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R E S U M O S
SUMÁRIO.
• Partograma 3 • Anticoncepcional
Hormonal Oral 93
• Descolamento Prematuro
de Placenta 101
• Sífilis 22
• RPMO 112
• Abortamento 34
• Endometriose 133
• Vaginose Bacteriana 58
• Amenorreia Secundária 74
de Mama 83
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PARTOGRAMA
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Atenção secundária: ambulatorial e hospitalar.
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- laboratório de análises clínicas;
- sala de medicação.
DESCRIÇÃO DO CASO
Você está de plantão no centro obstétrico de uma Maternidade de baixa complexidade,
onde está internada uma gestante primigesta, com 38 semanas de gestação, em
trabalho de parto.
ATENÇÃO: A PACIENTE SIMULADA NÃO DEVE SER TOCADA DURANTE O
ATENDIMENTO.
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EXAME FÍSICO:
- PA: 90x60 mmHg
- FC: 92 bpm
- FR: 18 ipm
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Paciente em bom estado geral, corada, hidratada afebril.
Aparelho pulmonar: MV+ Bilateralmente sem RA
Aparelho cardiopulmonar: BRNF 2T SS
EXAME OBSTÉTRICO:
AU: 33cm
DU: 3/10’/45”
TOQUE: COLO FINO, MEDIANIZADO, PÉRVIO PARA 10 CENTÍMETROS, CEFÁLICO,
BOLSA ROTA
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BCF: 152 bpm
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7. Solicitou partograma.
Adequado: solicitou 0 1,0
Inadequado: não solicitou
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Orientações ao ator:
2. Paciente em trabalho de parto, apresentando contrações, e dor forte na barriga.
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RESUMO PARTOGRAMA
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Você está trabalhando em uma Unidade Básica de Saúde, atendendo uma gestante
com 35 semanas de gestação, primigesta com queixa de cefaleia e epigastralgia.
- Realizar o atendimento;
- Verbalizar a hipótese diagnóstica;
- Adotar a conduta médica imediata e, em seguida, verbalizar a continuidade da
conduta passo a passo;
- Verbalizar o tratamento medicamentoso indicado para o caso.
ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA
SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.
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EXAME FISICO:
PACIENTE EM REG, CORADA, EDEMA 3+/4 EM MMII, AFEBRIL.
EXAME OBSTÉTRICO:
AU: 33cm
DU: AUSENTE
ESPECULAR: AUSÊNCIA DE SANGRAMENTO OU
SECREÇÕES
TOQUE: COLO AMOLECIDO E IMPÉRVIO
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SINAIS VITAIS:
PA: 180 x 120mmHg
FC: 98 bpm
FR: 15 ipm
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BCF: 144 bpm
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Exames complementares:
Plaquetas 70.000
Bilirrubinas totais 2,3
TGO 110
TGP 105
Creatinina 1,4 mg/dl
Proteinúria 1.500 mg/24 horas
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7. Prescreve hidralazina.
Adequado: prescreve hidralazina 0 0,5
Inadequado: não prescreve.
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Orientações ao ator:
2. Afirma todos: cefaleia, escotomas, diminuição do nível de consciência, dor em
hipocôndrio direito, epigastralgia.
13. Se não orientou o prognóstico, pode perguntar “esse quadro é grava?”
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Classificação Tratamento
HAS Crônica
PA≥140x90mmHg antes das 20
semanas de gestação
Hipertensão Gestacional
PA≥140x90mmHg sem proteinúria
após 20 semanas de gestação
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Diurese ≤ 25ml/hora
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SÍFILIS
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Atenção Primária.
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- laboratório de análises clínicas;
- sala de medicação.
DESCRIÇÃO DO CASO
Você se encontra em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), no programa da família, e
sua próxima paciente é uma gestante, primigesta, com queixa de lesões dispersas por
toda pele e que ainda não começou o pré-natal.
ATENÇÃO: A PACIENTE SIMULADA NÃO DEVE SER TOCADA DURANTE O
ATENDIMENTO.
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EXAME FÍSICO: BEG, CORADA, HIDRATADA, EUPNEICA, AFEBRIL.
SINAIS VITAIS:
PA 110 x 70mmHg,
FC: 80 bpm
FR: 15 ipm
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EXAME GINECOLÓGICO E OBSTÉTRICO SEM ALTERAÇÕES
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Orientação ao ator:
2 + 3. Sintomas: SURGIRAM HÁ UMA SEMANA, PRIMEIRO NO TÓRX, FOI DESCENDO
E APARECEU NA PALMA DAS MÃOS E PLANTA DOS PÉS.
4. APP: nega
5. Nega todos
6. Nega
7. Nega
8. DUM: 10 de fevereiro / ciclos regulares, pouco fluxo, duração de 3-5 dias /
nenhuma gestação ou abortamento prévio
10. Não usa preservativo corretamente
11. 5 parceiros
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RESUMO SÍFILIS
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ABORTAMENTO
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Pronto Atendimento
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- laboratório de análises clínicas;
- sala de medicação.
DESCRIÇÃO DO CASO
Você está de plantão em um pequeno pronto socorro geral, quando dá entrada na
emergência, paciente de 22 anos, com queixa de dor abdominal, sangramento vaginal
intenso e atraso menstrual.
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EXAME FÍSICO GINECOLÓGICO
Especular: moderada quantidade de sangue coletado em recesso vaginal posterior.
Presença de sangramento ativo pelo orifício externo do colo uterino.
Toque vaginal bimanual: colo uterino entreaberto e útero aumentado para 10 cm.
Anexos não palpáveis.
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Beta hCG positivo
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Ausência de USG na Unidade
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Orientações ao ator:
1. Sangramento vaginal intenso há poucas horas.
2. Não sabe
3. DUM: 10 de março
4. Inicio há poucas horas, sangramento intenso, vermelho vivo, sem fenômenos
associados
5. Nenhum gestação ou abortos prévios
6. Nega todos
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RESUMO ABORTAMENTO
Quadro clÍnico:
Sangramento vaginal importante ou intermitente, normalmente com cólicas
abdominais intensas.
USG: Endométrio espessado, >15mm, desorganizado, sem definição das linhas
endometriais.
Até 20% das pacientes com gravidez clinicamente aparente abortam. Cerca de 50% dos
abortamentos espontâneos ocorrem antes da 8ª semana de gestação.
Uma mulher morre a cada 2 dias por abortamento inseguro (Ministério da Saúde).
No País, 1 milhão de abortamentos induzidos ocorrem todos os anos e levam 250 mil
mulheres à hospitalização.
No período de 2010 a 2021, de um total de 774 óbitos por abortamentos notificados ao
SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade), 60% ocorreram em mulheres com
menos de 30 anos. Durante a pandemia de Covid-19, de 2020 a 2021, foram 49%.
Mundo: 6,9 milhões de mulheres sofrem complicações de abortamento a cada
ano, em todo o mundo. Em 2008, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou
que aproximadamente 13% das mortes maternas em todo o mundo foram devido a
abortamentos inseguros, equivalente a 47 mil óbitos. No Brasil, o abortamento está
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Etiologia:
• Alterações cromossômicas; quanto maior a idade da mulher, menor a chance de
formação de embriões geneticamente normais. A partir dos 40 anos, até 70% dos
seus embriões podem ter alterações cromossômicas (aneuploidias).
