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GINECOLOGIA prac ti c u s

R E S U M O S

SUMÁRIO.
• Partograma 3 • Anticoncepcional

Hormonal Oral 93

• Pré Eclâmpsia Grave 12

• Descolamento Prematuro
de Placenta 101
• Sífilis 22

• RPMO 112
• Abortamento 34

• Diabetes e Gestação 124


• Pré Natal 45

• Endometriose 133
• Vaginose Bacteriana 58

• Câncer de Endométrio 143


• Colpocitologia Oncológica
(Papanicolau) 68

• Amenorreia Secundária 74

• Exame Mamário e Nódulo

de Mama 83

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PARTOGRAMA
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Atenção secundária: ambulatorial e hospitalar.
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- laboratório de análises clínicas;
- sala de medicação.

DESCRIÇÃO DO CASO
Você está de plantão no centro obstétrico de uma Maternidade de baixa complexidade,
onde está internada uma gestante primigesta, com 38 semanas de gestação, em
trabalho de parto.
ATENÇÃO: A PACIENTE SIMULADA NÃO DEVE SER TOCADA DURANTE O
ATENDIMENTO.

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:


- Analisar, verbalmente, a evolução do trabalho de parto;
- Verbalizar se há achados de distócia;
- Prescrever o tratamento inicial;
- Orientar a paciente e retirar as dúvidas se necessário.
ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA
SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

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IMPRESSO 1

EXAME FÍSICO:
- PA: 90x60 mmHg
- FC: 92 bpm
- FR: 18 ipm

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IMPRESSO 2
Paciente em bom estado geral, corada, hidratada afebril.
Aparelho pulmonar: MV+ Bilateralmente sem RA
Aparelho cardiopulmonar: BRNF 2T SS

EXAME OBSTÉTRICO:
AU: 33cm
DU: 3/10’/45”
TOQUE: COLO FINO, MEDIANIZADO, PÉRVIO PARA 10 CENTÍMETROS, CEFÁLICO,
BOLSA ROTA

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IMPRESSO 3
BCF: 152 bpm

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IMPRESSO 4

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ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Parc. Adq.

1. Apresentação: (1) identifica-se e (2)


cumprimenta a paciente simulada.
Adequado: realiza os dois procedimentos.
0 0,25 0,5
Parcialmente adequado: realiza apenas um
dos procedimentos. Inadequado:não realiza
nenhum dos procedimentos.

2. Questiona paciente sobre alguma queixa.


Adequado: pergunta 0 0,5
Inadequado: não pergunta

3. Solicitou exame físico e exame físico


obstétrico.
Adequado: solicitou os dois.
0 0,5 1,0
Parcialmente inadequado: solicitou um ou
outro.
Inadequado: não solicitou nenhum.

4. Solicitou ausculta dos batimentos cardíacos


fetais.
0 0,5
Adequado: solicitou
Inadequado: não solicitou

5. Solicitou dinâmica uterina.


Adequado: solicitou 0 0,5
Inadequado: não solicitou

6. Solicitou toque vaginal.


Adequado: solicitou 0 0,5
Inadequado: não solicitou

7. Solicitou partograma.
Adequado: solicitou 0 1,0
Inadequado: não solicitou

8. Verbalizou fase ativa prolongada.


Adequado: fase ativa prolongada 0 1,0
Inadequado: outros

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ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Parc. Adq.

9. Prescreveu técnicas humanizadas de


estímulo ao parto normal.
Adequado: como deambulação, banho quente,
massagem, exercício na bola (pelo menos três
0 0,5 1,0
técnicas)
Parcialmente inadequado: apenas duas
técnicas.
Inadequado: uma ou menos.

10. Não prescreveu ocitocina devido ao número


de contrações.
0 1,0
Adequado: não prescrever ocitocina.
Inadequado: prescrever ocitocina.

11. Informou paciente sobre hipótese


diagnóstica.
Adequado: paciente está em trabalho de
parto, o colo do útero está dilatando, porém 0 1,0
mais lento do que o habitual, e já está com o
número adequado de contrações.
Inadequado: outros.

12. Questionou sobre dúvidas.


Adequado: questiona 0 0,5
Inadequado: não questiona

13. Realiza adequadamente a sequência das


tarefas, conforme solicitado nas orientações ao
(à) participante. 0 0,5
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza.

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Orientações ao ator:
2. Paciente em trabalho de parto, apresentando contrações, e dor forte na barriga.

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RESUMO PARTOGRAMA

- É a representação gráfica do trabalho de parto.


- Obrigatório em todo trabalho de parto.
- Deve ser aberto na fase ativa do trabalho de parto (quando paciente em verdadeiro
trabalho de parto – 2 ou mais contrações a cada 10 minutos, com 80% de esvaecimento
do colo uterino e com 5 ou mais centímetros de dilatação.)
- Faz o diagnóstico de todas as cinco distócias que podem atrapalhar o trabalho de
parto.
• DISTÓCIAS:
1. Fase ativa prolongada (colo uterino dilata mais devagar que o habitual),
normalmente o problema é contração fraca ou em pequeno número, devemos
prescrever ocitocina.
2. Parada secundária da dilatação (colo uterino estava dilatando e para de dilatar),
habitualmente a mesma causa e conduta da fase ativa prolongada.
3. Parto precipitado (colo uterino dilata mais rápido que o habitual), provocado por
excesso de número ou intensidade das contrações. Podemos hidratar a paciente e
até prescrever beta agonistas.
4. Parada secundária da descida (apresentação fetal para de descer enquanto colo
uterino continua dilatando), representa a desproporção céfalo pélvica, ou seja, osso
na frente da apresentação fetal, deve-se indicar cesárea.
5. Período pélvico prolongado (apresentação fetal vai descendo mais lentamente
que o habitual ou descida da apresentação não acompanha a dilatação do colo
uterino), normalmente ocorre por algo na frente da apresentação como a bolsa das
águas ou por distócia de rotação. Pode-se romper artificialmente as membranas ou
até aplicar o fórcipe, se houver condições de aplicabilidade.

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PRÉ ECLÂMPSIA GRAVE


Unidade de Atenção Primária.
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- laboratório de análises clínicas;
- sala de medicação.

Você está trabalhando em uma Unidade Básica de Saúde, atendendo uma gestante
com 35 semanas de gestação, primigesta com queixa de cefaleia e epigastralgia.

- Realizar o atendimento;
- Verbalizar a hipótese diagnóstica;
- Adotar a conduta médica imediata e, em seguida, verbalizar a continuidade da
conduta passo a passo;
- Verbalizar o tratamento medicamentoso indicado para o caso.
ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA
SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

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IMPRESSO 1
EXAME FISICO:
PACIENTE EM REG, CORADA, EDEMA 3+/4 EM MMII, AFEBRIL.

EXAME OBSTÉTRICO:
AU: 33cm
DU: AUSENTE
ESPECULAR: AUSÊNCIA DE SANGRAMENTO OU
SECREÇÕES
TOQUE: COLO AMOLECIDO E IMPÉRVIO

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IMPRESSO 2
SINAIS VITAIS:
PA: 180 x 120mmHg
FC: 98 bpm
FR: 15 ipm

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IMPRESSO 3
BCF: 144 bpm

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IMPRESSO 4

Exames complementares:
Plaquetas 70.000
Bilirrubinas totais 2,3
TGO 110
TGP 105
Creatinina 1,4 mg/dl
Proteinúria 1.500 mg/24 horas

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ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Parc. Adq.

1. Apresentação: (1) identifica-se e (2)


cumprimenta a paciente simulada.
Adequado: realiza os dois procedimentos.
Parcialmente adequado: realiza apenas um dos 0 0,25 0,5
procedimentos.
Inadequado:não realiza nenhum dos
procedimentos.

2. Pergunta sobre sintomas associados a pré


eclampsia.
Adequado: cefaleia, escotomas, diminuição
do nível de consciência, dor em hipocôndrio
direito, epigastralgia. 0 0,5 1,0
Parcialmente adequado: pergunta de 3 a 4
sintomas.
Inadequado: pergunta apenas dois ou menos
sintomas.

3. Solicita caderneta da gestante.


Adequado: solicitou os dois. 0 0,5
Inadequado: não solicitou nenhum.

4. Solicita exame físico geral e sinais vitais.


Adequado: solicitou os dois.
Parcialmente inadequado: solicitou um ou 0 0,5 1,0
outro.
Inadequado: não solicitou nenhum.

5. Solicita exame físico obstétrico.


Adequado: solicita 0 0,5
Inadequado: não solicita

6. Solicita exames da rotina hipertensiva.


Adequado: HEMOGRAMA, TGO, TGP, DHL,
BIBLIRRUBINAS, UREIA E CREATININA,
0 1,0
ÁCIDO ÚRICO, PROTEINÚRIA.
Inadequado: Se faltar qualquer exame,
considerar como inadequado

7. Prescreve hidralazina.
Adequado: prescreve hidralazina 0 0,5
Inadequado: não prescreve.

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ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Parc. Adq.

8. Prescreve sulfato de magnésio 4 gramas IV


(ZUSPAN) ou 4 gramas IV + 5 gramas IM em
cada nádega (PRITCHARD) ou 6 gramas IV
(SIBAI). 0 1,0
Adequado: prescrevo algum dos esquemas
acima.
Inadequado: outro esquema.

9. Solicita infusão de sulfato de magnésio de


forma lenta (10 a 20 minutos).
0 0,5
Adequado: solicita infusão de forma lenta.
Inadequado: não solicita

10. Pede para deixar gluconato de cálcio 10% ao


lado da paciente.
0 0,5
Adequado: solicita
Inadequado: não solicita

11. Solicita sondagem vesical de demora.


Adequado: solicita 0 0,5
Inadequado: não solicita

12. Verbaliza diagnóstico pré eclampsia grave e


síndrome HELLP.
0 1,0
Adequado: verbaliza diagnóstico acima.
Inadequado: verbaliza outro diagnóstico

13. Orienta paciente sobre prognóstico


materno-fetal.
Adequado: prognóstico ruim, quadro grave,
0 0,5
não tem como aguardar e precisa interromper
a gestação mesmo se prematuridade.
Inadequado: outros.

14. Transfere paciente para hospital de


referência após estabilização do quadro.
0 0,5
Adequado: solicita transferência
Inadequado: não solicita transferência

15. Realiza adequadamente a sequência das


tarefas, conforme solicitado nas orientações ao
(à) participante. 0 0,5
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza.

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Orientações ao ator:
2. Afirma todos: cefaleia, escotomas, diminuição do nível de consciência, dor em
hipocôndrio direito, epigastralgia.
13. Se não orientou o prognóstico, pode perguntar “esse quadro é grava?”

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RESUMO PRÉ ECLÂMPSIA GRAVE

Pré- eclampsia (após 20 semanas de gestação)

Classificação Tratamento

Leve: Leve: conduta expectante até o termo,


· PA ≥ 140x90 mas < 160x110 conforme condições maternas/fetais.
· sem sinais de gravidade Grave:
· proteinúria < 300mg/dia ou ≥ 1+ fita · Internação
Grave · Sulfato de Magnésio – com bomba
· PAS ≥ 160 ou PAD ≥ 110 infusora
· Proteinúria 5g/urina 24h o Ataque: 4g IV
· Edema agudo de pulmão o Manutenção 5g 4h/4h
· HELLP: · Sulfato de Magnésio – sem bomba
o LDH > 600 infusora
o AST (TGO) ≥ 70 o Ataque: 4g IV + 10g IM
o Plaquetas < 100.000 o Manutenção 5g IM 4h/4h
o BT ≥ 1,2 · Anti-hipertensivos:
o Esquizócito o Manutenção: Metildopa VO
· Iminência de eclâmpsia o Crise: Hidralazina IV
o Cefaleia · Avaliar feto
o Escotomas · Interrupção da gravidez:
o Epigastralgia o ≥ 34 semanas: parto
o Aumento de reflexos o < 34 semanas: avaliar bem
Diagnóstico de pré-eclâmpsia: estar para corticoide e, se
· PAS≥140 ou PAD≥90 piorar, parto.
· Proteinúria após 20 semanas · Deixar 10ml de gluconato de cálcio
10% aspirado beira leito.

Eclâmpsia Pré-eclâmpsia + Convulsão

HAS Crônica
PA≥140x90mmHg antes das 20
semanas de gestação

Hipertensão Gestacional
PA≥140x90mmHg sem proteinúria
após 20 semanas de gestação

Pré-eclâmpsia crônica HAS + Pré-eclâmpsia

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Risco de intoxicação por Sulfato de Magnésio

Reflexo patelar Ausente

Frequência Respiratória < 12 ipm

Diurese ≤ 25ml/hora

Diurese não é sinal de intoxicação, significa aviso para ajustar a


dose
FR + Reflexo abolido são SINAIS, se presentes:
Suspender Sulfato de Magnésio
Dar Gluconato de Cálcio 10% (antídoto)

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SÍFILIS
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Atenção Primária.
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- laboratório de análises clínicas;
- sala de medicação.

DESCRIÇÃO DO CASO
Você se encontra em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), no programa da família, e
sua próxima paciente é uma gestante, primigesta, com queixa de lesões dispersas por
toda pele e que ainda não começou o pré-natal.
ATENÇÃO: A PACIENTE SIMULADA NÃO DEVE SER TOCADA DURANTE O
ATENDIMENTO.

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:


- Realizar o atendimento;
- Verbalizar a hipótese diagnóstica;
- Adotar a conduta médica imediata e, em seguida, verbalizar a continuidade da
conduta passo a passo.
ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA
SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

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IMPRESSO 1
EXAME FÍSICO: BEG, CORADA, HIDRATADA, EUPNEICA, AFEBRIL.
SINAIS VITAIS:
PA 110 x 70mmHg,
FC: 80 bpm
FR: 15 ipm

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IMPRESSO 2

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IMPRESSO 3
EXAME GINECOLÓGICO E OBSTÉTRICO SEM ALTERAÇÕES

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ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Parc. Adq.

1. Apresentação: (1) identifica-se e


cumprimenta o paciente simulado; (2)
pergunta algum dado de identificação (nome,
idade, estado civil).
Adequado: realiza os dois procedimentos. 0 0,125 0,25
Parcialmente adequado: realiza apenas um
dos procedimentos.
Inadequado:não realiza nenhum dos
procedimentos.

2. Pergunta o motivo da consulta.


Adequado: pergunta 0 0,25
Inadequado: não pergunta

3. Investigou início, características do sintoma,


evolução, relação com outras queixas.
0 0,50 1,0
Adequado: Investiga
Inadequado: Não investiga

4. Questiona sobre antecedentes patológicos


pessoais.
0 0,25
Adequado: questiona.
Inadequado: não questiona

5. Questiona sobre tabagismo, álcool ou


drogas.
0 0,25
Adequado: questiona os três.
Inadequado: questiona menos que três.

6. Questiona sobre uso de medicamentos de


uso contínuo.
0 0,25
Adequado: questiona.
Inadequado: não questiona.

7. Questiona sobre corrimentos (cor, odor),


disúria.
Adequado: questiona os dois. 0 0,25
Inadequado: questiona apenas um, ou
nenhum.

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ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Parc. Adq.

8. Questionou sobre ciclo menstrual (incluindo


DUM), gestações prévias e abortamentos.
Adequado: questiona três itens.
0 0,25 0,50
Parcialmente inadequado: questiona um ou
dois itens.
Inadequado: não questiona nenhum item.

9. Calculou e verbalizou à paciente sobre idade


gestacional e data provável de parto pela DUM.
Adequado: Calcula IG: 14+4 semanas 0 0,50
DPP: 17/11/2023
Inadequado: Calcula incorretamente.

10. Questionou sobre uso de preservativo


recorrente.
0 0,25
Adequado: questiona.
Inadequado: não questiona.

11. Questionou sobre número de parceiros


sexuais.
0 0,25
Adequado: questiona.
Inadequado: não questiona.

12. Solicitou sinais vitais


Adequado: solicitou. 0 0,25
Inadequado: não solicitou.

13. Solicitou auxiliar de enfermagem na sala de


atendimento.
0 0,25
Adequado: solicitou.
Inadequado: não solicitou.

14. Solicitou exame físico ginecológico.


Adequado: solicitou. 0 0,5
Inadequado: não solicitou.

15. Identificou lesões cutâneas em palma das


mãos e planta dos pés.
0 0,5
Adequado: identificou.
Inadequado: não identificou.

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ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Parc. Adq.

16. Solicitou VDRL / FTA- Abs.


Adequado: solicitou os dois exames.
Parcialmente adequado: solicitou apenas um 0 0,25 0,5
deles.
Inadequado: não solicitou.

17. Verbaliza a hipótese diagnóstica de Sífilis


gestacional e prognóstico materno-fetal.
Adequado: dá diagnóstico de sífilis gestacional
e orienta se tratar corretamente, tem ótimo
prognóstico. 0 0,5 1,0
Parcialmente adequado: fala apenas um dos
dois.
Inadequado: verbaliza diagnóstico ou
prognóstico incorreto.

18. Explicou a respeito da transmissão sexual.


Adequado: explica que a sífilis se trata de uma
0 0,5
doença sexualmente transmissível.
Inadequado: não explica.

19. Prescreveu PNC BZT 2.400.000 UI IM - dose


única.
0 0,5
Adequado: prescreve tratamento correto.
Inadequado: não prescreve.

20. Convocou parceiro.


Adequado: convocou. 0 0,5
Inadequado: não convocou.

21. Indicou notificação compulsória.


Adequado: notifica. 0 0,5
Inadequado: não notifica.

22.Orientou sobre VDRL mensal.


Adequado: orienta. 0 0,25
Inadequado: não orienta.

23. Orientou retorno para checar exames


solicitados.
0 0,25
Adequado: orienta retorno.
Inadequado: não orienta.

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ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Parc. Adq.

24. Questionou dúvidas.


Adequado: questiona. 0 0,25
Inadequado: não questiona.

25. Realiza adequadamente a sequência das


tarefas, conforme solicitado nas orientações ao
(à) participante. 0 0,25
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza.

