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FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE

Teste com questões de múltipla escolha

Curso: Medicina Período: 10º Turma: única


Coordenador de tutor: Cláudia Henriques Módulo: MAB10-81 - TEMAS PREVALENTES NA ASSIS-
TÊNCIA À MULHER
Sobre o teste:
( X) Corte avaliativo ( ) Finalização de módulo ( ) Recuperação
( ) Final ( ) Outros: ____________________
Data do teste: 27/09/2022 Hora início: 15:30h Duração (min): 60 minutos

Este teste é individual. NÃO É PERMITIDO consultar fontes de estudos


nem utilizar redes sociais e plataformas de mensagens
durante a sua realização.

Quantidade de questões de múltipla escolha (QME): 20


Pontuação de cada QME: 0,5

Questões do teste

1. Paciente primigesta, 10 semanas de IG, chega à primeira consulta de pré-natal na UBS e realiza teste rápido
para Sífilis, resultado positivo, refere que nunca realizou tal exame ou qualquer tratamento para essa doença.
Das opções abaixo, qual a conduta mais adequada?

a) Repetir teste treponêmico para comprovação


b) Aguardar VDRL quantitativo
c) Solicitar FTA-Abs
d) Iniciar imediatamente o tratamento

GABARITO: D
JUSTIFICATIVA: A partir de 2015, no Brasil, a recomendação de triagem pré-natal inclui a realização de teste
rápido (TR) para iniciar o diagnóstico. Tem excelente sensibilidade e especificidade, comparáveis aos outros tes-
tes, e utiliza a tecnologia de fitas imunocromatográficas ou de fluxo lateral ou de plataforma de duplo percurso
(DPP) em amostras de sangue, a partir de punção de ponta de dedo, com rápida e fácil interpretação do resul-
tado. Como são testes treponêmicos (TT), a positividade confirma a presença de infecção (atual ou prévia) e
autoriza o tratamento em gestantes sem tratamento anterior.
FONTE: MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO - MS

2. Gestante primigesta no curso de 11 semanas retorna ao pré-natal trazendo exames solicitados na primeira
consulta. Dentre eles destaca-se uma urocultura com mais de 100.000UFC/ml de E.coli. Nega sintomas urinários
ou episódios anteriores.
Das condutas abaixo, qual a mais adequada para a paciente?

a) Aguardar o término do primeiro trimestre para prescrever antibióticos evitando teratogenicidade.


b) Solicitar nova urocultura para afastar contaminação da amostra, já que paciente assintomática.
c) Prescrever antibioticoterapia oral e solicitar nova urocultura de controle após término do tratamento.
d) Internar a paciente para realizar antibioticoterapia venosa e ultrassonografia de vias urinárias.

GABARITO: C
JUSTIFICATIVA: Na gravidez sempre deve ser tratada, caso contrário, em cerca de 30% dos casos haverá pro-
gressão para cistite ou pielonefrite. Recomenda-se novo exame de urocultura, como controle de cura, após
duas semanas do tratamento.
FONTE: MANUAL DE GRAVIDEZ DE ALTO RISCO – MS

3. Paciente chega à emergência obstétrica em trabalho de parto, mas não traz exames e não sabe data da ultima
menstruação. Nega comorbidades. Ao exame AFU 32 cm, BCF +, bolsa íntegra, peso materno normal.
Utilizando a regra de Mcdonald, qual a idade gestacional mais aproximada da paciente?
a) 28s
b) 32s
c) 30s
d) 37s

GABARITO: D
JUSTIFICATIVA: Regra de McDonald: AFU (cm) X 8/ 7
FONTE: Obstetrícia – Diagnóstico e Tratamento - IMIP

4. Durante o período expulsivo deve-se apoiar a realização de puxos espontâneos, evitando os puxos dirigidos.
Em caso de puxos espontâneos ineficazes deve-se oferecer outras estratégias para auxiliar o nascimento.
Quais são elas?

a) Mudança de posição, esvaziamento da bexiga, encorajamento


b) Verticalização, analgesia de parto com anestesista, musicoterapia
c) Variação da posição adotada pela gestante, aromaterapia, cabo de guerra
d) Mudança de posição, ocitocina, apoio dos acompanhantes

