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Camila Melo Batista

camilaengenharia@outlook.com
FICHA TÉCNICA CÂMERAS: EDIÇÃO:
Carlos Fofaun Fortes Carlos Fofaun Fortes
DIREÇÃO GERAL: Vitor Struck Luis Pires
Luis Pires
PILOTOS: TRADUÇÃO:
ROTEIRO: Guilherme Melo Arthur Pacheco
Amanda Pires Leo Lucas
Carlos Fofaun Fortes Michel Sehn CONSULTOR TÉCNICO:
Luis Pires Northon Napoleão Guilherme Melo
Northon Napoleão Pedro Cordista
DIREÇÃO DE ARTE:
APRESENTADOR: Fernando Medeiros
Camila Melo Batista IMAGENS AÉREAS:
Rafael Morientes camilaengenharia@outlook.com 4Vants
ANIMAÇÃO: Escola de Drones
PROFESSOR: Carlos Fofaun Fortes Exclusive Air Drones
Northon Napoleão Gustavo André
Luis Pires Todos os direitos reservados para FromBrazil.com
NARRAÇÃO:
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total
Luis Pires DESIGN:
e parcial ou divulgação comercial sem a autorização
Rafael Morientes Cláudia Rett prévia e expressa do autor.
Fernando Medeiros
DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA: Gustavo André Esse e-book faz parte do Curso de Drones - Online/EaD.
Carlos Fofaun Fortes Letícia Sanches www.cursodedrones.online
contato@cursodedrones.online
SUMÁRIO FPV .......................................................................................................... 42
Receptor de Rádio ............................................................................. 43
Placa de Alimentação ....................................................................... 45
Módulo 1 - Básico Distribuição Central ........................................................................... 46
Baterias - Parte 1 ................................................................................ 47
Introdução ............................................................................................. 5
Conceitos Básicos .............................................................................. 8
Módulo 3 - Check Lists

Módulo 2 - Componentes Camila Melo Batista


Check List de Voo ............................................................................... 53
Check List de Câmera .......................................................................
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Controladora ......................................................................................... 22 Check List de Missão ........................................................................ 61
Barômetro .............................................................................................. 24
VPS ........................................................................................................... 25
Acelerômetro ........................................................................................ 27 Módulo 4 - Riscos
Giroscópio ............................................................................................. 28
Bússola ................................................................................................... 30 GNSS - Parte 2 ..................................................................................... 66
GNSS - Parte 1 ..................................................................................... 31 Interferências ....................................................................................... 71
Frame ...................................................................................................... 33 Baterias - Parte 2 ................................................................................. 74
ESC .......................................................................................................... 35 Fly Away ................................................................................................. 76
Motores .................................................................................................. 36 Return to Home ................................................................................... 78
Hélices .................................................................................................... 38 Emergências ........................................................................................ 80
Atualizações .......................................................................................... 82 Fly to Sky ................................................................................................ 115
Calibragem ............................................................................................ 83 Follow Shot ............................................................................................ 117
Forward Shot ........................................................................................ 119

Módulo 5 - Voando
Módulo 7 - Legislação
Decolando .............................................................................................. 86
Modos de Voo ...................................................................................... 88 ANATEL .................................................................................................. 123
Pousando ............................................................................................... 91 ANAC ........................................................................................................ 125
Camila Melo BatistaDECEA ..................................................................................................... 127
Tipos de Voo .........................................................................................
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Módulo 6 - Exercícios

Quadrados ............................................................................................. 94
Círculos ................................................................................................... 98
Movimento 8 ......................................................................................... 100
Straight Move Forward ...................................................................... 103
Bird’s Eye View ...................................................................................... 105
Crab .......................................................................................................... 107
108 - Semi Orbit ................................................................................... 109
Forward Tilt Down ............................................................................... 111
Tilt Up Review ....................................................................................... 113
Introdução
Você já reparou no impacto dos drones em nossas vidas?

Em pouco tempo, os drones invadiram os céus e os noticiários


do mundo todo. A cada dia surgem novos modelos. Menores e
mais automatizados eles ganham espaço cada vez maior. Seja
como hobby ou para usos profissionais, é inegável que os Dro-
nes são encontrados em todos os lugares.

Se em tão pouco tempo já conquistaram tanto espaço... onde


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tudo isso vai parar? Serão tão comuns quantos os aparelhos
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celulares? Teremos então bilhões de Drones voando por todo
o planeta? Será? Uma coisa é certa... esse é um caminho sem
volta. Os Drones vieram para ficar!

E você... está preparado para esse futuro que já chegou?

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Controles Básicos
Existem vários modelos e configurações do Controle Remoto,
mas geralmente os comandos direcionais costumam ser os
mesmos.

São eles:

THROTTLE: subir/descer

ROLL: esquerda/direita
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PITCH: frente/trás

YAW: giro no eixo

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Orientação
Fique atento quanto a orientação do Drone. O pouso e a deco-
lagem devem ser realizados com o Drone de costas para o Pi-
loto. Dessa forma o seu equipamento seguirá corretamente os
comandos de DIREITA / ESQUERDA.

Caso o Drone esteja de frente para o Piloto, os comandos di-


recionais ficarão invertidos, aumentando assim, as chances de
acidentes com o seu equipamento.
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Plano de Voo
Antes de decolar com o seu Drone, sempre faça um Plano de
Voo. Conte também com a ajuda de um Copiloto. Ele será res-
ponsável em alertar sobre riscos como: fios de luz, pássaros,
árvores e outros tantos.

Lembre-se de manter o Drone na visada.

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Interferências
Fique atento às possíveis interferências que podem atrapalhar/
prejudicar seu voo.

Elas muitas vezes são ocasionada por explosões solares, falhas


nos satélites e até mesmo pelo seu controle remoto.

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Baterias
A bateria é um item crítico de segurança e por isso merece toda
a atenção do Piloto de drones. Alguns cuidados são necessários
tanto no armazenamento quanto na temperatura que serão uti-
lizadas.

Ao iniciar uma missão com o seu Drone, lembre-se de conside-


rar o tempo de retorno do seu equipamento, para que a bateria
não acabe no meio do caminho.
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Legislação
Esteja sempre por dentro da Legislação em vigor. Evite multas e
a apreensão do seu equipamento. Obter licenças e autorizações
de voo podem ser necessários.

As normas podem (e costumam) mudar a qualquer momento.


É de responsabilidade do Piloto de Drones estar ciente e atuali-
zado sobre as regras de voo em Espaço Aéreo Brasileiro.

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Controladora
A Controladora de voo é o principal componente dos drones, tem
a função de processar os sinais de entrada e gerar saídas ade-
quadas, e em alguns momentos podem servir apenas de ponte
entre as interfaces I/O sem realização de processamento.

As Controladoras variam muito de especificação entre uma di-


versidade enorme de marcas e modelos. Algumas mais baratas
(modelos KKMulticopter, por exemplo) apresentam apenas as
funções básicas necessárias ao voo, como o mapeamento dos
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canais do controle do rádio e informações para mudança de ve-
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locidade, direção e altitude. Os controles correspondentes a YAW
(eixo vertical), ROLL (eixo longitudinal) e PITCH (eixo lateral).

Essa é a função mais básica da Controladora, mapear os movi-


mentos do controle em novas rotações que são definidas dina-
micamente para os motores através do sinal enviado pelo ESC
(controlador eletrônico de velocidade, necessário em motores
elétricos sem escovas - brushless).

Giroscópio e acelerômetro são necessários para estabilização


automática do Drone. Uma Controladora em os mesmos ativos
estaria no modo ACROBAT, o mais difícil de pilotagem, uma boa

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parte dos equipamentos vendidos montados sequer permitem Quando trabalhamos com Controladora de códigos fechados,
esse modo de operação. geralmente o fabricante já se preocupou muito mais em entre-
gar um produto pronto, de fácil utilização, possibilitando que
Mas é claro que a Controladora não é só isso, a maioria das Con- uma pessoa com poucos conhecimentos em eletrônica tam-
troladoras boas tem a capacidade de processar dados de sen- bém possa montar um Drone.
sores auxiliares embutidos em seu próprio circuito ou externos,
como o GNSS, por exemplo. Nesse caso, não são somente os Como exemplo de Controladoras de códigos abertos podemos
comandos do controle que ditarão a velocidade de cada motor, citar: APM, PixHawk e Navio.
pois a Controladora vai conseguir estabilizar o Drone baseada
em informações dos sensores inerciais e GNSS. De código fechado podemos citar Controladoras da DJI, como
por exemplo A1, A2, N3, são Controladoras modernas e bem
Dessa maneira, a pilotagem se torna muito mais fácil, motivoCamila Melo Batistacomuns.
pelo qual é possível, por exemplo a um iniciante, colocar um
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Phantom no ar com pouco esforço, pois trata-se de um multi- Entre os muitos sensores que uma Controladora de voo pode
rotor com uma Controladora que tem uma boa habilidade de ter, podemos destacar o Acelerômetro, Sensor de Velocidade
processar os dados dos sensores e exige pouca ou nenhuma Angular e o Barômetro Altimétrico (componente do conjunto
configuração. que é responsável por manter a altura estável). Esses sensores
também geram as informações necessárias para exibição do
Podemos dizer que existem duas grandes famílias de Controla- horizonte virtual na estação terrestre.
doras, a de códigos fechados, e as de códigos abertos. Pode-se
fazer uma analogia muito válida em relação a Linux e Windows. A Controladora tem alguns componentes internos (independen-
Quando adquirimos uma Controladora de código aberto é como temente de ser aberta ou fechada) comuns a todas elas. Um
se fosse um Linux, teremos que programar aquela Controladora, desses Componentes é o Barômetro.
ela exige na maioria das vezes muito mais configuração e muito
mais conhecimento técnico.

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Barômetro
O Barômetro serve para mensurar a altura do Drone, baseado
na pressão atmosférica. Isso significa que não é uma medida
completamente precisa, pois sofre algumas variações.

No caso de equipamentos DJI prontos, RTF - ready to fly, ou


seja, aqueles drones que já vêm prontos para voar, além do Ba-
rômetro também temos o VPS.

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Visual Positioning System
O VPS (Visual Positioning System) serve pra mensurar a altura,
baseado em leitura de um sonar ou infravermelho e de câmeras
monoculares. Uma ou mais câmeras monoculares.

Essa altura informada pelo VPS é muito precisa, no entanto, ela


só funciona com o Drone abaixo de 6 ou 7 metros e conta com
algumas limitações, como não funcionar em superfícies reflexi-
vas, carpetes, em cima da água.
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Outro componente
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lerômetro.

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BARÔMETRO

7m

VPS

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Acelerômetro
O Acelerômetro é um medidor de inclinação angular. Para que o
Drone usa esse medidor de inclinação angular?

Quando você está pilotando e dá um comando para o Drone


deitar, um comando de rolagem lateral, o Drone não vai virar de
ponta cabeça, justamente por ter esse limite do ângulo máximo
que ele pode alcançar.

Portanto, o Acelerômetro estará lendo a angulação do Drone e a


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Controladora limitando a propulsão que chegará até os motores
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através dos ESCs para que o Drone não tombe.

É muito comum falarmos que em drones modernos não esta-


mos completamente no controle, estamos tendo auxílio desses
sensores e da Controladora para não deixar o Piloto cometer
alguns erros.

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Giroscópio
Um outro componente muito importante que compõe a Contro-
ladora é o Giroscópio, que serve para precisar a orientação do
Drone no momento em que o ligamos.

Por isso é muito importante não ligarmos o Drone em superfí-


cies inclinadas, porque pode ficar gravada essa inclinação e ele
vai entender aquilo como o certo, e consequentemente, no mo-
mento de voar também voará inclinado.
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Bússola
A Controladora precisa de informação também de sensores ex-
ternos, no caso da APM que precisa de no mínimo um Compass
ou uma Bússola externa ligado nela.

A Bússola é responsável por indicar o norte magnético para a


Controladora e deve ser mantida longe de fontes de interferência
como metal, substações de energia elétrica, transformadores e
similares.
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Opcionalmente nos drones Open Source, você pode incluir tam-
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bém sensores óticos para detecção de obstáculos, como acon-
tecem com alguns drones montados da DJI.

O sinal vem do rádio, chega na Controladora, é processado, e a


Controladora faz a saída para os ESCs, que vão definir a nova
rotação dos motores.

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GNSS
Outra parte muito importante do Drone é o GNSS (Global Navi-
gation Satellite System), popularmente conhecido como GPS. O
GNSS é parte do sistema de posicionamento do Drone, é o que
vai propiciar ao Drone voltar ao ponto de origem caso ocorra
algum problema.

Em algumas arquiteturas, principalmente open source, muitas


vezes o Compass ou a Bússola, vai vir integrado junto do GNSS.
Porque geralmente ele fica posicionado numa torre, distante da
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parte elétrica central do Drone e da interferência eletromagnéti-
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ca que possa ser causada por motores.

