ANOTAÇÕES DA AULA
POPULISMO NA AMÉRICA LATINA
O que é populismo?
- O populismo não é um regime
de governo, como a democracia,
por exemplo, mas uma forma de
conduzir o governo.
- É um fenômeno da política
latino-americana, característico
do século XX.
- Caracterizado por:
- Poder político garantido
pelas massas.
- O líder populista
consegue transitar entre as
classes populares e as elites.
O líder populista
- Líder carismático, magnetizando
as massas.
- O líder populista se coloca na
posição de “pai” dos cidadãos e
da pátria.
- Faz uso de um discurso
nacionalista.
- O líder populista é demagógico,
pois usa o povo para garantir
seus próprios objetivos.
Populismos mais conhecidos
- Varguismo: ligado a Getúlio
Vargas, no Brasil.
- Cardenismo: com a figura de
Lazaro Cárdenas, no México.
- Peronismo: de Juan Domingo
Perón, na Argentina.
O caso mexicano
- Iniciou após a Revolução
Mexicana de 1910, que resultou
em ganhos sociais efetivos para a
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população do país.
- O caráter popular da Revolução
foi apropriado pelo Partido
Revolucionário Institucional
(PRI), que dominou as eleições
no México durante todo o século
XX.
- O populismo mexicano se
construiu dentro do PRI.
- O PRI estabeleceu reformas
econômicas com retórica
nacionalista, mostrando uma
ideia de independência dos EUA.
Um exemplo disso foi a reforma
agrária.
Lazaro Cárdenas (México)
- Governou o México entre 1934 e
1940.
- Estabeleceu um
desenvolvimento industrial.
- Governo marcado por um
intervencionismo estatal na
economia e na sociedade.
- Desagradava setores privados,
em especial, estrangeiros, que
atuavam na economia mexicana.
- Governo apoiado pela
Confederação dos
Trabalhadores (CTM), a central
sindical do México.
- Criação da Pemex, Companhia
de Petróleo Mexicano em 1938,
a partir da nacionalização de
petrolíferas estrangeiras que
atuavam no México.
O caso argentino
- É ligado a figura do político Juan
Domingo Perón.
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- Em 1943, um golpe
Estado articulado pelo general
Arturo Rawson e pelo Grupo
de Oficiales Unidos (GOU)
levou Perón à cena política na
Argentina.
- Orientavam-se no marxismo e
no maoísmo.
- Os generais no poder da
Argentina eram simpatizantes
dos regimes nazifascistas.
- Entre 1943 e 1946, Perón
foi Ministro de Guerra, vice-
presidente e Ministro
Trabalho.
- Como Ministro do Trabalho, ele
estabeleceu, pela primeira vez,
leis trabalhistas no país.
- Medidas de Perón como Ministro
do Trabalho:
- Aumentou os salários e
regulamentou a Previdência
Social.
- Desarticulou os sindicatos
ligados à esquerda política.
- Dominou a Central Geral
dos Trabalhadores (CGT),
vinculando-a ao Estado.
- Perón exerceu controle
sobre os sindicatos e,
como consequência, sobre
as massas trabalhadoras,
mantendo-se assim no poder.
Perón Presidente (Argentina)
- Por conta da defesa de
leis trabalhistas, as classes
conservadoras altas e médias
urbanas se voltaram contra
Perón e promoveram, em 1945,
a marcha pela Constituição e
pela Liberdade.
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de - Perón é preso, o que acaba lhe
dando maior popularidade entre
a massas.
- Em 1946, já liberto, Perón
é eleito presidente pelo
Partido Laborista (Partido dos
Trabalhadores), com o apoio da
Igreja Católica.
- Em seu governo, iniciou um
processo de nacionalização da
economia.
- A política de Perón ficou
conhecida inicialmente como
do peronismo e, mais tarde, como
justicialismo.
Eva Perón
- Primeira esposa de Juan Perón,
foi a primeira-dama argentina.
- Apelidada carinhosamente de
Evita Perón, foi, e ainda, é um
ícone político da argentina.
- Reforçou a aproximação de Perón
com as massas, sendo vista como
“Mãe dos Descamisados”.
- Sua morte precoce, em 1952,
foi seguida por grande comoção
popular.
Crise do peronismo
- Perón passou a discutir questões
como o aborto e o ensino
religioso em meados da década
de 1950, o que desagradou os
setores mais conservadores da
sociedade.
- Ele perdeu, então, o apoio
de conservadores e da Igreja
Católica.
- Esses setores apoiaram um golpe
em 1955, que o tirou do poder.
 ANOTAÇÕES DA AULA
- Em 1955, a Praça de Maio
foi bombardeada, e centenas
de apoiadores de Perón foram
feridos e mortos;
- Com o golpe de Estado em 1955,
Perón foi exilado em Madri, na
Espanha.
Breve retorno de Perón
- Em 1973, o governo ditatorial
do general Lanusse permitiu o
retorno de Perón à Argentina.
- Apoiou o governo de transição
do civil Hector Cámpora, que
venceu, convocou eleições, e
renunciou.
- Com a renúncia de Cámpora,
Perón é eleito presidente, tendo
sua segunda esposa, Isabelita
Perón (Maria Estela Martínez)
como vice-presidente.
- Juan Perón falece em 1974, no
início de seu mandato, e Isabelita
Perón assume a presidência.
- Sem apoio político, Isabelita
Perón é derrubada por um Golpe
Militar em 1976.
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Contexto de crise do populismo
- O populismo desbancou as
oligarquias regionais, mas
não gerou uma distribuição de
riquezas para as massas que
apoiaram os governos populistas.
- A massa de excluídos já não
se contentava com as medidas
paternalistas e desejava
mudanças sociais efetivas.
- No contexto de Guerra Fria,
as elites empresariais temiam a
“ameaça vermelha” do avanço
comunista.
- A elite econômica temia que
os governos populistas não
conseguissem conter as massas
e evitar possíveis movimentos
socialistas.
- Interesses internacionais, em
especial de setores ligados aos
EUA, não concordavam com o
nacionalismo populista.
- Setores empresariais, militares e
a Igreja Católica se articularam
para derrubar os presidentes
populistas e instaurar uma série
de governos ditatoriais.