• Endócrinas; diabetes mellitus descompensada, síndrome do ovário micropolicístico,
doenças da tireóide ou obesidade são alguns dos fatores que colaboram para
o surgimento do abortamento. É extremamente importante lembrar que a
insuficiência lútea (produção insuficiente de progesterona pelo corpo lúteo) também
está inclusa nessas causas;).
• Infecções; rubéola, parvovírus, citomegalovírus, sífilis, HIV, toxoplasmose, IST
• Causas uterinas; adquiridas ou congênitas, que podem causar o abortamento.
Presença de miomas uterinos, septos, pólipos e sinéquias são alguns exemplos, assim
como a má formação do útero. Essas alterações podem ser identificadas através de
exames de imagens.
• Fatores imunológicos;
• Trombofilias hereditárias; as trombofilias são doenças associadas à coagulação e
descoagulação sanguínea. Elas podem ser adquiridas ou congênitas. A síndrome
antifosfolípide é a trombofilia mais frequentemente associada à abortamentos, e causa
trombose dos vasos placentários. A investigação de trombofilias é realizada através de
exames de sangue.~ sendo necessário um critério clínico e um critério laboratorial para
definir a síndrome:
• Drogas e agentes nocivos; uso excessivo de cafeína, tabagismo materno ou paterno,
uso de cocaína, uso de DIU, uso de medicações (principalmente misoprostol,
antiinflamatórios e metotrexate), radiação em altas doses
• Trauma.
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PRÉ NATAL
(Com MANEQUINS)
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Atenção Primária.
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- laboratório de análises clínicas;
- sala de medicação.
DESCRIÇÃO DO CASO
Você se encontra realizando atendimentos em uma UBS e atende paciente de sexo
feminino 23 anos, primigesta, com 35 semanas de gestação, que chega ao consultório
para exame obstétrico. A paciente relata que gostaria de realizar cesárea, pois tem
medo da dor do parto normal.
ATENÇÃO: A PACIENTE SIMULADA NÃO DEVE SER TOCADA DURANTE O
ATENDIMENTO.
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Exame físico: sem alterações
Altura uterina: 34 cm
Manobras de Leopold: situação longitudinal, posição direita, apresentação cefálica alta
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BCF: 148 bpm
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Orientações a atriz:
1. Estado civil: casada / Profissão: vendedora / 23 anos
2. Gostaria de realizar cesária
3. Última consulta de pré-natal: há 2 semanas. Relata ausência de dor, edema,
sangramento vaginal e disúria.
4. Nega alterações ocorridas depois da última consulta: dor, edema, sangramento
vaginal, disúria.
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RESUMO PRÉ-NATAL
Exame obstétrico
· Inspeção
o Craniocaudal
o Hipervascularização consequente da hipervolemia vai atingir o corpo inteiro,
desde a cabeça até os pés.
· Palpação obstétrica
o Palpar dos tempos obstétricos (escola francesa ou alemã) + altura uterina
(desde o ramo superior da sínfise púbica até o fundo do útero, manter a fita
métrica grudada na pele da paciente e com a borda cubital da mão vou
acompanhar até útero fazer a curvatura)
Altura uterina
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o Escola francesa
▪ Palpação do fundo do útero
▪ Palpação da escava/estreito superior da bacia
▪ Exploração do dorso fetal
· Ausculta obstétrica
o Auscultamos o coração do feto no foco (local onde o examinador auscultar
melhor o BCF)
o Pra encontrar o foco depende da apresentação fetal, idade gestacional
e do lado do dorso do feto (<20 sem, não importa a apresentação nem o
lado do dorso, auscultamos na linha infraumbilical e linha media; >20sem e
feto de apresentação pélvica, auscultamos supraumbilical, do lado D ou E,
onde estiver o dorso do feto; >20sem e feto em apresentação cefálica, traço
uma linha imaginaria da cicatriz umbilical até a crista ilíaca do lado de onde
estiver o dorso do feto – linha de ribemont-dessaignes, no meio dessa linha
eu ausculto o BCF)
o A ausculta depende tb do instrumento que tiver na sala
▪ USG transvaginal a partir de 5sem IG
▪ USG pélvico a partir de 8 sem
▪ Sonar a partir do momento que o útero sair da pelve, 12 sem
▪ Pnar a partir de 20 sem (a partir de 16 sem conseguimos auscultar de
acordo com a sociedade br de go)
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o HTLV 1 e 2
o Chagas
o Portanto no 1 pre natal pedimos sífilis, toxoplasmose, hepatite B e HIV
o 3 tri pedimos sífilis e HIV (DSTs com maior chance de serem adquiridas na
gestação)
· Urina 1 e urocultura (1 pre natal, 2 tri e 3tri)
o Itu é a infecção mais comum no ciclo gravídico puerperal
· PPF (1 pre natal)
o Pedimos 3 amostras
o Tratamos todas as verminoses durante a gestação após 20 semanas de
gestação, exceto a esquistossomose (não é tratada durante a gestação por
não ter medicamentos seguros pro feto)
· Colpocitologia oncológica (1 pre natal)
o Fazemos coleta dupla (ectocervice e endocervice)
o Se a mulher tiver com a rotina em dia da citologia cervical não precisamos
coletar
· Glicemia de jejum (1 pre natal)
o Exame pra rastrear dm na gestação
· Cultura vaginal e anal (35-37 sem)
o Rastrear SBG (streptococcus agalacteae)
· USG obstétrica
o O ideal seria realizar 1 USG em cada trimestre da gestação
o Primeiro trimestre: calculo da IG (principal função)
▪ Diagnóstico de gestação
▪ CCN (comprimento cabeça nádegas, usado para calculo da IG, da um
erro de só 7d)
▪ Número de fetos
▪ Localização (tópica ou ectópica)
o Segundo trimestre: estudar morfologia (principal função)
▪ Morfologia (idealmente feito com 20 sem de IG, estuda toda a
morfologia e órgãos do feto)
▪ Crescimento fetal
o Terceiro trimestre: avaliar anexos do feto (membranas e placenta) (principal
função)
▪ Crescimento fetal
▪ Liquido amniótico (estudar membranas)
▪ Localização placentária (localização baixa ou não)
▪ Idade placentária (ver se há calcificações)
Complementação
· Acido fólico
o Ajuda a fechar o tubo neural do feto
o Pré concepcional (quando paciente demonstrar interesse em engravidar)
até o final do primeiro trimestre (12 sem)
o 5mg/dia, o necessário são 400 mcg/dia, damos 5mg/dia porque a população
brasileira tem uma deficiência nata de ácido fólico
· Ferro
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Rastreio de mf
· Medida da translucência nucal (prega na nuca do bebê)
o Rastreio de Sd. de down
o O ideal é avaliar através do USG entre 11 – 13 sem
o Deve ser <2,5mm, se vier > devemos continuar a investigação
o Se o USG for feito após 13 sem existem tabelas que correlacionam a medida
da translucência com a Ig do bebê, se vier maior devemos investigar
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VAGINOSE BACTERIANA
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Atenção Primária.
