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TRABALHO CIENTÍFICO: (Apresentação Oral)

CONTROLE DO CARACOL GIGANTE AFRICANO (ACHATINA FULICA BOWDICH,


1822): AMEAÇA ECOLÓGICA, SANITÁRIA, AGRÍCOLA E PAISAGÍSTICA.

Rêmulo Araújo Carvalho – Engenheiro Agrônomo – M.Sc. Plant Pathology


EMEPA (Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba S.A.)
Rua Eurípedes Tavares, 210 – Tambiá – João Pessoa, PB
e-mail: remuloc@hotmail.com
CEP. 58.000.000

1. INTRODUÇÃO:

1.1. Origem e nomenclatura

O caracol gigante africano (Achatina fulica Bowdich, 1822) (Figura 1) é originado do


leste da África e foi introduzido no Brasil na década de 1980 como uma opção ao consumo de
"escargot" ( caracóis do gênero Helix ). Podendo atingir 15 cm de concha e mais de 200 g de
peso, o gigante africano aparentava apresentar vantagens econômicas em relação à criação
tradicional de "escargot". Entretanto, o insucesso mercadológico aliado a um descontrolado
intercâmbio comercial entre produtores de diversos estados tem repetido um ciclo de
insucesso que tem gerado populações excedentes. Estas terminam fugindo ou sendo
deliberada e irresponsavelmente soltas em ecossistemas florestais, agrícolas e áreas urbanas
onde esses caracóis demonstram suas desvantagens, geralmente proporcionais aos seus
nomes e tamanhos.
A propósito, o caracol gigante africano tem sido equivocadamente designado como
caramujo (nomenclatura própria das formas com hábitos aquáticos) provavelmente devido a
uma “cultura do caramujo” formada por longas campanhas educacionais e sanitárias visando
o controle de caramujos vetores da esquistossomose. Entretanto, os gastrópodes pulmonados
terrestres portadores de conchas devem ser corretamente denominados de caracóis, ficando a
designação de lesmas para aqueles que não as possuem.

1.2. Ameaça ecológica

Sem inimigos naturais nas novas áreas onde têm sido introduzidos, os caracóis gigantes
africanos já se encontram disseminados por quase todos os estados brasileiros. Possuindo
hábitos semi-arborícolas, é muito comum encontrá-los repousando durante o dia em troncos
de árvores, em ramos e folhagens, como também em cercas, muros e paredes. Em ambientes
urbanos os caracóis têm causado incômodo ao escalarem paredes de casas e prédios e ao se
movimentarem em grande número dificultando o trânsito de pedestres em calçadas e ruas de
locais altamente infestados. Podem também infligir sérios danos a praças e jardins ao se
alimentarem de flores, folhas e ramos de diversas plantas ornamentais.
Resistentes à seca e ao frio, são capazes de se adaptar a caatingas, florestas e brejos
prejudicando outras espécies de caracóis nativos ao desequilibrar suas relações ecológicas. As
dimensões das conseqüências negativas sobre a biodiversidade das novas áreas para onde o
caracol gigante africano tem sido introduzido são ainda imprecisas e se constituem num
risco invisível que, não obstante sua importância, tem sido pouco divulgado e muito
subestimado.