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Orientação ao ator:
2 + 3. Sintomas: SURGIRAM HÁ UMA SEMANA, PRIMEIRO NO TÓRX, FOI DESCENDO
E APARECEU NA PALMA DAS MÃOS E PLANTA DOS PÉS.
4. APP: nega
5. Nega todos
6. Nega
7. Nega
8. DUM: 10 de fevereiro / ciclos regulares, pouco fluxo, duração de 3-5 dias /
nenhuma gestação ou abortamento prévio
10. Não usa preservativo corretamente
11. 5 parceiros

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RESUMO SÍFILIS

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Estadiamento Esquema Terapêutico Seguimento Observações


Certas evidências
indicam que uma
terapia adicional
é benéfica para
prevenir sífilis em
Benzilpenicilina
gestantes. Para
Sífilis recente: benzatina 2,4
mulheres que têm
sífilis primária, milhões UI, IM 1X/
doença primária,
secundária e semana (1,2 milhões Mensal (teste não
secundária e latente
latente recente UI em cada glúteo) treponêmico)
recente, uma
(até um ano de por 2 semanas.
segunda dose de
evolução). Dose total:4,8
Benzilpenicilina
milhões UI, IM
benzatina 2,4 milhões
UI, IM pode ser
administrada uma
semana após a dose
inicial.
Para gestantes, o
intervalo ideal entre
as doses é de 7 dias.
Se uma mulher
Sífilis tardia: grávida não retorna
Benzilpenicilina
sífilis latente para a próxima dose
benzatina 2,4
tardia (com no 7º dia, todos os
milhões UI, IM 1X/
mais de um ano esforços devem ser
semana (1,2 milhões Mensal (teste não
de evolução) feitos para contatá-
UI em cada glúteo) treponêmico)
ou latente la e vinculá-la
por 3 semanas.
com duração imediatamente.
Dose total: 7,2
ignorada e sífilis Gestantes com
milhões UI, IM
terciária. atraso > de 9 dias,
em qualquer dose
de terapia, devem
repetir o esquema
terapêutico completo.

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Quadro resumo para o tratamento adequado de gestante portadora de sífilis.

De acordo com o estágio clínico da doença

Com penicilina benzatina na dose e intervalos adequados.

Queda sorológica adequada é de duas diluições em até 3 meses


(por exemplo 1/64 para 1/16 ; ou quatro diluições em 6 meses) e
documentação em carteira de RN. Títulos menores ou iguais a
1:4 podem não apresentar queda.

Até 30 dias antes do parto

Avaliação quando ao risco de reinfecção da gestante (Todo


parceiro deve ser testado e mesmo que não reagente, deve
receber uma dose como profilaxia de reinfecção com penicilina
G benzatina 2,4 milhões UI doxiciclina via oral por 15 dias).

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ABORTAMENTO
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Pronto Atendimento
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- laboratório de análises clínicas;
- sala de medicação.
DESCRIÇÃO DO CASO
Você está de plantão em um pequeno pronto socorro geral, quando dá entrada na
emergência, paciente de 22 anos, com queixa de dor abdominal, sangramento vaginal
intenso e atraso menstrual.

ATENÇÃO: A PACIENTE SIMULADA NÃO DEVE SER TOCADA DURANTE O


ATENDIMENTO.

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:


- Realize a anamnese;
- Indicar exames complementares de rastreio se necessário;
- Oriente paciente sobre hipótese diagnóstica e explique conduta.
ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA
SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

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IMPRESSO 1

EXAME FÍSICO GERAL: REG, Descorada 2+/4+,


Deshidratada 1+/4+, anictérica, acianótica, afebril.
AP: MV+ Bilateralmente sem RA
ACV: BRNF 2T SS
Abdômen: pouco doloroso difusamente à palpação.
Restante do exame físico geral sem alterações, incluindo dados vitais.

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IMPRESSO 2
EXAME FÍSICO GINECOLÓGICO
Especular: moderada quantidade de sangue coletado em recesso vaginal posterior.
Presença de sangramento ativo pelo orifício externo do colo uterino.
Toque vaginal bimanual: colo uterino entreaberto e útero aumentado para 10 cm.
Anexos não palpáveis.

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IMPRESSO 3
Beta hCG positivo

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IMPRESSO 4
Ausência de USG na Unidade

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ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Parc. Adq.

1. Apresentação: (1) identifica-se e


cumprimenta o paciente simulado; (2)
pergunta algum dado de identificação (nome,
idade, estado civil).
Adequado: realiza os dois procedimentos. 0 0,125 0,25
Parcialmente adequado: realiza apenas um
dos procedimentos.
Inadequado:não realiza nenhum dos
procedimentos.

2. Questionou sobre motivo de consulta.


Adequado: Questionou. 0 0,5
Inadequado: Não questionou.

3. Questionou sobre possível gestação.


Adequado: Questionou. 0 0,5
Inadequado: Não questionou.

4. Questiona sobre DUM.


Adequado: Questionou. 0 0,5
Inadequado: Não questionou.

5. Investigou a queixa principal e história


da doença atual (buscando saber seu
início, duração, intensidade e fenômenos
0 1,0
associados).
Adequado: Investigou.
Inadequado: Não investigou.

6. Questionou sobre antecedentes obstétricos


(gestação e abortamento).
0 0,5
Adequado: Questionou.
Inadequado: Não questionou.

7. Questionou sobre fatores de risco para


abortamento. 0 1,0

39
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R E S U M O S

ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Parc. Adq.

8. Solicita exame físico, incluindo exame


especular e toque vaginal.
Adequado: Solicito o exame físico completo.
Parcialmente adequado: solicita exame física 0 1,0
e especifica especular OU toque vaginal.
Inadequado: solicita apenas exame físico, sem
especificar especular e toque vaginal.

9. Avaliou intensidade do sangramento.


Adequado: Avalia como sangramento
0 0,5
moderado/intenso.
Inadequado: outros.

10. Explicou à paciente seu quadro atual.


Adequado: Explica. 0 0,5
Inadequado: Não explica à paciente.

11. Solicitou Beta hCG.


Adequado: solicita. 0 1,0
Inadequado: não solicita.

12. Solicitou USG pélvica.


Adequado: solicita. 0 0,5
Inadequado: não solicita.

13. Verbalizou hipótese diagnóstica. 0 1,0

14. Orienta sobre tratamentos possíveis.


Adequado: REPOUSO, ABSTINÊNCIA
SEXUAL, ANTI ESPASMÓDICO,
0 0,5
PROGESTERONA VIA VAGINAL.
Inadequado: não indica o tratamento
correto.

15. Questionou dúvidas.


Adequado: questiona 0 0,5
Inadequado: não questiona

40
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R E S U M O S

ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Parc. Adq.

16. Realiza adequadamente a sequência das


tarefas, conforme solicitado nas orientações
ao (à) participante. 0 0,25
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza.

41
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Orientações ao ator:
1. Sangramento vaginal intenso há poucas horas.
2. Não sabe
3. DUM: 10 de março
4. Inicio há poucas horas, sangramento intenso, vermelho vivo, sem fenômenos
associados
5. Nenhum gestação ou abortos prévios
6. Nega todos

42
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RESUMO ABORTAMENTO

Quadro clÍnico:
Sangramento vaginal importante ou intermitente, normalmente com cólicas
abdominais intensas.
USG: Endométrio espessado, >15mm, desorganizado, sem definição das linhas
endometriais.

Tratamento: a paciente deve ser hospitalizada para correção de hipovolemia e anemia


(se presentes) e resolução da gestação, por esvaziamento uterino da seguinte forma:
• Idade gestacional inferior a 12 semanas: esvaziamento uterino por aspiração manual
intrauterina (AMIU), vácuo-aspiração elétrica ou curetagem.
• Idade gestacional superior a 12 semanas: aguardar eliminação do feto e realizar
curetagem uterina na sequência. Nestes casos, ocitocina deve ser prescrita para
aumentar o tônus e a contratilidade uterina e auxiliar na eliminação de restos ovulares
(20 U em 500 ml de soro fisiológico ou soro glicosado 5%, a 20 gotas/minuto). Nos
casos em que o colo uterino não apresenta dilatação suficiente para realização do
procedimento e o quadro clínico é estável, a paciente pode receber misoprostol (200
μg) a cada 4-6 horas, em recesso vaginal posterior, até que o colo fique suficientemente
dilatado e permita o esvaziamento uterino. Se houver instabilidade hemodinâmica, colo
uterino deve ser dilatado mecanicamente pela aplicação das Velas de Hegar.
O abortamento é uma síndrome hemorrágica da primeira metade da gravidez, definida
pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como a interrupção da gravidez antes de
20 - 22 semanas ou com um feto até 500 gramas (g) ou de 16,5 cm, ou seja, antes de
atingida a viabilidade.

Até 20% das pacientes com gravidez clinicamente aparente abortam. Cerca de 50% dos
abortamentos espontâneos ocorrem antes da 8ª semana de gestação.

Está entre as principais causas de morte materna:


• Hipertensão (pré-eclâmpsia e eclâmpsia);
• Hemorragias graves (principalmente após o parto);
• Infecções (normalmente depois do parto);
• Complicações no parto;
• Abortamentos inseguros.

Uma mulher morre a cada 2 dias por abortamento inseguro (Ministério da Saúde).
No País, 1 milhão de abortamentos induzidos ocorrem todos os anos e levam 250 mil
mulheres à hospitalização.
No período de 2010 a 2021, de um total de 774 óbitos por abortamentos notificados ao
SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade), 60% ocorreram em mulheres com
menos de 30 anos. Durante a pandemia de Covid-19, de 2020 a 2021, foram 49%.
Mundo: 6,9 milhões de mulheres sofrem complicações de abortamento a cada
ano, em todo o mundo. Em 2008, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou
que aproximadamente 13% das mortes maternas em todo o mundo foram devido a
abortamentos inseguros, equivalente a 47 mil óbitos. No Brasil, o abortamento está

43
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entre as cinco principais causas de mortalidade materna.


Fatores de Risco:
• Idade: chegando a 40% aos 40 anos e 80% aos 45 anos;
• Antecedente de abortamento espontâneo: aumenta após duas ou mais perdas;
• Tabagismo: o consumo de mais de 10 cigarros por dia aumenta em cerca de 1,5 a 3
vezes a chance de abortar. O tabagismo paterno também pode ser prejudicial.
• Consumo de álcool e drogas;
• Uso de anti-inflamatórios não hormonais: pode aumentar o risco de abortar se usados
próximos à concepção. O uso de acetaminofeno, no entanto, constitui opção segura;
• Extremos de peso: índice de massa corporal (IMC) < 18,5 ou > 25.

Etiologia:
• Alterações cromossômicas; quanto maior a idade da mulher, menor a chance de
formação de embriões geneticamente normais. A partir dos 40 anos, até 70% dos
seus embriões podem ter alterações cromossômicas (aneuploidias).
• Endócrinas; diabetes mellitus descompensada, síndrome do ovário micropolicístico,
doenças da tireóide ou obesidade são alguns dos fatores que colaboram para
o surgimento do abortamento. É extremamente importante lembrar que a
insuficiência lútea (produção insuficiente de progesterona pelo corpo lúteo) também
está inclusa nessas causas;).
• Infecções; rubéola, parvovírus, citomegalovírus, sífilis, HIV, toxoplasmose, IST
• Causas uterinas; adquiridas ou congênitas, que podem causar o abortamento.
Presença de miomas uterinos, septos, pólipos e sinéquias são alguns exemplos, assim
como a má formação do útero. Essas alterações podem ser identificadas através de
exames de imagens.
• Fatores imunológicos;
• Trombofilias hereditárias; as trombofilias são doenças associadas à coagulação e
descoagulação sanguínea. Elas podem ser adquiridas ou congênitas. A síndrome
antifosfolípide é a trombofilia mais frequentemente associada à abortamentos, e causa
trombose dos vasos placentários. A investigação de trombofilias é realizada através de
exames de sangue.~ sendo necessário um critério clínico e um critério laboratorial para
definir a síndrome:
• Drogas e agentes nocivos; uso excessivo de cafeína, tabagismo materno ou paterno,
uso de cocaína, uso de DIU, uso de medicações (principalmente misoprostol,
antiinflamatórios e metotrexate), radiação em altas doses
• Trauma.

44
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PRÉ NATAL
(Com MANEQUINS)
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Atenção Primária.
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- laboratório de análises clínicas;
- sala de medicação.
DESCRIÇÃO DO CASO
Você se encontra realizando atendimentos em uma UBS e atende paciente de sexo
feminino 23 anos, primigesta, com 35 semanas de gestação, que chega ao consultório
para exame obstétrico. A paciente relata que gostaria de realizar cesárea, pois tem
medo da dor do parto normal.
ATENÇÃO: A PACIENTE SIMULADA NÃO DEVE SER TOCADA DURANTE O
ATENDIMENTO.

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:


- Realize a anamnese;
- Solicite o exame físico se necessário;
- Verbalize a conduta e as orientações.
ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA
SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

45
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IMPRESSO 1
Exame físico: sem alterações
Altura uterina: 34 cm
Manobras de Leopold: situação longitudinal, posição direita, apresentação cefálica alta

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IMPRESSO 2
BCF: 148 bpm

47
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ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Parc. Adq.

1. Apresentação: (1) identifica-se e


cumprimenta o paciente simulado; (2)
pergunta algum dado de identificação
(nome, idade, estado civil, profissão).
Adequado: realiza os dois procedimentos. 0 0,125 0,25
Parcialmente adequado: realiza apenas
um dos procedimentos.
Inadequado:não realiza nenhum dos
procedimentos.

2. Questiona o motivo da consulta.


Adequado: pergunta. 0 0,5
Inadequado: não pergunta.

3. Questiona quando foi a última consulta.


Adequado: questiona. 0,5
Inadequado: não questiona.

4. Investiga alterações ocorridas depois da


última consulta: dor, edema, sangramento
vaginal, disúria. * 0 0,5
Adequado: Investiga.
Inadequado: não investiga.

5. Verbaliza/realiza iniciativa de realizar o


exame obstétrico.
- Palpação obstétrica: fundo, flancos,
manobras de Leopold, hipogátrio/escava
0 0,5 - 1,0 1,5
bimanual. (0,5)
- Mede corretamente altura uterina. (0,50)
- Realiza ausculta no lado do dorso fetal.
(1,0)

6. Explica sobre o trabalho de parto e os


direitos da parturiente.
Adequado: pode escolher a via de parto
durante o trabalho de parto, se não
0 1,0
entrou em trabalho de parto, pela lei,
não pode escolher.
Inadequado: Não realiza a explicação
inadequada.

48
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ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Parc. Adq.

7. Orienta sobre o intervalo de contrações.


Adequado: No verdadeiro trabalho
de parto são 3 contrações a cada 10 0 0,5
minutos.
Inadequado: Não realiza orientação.

8. Orienta sobre perda de sangue ou


secreção muco-sanguinolenta.
Adequado: orientar que quando estiver
próxima do trabalho de parto, pode
0 0,5
perder secreção mais espessa, mas não
é liquido como acontece na rotura de
bolsa.
Inadequado: Não realiza orientação.

9. Orienta perda de líquido (rotura de


bolsa). Adequado: na rotura de bolsa
acontece grande perda de liquido,
escorrendo pela perna e formando 0 0,5
uma poça, nesse caso tem que ir para
maternidade.
Inadequado: Não realiza orientação.

10. Explica sobre o direito à livre escolha


de acompanhante, inclusive o marido, no
trabalho de parto e no parto. 0 1,0
Adequado: Explica.
Inadequado: não explica.

11. Explica que a indicação de tipo de parto


é uma conduta médica.
0 1,0
Adequado: Explica.
Inadequado: Não explica.

49
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ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Parc. Adq.

12. Explica os riscos e benefícios do parto


normal e do cesariano.
Adequado: No parto normal o
organismo da mãe e do bebê vão se
preparando, e o bebê vai se preparando
lentamente para saída ao ambiente
externo. Na cesárea não, o bebê sai 0 1,0
abruptamente para o ambiente externo,
e ainda a cesárea é a principal causa
de infecção puerperal, que é a terceira
causa de mortalidade materna no
período puerperal.
Inadequado: Não realiza a explicação.

13. Tranquiliza a paciente, esclarecendo


suas dúvidas.
0 1,0
Adequado: Questiona se tem dúvidas.
Inadequado: Não questiona.

14. Realiza adequadamente a sequência


das tarefas, conforme solicitado nas
orientações ao (à) participante. 0 0,25
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza.

50
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Orientações a atriz:
1. Estado civil: casada / Profissão: vendedora / 23 anos
2. Gostaria de realizar cesária
3. Última consulta de pré-natal: há 2 semanas. Relata ausência de dor, edema,
sangramento vaginal e disúria.
4. Nega alterações ocorridas depois da última consulta: dor, edema, sangramento
vaginal, disúria.