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- laboratório de análises clínicas;
- sala de medicação.
DESCRIÇÃO DO CASO
Você está de plantão no unidade de pronto atendimento (UPA), quando chega uma
mulher com 28 anos de idade, sexualmente ativa, apresentando há 1 mês, uma
secreção esbranquiçada com odor fétido.
ATENÇÃO: A PACIENTE SIMULADA NÃO DEVE SER TOCADA DURANTE O
ATENDIMENTO.
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EXAME ESPECULAR:
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Avaliação ph vaginal: 6,5
Teste das aminas: positivo
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Exame a fresco: intensa adesão entre as estruturas
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Orientações ao ator:
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RESUMO VAGINOSE
Vulvovaginite
Doença Agente Diagnóstico Tratamento
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Colpocitologia oncológica
(Papanicolau)
(MANEQUINS DE PELVE)
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Atenção Primária.
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- laboratório de análises clínicas;
- sala de medicação.
DESCRIÇÃO DO CASO
Você está realizando o atendimento de uma paciente de 34 anos, em Unidade Básica
de Saúde (UBS), que vem a consulta ginecológica de rotina.
ATENÇÃO: A PACIENTE SIMULADA NÃO DEVE SER TOCADA DURANTE O
ATENDIMENTO.
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Orientações ao ator:
Apenas concorda com todas as orientações que lhe são dadas.
RESUMO COLPOCITOLOGIA ONCÓTICA
- Lembrando que pela idade da paciente o MS não indica rastreamento clínico para
mamas, tão pouco mamográficos.
- O rastreamento clínico de mamas segundo MS esta indicado para mulheres acima
de 40 anos de forma anual, o rastreamento mamográfico esta indicado apenas para
pacientes acima de 50 anos e max. 69 anos, sendo realizados anuais max. de 2 em 2
anos.
- Resultados do exame colpocitológico:
• LIE-BG (LSIL): repetir em 6 meses se tiver mais de 20 anos. E em 12 meses em
menores a 20 anos.
• ASC-US: repetir em 6 meses se a mulher tiver mais de 30 anos e em 12 meses de
menor a 30 anos.
• ASC-H: colposcopia
• AGC (AGUS): colposcopia e avaliar canal
• LIE-AG (HSIL): colposcopia
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AMENORREIA SECUNDÁRIA
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Atenção Primária.
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- laboratório de análises clínicas;
- sala de medicação
DESCRIÇÃO DO CASO
Você está em uma Unidade Básica de Saúde, prestando atendimento a paciente
Isabela, queixando-se de ausência de menstruação há 7 meses, oleosidade da pele e
acne.
ATENÇÃO: A PACIENTE SIMULADA NÃO DEVE SER TOCADA DURANTE O
ATENDIMENTO.
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IMPRESSO 1
INSPEÇÃO
Pelos grossos e pigmentados em tórax e abdômen.
IMC = 30
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Orientações ao ator:
4. Ciclo menstrual: Irregular, ficava até 2 meses sem menstruar, quantidade normal,
duração 3 a 5 dia
5. Parceiros 2, atividade sexual regular
6. Nega uso de ACO
7. Mudanças: pele oleosa, cabelo caindo, engordando
11. Infertilidade: já tentei várias vezes e nunca consegui por isso parou ACO.
14. Afirma tudo
15. Achou que ficou mais escuro
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RESUMO AMENORRÉIA
Amenorréia: é ausência de menstruação por 3 ciclos consecutivos ou mais (falamos
ciclos e não meses porque o intervalo menstrual vai de 21 a 35 dias, então dependo
do ciclo da paciente pode dar mais que 3 meses).
Secundaria
Suspeitar quando a mulher menstruou pelo menos uma vez
na vida e ficou por 3 ciclos consecutivos ou mais sem menstruar
(nos casos de mulheres com ciclos regulares) ou 6 meses consecutivos ou mais (para
mulheres com ciclos irregulares).
INVESTIGAÇÃO
Amenorreia + Atraso Menstrual = Gravidez
Toda vez que chega uma paciente com amenorreia e atraso menstrual pensar
em gravidez.
Dosar Beta hCG.
Afastado gravidez, nós partimos para propedêutica especifica da amenorreia.
Propedêutica Especifica da Amenorreia
Teste do progestogênio
Ofereço progesterona (acetato de medroxiprogesterona 5 a 10mg/dia) pra paciente e
espero 5 a 10 dias e verifico se a paciente sangra ou não (se sangrar o teste é positivo, se
não sangrar é negativo).
Se for positivo significa que o endométrio dela foi previamente estimulado pelo
estrógeno, mas ela não produz progesterona. Nós precisamos dar progesterona
para ela sangrar, ou seja, se ela não produz progesterona, ela não ovula - mulher
anovuladora.
Se o teste vem negativo, a mulher não produz nem estrogénio nem progesterona
ou ela tem uma obstrução na saída do sangramento, continuamos com a
investigação
GRUPO 2
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GRUPO 3
Teste do progestogênio negativo e a prolactina normal. Problema hormonal (não
produz nem estrogênio nem progesterona) ou problema uterino (não tem útero ou
útero tem obstrução à saída do sangramento).
Negativo
Diagnóstico de amenorreia útero canalicular
Ex: Criptomenorreias
Sd de asherman
Sd de rokitansky (agenesia dos ductos de muller/paramesonef ricos, se a paciente
tem agenesia desses ductos, ela não tem nem o útero nem o 1/3 superior da
vagina), Sd morris/da feminilizacao testicular (tem mamas, genitálias externas
femininas, mas tem testículo intra pélvico, genótipo masculino, fenótipo feminino,
mas é uma mulher sem pelos por uma insensibilidade aos androgênios), Sd
youssef-machado (iatrogenia na obstetrícia, quando a paciente tem 2 ou mais
cesáreas anteriores e durante a cesárea forma se uma fístula vesico uterina, devido
às aderências das cesáreas anteriores. No pós parto a loquiação é eliminada pela
urina).
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Positivo
Agora temos que dosar FSH e LH. O útero está presente e funcionando, já que
houve sangramento após a paciente receber estrogênio seguido de progesterona
no teste. Temos que ver qual hormônio esta em falta pra diferenciar se o problema é
periférico ou central.
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DESCRIÇÃO DO CASO
Você se encontra em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e vai realizar o atendimento
de uma paciente de 55 anos, nuligesta, na menopausa há 4 anos, em uso de Terapia
Hormonal há 6 meses, que notou nódulo na mama há 2 meses e veio para consulta
muito nervosa.
ATENÇÃO: A PACIENTE SIMULADA NÃO DEVE SER TOCADA DURANTE O
ATENDIMENTO.