GABARITO: A
JUSTIFICATIVA: A mudança de posição favorece a rotação da apresentação fetal podendo diminuir o tempo
do trabalho de parto e favorecer o apagamento do colo em determinados quadrantes. O esvaziamento
vesical pode favorecer a insinuação da apresentação. Encorajar a gestante é fundamental para o sucesso
obstétrico do parto normal. Gestantes acompanhadas durante o trabalho de parto por familiares
participativos têm probabilidade menor de cesárea.
FONTE: Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal DF 2017

5. O terceiro período do parto fisiológico é um momento em que são necessários ou observados quais cuida-
dos?

a) Uso rotineiro de uterotônicos


b) Expulsão da placenta por esforço materno
c) Massagem uterina até sinais de separação placentária
d) Reposição volêmica baseada na perda sanguínea fisiológica

GABARITO: A
JUSTIFICATIVA: Determinado em reunião da OMS e OPAS de 2017 o uso de uterotonicos em todas as
puérperas no pós parto imediato, mais precisamente após o desprendimento do ombro.
FONTE: Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal DF 2017

6. Puérpera, 26 anos, Gesta 2 Para 2, teve parto normal, com feto vivo, masculino, pesando 3250g, com Apgar
de 9 e 10 no primeiro e quinto minutos, respectivamente. Apresentou evolução normal, com lóquios fisiológicos,
tendo tido alta, juntamente com seu bebê, em aleitamento exclusivo, em 48 horas, sem anormalidades.
Em que momento, na involução pós-parto fisiológica, espera-se não mais palpar o fundo uterino no abdome?

a) Concomitante com a apojadura


b) Quando houver lóquios serosos
c) Ao final da regeneração endometrial
d) Por volta do décimo dia após o parto

GABARITO: D
JUSTIFICATIVA: O FU encontra-se um pouco acima da cicatriz umbilical logo após o parto. Sofre acelerado pro-
cesso involutivo entre o 3° e o 10° dias, quando assume sua localização intrapélvica.
FONTE: Obstetrícia – Rezende – 14ª. edição – 2022.

7. Mulher, 25 anos, chega à emergência com quadro de choque hipovolêmico e hemoglobina de 6g/L, dor à
palpação de abdome e distensão abdominal. Após estabilização hemodinâmica, com transfusão de duas unida-
des de concentrado de hemácias, foi levada para laparotomia. Na cirurgia apresentou parada cardiorrespiratória
irreversível. Foi constatada gravidez ectópica rota.
Como é classificada a morte materna do caso?

a) Obstétrica direta
b) Obstétrica indireta
c) Não obstétrica
d) Presumível

GABARITO: A
JUSTIFICATIVA: Morte materna obstétrica direta é aquela que ocorre por complicações obstétricas durante gra-
videz, parto ou puerpério devido a intervenções, omissões, tratamento incorreto ou a uma cadeia de eventos
resultantes de quaisquer dessas causas.
FONTES: Manual dos Comitês de Mortalidade Materna - MS

8. Puérpera, 30 anos, teve parto cesárea por sofrimento fetal agudo. No terceiro dia pós-parto apresentou Tax:
37,9 oC, PA: 100 x 60 mmHg, FC 100 bpm, mamas túrgidas e dolorosas, ferida operatória sem anormalidades,
útero contraído a dois cm abaixo da cicatriz umbilical e lóquios sanguíneos, sem odor fétido. Sem queixas uriná-
rias. O leucograma mostrou leucocitose (20.000 leucócitos) com 2 % de bastões.
Qual a hipótese diagnóstica mais provável para o quadro?

a) Endomiometrite
b) Mastite
c) Cistite
d) Apojadura

GABARITO: D
JUSTIFICATIVA: Por volta do terceiro dia pós-parto há elevação da quantidade de leite nas mamas, que se tornam
ingurgitadas e avermelhadas, o que se conhece como apojadura.
FONTES: Obstetrícia Diagnóstico e Tratamento – IMIP - 2018