51
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RESUMO PRÉ-NATAL

· Assistência antenatal, anteparto, higiene da gravidez


· Função: prevenir, diagnosticar e tratar tudo que possa atrapalhar a gravidez, o parto
e o puerpério
· 2 tipos de pre natal
o Baixo risco: não tem intercorrência nem com a mãe nem com o feto
o Alto risco: tem qualquer intercorrência, materna ou fetal, clinica ou obstétrica
O que consta no pré natal
· Independentemente se for de baixo ou alto risco, em todo pre natal devemos avaliar
· Exame clinico completo e obstétrico
· Consultas periódicas
o Se baixo risco:
▪ OMS: desde o dg até 30-32 sem as consultas são mensais; 30-32 sem
até 37 são quinzenais; de 37 até 40 sem são semanais; 40 até 42 sem a
cada 3 dias
▪ Ministério da saúde: desde o dg até 28 sem as consultas são mensais; 28
sem até 36 são quinzenais; de 36 até o final da gestação são semanais
o Alto risco quem determina o intervalo entre as consultas é o próprio obstetra
o Não existe alta do pre natal, a alta é só quando a paciente vai para o centro
obstétrico ter o bebê ou pra cesárea.
· Exames subsidiários
· Cursos de preparação para o parto
o É obrigatório explicar pra gestante que o vai acontecer quando ela internar
em trabalho de parto, que bebê demora pelo menos 8h pra nascer após
iniciar o trabalho de parto, que o colo dilata 1cm/h, que precisa atingir 10cm
pra ter o parto propriamente dito

Exame obstétrico
· Inspeção
o Craniocaudal
o Hipervascularização consequente da hipervolemia vai atingir o corpo inteiro,
desde a cabeça até os pés.
· Palpação obstétrica
o Palpar dos tempos obstétricos (escola francesa ou alemã) + altura uterina
(desde o ramo superior da sínfise púbica até o fundo do útero, manter a fita
métrica grudada na pele da paciente e com a borda cubital da mão vou
acompanhar até útero fazer a curvatura)

Altura uterina

52
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o Escola alemã (manobras de Leopold)


▪ Exploração do fundo do útero
▪ Exploração do dorso fetal
▪ Exploração da mobilidade cefálica
▪ Exploração da escava/estreito superior da bacia

o Escola francesa
▪ Palpação do fundo do útero
▪ Palpação da escava/estreito superior da bacia
▪ Exploração do dorso fetal
· Ausculta obstétrica
o Auscultamos o coração do feto no foco (local onde o examinador auscultar
melhor o BCF)
o Pra encontrar o foco depende da apresentação fetal, idade gestacional
e do lado do dorso do feto (<20 sem, não importa a apresentação nem o
lado do dorso, auscultamos na linha infraumbilical e linha media; >20sem e
feto de apresentação pélvica, auscultamos supraumbilical, do lado D ou E,
onde estiver o dorso do feto; >20sem e feto em apresentação cefálica, traço
uma linha imaginaria da cicatriz umbilical até a crista ilíaca do lado de onde
estiver o dorso do feto – linha de ribemont-dessaignes, no meio dessa linha
eu ausculto o BCF)
o A ausculta depende tb do instrumento que tiver na sala
▪ USG transvaginal a partir de 5sem IG
▪ USG pélvico a partir de 8 sem
▪ Sonar a partir do momento que o útero sair da pelve, 12 sem
▪ Pnar a partir de 20 sem (a partir de 16 sem conseguimos auscultar de
acordo com a sociedade br de go)

Ausculta do BCF, essa imagem representa um feto >


20sem e apresentação cefálica
· Exame dos genitais – não fazemos em todas as consultas de pre natal; fazemos nas

53
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primeiras consultas e toda vez que a gestante se queixar de dor, sangramento ou


perda de liquido
o Especular
o Toque vaginal
· Pelvimetria externa
o Avaliamos na primeira consulta de pre natal: ângulo subpúbico (>90º), palpar
parede vaginal lateral até espinhas isquiáticas que devem ser apagadas (não
podem ser salientes), deixo meu dedo no centro da vagina, passo por baixo
do colo do útero tentando chegar no promontório que deve ser inatingível

Exames lab de rotina


· Tipagem sanguínea (1 consulta de pre natal)
o Pra prevenção, diagnostico e tratamento da isoimunização Rh
o Se vier Rh – ou se comportar como Rh – (se a gnt for em um banco de sangue
vemos que o Rh tem varias frações antigênicas, a mais importante é a fração
Du, se a fração for -, mesmo a tipagem sendo + ela se comporta como Rh -)
sou obrigado a continuar a investigação; alem disso pedimos a tipagem do
marido do paciente se a paciente vier - ou fração Du - (se ele vier Rh + ou
fração Du + é um casal incompatível pelo sistema Rh, devemos prosseguir a
investigação, ver se a paciente já produz anticorpos contra cels Rh +, pedimos
o coombs indireto, que procura anticorpo contra cels Rh + na gestante, se eu
pesquisar na circulação do feto é o coombs direto)
· Hemograma completo (1 pre natal e no 3 tri)
o Avaliar as 3 series
o Glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas
o Lembrando que como tem a hemodiluição só consideramos anemia se Hb
<11 ou <10 no 3 tri
o Avaliar leucócitos pra risco de infecção (nl até 15 mil), pensamos mais em
infecção quando o leucograma dobra
o Plaquetas vigiamos devido a Sd. hellp (ocorre plaquetopenia)
· Sorologias
o O ideal é que fizéssemos todas, mas como alguns serviços não tem condições
financeiras pra fazer todas damos preferência a aquelas que podem ser
tratadas durante a gestação
o Sífilis *
▪ Tratamos em qqlr idade gestacional independentemente da titulação
o Toxoplasmose *
▪ Tratamos com espiramicina
o Rubéola
▪ Se vier IgG não reagente podemos fazer vacina no pós parto imediato
o Cmv
o HSV 1 e 2
o Hep B *
▪ Neo faz profilaxia com Ig no RN
o Hep C
o HIV 1 e 2 *
▪ Conseguimos quase zerar a transmissão vertical do vírus

54
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o HTLV 1 e 2
o Chagas
o Portanto no 1 pre natal pedimos sífilis, toxoplasmose, hepatite B e HIV
o 3 tri pedimos sífilis e HIV (DSTs com maior chance de serem adquiridas na
gestação)
· Urina 1 e urocultura (1 pre natal, 2 tri e 3tri)
o Itu é a infecção mais comum no ciclo gravídico puerperal
· PPF (1 pre natal)
o Pedimos 3 amostras
o Tratamos todas as verminoses durante a gestação após 20 semanas de
gestação, exceto a esquistossomose (não é tratada durante a gestação por
não ter medicamentos seguros pro feto)
· Colpocitologia oncológica (1 pre natal)
o Fazemos coleta dupla (ectocervice e endocervice)
o Se a mulher tiver com a rotina em dia da citologia cervical não precisamos
coletar
· Glicemia de jejum (1 pre natal)
o Exame pra rastrear dm na gestação
· Cultura vaginal e anal (35-37 sem)
o Rastrear SBG (streptococcus agalacteae)
· USG obstétrica
o O ideal seria realizar 1 USG em cada trimestre da gestação
o Primeiro trimestre: calculo da IG (principal função)
▪ Diagnóstico de gestação
▪ CCN (comprimento cabeça nádegas, usado para calculo da IG, da um
erro de só 7d)
▪ Número de fetos
▪ Localização (tópica ou ectópica)
o Segundo trimestre: estudar morfologia (principal função)
▪ Morfologia (idealmente feito com 20 sem de IG, estuda toda a
morfologia e órgãos do feto)
▪ Crescimento fetal
o Terceiro trimestre: avaliar anexos do feto (membranas e placenta) (principal
função)
▪ Crescimento fetal
▪ Liquido amniótico (estudar membranas)
▪ Localização placentária (localização baixa ou não)
▪ Idade placentária (ver se há calcificações)

Complementação
· Acido fólico
o Ajuda a fechar o tubo neural do feto
o Pré concepcional (quando paciente demonstrar interesse em engravidar)
até o final do primeiro trimestre (12 sem)
o 5mg/dia, o necessário são 400 mcg/dia, damos 5mg/dia porque a população
brasileira tem uma deficiência nata de ácido fólico
· Ferro

55
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o Devido perdas de sangue durante o parto


o 20 sem até 1 mês por parto
o 30-60mg/dia de ferro elementar (1-2 cps de sulfato ferroso)
· Carbonato de cálcio
o Proteção da pre eclampsia
o Primigestas 16 até 36 sem
o 1250mg/dia de carbonato de ca (500mg de cálcio elementar)

Rastreio de mf
· Medida da translucência nucal (prega na nuca do bebê)
o Rastreio de Sd. de down
o O ideal é avaliar através do USG entre 11 – 13 sem
o Deve ser <2,5mm, se vier > devemos continuar a investigação
o Se o USG for feito após 13 sem existem tabelas que correlacionam a medida
da translucência com a Ig do bebê, se vier maior devemos investigar

· Presença do osso nasal


o Avaliada pelo USG
o Se não estiver presente, aumenta mais o risco de Down
· Particularizar os casos – exames invasivos pra investigar cariótipo do feto
o Explicar que não podemos fazer o abortamento terapêutico, ver se o casal
quer prosseguir com os exames
o Biópsia do vilo corial, feito com 8 – 10 semanas, se for pré-natal de baixo risco
não temos tempo de fazer, porque começamos a ver a translucência apenas
com 11-13 sem, fazemos mais em pré-natal de alto risco com primigesta mais
velha
o Amniocentese, indicada a partir da 14 sem (a partir de 12 sem temos a
produção de liquido amniótico, mas só indicamos com 14 semanas, porque
tem uma produção maior), guiado por USG puncionamos o abdômen da
paciente pra obter o LA e fazer o cariótipo do feto
o Cordocentese, fazemos a partir de 16sem, guiado por USG punciono o cordão
umbilical para obter sangue do feto pra fazer o cariótipo

Calendário vacinal para gestantes e puérperas


· Não pode vacina com vírus vivo atenuado
· Tétano fazemos reforço a cada 10 anos, mas como na gestação estamos
imunossuprimidos precisamos de reforço a cada 5 anos, se ela estiver com calendário
vacinal completo com reforço há menos de 5 anos não fazemos nada, se for com
reforço há mais de 5 anos fazemos o reforço em qualquer idade gestacional, se ela
não tiver o esquema completo fazemos as 3 doses com intervalo mínimo de 2 meses
entre cada dose
· A vacina de Hep B também é feita no mesmo esquema de fora da gestação

56
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· Influenza fazemos apenas se estiver no programa de vacina em qualquer IG


· Vacina contra rubéola só é feita no pós parto (puerpério imediato)
· Primeira visita:
o Dt e Hep B primeira dose
· 2 meses após primeira visita
o Dt e Hep B 2 dose
· 6 m após primeira visita
o Dt e Hep B 3 dose
· Em qualquer fase da gestação
o Influenza
· Puerpério
o SCR dose única

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VAGINOSE BACTERIANA
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Atenção Primária.
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- laboratório de análises clínicas;
- sala de medicação.
DESCRIÇÃO DO CASO
Você está de plantão no unidade de pronto atendimento (UPA), quando chega uma
mulher com 28 anos de idade, sexualmente ativa, apresentando há 1 mês, uma
secreção esbranquiçada com odor fétido.
ATENÇÃO: A PACIENTE SIMULADA NÃO DEVE SER TOCADA DURANTE O
ATENDIMENTO.

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:


- Realize a anamnese adequada;
- Solicita exames complementares,
- Verbalizar a conduta terapêutica;
- Orientar pacientes sobre hipótese diagnóstica e retirar dúvidas;
ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA
SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

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IMPRESSO 1

EXAME FÍSICO: BEG, corada, hidratada, eupnéica, afebril.


PA: 110x70mmHg
FC: 80 bpm
FR: 15 ipm

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IMPRESSO 2
EXAME ESPECULAR:

RESTANTE DO EXAME GINECOLÓGICO SEM ALTERAÇÕES

60
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IMPRESSO 3
Avaliação ph vaginal: 6,5
Teste das aminas: positivo

61
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IMPRESSO 4
Exame a fresco: intensa adesão entre as estruturas

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ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Parc. Adq.

1. Apresentação: (1) identifica-se e


cumprimenta o paciente simulado; (2)
pergunta algum dado de identificação
(nome, idade).
Adequado: realiza os dois 0 0,125 0,25
procedimentos. Parcialmente
adequado: realiza apenas um dos
procedimentos.
Inadequado:não realiza nenhum dos
procedimentos.

2. Questionou sobre motivo da consulta.


Adequado: pergunta. 0 0,25
Inadequado: não pergunta.

3. Investigou sobre as características do


corrimento (cor, volume, odor, duração,
prurido). 0 0,5
Adequado: Investiga corretamente.
Inadequado: Não realiza a investigação.

4. Questionou sobre menarca e


características do ciclo menstrual (se regular).
0 0,5
Adequado: Questiona.
Inadequado: Não questiona.

5. Investigou antecedentes sexuais (DST


prévias, número de parceiros, uso de
preservativo). 0 0,5
Adequado: Questiona.
Inadequado: Não questiona.

6. Questionou de uso de ACO.


Adequado: Questiona. 0 0,5
Inadequado: Não questiona.

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ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Parc. Adq.

7. Questionou sobre antecedentes


obstétricos.
0 0,5
Adequado: Questiona.
Inadequado: Não questiona.

8. Solicitou o exame fisico geral.


Adequado: Solicitou. 0 0,5
Inadequado: Não solicitou.

9. Solicitou exame especular.


Adequado: Solicitou. 0 0,5
Inadequado: Não solicitou.

10. Verbalizou lavagem das mãos e uso de


luvas de procedimento.
0 0,5
Adequado: Verbalizou.
Inadequado: Não verbalizou.

11. Solicitou auxiliar de enfermagem em sala


de consultório e fonte de luz.
0 0,5
Adequado: Solicitou.
Inadequado: Não solicitou.

12. Verbalizou inspeção estática e dinâmica da


vulva.
0 0,5
Adequado: Verbalizou.
Inadequado: Não verbalizou.

13. Verbalizou palpação vulvar.


Adequado: Verbalizou. 0 0,5
Inadequado: Não verbalizou.

14. Verbalizou exame especular.


Adequado: Verbalizou. 0 0,5
Inadequado: Não verbalizou.

15. Verbalizou toque vaginal bimanual.


Adequado: Verbalizou. 0 0,5
Inadequado: Não verbalizou.

16. Verbalizou teste do pH e exame a fresco.


Adequado: Verbalizou. 0 0,5
Inadequado: Não verbalizou.

64
GINECOLOGIA p ra c tic us
R E S U M O S

ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Parc. Adq.

17. Hipótese diagnóstica


Adequado: Vaginose bacteriana dadas as
características do corrimento (secreção
0 0,75
branca acinzentada e bolhosa, ph e teste
das aminas.
Inadequado: Não realiza o diagnóstico.

18. Tratamento medicamentoso


Adequado: indicou metronidazol 500 mg VO
de 12 em 12 horas por 7 dias + creme ou óvulo
0 0,75
vaginal de metronidazol ou clindamicina.
Inadequado: Não indica o tratamento
medicamentoso.

19. Orientou sobre a patologia e sobre não se


tratar de DST.
Adequado: Orientou adequadamente. 0 0,5
Inadequado: Não realizou a orientação
correta.

20. Questionou dúvidas


Adequado: questiona 0 0,25
Inadequado: não questiona

21. Realiza adequadamente a sequência das


tarefas, conforme solicitado nas orientações
ao (à) participante. 0 0,25
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza.

65
GINECOLOGIA p ra c tic us
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Orientações ao ator:

3. Características do corrimento: branco-acizentado, bolhoso, média qualidade,


odor fétido, sem prurido
4. Menarca: 16 anos, ciclos regulares, duração e fluxo normal
5. Nega DST prévias
6. Não usa ACO

66
GINECOLOGIA p ra c tic us
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RESUMO VAGINOSE
Vulvovaginite
Doença Agente Diagnóstico Tratamento

3 dos 4 critérios de AMSEL: Metronidazol 500mg VO 12h/12h


· Secreção branco- por 7 dias
Vaginose acinzentada, fina; · NÃO tratar o parceiro
homogênea, com odor · Pode usar o metro na
Gardnerella
fétido gestante
vaginalis · Clue cells ou células-alvo · Evitar álcool (Efeito
(Não é DST) · pH > 4,5 Antabuse)
· Teste das Aminas · Metro ou Clinda tópicos
positivo como alternativa

Creme Imidazólico local


· Secreção branca
por 7-14 noites:
grumosa (“Leite em
· Clotrimazol por 7
Nata”).
Candidíase noites OU
· Pseudo-hifas (exame a
Candida albicans · Nistatina por 14 noites
fresco)
(Não é DST) Fluconazol 150 mg VO (DU)
· pH < 4,5
Candidíase de repetição:
· Teste das Aminas
Fluconazol 150 mg VO
negativo
Teste das Aminas postitivo

· Secreção amarelo- Metronidazol 400-500mg VO


esverdeada bolhosa 12h/12h por 7 dias:
· Colo “framboesa- · Convocar e tratar o
Tricomoníase morango” parceiro
Trichomonas · Lugol: aspecto “tigroide/ · Rastrear outras DSTs
vaginalis Pele de onça” · Pode usar na gestante
É uma DST · Protozoário móvel · Evitar álcool (Efeito
· pH > 5 Antabuse)
· Teste das Aminas Pode usar metro ou Clinda
positivo tópicos como alternativa

67
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R E S U M O S

Colpocitologia oncológica
(Papanicolau)
(MANEQUINS DE PELVE)
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Atenção Primária.
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- laboratório de análises clínicas;
- sala de medicação.

DESCRIÇÃO DO CASO
Você está realizando o atendimento de uma paciente de 34 anos, em Unidade Básica
de Saúde (UBS), que vem a consulta ginecológica de rotina.
ATENÇÃO: A PACIENTE SIMULADA NÃO DEVE SER TOCADA DURANTE O
ATENDIMENTO.

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:


- Realize a anamnese e atendimento;
- Realize o papanicolau e verbalize os achados;
- Oriente sobre as condutas.

68
GINECOLOGIA p ra c tic us
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ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Parc. Adq.


Apresentação: (1) identifica-se e
cumprimenta o paciente simulado.
0 0,25
Adequado: Realiza a apresentação.
Inadequado: Não se apresenta.

2. Explicou sobre o procedimento a ser


realizado.
0 0,25
Adequado: Realiza explicação.
Inadequado: Não realiza a explicação.

3. Solicita a paciente que esvazie a bexiga e


coloque o avental.
0 0,25
Adequado: solicita.
Inadequado: não solicita.

4. Solicita presença de auxiliar de


enfermagem.
0 0,25
Adequado: solicita.
Inadequado: não solicita.

5. Escreveu as iniciais da paciente na lâmina


com um lápis grafite ou número 2.
0 0,25
Adequado: escreve.
Inadequado: não escreve.

6. Identificação da paciente no frasco da


coleta.
0 0,25
Adequado: identifica.
Inadequado: não identifica.

7. Orienta a paciente para posição


ginecológica e cobre a vulva.
0 0,25
Adequado: orienta.
Inadequado: não orienta.

8. Verbaliza higieniza as mãos e descobre a


vulva.
0 0,25
Adequado: verbaliza.
Inadequado: não verbaliza.

9. Verbaliza necessidade de foco de luz.


Adequado: verbaliza. 0 0,25
Inadequado: não verbaliza.

69
GINECOLOGIA p ra c tic us
R E S U M O S

10. Calça as luvas de procedimento.


Adequado: calça luvas. 0 0,25
Inadequado: não calça as luvas .

11. Realiza inspeção estática e dinâmica da


vulva.
0 0,5
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza.

12. Realiza palpação da vulva.


Adequado: realiza. 0 0,5
Inadequado: não realiza.

13. Realiza a técnica correta de introdução do


especulo de collins.
0 0,5
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza.

14. Lateraliza o espéculo e começa abri-lo.


Adequado: realiza adequadamente. 0 0,5
Inadequado: não realiza adequadamente.

15.Menciona a espátula de Ayre e que iria


usar a parte da chanfradura para realizar
coleta da ectocérvice a 360 graus.
0 0,5
Adequado: Menciona adequadamente.
Inadequado: Não menciona
adequadamente.

16. Passa a espátula de Ayre em apenas um


sentido na lâmina.
Adequado: Procedimento feito
0 0,5
corretamente.
Inadequado: Não realizou o procedimento
corretamente.

17. Menciona a escova endocervical para


coleta de material da endocérvice, realiza
a coleta do material da endocérvice a 360
0 0,5
graus.
Adequado: Menciona.
Inadequado: Não menciona.

70
GINECOLOGIA p ra c tic us
R E S U M O S

18. Passa a escova na lâmina em sentido


contrário ao da espátula de Ayre.
Adequado: Procedimento feito
0 0,5
corretamente.
Inadequado: Não realizou o procedimento
corretamente.

19. Fixa a lâmina com spray fixador ou com


álcool a 96%.
Adequado: Procedimento feito
0 0,5
corretamente.
Inadequado: Não realizou o procedimento
corretamente.

