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Portfólio – Internato de Ginecologia e Obstetrícia

Aluno: Pedro Henrique Milagres

Turma: B4

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Caso 1
Paciente de 36 anos, G4PV3A0, chega à maternidade, acompanhada pelo marido, com 39s6d
de gestação simples, queixando-se de contrações e perda de líquido em grande quantidade há
cerca de uma hora.

DU com três contrações fortes em 10min. Ao toque, 8cm de dilatação e apresentação pélvica.
Altura uterina 32cm e BCF 140bpm.

Paciente nega antecedentes mórbidos. Realizou 8 consultas de pré-natal, sem intercorrências


e com boa evolução. Cultura para GBS realizada com 36 semana de gestação foi negativa.
Vacinas em dia.

Tendo em vista se tratar de multípara em trabalho de parto na fase final de dilatação e


evoluindo sem intercorrências, foi feita a opção por prosseguir com o parto vaginal ainda que
em apresentação pélvica.

A paciente foi conduzida para a sala de parto e foi orientada a adotar a posição de quatro a
apoios, sendo esclarecido os benefícios dessa posição para o parto em apresentação pélvica.
Permaneceu assim por cerca de meia hora, mas optou, por livre vontade, a adotar a posição de
litotomia, por se sentir mais confortável desta forma. Nesse momento foi realizado um toque e
a dilatação estava em 10cm. Poucos minutos depois, houve a saída dos pés e da pelve, estando
o dorso do feto voltado para a pelve da mãe. O corpo do feto foi apoiado com as mãos e em
poucos segundos houve o desprendimento dos ombros, momento que o feto liberou mecônio,
e, em seguida, houve a expulsão da cabeça. A criança nasceu com bom tônus e bom padrão
respiratório e foi colocada junto à mãe.

Caso 2
Paciente de 33 anos, Gestação simples de 37s+1d,G4PV2A1, chega acompanhada do esposo,
queixando se de contrações há 12 horas, que aumentaram de intensidade e frequência
progressivamente até o momento. Nega perda de líquidos.

DU 2 contrações fortes e 1 moderada em 10min. Ao toque, dilatação 7cm apresentação


cefálica. Altura uterina
Paciente aguarda em consultório pois não há vaga em maternidade. Após uma hora, 9cm de
dilatação. 

Devido à ausência de vaga na maternidade e o estado avançado do trabalho parto, foi feita a
opção de preparar o consultório para que o restante do parto fosse realizado ali.

Houve a progressão normal do trabalho de parto. Durante expulsão do feto houve o


desprendimento da cabeça, porém, não houve desprendimento dos ombros após 1 minuto.
Foi requisitado apoio prontamente. É realizada manobra McRoberts, seguida pela manobra de
Rubin I (Figura). Assim, houve o desprendimento dos ombros e a criança nasceu em bom
estado, sendo posicionada junto da mãe.

Caso 3
Paciente primigesta 37s+6d, 39 anos, DMG com bom controle com dieta, chega na
maternidade relatando contrações a cerca de 7 horas com aumento progressivo de
intensidade.

Ao toque, apresentação cefálica e 7cm de dilatação. AU 33cm e BCF 140bpm. DU duas


contrações moderadas em 10 min.

Foi levada para a sala de parto, onde permaneceu por mais 4 horas até atingir 10 cm de
dilatação. Foram feitas medidas não farmacológicas para manejo da dor.

Durante o período expulsivo, apresentava apenas duas contrações moderadas em 10 minutos.


Após uma hora em período expulsivo, foi indicada administração de ocitocina IV, havendo
consentimento da paciente para tal.

Mesmo com administração de ocitocina, a paciente manteve hipoatividade uterina após 2


horas em período expulsivo. O feto estava com boa vitalidade, com BCF em torno de 150bpm
durante as aferições.
Após 3 horas de período expulsivo, manteve-se a hipotonia uterina e o feto estava no plano +2
de De Lee. Optou-se então, por parto instrumentalizado com fórceps de Simpson e
episiotomia. A paciente foi orientada sobre o procedimento e o consentiu.

Foi feita a anestesia do canal de parto com lidocaína. Em seguida a variedade de posição foi
confirmada através do toque e o fórceps colocado em posição biparietomalomentoniana. A
episiotomia médio lateral foi realizada em seguida. Durante a próxima contração, foi realizada
tração leve do fórceps, havendo desprendimento da cabeça e, em seguida, expulsão total do
feto. A criança nasceu com bom tônus e bom padrão respiratório e colocada junto da mãe.

Após a dequitação da placenta, foram identificadas lacerações de segundo grau no canal de


parto, que foram suturadas com fio absorvível. Por fim, foi realizada episiorrafia.

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