9. Paciente com 30 anos, com história de parto prematuro com 24 semanas há 3 anos e outro com 20 semanas
há 2 anos. Questionada quanto ao seu histórico, a mesma refere ter sentido cólicas e sangramento leve e ao
chegar no hospital, já estava com dilatações avançadas. Hoje, vem à urgência com 16 semanas com queixa de
cólicas. Ao exame, colo longo, fechado, amolecido.
Qual a conduta mais adequada para esta paciente?

a) Indicar progesterona para prevenção de TPP


b) Acompanhamento quinzenal da medida do colo uterino, e, se redução progressiva, indicar cerclagem.
c) Realizar cerclagem diante do histórico da paciente
d) Conduta expectante já que exame físico normal

GABARITO: C
JUSTIFICATIVA: Paciente com perdas típicas- em IG progressivamente menores e indolores-com indicação formal
de cerclagem eletiva, independente da progressão ou não do colo.
FONTE: Obstetrícia Diagnóstico e Tratamento – IMIP - 2018

10. Paciente 25 anos, G4P3(V) admitida no IMIP com 37s3d com do tipo contração e perda clássica de líquido há
2h. Ao exame, FC 100bpm DU 3/35’’/10’ BCF 144bpm AFU 34cm. Ao EE, grande quantidade de LA claro com
grumos, colo aberto, cerca de 5cm, sendo possível visualizar o escalpe fetal. Apesar de não ter comorbidades,
não foi transferida para serviço de baixo risco por dilatação avançada e multípara. Durante reavaliação no PP
ainda no mesmo plantão, o doutorando percebe paciente com calafrios e chama imediatamente a Staff para
ajudar na avaliação. Paciente febril com temp 38,5 graus, FC:99bpm BCF: 140bpm PA 100x70mmHg.
Qual O PROVÁVEL DIAGNÓSTICO a MELHOR CONDUTA para este caso?

a) Paciente com corioamnionite. Acelerar o parto e iniciar clindamicina e gentamicina


b) Febre intraparto. Excluindo outras causas, possibilidade de infecção por GBS e iniciar ampicilina ataque
e manutenção a cada 4h
c) Corioamnionite. Pelo risco de sepse fetal e neonatal, indicar cesariana para expor o mínimo possível o
RN no ambiente sabidamente infectado
d) Febre intraparto. Excluindo outras causas, possibilidade de infecção por GBS e iniciar azitro dose única,
ampicilina 2g 6/6h por dois dias, seguida de amoxicilina.

GABARITO: B
JUSTIFICATIVA:
São critérios baseados em fatores de risco para profilaxia de sepse neonatal por GBS:
-Febre >38 graus no trabalho de parto
-Parto prematuro
-Bolsa rota>18h
-RN prévio acometido pelo GBS
-Swab positivo para GBS
-Bacteriúria positiva para GBS em gestação atual em qualquer momento da gestação
FONTE: Uptodate- 2022

11. Paciente 20 anos, G1P0, moradora do Recife, vem à emergência no curso de 32 semanas com dor tipo cólica
e perda de tampão mucoso. Nega comorbidades e uso de medicações. Ao exame, apresenta DU 2/20’’/10’, tônus
fisiológico, BCF 136bpm, com colo fechado ao toque.
Diante deste caso, qual a conduta mais adequada?

a) Considerar trabalho de parto prematuro, internamento e realizar inibição do trabalho de parto visando
a realização do corticoide.
b) Considerar trabalho de parto prematuro, manter observação, e se progressão do colo, internar para ini-
bição do parto e corticoide.
c) Considerar ameaça de trabalho de parto prematuro e realizar inibição do parto para realizar corticoide.
d) Considerar ameaça de trabalho de parto prematuro, realizar corticoide, manter observação e interna-
mento se progressão do colo.