20. Retira o espéculo com inspeção das


paredes vaginais (fechar, rodar e olhar) e do
conteúdo vaginal.
Adequado: Procedimento feito 0 0,5
corretamente.
Inadequado: Não realizou o procedimento
corretamente.

21. Retira o espéculo de forma adequada.


Adequado: Procedimento feito
corretamente. 0 0,5
Inadequado: Não realizou o procedimento
corretamente.

22. Retira luva da mão não dominante,


lubrifica a luva da mão dominante.
Adequado: Procedimento feito
0 0,5
corretamente.
Inadequado: Não realizou o procedimento
corretamente.

23. Realiza toque vaginal bimanual.


Adequado: Realiza. 0 0,5
Inadequado: Não realiza corretamente.

24.Orienta que pode ocorrer um pequeno


sangramento e pergunta se paciente tem
alguma dúvida. 0 0,50
Adequado: Orienta.
Inadequado: Não orienta.

71
GINECOLOGIA p ra c tic us
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25. Realiza adequadamente a sequência das


tarefas, conforme solicitado nas orientações
ao (à) participante. 0 0,50
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza.

72
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Orientações ao ator:
Apenas concorda com todas as orientações que lhe são dadas.
RESUMO COLPOCITOLOGIA ONCÓTICA

- Lembrando que pela idade da paciente o MS não indica rastreamento clínico para
mamas, tão pouco mamográficos.
- O rastreamento clínico de mamas segundo MS esta indicado para mulheres acima
de 40 anos de forma anual, o rastreamento mamográfico esta indicado apenas para
pacientes acima de 50 anos e max. 69 anos, sendo realizados anuais max. de 2 em 2
anos.
- Resultados do exame colpocitológico:
• LIE-BG (LSIL): repetir em 6 meses se tiver mais de 20 anos. E em 12 meses em
menores a 20 anos.
• ASC-US: repetir em 6 meses se a mulher tiver mais de 30 anos e em 12 meses de
menor a 30 anos.
• ASC-H: colposcopia
• AGC (AGUS): colposcopia e avaliar canal
• LIE-AG (HSIL): colposcopia

INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DA CITOLOGIA


• ASC-US: atimias de significado indeterminado.
• ASC-H: células escamosas atípicas de significado indeterminado em que não pode
afastar lesão de alto grau.
• LIE-BG: lesão de baixo grau ontogênico (1%), deve ser encarada expressão de uma
infecção pelo HPV sem potencial oncogênico.
• LIE-AG: lesão de alto grau oncogênico.

73
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AMENORREIA SECUNDÁRIA
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Atenção Primária.
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- laboratório de análises clínicas;
- sala de medicação

DESCRIÇÃO DO CASO
Você está em uma Unidade Básica de Saúde, prestando atendimento a paciente
Isabela, queixando-se de ausência de menstruação há 7 meses, oleosidade da pele e
acne.
ATENÇÃO: A PACIENTE SIMULADA NÃO DEVE SER TOCADA DURANTE O
ATENDIMENTO.

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:


- Realizar o atendimento com anamnese
- Realizar o exame físico;
- Verbalizar a hipótese diagnóstica;
- Adotar a conduta médica e tirar a dúvidas da paciente.
ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA
SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

74
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IMPRESSO 1

EXAME FÍSICO: BEG, CORADA, HIDRATADA, EUPNÉICA, AFEBRIL.


PA: 110X70 MMHG
FC: 80 BPM
FR: 15 IRPM

INSPEÇÃO
Pelos grossos e pigmentados em tórax e abdômen.

IMC = 30

75
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ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Adq.

1. Apresentação: (1) identifica-se e cumprimenta o


paciente simulado.
0 0,25
Adequado: se apresenta.
Inadequado: não se apresenta.

2. Questionou motivo de consulta e ouviu com atenção


as queixas da paciente, sem interrupção desnecessária.
0 0,25
Adequado: pergunta.
Inadequado: não pergunta.

3. Estabeleceu clima harmônico na consulta,


interagindo efetivamente com a paciente.
0 0,25
Adequado: estabelece.
Inadequado: não estabelece.

4. Investigou ciclo menstrual (intervalo, duração e


quantidade).
0 0,25
Adequado: pergunta.
Inadequado: não pergunta.

5. Investigou vida sexual (número de parceiros/


frequência atividade sexual).
0 0,25
Adequado: pergunta.
Inadequado: não pergunta.

6. Questionou sobre uso de ACO.


Adequado: pergunta. 0 0,25
Inadequado: não pergunta.

7. Questiona sobre mudanças de pele, cabelo, pêlos e


ganho ponderal.
0 0,5
Adequado: pergunta.
Inadequado: não pergunta.

8. Investigou quanto tempo de evolução dos sintomas.


Adequado: pergunta. 0 0,25
Inadequado: não pergunta.

9. Questiona sobre histórico familiar de SOP.


Adequado: pergunta. 0 0,5
Inadequado: não pergunta.

76
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ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Adq.

10. Questiona sobre antecedentes obstétricos/


ginecológicos.
0 0,25
Adequado: pergunta.
Inadequado: não pergunta.

11. Questiona sobre desejo de gestar/ tentativas prévias


(infertilidade).
0 0,25
Adequado: pergunta.
Inadequado: não pergunta.

12. Solicitou exame físico (inspeção e busca de sinais de


hirsutismo (pêlos grossos e pigmentados em regiões
atípicas em mulheres - face, tórax e abdomen). 0 0,5
Adequado: solicita.
Inadequado: não solicita.

13. Solicitou peso (IMC).


Adequado: solicita. 0 0,5
Inadequado: não solicita.

14. Questionou sobre sintomas associados (presença de


acne, seborréia, alopecia frontal).
0 0,5
Adequado: questiona.
Inadequado: não questiona.

15. Questionou sobre sinais de acantose nigricans em


axilas, nuca, abaixo das mamas, face interna das coxas
e vulva (sinal de resistência insulínica). 0 0,5
Adequado: questiona.
Inadequado: não questiona.

16. Verbalizou hipótese diagnóstica.


Adequado: Amenorreia secundária. 0 0,5
Inadequado: Não realiza a hipótese diagnóstica correta.

17. Orientou paciente sobre possibilidade diagnóstica.


Adequado: orienta. 0 0,5
Inadequado: não orienta corretamente.

18. Solicitou provas diagnósticas para confirmação da


suspeita.
Adequado: Beta-hCG, TSH, T4 livre, prolactina, LH, FSH,
0 1,0
USG pélvica TV, glicemia de jejum, TTGO, triglicerídeos,
HDL.
Inadequado: Não solicita corretamente.

77
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ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Adq.

19. Orientou a paciente quanto às medidas gerais a


serem tomadas.
0 1,0
Adequado: perda de peso, dieta, atividade física.
Inadequado: não orienta corretamente.

20. Indicou metformina (VO) 500 mg 3x/dia (de acordo


triagem glicêmica).
0 0,5
Adequado: indicou tratamento.
Inadequado: não indicou o tratamento correto.

21. Indicou acetato de ciproterona.


Adequado: indicou tratamento. 0 0,5
Inadequado: não indicou o tratamento correto.

22. Explicou os riscos de infertilidade, CA endometrial,


Ca mama, Ca ovário.
0 0,25
Adequado: explicou.
Inadequado: não explicou corretamente.

23. Perguntou a paciente se possui alguma dúvida.


Adequado: questiona. 0 0,25
Inadequado: não questiona.

24. Realiza adequadamente a sequência das tarefas,


conforme solicitado nas orientações ao (à) participante.
0 0,25
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza.

78
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Orientações ao ator:
4. Ciclo menstrual: Irregular, ficava até 2 meses sem menstruar, quantidade normal,
duração 3 a 5 dia
5. Parceiros 2, atividade sexual regular
6. Nega uso de ACO
7. Mudanças: pele oleosa, cabelo caindo, engordando
11. Infertilidade: já tentei várias vezes e nunca consegui por isso parou ACO.
14. Afirma tudo
15. Achou que ficou mais escuro

79
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RESUMO AMENORRÉIA
Amenorréia: é ausência de menstruação por 3 ciclos consecutivos ou mais (falamos
ciclos e não meses porque o intervalo menstrual vai de 21 a 35 dias, então dependo
do ciclo da paciente pode dar mais que 3 meses).
Secundaria
Suspeitar quando a mulher menstruou pelo menos uma vez
na vida e ficou por 3 ciclos consecutivos ou mais sem menstruar
(nos casos de mulheres com ciclos regulares) ou 6 meses consecutivos ou mais (para
mulheres com ciclos irregulares).

Independente do tipo de amenorreia o problema esta em um dos


compartimentos do eixo hipotalâmico hipofisário ovariano uterino.
• Se o problema estiver no hipotálamo ou hipófise – é amenorreia CENTRAL
• Se o problema estiver nos ovários – é amenorreia ovariana ou PERIFÉRICA
• Se o problema tiver no útero - é amenorreia útero CANALICULAR
• Se o problema estiver no feedback entre qualquer um dos compartimentos desse
eixo – é amenorreia por retroalimentação inadequada

INVESTIGAÇÃO
Amenorreia + Atraso Menstrual = Gravidez
Toda vez que chega uma paciente com amenorreia e atraso menstrual pensar
em gravidez.
Dosar Beta hCG.
Afastado gravidez, nós partimos para propedêutica especifica da amenorreia.
Propedêutica Especifica da Amenorreia
Teste do progestogênio
Ofereço progesterona (acetato de medroxiprogesterona 5 a 10mg/dia) pra paciente e
espero 5 a 10 dias e verifico se a paciente sangra ou não (se sangrar o teste é positivo, se
não sangrar é negativo).
Se for positivo significa que o endométrio dela foi previamente estimulado pelo
estrógeno, mas ela não produz progesterona. Nós precisamos dar progesterona
para ela sangrar, ou seja, se ela não produz progesterona, ela não ovula - mulher
anovuladora.
Se o teste vem negativo, a mulher não produz nem estrogénio nem progesterona
ou ela tem uma obstrução na saída do sangramento, continuamos com a
investigação

Dosagem da prolactina serica

Com esses dois exames dividimos as pacientes em 3 grupos específicos


GRUPO 1
Teste do progestogênio positivo e prolactina normal: Grupo das anovuladoras
(hiperestrogenismo, só tem a 1 fase do ciclo menstrual)
Ex: SOP

GRUPO 2

80
GINECOLOGIA p ra c tic us
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Teste do progestogênio negativo ou positivo e prolactina ALTA


Grupo das Hiperprolactinêmicas. A prolactina alta inibe secreção pulsátil noturna do
GnRH, não havendo produção de FSH e LH, bloqueando o ciclo menstrual.
Ex: Prolactinoma – tumor de hipófise que produz prolactina

Hipotireoidismo – Níveis baixos de T3 e T4 livre na circulação, estimula a hipófise


a secretar TSH, o local que secreta TSH é grudado ao local de secreção de
prolactina, toda vez que a hipófise tem um estimulo muito grande para secretar
TSH, por proximidade ela secreta prolactina.

Medicamentos – alguns medicamentos aumentam a secreção de prolactina, como por


exemplo o plasil (metoclopramida).

Estrogenioterapia – o estrogênio e prolactina competem por receptor, o estrogênio


ocupa o receptor da prolactina, e a hipófise interpreta que tem pouca prolactina e ai
produz mais.

GRUPO 3
Teste do progestogênio negativo e a prolactina normal. Problema hormonal (não
produz nem estrogênio nem progesterona) ou problema uterino (não tem útero ou
útero tem obstrução à saída do sangramento).

Neste Grupo 3, continuamos com a investigação!

Para diferenciar se é uterino ou hormonal é o teste estroprogestatinico.


Vou dar estrogênio 1,25mg/dia por 21 dias e depois dou progesterona (10mg/dia por
7 dias), espero mais 10 dias.

Depois desses 10 dias


1. Paciente sangra = Teste é POSITIVO
2. Paciente não sangra = Teste é NEGATIVO

Negativo
Diagnóstico de amenorreia útero canalicular
Ex: Criptomenorreias
Sd de asherman
Sd de rokitansky (agenesia dos ductos de muller/paramesonef ricos, se a paciente
tem agenesia desses ductos, ela não tem nem o útero nem o 1/3 superior da
vagina), Sd morris/da feminilizacao testicular (tem mamas, genitálias externas
femininas, mas tem testículo intra pélvico, genótipo masculino, fenótipo feminino,
mas é uma mulher sem pelos por uma insensibilidade aos androgênios), Sd
youssef-machado (iatrogenia na obstetrícia, quando a paciente tem 2 ou mais
cesáreas anteriores e durante a cesárea forma se uma fístula vesico uterina, devido
às aderências das cesáreas anteriores. No pós parto a loquiação é eliminada pela
urina).

81
GINECOLOGIA p ra c tic us
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Positivo
Agora temos que dosar FSH e LH. O útero está presente e funcionando, já que
houve sangramento após a paciente receber estrogênio seguido de progesterona
no teste. Temos que ver qual hormônio esta em falta pra diferenciar se o problema é
periférico ou central.

FSH e LH: BAIXOS


Se o FSH e o LH vierem baixos quer dizer que a hipófise não está conseguindo produzir
ou secretar FSH e LH ou o hipotálamo não consegue produzir ou secretar o GnRH na
forma de pulsos, fechando o diagnostico de Amenorreia Central.

Causas de Amenorreia Central


Tumor de hipófise que não seja o prolactinoma.
Sd de kalman (doença autossomica dominante, onde a paciente cursa com anosmia
e deficiência de GnRH) Sd de Laurence moon-biedl (doença autossomica recessiva
em que a paciente tem retinite pigmentosa – cegueira pras cores e deficiência de LH e
FSH).

Sd de Sheehan (necrose da hipófise)


Anorexia nervosa (paciente tem aumento de dopamina que inibe a secreção pulsátil
noturna de GnRH)
Atletas – bailarinas (excesso de endorfinas que inibem a secreção de GnRH)

FSH e LH: ALTOS


Se o FSH e o LH vierem elevados quer dizer que a hipófise está bombardeando a
circulação com FSH e LH e os ovários que não conseguem produzir o estrógeno e
a progesterona, fechando o diagnostico de Amenorreia Periférica.
.
Causas de Amenorreia Periférica
Agenesia Gonadal
Disgenesia gonadal (gonada presente, mas não funcionante, como na sd de
turner)
Sd de savage (ovários resistentes as gonadotrofinas)
Sd de swyer
Menopausa precoce (folículos acabaram antes do tempo).
Atualmente a maioria das escolas e, o Ministério da Saúde, não recomendam a
realização desses testes de progestogênio e nem estroprogestatínico, apesar de
ainda aparecerem nas provas.

A recomendação frente aos casos de amenorreia é a realização de anamnese e exame


físico e, após isso, a investigação vai depender do tipo de amenorréia:
• Primária : após anamnese e exame físico, realizar dosagem sérica de FSH,
cariótipo e ultrassonografia pélvica.
• Secundária: após anamnese e exame físico, afastar gravidez com
dosagem de beta hCG, seguida de dosagem sérica de FSH e prolactina.

82
GINECOLOGIA prac ti c u s
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EXAME MAMÁRIO E NÓDULO DE


MAMA
(AQUI USAREMOS MANEQUINS DE MAMAS)
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Atenção Primária.
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- laboratório de análises clínicas;
- sala de medicação

DESCRIÇÃO DO CASO
Você se encontra em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e vai realizar o atendimento
de uma paciente de 55 anos, nuligesta, na menopausa há 4 anos, em uso de Terapia
Hormonal há 6 meses, que notou nódulo na mama há 2 meses e veio para consulta
muito nervosa.
ATENÇÃO: A PACIENTE SIMULADA NÃO DEVE SER TOCADA DURANTE O
ATENDIMENTO.

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:


- Realiza anamnese adequada;
- Verbalize os exames complementares de rastreio;
- Oriente sobre tratamento e conduta adequada.
ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA
SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

83
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IMPRESSO 1
EXAME FÍSICO MAMÁRIO:
-INSPEÇÃO ESTÁTICA E DINÂMICA SEM ALTERAÇÕES
-AUSÊNCIA DE LINFONODOS PALPÁVEIS
-NÓDULO REGULAR, MÓVEL, INDOLOR E FIBROELÁSTICO, COM CERCA DE 2
CENTÍMETROS EM MAMA ESQUERDA

84
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IMPRESSO 2
MAMOGRAFIA

85
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ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Adq.

1. Apresentação: (1) identifica-se e cumprimenta o paciente


simulado.
0 0,25
Adequado: se apresenta.
Inadequado: não se apresenta.

2. Questiona sobre motivo de consulta.


Adequado: questiona. 0 0,25
Inadequado: não questiona.

3. Questiona sobre história de evolução de nódulo, se


aumento de tamanho, se descarga papilar associada e se
história de biópsias ou aspirações previas de cistos. 0 0,5
Adequado: questiona.
Inadequado: não questiona.

4. Questiona sobre fatores de risco para câncer de mama


(antecedente pessoal, antecedente familiar, menarca e
uso de ACO). 0 0,5
Adequado: questiona.
Inadequado: não questiona.

5. Solicita presença de auxiliar de enfermagem na sala.


Adequado: solicita. 0 0,25
Inadequado: não solicita.

6. Solicita exame físico das mamas e solicita autorização.


Adequado: solicita. 0 0,5
Inadequado: não solicita.

7. Verbalizou posicionamento “sentada" para realizar o


exame físico das mamas.
0 0,25
Adequado: verbaliza.
Inadequado: não verbaliza.

8. Verbaliza exposição de ambas as mamas.


Adequado: verbaliza. 0 0,25
Inadequado: não verbaliza.

9. Verbaliza a inspeção estática (tamanho, forma, número,


mamilo, discromias, abaulamentos e retrações).
0 0,25
Adequado: verbaliza.
Inadequado: não verbaliza.

86
GINECOLOGIA p ra c tic us
R E S U M O S

ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Adq.

10. Verbaliza inspeção dinâmica.


Adequado: verbaliza. 0 0,25
Inadequado: não verbaliza.

11. Verbaliza palpação dos linfonodos supra,


infraclaviculares e axilares.
0 0,5
Adequado: verbaliza.
Inadequado: não verbaliza.

12. Solicita a paciente a se deitar e posiciona as mãos da


paciente atrás da cabeça.
0 0,25
Adequado: solicita.
Inadequado: não solicita.

13. Verbaliza palpação pelas técnicas de Velpeaux


(espalmada) e/ ou Bloodgood (dedilhado).
0 0,5
Adequado: verbaliza.
Inadequado: não verbaliza.

14. Verbaliza palpação da cauda de Spence


(prolongamento axilar).
0 0,5
Adequado: verbaliza.
Inadequado: não verbaliza.