1.3. Ameaça sanitária

Outra fonte de preocupação encontra-se no campo da saúde pública, pois o caracol


gigante africano pode hospedar formas intermediárias de vermes comuns em pulmões de
roedores. Os caracóis são infectados ao se alimentarem de fezes de ratos contendo esses
vermes que desenvolvem apenas uma parte de seu ciclo biológico no interior dos caracóis.
Quando caracóis infectados são, por sua vez, comidos por ratos, os vermes desenvolvem uma
última fase no interior desses roedores completando assim seus ciclos biológicos.
Os principais vermes que podem ser transmitidos pelo caracol gigante africano são o
Angiostrongylus cantonensis (causador da meningite eosinofílica) e o Angiostrongylus
costaricensis (causador da angiostrongilíase abdominal).
Geralmente, a meningite é causada por infecções bacterianas. Já a meningite
eosinofílica é assim chamada por ser causada pelo aumento do número de eosinófilos no
fluido cérebro-espinal. Os eosinófilos são glóbulos brancos especiais capazes de liberar
substâncias tóxicas para os vermes que atacam o nosso organismo. Quando as larvas do A.
cantonensis são ingeridas elas penetram nos vasos sangüíneos e finalmente alcançam as
meninges (membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal). Um grande número de
eosinófilos é então produzido como uma reação de defesa contra as larvas invasoras
provocando esse tipo peculiar de inflamação das meninges. Apesar de haver ocorrências em
países da Ásia e da América Central, esse tipo de meningite eosinofílica ainda não foi
registrado no Brasil.
A angiostrongilíase abdominal já é mais comum nos países das Américas Central e do
Sul. Essa doença é caracterizada por uma grande concentração de vermes no intestino,
causando uma grande infiltração de eosinófilos na parede intestinal e uma reação inflamatória
que pode causar oclusão ou perfuração do intestino.
De acordo com o Centro de Prevenção e Controle de Doenças de Atlanta, nos Estados
Unidos, a única maneira do ser humano se tornar infectado com o verme causador da
meningite eosinofílica é através do consumo de caracóis mal cozidos ou crus (não só na
culinária como também em brincadeiras de desafios entre crianças). Não está comprovada a
transmissão dos vermes através do muco produzido pelo caracol. Entretanto, como os vermes
se alojam no caracol em locais próximos àqueles onde o muco é produzido, essa possibilidade
de transmissão é sempre motivo de preocupação. Por isso sempre se recomenda a utilização
de luvas durante o manuseio do caracol gigante africano ou de produtos atacados por ele.
O caracol gigante africano pode também ser inadvertidamente consumido
juntamente com hortaliças frescas, pois as formas jovens dos caracóis são pequenas e
transparentes e, deste modo, de difícil visualização podendo ser esmagadas durante o corte de
hortaliças folhosas no preparo de saladas. Portanto, para evitar esse tipo de contaminação, é
indispensável redobrar os cuidados de limpeza e higiene no preparo de hortaliças provenientes
de áreas infestadas por esse molusco.

1.4. Ameaça agrícola e paisagística

O caracol gigante africano tem se tornado uma praga agrícola nos diversos países onde
foi introduzido, fato esse que tem originado a proibição de sua entrada por legislação
quarentenária em potências agrícolas como os Estados Unidos, Canadá e Israel.
Ao atingirem plantações, praças e jardins, os caracóis gigantes africanos provocam
severos danos na folhagem, pois possuem um apetite voraz em razão da sua necessidade de
grandes quantidades de cálcio para manter o adequado desenvolvimento das conchas. É
comum deparar-se apenas com os restos da planta destruída, e concluir erroneamente que os
sintomas foram provocados por gafanhotos ou lagartas, visto que os caracóis, quando não
estão escalando alguma planta ou parede, geralmente passam as horas quentes do dia
escondidos em entulhos, lixos, lugares sombrios e úmidos, saindo dos esconderijos apenas no
final da tarde.
Contudo, mesmo quando não encontrado flagrantemente devorando as plantas é fácil
identificar esse agente causal pelas fezes cilíndricas depositadas em forma de pequenos
círculos sobrepostos deixados aderentes às folhas em locais adjacentes aos pontos de ataque.
O caracol gigante africano é capaz de atacar mais de 500 tipos de plantas entre
ornamentais e culturas agrícolas. Essa característica polifágica aumenta sua capacidade de
adaptação a ambientes diversos tornando-se um problema econômico quando os gigantes
africanos atingem plantações, hortas e pomares. Esses ataques em áreas agrícolas repercutem
também socialmente quando pequenos produtores rurais, geralmente carentes de recursos e
assistência técnica, têm suas plantações de culturas de subsistência destruídas pelos caracóis
que possuem predileção por esses tipos de plantas, especialmente pelo feijão.
Em João Pessoa, PB, em sítios, quintais e jardins localizados no bairro do Castelo
Branco, foi verificada a ocorrência do caracol gigante africano escalando coqueiros, mamoeiros
e bananeiras (aparentemente apenas repousando ou se abrigando de predadores durante o
dia) e se alimentando de folhas de alface, pimentão, milho, feijão, quiabo, jerimum, erva-
cidreira e frutos de acerola, além de plantas ornamentais, principalmente helicônias (Figura 2).
Essa susceptibilidade da helicônia é preocupante, pois a mesma representa uma
significativa parcela do mercado de flores tropicais que se encontra em franco
desenvolvimento em todo o Nordeste do Brasil com programas de cultivo estimulados pelo
Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento por ser uma atividade reconhecidamente
rentável e para a qual essa região brasileira apresenta condições climáticas excepcionais.
Portanto, necessário se faz tomar providências quarentenárias para que o caracol gigante
africano não atinja essas áreas de floricultura destinadas à exportação, principalmente nos
estados de Pernambuco e Ceará.
Quando o ataque em helicônias ocorre em plantas desenvolvidas o mesmo é
concentrado na nova folha que se encontra ainda enrolada (Figura 3). O ataque nesse estádio
provoca um sintoma típico. À medida que as folhas se desenrolam e se abrem totalmente
aparecem recortes simétricos semelhantes àqueles feitos artesanalmente em papel dobrado
(Figura 4). Os danos são maiores quando as plantas se encontram ainda com pequeno porte.
Nesse estádio as folhas e os brotos terminais são completamente destruídos até mesmo por
caracóis ainda diminutos prejudicando a formação de novas folhas e, conseqüentemente, o
desenvolvimento da cultura (Figura 5).