GABARITO: D
JUSTIFICAIVA: Paciente com contrações porém com colo fechado. Definição de ameaça de TPP. Como possibili-
dade de progressão, realizar o corticoide parece ser uma conduta adequada. A inibição não cabe neste caso pois
deve ser realizada quando a paciente está em trabalho de parto propriamente dito para dar tempo suficiente ao
corticoide, que não é o caso,
FONTE: Manual de alto risco MS do Brasil

12. Uma mulher de 23 anos, G0 P0, sexualmente ativa, procura atendimento médico com queixa de ciclos irre-
gulares, longos e com fluxo prolongado desde a menarca. Informa aumento dos pelos faciais e acne. Ela nega
comorbidades e tem forte história familiar de diabetes. Ao exame apresenta pressão arterial, frequência cardíaca
e frequência respiratória normais. Apresenta um IMC = 34, hisurtismo e acanthose nigricans (no pescoço e parte
interna da coxa). O exame pélvico é normal. O teste de gravidez é negativo. Glicemia de jejum: 125 mg/dL, co-
lesterol total: 240mg/dL, triglicerídeos: 208mg/dL, HDL: 42mg/dL, LDL: 180mg/dL, TSH e T4 livre em níveis nor-
mais. O exame ultrassonográfico mostra útero e ovários de forma e volume normais. Ela não deseja engravidar
neste momento.
Quais os critérios de SOP (Roterdã) apresentados pela paciente e a terapia medicamentosa além da orientação
inicial de mudança do estilo de vida?

a) Anovulação e acanthose / Sistema intrauterino liberador de levonorgestrel


b) Anovulação e hirsutismo / Anticoncepcional oral combinado
c) Acanthose e hirsutismo / Acetato de ciproterona
d) Obesidade e anovulação / Progesterona isolada

GABARITO: B
JUSTIFICATIVA: Critérios de Roterdã: história clínica de anovulação crônica, sinais clínicos ou laboratoriais de
hiperandrogenismo, presença de ovários policísticos por exame de imagem. Deve apresentar dois dos três crité-
rios. A terapêutica para o hirsutismo e para a regularização do ciclo menstrual é feita com anticoncepcionais
hormonais combinados contendo etinilestradiol e acetato de ciproterona.
FONTE: Manual de síndrome dos ovários policísticos da Febrasgo. 2021.

13. Mulher de 23 anos, G0 P0, procura o serviço de saúde com história de que há 6 meses apresenta prolonga-
mento do sangramento menstrual, chegando a ficar menstruada por 10 dias. Refere fluxo aumentado e interva-
los de 28 a 30 dias. Nega atraso menstrual e usa condom durante as relações sexuais. Ao exame físico: observa-
se mucosas hipocoradas +/4+, PA e FC normais. IMC = 24. Ao exame especular, constata-se conteúdo hemático,
em grande quantidade, com vagina e colo uterino normais. Ao toque bimanual, útero e anexos sem alterações.
O exame ultrassonográfico não revelou anormalidades uterinas nem ovarianas. Função tireoidiana e coagulo-
grama normais. Hb = 8,0.
Qual a conduta na urgência?

a) Ácido tranexâmico e Anticoncepcional combinado


b) Histerectomia abdominal total
c) Ablação endometrial
d) Curetagem uterina

GABARITO: A
JUSTIFICATIVA: A mulher apresenta SUA sem causa estrutural. Os tratamentos clínicos são considerados como
de primeira escolha. Os tratamentos cirúrgicos são reservados apenas para os casos refratários ao tratamento
clínico ou em SUA secundário a causas estruturais.
FONTES: Manual de diagnóstico e tratamento de SUA da Febrasgo. 2021.

14. Pacientes com Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) podem ser classificadas de acordo com seus fenótipos,
com repercussões endócrinas, reprodutivas e metabólicas distintas. A identificação do fenótipo estima o risco
cardiometabólico nas portadoras dessa síndrome.
Qual fenótipo caracteriza a forma menos grave para esse risco?

a) Hiperandrogenismo + anovulação + ovários policísticos


b) Hiperandrogenismo + ovários policísticos
c) Hiperandrogenismo + anovulação
d) Anovulação + ovários policísticos

GABARITO: D
JUSTIFICATIVA: O fenótipo menos grave é o não hiperandrogênico (mulheres com disfunção ovulatória e ovários
policísticos ao ultrassom).
FONTE: Manual de Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) da Febrasgo. 2021.