15. Investigou se há descarga papilar.


Adequado: investigou. 0 0,5
Inadequado: não investigou.

16. Verbalizou examinar a mama contralateral na mesma


sequência.
0 0,5
Adequado: verbaliza.
Inadequado: não verbaliza.

17. Identificou o nódulo na mama esquerda.


Adequado: identificou. 0 0,75
Inadequado: não identificou

18. Solicitou mamografia.


Adequado: solicitou. 0 0,5
Inadequado: não solicitou.

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GINECOLOGIA p ra c tic us
R E S U M O S

ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Adq.

19. Reconheceu o nódulo (BIRADS 3) e indicou controle


semestral
0 0,75
Adequado: reconhece.
Inadequado: não reconhece.

20. Suspendeu terapia hormonal.


Adequado: suspendeu. 0 0,5
Inadequado: não suspendeu

21. Explica para a paciente do seu diagnóstico.


Adequado: Pelas características do nódulo a palpação, e
pela característica na mamografia, tudo indica se tratar de 0 0,5
um fibroadenoma, portanto com bom prognóstico.
Inadequado: não explica.

22. Encaminha a paciente para médico especialista


(Mastologista)
0 0,5
Adequado: encaminha.
Inadequado: não encaminha.

23. Questiona se dúvidas.


Adequado: questiona. 0 0,25
Inadequado: não questiona.

24. Realiza adequadamente a sequência das tarefas,


conforme solicitado nas orientações ao (à) participante.
0 0,25
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza.

88
GINECOLOGIA p ra c tic us
R E S U M O S

Orientações ao ator:
3. Sem descarga papilar, não aumentou de tamanho, nega biópsia e nega punção
4. Nega todos os fatores de risco, apenas refere uso de terapia hormonal

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GINECOLOGIA p ra c tic us
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RESUMO EXAME MAMÁRIO E NÓDULO DE MAMA

1. Anamnese:
Em caso de presença de nódulos, deve-se investigar a data da percepção, velocidade
de crescimento, localização, consistência, relação com traumatismo ou ciclo menstrual.
Além disso, devem ser pesquisados fatores de risco para câncer de mama:
· Idade superior a 40 ou 50 anos
· Ser mulher
· Antecedentes pessoais de câncer de mama
· História familiar
· Antecedentes pessoais de outros tipos de câncer e RT para linfoma de Hodgkin
· Lesões histológicas indicadoras de risco
· Cicatriz radial ou lesão esclerosante complexa
· História menstrual: menarca precoce (antes dos 11 anos); menopausa tardia (após
55 anos)
· História obstétrica: nuliparidade e primariedade idosa (após os 30 anos)
· Uso de Anticoncepcional Oral
· Terapia Hormonal
· Fatores nutricionais: dietas rica em gorduras
· Uso crônico de bebidas alcoólicas
· Agentes químicos
· Radiação ionizante
· Fatores geográficos: países desenvolvidos e industrializados
· Sedentarismo
· Genética: BRA1 e BRA2, doença de Cowden (doença harmatomatoso intestinais e
extraintestinais)

2. Exame Físico
Deve seguir as seguintes perguntas:
a) A lesão é realmente um nódulo: temos que saber diferenciar de benigno e
maligno.

BENIGNIDADE MALIGNIDADE

Normalmente são aderidos


Apresentam consistência endurecida
(em alguns casos são pétreos)
Normalmente são móveis
Possuem contornos irregulares e
Apresentam consistência
margens indefinidas
fibroelástica
A descarga papilar pode ser
Possuem contornos regulares e
sanguinolenta ou em água de rocha
margens definidas
Podem ser acompanhados de
retração da pele, retração mamilar,
invasão da pele ou da parede torácica

90
GINECOLOGIA p ra c tic us
R E S U M O S

a) Se a lesão é um nódulo, ela deve ser bem caracterizada e outras perguntas


devem ser respondidas:
· Há quanto tempo existe o nódulo
· A lesão aumentou de tamanho com o tempo
· Há historias de biópsias ou aspirações prévias de cistos
· Qual a idade da paciente

3. Exames complementares
PAAF: é o primeiro passo na investigação dos nódulos mamários, pois diferencia as
lesões císticas das lesões sólidas. Temos PAAF guiada por USG e a guiada por MMG.

Cistos Tumores Sólidos

Devem ser enviados para a citologia


os líquidos aspirados sanguinolentos.
São diagnosticados após falha
Cistos simples: o fluído aspirado não
em aspirar líquido com PAAF; de
é sanguinolento. A massa desaparece
qualquer forma, o material que for
após aspiração.
aspirado deverá ser encaminhado
Carcinoma intracístico ou neoplasias
para avaliação citológica. É
parcialmente císticas: as situações
importante lembrar que não faz
que aumentam a suspeita destas
diagnóstico, só levamos em conta
entidas são: líquido aspirado
resultados positivos da citologia.
sanguinolento, massa palpável
Caso venha negativo, não podemos
após a aspiração do líquido, recidiva
descartar câncer e será solicitado
frequente dos cistos (normalmente
MMG.
maior do que duas recidivas de cistos
simples).

Ultrassonografia das mamas: é um método que assegura boa diferenciação entre


nódulos sólidos e císticos.

91
GINECOLOGIA p ra c tic us
R E S U M O S

BENIGNIDADE MALIGNIDADE

Margens irregulares
Hipoecogenicidade e textura
Diâmetro laterolateral maior que o
heterogênica (achado inespecífico)
craniocaudal
Diâmetro craciocaudal
Ecogenicidade homogênea
(anteroposterior) maior do que o
Bordas bem delimitadas
diámetro laterolateral (nódulo mais
Pseudocápsulas ecogênicas finas
largo)
Sombras laterais à lesão
Presença de sombra acústica
Reforço acústico posterior
posterior
Contornos microlobulares

Mamografia das mamas (MMG): é um método principal e seguro de auxílio ao


exame clínico no câncer de mama. É um exame radiológico realizado no mamógrafo
que comprende pelo menos duas incidencias principais: mediolateral oblíqua e
craniocaudal. Com essas duas incidências devemos identificar a localização do nódulo
nos quadrantes mamários.

Classificação do Breast Imaging Recording and Data System (BI-RADS)

Categoria Achados Recomendações

0 Mamas inconclusivas Complementações

1 Normais Exames de rotina

2 Benignos Exames de rotina

3 Suspeitos de benignidade Seguimento precoce

Biópsia deve ser


4 Suspeitos de malignidade
considerada

Altamente suspeitos de
5 Tomar conduta adequada
malignidade

6 Malignidade confirmada Biópsia conhecida

92
GINECOLOGIA prac ti c u s
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ANTICONCEPCIONAL
HORMONAL ORAL
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Atenção Primária.
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- laboratório de análises clínicas;
- sala de medicação

DESCRIÇÃO DO CASO
Você está trabalhando numa Unidade Básica de Saúde (UBS), quando chega uma
paciente de 20 anos, com vida sexual ativa, desejando usar “pílula” anticoncepcional.
Paciente traz exame de BETA hCG negativo.
ATENÇÃO: A PACIENTE SIMULADA NÃO DEVE SER TOCADA DURANTE O
ATENDIMENTO.

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:


- Realize a consulta e dê as orientações necessárias;
- Realize a anamnese;
- Oriente sobre as condutas necessárias.
ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA
SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

93
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ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Parc. Adq.

1. Apresentação: (1) identifica-se e cumprimenta o


0 0,25
paciente simulado.

2. Questionou sobre motivo de consulta.


Adequado: questiona. 0 0,25
Inadequado: não questiona.

3. Questionou sobre data da última menstruação


e sobre ciclo menstrual.
Adequado: questiona os dois.
0 0,5 1,0
Parcialmente adequado: questiona apenas um ou
outro.
Inadequado: não questiona.

4. Questionou sobre uso de medicamentos, como


antidepressivos, anticonvulsivantes e antibióticos.
0 1,0
Adequado: questiona.
Inadequado: não questiona.

5. Pergunta sobre comorbidades como epilepsia e


HAS.
0 0,50
Adequado: questiona.
Inadequado: não questiona.

6. Questiona sobre antecedentes de fenômenos


tromboembólicos.
0 0,50
Adequado: questiona.
Inadequado: não questiona.

7.Questiona sobre antecedentes obstétricos e de


DSTs.
0 0,5
Adequado: questiona.
Inadequado: não questiona.

8. Informa que há possibilidade de uso de pílula


anticoncepcional oral combinada.
0 1,0
Adequado: informa que pode ACO.
Inadequado: informa que não pode ACO.

9. Orienta o início do uso no primeiro dia da


menstruação.
0 0,75
Adequado: orienta.
Inadequado: não orienta.

94
GINECOLOGIA p ra c tic us
R E S U M O S

ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Parc. Adq.

10. Explica como usar diariamente e como fazer o


intervalo.
0 0,75
Adequado: explica.
Inadequado: não explica.

11. Orienta se esquecer 1 pílula, deve ingerí-la assim


que lembrar e continuar a cartela normalmente.
0 0,5
Adequado: orienta.
Inadequado: não orienta.

12. Orienta que se esquecer 2 pílulas ou mais,


deve tomar 1 e retomar a cartela, e associar
outro método contraceptivo (preservativo ou
0 0,5
abstinência sexual).
Adequado: orienta.
Inadequado: não orienta.

13. Explicou que pode ocorrer sangramentos


durante os primeiros meses de uso.
0 0,5
Adequado: explicou.
Inadequado: não explicou.

14. Orientou sobre efeitos adversos tais como:


ganho de peso, cefaléia, náuseas.
0 0,5
Adequado: questiona.
Inadequado: não questiona.

15. Orienta que se não sangrar no intervalo entre


as cartelas, deve procurar o serviço médico dada
possível gravidez. 0 0,5
Adequado: questiona.
Inadequado: não questiona.

16. Orienta manter uso de preservativo e evitar


DST’s.
0 0,5
Adequado: questiona.
Inadequado: não questiona.

17. Questiona dúvidas.


Adequado: questiona. 0 0,25
Inadequado: não questiona.

95
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ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Parc. Adq.

18. Realiza adequadamente a sequência das


tarefas, conforme solicitado nas orientações ao (à)
participante. 0 0,25
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza.

96
GINECOLOGIA p ra c tic us
R E S U M O S

Orientações ao ator:
3. DUM há 5 dias, ciclos regulares, duração de 5 dias, fluxo moderado.
4. Nega
5. Nega
6. Nega
7. Nega

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GINECOLOGIA p ra c tic us
R E S U M O S

RESUMO ANTICONCEPCIONAL HORMONAL ORAL


Método anticoncepcional ou contraceptivo é tudo que o casal faz com o intuito
de evitar a gestação. O método contraceptivo mais utilizado mundialmente é a
contracepção hormonal definida quando a mulher utiliza qualquer tipo de hormônio
para evitar a gravidez.
Todos os contraceptivos hormonais agem por quatro mecanismos de ação:
• Inibição do pico das gonadotrofinas
• Diminui a motilidade das tubas
• Torna o muco espesso, hostil à espermomigração
• Diminui a produção endometrial de glicogênio.
De acordo com o esquema prescrito, uma ação será preferencial. Se prescrevermos o
mais utilizado, que possui estrogênio com progestogênio, os dois hormônios em baixas
doses, o principal mecanismo de ação é inibir o pico das gonadotrofinas. Já a prescrição
de contraceptivos que só possuem progestogênios em baixas doses, os principais
mecanismos de ação são diminuir a motilidade das trompas e deixar o muco cervical
mais espesso. E, por fim, se prescrevermos hormônios em altas doses, como na pílula
do dia seguinte, o principal mecanismo de ação é diminuir a secreção de glicogênio
pelo endométrio.
Tanto o estrogênio quanto o progestogênio tem vários efeitos colaterais. Os principais
efeitos colaterais dos estrogênios são: cefaleia, náuseas, vômitos, tontura, cãimbras,
irritabilidade, nervosismo, meteorismo, TPM, ingurgitação venosa, mastalgia,
hipermenorreia, já os dos progestogênios são: fadiga, depressão, alteração da libido,
amenorreia, acne, exantema, hirsutismo, atrofia mamária, ganho de peso constante,
edema, aumento do apetite, hemorragia intermédia, seborreia, queda de cabelo.

De uma maneira geral, os principais efeitos colaterais dos estrogênios são centrais e
dos progestogênios são mais periféricos, principalmente os cutâneos. No entanto o
principal efeito colateral do estrogênio é aumentar os fatores de coagulação II, V, VII,
VII, IX, X e XII. E o principal efeito colateral do progestogênio é diminuir a velocidade do
sangue dentro do vaso. Portanto, o maior problema com a anticoncepção hormonal
são os fenômenos tromboembólicos. Apesar de tantos efeitos colaterais, continuamos
prescrevendo os contraceptivos hormonais, porque seus efeitos benéficos superam os
colaterais. São eles:
• Sangramentos regulares
• Alívio da dismenorreia primária, TPM e do fluxo abundante
• Menor risco de DIPA (por tornar o muco cervical espesso e dificultar ascensão de
gonococo e clamídia) e de gravidez ectópica
• Menor incidência de moléstia trofoblástica
• Rápida regressão de cistos ovarianos funcionais
• Reduz risco de câncer de endométrio, doenças benignas da mama e câncer de ovário
• Melhora relativa da acne, seborreia, hirsutismo e artrite reumatoide
Porém existem algumas contra-indicações absolutas para qualquer tipo hormonal de
contracepção:c
• câncer de mama
• fenômenos tromboembólicos (tromboflebite, TVP ou antecedente, doença
coronariana, cerebrovascular ou ocular, HAS severa, hipercolesterolemia e

98
GINECOLOGIA p ra c tic us
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valvulopatias)
• hepatopatias agudas e crônicas
• sangramento uterino anormal
• gravidez diagnosticada ou suspeita

Já as contra-indicações absolutas somente para o estrogênio são: fumantes com mais


de 35 anos, diabetes grave, LES e enxaqueca com aura.

A classificação dos contraceptivos hormonais pode ser feita:


• De acordo com a composição: progestogênio isolado ou combinados (estrogênio +
progestogênio)
• De acordo com o modo de ação: interceptivos ou pílula do dia seguinte, minipílula
(progestogênio contínuo), combinados (sequenciais ou contínuos).
• De acordo com a via de administração: oral, parenteral, drágea vaginal, anel vaginal,
implantes subdérmicos, selos dérmicos, spray nasal.
A grande indicação dos contraceptivos somente de progestogênio são as mulheres
que estão no puerpério amamentando, uma vez que o estrogênio ocupa o receptor de
prolactina e pode diminuir o tempo de aleitamento.
Já os injetáveis tem como principal indicação, as mulheres “esquecidas”, que esquecem
de tomar a pílula todos os dias, uma vez que o controle dos efeitos colaterais é muito
mais fácil quando a mulher utiliza a via oral.

Outro excelente método anticoncepcional é o DIU (diapositivo intra uterino) que


provoca uma reação de corpo estranho que ocupa toda a cavidade uterina e dificulta a
ascensão dos espermatozoides até a região ampolar da trompa para fecundar o óvulo e
dificultam a implantação do embrião.

Podem ser com liberação lenta de progestogênio, com o único objetivo de impedir o
principal efeito colateral do DIU tradicional de cobre, que é a hipermenorreia.

A OMS criou 4 categorias para as usuárias do DIU:

Contraindicações absolutas (categoria 4): gravidez infecção pós parto ou pós aborto,
DIP atual ou nos últimos 3 meses, cervicite purulenta, tuberculose pélvica, antecedente
pessoal de DIP por 2 ou mais vezes sangramento vaginal sem diagnóstico câncer de
colo uterino, endométrio, ovário ou coriocarcinoma alterações anatômicas do útero que
impeçam a colocação do DIU.
Riscos que superam os benefícios (categoria 3): sangramento menstrual aumentado,
pós parto entre 3 e 28 dias, risco aumentado de DST, doença trofoblástica benigna.

Riscos menores que os benefícios (categoria 2): nuliparidade, anemia ferropriva


e falciforme, talassemia, pós parto e pós aborto de segundo trimestre, mioma ou
problemas anatômicos que alteram a cavidade uterina, vaginite sem cervicite,
endometriose, dismenorreia severa, doença cardíaca valvular complicada.

Uso sem restrições (categoria 1): mais de 4 semanas pós parto sem infecção, após

99
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abortamento de primeiro trimestre sem infecção, idade acima de 35 anos, HAS,


diabetes, doenças tromboembólicas, cardiovasculares e isquêmicas, cardiopatia
valvular, doenças hepáticas, obesidade e hiperlipidemias, antecedente de gravidez
ectópica e DIPA com gravidez posterior, cefaleia, doenças da mama, epilepsia,
antecedente de cirurgia abdominal ou pélvica. Lembrar que as grandes indicações para
a utilização do DIU, são as 3 principais contraindicações para a contracepção hormonal:
câncer de mama, fenômenos tromboembólicos e as hepatopatias.

100
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DESCOLAMENTO PREMATURO
DE PLACENTA
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Pronto Atendimento.
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- laboratório de análises clínicas;
- sala de medicação;
- sala de parto e maternidade.
DESCRIÇÃO DO CASO
Vocês está de plantão em um pronto socorro geral, quando dá entrada na emergência
gestante de 28 anos, com queixa de dor abdominal e sangramento vaginal intenso.
ATENÇÃO: A PACIENTE SIMULADA NÃO DEVE SER TOCADA DURANTE O
ATENDIMENTO.
Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:
-Realize a anamnese e exame físico;
- Indicar exames complementares de rastreio se necessário e justificar;
- Oriente paciente sobre hipótese diagnóstica e explique conduta.
ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA
SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.

101
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IMPRESSO 1

EXAME FÍSICO GERAL: REG, Descorada 2+/4+,


Deshidratada 1+/4+, anictérica, acianótica, afebril.
AP: MV+ Bilateralmente sem RA
ACV: BRNF 2T SS
Abdômen: gravídico.
Restante do exame físico geral sem alterações, incluindo dados vitais.

102
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IMPRESSO 2

EXAME FÍSICO OBSTÉTRICO


Palpação: AU de 36cm
DU útero hipertônico impossibilitando realizar manobras de palpação obstétrica.
BCF: 108bpm
Especular: sangramento ativo pelo orifício externo do colo uterino, em grande
quantidade.
Toque vaginal: colo uterino entreaberto.

103
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IMPRESSO 3
IG: 36 2/7 semanas

104
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IMPRESSO 4
Ausência de USG na Unidade

105
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ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Parc. Adq.

1. Apresentação: (1) identifica-se e cumprimenta


o paciente simulado.
0 0,25
Adequado: Realiza corretamente.
Inadequado: Não realiza.