1.5. Controle

Dentre as medidas de controle mais recomendadas destacam-se os métodos culturais.


Estes consistem em práticas que objetivam diminuir a população da praga sem a utilização de
produtos tóxicos fazendo-se apenas um manejo adequado da área atacada através da limpeza
de terrenos baldios e da eliminação de entulhos, lixos, restos de culturas, folhas amontoadas,
plantas hospedeiras ou qualquer material ou substrato que possa servir de esconderijo para o
caracol gigante africano.
Mundialmente, a catação manual seguida de incineração tem se mostrado um método
eficiente, mas que precisa ser executado por toda a comunidade de uma área infestada e
sempre com a utilização de equipamento de proteção individual, principalmente luvas. Este
tipo de controle necessita também ser executado com certa regularidade até que a população
de caracóis diminua significativamente.
No Havaí, onde o caracol gigante africano também foi introduzido, tentou-se o controle
biológico introduzindo-se também espécies de caracóis carnívoros capazes de se tornarem
predadores do caracol gigante africano. Infelizmente essa metodologia apenas agravou o
problema, pois os caracóis predadores ameaçam também extinguir outras espécies de caracóis
nativos encontrados nas matas.
Outra metodologia empregada no controle do caracol gigante africano consiste na
utilização de iscas contendo produtos químicos, principalmente metaldeído e metil carbamato.
Entretanto esses produtos, além de serem perigosos ao homem e ao meio ambiente, são de
difícil aquisição e utilização pela populações rurais e urbanas.
Portanto, o objetivo desta pesquisa foi testar produtos alternativos capazes de controlar
o caracol gigante africano sem colocar em risco a saúde da população urbana que ora se
encontra incomodada pela alta incidência da mesma.

2. METODOLOGIA:

Os experimentos foram realizados em uma área infestada do bairro Castelo Branco em