15. Uma paciente de 36 anos procurou atendimento ginecológico pois vinha apresentando queixa de dor abdo-
minal, alteração do trânsito intestinal, aumento do volume abdominal e aumento discreto do fluxo menstrual.
Realizou ultrassonografia que mostrou múltiplos nódulos hipoecogênicos de tamanhos pequenos, classificados
como FIGO 4 e 5, além desses, identificou dois grandes nódulos compatíveis com leiomiomas FIGO 7, medindo
10x7cm e 8x6cm, possivelmente responsáveis pela sintomatologia mais proeminente da paciente. Realizou tra-
tamento clínico, porém não obteve bons resultados. A paciente ainda quer engravidar, porém como seus sinto-
mas não cediam com tratamento clínico, procurou atendimento para tratamento cirúrgico.
Considerando o quadro clínico, a localização dos miomas e o desejo reprodutivo da paciente, qual seria a me-
lhor conduta nesta situação?

a) Indicar histerectomia abdominal – o volume dos miomas é muito grande e não há como preservar o
útero;
b) Indicar miomectomia por histeroscopia – ressecar os miomas por pedaços e preservar o útero;
c) Indicar miomectomia laparotômica – como o mioma é muito grande, não há como tirar o mioma por
outra via;
d) Miomectomia por laparoscopia + mocelamento – retirar o mioma e preservar o útero.

GABARITO: D
JUSTIFICATIVA: FIGO 7 – SUBSEROSO PEDICULADO

A laparoscopia oferece vantagens nítidas em comparação à cirurgia aberta, tais como menor perda sanguínea,
menor tempo de internação, menor tempo de recuperação pós-operatória, menor taxa de infecção e maior sa-
tisfação da paciente. Vale destacar que caso o mioma necessite ser fragmentado para sua extração, realizada por
via laparoscópica, tal fragmentação deve ser feita dentro de sacos protetores e sem contato com a cavidade
peritoneal, a fim de proteger a paciente do risco de disseminação e implante tumoral. O número de nódulos e a
sua localização são fatores na escolha do acesso laparoscópico. Tumores com maior diâmetro de até 7 a 10 cm,
únicos ou acompanhados de até quatro a seis nódulos menores, provavelmente poderão ser tratados por lapa-
roscopia. No entanto, tais características e limites não constituem uma regra, de forma que a decisão vai depen-
der também das condições da paciente, assim como da experiência da equipe cirúrgica e da disponibilidade de
instrumentos adequados.
FONTE: TRATADO DE GINECOLOGIA DA FEBRASGO

16. Ao atender uma paciente de 34 anos que realizou USG-TV nos seus exames de rotina e se deparou com o
seguinte laudo: útero em AVF, medindo cerca de 8,5 x 7,0 x 6,0cm (volume aproximado 222cm³) apresentando
textura miometrial heterogênea às custas de múltiplos nódulos difusamente distribuídos no miométrio, compa-
tíveis com leiomiomas. Os maiores medindo 0,4x0,7cm e 0,5x0,6cm. Paciente já tem prole definida, não deseja
mais ter filhos, inclusive já fez laqueadura tubária.
Qual a conduta mais adequada diante deste caso?
a) Indicar histerectomia vaginal
b) Acompanhamento ultrassonográfico a cada 6 meses
c) Prescrever ACHO com o objetivo de evitar o crescimento dos miomas
d) Expectante

GABARITO: D
JUSTIFICATIVA: O tratamento da miomatose uterina é preferencialmente clínico e tem como objetivo controle
dos sintomas, deve ser individualizado levando em conta sintomas, idade da paciente, número, tamanho e loca-
lização dos miomas, expectativa em relação ao futuro reprodutivo e desejo de preservar o útero, tratamentos
prévios, além da coexistência de outras doenças. Habitualmente, as pacientes assintomáticas ou oligossintomá-
ticas devem ser apenas acompanhadas clínica e ultrassonograficamente, para monitorar o surgimento de quei-
xas, além do volume e crescimento dos miomas.
FONTE: TRATADO DE GINECOLOGIA DA FEBRASGO