2. Questionou sobre motivo de consulta.


Adequado: questiona. 0 0,25
Inadequado: não questiona.

3. Questionou sobre DUM e solicita idade


gestacional.
Adequado: realiza os dois.
0 0,5 1,0
Parcialmente adequado: realiza apenas um ou
outro.
Inadequado: não questiona.

4. Investigou a queixa principal e história


da doença atual (buscando saber seu início,
duração, intensidade e fenômenos associados). 0 1,0
Adequado: investigou todos.
Inadequado: não investigou.

5. Questionou sobre antecedentes obstétricos.


Adequado: questiona. 0 0,5
Inadequado: não questiona.

6. Solicita carteira de pré-natal.


Adequado: solicita. 0 0,5
Inadequado: não solicita.

7. Solicita exame físico geral.


Adequado: solicita. 0 0,5
Inadequado: não solicita.

7. Solicita exame obstétrico com BCF, incluindo


exame especular e toque vaginal.
Adequado: solicita todos os exames, incluindo
BCF.
0 0,5 1,0
Parcialmente adequado: Solicita exame
obstétrico, especial e toque vaginal, mas nã0
solicita o BCF.
Inadequado: não solicita

106
GINECOLOGIA p ra c tic us
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ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Parc. Adq.

8. Avaliou intensidade do sangramento.


Adequado: avalia sangramento como intenso. 0 0,5
Inadequado: pouco sangramento.

9. Explicou à paciente sobre a bradicardia fetal.


Adequado: explica. 0 0,5
Inadequado: não explica.

10. Explicou que não há necessidade e tempo


para realizar USG obstétrico.
0 0,5
Adequado: explica.
Inadequado: não explica.

11. Solicitou acesso venoso calibroso,


hemograma e coagulograma.
0 1,0
Adequado: solicitou.
Inadequado: não solicitou.

12. Verbalizou hipótese diagnóstica.


Adequado: Descolamento prematuro de
placenta. 0 1,0
Inadequado: Não realizou o diagnóstico
correto.

13. Orienta e indica cesárea de emergência.


Adequado: Orienta e indica cesárea de
emergência. 0 1,0
Inadequado: Não realiza as orientações
adequadas.

14. Realiza adequadamente a sequência das


tarefas, conforme solicitado nas orientações ao
(à) participante. 0 0,5
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza.

107
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Orientações ao ator:
3. DUM: não se lembra.
4. Sangramento e dor abdominal intensa há uma hora, sem outros sintomas
associados.

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RESUMO DESCOLAMENTO PREMATURO DE PLACENTA

Sangramentos da segunda metade da gestação


• São 5: descolamento prematuro de placenta (cocaína é fator de risco; é progressivo, se
desgrudar >=50% leva a óbito fetal), placenta previa (sangramento repetido e indolor,
útero não tem contração, não tenho o aumento do tônus uterino) rotura do seio
marginal, rotura da vasa previa e rotura uterina (sangramento do parto, quando o útero
rompe dentro do trabalho de parto que a paciente choca na nossa frente)

Descolamento prematuro de placenta


• Apoplexia uteroplacentária, abruptio placetae, ablatio placentae ou descolamento
prematuro de placenta -> sangramento mais comum da segunda metade, podendo
acometer até 3,5% das gestação.

Fisiopatologia
• Uma pequena área da placenta descola, o sangue que deveria passar do útero pra
placenta e da placenta pro feto acaba ficando atras da placenta e vai descolando uma
área maior e mais sangue vai se acumulando atras da placenta e descolando cada vez
mais; o sangue que fica atras da placenta acaba irritando a fibra muscular do útero,
que faz com q ele sem contraia sem um período de relaxamento (hipertonia uterina),
que aumenta ainda mais a área de descolamento, fazendo com que mais sangue se
acumule atras da placenta; quando a placenta se descolar 50% ou mais é igual a óbito
fetal, pq o sangue que se perde na descolamento prematuro de placenta é o sangue
que estava indo oxigenar o feto.
• 80% das pacientes com descolamento prematuro de placenta apresentam
sangramento vaginal, porem a quantidade de sangue que se exterioriza pela vagina
não reflete a quantidade de sangue propriamente dita.
Na imagem superior a quantidade de sangue que perdemos pela vagina é a
quantidade de sangue que realmente ela esta perdendo; já na figura inferior a
quantidade que sai não reflete a quantidade que esta perdendo.
• 20% das pacientes que não sangram: sangue fica retido atras da placenta (hematoma
retroplacentário) ou o sangue pode atravessar as membranas e circular na cavidade
amniótica (hemoâmnio).

Superior é o hematoma retroplacentário, inferior é o hemoâmnio.

Hematoma retroplacentário – se no pós-parto eu recebo uma placenta e ele tem um


hematoma atras dela eu digo que a paciente teve uma deslocamento prematuro de
placenta -> diagnóstico retrospectivo deslocamento prematuro de placenta.
Etiologia
• Principal causa é a hipertensão arterial (qualquer aumento isolado na pressão arterial
é suficiente pra descolar uma pequena área da placenta) – 50% dos DPP se devem a
ela.
• Fator mecânico – trauma direto no abdomen (queda, chute, soco na barriga).
• Fator placentário – cordão umbilical curto (se o feto se movimenta muito em uma
dessas movimentações traciona o cordão e a placenta descola).

109
GINECOLOGIA p ra c tic us
R E S U M O S

• Miscelânea – mistura dos fatores.


Patologia
• Descolamento – uma pequena área da placenta descola, o sangue que deveria ir do
útero pra placenta e da placenta pro feto começa a se acumular atras da placenta e
vai se acumulando e descolando uma área placentária maior e mais sangue vai se
acumulando atras da placenta; o sangue começa a infiltrar a camada muscular do
útero e irritar a camada muscular, que contrai sem período de relaxamento (hipertonia
uterina) e isso vai ajudar a descolar ainda mais.
• Coagulopatia – após 6h de descolamento placentário começam a ser consumidos os
fatores de coagulação (antes disso eles estavam intactos) e pode evoluir pra CIVD.
• Alteração renal – se muito sangue for retido atras da placenta ela pode evoluir pra uma
hipovolemia severa levando a alteração renal ou necrosar hipófise (Sd de Sheehan).

Qc
• Sangramento repentino e doloroso
o De uma hora pra outra ela começa a ter sangramento acompanhado de dor devido
hipertonia uterina (fibras uterinas irritadas pelo sangue contraindo sem ter um
relaxamento).
o Essa hipertonia é tão intensa que se a paciente for multípara ela pode evoluir com
parto de alude (bebê que é jogado pra fora pelo útero com a placenta, la, tudo de uma
vez).
• Útero tetânico.
• Pulso paradoxal de boero – sangramento vaginal intenso, mas o pulso está bom;
apesar da perda sanguínea ser grande o pulso ainda está bom, porque ela tem
aumento de 50% do volume, então demora pra chocar, se ela descompensar
hemodinamicamente é porque a perda sanguínea foi gigantesca.
• Útero de couvelaire – cavidade inteira infiltrada de sangue, o estimulo contrátil
não consegue passar de uma cavidade pra outra, então vai passar a ser um útero
hipotônico, incapaz de contrair.
• Coagulopatia
• Sd de Sheehan
• IRA
• Mesmo sem sangramento, se a gestante >20sem apresentar hipertonia uterina, até
que se prove o contrario é DPP.

Classificação de Sher
• Tipo 1 – assintomática, diagnóstico após o parto através do hematoma retroplacentário.
• Tipo 2 – paciente com quadro clinico clássico de DPP, >20 sem com sangramento
vaginal e hipertonia e feto vivo.
• Tipo 3a e 3b – quadro clínico clássico, mas feto morto.
o 3a – sem coagulopatia materna instalada.
o 3b – com coagulopatia materna instalada.

Diagnóstico:
• Clínico -> não tenho tempo de fazer algum exame, na menor suspeita clínica de DPP
tenho que tomar alguma conduta.

110
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Prognóstico:
• Mortalidade materna 1-3%
• Mortalidade perinatal 95% -> feto deixa de receber o2
o 100% graves -> sher 3
o 66% intermediário -> sher 2
o 24% leves -> sher 1

Conduta:

• Medidas gerais

• Exames laboratoriais

• Pegar o acesso mais calibroso possível, fazer infusão de solução cristaloide, colho
hemograma e coagulograma e vou direto pra conduta obstétrica

• Conduta obstétrica – depende se o feto esta vivo ou não


o Feto vivo e viável -> parto (cesarea)
o Feto morto ou inviável -> ver estabilidade hemodinâmico

• Se paciente estável -> conduta expectante (posso esperar até 6h pra esse bebê nascer
pelo parto normal, porque contrações uterina estão bem intensas), podemos romper
as membranas pra acelerar o parto (diminui a tensão na cavidade amniótica e ajuda a
coordenar as contrações), se após 6h o bebê não nascer via baixa -> cesárea

• Se paciente instável -> parto (cesárea)

111
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RUPTURA PREMATURA DE
MEMBRANAS OVULARES (RPMO)
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Atenção Secundária: Ambulatorial e Hospitalar.
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- laboratório de análises clínicas;
- sala de medicação;
- sala de parto e maternidade.
DESCRIÇÃO DO CASO
Vocês está de plantão em uma pequena maternidade, quando dá entrada no pronto
socorro, uma gestante de 24 anos, com queixa de perda de líquido vaginal.
ATENÇÃO: A PACIENTE SIMULADA NÃO DEVE SER TOCADA DURANTE O
ATENDIMENTO.

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:


- Realize a anamnese e exame físico;
- Indicar exames complementares de rastreio se necessário;
- Oriente paciente sobre hipótese diagnóstica e explique conduta.
ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA
SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA

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IMPRESSO 1
IG: 32 semanas de gestação

113
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IMPRESSO 2
EXAME FÍSICO OBSTÉTRICO
Palpação: AU de 26cm
BCF: 144bpm

Manobras do palpar obstétrico: fundo uterino parcialmente ocupado, dorso à direita,


mobilidade cefálica presente e escava vazia.
Especular: vagina úmida, sem saída de líquido ou secreções pelo orifício externo do colo
uterino.
Toque vaginal: colo impérvio.

114
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IMPRESSO 3
USG obstétrico: feto único, vivo, cefálico, com bons sinais vitais, placenta fúndica grau II,
líquido amniótico reduzido e idade gestacional compatível com 32 semanas.

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IMPRESSO 4
pH vaginal 6,8

116
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ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Parc. Adq.

1. Apresentação: (1) identifica-se e cumprimenta


o paciente simulado.
0 0,25
Adequado: Realiza corretamente.
Inadequado: Não realiza.

2. Questionou sobre motivo de consulta.


Adequado: questiona. 0 0,25
Inadequado: não questiona.

3. Questiona sobre DUM e solicita a idade


gestacional.
0 0,5
Adequado: questiona.
Inadequado: não questiona.

4. Investigou a queixa principal e história


da doença atual (buscando saber seu início,
duração, intensidade e fenômenos associados). 0 1,0
Adequado: investiga.
Inadequado: não investiga.

5. Questionou sobre antecedentes obstétricos.


Adequado: questiona. 0 0,5
Inadequado: não questiona.

6. Questionou sobre fatores de risco para RPMO


(infecções e sobre distensão uterina).
0 0,5
Adequado: questiona.
Inadequado: não questiona.

7. Solicita carteira de pré-natal.


Adequado: solicita. 0 0,5
Inadequado: não solicita.

8. Solicita exame obstétrico, incluindo exame


especular e toque vaginal.
0 1,0
Adequado: solicita.
Inadequado: não solicita.

9. Realiza testes bioquímicos para auxiliar


diagnóstico de RPMO.
Adequado: solicita pH vaginal, pesquisa da
cristalização do muco cervical, teste da ianneta, 0 1,0
teste Brosens Gordon, ou teste das células
orangiófilas.
Inadequado: não solicita.

117
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ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Parc. Adq.

10. Explicou à paciente seu quadro atual.


Adequado: prognóstico reservado, repouso até
completar 34 semanas. 0 1,0
Adequado: explica.
Inadequado: não explica.

11. Solicitou USG obstétrico.


Adequado: solicita. 0 1,0
Inadequado: não solicita.

12. Verbalizou hipótese diagnóstica. Adequado:


RUPTURA PREMATURA DE MEMBRANAS
OVULARES 0 1,0
Inadequado: Bolsa rota, ou outros
diagnósticos incorretos.

13. Orienta internação para conduta expectante


com vigilância infecciosa, controle de
vitalidade fetal, antibioticoterapia profilática e
0 1,0
corticoterapia.
Adequado: orienta.
Inadequado: não orienta.

14. Realiza adequadamente a sequência das


tarefas, conforme solicitado nas orientações ao
(à) participante. 0 0,5
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza.

118
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Orientações ao ator:
2. Perda de liquido em grande quantidade há uma hora.
3. DUM não lembra exatamente
4. Início há uma hora, duração até o momento da consulta, liquido tipo agua que
escorreu pela perna e formou uma poça no chão.
5. Primeira gestação, não teve abortos.
6. Nega todos
7. Trouxe a carteira

119
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RESUMO RUPTURA PREMATURA DE MEMBRANAS OVULARES (RPMO):

É quando rompe o âmnio e o córion em uma gestante com mais de 20 semanas


e antes do trabalho de parto. Não existe limite máximo da ocorrência de rotura
prematura de membranas, a gestante pode até estar em pós-datismo, se as
membranas romperem antes do trabalho de parto é RPMO.
· Amniorrexe prematura é apenas a rotura do âmnio, o termo correto seria
amniocoriorrexe ou corioamniorrexe prematura.
· Bolsa rota: bolsa das águas é a coleção de líquido amniótico que se coloca na
frente da apresentação fetal durante o trabalho de parto, então a bolsa só se
forma durante o trabalho de parto. Bolsa rota é quando rompe as membranas
DURANTE o trabalho de parto.Precoce: <6cm de dilatação
o Oportuna: 6-8cm de dilatação do colo
o Tardia: >8cm de dilatação
o Toda vez que rompem as membranas, ajuda a coordenação das contrações,
diminuindo o número e aumentando a intensidade.

Etiologia:
· Infecção:
o Microrganismo que causa qualquer infecção pode agir diretamente
rompendo as fibras colágenas das membranas. Além disso em todo
processo infeccioso tem a liberação dos mediadores inflamatórios,
incluindo as prostaglandinas, que vão aumentar a contratilidade do útero
causando a rotura das membranas.
o Principalmente ITU, vulvovaginites e qualquer outra infecção sistêmica.
· Inflamação:
o Mediadores inflamatórios, principalmente a prostaglandina, aumentam
contratilidade uterina rompendo as membranas.
· Alterações bioquímicas:
o Deficiência da alfa-1-antitripsina.
o No líquido amniótico temos a tripsina (enzima que quebra colágeno) e a
alfa-1-antitripsina (cuja função é bloquear a tripsina).
o Se a mulher tiver deficiência da alfa-1-antitripsina, a tripsina vai estar agindo
livremente, rompendo as fibras colágenas das membranas: RPMO.
· Alterações nutricionais
o Deficiência da vitamina C e cobre.
o Fundamentais para a síntese de colágeno
o Na deficiência temos menos colágeno nas membranas, levando a
membranas mais frágeis.
· Tabagismo
o Rompe as fibras colágenas
· Drogas ilícitas
o Cocaína e crack
o Causam uma hipertonia uterina
· Malformações
o Todas as malformações que façam o bebê crescer mais do que o esperado

120
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para a idade gestacional.


o Além de esticar as membranas, o útero vai crescer mais que o esperado, e
quando esticamos muito a fibra muscular, a força contrátil é maior (lei de
Frank Starling).

Dois grandes grupos de etiologia da RPMO:


· Infecções
· Sobredistensão uterina: tudo que fizer o útero crescer mais do que o esperado faz
com que estique mais a fibra muscular, causando uma maior força contrátil pela
lei de Frank Starling.
o Gemelar, mioma, macrossomia fetal, polidramnio, etc

Diagnóstico:
· Melhor método é clinicamente, através do exame especular, visualizando o
líquido amniótico saindo pelo colo.
o Gestante que vem com história de perda de líquido que escorreu pela
perna até o chão como água.
o Durante palpação obstétrica, sinto mais facilmente as partes fetais, altura
uterina está menor do que o esperado para a Idade gestacional. Ao colocar
a paciente em posição ginecológica, a vulva está úmida, passo o espéculo e
vejo líquido saindo pelo orifício externo do colo.
o Se a vulva estiver seca e não vermos o líquido amniótico saindo pelo colo:
manobra de Tarnier (segurando o espéculo dentro da vagina da paciente,
o auxiliar levanta a apresentação, chacoalha a barriga da paciente; se
continuar não saindo uma gota de líquido amniótico, é negativa).
▪ Não adianta pedir USG nesse caso pois a paciente pode ter um
oligodrâmnio, somos obrigados a lançar mão de testes bioquímicos
· Testes bioquímicos
o Avaliação do pH vaginal
▪ Geralmente o ph da grávida é extremamente ácido (pH de 3,2
aproximadamente), pois como tem bastante estrogênio circulando,
propicia a adesão de muito glicogênio na parede da vagina e os
lactobacilos vão quebrar esse glicogênio produzindo ácido lático
▪ Se o pH vier tendendo ao neutro/alcalino -> rpmo (porque o Líquido
Amniótico é alcalino, ao passar pela vagina na RPMO, ele eleva o pH
vaginal)
o Avaliação do muco cervical
▪ Progesterona deixa o muco grosso/espesso, já o estrogênio fluidifica
o muco cervical (provoca efeito samambaia, cristalização típica do
muco cervical, muco arboriforme)
▪ Na gravida o muco é espesso, porque o hormônio que predomina é a
progesterona
▪ Se vier muco arboriforme, indica rpmo, porque o líquido amniótico é
rico em estrogênio
o Teste de Iannetta
▪ Pega a secreção vaginal, coloca na lâmina e aquece por 1 min. Se

121
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mudar de cor, quer dizer que há proteína desnaturando no calor, não


é líquido amniótico (o líquido amniótico tolera altas temperaturas,
não muda suas características ao ser aquecido).
▪ É positivo quando ao ser aquecido não muda de cor.
o Teste de brosens e gordon/das células orangiofilas
▪ Pego secreção vaginal, coloco na lâmina, pingo uma gota do azul
de nilo a 0,1% e coloco no microscópio; o azul de nilo a 0,1% cora de
laranja as células de descamação do feto. Se na secreção vaginal
encontrarmos nem que seja 1 célula laranja, quer dizer que ocorreu a
rotura da membrana
▪ Se eu encontrar qualquer estrutura fetal na secreção vaginal da
grávida, eu fecho o diagnóstico de ruptura prematura de membranas
ovulares, por exemplo o vernix caseoso (cuidado só para não
confundir com candidíase), pelo fetal (é caracteristicamente reto, o
vulvar se torce em torno de seu próprio eixo)

Complicações
· Corioamnionite
· Prematuridade
o Quanto mais cedo a membrana se romper, maior o risco de prematuridade

Tratamento
· Depende da Idade gestacional
o Se ≥ 34 semanas: pulmão fetal maduro, internar e induzir o parto (conduta
ativa).
▪ Problema da indução: quando induzimos, temos que fazer vários
toques vaginais e, ao fazer esses toques, aumentamos o risco de
infecção. Por isso, temos que pensar em antibiótico.
▪ Até 6h do diagnóstico da rotura não preciso prescrever antibiótico
▪ Se demorar > 6h: antibiótico e manter por até 24h após o parto
▪ Profilaxia de Strepto agalactie: ampicilina ou penicilina
▪ Ao chegar, a paciente com estrepto desconhecido ou positivo deve
começar a receber antibiótico. Se o bebê nascer em até 6h, eu paro.;
caso não, eu continuo por mais 24h após o parto.
▪ Se for negativo, eu começo a indução. Se > 6h, inicio antibiótico
empírico
o Se < 34sem: conduta expectante
▪ Vigilância infecciosa pelo risco de corioamnionite:
· Febre >38 sem foco aparente
· Leucograma dobrar
· PCR subir sem foco infeccioso
· Líquido Amniótico com odor fétido ou de aspecto purulento
▪ Vigilância da vitalidade fetal
· Cardiotocografia a cada 3 dias.
· Perfil biofísico e doppler a cada 1 semana.
▪ Internar paciente e realizar exame físico criterioso à procura de

122
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algum foco de infecção e prescrever antibiótico se encontrar alguma


infecção ou profilaticamente. Se IG entre 24-34 semanas, devemos
fazer corticoterapia para acelerar o amadurecimento do pulmão
do bebê (betametasona 12mg IM e depois de 24h 12mg im; apenas
1 ciclo), manter internada com controle de infecção (temperatura,
hemograma, VHS, PCR, urina 1 a cada 3 dias)
▪ Na menor suspeita de corioamnionite ou de alteração da vitalidade
fetal, eu interrompo a gestação e realizo o parto na hora.
▪ Caso não ocorra nenhuma alteração, manter a conduta expectante
até 34 semanas e induzir o parto.