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EXAME FÍSICO MAMÁRIO:
-INSPEÇÃO ESTÁTICA E DINÂMICA SEM ALTERAÇÕES
-AUSÊNCIA DE LINFONODOS PALPÁVEIS
-NÓDULO REGULAR, MÓVEL, INDOLOR E FIBROELÁSTICO, COM CERCA DE 2
CENTÍMETROS EM MAMA ESQUERDA
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MAMOGRAFIA
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Orientações ao ator:
3. Sem descarga papilar, não aumentou de tamanho, nega biópsia e nega punção
4. Nega todos os fatores de risco, apenas refere uso de terapia hormonal
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1. Anamnese:
Em caso de presença de nódulos, deve-se investigar a data da percepção, velocidade
de crescimento, localização, consistência, relação com traumatismo ou ciclo menstrual.
Além disso, devem ser pesquisados fatores de risco para câncer de mama:
· Idade superior a 40 ou 50 anos
· Ser mulher
· Antecedentes pessoais de câncer de mama
· História familiar
· Antecedentes pessoais de outros tipos de câncer e RT para linfoma de Hodgkin
· Lesões histológicas indicadoras de risco
· Cicatriz radial ou lesão esclerosante complexa
· História menstrual: menarca precoce (antes dos 11 anos); menopausa tardia (após
55 anos)
· História obstétrica: nuliparidade e primariedade idosa (após os 30 anos)
· Uso de Anticoncepcional Oral
· Terapia Hormonal
· Fatores nutricionais: dietas rica em gorduras
· Uso crônico de bebidas alcoólicas
· Agentes químicos
· Radiação ionizante
· Fatores geográficos: países desenvolvidos e industrializados
· Sedentarismo
· Genética: BRA1 e BRA2, doença de Cowden (doença harmatomatoso intestinais e
extraintestinais)
2. Exame Físico
Deve seguir as seguintes perguntas:
a) A lesão é realmente um nódulo: temos que saber diferenciar de benigno e
maligno.
BENIGNIDADE MALIGNIDADE
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3. Exames complementares
PAAF: é o primeiro passo na investigação dos nódulos mamários, pois diferencia as
lesões císticas das lesões sólidas. Temos PAAF guiada por USG e a guiada por MMG.
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BENIGNIDADE MALIGNIDADE
Margens irregulares
Hipoecogenicidade e textura
Diâmetro laterolateral maior que o
heterogênica (achado inespecífico)
craniocaudal
Diâmetro craciocaudal
Ecogenicidade homogênea
(anteroposterior) maior do que o
Bordas bem delimitadas
diámetro laterolateral (nódulo mais
Pseudocápsulas ecogênicas finas
largo)
Sombras laterais à lesão
Presença de sombra acústica
Reforço acústico posterior
posterior
Contornos microlobulares
Altamente suspeitos de
5 Tomar conduta adequada
malignidade
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ANTICONCEPCIONAL
HORMONAL ORAL
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Atenção Primária.
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- laboratório de análises clínicas;
- sala de medicação
DESCRIÇÃO DO CASO
Você está trabalhando numa Unidade Básica de Saúde (UBS), quando chega uma
paciente de 20 anos, com vida sexual ativa, desejando usar “pílula” anticoncepcional.
Paciente traz exame de BETA hCG negativo.
ATENÇÃO: A PACIENTE SIMULADA NÃO DEVE SER TOCADA DURANTE O
ATENDIMENTO.
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Orientações ao ator:
3. DUM há 5 dias, ciclos regulares, duração de 5 dias, fluxo moderado.
4. Nega
5. Nega
6. Nega
7. Nega
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De uma maneira geral, os principais efeitos colaterais dos estrogênios são centrais e
dos progestogênios são mais periféricos, principalmente os cutâneos. No entanto o
principal efeito colateral do estrogênio é aumentar os fatores de coagulação II, V, VII,
VII, IX, X e XII. E o principal efeito colateral do progestogênio é diminuir a velocidade do
sangue dentro do vaso. Portanto, o maior problema com a anticoncepção hormonal
são os fenômenos tromboembólicos. Apesar de tantos efeitos colaterais, continuamos
prescrevendo os contraceptivos hormonais, porque seus efeitos benéficos superam os
colaterais. São eles:
• Sangramentos regulares
• Alívio da dismenorreia primária, TPM e do fluxo abundante
• Menor risco de DIPA (por tornar o muco cervical espesso e dificultar ascensão de
gonococo e clamídia) e de gravidez ectópica
• Menor incidência de moléstia trofoblástica
• Rápida regressão de cistos ovarianos funcionais
• Reduz risco de câncer de endométrio, doenças benignas da mama e câncer de ovário
• Melhora relativa da acne, seborreia, hirsutismo e artrite reumatoide
Porém existem algumas contra-indicações absolutas para qualquer tipo hormonal de
contracepção:c
• câncer de mama
• fenômenos tromboembólicos (tromboflebite, TVP ou antecedente, doença
coronariana, cerebrovascular ou ocular, HAS severa, hipercolesterolemia e
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valvulopatias)
• hepatopatias agudas e crônicas
• sangramento uterino anormal
• gravidez diagnosticada ou suspeita
Podem ser com liberação lenta de progestogênio, com o único objetivo de impedir o
principal efeito colateral do DIU tradicional de cobre, que é a hipermenorreia.
Contraindicações absolutas (categoria 4): gravidez infecção pós parto ou pós aborto,
DIP atual ou nos últimos 3 meses, cervicite purulenta, tuberculose pélvica, antecedente
pessoal de DIP por 2 ou mais vezes sangramento vaginal sem diagnóstico câncer de
colo uterino, endométrio, ovário ou coriocarcinoma alterações anatômicas do útero que
impeçam a colocação do DIU.
Riscos que superam os benefícios (categoria 3): sangramento menstrual aumentado,
pós parto entre 3 e 28 dias, risco aumentado de DST, doença trofoblástica benigna.
Uso sem restrições (categoria 1): mais de 4 semanas pós parto sem infecção, após
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DESCOLAMENTO PREMATURO
DE PLACENTA
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Pronto Atendimento.
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- laboratório de análises clínicas;
- sala de medicação;
- sala de parto e maternidade.
DESCRIÇÃO DO CASO
Vocês está de plantão em um pronto socorro geral, quando dá entrada na emergência
gestante de 28 anos, com queixa de dor abdominal e sangramento vaginal intenso.
ATENÇÃO: A PACIENTE SIMULADA NÃO DEVE SER TOCADA DURANTE O
ATENDIMENTO.
Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:
-Realize a anamnese e exame físico;
- Indicar exames complementares de rastreio se necessário e justificar;
- Oriente paciente sobre hipótese diagnóstica e explique conduta.
ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA
SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.
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IG: 36 2/7 semanas
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Ausência de USG na Unidade
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Orientações ao ator:
3. DUM: não se lembra.
4. Sangramento e dor abdominal intensa há uma hora, sem outros sintomas
associados.