17. Paciente de 42 anos, nuligesta, hipertensa, diabética, obesa, procura atendimento ginecológico por quadro
de sangramento vaginal entre os períodos menstruais e após as relações sexuais iniciado há cerca de 6 meses.
Relata sangramento vermelho vivo, de pequena monta. Nega dor ou cólica. Realizou por conta própria USG-TV
que evidenciou espessamento endometrial digitiforme medindo 8mm, ao estudo Doppler foi visualizado vaso
nutridor único na base do espessamento. Exame especular: colo de tamanho médio, oce circular, sem mácula,
sem sinais de sangramento no momento da avaliação. TVC. Útero intrapélvico, móvel, indolor, de tamanho com-
patível com idade.
Qual a melhor conduta diante deste caso?

a) Curetagem
b) Colposcopia com biópsia
c) Histeroscopia
d) Expectante

GABARITO: C
JUSTIFICATIVA: PÓLIPO ENDOMETRIAL
A literatura respalda o acompanhamento clínico de pacientes assintomáticas, no menacme, com pólipos meno-
res de 10 mm, devido a uma taxa de regressão aproximada de 25% ao ano nesses casos. No entanto, esses pólipos
são facilmente ressecados em ambiente ambulatorial, sem a necessidade de analgesia, eliminando a necessidade
de acompanhamento seriado desses casos. Pólipos sintomáticos, fora da menacme ou maiores que 10mm tem
indicação de ressecção.
A histeroscopia é o padrãoouro para diagnóstico e tratamento, uma vez que permite acesso visual direto da
cavidade uterina.
FONTE: TRATADO DE GINECOLOGIA DA FEBRASGO

18. Mulher, 55 anos (cuja última menstruação foi há 2 anos), que chega ao ginecologista para consulta de rotina,
sem queixas e sem comorbidades.
Quais exames complementares devem ser obrigatoriamente solicitados?

a) Mamografia, colpocitologia oncótica e ultrassonografia endovaginal


b) Mamografia, USG mamária, colpocitologia oncótica e colposcopia
c) Mamografia, colocitologia oncótica e densitometria óssea
d) Mamografia, colpocitologia oncótica e rastreio de câncer colorretal

GABARITO: D
JUSTIFICATIVA: Para mulheres com risco habitual e idade superior a 50 anos, recomenda- se o rastreamento
do câncer colorretal.
Em mulheres com risco habitual, o rastreamento do câncer de mama deve ser iniciado aos 40 anos. A mamo-
grafia é o exame recomendado.
O rastreamento do câncer do colo uterino é realizado por meio de citologia oncótica periódica.
A solicitação de ultrassonografia pélvica e transvaginal para mulheres (de risco habitual) sem sinais ou sinto-
mas sugestivos de doença não demonstra boa relação custo-benefício.
Recomenda-se a realização de densitometria óssea para o rastreamento de osteoporose em todas as mulheres
com 65 anos ou mais.
FONTE: FEBRASGO

19. Mulher, 54 anos, em uso de TH desde os 50 anos, sem queixas, apresenta em consulta ginecológica ultrasso-
nografia endovaginal com as seguintes características: útero em anteversoflexão com volume aproximado de
90cm3, eco endometrial homogêneo de 0,7cm e ovários não visualizados.
Qual a condução mais apropriada para o caso?

a) Histeroscopia diagnóstica
b) Suspender TH e repetir exame
c) Manter TH e orientações
d) Biópsia de endométrio

GABARITO: C
JUSTIFICATIVA: A paciente do caso não apresenta queixa de sangramento e faz uso de TH.
Nas pacientes na pós-menopausa em uso de TH, assintomáticas, o limite superior da linha endometrial é 8
mm. Então, o exame não mostra alteração e a paciente pode manter o uso da TH.
FONTE: FEBRASGO

20. Mulher de 32 anos G1-1, cesárea há 8 anos, vida sexual normal, vem apresentando diminuição do fluxo
menstrual há um ano e parou de menstruar há 10 meses. Ao exame clínico vagina hipotrófica. Dosou βHCG que
foi negativo. FSH E LH baixos, prolactina normal.
De acordo com esse quadro clinico e laboratorial, qual o diagnóstico mais provável?

a) Hipogonadismo hipogonadotrófico
b) Hipogonadismo hipergonadotrófico
c) Síndrome de Asherman
d) Síndrome dos ovários policísticos

GABARITO: A

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