123
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DIABETES E GESTAÇÃO
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Atenção Primária.
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- laboratório de análises clínicas;
- sala de medicação;

DESCRIÇÃO DO CASO
Você se encontra em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), no programa da família, e
sua próxima paciente é uma gestante, primigesta, sem queixas, que veio para realizar
pré-natal, porém ansiosa pois todas as mulheres da sua família tiveram diabetes na
gestação e, está preocupada com o resultado do seu exame de glicemia que realizou
logo que soube que estava grávida.
ATENÇÃO: A PACIENTE SIMULADA NÃO DEVE SER TOCADA DURANTE O
ATENDIMENTO.

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:


- Realizar anamnese da paciente.
- Realizar o exame físico pertinente.
- Solicitar, se necessário, exames complementares pertinentes à queixa da paciente.
- Responder às perguntas da paciente de forma completa, justificando os motivos das
orientações.
ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA
SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA

124
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IMPRESSO 1

EXAME FÍSICO: BEG, CORADA, HIDRATADA, EUPNEICA, AFEBRIL.


SINAIS VITAIS:
PA 110 x 70mmHg,
FC: 80 bpm
FR: 15 ipm

125
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IMPRESSO 2
EXAME GINECOLÓGICO E OBSTÉTRICO SEM ALTERAÇÕES

126
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IMPRESSO 3
GLICEMIA DE JEJUM: 89mg/ dl

127
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ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Adq.

Apresentação: (1) identifica-se e cumprimenta o


paciente simulado.
0 0,5
Adequado: Realiza corretamente.
Inadequado: Não realiza.

2. Questionou sobre motivo de consulta.


Adequado: questiona. 0 0,5
Inadequado: Não questiona.

3. Questiona sobre antecedentes patológicos pessoais.


Adequado: questiona. 0 0,5
Inadequado: Não questiona.

4. Questiona sobre tabagismo, álcool ou drogas.


Adequado: questiona. 0 0,5
Inadequado: Não questiona.

5. Questiona sobre uso de medicamentos de uso


contínuo.
0 0,5
Adequado: questiona.
Inadequado: Não questiona.

6. Questionou sobre ciclo menstrual (incluindo DUM),


gestações prévias e abortamentos.
0 0,5
Adequado: questiona.
Inadequado: Não questiona.

7. Calculou e verbalizou à paciente sobre idade


gestacional e data provável de parto pela DUM.
Adequado: IG = 10+3 dias 0 1,0
DPP = 15 de dezembro de 2023
Inadequado: Calcula incorretamente.

8. Solicitou sinais vitais


Adequado: solicita. 0 0,5
Inadequado: não solicita.

9. Solicitou auxiliar de enfermagem na sala de


atendimento.
0 0,5
Adequado: solicita.
Inadequado: não solicita.

128
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ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Adq.

10. Solicitou exame físico ginecológico/ obstétrico.


Adequado: solicita. 0 0,5
Inadequado: não solicita.

11. Solicitou os exames do pré-natal.


Adequado: hemograma, tipagem sanguínea,
sorologia HIV, sífilis, toxoplasmose, hepatite B, urina 1 0 1,0
e urocultura, protoparasitológico de fezes, ultrassom.
Inadequado: não solicita os exames adequados.

12. Explicou que glicemia de jejum está normal.


Adequado: explica. 0 1,0
Inadequado: não explica.

13. Orientou que deverá realizar curva glicêmica ou


TTGO (teste oral de tolerância à glicose) entre 24 e 28
semanas. 0 1,0
Adequado: orienta.
Inadequado: não orienta.

14. Orientou retorno para checar exames solicitados.


Adequado: orienta. 0 0,5
Inadequado: não orienta.

15. Questionou dúvidas


Adequado: questionou. 0 0,5
Inadequado: não questionou.

16. Realiza adequadamente a sequência das tarefas,


conforme solicitado nas orientações ao (à) participante.
0 0,5
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza.

129
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Orientações ao ator:
2. Está preocupada pois muitas em sua família tiveram diabetes gestacional
3. Nega antecedentes patológicos
4. Nega
5. Nega
6. DUM 10 DE MARÇO, primeira gestação, nenhum aborto prévio.

130
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RESUMO DIABETES E GESTAÇÃO

A avaliação de diabetes na gestação depende do início do pré-natal:


· Início com menos de 20 semanas:
o Avaliar glicemia de jejum imediatamente
▪ Se glicemia de jejum ≥ 126, classificamos como Diabetes mellitus
anterior à gestação e encaminhar para o Pré-natal de alto risco
▪ Se glicemia de jejum de 92 a 125, classificamos como Diabetes
mellitus gestacional. Podemos manter o pré-natal na UBS com
orientação dietética, atividade física e monitoramento glicêmico.
▪ Se glicemia menor que 92, com 24-28 semanas vamos realizar o TOTG
75g (Teste oral de tolerância à glicose).
· Valores esperados são: jejum < 92, 1ª hora < 180 e 2ª < 153.
Consideramos a paciente sem diabetes e mantendo pré-natal
na UBS.
· Se ao menos um valor alterado: jejum de 92 a 125; 1ª hora ≥ 180;
2ª hora de 153 a 199, consideramos a paciente com Diabetes
mellitus gestacional, e podemos manter o pré-natal na UBS
com orientação dietética, atividade física e monitoramento
glicêmico.
· Se ao menos um valor alterado: jejum ≥ 126 E/OU 2ª hora de 153
a 199, consideramos a paciente com diabetes mellitus prévio à
gestação, e encaminhamos a paciente para o Pré-Natal de alto
risco.
· Se início do pré-natal entre 20 e 28 semanas:
o com 24-28 semanas, vamos realizar o TOTG 75g (Teste oral de tolerância à
glicose).
▪ Valores esperados são: jejum < 92, 1ª hora < 180 e 2ª < 153.
Consideramos a paciente sem diabetes e mantendo pré-natal na
UBS.
▪ Se ao menos um valor alterado: jejum de 92 a 125; 1ª hora ≥ 180; 2ª
hora de 153 a 199, consideramos a paciente com Diabetes mellitus
gestacional, e podemos manter o pré-natal na UBS com orientação
dietética, atividade física e monitoramento glicêmico.
▪ Se ao menos um valor alterado: jejum ≥ 126 E/OU 2ª hora de 153 a 199,
consideramos a paciente com diabetes mellitus prévio à gestação, e
encaminhamos a paciente para o Pré-Natal de alto risco.
· Se início do pré-natal com mais de 28 semanas:
o Devemos imediatamente realizar o TOTG:
▪ Valores esperados são: jejum < 92, 1ª hora < 180 e 2ª < 153.
Consideramos a paciente sem diabetes e mantendo pré-natal na
UBS.
▪ Se ao menos um valor alterado: jejum de 92 a 125; 1ª hora ≥ 180; 2ª
hora de 153 a 199, consideramos a paciente com Diabetes mellitus
gestacional, e podemos manter o pré-natal na UBS com orientação

131
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dietética, atividade física e monitoramento glicêmico.


▪ Se ao menos um valor alterado: jejum ≥ 126 E/OU 2ª hora de 153 a 199,
consideramos a paciente com diabetes mellitus prévio à gestação, e
encaminhamos a paciente para o Pré-Natal de alto risco.

132
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ENDOMETRIOSE
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Pronto Atendimento
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- laboratório de análises clínicas;
- sala de medicação;
DESCRIÇÃO DO CASO
Você está de plantão no unidade de pronto atendimento (UPA), quando chega uma
mulher com 23 anos de idade, sexualmente ativa, apresentando dor em andar inferior
do abdômen, com piora progressiva. Relata que a dor iniciou logo após a menarca e
vem piorando mês a mês.
ATENÇÃO: A PACIENTE SIMULADA NÃO DEVE SER TOCADA DURANTE O
ATENDIMENTO.

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:


- Realizar anamnese da paciente.
- Solicitar, se necessário, exames complementares pertinentes à queixa da paciente.
- Verbalize conduta terapêutica;
- Orienta paciente sobre hipótese diagnóstica e retira dúvidas.
ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA
SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA

133
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IMPRESSO 1

EXAME FÍSICO: BEG, corada, hidratada, eupnéica, afebril.


PA: 110x70mmHg
FC: 80 bpm
FR: 15 ipm
Ausculta pulmonar e cardíaca sem alterações.
Abdômen doloroso difusamente à palpação, mais intenso no andar inferior do
abdômen. Descompressão brusca negativa.

134
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IMPRESSO 2
EXAME GINECOLÓGICO: DOR À MOBILIZAÇÃO DO COLO UTERINO AO TOQUE
VAGINAL. RESTANTE DO EXAME GINECOLÓGICO SEM ALTERAÇÕES.

135
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ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Adq.

1. Apresentação: (1) identifica-se e cumprimenta o


paciente simulado.
0 0,25
Adequado: Realiza corretamente.
Inadequado: Não realiza.

2. Questionou sobre motivo de consulta.


Adequado: questiona. 0 0,25
Inadequado: não questiona.

3. Investigou sobre as características da dor.


Adequado: investiga. 0 0,5
Inadequado: não investiga.

4. Questionou sobre menarca e características do ciclo


menstrual (se regular).
0 0,5
Adequado: questiona.
Inadequado: Não questiona.

5. Investigou antecedentes sexuais (DST prévias,


número de parceiros, uso de preservativo).
0 0,5
Adequado: investiga.
Inadequado: não investiga.

6. Questionou de uso de ACO.


Adequado: questiona. 0 0,5
Inadequado: Não questiona.

7. Questionou sobre antecedentes obstétricos.


Adequado: questiona. 0 0,5
Inadequado: Não questiona.

8. Solicitou o exame fisico geral.


Adequado: solicita. 0 0,5
Inadequado: não solicita.

9. Verbalizou lavagem das mãos e uso de luvas e


procedimento.
0 0,5
Adequado: verbaliza.
Inadequado: Não verbaliza.

10. Solicitou auxiliar de enfermagem em sala de


consultório e fonte de luz.
0 0,5
Adequado: solicita.
Inadequado: não solicita.

136
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ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Adq.

11. Verbalizou inspeção estática e dinâmica e palparão


vulvar.
0 0,5
Adequado: verbaliza.
Inadequado: não verbaliza.

12. Verbalizou exame especular.


Adequado: verbaliza. 0 0,5
Inadequado: não verbaliza.

13. Verbalizou toque vaginal bimanual.


Adequado: verbaliza. 0 0,5
Inadequado: não verbaliza.

14. Solicitou exame ginecológico.


Adequado: solicita. 0 0,5
Inadequado: não solicita.

15. Verbalizou hipótese diagnóstica de endometriose.


Adequado: verbaliza. 0 1,0
Inadequado: não verbaliza.

16. Solicitou USG pélvico com preparo intestinal.


Adequado: solicita. 0 1,0
Inadequado: não solicita.

17. Solicitou marcadores (CA 125 e CA 19.9).


Adequado: solicita. 0 0,5
Inadequado: não solicita.

18. Verbalizou indicação de AINH e ACO contínuo ou


progestogênio contínuo.
0 0,5
Adequado: verbaliza.
Inadequado: não verbaliza.

19. Questionou dúvidas.


Adequado: questiona. 0 0,25
Inadequado: não questiona.

20. Realiza adequadamente a sequência das


tarefas, conforme solicitado nas orientações ao (à)
participante. 0 0,25
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza.

137
GINECOLOGIA p ra c tic us
R E S U M O S

Orientações ao ator:
2. Dor tipo cólica durante o periodo menstrual
3. Dor tipo cólica, muito intensa, e que vem piorando a cada ciclo menstrual
4. Menarca aos 15 anos, ciclos regulares
5. Nega DST, nega uso de preservativo, 2 parceiros
6. Nega uso de ACO
7. Nunca teve gestação, e nenhum aborto prévio

138
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R E S U M O S

RESUMO ENDOMETRIOSE

Etiologia:
Temos várias teorias que tentam explicar a endometriose, hoje a mais aceita é a Teoria de
Sampson (menstruação retrógrada) associada a teoria imunológica (faz parte da teoria
de Sampson).
· Teoria de Meyer ou da metaplasia celômica:
o Primeira teoria descrita na literatura
o Diz que as células do ovário e do peritônio são células totipotentes, ou seja,
podem se diferenciar em qualquer tipo celular. Então, na adolescência,
quando a menina começa a produzir os hormônios sexuais, as células se
diferenciariam em células endometriais e passariam a responder a esses
hormônios, proliferando na presença de estrogênio, secretando glicogênio
na presença de progesterona e, quando o nível de progesterona cai, ele
descama.
· Teoria de Sampson ou da menstruação retrógrada:
o Esta é a que importa para a prova;
o Em todas as mulheres que menstruam, uma pequena parte do fluxo
menstrual, ao invés de ir para vagina e ser eliminada, passa pelos óstios
tubários, percorre as trompas e chega à cavidade pélvica. A menstruação
nada mais é do que as células do endométrio que descamaram. Através da
menstruação retrógrada, elas chegam na pelve, implantam-se e começam a
responder aos hormônios.
o Se acreditarmos nessa teoria, por que apenas 3% das mulheres desenvolverão
essa doença? Para responder essa questão, surgiu a teoria imunológica :
▪ Existe uma imunoglobulina que é responsável por fagocitar as células
endometriais que chegam à cavidade pélvica. A mulher que possuir
deficiência dessa imunoglobulina vai desenvolver a endometriose.
· Teoria Mulleriana
o Restos dos ductos de Muller podem persistir na pelve da paciente e, quando
as meninas começam a produzir hormônios, eles se diferenciam em células
endometriais. O útero inteiro e o terço superior da vagina se originam dos
ductos de Muller ou paramesonéfricos. Se restos desses ductos persistirem
na pelve, eles podem se diferenciar em células endometriais.
· Teoria hematogênica/linfática
o Para explicar endometriose a distância (mulheres que, quando menstruam,
sangram pelo nariz, vulva, boca, pulmão). A célula endometrial chega longe
pela corrente sanguínea/linfática.
· Teoria iatrogênica
o Com o objetivo de economizar no sistema público, alguns médicos utilizam
o mesmo fio de sutura que usaram para fechar a parede do útero na cesárea
para fechar a parede abdominal da paciente. Dessa forma, implantam as
células endometriais na parede, causando endometrioma de parede.

Quadro clínico:
· Tríade: dismenorreia, dispareunia e infertilidade (dificuldade para engravidar)

139
GINECOLOGIA p ra c tic us
R E S U M O S

o São os 3 Ds da ginecologia;
· Dismenorreia secundária: abdômen agudo hemorrágico quando tem focos de
endometriose no peritônio, as células endometriais vão crescendo;
o Na primeira fase do ciclo menstrual, onde há produção de estrógeno,
prolifera os focos de endometriose. A paciente ovula, forma corpo lúteo
que vai produzir progesterona. A seguir, vai fazer com que os focos virem
secretores de glicogênio; Depois de 12 a 14 dias, o corpo lúteo começa a ser
substituído por tecido conjuntivo e a progesterona começa a cair. A queda
da progesterona vasoconstringe esses focos de endometriose que começam
a descamar, gerando sangue livre na cavidade, provocando a irritação do
peritônio, com Descompressão brusca (DB) positiva, um abdômen agudo
hemorrágico;
o Sangue livre na cavidade causa aderências na pelve, e os órgãos genitais
internos ficam pendurados por ligamentos. Se a paciente tem endometriose
que provoca a aderência, esses órgãos genitais pélvicos perdem a mobilidade
e ficam fixos, gerando a dor pélvica crônica (dor que dura 6 meses ou mais)
o endometriose compromete ovário, causando o cisto endometriótico ou
endometrioma, cisto de parede espessada e conteúdo espesso achocolatado
(sangue), que, de mês em mês, vai se acumulando e fazendo ele crescer.
Apresenta-se com queixa álgica porque vai crescendo e comprimindo as
estruturas vizinhas e corre o risco de torcer - quanto maior o cisto, maior o
risco dele torcer no seu próprio eixo.
· A intensidade da dor não esta relacionada com o grau da doença. Ela pode ter uma
endometriose seríssima e não ter dor, outras tem grau inicial e dor incapacitante.
· Dispareunia de profundidade: quando a endometriose acomete os ligamentos
útero sacros, esses ligamentos são os mais posteriores do colo do útero, unem o
colo do útero ao sacro. A importância é que esse ligamento é responsável pela
movimentação do colo do útero durante a relação sexual, de forma que, durante a
relação sexual, toda vez em que o pênis chega ao fundo da vagina e bate no colo
do útero, o colo do útero acompanha a movimentação do pênis e esse é um dos
mecanismos que dá prazer para a mulher durante a relação sexual (colo do útero
acompanhar a movimentação do pênis). Se a mulher apresentar endometriose do
ligamento útero-sacro, o colo do útero perde essa mobilidade, toda vez que o pênis
chegar no fundo da vagina e bater no colo do útero ele não sairá do lugar, e ela terá
um traumatismo de repetição e a paciente referirá dor.

