O documento discute as características dos governos populistas na América Latina no século XX, definidos por um impulso anti-liberal e autoritário em nome da vontade popular. Aponta o peronismo na Argentina como o caso mais emblemático, com Perón centralizando sindicatos, controlando a economia e promovendo a industrialização e soberania contra influências externas, principalmente dos EUA, buscando uma terceira via ideológica para a região.
Descrição original:
Título original
FERREIRA, A. G. S. - Estudo Dirigido Populismo na América Latina
O documento discute as características dos governos populistas na América Latina no século XX, definidos por um impulso anti-liberal e autoritário em nome da vontade popular. Aponta o peronismo na Argentina como o caso mais emblemático, com Perón centralizando sindicatos, controlando a economia e promovendo a industrialização e soberania contra influências externas, principalmente dos EUA, buscando uma terceira via ideológica para a região.
O documento discute as características dos governos populistas na América Latina no século XX, definidos por um impulso anti-liberal e autoritário em nome da vontade popular. Aponta o peronismo na Argentina como o caso mais emblemático, com Perón centralizando sindicatos, controlando a economia e promovendo a industrialização e soberania contra influências externas, principalmente dos EUA, buscando uma terceira via ideológica para a região.
Bacharelado em Geografia Disciplina: Geografia da América Latina Turma 2020.1 Professora: Cristina Pessanha Mary
Alix Gabriel - 117003019
Estudo Dirigido 4 - POPULISMO
1. a) Segundo Prado e Zanatta, os governos populistas são caracterizados
sobretudo por um ímpeto anti-liberal, vistas as circunstâncias do contexto político-econômico pós crise de 1929, que marcam uma transição de sociedades tradicionais oligárquicas agrário-exportadoras para sociedades modernas urbano-industriais de substituição de importações, cujo discurso de ocupação do poder por figuras personalistas em nome de representação das massas populares se torna hegemônico em substituição ao poder ocupado pelas oligarquias, portanto também governos autoritários em prol de uma pretensa vontade popular e nacionalista anti-imperialista. Isso porque o caráter de unificação de identidades e culturas entorno da ideia nacionalista se baseia na unificação da cultura de massa das nações como o espírito nacional, contra o ideal de oligarquias e burguesias liberais que se basilavam sobretudo no avanço do capitalismo a despeito das soberanias nacionais. b) Zanatta cita o Peronismo de Juan Domingo Perón à frente do governo argentino entre 1946 e 1955 como caso mais emblemático do populismo clássico latino-americano. O populismo de Perón como caso mais emblemático na região se deve à forte expressão de um nacionalismo visceral, de um governo autoritário e extremamente anti-liberal, que obteve forte apoio dos trabalhadores, centralizou sindicatos no aparelho do Estado, controlou a economia com tabelamentos para dirigir as exportações e importações e financiar a industrialização em prol da soberania argentina, que garantiria sua segurança perante influências externas e principalmente contra o imperialismo americano, tornando-se a principal resistência à influência estadunidense na região, isso porque objetivava também um certo imperialismo a direcionar sobre seus vizinhos em prol da união regional entorno de uma civilização católica e que buscava uma terceira via ideológica contra o capitalismo protestante anglo-saxão e o comunismo ateu soviético.