47 = 2.6 × 10 m
A g Ag
Assim sendo e por uma igualdade de áreas onde passa o fluxo magnético podemos escrever:
Am = π (Rm )2 , (204)
r
Am
Rm = = 2.88 cm.
π
Portanto garantem-se as especificações do enunciado para:
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