No caso dos equipamentos Phantom, isso não funciona assim.


A Bússola está separada do GNSS. O GNSS está na parte supe-
rior do Drone, por dentro da Shell (Casco) e o Compass fica nos
trens de pouso.

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Frame
O Frame é a estrutura do Drone onde serão colocados todos os
componentes necessários para que o Drone possa voar. Exis-
tem Frames para todos os gostos e bolsos, podendo ir de 10
dólares até alguns milhares, no caso de Frames de marcas pro-
fissionais.

Um Frame convencional de Multirotor é composto por 2 ou 3


pratos e 4, 6 ou 8 braços, mas há exceções, como os Frames de
alguns drones vendidos prontos para voar (RTF), no qual o Fra-
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me principal é composto por duas partes apenas, a superior e a
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inferior, com os braços integrados na própria estrutura. Como é
o caso do Phantom, a nomenclatura Shell ou Body Shell é utili-
zada nesses casos.

O Frame pode ser caseiro, industrial ou misto, no caso dos in-


dustriais, os materiais mais comuns são o plástico e a fibra de
carbono, sendo a fibra de carbono o melhor material atualmente
para drones comerciais, tendo em vista o seu peso baixo e alta
resistência.

Quanto ao tamanho, a referência usual é a medida entre moto-


res, quantos milímetros existem entre os eixos. Os tamanhos
para montagem mais comuns começam em 250 mm, também

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conhecidos como classe 250, são drones pequenos e ágeis, co- tece se o Drone for mais pesado de um lado do que do outro,
muns em corridas de FPV (Fisrt Person View). deslocando assim o centro de gravidade e exigindo mais de um
motor que de outro.
Os Frames também costumam contar com uma placa de distri-
buição de força, para que você possa ligar todos os controlado- Outro detalhe: ao se optar por um projeto caseiro você pode utili-
res eletrônicos de velocidade, que é um componente necessário zar alguns componentes industriais prontos, como por exemplo
para utilização de motores sem escovas, os mais comuns em o motor Mount, que é uma peça difícil de fazer e que você pode
drones. comprar pronto.

Os Frames caseiros podem ser montados em uma diversidade No caso dos drones Asa Fixa, você também pode montar um
muito grande de materiais, pode-se utilizar perfis de alumínio, projeto caseiro, partindo de uma estrutura de uma asa grande
tubos de fibra de carbono, PVC, etc. Camila Melo Batistaou um planador vendido para aeromodelismo.
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Para montar um Drone caseiro, é possível basear as medidas
em um Frame industrial que tenha dado certo, você não pre-
cisa partir do zero, pode pegar uma inspiração criativa, o mais
importante ao montar um Frame caseiro é se ater no centro de
gravidade, que deve ser o mais próximo possível do centro da
aeronave.

Quando você monta um projeto com essa característica, a


chance de sucesso aumenta muito, a quantia de regulagens que
você vai necessitar via software é bem menor, além de ter um
conjunto mais maduro, em que a utilização dos motores e ESCs
vai ser exigida de maneira mais uniforme, coisa que não acon-

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Controlador Eletrônico
de Velocidade
Os ESCs são os componentes necessários para controlar a ve-
locidade dos motores, podem ser encontrados individualmente
ou em grupo, aonde um circuito integrado contém vários ESCs
juntos.

Os ESCs, SPEEDS ou Controladores Eletrônicos de Velocidade


são utilizados em conjunto com os motores Brushless (sem es-
Camila Melo Batistacovas), que são os mais comumente utilizados nos drones.
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Os ESCs são ligados ao barramento principal de energia do Dro-
ne, para fornecer alimentação aos motores, são ligados também
nas saídas da Controladora de voo destinadas aos motores, seu
trabalho basicamente é traduzir os comandos da Controladora
em velocidade correta para os motores.

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Motores
Temos também como componentes os motores que fazem
parte do sistema de propulsão, juntamente com a Hélice. A
medida usual do motor é o KV que significa a rotação máxima
desse motor por minuto, por volt aplicado, ou seja, essa rota-
ção vai variar, dependendo da voltagem da bateria que estamos
utilizando. Então o mesmo motor vai ter rotações diferentes uti-
lizando Baterias diferentes.

Via de regra (porque há exceções), quanto maior o Drone, menor


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o KV do
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Drone, conjunto composto por Plate superior, Plate inferior, Bra-
ços e Trem de Pouso) DJI F550 (onde temos 550 milímetros de
distância entre cada eixo do motor diagonalmente) geralmente
utiliza motores entre 900 e 1100 KVs.

Já para um equipamento mais robusto, como um Frame em


fibra de carbono de 700 mm, vamos utilizar motores abaixo de
600 KVs, que são mais fortes e podem girar Hélices maiores,
que produzem maior sustentação, ou seja, o giro é mais lento,
mas consegue-se maior sustentação por estar girando uma Hé-
lice maior

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Nos drones do tipo Racer, temos o cenário contrário, as Hélices
são pequenas, os Frames geralmente são de 250 mm e os Mo-
tores acima de 2000 KVs, em que o ganho é de velocidade.

Os drones com asas rotativas possuem o mesmo número de


motores girando para cada lado (exceção Tricóptero), ou seja,
um Quadricóptero tem 2 motores de passo normal e 2 motores
de passo invertido, o sentido de rotação do motor é dado pela
ligação do ESC, temos 3 fios ligando o motor ao ESC, para inver-
ter a rotação, basta mudar um par de fios de posição.

Os motores geralmente não contam com especificação de héli-Camila Melo Batista


ce, no entanto, a eficiência dos mesmos é afetada diretamente
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pelo tamanho da hélice e peso do conjunto, você nunca deve ter
um conjunto em que seja necessário mais de 50% de aceleração
para o Drone levantar voo, o peso que cada motor pode levantar
é influenciado pela escolha de Hélices, o parâmetro Thrust (im-
pulso) diz respeito a capacidade de carga de cada motor..

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Hélices
As Hélices são parte do sistema de propulsão e também po-
dem ser chamadas de Asas Rotativas, então é comum classifi-
carmos os drones em Asas Fixas e Asas Rotativas, no caso os
multirotores.

As Hélices dos multirotores sempre vão seguir a convenção de


um número igual de Hélices de passo normal e de passo inverti-
do, ou seja, metade das hélices vão girar para um lado e metade
para outro. Exemplo: em um Hexacóptero (multirotor que possui
Camila Melo Batista
6 Hélices), 3 Hélices vão girar em sentido horário e 3 vão girar
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em sentido anti-horário, isso serve para neutralizar o giro no pró-
prio eixo, que é uma tendência natural quando as Hélices giram
para o mesmo lado.

Isso pode ser observado nos helicópteros, se não tivesse o rotor


de cauda, o helicóptero giraria no próprio eixo, por ter apenas
uma Hélice. Uma exceção é o Tricóptero, que têm 3 Hélices e
por ser número ímpar não podem ter o mesmo número de Héli-
ces girando para cada lado. Para resolver esse problema é utili-
zado um servo de cauda, em que o próprio motor vai girar para
compensar essa Hélice a mais girando no mesmo sentido.

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Se uma parte A aplica uma força, definida por FA em uma parte braços, se a montagem estiver invertida, ou seja, as Hélices de
B, a parte B aplica uma força definida por FB na parte A. FB tem sentido horário nos motores anti-horário e vice-versa, o Drone
o mesmo valor de FA, a mesma linha de ação, mas em direção não vai decolar, pois estará dando o empuxo de ar para cima ao
oposta, ou seja, estamos falando da terceira Lei de Newton, po- invés de para baixo, em uma eficiência mais baixa, logicamente,
pularmente conhecida como princípio da ação e reação. Se que- tendo em vista que o desenho das Hélices não está sendo res-
remos que a nossa Hélice A use uma força para frente, devemos peitado.
aplicar em B uma força para trás.
Nos sistemas DJI, como o Phantom, a identificação é fácil, pois
Para o Drone, B seria a massa de ar que vai embora, aliás, não existe uma convenção de cores, os motores com um sinal preto
realmente uma massa, mas sim um fluxo de ar de massa, que recebem as Hélices com spinner preta, e os sem marcação re-
é igual a superfície do disco formado, vezes a velocidade do ar, cebem as Hélices com spinner prata.
vezes a densidade do ar. Para aplicar uma força na massa de ar,Camila Melo Batista
temos que girar as hélices, desta forma obtemos a sustentação, Além disso, as roscas são inversas também, ou seja, dificilmen-
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a velocidade do fluxo de ar é modificada para isso. te vamos errar nesses sistemas. Já outros sistemas não pos-
suem essa indicação, mas é comum nas próprias Hélices estar
Uma Hélice de menor diâmetro tem menos inércia e é, portanto, marcado as siglas CW e CCW, ou seja, sentido horário e sentido
mais fácil de acelerar e desacelerar, o que ajuda no voo acro- anti-horário.
bático. Já as Hélices maiores necessitam de mais motor, mas
também conseguem erguer mais peso mesmo com menos Se a Hélice não tiver nenhuma marcação, você também pode
giro, isso explica a utilização de motores de alto KV em Racers, identificar pelo perfil da mesma, olhando de cima, a parte mais
geralmente acima de 2000 e de baixo KV, em drones grandes alta da Hélice está no sentido em que ela vai girar.
geralmente abaixo de 500.
O impulso produzido por uma Hélice depende da densidade do
As Hélices devem ser colocadas na posição correta no Drone, ar, da velocidade da Hélice, seu diâmetro, forma e área das lâmi-
não adianta apenas uma Hélice de cada alternando entre os nas. A eficiência da Hélice se relaciona com o ângulo de ataque,

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o qual é definido como o passo da lâmina menos o ângulo de O estrago causado por uma Hélice de plástico no caso de con-
Hélice (o ângulo entre a velocidade relativa resultante e a direção tato com algum objeto é o menor entre todas as Hélices, sendo
de rotação da lâmina). por isso, a melhor escolha para iniciantes.

A eficiência em si é uma razão entre a potência de saída para a Polímero reforçado com fibra:
alimentação de entrada. A maioria das Hélices bem desenhadas Uma Hélice de polímero reforçado com fibra (fibra de carbono,
têm uma eficiência de 80% +. O ângulo de ataque é afetado pela nylon reforçado de carbono etc.) é “de ponta” tecnologicamente
velocidade relativa, de modo que uma Hélice terá eficiência dife- em mais de um sentido. Peças de fibra de carbono ainda não
rente a diferentes velocidades de motor. são muito fáceis de produzir e, como tal, você terá que desem-
bolsar um valor mais alto por elas em relação a uma Hélice de
A eficiência também é grandemente afetada pelo bordo de ata- plástico com as mesmas especificações.
que da pá da Hélice, e é muito importante que seja o mais suaveCamila Melo Batista
possível. Em caso de um acidente, uma Hélice de fibra de carbono é mais
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difícil de quebrar e flexionar e, portanto, irá causar mais danos
O material usado para fazer as Hélices podem ter um impac- onde tocar. Dito isto, se você quiser considerar uma Hélice de
to moderado sobre as características de voo, mas a segurança fibra reforçada, eles são normalmente bem-feitos e raramente
deve ser a principal consideração, especialmente se você é novo exigem balanceamento, são mais duras (tem poucas perdas
e inexperiente. de eficiência devido à flexão) e são mais leves do que outros
materiais. Sugiro considerar essas Hélices de alta performance
Moldado por injeção de plástico (ABS / Nylon etc.) é a escolha somente após você estar voando confortavelmente..
mais popular, em grande parte por causa de seu baixo custo,
características de voo razoáveis e durabilidade moderada. Nor- Natural:
malmente em um acidente, pelo menos uma Hélice acaba que- Os materiais naturais tais como a madeira não são utilizados
brada, e enquanto você está calibrando o Drone e aprendendo a geralmente para fazer Hélices para mulitirotores, uma vez que
voar poderá acabar com um monte de Hélices quebradas. exigem maquinário especial para produzir, mais mão de obra e,

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consequentemente, custam mais do que o plástico. A principal
vantagem é que a hélice de madeira é muito forte e não vai
dobrar. Hélices de madeira ainda são usados para aeromodelos.

Hélices Dobráveis:
Hélices dobráveis tem uma parte central que se conecta a duas
lâminas giratórias. Quando o centro (o qual está ligado ao eixo
de saída do motor) gira, as forças centrífugas agem sobre as
lâminas, forçando-as para o exterior e fazendo essencialmente
a Hélice “rígida”, com o mesmo efeito que uma Hélice fixa.

Por causa da menor demanda e maior número de peças neces-Camila Melo Batista
sárias, Hélices dobráveis são menos comuns do que Hélices
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fixas. Como esperado, uma Hélice dobrável deixa o transporte
do Drone mais fácil, diminuindo bastante seu tamanho. Hélices
dobráveis também têm uma boa vantagem de apenas ter que
trocar uma lâmina em caso de quebra.

