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SD HEMORRÁGICAS DA 2ª METADE DA GESTAÇÃO – ROTURA UTERINA E ROTURA DE VASA

PRÉVIA

QUAL É O PRINCIPAL FATOR DE RISCO PARA ROTURA UTERINA?

Uma das principais causas de internações de gestantes no período anteparto; aumento da


morbimortalidade materna e perinatal; aumento de partos operatórios;

CAUSAS: Placenta prévia; descolamento prematuro de placenta; rotura uterina; rotura de vasa
prévia; sangramento do colo no trabalho de parto; cervicites; pólipo endocervical; ectrópio;
câncer de colo de útero; trauma vaginal.

Rotura uterina: é definida como uma solução de continuidade da espessura total da parede do
útero e peritônio sobrejacente, pode acontecer durante a gestação X durante o parto.

Completa: total rotura da parede uterina sintomática e muito grave;

Incompleta: o peritônio parietal permanece intacto, deiscência oculta, muitas vezes


assintomática.

0,0,3 – 0,08% das gestações;

0,3 – 1,7% em gestantes com cicatriz uterina;

Parto cesárea, principal causa.

Epidemio: trauma abdominal (Acidente automobilístico); distocias de trajeto; uso inadequado


de uterotônicos.

Fatores de risco: cicatriz urterina; cx gineco; manobra de Kristeller; malformações uterinas;


doença trofoblastica gestacional; hiperdistensão uterina (polidrâmnio, macrossomia);

Manobra de kristeller PROSCRITA!!! FATOR DE RISCO!

Complicações: morbidade e mortalidade maternas: hemorragias/ choque hemorrágico; lesão


de órgãos adjacentes; histerectomia; morte materna;

Fetais: hipóxia; acidemia; distúrbio respiratório neonatal; óbito fetal.

#IMPORTANTE

Quadro clínico: sinais de iminência de rotura uterina; Sinal de BANDL: distensão do


segmento inferior, formando um anel entre o segmento e o corpo uterino;

Sinal de FROMMEL: distensão dos ligamentos redondos.

Síndrome de Bandl-Frommel: útero em formato de ampulheta.

Quadro clínico:

Sangramento vaginal -> dor -> parada das contrações -> ausência dos batimentos cardíacos
fetais -> taquicardia materna profunda e hipotensão -> subida da apresentação -> partes
fetais palpáveis no abdome materno.

Sinal de Clark: enfisema subcutâneo;

Sinal de Laffont: dor aguda no ombro;


Sinal de Reasens: subida a apresentação;

TRATAMENTO: LAPAROTOMIA EMERGÊNCIAL

PARTO + RAFIA DAS LESÕES/HISTERECTOMIA

ROTURA DE VASA PRÉVIA

VASA PREVIA: Anomalia de inserção do funículo umbilical na placenta, na qual os vasos


cruzam o segmento inferior uterino, colocando-se a frente da apresentação. Correlação com
inserção velamentosa do funículo umbilical.

PLACENTA: Normal: discoide, hemocorial, deciduada – sai junto da placenta.

Normal: face materna -> cotilédones;

Face fetal -> inserção do cordão umbilical;

Anomalias: sucentoriada: 2 lobos;

Inserção velamentosa do cordão;

Conceito: vasa prévia é uma variante anatômica que configura a passagem de vasos fetais ao
longo das membranas amnióticas, sobre o orifício interno do colo.

A vasa prévia é uma entidade rara, com incidência estimada de 1:2500/3000 gestações;

Fatores de risco: fertilização in vitro, gestações gemelares; placenta de inserção baixa; inserção
velamentosa do cordão; placenta sucentoriada.

Diagnóstico: sangramento fetal; em geral, após amniorrexe, indolor, mãe assintomática,


sofrimento fetal agudo e rápido; chance de óbito fetal elevada.

Conduta: parto de emergência. Cesárea.

#IMPORTANTE

OUTRAS CAUSAS DE SANGRAMENTO DE 2ª METADE DA GESTAÇÃO NAS PROVAS

ROTURA DE SEIO MARGINAL

É UM LOCAL QUE CIRCUNDA A PLACENTA E REPRESENTA UM DOS SISTEMAS COLETORES DO


SANGUE VENOSO MATERNO;

SANGRAMENTO MAIS COMUM NO INTRAPARTO; HEMORRGAIA DE PEQUENA INTENSIDADE;


INDOLOR; OCORRE INDEPENDENTE DE ESFORÇOS OU TRAUMATISMOS; TÔNUS UTERINO:
NORMAL.

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