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Fisiopatologia
• Uma pequena área da placenta descola, o sangue que deveria passar do útero pra
placenta e da placenta pro feto acaba ficando atras da placenta e vai descolando uma
área maior e mais sangue vai se acumulando atras da placenta e descolando cada vez
mais; o sangue que fica atras da placenta acaba irritando a fibra muscular do útero,
que faz com q ele sem contraia sem um período de relaxamento (hipertonia uterina),
que aumenta ainda mais a área de descolamento, fazendo com que mais sangue se
acumule atras da placenta; quando a placenta se descolar 50% ou mais é igual a óbito
fetal, pq o sangue que se perde na descolamento prematuro de placenta é o sangue
que estava indo oxigenar o feto.
• 80% das pacientes com descolamento prematuro de placenta apresentam
sangramento vaginal, porem a quantidade de sangue que se exterioriza pela vagina
não reflete a quantidade de sangue propriamente dita.
Na imagem superior a quantidade de sangue que perdemos pela vagina é a
quantidade de sangue que realmente ela esta perdendo; já na figura inferior a
quantidade que sai não reflete a quantidade que esta perdendo.
• 20% das pacientes que não sangram: sangue fica retido atras da placenta (hematoma
retroplacentário) ou o sangue pode atravessar as membranas e circular na cavidade
amniótica (hemoâmnio).
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Qc
• Sangramento repentino e doloroso
o De uma hora pra outra ela começa a ter sangramento acompanhado de dor devido
hipertonia uterina (fibras uterinas irritadas pelo sangue contraindo sem ter um
relaxamento).
o Essa hipertonia é tão intensa que se a paciente for multípara ela pode evoluir com
parto de alude (bebê que é jogado pra fora pelo útero com a placenta, la, tudo de uma
vez).
• Útero tetânico.
• Pulso paradoxal de boero – sangramento vaginal intenso, mas o pulso está bom;
apesar da perda sanguínea ser grande o pulso ainda está bom, porque ela tem
aumento de 50% do volume, então demora pra chocar, se ela descompensar
hemodinamicamente é porque a perda sanguínea foi gigantesca.
• Útero de couvelaire – cavidade inteira infiltrada de sangue, o estimulo contrátil
não consegue passar de uma cavidade pra outra, então vai passar a ser um útero
hipotônico, incapaz de contrair.
• Coagulopatia
• Sd de Sheehan
• IRA
• Mesmo sem sangramento, se a gestante >20sem apresentar hipertonia uterina, até
que se prove o contrario é DPP.
Classificação de Sher
• Tipo 1 – assintomática, diagnóstico após o parto através do hematoma retroplacentário.
• Tipo 2 – paciente com quadro clinico clássico de DPP, >20 sem com sangramento
vaginal e hipertonia e feto vivo.
• Tipo 3a e 3b – quadro clínico clássico, mas feto morto.
o 3a – sem coagulopatia materna instalada.
o 3b – com coagulopatia materna instalada.
Diagnóstico:
• Clínico -> não tenho tempo de fazer algum exame, na menor suspeita clínica de DPP
tenho que tomar alguma conduta.
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Prognóstico:
• Mortalidade materna 1-3%
• Mortalidade perinatal 95% -> feto deixa de receber o2
o 100% graves -> sher 3
o 66% intermediário -> sher 2
o 24% leves -> sher 1
Conduta:
• Medidas gerais
• Exames laboratoriais
• Pegar o acesso mais calibroso possível, fazer infusão de solução cristaloide, colho
hemograma e coagulograma e vou direto pra conduta obstétrica
• Se paciente estável -> conduta expectante (posso esperar até 6h pra esse bebê nascer
pelo parto normal, porque contrações uterina estão bem intensas), podemos romper
as membranas pra acelerar o parto (diminui a tensão na cavidade amniótica e ajuda a
coordenar as contrações), se após 6h o bebê não nascer via baixa -> cesárea
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RUPTURA PREMATURA DE
MEMBRANAS OVULARES (RPMO)
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Atenção Secundária: Ambulatorial e Hospitalar.
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- laboratório de análises clínicas;
- sala de medicação;
- sala de parto e maternidade.
DESCRIÇÃO DO CASO
Vocês está de plantão em uma pequena maternidade, quando dá entrada no pronto
socorro, uma gestante de 24 anos, com queixa de perda de líquido vaginal.
ATENÇÃO: A PACIENTE SIMULADA NÃO DEVE SER TOCADA DURANTE O
ATENDIMENTO.
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IG: 32 semanas de gestação
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EXAME FÍSICO OBSTÉTRICO
Palpação: AU de 26cm
BCF: 144bpm
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USG obstétrico: feto único, vivo, cefálico, com bons sinais vitais, placenta fúndica grau II,
líquido amniótico reduzido e idade gestacional compatível com 32 semanas.
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pH vaginal 6,8
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Orientações ao ator:
2. Perda de liquido em grande quantidade há uma hora.
3. DUM não lembra exatamente
4. Início há uma hora, duração até o momento da consulta, liquido tipo agua que
escorreu pela perna e formou uma poça no chão.
5. Primeira gestação, não teve abortos.
6. Nega todos
7. Trouxe a carteira
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Etiologia:
· Infecção:
o Microrganismo que causa qualquer infecção pode agir diretamente
rompendo as fibras colágenas das membranas. Além disso em todo
processo infeccioso tem a liberação dos mediadores inflamatórios,
incluindo as prostaglandinas, que vão aumentar a contratilidade do útero
causando a rotura das membranas.
o Principalmente ITU, vulvovaginites e qualquer outra infecção sistêmica.
· Inflamação:
o Mediadores inflamatórios, principalmente a prostaglandina, aumentam
contratilidade uterina rompendo as membranas.
· Alterações bioquímicas:
o Deficiência da alfa-1-antitripsina.
o No líquido amniótico temos a tripsina (enzima que quebra colágeno) e a
alfa-1-antitripsina (cuja função é bloquear a tripsina).
o Se a mulher tiver deficiência da alfa-1-antitripsina, a tripsina vai estar agindo
livremente, rompendo as fibras colágenas das membranas: RPMO.
· Alterações nutricionais
o Deficiência da vitamina C e cobre.
o Fundamentais para a síntese de colágeno
o Na deficiência temos menos colágeno nas membranas, levando a
membranas mais frágeis.
· Tabagismo
o Rompe as fibras colágenas
· Drogas ilícitas
o Cocaína e crack
o Causam uma hipertonia uterina
· Malformações
o Todas as malformações que façam o bebê crescer mais do que o esperado
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Diagnóstico:
· Melhor método é clinicamente, através do exame especular, visualizando o
líquido amniótico saindo pelo colo.
o Gestante que vem com história de perda de líquido que escorreu pela
perna até o chão como água.
o Durante palpação obstétrica, sinto mais facilmente as partes fetais, altura
uterina está menor do que o esperado para a Idade gestacional. Ao colocar
a paciente em posição ginecológica, a vulva está úmida, passo o espéculo e
vejo líquido saindo pelo orifício externo do colo.
o Se a vulva estiver seca e não vermos o líquido amniótico saindo pelo colo:
manobra de Tarnier (segurando o espéculo dentro da vagina da paciente,
o auxiliar levanta a apresentação, chacoalha a barriga da paciente; se
continuar não saindo uma gota de líquido amniótico, é negativa).