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Sistema FPV
O sistema de FPV ou visualização em primeira pessoa é com-
posto por câmera, transmissor e receptor de vídeo e tela para
visualização (que pode ser um dispositivo mobile, comum em
sistemas DJI), uma tela pequena em cima do controle, um no-
tebook, etc. Uma prática comum é o envio de dados de teleme-
tria mixados com o vídeo, para isso é utilizado um componente
chamado OSD, que tem a função de mixar informações relevan-
tes do voo junto com o vídeo, para que o Piloto possa além de
acompanhar o que está passando na câmera, visualizar dados
Camila Melo Batistacomo altura, nível de carga da bateria, nível de intensidade do si-
nal do rádio, distância do equipamento em relação ao operador,
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sentido da frente do Drone, etc.

Em conjuntos RTF (ready to fly) a câmera do FPV é a mesma


câmera que realiza a filmagem principal, ou seja, o equipamento
tem somente uma câmera, uma versão do filme em alta qualida-
de é guardada no cartão MicroSD e uma versão com qualidade
mais baixa é transmitida para visualização ao vivo no dispositivo
mobile (devido a limitações de largura de banda, quanto maior a
qualidade da imagem ao vivo, menor o alcance de transmissão).
Em equipamentos montados é comum termos duas câmeras
presentes, uma principal que está guardando a filmagem em
MicroSD e uma de qualidade mais baixa transmitindo ao vivo e
armazenado em cache.

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Receptor de Rádio
O Receptor de Rádio também é um componente essencial no
caso de drones DJI, tudo já está integrado na placa principal.

O conjunto de Rádio Controle dos drones, assim como outros


componentes, pode ser encontrado em uma diversidade enor-
me de configurações, com alcance variável de 100 metros até
dezenas de km (sistemas UHF long range).

Nos sistemas mais básicos, apenas 5 canais são necessário,


Camila Melo Batista
em cada
camilaengenharia@outlook.com canal é enviado um dos sticks (acelerador, leme, aile-
ron, profundor) e em um quinto canal computa-se modo de voo
(GPS / ATT).

Em um sistema mais avançado, podemos também transmitir e


receber dados de telemetria e se comunicar com uma estação
de controle através de bluetooth , wi-fi ou cabo.

No Brasil a utilização de um Rádio Controle é obrigatória, mes-


mo se a sua operação for autônoma, você deverá ser capaz de
interromper a missão e assumir o controle a qualquer momen-
to, sistemas totalmente autônomos são proibidos.

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Apesar de proibidos no Brasil, já existem lá fora um bom número
de equipamentos que não utilizam Rádio Controle convencional
e a tendência é aumentar.

No Brasil utilizamos os rádios no Modo 2, isso significa que


do lado esquerdo temos o stick responsável pela aceleração e
leme, e no lado direito temos o stick responsável pelo aileron e
profundor.

Quando falamos de drones Asa Fixa essa nomenclatura parece


bem normal, palavras da aviação e aeromodelismo como “ca-
brar” e “picar” fazem sentido, mas no caso de multirotores seCamila Melo Batista
você não se sentir confortável com essas nomenclaturas,camilaengenharia@outlook.com
pode
utilizar também ROLL (movimento para esquerda e direita), PI-
TCH (movimento para frente e para trás) e YAW (giro no próprio
eixo), como já demonstrado anteriormente.

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Placa de Alimentação
O barramento principal de alimentação do Drone é responsável
por distribuir a alimentação proveniente da bateria para os ESCs,
que por sua vez alimentam os motores. É possível ter esse bar-
ramento incorporado no próprio Frame do Drone (Plate inferior
ou superior) ou em um circuito separado.

Uma derivação desse barramento é necessária para alimentar


outros componentes, como a Controladora, Gimbal e sistemas
auxiliares, em alguns casos é necessário utilizar um redutor de
Camila Melo Batista
tensão para alguns componentes, dependendo da bateria utili-
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zada.

45 www.cursodedrones.online
Placa de Distribuição Central
Temos também a placa de distribuição central, um componente
que simplesmente vai receber a alimentação da Bateria e distri-
buir essa alimentação para os ESCs, e para outros componen-
tes e acessórios dos drones que precisam ser alimentados.

Camila Melo Batista


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Camila Melo Batista
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Baterias
As Baterias utilizadas na maioria dos drones são Baterias de
LiPo (Polímero de Lítio / Líthio-Polímero), que são Baterias que
possuem uma taxa de descarga alta, que as tornam ideais para
esse tipo de equipamentos que requerem, muitas vezes uma
descarga rápida.

As Baterias dos equipamentos DJI contam com circuitos inte-


ligentes. Isso significa que a bateria irá realizar uma descarga
gradual automaticamente se você a guardar carregada, no en-
Camila Melo Batista
tanto, não é muito bom confiar nesse sistema, o ideal é que as
camilaengenharia@outlook.com
Baterias estejam entre 25% e 50% de carga para serem guar-
dadas. Essas Baterias também não podem ser descarregadas
completamente, por isso existe os alertas e os alarmes para
configurar no seu aplicativo de DJI GO. O ideal é que você pouse
com no mínimo 25% de carga.

É muito importante você se atentar ao planejamento de voo,


pois o tempo que a bateria vai descarregar não é fixo, isso vai
variar conforme o vento, os sensores do Drone estarem ligados
ou desligados, o modo de voo que você está utilizando, entre
outras variáveis, como também a temperatura.

48 www.cursodedrones.online
Falando em temperatura, a temperatura de operação recomen- veículos terrestres, barcos, aviões, helicópteros, multirotores e
dada pela fabricante é de 0 até 40 graus. No entanto, na prática, muito mais. No entanto, se carregada, descarregada, armazena-
com temperaturas entre 0 e 5 graus, você vai enfrentar proble- da, mantida ou manuseada incorretamente, a bateria LiPo pode
mas da bateria por estar muito fria, vai receber uma mensagem se tornar muito perigosa.
na tela lhe informando que o sistema de propulsão estará com a
potência limitada, devido ao frio. Dicas de Segurança:
Nunca carregue, descarregue, use ou armazene uma bateria
Se aparecer essa mensagem na tela, então você saberá que pra LiPo danificada ou inchada.
sua bateria não estragar o Drone limitará a utilização dela, ou
seja, os motores vão ter uma saída mais lenta. E você deve se Evite a compra de Baterias LiPo usadas. Você nunca sabe o que
prevenir em relação a isso. Principalmente ao chegar perto de o antigo dono fez com elas e podem já estar bastante danifica-
obstáculos, o Drone vai demorar mais para reagir se estiver mui-Camila Melo Batistadas. “Bateria LiPo semi nova para venda. Usada uma vez”, geral-
to frio, em virtude de o sistema de propulsão estar limitado. mente é uma fraude e deve ser evitado.
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Lembre-se, você deve considerar o porcentual da bateria em re- Use sempre um carregador de LiPo com balanceador ao carre-
lação a sua ida e a sua volta. Uma ida segura recomendasse gar e descarregar a sua LiPo. É essencial que todas as células
que você gaste no máximo 25% da bateria no voo Long Range de uma bateria LiPo mantenham a mesma voltagem através de
(longo alcance), que são voos mais distantes, pois sobrará 50% todas as células em todos os momentos. Se as tensões entre as
pra você voltar e uma sobra de 25% para ficar na bateria, para células se diferenciarem muito uma da outra (5 mV ~ 10 mV),
ela entrar no modo Storage de forma segura. a bateria pode se tornar instável e perigosa. (A menos que seja
uma única célula LiPo, caso em que você não precisa se preocu-
As Baterias LiPo são geralmente mais seguras e mais amigas par com o equilíbrio da célula).
do meio ambiente do que outras Baterias para drones como
NiCd e NiMH. As LiPo tornaram-se as Baterias de alto desempe- Utilize sempre um saco de segurança LiPo à prova de fogo (Lipo
nho mais comuns no mercado dos drones e são utilizadas em Bag) enquanto você está carregando, descarregando ou arma-

49 www.cursodedrones.online
zenando sua bateria LiPo. Se por um lado incêndios com Bate- inflamáveis. A superfície ideal para carregar e armazenar Bate-
rias LiPo são raros, por outro lado eles podem acontecer rapida- rias LiPo é concreto ou cerâmica.
mente e podem provocar uma série de prejuízos. Só é preciso
um curto-circuito interno para ocorrer o problema. Não há como Nunca sobrecarregue uma bateria LiPo. Normalmente uma car-
prever quando isso vai acontecer. ga completa é 4.2v por célula. Nunca descarregue uma bateria
LiPo abaixo 3.0v por célula. O ideal é que você nunca deixe ir
Nunca sobrecarregue sua bateria, siga sempre as recomenda- abaixo de 3.2V por célula para manter uma bateria saudável.
ções do fabricante sobre a sua LiPo, e sobre quantos mAh (am-
père-hora) ela pode ser carregada com segurança. Nunca deixe suas Baterias LiPo paradas com uma carga com-
pleta por mais de 2 ou 3 dias. Se pelo 3º dia perceber que não vai
Não utilize CASE de mão para o armazenamento permanente usar a sua bateria, você precisa descarrega-la até 3.6V-3.8V por
da LiPo. A espuma e o plástico, nestes casos, podem ajudar aCamila Melo Batistacélula para o armazenamento seguro até que você esteja pronto
espalhar o fogo da LiPo em caso de problemas. Sempre use um para voar com seu Drone novamente.
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recipiente à prova de fogo.
Guarde sempre as suas Baterias LiPo em temperatura ambien-
Nunca deixe suas Baterias LiPo carregando sozinhas. Se a bate- te. Não armazene em um lugar muito quente, ou muito frio.
ria começa a ficar inchada, fumacear ou pegaR fogo, você deve- Lembre-se sempre que o calor é o inimigo número 1 das Ba-
rá ser capaz de lidar com a situação imediatamente. Apenas 5 terias LiPo. Quanto mais quente suas Baterias ficarem, menor
minutos de descuido podem significar um desastre. sua vida útil será. Nunca carregue uma bateria que ainda está
quente de uso, e nunca use no seu Drone uma bateria que ainda
O fogo da LiPo é um fogo químico. Mantenha sempre um extin- está quente.
tor de incêndio Classe D nas proximidades das suas Baterias.
O local onde você realiza a carga e descarga deve estar livre de Dependendo de como elas são usadas, a maioria das Baterias
quaisquer materiais que possam pegar fogo, como mesas de LiPo normalmente não duram mais do que 300 ciclos de carga.
madeira, carpete ou recipientes com gasolina e outros produtos Deixá-las com uma carga completa ou esgotadas, deixar acabar

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completamente a carga ou expô-las a altas temperaturas irá en-
curtar este tempo de vida drasticamente.

Se o calor é inimigo das Baterias LiPo, e o frio? Pois então, elas


também não funcionam bem em clima frio. Quanto mais frio
está, menor seu tempo de execução será devido à desacelera-
ção da atividade química dentro da bateria. Se estiver abaixo 14F
(-10C), o uso de LiPo não é recomendado a todos. Sua bateria
pode causar a falha repentina do seu Drone, sem aviso, nestas
temperaturas.

Camila Melo Batista


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Camila Melo Batista
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Check List de Voo
Dentro do Check List de voo temos o Check List de ambiente,
onde analisaremos as condições externas antes de realizar um
voo, ou seja, antes de tirar o seu Drone do chão você deve reali-
zar esse Check List.

Para te ajudar nessa tarefa temos um aplicativo chamado UAV


Forecast, este aplicativo vai ser o seu companheiro em todos
os voos, é essencial que você abra esse aplicativo e verifique as
condições.
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camilaengenharia@outlook.com
As condições climáticas nunca devem ser ignoradas por Pilotos,
além das chuvas, que podem ser fatais em equipamentos não
específicos para tal, temos a ação dos ventos, que em situações
críticas podem facilmente causar acidentes ou até mesmo Fly
Away (quando o equipamento vai embora, ignorando os coman-
dos do Piloto).

Cada equipamento tem uma tolerância a ventos específica, que


é informada pelo fabricante, voar fora dos limites de tolerância
pode ter resultados desastrosos, tendo em vista que o equipa-
mento pode não ter força para vencer a resistência quando está
contra o vento e também adquirir velocidades extremas muito
rapidamente quando se está a favor (do vento).

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A resistência de um Drone ao vento é resultado de um conjunto
de fatores, como tamanho das Hélices, giro do Motor e o peso
total. Um Drone como o Phantom 3 não deve voar com ventos
acima de 36km/h, já um Drone maior, como um 6SGEO da Mi-
kroKopter, por exemplo, pode voar em ventos de até 49km/h.

