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Administração Financeira e Orçamentária

1 Orçamento público. 1.1 Conceito. 1.2 Técnicas orçamentárias.

ORÇAMENTO PÚBLICO

É um instrumento de intervenção planejada do Estado para


ORÇAMENTO expressar, por um período de tempo, sua política de trabalho
e plano de governo, contendo autorização legislativa para
a arrecadação das receitas e realização das despesas.

Segundo a CF/88, o orçamento é materializado em 3 instrumentos:


PLANO PLURIANUAL LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL

PPA LDO LOA


Mas o orçamento pode ter significados distintos segundo o aspecto
orçamentário e o financeiro.

ORÇAMENTÁRIO • É crédito. Autorização legislativa para a


realização de despesas (gastos) por meio de
(Técnico) dotações.

• É recurso. Dinheiro disponível em conta


FINANCEIRO bancária (Conta Única do Tesouro) para o
pagamento de despesas.

TÉCNICAS DE ORÇAMENTO

Não confunda com os “modelos” – Tradicional, de desempenho e programa.

As técnicas usadas são métodos/modos de elaboração do orçamento.


Podem ser:

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Orçamento Base-Zero

•Revisão crítica de TODOS os gastos;


•Tudo deve ser justificado a cada novo ciclo orçamentário;
•Parte-se de um novo planejamento, nova base;
•Não gera direito adquirido;
•Oneroso e moroso;
•Incompatível com o modelo atual brasileiro: Orçamento Programa.

Orçamento Incremental

•Tem como base o orçamento anterior;


•Faz-se pequenos ajustes, acréscimos ou supressões;
•Desvinculado de um planejamento;
•Sua base tende a perpetuar-se.

Orçamento Participativo

•Ampliação da participação popular no processo de elaboração;


•Participação social como direito do cidadão;
•Todos devem incentivar o uso da técnica;
•Todos os Municípios brasileiros são obrigados a utilizá-lo (Lei 10257/2001);
•A União começou a usar a partir de 2010;
•Teoricamente, hoje todos os Estados e o DF o utilizam.

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QUESTÕES Acertos 6 de 09

1. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: TCE-MG

O orçamento que se caracteriza por apresentar propósitos para os créditos


orçamentários solicitados, os custos necessários para o alcance de tais propósitos e
informações quantitativas que mensurem os resultados é denominado
a) orçamento por objeto.
b) orçamento por desempenho.
c) orçamento base-zero.
d) orçamento funcional-programático.
e) orçamento participativo.

2. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: MPE-PI

( C ) O orçamento participativo contempla a participação da população no


processo decisório por meio de lideranças ou de audiências públicas.

3. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: MPE-PI

( C ) O orçamento, importante instrumento de planejamento de qualquer entidade


pública ou privada, representa o fluxo previsto de ingressos financeiros e a aplicação
desses recursos em determinado período de tempo.

4. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Niterói - RJ

O governante de um pequeno país, preocupado com as finanças públicas, decide


pesquisar uma nova espécie de orçamento para adotá-la em sua administração. Ele
entende que a espécie de orçamento ideal é aquela que justifica anualmente cada
uma das despesas, enfatizando as necessidades do momento. Sendo assim, a espécie
de orçamento adequada às necessidades desse país é o
a) base zero.
b) tradicional.
c) legislativo.
d) autorizativo.
e) típico.

5. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: STM

( C ) O orçamento incremental tem como base as receitas e despesas ocorridas no


período anterior, sobre as quais são feitos ajustes marginais.

6. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TCE-PE

( E ) O orçamento participativo é fundamentado na discussão de prioridades com a


população organizada, por isso se contrapõe ao orçamento-programa, que é

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construído com base em preceitos racionais-legais que não contemplam a participação
popular.

7. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TCE-PE

( E ) O orçamento participativo é uma técnica orçamentária caracterizada pela


participação da sociedade, em substituição ao poder público, como agente elaborador
da proposta orçamentária que é posteriormente enviada ao Poder Legislativo.

8. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: Câmara de Salvador - BA

Um dos modelos orçamentários difundidos a partir da aplicação da lógica


empresarial no setor público tem como base para elaboração do orçamento atual a
não vinculação com os montantes de despesa ou nível de atividade do exercício
anterior. Embora de difícil operacionalização, o modelo propicia reavaliações
constantes das alocações de recursos.

Esse modelo orçamentário é denominado orçamento:

a) programa;
b) base-zero;
c) incremental;
d) operacional;
e) com teto móvel.

9. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TCE-PE

( C ) O orçamento base-zero facilita o processo de revisão da decisão a respeito da


alocação dos recursos públicos, sendo, por essa razão, adequado às situações em que
as despesas públicas são limitadas por um teto de gastos.

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GABARITO

1.LETRA C.
“Apresentar propósitos” e “informações quantitativas” estão ligados a “justificar de
todas as despesas”. São características do orçamento base-zero.

2. CORRETO.
O orçamento participativo é um importante instrumento de complementação
da democracia representativa, pois permite que o cidadão debata e defina os destinos
de uma cidade. Nele, a população decide as prioridades de investimentos em obras e
serviços a serem realizados a cada ano, por meio de assembleias abertas e periódicas.

LRF, art. 48, parágrafo único: “a transparência será assegurada também mediante
incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os
processos de elaboração e de discussão dos planos”.

3. CORRETO.
Conceito apresentado pelo MTO/2019.

4. LETRA A.
Se justifica cada uma das despesas, partindo-se de uma base nova, estamos falando do
orçamento base-zero.

5. CORRETO.
O orçamento incremental tem como base o do exercício anterior, em que são feitos
pequenos ajustes.

6. ERRADO.
O orçamento participativo não se contrapõe ao orçamento-programa. O primeiro é
uma técnica, enquanto o segundo é um modelo.

7. ERRADO.
Não é em substituição ao poder público. A sociedade participa do processo de
elaboração, tornando-o corresponsável pela gestão pública.

8. LETRA B.
Orçamento base-zero é desvinculado do planejamento anterior e favorece a análise,
revisão e avaliação de todas as despesas propostas. É um processo caro e demorado.

9. CORRETO.
Uma vez que demanda a justificativa contínua de todos os gastos, em tese, evita desperdícios.
E como não exige a manutenção das despesas do ano anterior - inexistindo "direito adquirido"
a certa previsão orçamentária -, seria propício quando se trabalha com um teto contábil.

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