João Pessoa, Paraíba. Para todos os experimentos foi utilizado um delineamento estatístico
inteiramente casualizado com 4 repetições contendo de 8 a 10 tratamentos.
No experimento 1. os produtos: cal hidratada (5% e 10%), cloro para piscina (5% e
10%), cloreto de potássio (5% e 10%), água sanitária (100%), creolina (100%) e sabão em
pó (10%) foram aplicados em solução aquosa sobre grupos de caracóis dispostos sobre o solo.
Cada unidade experimental constou de parcelas individuais medindo 30 cm x 30 cm onde
foram colocados 5 caracóis, sendo 20 caracóis por tratamento num total de 200 caracóis por
esse experimento. Todos os caracóis foram capturados num período de 30 minutos
antecedentes à aplicação dos tratamentos. Para evitar a fuga dos caracóis cada tratamento foi
aplicado imediatamente após a sua casualização. Assim que a posição do tratamento foi
definida em cada bloco os caracóis eram colocados em seus respectivos lugares e recebiam a
aplicação do produto puro ou em solução aquosa. Após a aplicação dos produtos os caracóis
foram virados com a parte côncava voltada para cima recebendo uma nova aplicação dos
produtos para que os mesmos pudessem ficar retidos pelas próprias conchas aumentando
assim o seu poder residual. Foram realizadas duas avaliações: 30 minutos e 8 horas após a
aplicação dos produtos.
No experimento 2. os produtos: cal hidratada (5% e 10%), cloro para piscina (5%),
cloro potável (5%), sulfato de cobre (5%) e cal semi hidratada (1% e 5%) foram aplicados
em solução aquosa sobre os caracóis durante os seus deslocamentos em período de atividade
noturna objetivando superiores eficiências dos produtos em virtude de uma maior exposição
dos corpos dos caracóis nessa fase de locomoção. Imediatamente após a aplicação dos
produtos os caracóis foram dispostos sobre o solo também em grupos de 5, sendo 20 caracóis
por tratamento num total de 160 caracóis por esse experimento.
No experimento 3. os produtos: cal hidratada e cal semi hidratada (aplicadas em pó
seco e puras) e os seguintes produtos em solução aquosa: cal hidratada (5% e 10%), cal semi
hidratada (5% e 10%) e sulfato de cobre (5%) foram aplicados sobre caracóis dispostos em
garrafas de refrigerantes de 1,5 L cortadas na altura de 25cm e furadas na base para permitir
um rápido escoamento dos produtos. Foram usados 5 caracóis por garrafa, sendo 20 caracóis
por tratamento num total de 160 caracóis por esse experimento.
No experimento 4. os produtos: sulfato de cobre (1%), sulfato de cobre (1%) + cal
hidratada (5%), cal hidratada (1% e 5%), cal semi hidratada (1% e 5%) e sabão em pó (1%)
foram aplicados em solução aquosa sobre caracóis dispostos em garrafas de refrigerantes de
1,5 L cortadas na altura de 25cm e, desta vez, sem furos na base para provocar uma imersão
contínua dos caracóis nas soluções contendo os produtos. Foram usados 5 caracóis por
garrafa, sendo 20 caracóis por tratamento num total de 180 caracóis por esse experimento.
Todos os experimentos tiveram como tratamento testemunha (ou controle) a água “de
torneira” disponibilizada pela CAGEPA (Companhia de Água e Esgotos do Estado da Paraíba).
No experimento 4., como outro tratamento testemunha, foi utilizada também a água mineral.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO:

A aplicação de cal hidratada (10%) e de cloro de piscina (5% e 10%) provocou a morte
de 95% de caracóis quando esses produtos foram aplicados em grupos de caracóis dispostos
sobre o solo (Tabela 1). Apesar do elevado nível de controle, essa metodologia não deve ser
recomendada por não ser suficiente para eliminar toda a população de caracóis tratada, pois
no caso dessa espécie de praga, a sobrevivência de apenas 2 indivíduos pode em pouco tempo
ocasionar o restabelecimento de sua população em uma determinada área (apesar desses
caracóis serem hermafroditas, isto é, possuírem ambos os sexos, eles precisam copular e
trocar espermatóforos, uma espécie de bolsa que acumula o líquido seminal, contendo
espermatozóides).
Nem mesmo a aplicação de água sanitária e creolina puras, sem diluição em água, foi
suficiente para eliminar em sua totalidade os caracóis tratados, contrariando uma concepção
popular que atribui eficácia plena a esses produtos.
A sobrevivência de alguns caracóis após a aplicação de produtos reconhecidamente
eficientes pode ser atribuída a capacidade que esses moluscos possuem de se retrair
totalmente para o interior da concha (Figura 6), quando ameaçados, impedindo assim, o
contato de substâncias nocivas com seus órgãos vitais.
Com a aplicação dos produtos realizada exclusivamente sobre caracóis durante
atividade de deslocamento, esperava-se a eficiência máxima da maioria dos tratamentos
testados, pois durante a locomoção, uma grande parte do corpo do caracol se encontra
exposta, aumentando não só a área de contato com os produtos testados como também o
efeito residual dos mesmos, ao serem carregados também para o interior da concha durante a
retração dos caracóis em busca de proteção . Entretanto, apenas a cal hidratada (10%) e o
sulfato de cobre (5%) conseguiram eliminar todos os indivíduos submetidos a esses
tratamentos (Tabela 2).
A aplicação de cal pura, sem diluição, não foi suficiente para eliminar em sua totalidade
os caracóis submetidos (por uma semana) a esse tipo de tratamento (Tabela 3). Nesta
mesma tabela verifica-se que num breve período de contato (2-3 segundos necessários para o
escoamento dos produtos através dos furos das garrafas) apenas o sulfato de cobre (5%)
apresentou eficiência máxima no controle do caracol gigante africano.
A tentativa de controlar os caracóis por afogamento em água pura, visto que os
mesmos possuem respiração pulmonar, foi completamente ineficiente. Num período de 5 a
30 minutos, todos os caracóis submetidos à imersão (20 caracóis em água tratada e 20 em
água mineral) foram capazes de sair do interior da concha, de emergir e de sair das garrafas
usadas como unidades experimentais (Tabela 4; Figura 7).
Entretanto, quando cal, sulfato de cobre e sabão em pó foram, separadamente,
adicionados à água usada para a imersão dos caracóis, a mortalidade foi de 100% (Tabela 4;
Figura 8).