Como saber a velocidade do vento:

Há diversas formas de saber a velocidade do vento, se você vai


voar em um aeroclube, geralmente há uma Biruta disponível,
cuja leitura é baseada em quantos graus a mesma está levanta-
da. Há também diversos sites e aplicativos ligados a serviços deCamila Melo Batista
meteorologia que informam as condições do vento. camilaengenharia@outlook.com

Os sites e até mesmo a Biruta podem dar uma base para as


condições do vento, no entanto, não são completamente confi-
áveis. No caso da Biruta as condições são relativas ao local de
decolagem, mas não tem como saber se toda a sua rota estará
dentro daquele padrão, principalmente em locais com muitos
acidentes geográficos como montanhas e vales, por exemplo,
onde as condições podem variar bruscamente devido a rotores
e gradiente de vento.

Uma forma mais interessante de saber a velocidade de vento é a


utilização de um sensor para isso no Drone. No caso dos drones

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Asa Fixa é mais fácil de instalar e calibrar um sensor desses, que mesmo em GPS o Drone começou a se mover horizontal-
pois o local de influência direta da hélice é menor, no caso de mente no mapa. Tentou trazer de volta sem baixar a altura sem
multirotores, se torna um pouco mais difícil, pois o sensor deve sucesso, o Drone não conseguia vencer o vento. Entrou em Fail
ser fixado em um local que não sofra a influência do vento das Safe, sem sucesso também. Não voltou… e adeus Drone. Um
próprias hélices do Drone para se ter uma leitura precisa. Piloto experiente não realizaria esse voo, ou se realizasse even-
tualmente iria primeiramente pensar em tirar o Drone da área de
Problemas reais que o vento pode causar: vento extremo.

Para um Piloto experiente, boa parte dos problemas que um ven- 2) Filmagem em pedreira, vento lateral na saída de uma monta-
to forte pode causar podem ser resolvidos através da correção nha – Filmagem artística sendo realizada em meio a natureza,
na pilotagem, no entanto, um Piloto novato pode sofrer sérias após um pequeno Canyon vento lateral forte pegando o Piloto
consequências. Seguem alguns casos dos quais já recebemosCamila Melo Batistadesprevenido, que filmava em modo ATT. Após o vento, o Drone
relatos na Escola de Drones: sai da linha de visada e perde o sinal do rádio, entrando assim
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em modo Fail Safe, a altura configurada para o retorno não era
1) (Ventos fortes) Em modo GPS o Drone não venceu o vento em suficiente, e o Drone bate nas pedras no caminho de volta. Po-
altura superior à permitida – O Piloto em questão estava no seu deria ter sido prevenido com a configuração correta da altura de
3º ou 4º voo e resolveu testar o desempenho do seu Drone com RTH (Return to Home), ou também, com uma resposta reflexiva
“tecnologia de ponta” em voo de altura superior à permitida (bem mais rápida nos controles ao sair do Canyon.
superior, diga-se de passagem). Estava um dia nublado e os ven-
tos em superfície eram apenas uma brisa leve (categoria 2), no 3) Gimbal quebrado em descida muito rápida – Descida mui-
entanto, as nuvens movimentavam-se muito rapidamente, fato to rápida em virtude de bateria crítica (falta de planejamento de
ignorado pelo jovem Piloto, que após ter visto na internet como voo). Ao descer de modo completamente vertical e muito rapi-
destrava a altura do seu Drone (que veio de fábrica configurada damente, o Drone perdeu sustentação. Após isso o agravante do
para 30 metros), alçou seu voo em Full Throttle e modo GPS. gradiente de vento causou a batida forte no solo, que poderia ter
Rapidamente chegou na altura pretendida, de repente percebeu sido evitada com um planejamento de voo eficiente. É essencial

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que o Piloto conheça todos os limites de autonomia do seu equi- o seu posicionamento do Drone em solo também será afetado.
pamento e junte esse conhecimento com a condição climática
do dia. Detalhes como a direção do vento em relação ao seu Pla- O aplicativo UAV Forecast também vai fornecer as áreas sensí-
no de Voo são essenciais. Se você sair a favor do vento e voltar veis, ou seja, zonas onde você não deve voar, no caso de você
contra o mesmo, logicamente vai ser utilizada mais bateria na estar próximo de um Aeródromo (Área de pouso e decolagem de
volta, detalhe que deve ser levado em conta antes mesmo da aeronaves). Então é muito importante verificar esse aplicativo.
decolagem.
Ainda no Check List de ambiente, devemos verificar a altura de
Após verificar a velocidade do vento e se está de acordo com o todos os objetos que estão no nosso lugar de interesse, para
seu equipamento (com a especificação técnica dele), você deve você definir uma altura de Return to Home coerente com o seu
verificar também a condição de nuvens. Isso não está relacio- ambiente. O valor do Return to Home deve ser superior ao valor
nado diretamente à questão de chuvas, mas sim, para você terCamila Melo Batistamáximo de altura que você vai encontrar a sua volta no Che-
uma filmagem de qualidade. Se estiver muito nublado a luz não ck List de ambiente. Você também deve verificar onde estão os
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vai ser tão boa, teremos uma luz difusa e pode atrapalhar um cabos, fios, se tem alguma criança soltando pipa. É, realmente,
pouco, por isso que esse item também entra no Check List. uma simples criança soltando uma pipa é algo que pode derru-
bar o seu Drone, e você tem que ficar ligado nisso antes de sair
Além disso, o aplicativo UAV Forecast informa pra você também do chão.
o índice KP (nível de tempestade solar). Você não deve voar com
valores próximos ou superiores a 5 KP. O que acontece se você Uma análise topográfica também é muito indicada, ou seja, sa-
realizar o voo com esses valores? As tempestades solares estão ber em geral as alturas dos lugares em volta da sua área de in-
constantemente bombardeando a Terra, se você tem uma tem- teresse, onde você vai voar. Para te ajudar com essa tarefa você
pestade solar muito alta, isso pode ocasionar problemas nos pode utilizar o aplicativo Google Earth Pro, é um aplicativogratui-
satélites, e como você já sabe, os satélites são os responsáveis to, tem disponível para PC e para MAC, e você pode ter uma ideia
por manter o posicionamento do seu Drone. Então se você tiver melhor dá altimetria do lugar onde você vai voar.
problemas nos satélites, em virtude de uma tempestade solar,

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Também é importante no checklist de ambiente, verificar onde decolagem. Checar configurações de câmera em relação ao
estão as pessoas não anuentes, ou seja, aquelas pessoas que ambiente. Checar se o cartão de memória está inserido e tem
não fazem parte da operação. Lembrando que você deve man- espaço suficiente. Testar todos os movimentos dos sticks via
ter uma distância entre 30 e 90 metros dessas pessoas, depen- software. Checar posição neutra dos sticks e modos de voo. Re-
dendo da área onde você está. Áreas urbana 30 metros, área alizar sequência de ligação na ordem correta (primeiro Controle
rural 90 metros. Remoto, depois o Drone).

Analisar lugares que podem ter rotor e gradientes de vento. Ve- Também checar Leds. Nova checagem visual (pessoas,animais,
rificar a existência de lagos e rios, evitar voar sobre a água. Em veículos). Armar equipamento com a frente do Drone em direção
caso de espaço aéreo controlado, esteja com a documentação oposta ao Piloto. Decolar acelerando suavemente. Configuração
exigida em mãos em observância à legislação local. Planeje a altura Return to Home adequada ao local. Bússola calibrada e
comunicação em caso de emergência. Ter um kit de primeirosCamila Melo Batistasem erros (led ou telemetria). Local de decolagem seguro e pla-
socorros, caso ocorra alguma emergência. Procurar um local de no, ao menos 5 metros livres ao redor. Área de decolagem livre
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decolagem que maximize a visada livre do horizonte para au- de pessoas.
mentar o número de satélites GNSS travados.
Durante o voo:
Check List pré voo:
Pairar por 20 segundos próximo ao Piloto (6m altura / 6m dis-
Verificar se as Baterias de todos os sistemas estão carregadas. tância) procurando ouvir sons anormais e testando os controles.
Verificar se existem interferências nos sistemas de vídeo. Che- Confirmar se o nível de bateria está correto. Se o voo for manual
car montagem dos motores. Checar integridade das hélices. ou ATT, nunca tire os dedos dos sticks. Nunca deixe o Drone
Checar integridade e funcionalidade do trem de pouso. Testar sair da sua visão. Tenha sempre locais alternativos para pouso
conexões elétricas. Checar se todo equipamento de vídeo está seguro. Anúncie seu pouso. Pouse com a frente do Drone para o
seguro e funcional. Checar localização apontada pelo GNSS. lado contrário ao Piloto (sempre pouse com o Drone de costas
Checar movimentos IMU via software. Checar nível do local de para o Piloto). Siga a legislação local. Voe a uma altura que mi-

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nimize os riscos e diminua a poluição sonora, mas abaixo dos
120 metros. Se o voo inevitavelmente tiver que ocorrer em local
arriscado, opte por um equipamento leve, com Hélices de plás-
tico e mantenha uma altitude que possibilite recuperação em
caso de obstáculos inesperados (pássaros, balões, outro Drone,
planadores, etc). Não voe em locais públicos sem autorização
prévia dos órgãos reguladores da sua região.

Pós voo:

Desligue primeiro o Drone, depois o rádio. Desligue o equipa-


mento fotográfico (quando aplicável). Realize a inspeção visualCamila Melo Batista
do equipamento. Confira se as fotos ou filmagem foi realizada
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com sucesso. Registre o seu log de voo.

Tem algumas diferenças também em relação ao voo ser recreativo


ou não recreativo, isto explicaremos melhor na aula de legislação.

Você percebe que mesmo antes de decolar com seu Drone, ou


melhor, antes mesmo de tirar o seu Drone da caixa, é preciso
fazer um minucioso Check List de ambiente.

Em outras palavras, você deve analisar cuidadosamente o local


onde você irá voar com o seu Drone e as condições climáticas
dessa região no momento do seu voo.

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Check List de Câmera
Você já ouviu falar de Check List de câmera? Pois é, Check List
de câmera não é algo tão comum por aí.

No Check List de câmera, você deve primeiramente subir com


seu Drone, não adianta configurar no chão, pois a condição de
luz será completamente diferente. Primeiro você sobe o Drone,
no caso de drones DJI nós temos o fotômetro (mede intensida-
de da luz), que é de extrema ajuda.
Camila Melo Batista
O fotômetro
camilaengenharia@outlook.com vai mostrar pra você, em relação a luminosidade,
qual é a condição da sua cena.

Quanto mais próximo do zero está o seu fotômetro, melhor será


o seu resultado final. E como que você deixará o fotômetro pró-
ximo ao zero com configuração manual? No caso do Phantom
4 Pro e Advanced, você pode configurar a abertura, o Shutter
Speed e o ISO.

Não entendeu nada? Vamos lá!

A abertura: quando o diafragma do Drone estiver aberto, e isso


possibilitará entrar mais ou menos luz.

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Shutter Speed: diz respeito a velocidade do obturador, e também
de certa forma, controla entrada de luz.

E o último recurso que você vai utilizar é o ISO, porque seria a


função mais software de todas essas três. Então é a que você
vai deixar para utilizar por último. Quanto mais próximo estiver
de 100 o seu ISO, melhor.

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camilaengenharia@outlook.com

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Check List de Missão
Quem voa, voa para alguma coisa. Já pensou você sair com o
seu Drone a esmo? A bateria não é eterna, por isso você deve
pensar no Check List da missão, onde você vai estabelecer to-
dos os seus alvos para aquele voo.

O que você quer fazer nesse voo? Você vai fazer um voo de
treino? Vai fazer um voo artístico? Vai tirar fotografias? Já sabe
onde você vai posicionar o seu Drone? Todas essas são coisas
que você deve definir no Check List de missão. Você pode fazer
Camila Melo Batista
uma folha com os nomes das tomadas que você irá realizar, os
camilaengenharia@outlook.com
locais onde você vai posicionar o seu Drone.

Uhmm, difícil? Não! Você pode simplesmente imprimir do Goo-


gle Maps a área onde você vai voar e escrever ali o nome das
tomadas que você pretende fazer, a altura que você vai voar,
momentos que você vai realizar transições de altura, ou seja, se
prepare para o seu voo. Se você simplesmente ficar voando a
esmo, quando você estiver analisando o seu material, vai acabar
vendo que você não fez nada de legal, ou simplesmente vai ficar
contando com a sorte. Um bom Piloto não conta com a sorte,
ele tem objetivos, ele realiza o Check List de missão, ele sai do
chão sabendo o que vai fazer, e dessa forma, obter êxito.