▪ Não adianta pedir USG nesse caso pois a paciente pode ter um
oligodrâmnio, somos obrigados a lançar mão de testes bioquímicos
· Testes bioquímicos
o Avaliação do pH vaginal
▪ Geralmente o ph da grávida é extremamente ácido (pH de 3,2
aproximadamente), pois como tem bastante estrogênio circulando,
propicia a adesão de muito glicogênio na parede da vagina e os
lactobacilos vão quebrar esse glicogênio produzindo ácido lático
▪ Se o pH vier tendendo ao neutro/alcalino -> rpmo (porque o Líquido
Amniótico é alcalino, ao passar pela vagina na RPMO, ele eleva o pH
vaginal)
o Avaliação do muco cervical
▪ Progesterona deixa o muco grosso/espesso, já o estrogênio fluidifica
o muco cervical (provoca efeito samambaia, cristalização típica do
muco cervical, muco arboriforme)
▪ Na gravida o muco é espesso, porque o hormônio que predomina é a
progesterona
▪ Se vier muco arboriforme, indica rpmo, porque o líquido amniótico é
rico em estrogênio
o Teste de Iannetta
▪ Pega a secreção vaginal, coloca na lâmina e aquece por 1 min. Se
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Complicações
· Corioamnionite
· Prematuridade
o Quanto mais cedo a membrana se romper, maior o risco de prematuridade
Tratamento
· Depende da Idade gestacional
o Se ≥ 34 semanas: pulmão fetal maduro, internar e induzir o parto (conduta
ativa).
▪ Problema da indução: quando induzimos, temos que fazer vários
toques vaginais e, ao fazer esses toques, aumentamos o risco de
infecção. Por isso, temos que pensar em antibiótico.
▪ Até 6h do diagnóstico da rotura não preciso prescrever antibiótico
▪ Se demorar > 6h: antibiótico e manter por até 24h após o parto
▪ Profilaxia de Strepto agalactie: ampicilina ou penicilina
▪ Ao chegar, a paciente com estrepto desconhecido ou positivo deve
começar a receber antibiótico. Se o bebê nascer em até 6h, eu paro.;
caso não, eu continuo por mais 24h após o parto.
▪ Se for negativo, eu começo a indução. Se > 6h, inicio antibiótico
empírico
o Se < 34sem: conduta expectante
▪ Vigilância infecciosa pelo risco de corioamnionite:
· Febre >38 sem foco aparente
· Leucograma dobrar
· PCR subir sem foco infeccioso
· Líquido Amniótico com odor fétido ou de aspecto purulento
▪ Vigilância da vitalidade fetal
· Cardiotocografia a cada 3 dias.
· Perfil biofísico e doppler a cada 1 semana.
▪ Internar paciente e realizar exame físico criterioso à procura de
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DIABETES E GESTAÇÃO
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Atenção Primária.
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- laboratório de análises clínicas;
- sala de medicação;
DESCRIÇÃO DO CASO
Você se encontra em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), no programa da família, e
sua próxima paciente é uma gestante, primigesta, sem queixas, que veio para realizar
pré-natal, porém ansiosa pois todas as mulheres da sua família tiveram diabetes na
gestação e, está preocupada com o resultado do seu exame de glicemia que realizou
logo que soube que estava grávida.
ATENÇÃO: A PACIENTE SIMULADA NÃO DEVE SER TOCADA DURANTE O
ATENDIMENTO.
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EXAME GINECOLÓGICO E OBSTÉTRICO SEM ALTERAÇÕES
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GLICEMIA DE JEJUM: 89mg/ dl
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Orientações ao ator:
2. Está preocupada pois muitas em sua família tiveram diabetes gestacional
3. Nega antecedentes patológicos
4. Nega
5. Nega
6. DUM 10 DE MARÇO, primeira gestação, nenhum aborto prévio.
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ENDOMETRIOSE
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Pronto Atendimento
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- laboratório de análises clínicas;
- sala de medicação;
DESCRIÇÃO DO CASO
Você está de plantão no unidade de pronto atendimento (UPA), quando chega uma
mulher com 23 anos de idade, sexualmente ativa, apresentando dor em andar inferior
do abdômen, com piora progressiva. Relata que a dor iniciou logo após a menarca e
vem piorando mês a mês.
ATENÇÃO: A PACIENTE SIMULADA NÃO DEVE SER TOCADA DURANTE O
ATENDIMENTO.
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EXAME GINECOLÓGICO: DOR À MOBILIZAÇÃO DO COLO UTERINO AO TOQUE
VAGINAL. RESTANTE DO EXAME GINECOLÓGICO SEM ALTERAÇÕES.
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Orientações ao ator:
2. Dor tipo cólica durante o periodo menstrual
3. Dor tipo cólica, muito intensa, e que vem piorando a cada ciclo menstrual
4. Menarca aos 15 anos, ciclos regulares
5. Nega DST, nega uso de preservativo, 2 parceiros
6. Nega uso de ACO
7. Nunca teve gestação, e nenhum aborto prévio
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RESUMO ENDOMETRIOSE
Etiologia:
Temos várias teorias que tentam explicar a endometriose, hoje a mais aceita é a Teoria de
Sampson (menstruação retrógrada) associada a teoria imunológica (faz parte da teoria
de Sampson).
· Teoria de Meyer ou da metaplasia celômica:
o Primeira teoria descrita na literatura
o Diz que as células do ovário e do peritônio são células totipotentes, ou seja,
podem se diferenciar em qualquer tipo celular. Então, na adolescência,
quando a menina começa a produzir os hormônios sexuais, as células se
diferenciariam em células endometriais e passariam a responder a esses
hormônios, proliferando na presença de estrogênio, secretando glicogênio
na presença de progesterona e, quando o nível de progesterona cai, ele
descama.
· Teoria de Sampson ou da menstruação retrógrada:
o Esta é a que importa para a prova;
o Em todas as mulheres que menstruam, uma pequena parte do fluxo
menstrual, ao invés de ir para vagina e ser eliminada, passa pelos óstios
tubários, percorre as trompas e chega à cavidade pélvica. A menstruação
nada mais é do que as células do endométrio que descamaram. Através da
menstruação retrógrada, elas chegam na pelve, implantam-se e começam a
responder aos hormônios.
o Se acreditarmos nessa teoria, por que apenas 3% das mulheres desenvolverão
essa doença? Para responder essa questão, surgiu a teoria imunológica :
▪ Existe uma imunoglobulina que é responsável por fagocitar as células
endometriais que chegam à cavidade pélvica. A mulher que possuir
deficiência dessa imunoglobulina vai desenvolver a endometriose.
· Teoria Mulleriana
o Restos dos ductos de Muller podem persistir na pelve da paciente e, quando
as meninas começam a produzir hormônios, eles se diferenciam em células
endometriais. O útero inteiro e o terço superior da vagina se originam dos
ductos de Muller ou paramesonéfricos. Se restos desses ductos persistirem
na pelve, eles podem se diferenciar em células endometriais.
· Teoria hematogênica/linfática
o Para explicar endometriose a distância (mulheres que, quando menstruam,
sangram pelo nariz, vulva, boca, pulmão). A célula endometrial chega longe
pela corrente sanguínea/linfática.