4. CONCLUSÕES:

4.1 O caracol gigante africano pode ser facilmente controlado quando submetido à imersão
contínua em soluções aquosas contendo produtos alternativos, sem a necessidade de
utilização de agrotóxicos perigosos. Cal, sabão em pó e sulfato de cobre, quando utilizados
por esse método na concentração de apenas 1% promovem um controle de 100% dos
caracóis tratados.

4.2 A utilização de cal pura, em pó, não foi suficiente para matar 100% dos caracóis tratados
quando a aplicação foi realizada sobre caracóis intactos. Portanto, no caso da opção por esse
tipo de controle (em aterros sanitários, por exemplo), necessário se faz promover o
esmagamento dos caracóis para que a cal possa entrar em contato com seus órgãos vitais.

4.3 O caracol gigante africano é capaz de subir à superfície quando submerso em água pura.

4.4 Entre os tratamentos testados nessa pesquisa, apenas o sulfato de cobre foi capaz de
proporcionar um controle total dos caracóis quando se utilizou uma metodologia de rápido
contato, como no caso de pulverizações. Isso faz desse produto (e de seus correlatos), o mais
indicado para o tratamento de plantas atacadas pelos caracóis gigantes africanos, desde que
sejam tomados os cuidados necessários para, dependendo de sua formulação, neutralizar os
efeitos fitotóxicos do cobre. Essa neutralização pode ser obtida pela adição de cal que, além
de realizar essa função, ainda exercerá um poder sinérgico, por ser também eficiente no
controle desses caracóis.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARNES, R. D. Zoologia dos invertebrados. (4a edição). São Paulo: Livraria Roca Ltda,
1984. 1179 p.:il.

SILVA JÚNIOR. C. da; SASSON, S. Biologia. São Paulo: Editora Saraiva, 1999. 672 p.:il.

FERREIRA, A. B. de H. et al. Novo Aurélio: o dicionário da língua portuguesa – século XXI.


(3a edição). Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1999. 2128 p.

6. REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS

COLUMBIA UNIVERSITY. Rosy wolfsnail (Euglandina rosea). 2002


www.columbia.edu/itc/cer/danoff-gur/invasio_bio/inv_spp_summ/Euglandina_rosea.html

GRAPHIC IMAGES OF PARASITES. Angiostrongylus cantonensis. 2002.


www.biosci.ohio-state.edu/~paasite/angiostrongylus.html

HPG HOSPEDAGEM. Sistema nervoso - a medula espinhal. 2000 .


www.corpohumano.hpg.ig.com.br/sist_nervoso/medula_espinhal/med_espinhal.html

MEDICAL DICTIONARY DEFINITIONS. Eosinophilic meningitis. 2004.


www.MedicineNet.com

MORERA, P. Intestinal parasites (helminths), Nematoda, order: Strongylida. 2004.