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62 www.cursodedrones.online
Revisão Check Lists as, não chegue muito perto de obstáculos, isso é muito impor-
tante para o seu voo ser realmente seguro.
Agora que você já aprendeu os aspectos importantes do Check
Você deve observar também se não existem animais. É... aquele
List, vamos fazer uma revisão e adicionar mais alguns itens para
cachorrinho que está em volta ali antes de você voar o seu Dro-
você ficar ligado e realizar o seu voo com toda a segurança.
ne, ele tem uma audição muito sensível, e a maioria dos drones
hoje contam com sonar para informar a altura quando o Drone
Não esqueça! Árvores, prédios, construções, obstáculos natu-
está baixinho. Nós não escutamos, porque é ultrassom, mas al-
rais ou artificiais, você tem que saber onde estão antes de sair
guns animais escutam.
do chão, para isso você pode utilizar o aplicativo Google Earth
Pro, pra conseguir uma prévia do local, mas lembre-se, isso não
É como se você estivesse soltando um foguete ou utilizando
substituí o seu Check List in loco, realmente você chegar no local
aqueles apitos de cachorro. Então pode incomodar e você pode
Camila Melo Batista
e olhar para esses obstáculos. Onde tem torre de alta tensão?
levar uma mordida, sem nem estar esperando. Pessoal não
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Onde tem montanhas?
operacional, animais, obstáculos naturais, obstáculos artificiais,
tudo isso faz parte de um bom Check List.
A altura que o Drone mostra no aplicativo é em relação ao ponto
de decolagem, por isso é tão importante essa revisão da altura
Sem falar na regulamentação. Você sabia que para realizar um
dos obstáculos no lugar que você vai realizar o seu voo.
voo comercial é preciso estar munido de 6 documentos? É, bas-
tante coisa né?! Vamos ver isso com mais detalhes na aula de
Já observou se no lugar que você vai realizar o seu voo não tem
Legislação.
pessoas não anuentes com a operação? Os famosos “curiosos”.
Não devem haver curiosos em uma distância não segura do
Drone e a Legislação estabelece quais são essas distâncias.

No módulo de Legislação vamos ver mais, de uma forma mais


completa esse assunto. Mas basicamente, não sobrevoe pesso-

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Seja bem-vindo ao Módulo 4 do Curso Básico de Drones.

Nesse Módulo vamos falar sobre os Riscos e preocupações que


o Piloto tem durante o voo. Na verdade, isso tudo tem que ser
pensado antes mesmo de tirar o seu Drone do chão. Por isso
chamamos esse Módulo de “PRÉ VOO”.

Saber o que pode dar errado em um voo de Drones e o que fazer


nessa situação, é o princípio básico para um voo seguro, respon-
sável e dentro das normas brasileiras de aviação civil.

É como diz o ditado: ‘Sempre espere o melhor, mas também es-Camila Melo Batista
teja preparado para o pior’. camilaengenharia@outlook.com

Nesse Módulo seguimos falando sobre a preparação e os riscos


que estão envolvidos em um voo de Drone.

Após realizar os Check Lists, será que você já está pronto para
voar? Calma lá, mais um pouquinho... espere um pouco. Vamos
avaliar agora alguns riscos e também alguns Check Lists com-
plementares pré voo.

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GNSS
Se você tem um Drone DJI e leu o manual (lembrando que é
sempre muito importante ler o manual do seu Drone), você deve
ter se deparado com a expressão GNSS (Global Navigation Sa-
tellite System).

Para falar sobre GNSS é preciso pelo menos uma explicação


rápida sobre seu funcionamento: GNSS é a sigla correta quando
se quer designar o sistema de posicionamento global por satéli-
tes. GPS é apenas a constelação a americana, composta por 26
Camila Melo Batista
satélites em operação e alguns de backup.
camilaengenharia@outlook.com

A outra constelação comumente utilizada por GNSS de drones


(como o Phantom 3 por exemplo) é a constelação russa GLO-
NASS.

Os satélites enviam sinais em broadcast, o receptor GNSS do


Drone capta, decodifica e estima a posição do seu equipamento
baseado na posição do satélite e tempo decorrido para o sinal
chegar do satélite até a aeronave.

No mínimo 6 satélites são necessários para uma boa precisão.


Em receptores GNSS atuais geralmente se passa de 15 facil-
mente, estando com boa visada.

66 www.cursodedrones.online
Dito isto, devemos saber que nessa transmissão podem ocorrer
diversos erros, como erro de tempo, de refração ionosférica e
troposférica, erro na estação de controle terrestre que ajusta a
posição do satélite, etc. Os erros que você pode ajudar a minimi-
zar são os erros no receptor, confira alguns:

1) Visada livre no momento da decolagem - Quanto se está vo-


ando alto, tudo é uma maravilha (muitos satélites captados pelo
Drone) mas no momento da decolagem nem sempre é assim,
se você tem acidentes geográficos sejam naturais ou artificiais,
a amplitude de visada do horizonte vai diminuir.
Camila Melo Batista
Imagine a seguinte situação: decolar entre 2 grandes prédios ou
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em um pequeno vale, você estará tirando boa parte da visada
do horizonte do seu Drone e naturalmente o número de satélites
visíveis vai ser menor do que um local com visada livre do hori-
zonte para todos os lados.

2) Temos também o multicaminhamento que pode ocorrer de


maneira bem forte se você estiver entre prédios, por exemplo.
É necessário que o receptor GNSS tenha o recurso algorítmico
para tratar isso, considerando apenas o primeiro sinal e igno-
rando os fantasmas, ou conseguindo “entender” se chegaram
apenas fantasmas e nenhuma cópia de maneira direta, que é
algo que pode ocorrer dependendo do ângulo que você está em

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relação ao prédio e ao satélite. O problema decorrente de um dispositivo mobile e o Drone vai voltar para você. Interessan-
erro nesse momento vai ocasionar um Home Point errado. te ressaltar que nesse caso de Home Point marcado errado, o
Home Lock não vai funcionar corretamente, pois vai levar o Dro-
Se você tem 6 satélites e um erro de 15 metros, após a decola- ne para o Home Point que foi marcado errado.
gem o Drone vai pegar mais satélites, melhorar a precisão e se
ocorrer um procedimento de fail safe (seja por falha de sinal de Uma forma óbvia de se antecipar com um erro desse tipo é con-
rádio, falta de planejamento de voo e bateria acabando ou até frontar o Home Point exibido no mapa com a sua localização
mesmo intencional), o Drone vai voltar e pousar errado, sendo real, para isso é necessário internet no dispositivo mobile que
necessário ao Piloto retomar o controle e descer pilotando de está sendo utilizado em conjunto com o Drone.
fato.
3) GNSS de qualidade - Quanto mais constelações melhor, além
Quando o erro é de poucos metros o problema não é crítico, bas-Camila Melo Batistadisso, quando o receptor acessa várias constelações, geralmen-
ta você pilotar no momento do pouso, no entanto, se ocorrerem te já se trata de um equipamento melhor, com melhores solu-
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uma sequência de erros em conjunto (envolvendo erros no sa- ções eletrônicas e algorítmicas de tratamento de erros. A veloci-
télite, na estação de controle e no receptor, o seu home pode ser dade também é um fator que deve ser levado em consideração,
marcado a uma distância considerável de aonde você está), aí já quanto mais Hertz (Hz) tiver na especificação, mais rápido é o
temos uma situação crítica. ciclo de atualizações do equipamento.

Se o Drone entrar em fail safe por perda de sinal de rádio, é fly O preço obviamente também varia em relação a qualidade, se
away! Ele vai pra longe e não tem o que fazer, exceto rezar para você quer montar um sistema com uma precisão realmente
pegar rádio em algum momento. Aí você ainda pode tentar recu- alta, que é requerida por exemplo em trabalhos de fotograme-
perar colocando em ATT, subindo pra tentar melhorar o sinal e tria, você deve optar por uma solução com um ponto em solo
voltar, ou ainda mudar o Home Point para o dinâmico. (são os GNSS + RTK), quando se adiciona um ponto conhecido
estático no solo, correções algorítmicas podem ser realizadas
Se o seu equipamento oferecer isso, aí vai valer o GPS do seu trazendo uma precisão milimétrica, dependendo do sistema.

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A título de curiosidade, para a PixHawk, uma das controlde voo
mais utilizadas em drones de Asa Fixa, você vai gastar 600 dóla-
res para um kit bom. A DJI também está lançando uma solução,
mas é um pouco mais cara, para utilização com a nova Contro-
ladora de voo A3.

Os modelos de receptores vendidos para drones podem ser


com ou sem o Compass (que é uma Bússola eletrônica bas-
tante suscetível a interferências eletromagnéticas), motivo pelo
qual pode ser interessante ter a sua localização junto ao GNSS
quando você está utilizando haste para fixar o receptor.
Camila Melo Batista
No Phantom 3 e 4 a Bússola não fica junto ao receptor e sim no
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trem de pouso do equipamento, pois o receptor não é utilizado
com haste e fica diretamente em cima de componentes eletrô-
nicos que causariam forte interferência.

Quando falamos de drones open hardware, com APM ou Pi-


xHawk, um dos fabricantes mais utilizados é o Ublox, que pode
ser encontrado em diversos modelos com maior ou menor pre-
cisão.

69 www.cursodedrones.online
Camila Melo Batista
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70 www.cursodedrones.online
Interferências
Existem algumas interferências que podem ocorrer no sistema
GNSS e você deve ficar muito atento a elas.

O multicaminhamento ocorre quando o sinal que está vindo do


satélite bate em algum obstáculo antes de ser captado pelo re-
ceptor que está no Drone. Nesse caso, a acurácia posicional vai
ser diluída, ou seja, o posicionamento fica errado. E onde você
encontra essa situação?
Camila Melo Batista
Por exemplo:
camilaengenharia@outlook.com prédios. Você tem dois prédios e o Drone vai sair
do meio desses dois prédios, o sinal bate num prédio, reflete e
bate no outro, reflete e chega no Drone. Essa posição que o Dro-
ne está recebendo não será correta, porque houve um atraso
enquanto o sinal estava batendo.

Um mesmo atraso que ocorre quando um sinal passa pela io-


nosfera, que é a camada da Terra eletricamente carregada, po-
rém essa interferência ionosférica já é prevista, chama-se de
SHIFT (Mudança/deslocamento). O SHIFT em drones DJI, ge-
ralmente chegam até 5 metros.

Pra que que você precisa saber disso? Se eu vou ter até 5 metros
de erro, significa que eu devo escolher uma área para realizar

71 www.cursodedrones.online
a decolagem de no mínimo 5 metros quadrados, porque se o
Drone precisar voltar sozinho, mesmo que ele erre o ponto de
aterrissagem, ele vai aterrissar em um local adequado.

Um outro local onde podemos encontrar esse fenômeno de


multicaminhamento é em montanhas. Então, se você vai deco-
lar com o Drone no meio de um vale com montanhas do lado,
também pode ocorrer esse fenômeno do multicaminhamento.

Camila Melo Batista


camilaengenharia@outlook.com

72 www.cursodedrones.online
Temos ainda, um pouco mais raro, mas a utilização de Jam-
mers, que são aparelhos que embaralham a rádio frequência,
muitas vezes chegando até a cortá-la. Se um Drone está numa
área onde tem um Jammer ativo, ele vai perder o sinal do GNSS,
e por consequência vai pousar, caso ele perca também o sinal
do rádio controle.

Ficou curioso pra saber o que é um Jammer? São equipamen-


tos específicos, parecidos com um rifle. Equipamentos feitos
para derrubar os drones, podem ser usados para fins bons ou
ruins. Quando que um Jammer seria utilizado para um bom fim?
Camila Melo Batista
Por exemplo, em uma penitenciária para que ninguém consiga
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sobrevoar aquela área com o Drone ou até mesmo em aero-
portos. No entanto, Jammers são relativamente fáceis de fazer,
e podemos ver num futuro não muito distante algumas pesso-
as utilizando Jammers indiscriminadamente, e é com isso que
você deve ficar ligado.

73 www.cursodedrones.online
Baterias
Quando as pessoas pensam em componentes perigosos em
um Drone a primeira coisa que vem à cabeça são as hélices,
afinal de contas podem cortar alguém, enfim podem causar um
estrago considerável. No entanto, vamos falar sobre mais um
componente que tem riscos: a Bateria.

A tecnologia utilizada na maior parte das Baterias dos drones é


Polímero de Lítio (LiPo). Esse tipo de Bateria pode explodir, caso
ocorra um curto circuito ou uma discrepância entre os valores
Camila Melo Batista
de voltagem das células, ou ainda, se o invólucro for rompido.
camilaengenharia@outlook.com

O que tem dentro da bateria de LiPo não pode entrar em contato


direto com o ar. E onde que pode ocorrer esse risco? Um dos
itens mais ignorados pelos Pilotos é no momento que você vai
viajar de avião com o seu Drone.

Muitas vezes o pessoal despacha as Baterias no bagageiro, po-


rém o que poucos sabem é que a maioria dos aviões comerciais
não tem o bagageiro pressurizado. Isso significa que quando o
avião está aqui no solo ele está em temperatura ambiente, após
15/20 minutos ele estará a 40 mil pés, com uma temperatura
negativa de -40 graus.