· Teoria iatrogênica
o Com o objetivo de economizar no sistema público, alguns médicos utilizam
o mesmo fio de sutura que usaram para fechar a parede do útero na cesárea
para fechar a parede abdominal da paciente. Dessa forma, implantam as
células endometriais na parede, causando endometrioma de parede.
Quadro clínico:
· Tríade: dismenorreia, dispareunia e infertilidade (dificuldade para engravidar)
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o São os 3 Ds da ginecologia;
· Dismenorreia secundária: abdômen agudo hemorrágico quando tem focos de
endometriose no peritônio, as células endometriais vão crescendo;
o Na primeira fase do ciclo menstrual, onde há produção de estrógeno,
prolifera os focos de endometriose. A paciente ovula, forma corpo lúteo
que vai produzir progesterona. A seguir, vai fazer com que os focos virem
secretores de glicogênio; Depois de 12 a 14 dias, o corpo lúteo começa a ser
substituído por tecido conjuntivo e a progesterona começa a cair. A queda
da progesterona vasoconstringe esses focos de endometriose que começam
a descamar, gerando sangue livre na cavidade, provocando a irritação do
peritônio, com Descompressão brusca (DB) positiva, um abdômen agudo
hemorrágico;
o Sangue livre na cavidade causa aderências na pelve, e os órgãos genitais
internos ficam pendurados por ligamentos. Se a paciente tem endometriose
que provoca a aderência, esses órgãos genitais pélvicos perdem a mobilidade
e ficam fixos, gerando a dor pélvica crônica (dor que dura 6 meses ou mais)
o endometriose compromete ovário, causando o cisto endometriótico ou
endometrioma, cisto de parede espessada e conteúdo espesso achocolatado
(sangue), que, de mês em mês, vai se acumulando e fazendo ele crescer.
Apresenta-se com queixa álgica porque vai crescendo e comprimindo as
estruturas vizinhas e corre o risco de torcer - quanto maior o cisto, maior o
risco dele torcer no seu próprio eixo.
· A intensidade da dor não esta relacionada com o grau da doença. Ela pode ter uma
endometriose seríssima e não ter dor, outras tem grau inicial e dor incapacitante.
· Dispareunia de profundidade: quando a endometriose acomete os ligamentos
útero sacros, esses ligamentos são os mais posteriores do colo do útero, unem o
colo do útero ao sacro. A importância é que esse ligamento é responsável pela
movimentação do colo do útero durante a relação sexual, de forma que, durante a
relação sexual, toda vez em que o pênis chega ao fundo da vagina e bate no colo
do útero, o colo do útero acompanha a movimentação do pênis e esse é um dos
mecanismos que dá prazer para a mulher durante a relação sexual (colo do útero
acompanhar a movimentação do pênis). Se a mulher apresentar endometriose do
ligamento útero-sacro, o colo do útero perde essa mobilidade, toda vez que o pênis
chegar no fundo da vagina e bater no colo do útero ele não sairá do lugar, e ela terá
um traumatismo de repetição e a paciente referirá dor.
Diagnóstico
· O diagnóstico definitivo de endometriose é histológico: apenas após obter o
material de fora da cavidade uterina, entregar ao patologista e ele confirmar que
há células endometriais ativas (que respondem aos hormônios) é que está fechado
o diagnóstico de endometriose.
· Dismenorreia progressiva com atendimento emergencial: podemos afirmar que é
endometriose;
· Apesar da história ser clássica, o exame físico é de espectro variável: pode haver
pacientes com exame físico normal até uma paciente com abdômen hemorrágico
com DB positiva, pode apresentar apenas dor à mobilização do colo, massa palpável
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Exames laboratoriais:
· O objetivo é auxiliar no diagnóstico de endometriose.
· Ca 125: é um marcador tumoral. Os marcadores tumorais são substâncias que
apresentam elevados em uma determinada doença, tem o nome de marcador
tumoral porque o primeiro descrito na literatura marcava um tumor de ovário maligno
da linhagem epitelial;
o Pouco específico, se altera em diversas doenças como endometriose, tumor
de ovário maligno, doenças do trato gastrointestinal, DIPA.
o Sua principal indicação é o acompanhamento do endometrioma, já que não
podemos acompanhar pelo USG porque ele tem sangue em seu interior.
Esse sangue pode ser meio de cultura e pode infectar, gerando um abscesso,
que apresenta a mesma imagem ultrassonográfica do endometrioma (cisto
de parede espessada e conteúdo espesso, no endometrioma o conteúdo é
sangue e no abscesso é pus); O ideal é retirar o endometrioma, mas se a
paciente quiser apenas acompanhar, temos de fazer uso da ressonância.
· Laparoscopia/laparotomia
o É o melhor método pra obter o material e entregar pro patologista fechar o
diagnóstico.
o Além de ser o melhor método para obter o material, pode ser o melhor método
de tratar a endometriose e também serve pra classificar a endometriose.
o Qualquer alteração peritoneal tem que ser biopsiada porque pode ser
endometriose - lesões das mais diversas: cortes, cicatrizes, pólipos, vesículas,
opacificação, bolsas. Há uma lesão clássica: chamuscado de pólvora
queimada (um monte de pontos escuros).
Localização:
Ovário 50% - bilateral 50%
· O ovário é o local mais acometido – principal foco da endometriose no geral e
intrapélvico;
o Isso ocorre porque são nos ovários que são produzidos os hormônios
estrógeno e progesterona;
· Colón e sigmoide – importância de fazer toque retal: Principal foco de endometriose
extra pélvico.
o Chega no intestino por disseminação pelo septo reto- vaginal (tecido que
existe entre reto e vagina);
o Paciente que tem endometriose reto-vaginal vai sangrar pelas fezes durante
a menstruação, ter dor ao evacuar e disquesia (só consegue evacuar se ela
introduzir os dedos na vagina e comprimir a parede posterior de cima pra
baixo, tem que trazer as fezes em direção ao ânus).
Tratamento:
· Clínico ou cirúrgico - atualmente é combinado;
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Recorrência:
· Esse é o grande problema da endometriose, a recidiva, porque não temos como
tirar os focos microscópicos da doença.
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CÂNCER DE ENDOMÉTRIO
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Atenção Primária
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- laboratório de análises clínicas;
- sala de medicação;
DESCRIÇÃO DO CASO
Você está trabalhando em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e sua próxima paciente
é uma senhora de 72 anos com queixa de sangramento vaginal.
ATENÇÃO: A PACIENTE SIMULADA NÃO DEVE SER TOCADA DURANTE O
ATENDIMENTO.
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IMPRESSO 1
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IMPRESSO 2
EXAME ESPECULAR: sangue coletado no recesso vaginal posterior. Sem sangramento
ativo pelo orifício externo do colo uterino.
RESTANTE DO EXAME GINECOLÓGICO SEM ALTERAÇÕES
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Orientações ao ator:
3. Sangramento: Vermelho escuro tipo sangue pisado, quantidade pequeno, sem
odor, sem prurido.