Diagnóstico
· O diagnóstico definitivo de endometriose é histológico: apenas após obter o
material de fora da cavidade uterina, entregar ao patologista e ele confirmar que
há células endometriais ativas (que respondem aos hormônios) é que está fechado
o diagnóstico de endometriose.
· Dismenorreia progressiva com atendimento emergencial: podemos afirmar que é
endometriose;
· Apesar da história ser clássica, o exame físico é de espectro variável: pode haver
pacientes com exame físico normal até uma paciente com abdômen hemorrágico
com DB positiva, pode apresentar apenas dor à mobilização do colo, massa palpável

140
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em região anexial (endometrioma);


· Pode ter útero fixo, pouco móvel, dor à palpação de ligamento uterossacro e de
septo retovaginal;

Exames laboratoriais:
· O objetivo é auxiliar no diagnóstico de endometriose.
· Ca 125: é um marcador tumoral. Os marcadores tumorais são substâncias que
apresentam elevados em uma determinada doença, tem o nome de marcador
tumoral porque o primeiro descrito na literatura marcava um tumor de ovário maligno
da linhagem epitelial;
o Pouco específico, se altera em diversas doenças como endometriose, tumor
de ovário maligno, doenças do trato gastrointestinal, DIPA.
o Sua principal indicação é o acompanhamento do endometrioma, já que não
podemos acompanhar pelo USG porque ele tem sangue em seu interior.
Esse sangue pode ser meio de cultura e pode infectar, gerando um abscesso,
que apresenta a mesma imagem ultrassonográfica do endometrioma (cisto
de parede espessada e conteúdo espesso, no endometrioma o conteúdo é
sangue e no abscesso é pus); O ideal é retirar o endometrioma, mas se a
paciente quiser apenas acompanhar, temos de fazer uso da ressonância.
· Laparoscopia/laparotomia
o É o melhor método pra obter o material e entregar pro patologista fechar o
diagnóstico.
o Além de ser o melhor método para obter o material, pode ser o melhor método
de tratar a endometriose e também serve pra classificar a endometriose.
o Qualquer alteração peritoneal tem que ser biopsiada porque pode ser
endometriose - lesões das mais diversas: cortes, cicatrizes, pólipos, vesículas,
opacificação, bolsas. Há uma lesão clássica: chamuscado de pólvora
queimada (um monte de pontos escuros).

Localização:
Ovário 50% - bilateral 50%
· O ovário é o local mais acometido – principal foco da endometriose no geral e
intrapélvico;
o Isso ocorre porque são nos ovários que são produzidos os hormônios
estrógeno e progesterona;
· Colón e sigmoide – importância de fazer toque retal: Principal foco de endometriose
extra pélvico.
o Chega no intestino por disseminação pelo septo reto- vaginal (tecido que
existe entre reto e vagina);
o Paciente que tem endometriose reto-vaginal vai sangrar pelas fezes durante
a menstruação, ter dor ao evacuar e disquesia (só consegue evacuar se ela
introduzir os dedos na vagina e comprimir a parede posterior de cima pra
baixo, tem que trazer as fezes em direção ao ânus).

Tratamento:
· Clínico ou cirúrgico - atualmente é combinado;

141
GINECOLOGIA p ra c tic us
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· A primeira etapa do tratamento é a mesma para todas as mulheres,


independentemente do desejo de engravidar.
· Já a segunda etapa depende do desejo de gestação:
o 3 a 6 meses do agonista de GnRH, atrofiando todos os focos de
endometriose, tornando aderências pélvicas frouxas e depois há realização
de laparoscopia, onde retiramos todos os focos visíveis de endometriose e
desfazemos o maior número possível de aderências pélvicas.
o Depende da vontade de engravidar;
· Se não há desejo de engravidar:
o Se o casal não quer engravidar, prescrevo ACHO continuo ou só
progesterona continua porque eu não consigo tirar os focos microscópicos
da doença, depois que ela volta a produzir hormônios, após o efeito do
agonista do GnRH, ocorre a reativação dos microfocos e a doença volta;
· Se há desejo de engravidar:
o Se o casal quer engravidar, após laparoscopia vou recomendar que eles
pratiquem o maior número possível de relação sexual, porque, assim
que acabar o efeito do agonista do GnRH, ela deve engravidar logo nas
primeiras ovulações, caso contrario, a doença recidiva, já que não tiramos
os focos microscópicos da endometriose.

Recorrência:
· Esse é o grande problema da endometriose, a recidiva, porque não temos como
tirar os focos microscópicos da doença.

142
GINECOLOGIA prac ti c u s
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CÂNCER DE ENDOMÉTRIO
CENÁRIO DE ATUAÇÃO
Local de atuação: Unidade de Atenção Primária
A unidade possui a seguinte infraestrutura:
- laboratório de análises clínicas;
- sala de medicação;
DESCRIÇÃO DO CASO
Você está trabalhando em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e sua próxima paciente
é uma senhora de 72 anos com queixa de sangramento vaginal.
ATENÇÃO: A PACIENTE SIMULADA NÃO DEVE SER TOCADA DURANTE O
ATENDIMENTO.

Nos próximos 10 minutos, você deverá executar as tarefas a seguir:


- Realizar anamnese da paciente.
- Solicitar, se necessário, exames complementares pertinentes à queixa da paciente.
- Orienta paciente sobre hipótese diagnóstica e retira dúvidas.

ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA


SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA

143
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IMPRESSO 1

EXAME FÍSICO: BEG, corada, hidratada, eupnéica, afebril.


PA: 110x70mmHg
FC: 80 bpm
FR: 15 ipm

144
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IMPRESSO 2
EXAME ESPECULAR: sangue coletado no recesso vaginal posterior. Sem sangramento
ativo pelo orifício externo do colo uterino.
RESTANTE DO EXAME GINECOLÓGICO SEM ALTERAÇÕES

145
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ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Adq.

1. Apresentação: (1) identifica-se e cumprimenta o


paciente simulado.
0 0,25
Adequado: identifica-se e cumprimenta.
Inadequado: não realiza corretamente.

2. Questionou sobre motivo de consulta.


Adequado: questiona. 0 0,25
Inadequado: não questiona.

3. Investigou sobre as características do sangramento


(cor, volume, odor, duração, prurido)
0 1,0
Adequado: investiga.
Inadequado: não investiga.

4. Questionou sobre menarca, menopausa e


características do ciclo menstrual (quando tinha).
0 0,5
Adequado: questionou.
Inadequado: não questionou.

5. Investigou vida sexual.


Adequado: questionou se tem vida sexual ativa. 0 0,5
Inadequado: não questionou corretamente.

6. Questionou de uso de terapia hormonal.


Adequado: questionou. 0 0,5
Inadequado: não questionou.

7. Questionou sobre antecedentes obstétricos.


Adequado: questionou. 0 0,5
Inadequado: não questionou.

8. Solicitou o exame físico geral.


Adequado: solicitou. 0 0,5
Inadequado: não solicitou.

9. Solicitou exame ginecológico.


Adequado: solicitou. 0 0,5
Inadequado: não solicitou.

146
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ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Adq.

10. Verbalizou lavagem das mãos e uso de luvas e


procedimento.
0 0,25
Adequado: verbalizou.
Inadequado: não verbalizou.

11. Solicitou auxiliar de enfermagem em sala de


consultório e fonte de luz.
0 0,25
Adequado: solicitou.
Inadequado: não solicitou.

12. Verbalizou inspeção estática e dinâmica e palparão


vulvar.
0 0,5
Adequado: verbalizou.
Inadequado: não verbalizou.

13. Verbalizou exame especular.


Adequado: verbalizou. 0 0,5
Inadequado: não verbalizou.

15. Verbalizou toque vaginal bimanual.


Adequado: verbalizou. 0 0,5
Inadequado: não verbalizou.

16. Verbalizou DIAGNÓSTICO de sangramento pós


menopausa.
0 1,0
Adequado: verbalizou.
Inadequado: não verbalizou.

17. Solicitou exame para investigar cavidade uterina


(histeroscopia).
0 1,0
Adequado: solicitou.
Inadequado: não solicitou.

18. Verbalizou hipóteses diagnósticas (atrofia endometrial,


hiperplasia endometrial, câncer de endométrio).
0 1,0
Adequado: verbalizou.
Inadequado: não verbalizou.

19. Questionou dúvidas.


Adequado: questionou. 0 0,25
Inadequado: não questionou.

147
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ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inad. Adq.

20. Realiza adequadamente a sequência das tarefas,


conforme solicitado nas orientações ao (à) participante.
0 0,25
Adequado: realiza.
Inadequado: não realiza.

148
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Orientações ao ator:
3. Sangramento: Vermelho escuro tipo sangue pisado, quantidade pequeno, sem
odor, sem prurido.
4. Menopausa: 50 anos, menarca aos 15 anos, ciclo menstrual sempre normal,
duração 3-5 dias.
5. Adequado: não tem vida sexual ativa, ficou viúva aos 60 anos e nunca mais teve
relação sexual
6. Nunca usou terapia hormonal

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RESUMO
Tumor mais frequente nas mulheres na 6ª e 7ª décadas de vida.
· Idade média: 60 anos
· 75% em mulheres com mais de 50 anos
· Câncer da mulher na perimenopausa (45-55 anos)

Tipos patogênicos:
· Tipo 1
o É comum na perimenopausa, com história de exposição a estrógenos
sem oposição da progesterona (endométrio espessado pela ação
da progesterona), carcinoma moderadamente diferenciado, melhor
prognóstico.
o Maioria dos cânceres de endométrio no Brasil são desse tipo.
o Endométrio espessado, demora para o tumor acometer todo o endométrio,
demora para acometer a camada muscular do útero e demora para ter
disseminação linfática.
· Tipo 2
o Origem no endométrio atrófico, mulheres mais velhas, magras e na pós-
menopausa; pior prognóstico com invasão profunda do miométrio e
disseminação pélvica.
o Como o tumor acomete um endométrio fino rapidamente, ele acomete
todas as camadas do endométrio e vai para próxima camada do útero que
é a camada muscular. O problema é a disseminação linfática.

Fator de risco:
· Todos os fatores são devido à ação estrogênica sem antagonização da progesterona.
· Obesidade: fator de risco principal isolado.
· Não conseguimos controlar a produção de estrogênio no tecido adiposo periférico;
por mais que seja a estrona (um estrógeno fraco), ela consegue agir um pouco
no endométrio. Paciente obesa produz muita estrona, o que aumenta o risco de
hiperplasia e câncer.
· Nuliparidade: na mulher que nunca engravidou, o ovário nunca entrou em repouso,
e quanto mais ele trabalhar, maior o número de ciclos anovulatórios. Assim, não há
a produção de corpo lúteo e nem a produção de progesterona. Portanto, todo ciclo
anovulatório é exposição a estrogênio sem oposição da progesterona.
· Menarca precoce e menopausa tardia: ovário começou a trabalhar cedo e parou
tarde, maior número de ciclos anovulatórios.
· Diabetes (com obesidade): sozinha não é fator de risco, o problema é que a maioria
das mulheres com essa doença são obesas.
· HAS (com obesidade): sozinha não é fator de risco, o problema é que a maioria das
mulheres com essa doença são obesas.
· Estrogenioterapia sem oposição progestacional: se há útero, devemos dar
progesterona para antagonizar a ação proliferativa no endométrio.
· Tamoxifeno: SERM, ele se liga em todos os receptores de estrogênio da mulher
e, dependendo do lugar em que se ligam, tem ação agonista ou antagônica. No
endométrio, tem ação agonista.

150
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· Hiperplasia endometrial atípica: lesão precursora do câncer de endométrio


o Simples: aumento do tamanho da célula endometrial
▪ Com atipias: maligniza em 8% dos casos
▪ Sem atipias: maligniza em 1% dos casos
o Complexa: aumento do tamanho e do número
▪ Com atipias: maligniza em 29% dos casos
▪ Sem atipias: maligniza em 3% dos casos
o De acordo com o tipo de hiperplasia que ele tiver, aumenta o risco de
malignização
· Tumores ovarianos produtores de estrogênio: paciente tem fonte extra de produção
de estrogênio sem ação antagônica da progesterona.
· Síndrome dos ovários policísticos: cursa com anovulação, não produz progesterona e
é risco de câncer de endométrio

Classificação histológica:
· 80% dos casos é o adenocarcinoma endometrioide (origina das próprias células
endometriais)
· Quando o câncer de endométrio não for endometrioide, tem prognóstico pior

Quadro clínico:
· Extremamente sintomático
o 90% das mulheres com câncer de endométrio apresentam hemorragia ou
corrimento vaginal
o O tipo de sangramento depende da idade da paciente
▪ ≥ 1 ano sem menstruar: sangramento pós menopausa
▪ Perimenopausa: ao invés da menstruação diminuir, ela começa a
aumentar ou apresentar metrorragia (sangramento fora do ciclo
menstrual)
· Menos de 10% com diagnóstico de câncer de endométrio são assintomáticas
o Elas sangram, mas não conseguem exteriorizar o sangramento.
o Idosas que menopausaram há muito tempo apresentam atrofia do orifício
externo do colo - ele fecha e o sangue não consegue sair da cavidade
uterina, acumulando e formando um hematométrio (pode sofrer infecção
secundária e desenvolver pus dentro da cavidade uterina – piometrio)
▪ Hematométrio ou piométrio: achados associados a pior prognóstico
▪ Conseguimos evitar isso: se a mulher fazer o USG Transvaginal
anualmente para vigiarmos o endométrio, que deve ter no máximo
5mm de espessura (independente do uso ou não de hormônio)
· Doença avançada: metástases regionais (linfonodos, vagina, colo e tubas)
o Principal forma de disseminação é linfática e só acontece quando o tumor
acomete a camada muscular do útero.
o Hematogênica: fígado (36%)
· Temos 3 tipos de paciente
o Paciente menopausada que volta a sangrar
o Paciente na perimenopausa que tem aumento da menstruação ou
metrorragia

151
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o Paciente assintomática que encontramos sangue na cavidade ou


endométrio >5mm no USG Transvaginal.
o Investigar cavidade uterina das 3 pacientes.
Causas de hemorragia pós menopausa:
· Principal forma de sangramento na menopausa não é hiperplasia nem câncer de
endométrio é a atrofia do endométrio
· Atrofia do endométrio (60-80%)
· Endométrio fino, careca, sem células, com exposição de vasos na superfície que
sangram na cavidade
• Hiperplasia endometrial (5-10%)
• Pólipos endometriais (2-12%)
• Terapia hormonal
• Câncer de endométrio (10%)

Diagnóstico:
· Histeroscopia associada a bx endometrial -> melhor metodo de observar a cav
uterina; se tiver alteração fazemos a bx guiada por histeroscopia
· Biópsia por aspiração do endométrio: investigar cavidade uterina
· Curetagem uterina semiótica: investigar cavidade uterina
· USG Transvaginal: só tem valor pra avaliar espessura endometrial na mulher que
está na menopausa. No momento que a mulher sangrou, não adianta mais pedir
o USG pra avaliar a espessura. Ele podia até estar espessado, mas na hora em que
ele sangra, o endométrio descamou, então não é mais adequado para avaliar a
espessura.

Estadiamento FIGO (International Federation of Gynecology and Obstetrics):


· A partir do momento em que temos o diagnóstico de câncer de endométrio
(através da histopatologia), o próximo passo é estudiar
· Estadiamento é cirúrgico/anatomopatológico, somos obrigados a operar todas as
pacientes com diagnóstico de câncer de endométrio.
o No mínimo, temos que tirar o útero, 2 trompas, 2 ovários (fontes de
estrogênio) e lavado peritoneal em todas as pacientes.
o Além de ter que fazer a cirurgia, também consideramos o anatpatológico,
pois temos que levar em consideração o grau de diferenciação do tumor.

Cirúrgico
· I: tumor restrito ao útero
o Ia: restrito ao endométrio
o Ib: invasão <50% do miométrio
o Ic: >50% do miométrio
· II: tumor vai para o colo do útero
o IIa: tumor acomete glândulas endocervicais
o Iib: invasão do estroma cervical (parte mais profunda do colo do útero)
· III
o IIIa: tumor acomete serosa e/ou anexo, citologia do lavado peritoneal
positiva

152
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o IIIb: metástases vaginais


o IIIc: metástase para pelve e/ou linfonodo paraórticos +
· IV
o Iva: tumor invade a bexiga e/ou mucosa intestinal
o IVb: metástases a distância incluindo linfonodos intra abdominais e/ou
inguinais.
Grau de diferenciação do tumor:
· G1: padrão de crescimento sólido em 5% ou menos do tumor (bem diferenciado)
· G2: padrão de crescimento sólido em 6-50% do tumor (moderadamente
diferenciado)
· G3: padrão de crescimento sólido em mais de 50% do tumor (pouco diferenciado/
indiferenciado)

Tratamento:
· Histerectomia total/salpingooforectomia bilateral + citologia peritoneal (mínimo a
se fazer em todas).
· G1/G2 e Ia/Ib: cirurgia acabou, paciente está curada
· G3 ou Ic: fazer linfadenectomia para-aórtica -> retirar os linfonodos, parar a
cirurgia e esperar a citologia
o Negativa: 5000 cGy pelve (radioterapia pélvica apenas)
o Positiva: 5000 cGy pelve + 4500 para aórtico (radioterapia pélvica e para-
aórtica)
· Citologia peritoneal + ou a partir do estadio II: além de radioterapia pélvica e
para-aórtica, prescrever acetato de megestrol 160 mg/dia por 3-6 meses (se
alguma célula tumoral conseguiu escapar a progesterona bloqueia o receptor de
estrogênio do tumor e ele não consegue proliferar nem implantar).
· Hiperplasia endometrial
o Não importa se é simples ou complexa, mas se há atipias
o Se tiver atipias: histerectomia total abdominal sempre
o Sem atipias: histerectomia total abdominal, mas se a paciente não quiser
fazer posso dar outras opções:
▪ Curetagem uterina (retiro todo o endométrio).
▪ Ablação histeroscópica do endométrio (cauterizar todo o endométrio
com a histeroscopia).
▪ Progesterona em altas doses por 3-6 meses.

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