74 www.cursodedrones.online
Agora pense o que pode ocorrer com o invólucro nesse momen-
to de mudança brusca de temperatura. Ele pode se romper e a
Bateria pode pegar fogo.

Então a primeira dica: Vai voar de avião? Leve a bateria com você
na bagagem de mão! De preferência numa LiPo Bag (Bolsa anti-
chama), que são sacos antichamas feitos especificamente para
Baterias.

A Bateria também deve ser cuidada em relação ao percentual


de carga no modo Storage (Armazenamento), ou seja, quanto a
Bateria tem de carga quando você não está voando. Isso não éCamila Melo Batista
tanto pela questão da segurança, mas sim pela questão da vida
camilaengenharia@outlook.com
útil, afinal de contas, você quer realizar muitos voos com aquela
Bateria.

Você já pensou se a sua bateria dura apenas 40, 50 horas? E é


o que pode ocorrer se você não a utilizar corretamente. Deve-se
guardar a bateria entre 25% e 50% de carga, nem menos nem
mais.

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Fly Away
Você já ouviu falar de Fly Away? Pois é, esse é o pesadelo dos
Pilotos de RPA. O Fly Away (Perda total do controle do Drone) é
quando o Drone vai embora. Os motivos para um Fly Away acon-
tecer são muitos. Já aconteceram em número bem maior, na
época de Phantom 2, começo do Phantom 3, acontecia muito,
hoje em dia é menos comum.

E quais os motivos do Fly Away? Na verdade, temos várias ra-


zões. É preciso pensar que o Drone é como se fosse um compu-
Camila Melo Batista
tador voando. Então um computador não executa códigos? Não
camilaengenharia@outlook.com
tem algoritmos? O Drone é a mesma coisa! Tem muitos códigos
rodando simultaneamente, muitas leituras de sensores, e é cla-
ro que isso pode dar errado em algum momento. E o que você
pode fazer para evitar isso? Evitar o Fly Away?

Primeiro, sempre esperar travar/fixar os satélites antes de de-


colar. Se você estiver com um Drone DJI, você pode verificar no
aplicativo quando ficar em verde escrito ‘Safe to Fly’ ou ‘Ready to
Go’ (dependendo da versão que você está usando do aplicativo).

Se você não estiver com o dispositivo mobile, você deve obser-


var os Leds (luzes) traseiros do Drone, eles devem ficar piscando
em verde com mais ou menos uma intermitência de a cada 2

76 www.cursodedrones.online
segundos. Isso significa que já foi gravado o Home Point (Ponto / BVLOS (Fora de visão) fica um pouco mais difícil, porque você
de decolagem). Essa é a primeira maneira de você evitar um Fly tem que conhecer muito bem o lugar onde está para realizar
Away. Já pensou se você sai com seu Drone, simplesmente liga uma navegação visual e trazer o Drone de volta.
e sai? Não dá tempo para ele marcar o home point e ele só vai
marcar o home point quando estiver voando, ou seja, num lugar Outra forma de você evitar o Fly Away é estar sempre com o
arbitrário, aleatório, que você não sabe exatamente onde é. Compass em ordem, ou seja, a Bússola do seu Drone deve estar
calibrada corretamente. Não adianta o Drone ter a posição cor-
Outra maneira de evitar o Fly Away é realizar um bom Check List reta, ou seja, o sistema GNSS ativo, mas a Bússola estar desca-
pré voo, pois você também vai observar onde tem estruturas librada.
metálicas, subestação de energia, antenas, tudo isso também
pode danificar a capacidade de navegação do seu Drone, geran- Nesse caso, não se sabe pra que lado está apontado a Proa do
do um problema. Camila Melo BatistaDrone, a frente dele. Se você tem informação apenas de posicio-
namento, mas não tem informação de Proa, você também não
camilaengenharia@outlook.com
No caso dos Phantons e também do Inspire (DJI), você conta vai conseguir voltar para casa.
com um modo de voo chamado ATT. No modo de voo ATT o
sistema de posicionamento é desligado.

Então se o Drone apresentar algum defeito no sistema de po-


sicionamento e começar a ir embora, você pode passar para o
modo ATT que o controle vai estar na sua mão. Ele não vai man-
ter o posicionamento, mas pelo menos vai parar de ir embora e
você poderá recuperar o seu Drone.

É claro que se o Drone estiver na visada isso se torna muito


mais fácil. Se ele estiver fora da visada realizando um voo FPV

77 www.cursodedrones.online
Return to Home
A maioria dos drones comerciais é equipado com sistema
GNSS, o que possibilita uma função chamada Return to Home,
que faz o Drone voltar automaticamente ao seu ponto inicial de
decolagem. Existem basicamente dois tipos de Return to Home:
Estático e Dinâmico. No Return to Home Estático o Drone vai re-
tornar até o ponto inicial, ou seja, onde ele realizou a decolagem.
Lembre-se: você precisa esperar travar/fixar os satélites antes
de realizar essa decolagem. Assim como falamos anteriormen-
te, temos que esperar os Leds (luzes) ficarem verdes, antes de
Camila Melo Batista
decolar. Assim, com o Home Point devidamente configurado, o
camilaengenharia@outlook.com
Drone vai voltar para esse ponto em caso de acionamento do
Return to Home.

A outra forma é o Return to Home Dinâmico, onde o seu dis-


positivo mobile (que está acoplado ao controle) fica enviando
longitude e latitude para o Drone de maneira constante. Quando
o Return to Home é acionado e o Drone começa a retornar, ele
volta para a última posição conhecida do controle, que está aco-
plado com o dispositivo mobile. Você deverá utilizar o dispositi-
vo Return to Home Dinâmico principalmente se você estiver em
movimento, como por exemplo em um barco. Já pensou se ti-
vesse um Return to Home estático num barco? Não daria certo.
O Drone simplesmente iria descer na água. Ou se você está até

78 www.cursodedrones.online
mesmo pilotando de um carro em movimento, você também
deve utilizar o Return to Home Dinâmico. Então lembre-se, toda
vez que você estiver em movimento o Return to Home deve ser
configurado para dinâmico.

Nos equipamentos DJI, o padrão para Return to Home é primei-


ro: acionamento através do comando do Piloto, tanto no aplica-
tivo mobile, quanto no controle. No controle nós também temos
um botão de Return to Home. A segunda forma de acionamento
do Return to Home é quando o nível de Bateria estiver crítico.
Após o segundo alarme de criticidade de Bateria o Drone vai
sugerir na tela, através do aplicativo, que se inicie o Return toCamila Melo Batista
Home. Você terá alguns segundos para cancelar aquela camilaengenharia@outlook.com
opera-
ção ou simplesmente deixar com que o Drone volte sozinho.

Um dos itens mais importantes para um Return to Home bem-


-sucedido está ligado ao Check List de ambiente, pois a altu-
ra com que o Drone vai voltar deve ser configurada de acordo
com o maior obstáculo no ambiente em que você está voando,
para que não ocorra o risco do Drone colidir com alguma coisa
enquanto ele está voltando de maneira automática. Em outras
palavras, quando é acionado o processo de Return to Home o
Drone sobe até a altura configurada, volta em linha reta até o
Home Point e desce.

79 www.cursodedrones.online
Situações de Emergência
Emergências podem ocorrer em qualquer profissão, com o Pi-
loto de Drone não é diferente. O importante é saber como agir
nesses momentos de emergência. Basicamente temos 2 tipos
de emergências. Primeira: emergências causadas pela negli-
gência do Piloto.

E o segundo tipo de emergência é em virtude de falha elétrica


ou eletrônica no equipamento, nesse caso realmente não tem o
que fazer a não ser tomar uma medida de diminuição de riscos
Camila Melo Batista
e danos.
camilaengenharia@outlook.com

O primeiro caso: digamos que você está realizando um voo au-


torizado em cima de pessoas (o que obviamente não é reco-
mendado).

Mas digamos que você conseguiu autorização expressa de to-


das essas pessoas onde você vai sobrevoar, está com toda a
documentação em dia (em mãos), e simplesmente enquanto
está voando queima um ESC e o Drone começa a cair. E aí?
O que fazer? Dependendo da altura de voo, são pouquíssimos
segundos pra você tomar uma decisão. E que decisão vai ser
essa?

80 www.cursodedrones.online
CSC (Combination Stick Command), no caso de drones DJI você Muito importante: observe sempre a altura em que você está
vai ter que realizar o Corte Emergencial dos Motores. voando, com o Home Lock o Drone não sobe, ele vai voltar na
mesma altura que ele está naquele momento.
E você deve fazer isso muito rapidamente. Por que você vai fazer
isso? Para reduzir os danos nas pessoas em solo, ou seja, você Outra emergência é, por exemplo, se você entra no meio de árvo-
vai ter o peso do Drone caindo, mas não vai ter Hélices girando. res, nesse momento você também deve realizar o CSC da ma-
neira mais rápida possível, para que as Hélices não se prendam
A forma de ativar o CSC varia para cada Drone. Você pode ob- nas árvores e ocasione a queima dos ESCs.
servar no aplicativo DJI GO como é para o seu modelo espe-
cífico. Em alguns drones mais antigos basta realizar diagonal
com os dois sticks para dentro, o mesmo movimento que você
realiza para ligar o Drone. Em alguns outros drones é diagonalCamila Melo Batista
com a mão esquerda mais botão de Return to Home, issocamilaengenharia@outlook.com
é um
corte de emergência.

Uma outra emergência é quando o Drone está longe de você e


simplesmente perdeu a sua consciência situacional e está com
dificuldades para retornar. Uma forma de te auxiliar para isso,
além do mapa (que seria a forma primária), é um recurso cha-
mado Home Lock.

Nesse caso não importa pra que lado está apontada a Proa do
Drone (a frente). Primeiro ative o Home Lock, depois PITCH para
baixo... e o Drone vai voltar até o ponto de retorno.

81 www.cursodedrones.online
Atualizações
As atualizações dos RPAs é um assunto bem controverso e
você deve tomar muito cuidado. A recomendação do fabricante
DJI, é que você atualize imediatamente após o lançamento da
atualização. Mas na prática isso é um pouco perigoso. O correto
é você ver no LOG da atualização, o que aquela atualização traz.
Segundo: pesquisar em fóruns se não está ocorrendo proble-
mas na atualização com outros Pilotos, porque isso acontece
muito comumente com drones DJI.
Camila Melo Batista
Sai uma atualização, as pessoas atualizam e o Drone começa a
camilaengenharia@outlook.com
dar problema, aí a fabricante tem que lançar outra atualização.
Então não era melhor você esperar essa segunda atualização
sair, já corrigida? Ou esperar com que outras pessoas atualizem
e falem que está tudo certo antes de você colocar o seu equipa-
mento em risco?

82 www.cursodedrones.online
Calibragem
A Bússola eletrônica, também conhecida como Compass, é um
equipamento EXTREMAMENTE suscetível a interferências ele-
tromagnéticas, isso significa que você não deve calibrar, decolar
ou voar próximo a campos magnéticos fortes.

Enquanto o GNSS é responsável por informar o posicionamento


do Drone, a Bússola é responsável por informar para que lado
está apontado o “nariz” (frente) do equipamento. Uma Bússola
sob interferência vai afetar diretamente a navegação. Algumas
Camila Melo Batista
fontes de interferências são:
camilaengenharia@outlook.com

* Estruturas Metálicas;

* Caixas de Som;

* Equipamentos Eletrônicos em Geral;

* Subestação de Energia (influência grande em distâncias con-


sideráveis);

* Paredões de pedra com nível alto de ferro.

Para calibrar o Compass do Drone esteja a pelo menos 2 metros

83 www.cursodedrones.online
de distância de fontes com intensidade pequena (ex.: chave de gar onde você voou, pois, a intensidade do campo magnético da
fenda magnetizada) e 100 metros de distância de fontes com in- Terra se altera e por isso é necessário realizar uma nova calibra-
tensidade grande (ex.: subestação de energia). Também é reco- ção.
mendado tirar celular do bolso e ficar longe do Controle Remoto.
E há ainda uma terceira situação que você deve realizar a cali-
A calibração deve ser realizada em algumas situações. A primei- bração, quando em dias sem vento você não consegue realizar
ra dessas solicitações é quando o aplicativo DJI GO solicita uma um voo em linha reta e o Drone fica se mexendo, fica instável.
nova calibração. Porém você tem que tomar um pouco de cui- Isso também pode significar a necessidade de uma nova cali-
dado. bração do seu equipamento.