4. Menopausa: 50 anos, menarca aos 15 anos, ciclo menstrual sempre normal,
duração 3-5 dias.
5. Adequado: não tem vida sexual ativa, ficou viúva aos 60 anos e nunca mais teve
relação sexual
6. Nunca usou terapia hormonal
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RESUMO
Tumor mais frequente nas mulheres na 6ª e 7ª décadas de vida.
· Idade média: 60 anos
· 75% em mulheres com mais de 50 anos
· Câncer da mulher na perimenopausa (45-55 anos)
Tipos patogênicos:
· Tipo 1
o É comum na perimenopausa, com história de exposição a estrógenos
sem oposição da progesterona (endométrio espessado pela ação
da progesterona), carcinoma moderadamente diferenciado, melhor
prognóstico.
o Maioria dos cânceres de endométrio no Brasil são desse tipo.
o Endométrio espessado, demora para o tumor acometer todo o endométrio,
demora para acometer a camada muscular do útero e demora para ter
disseminação linfática.
· Tipo 2
o Origem no endométrio atrófico, mulheres mais velhas, magras e na pós-
menopausa; pior prognóstico com invasão profunda do miométrio e
disseminação pélvica.
o Como o tumor acomete um endométrio fino rapidamente, ele acomete
todas as camadas do endométrio e vai para próxima camada do útero que
é a camada muscular. O problema é a disseminação linfática.
Fator de risco:
· Todos os fatores são devido à ação estrogênica sem antagonização da progesterona.
· Obesidade: fator de risco principal isolado.
· Não conseguimos controlar a produção de estrogênio no tecido adiposo periférico;
por mais que seja a estrona (um estrógeno fraco), ela consegue agir um pouco
no endométrio. Paciente obesa produz muita estrona, o que aumenta o risco de
hiperplasia e câncer.
· Nuliparidade: na mulher que nunca engravidou, o ovário nunca entrou em repouso,
e quanto mais ele trabalhar, maior o número de ciclos anovulatórios. Assim, não há
a produção de corpo lúteo e nem a produção de progesterona. Portanto, todo ciclo
anovulatório é exposição a estrogênio sem oposição da progesterona.
· Menarca precoce e menopausa tardia: ovário começou a trabalhar cedo e parou
tarde, maior número de ciclos anovulatórios.
· Diabetes (com obesidade): sozinha não é fator de risco, o problema é que a maioria
das mulheres com essa doença são obesas.
· HAS (com obesidade): sozinha não é fator de risco, o problema é que a maioria das
mulheres com essa doença são obesas.
· Estrogenioterapia sem oposição progestacional: se há útero, devemos dar
progesterona para antagonizar a ação proliferativa no endométrio.
· Tamoxifeno: SERM, ele se liga em todos os receptores de estrogênio da mulher
e, dependendo do lugar em que se ligam, tem ação agonista ou antagônica. No
endométrio, tem ação agonista.
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Classificação histológica:
· 80% dos casos é o adenocarcinoma endometrioide (origina das próprias células
endometriais)
· Quando o câncer de endométrio não for endometrioide, tem prognóstico pior
Quadro clínico:
· Extremamente sintomático
o 90% das mulheres com câncer de endométrio apresentam hemorragia ou
corrimento vaginal
o O tipo de sangramento depende da idade da paciente
▪ ≥ 1 ano sem menstruar: sangramento pós menopausa
▪ Perimenopausa: ao invés da menstruação diminuir, ela começa a
aumentar ou apresentar metrorragia (sangramento fora do ciclo
menstrual)
· Menos de 10% com diagnóstico de câncer de endométrio são assintomáticas
o Elas sangram, mas não conseguem exteriorizar o sangramento.
o Idosas que menopausaram há muito tempo apresentam atrofia do orifício
externo do colo - ele fecha e o sangue não consegue sair da cavidade
uterina, acumulando e formando um hematométrio (pode sofrer infecção
secundária e desenvolver pus dentro da cavidade uterina – piometrio)
▪ Hematométrio ou piométrio: achados associados a pior prognóstico
▪ Conseguimos evitar isso: se a mulher fazer o USG Transvaginal
anualmente para vigiarmos o endométrio, que deve ter no máximo
5mm de espessura (independente do uso ou não de hormônio)
· Doença avançada: metástases regionais (linfonodos, vagina, colo e tubas)
o Principal forma de disseminação é linfática e só acontece quando o tumor
acomete a camada muscular do útero.
o Hematogênica: fígado (36%)
· Temos 3 tipos de paciente
o Paciente menopausada que volta a sangrar
o Paciente na perimenopausa que tem aumento da menstruação ou
metrorragia
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Diagnóstico:
· Histeroscopia associada a bx endometrial -> melhor metodo de observar a cav
uterina; se tiver alteração fazemos a bx guiada por histeroscopia
· Biópsia por aspiração do endométrio: investigar cavidade uterina
· Curetagem uterina semiótica: investigar cavidade uterina
· USG Transvaginal: só tem valor pra avaliar espessura endometrial na mulher que
está na menopausa. No momento que a mulher sangrou, não adianta mais pedir
o USG pra avaliar a espessura. Ele podia até estar espessado, mas na hora em que
ele sangra, o endométrio descamou, então não é mais adequado para avaliar a
espessura.
Cirúrgico
· I: tumor restrito ao útero
o Ia: restrito ao endométrio
o Ib: invasão <50% do miométrio
o Ic: >50% do miométrio
· II: tumor vai para o colo do útero
o IIa: tumor acomete glândulas endocervicais
o Iib: invasão do estroma cervical (parte mais profunda do colo do útero)
· III
o IIIa: tumor acomete serosa e/ou anexo, citologia do lavado peritoneal
positiva
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Tratamento:
· Histerectomia total/salpingooforectomia bilateral + citologia peritoneal (mínimo a
se fazer em todas).
· G1/G2 e Ia/Ib: cirurgia acabou, paciente está curada
· G3 ou Ic: fazer linfadenectomia para-aórtica -> retirar os linfonodos, parar a
cirurgia e esperar a citologia
o Negativa: 5000 cGy pelve (radioterapia pélvica apenas)
o Positiva: 5000 cGy pelve + 4500 para aórtico (radioterapia pélvica e para-
aórtica)
· Citologia peritoneal + ou a partir do estadio II: além de radioterapia pélvica e
para-aórtica, prescrever acetato de megestrol 160 mg/dia por 3-6 meses (se
alguma célula tumoral conseguiu escapar a progesterona bloqueia o receptor de
estrogênio do tumor e ele não consegue proliferar nem implantar).
· Hiperplasia endometrial
o Não importa se é simples ou complexa, mas se há atipias
o Se tiver atipias: histerectomia total abdominal sempre
o Sem atipias: histerectomia total abdominal, mas se a paciente não quiser
fazer posso dar outras opções:
▪ Curetagem uterina (retiro todo o endométrio).
▪ Ablação histeroscópica do endométrio (cauterizar todo o endométrio
com a histeroscopia).
▪ Progesterona em altas doses por 3-6 meses.
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