Quando o aplicativo solicitar a calibração, a primeira coisa que Para calibrar o Drone basta apertar o botão “calibrate” no seu
você deve fazer é sair do lugar que está para uma área maisCamila Melo Batistaaplicativo DJI GO e seguir as instruções da tela. A primeira vai
afastada. De preferência uma área aberta pra descobrir secamilaengenharia@outlook.com
não é ser: gire com o Drone em sentido horizontal 360 graus. Na pró-
uma leitura errônea. pria tela do aplicativo vai mudar a posição do Drone, ou você
pode observar também o Led traseiro ficando verde. Aí você
Por exemplo, ele pode solicitar calibração quando você tem al- muda a posição do Drone conforme mostrado na tela e gira ele
guma interferência eletromagnética muito forte perto do Dro- novamente, até o Led ficar verde ou o aplicativo falar que está
ne, mas isso não significa que eu devo calibrá-lo. Isso porque o tudo certo.
problema não está na Bússola do Drone, e sim na interferência
local. Então, quando o aplicativo solicitar a atualização, verifique
se realmente o problema está no Drone, se locomovendo até
outro local.

A segunda situação que você deve realizar a calibração é quan-


do você viaja mais de 100 km (aproximadamente) do último lu-

84 www.cursodedrones.online
Camila Melo Batista
camilaengenharia@outlook.com

85 www.cursodedrones.online
Decolando
Nesse Módulo veremos o passo a passo de como pilotar o Dro-
ne em segurança, além de falarmos também sobre os modos
de voo.

Observe que quanto mais automático seu Drone operar menos


controle você terá sobre o equipamento.

E aí... Pronto para decolar? Então é hora de aquecer os motores!


Camila Melo Batista
Mas antes realizar o nosso voo vamos observar alguns detalhes:
camilaengenharia@outlook.com

* Confira se você está em posse dos documentos obrigatórios


para realizar aquele determinado tipo de voo.

* Verifique primeiramente a integridade do Frame do seu Dro-


ne, pois se tiver alguma rachadura isso vai ocasionar vibração e
você pode ter problemas. Não voe com o Frame rachado.

* Verifique se as Hélices estão colocadas na posição correta e


se estão bem presas.

*Confira as condições ambientais. Verifique a velocidade do


vento, probabilidade de chuva e índice KP.

86 www.cursodedrones.online
*Observe a altura do obstáculo mais alto no lugar que você pre- *Verifique no mapa se a posição apontada está correta.
tende voar, para definir a altura do seu Return to Home.
*Dê partida nos motores puxando os dois sticks na diagonal in-
*Baterias de todos os sistemas carregadas (Drone, controle re- ferior interna.
moto, celular/tablete, etc).
*Realize a decolagem acelerando de maneira suave e contínua.
*Procure sempre um lugar nivelado para posicionar o seu Drone. Evite movimentos bruscos.

*Posicione o Drone sempre com a parte de trás para você (Dro- Bom voo, Piloto!
ne de costas para o Piloto).

*Fique atento com a ligação do seu equipamento na ordem cor-Camila Melo Batista
reta: Primeiro o Drone, logo após o Controle Remoto (que já deve
camilaengenharia@outlook.com
estar conectado com o dispositivo mobile).

*Verifique se o Gimbal está livre de obstruções, pois no momen-


to que você liga o Drone ele gira em todos os sentidos.

*Cheque também no aplicativo a direção do vento, pois se o ven-


to estiver na Proa (frente) do Drone, ele pode vir pra cima de você
na hora da decolagem.

*Mantenha uma distância de pelo menos 3 metros do seu Dro-


ne.

87 www.cursodedrones.online
Modos de Voo
Os modos de voo dos Drones podem ligar ou desligar senso-
res, iniciar missões autônomas e inteligentes e também man-
dar o Drone retornar para o ponto de decolagem e pousar (ou
pairar em cima do mesmo). Em equipamentos montados ou
comprados prontos os modos de voo sempre estão presentes
e é necessário conhecê-los para uma operação adequada do
equipamento.

VLOS
Camila Melo Batista
camilaengenharia@outlook.com
O modo de voo VLOS é aquele que você mantém o contato
visual com o Drone. Via de regra é o primeiro tipo de voo que
deve ser dominado. A carga de informações do voo com FPV
(voo fora da visada) é muito grande para iniciantes e pode levar
a erros. Com a prática do voo visual é possível pegar uma me-
lhor noção de distância e se habituar com o comportamento
do seu equipamento em diferentes ambientes e velocidades
de vento. A perda de referência em virtude da frente do Drone
virar (quando os controles se invertem) deve ser treinada nes-
se tipo de voo.

88 www.cursodedrones.online
BVLOS Se o sistema ótico também não pode ser iniciado, automatica-
mente o Drone vai ficar em P ATT que é similar ao modo ATTI,
O modo de voo BVLOS (fora do alcançe da visada visual) ou FPV que também pode ser selecionado na chave, no caso da linha
(First Person View) é aquele onde você está olhando para a tela, Phantom.
tendo a perspectiva de estar “dentro” do Drone, o nível de imersi-
vidade desta tecnologia pode ser bem alta ao se utilizar óculos Nos Drones Spark e Mavic não é possível selecionar manu-
apropriados, mas também é possível realizar o voo FPV com a almente o modo ATT. No modo ATT o GNSS fica desligado,
tela do celular, tablet, monitor portátil ou computador. Um ob- ou seja, o Drone vai derivar conforme o vento. Nesse modo é
servador ou Copiloto é de suma importância nesse tipo de voo, você que deve manter a posição do Drone, pois o GNSS não
pois o Piloto tem um ângulo limitado de visão e pode colidir com estará mais ativo. Se você soltar os sticks o Drone vai sim-
objetos acima, abaixo ou nas laterais do Drone ao realizar ma- plesmente derivar e você pode perdê-lo. É o modo mais difícil
nobras. Camila Melo Batistade se pilotar o Drone e mais próximo do que seria um modo
manual. Não é totalmente manual, pois o Acelerômetro, Gi-
camilaengenharia@outlook.com
Modo P roscópio e o Barômetro continuam ativos, mantendo a altura
e nivelamento do Drone constante.
O modo de voo P, também conhecido como Position, é aquele
onde toda a tecnologia do Drone fica ativa. É responsável por Modo Sport
manter o Drone ancorado utilizando o GNSS, ou seja, nesse
modo o Drone fica travado/fixo no ar quando você solta os sti- No modo Sport, como o nome sugere, o Drone ganha elocidade.
cks, mantendo a sua posição. Dentro do modo P existem outros A sensibilidade dos controles é alterada e eles respondem de
modos de voo também, mas não é você que seleciona, pois de- maneira mais rápida. O ângulo de inclinação do Drone também
pendem do ambiente. se torna maior, o que pode ocasionar em alguns momentos a
perda do sinal GNSS. No entanto, se isso ocorrer basta você di-
Se não há satélites disponíveis o modo será P optic, onde para minuir um pouco a aceleração horizontal que o Drone vai recu-
manter o posicionamento do Drone é utilizado o sistema de VPS. perar o sinal do GNSS.

89 www.cursodedrones.online
Os modos designados às funções autônomas podem assumir
diferentes funções, baseado em outros fatores, como coman-
dos na tela ou missão pré carregada.

Ao entrar em modo Fail Safe o Drone executará uma função


autônoma de segurança para a qual está previamente configu-
rado, como voltar ao ponto de decolagem e pousar, ou pousar
imediatamente, ou ainda voltar ao ponto de decolagem e pairar.

O modo Fail Safe pode ser ativado com uma chave no controle,
após perder o sinal de rádio ou quando a bateria entrar em está-Camila Melo Batista
gios críticos de proteção. camilaengenharia@outlook.com

90 www.cursodedrones.online
Pousando
Realize preferencialmente uma aproximação em diagonal.
Quando o Drone tiver a cerca de 10 metros de altura e a 5 me-
tros de distância, gire no eixo com YAW para deixar a bateria
(costas do Drone) voltada para você. Desça suavemente e utilize
os movimentos de PITCH e ROLL para alinhar o Drone no local
adequado de pouso.

Desça da maneira mais suave possível, para realizar um toque


lento no chão. Após desarmar os motores, desligue primeiro o
Camila Melo Batista
Drone e depois o controle.
camilaengenharia@outlook.com

91 www.cursodedrones.online
Camila Melo Batista
camilaengenharia@outlook.com

92 www.cursodedrones.online
A partir de agora nos encaminhamos para uma etapa funda-
mental do aprendizado... Chegou a hora de treinar!

Pois de nada adianta você ser craque em tudo isso que vimos
até aqui, mas quando for realmente pilotar o seu Drone, cometer
erros por falta de prática. Por isso fica a dica: Repita várias vezes
cada um desses exercícios.

Como tudo na vida, ter habilidade é importante, mas ter dedica-


ção é fundamental.

Antes de colocar a mão na massa, ou melhor, no controle... Va-Camila Melo Batista


mos relembrar os comandos básicos do Controle Remoto? camilaengenharia@outlook.com

THROTTLE: subir/descer

ROLL: esquerda/direita

PITCH: frente/trás

YAW: giro no eixo

Movimente os sticks suavemente. Deslize com o Drone no ar.


Após cada movimento no stick, volte a posição central antes de
realizar o próximo comando.

93 www.cursodedrones.online
Quadrado sentido horário com o drone de costas para o Pi-
loto:

* Roll para esquerda

* Pitch para frente

* Roll para direita

* Pitch para trás

* Roll para esquerda Camila Melo Batista


camilaengenharia@outlook.com
Até chegar ao ponto de início:

94 www.cursodedrones.online
Quadrado sentido anti-horário, drone de costas para o Piloto:

Repita o movimento de quadrado, porém no sentido contrário,


anti-horário.

Inverter a direção do exercício é importante para desenvolver ha-


bilidade no controle do Drone.

* Roll para direita

* Pitch para frente


Camila Melo Batista
* Roll para esquerda camilaengenharia@outlook.com

* Pitch para trás

* Roll para direita

Até chegar ao ponto de início:

95 www.cursodedrones.online
Quadrado sentido horário com giro no eixo:

Nesse exercício continuaremos realizando o mesmo movimen-


to, porém com a inclusão do YAW, girando o drone 90 graus no
seu próprio eixo.

*Yaw para esquerda (giro de 90 graus no eixo)

*Pitch para frente

*Yaw para direita (giro de 90 graus no eixo)

*Pitch para frente Camila Melo Batista


camilaengenharia@outlook.com
*Yaw para direita (giro de 90 graus no eixo)

*Pitch para frente

*Yaw para direita (giro de 90 graus no eixo)

*Pitch para frente

*Yaw para direita (giro de 90 graus no eixo)

*Pitch para frente

Até chegar ao ponto de início:

96 www.cursodedrones.online
Quadrado sentido anti-horário com giro no eixo:

Repita o movimento de quadrado, porém no sentido contrário,


anti-horário.

Use o YAW agora para o outro lado para girar o Drone no seu
próprio eixo.

Prossiga até chegar ao ponto de início.

Camila Melo Batista


camilaengenharia@outlook.com

97 www.cursodedrones.online
Círculos:

O próximo exercício é o círculo com a câmera do Drone para


dentro. Um dos movimentos mais presentes na pilotagem de
um drone, esse movimento destaca o objeto pretendido, girando
360 graus ao redor do seu ponto de interesse. Útil quando você
deseja filmar um objeto sem utilizar funções inteligentes, com
uma pilotagem um pouco mais manual.

Coloque os dois sticks para fora, começando pelo da direita.


O stick da esquerda, no movimento do YAW é responsável por
controlar o tamanho da circunferência e o stick da direita vai serCamila Melo Batista
responsável por imprimir a velocidade no movimento. camilaengenharia@outlook.com

Realize também o círculo ao contrário, sentido anti-horário. Ob-


serve que o stick esquerdo é responsável pela abertura do cír-
culo, enquanto o stick da direita pela velocidade do movimento.

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Movimento 8
Exercício avançado, excelente para desenvolver e aprimorar do-
minio sobre o seu equipamento. Dica: Você pode treinar essa
sequência de movimentos antes mesmo de ligar o seu Drone,
usando apenas o Controle Remoto.

Utilize movimento para frente (PITCH) e deslize-o (stick da di-


reita) para a diagonal superior esquerda, junto com YAW para
esquerda. Após completar uase um círculo, inverta a diagonal
e também o sentido do YAW: Diagonal na mão direita para supe-
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rior direita e na mão esquerda YAW para direita.
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Ao realizar duas curvas consecutivas, uma para cada lado, você


estará fazendo o oito (8), uma sequência de duas curvas co-
ordenadas em sentidos contrários (uma seguida da outra) for-
mam esse movimento.

Recomenda-se repetir diversas vezes até que o movimento fi-


que natural.

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Straight Move Forward
Apesar de ser o movimento cinematográfico mais simples de
ser realizado com um drone, seu efeito visual é impactante.

Suavemente coloque o pitch para cima de maneira contínua,


isso criará uma sensação de movimento em relação a paisa-
gem.

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Bird’s Eye View
Mais uma vez o PITCH para cima, para que o drone e movimen-
te para frente.

Gimbal completamente apontado para baixo (para isso utilize o


comando do Gimbal do seu controle remoto).

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Crab
Nesse movimento utilize ROLL para que o Drone deslize lateral-
mente. É interessante ter um observador em terra para verificar
a presença de obstáculos, enquanto o Piloto realiza a rolagem
lateral.

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180 – Semi Orbit
Deslize gentilmente ROLL para a direita e YAW para esquerda.
Procure manter a câmera sempre apontada no seu alvo, e quan-
do estiver finalizando o 180 utilize saída para trás com PITCH,
buscando afastamento do objeto. Uma variação interessante é
realizar o Climb (subida) afastamento.

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Forward Tilt Down
Drone para frente usando PITCH para cima. Gimbal 45 graus
em relação ao seu objetivo. Conforme aproximação do Drone
ao ponto de foco, coloque Gimbal completamente para baixo,
destacando o ponto de interesse.

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Tilt Up Review
Nesse movimento cinematográfico o Gimbal começa todo para
baixo e conforme se aproxima do seu objetivo a câmera sobe,
revelando o seu ponto de interesse.

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Fly to Sky
Com a câmera apontada para o seu ponto de interesse realize
o afastamento diagonal levando o PITCH para baixo, enquanto
ganha altitude com o THROTTLE para cima.

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Follow Shot
Nessa tomada o Drone deverá seguir o objeto em movimento
pela parte de trás.

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Forward Shot
Aqui o movimento é ao contrário, o Drone será seguido pelo ob-
jeto em movimento, ele voa para trás enquanto filma pela frente.

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Chegamos no nosso último Módulo do Curso Básico de Drones. Temos basicamente que passar por 3 órgãos principais para
É difícil pontuar qual assunto é o mais relevante, tratando-se um voo comercial comum, são eles, primeiro ANATEL, segundo
de Drones. Afinal tudo está interligado. Mesmo as coisas mais ANAC, terceiro DECEA. Cada um desses órgãos exige documen-
simples, como a direção do vento, pode ser um fator de risco e tos específicos e quem fiscaliza, isso é, a autoridade policial.
motivo de acidente. Vamos lá?

Enfim, quando o assunto é Drone, todos os detalhes necessitam


de atenção.

Por isso que sem dúvida esse módulo é um dos mais importan-
tes. Justamente por se tratar das questões legais que envolvem
um voo de Drones. Camila Melo Batista
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Vamos falar agora, sobre a Legislação:

A Legislação é um assunto um pouco indigesto para alguns,


mas você vai aprender que não é tão difícil assim. Basta estudar
um pouco e você vai conseguir realizar os seus voos completa-
mente legalizados, o que é muito importante!

Afinal de contas, você não quer estar voando e de repente che-


gar uma autoridade policial e apreender o seu Drone. Você não
vai gostar nem um pouco disso. Correto?

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ANATEL
A ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicação) é responsá-
vel em nosso país por regular a rádio frequência, ou seja, ho-
mologação do seu rádio. Existem basicamente duas formas de
homologação. A primeira é aquela realizada pelo fabricante ou
pelo revendedor, onde o seu Drone já vem com o selo da ANA-
TEL e você não precisa fazer nada.

No entanto, cuidado, se você comprar o seu Drone no exterior,


geralmente esses equipamentos vêm sem a homologação vá-
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lida na ANATEL. Então você precisará passar pelo sistema cha-
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mado Mosaico, que é o sistema para homologação individual de
equipamentos que utilizam Rádio Frequência.

No sistema Mosaico você irá informar as características do seu


Drone, passo a passo dentro desse sistema e pagar uma taxa
simbólica. Antigamente era necessário efetuar o pagamento
dessa taxa a cada dois anos, recentemente a ANATEL informou
que não precisa mais. Homologou uma vez, está tudo certo. En-
tão é uma taxa que você vai pagar apenas uma vez, para ter o
seu Drone homologado.

A Rádio Frequência é independente de ser um Drone. Qualquer


equipamento que utilize rádio frequência em território nacional

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deve ser homologado, assim como seu celular, tablet, e com os
Drones não é diferente. Então lembre-se das duas formas: Uma,
homologação por fabricante ou importador.

Segunda, Homologação para uso individual. Quando você com-


prar o seu Drone de fora, ou até mesmo quando montar o seu
próprio Drone, vai ter que passar pelo sistema Mosaico.

São 6 passos, é bem tranquilo. Seguindo passo a passo você


vai estar com seu Drone regulamentado em relação a Agência
Nacional de Telecomunicações.
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ANAC
A ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) é responsável por
emitir a Matrícula do seu Drone, mas não se preocupe, esse pro-
cesso é gratuito. Basta que você entre no sistema chamado SI-
SANT e realize o registro do seu Drone. Existem 2 categorias de
registro no SISANT: “recreativo” e “não recreativo”.

Se o Piloto pretende em algum momento futuro prestar serviços


para terceiros com o seu Drone, nós recomendamos que seja
feito um registro do tipo “não recreativo”.Quando você registra o
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Drone como “não recreativo”, você também pode utilizá-lo para
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fins recreativos, no entanto, o contrário não é válido. Se você re-
gistrar seu Drone como “recreativo”, você não vai poder utilizá-lo
comercialmente e vai precisar cancelar esse registro e realizar
um novo.

Para realizar a Matrícula do seu Drone no SISANT você vai pre-


cisar apenas do Número de Série do seu Drone e de uma foto.
Simples, não é mesmo?! Não tem desculpa para voar não regu-
lamentado. Você vai gastar 5 minutos do seu tempo para reali-
zar esse registro e já vai te ajudar no momento de uma aborda-
gem policial. A ANAC também exige alguns outros documentos.
Primeiro é o Manual do seu Drone. Sim, você deve portar o Ma-
nual do seu Drone, é um documento de porte obrigatório.

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Além do Manual do seu Drone, você deve estar com esse Re-
gistro que é emitido pela ANAC, que é a Matrícula do Drone. E
também com uma avaliação de risco operacional que está elen-
cada no anexo 3 da RBAC 94, que é a Legislação específica para
utilização de aeronaves não tripuladas por parte da ANAC.

Na RBAC 94, também está elencada a necessidade de um Se-


guro contra danos em terceiros, ou seja, não é um seguro do
equipamento, não é um seguro do seu Drone, é apenas para
cobertura de danos que possam ser ocasionados pelo Drone a
terceiros, ou melhor, pelo RPA. Vamos começar a falar o nome
certo já? Quando a utilização é comercial o nome é RPA, quandoCamila Melo Batista
a utilização é recreativa o nome é Aeromodelo. Então sempre
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que você estiver utilizando um RPA, você deve estar portando o
seguro obrigatório.

Acobertura do sinistro desse seguro só é válida se você estiver


voando dentro das regras, dentro de tudo isso que nós estamos
falando ao longo do curso. Não adianta você estar com o segu-
ro e realizando um voo em local público. Supondo que o Drone
caia na cabeça de alguém e que essa pessoa era não anuente,
o seguro não vai cobrir, porque você não estava obedecendo as
regras e você vai encontrar muitos problemas nesse caso.

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DECEA
O DECEA é o departamento de controle do espaço aéreo. Mui-
tas pessoas imaginam que as regras são besteira, que não tem
lógica nenhuma. No entanto, o DECEA é uma organização mili-
tar realmente empenhada em garantir a segurança do espaço
aéreo. Tem um motivo para cada uma das regras, não é algo a
esmo feito só pra dificultar a sua vida, Piloto de Drones.

Para conseguir essa autorização no SARPAS, que é esse siste-


ma do DECEA, tem alguns itens que você deve saber. Primeiro,
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diferença entre “altura” e “altitude”.
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A altura é em relação ao nível do solo no ponto de decolagem,


também pode ser chamada de Altura Barométrica, pois ela é
informada através do Barômetro do Drone.

Já a altitude é em relação ao nível do mar, ou seja, é muito mais


simples você solicitar suas autorizações com a altura, porque
senão você teria que somar a altitude do local onde está com a
altura pretendida do seu voo.

Portanto, é muito mais simples você marcar a opção “altura”


e solicitar diretamente por altura. Lembrando que até 100 pés
você vai conseguir uma autorização muito rápida, estando lon-

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ge de aeródromos, cerca de 2 horas a autorização já estará na
sua caixa de entrada de e-mail.

É importante ressaltar, você vai receber exclusivamente de ma-


neira digital, de maneira eletrônica a Autorização. Você vai rece-
ber um e-mail que o Centro de Controle do Espaço Aéreo é de
parecer favorável ao seu voo, e é esse documento que você deve
ou imprimir ou andar com ele em formato digital.

Lembre-se, o tipo de voo VLOS é até 500 metros de distância,


não adianta você marcar VLOS na caixa de opções, no sistema
SARPAS e solicitar algo maior do que isso. Maior do que 500Camila Melo Batista
metros de distância, você não vai ser autorizado. camilaengenharia@outlook.com

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Tipos de Voo
O voo chamado VLOS (Visual Line of Sight). Que é o voo que
mais facilmente você consegue autorização. Pois sabemos que
até 500 metros de distância, que é o estipulado para esse tipo
de voo VLOS, você tem consciência situacional, ou seja, quando
você está olhando para o Drone vai perceber se uma aerona-
ve tripulada se aproximar de qualquer um dos lados do equipa-
mento.

A autorização que você vai conseguir é para o voo VLOS, em


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que você
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numa distância máxima de 500 metros do ponto de decolagem
do operador.

Diferente de quando você está realizando um voo do tipo BVLOS


(Beyond Visual Line of Sight), que é o voo que hoje em dia é mui-
to difícil de conseguir autorização, pois está relacionado tam-
bém a um Certificado de Aeronavegabilidade. A aeronave deve
ter sido atestada para esse tipo de voo.

Outro tipo de voo ainda que existe é o EVLOS (Extended Visual


Line Of Sight ) que é o voo de visada estendida, em que você vai
utilizar observadores visuais que vão estar conversando com
você. Explicando um pouco melhor isso:

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Vamos supor que eu queira realizar um voo de até 1 quilômetro ANAC, para que seja possível a realização de voos BVLOS, até
de distância, a legislação fala que não, VLOS é só até 500 me- agora temos apenas uma aeronave homologada corretamente
tros. Mas podemos colocar um observador, uma pessoa lá, a 1 pela agência.
quilômetro de distância.
Recapitulando: Primeiro, VLOS voo na visada (Visual Line of Si-
No momento que eu parar de enxergar o Drone, ou seja, quando ght), até 500 metros de distância do Piloto. Segundo, voo EVLOS
passar dos 500 metros, esse observador começa a enxergar o (Extended-VLOS), é um voo onde você utiliza um observador a
Drone e se comunica comigo através de rádio informando se 1 quilômetro do Piloto. Pode-se utilizar também mais observa-
está acontecendo alguma coisa em volta do Drone. Esse é o voo dores.
do tipo EVLOS.
E o terceiro tipo é BVLOS, é aquele voo onde você vai acompa-
Em relação as regras de distância de Aeródromos, o próprio sis-Camila Melo Batistanhar o voo do seu Drone olhando para a tela. Quando você olha
tema já vai te informar se você está numa área que pode ou para tela para Pilotar o seu Drone também é chamado de FPV
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não solicitar um pedido de voo. Não será nem analisado se você (First Person View).
tentar pedir um voo abaixo dos limites pré estabelecidos pelo
DECEA para aquele Aeródromo. Só existe uma forma hoje de você realizar esse voo legalmente
em território nacional, que é de maneira recreativa em área rural.
O sistema não vai liberar essa autorização e você vai ter que mu- Dessa forma você pode realizar o BVLOS, obviamente estando
dar algum parâmetro, ou aumentar a distância do Aeródromo ou longe Aeródromos. As distâncias necessárias de afastamento
diminuir a altura do seu voo. são: 9 quilômetros das cabeceiras ou 2 quilômetros das laterais
da pista.
Lembrando que o voo que você vai conseguir autorização hoje
é o voo do tipo VLOS. BVLOS não adianta nem pedir que você
não vai conseguir autorização. Algumas fabricantes já entra-
ram com o pedido de homologação de suas aeronaves junto a

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É com grande satisfação, que encerramos o E-Book do Curso
Básico de Drones – Online/EaD.

Claro que existe muito mais para ser dito e também aprofun-
dado. Ser um Piloto de Drones exige constante estudo e treina-
mento. O nosso objetivo aqui era trazer as bases fundamentais
que sustentam essa atividade tão nova e tão cheia de detalhes.
Esperamos que você tenha gostado.

É sempre bom lembrar.. Drones não são brinquedos. Drones são


aeronaves e precisam ser tratados como tal! Não brinque com
Camila Melo Batistacoisa séria. As consequências podem ser graves.
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Bem, ficamos por aqui...

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