www.cdfound.to.it/HTML/angio.htm

PAIVA, C. L. Achatina fulica (Moluscos) praga agrícola e ameaça à saúde pública


no Brasil. 1999. www.geocities.com/lagopaiva/achat-tr.htm

THE WORLD OF SNAILS. Giant African Land Snails. 2002.


www.freewebs.com/worldofsnails/giantafricanlandsnails.htm

UFRGS. Angiostrongylus costaricensis. 2002.


www.ufrgs.br/para-site/Imagensatlas/Animalia/Angiostrongylus%20costaricensis
7. ANEXOS:

7.1 TABELAS:

Tabela 1. Número médio de caracóis mortos em função dos tratamentos aplicados sobre grupos
dispostos em parcelas no solo.

Tratamentos Número médio de caracóis mortos % de controle

1. Cal hidratada 5% 4,25 ab 85%


2. Cal hidratada 10% 4,75 a 95%
3. Cloro para piscina 5% 4,75 a 95%
4. Cloro para piscina 10% 4,75 a 95%
5. Cloreto de Potássio 5% 2,25 bc 45%
6. Cloreto de Potássio 10% 4,00 ab 80%
7. Água sanitária 100% 4,25 ab 85%
8. Creolina 100% 4,50 ab 90%
9. Sabão em pó 10% 3,75 ab 75%
10. Testemunha 0,00 c 0%
Média 3,73
Teste F 9,01**
CV (%) 26,96
dms (Tukey, p=0,05) 2,42
Na coluna, médias seguidas pela mesma letra, não diferem significativamente entre si, pelo
teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Tabela 2. Número médio de caracóis mortos em função dos tratamentos aplicados sobre grupos
durante atividade de deslocamento.

Tratamentos Número médio de caracóis mortos % de controle

1. Cal hidratada 5% 4,25 a 85%


2. Cal hidratada 10% 5,00 a 100%
3. Cloro para piscina 5% 4,75 a 95%
4. Cloro potável 5% 4,75 a 95%
5. Sulfato de cobre 5% 5,00 a 100%
6. Cal semi hidratada 5% 4,25 a 85%
7. Cal semi hidratada 1% 3,75 a 75%
8. Testemunha 0,0 b 0%

___________________________________________________________________________
Média 3,97
Teste F 27,15
CV (%) 16,1
dms (Tukey, p=0,05) 1,49
Na coluna, médias seguidas pela mesma letra, não diferem significativamente entre si, pelo
teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Tabela 3. Número médio de caracóis mortos em função dos tratamentos aplicados sobre grupos
dispostos em garrafas plásticas furadas.
Tratamentos Número médio de caracóis mortos % de controle

1. Cal hidratada pura 4,50 ab 90%


2. Cal hidratada 5% 1,50 cd 30%
3. Cal hidratada 10% 2,00 cd 40%
4. Cal semi hidratada pura 2,50 bc 50%
5. Cal semi hidratada 5% 3,25 abc 65%
6. Cal semi hidratada 10% 4,50 ab 90%
7. Sulfato de cobre 5% 5,00 a 100%
8. Testemunha 0,0 d 0%

Média 2,90
Teste F 12,65
CV (%) 33,5
dms (Tukey, p=0,05) 2,28
Na coluna, médias seguidas pela mesma letra, não diferem significativamente entre si, pelo
teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Tabela 4. Número médio de caracóis mortos em função dos tratamentos aplicados


sobre grupos dispostos em garrafas plásticas intactas (sem furos).

Tratamentos Número médio de caracóis mortos % de controle

1. Sulfato de cobre 5% 5,00 a 100%


2. Cobre 1% + cal hidratada 5% 5,00 b 100%
3. Cal hidratada 5% 5,00 c 100%
4. Cal semi hidratada 5% 5,00 d 100%
5. Cal hidratada 1% 5,00 e 100%
6. Cal semi hidratada 1% 5,00 f 100%
7. Sabão em pó 1% 5,00 g 100%
8. Água tratada 0,0 h 0,0%
9. Água mineral 0,0 i 0,0%
Média 3,88
Teste F 99999,99
CV (%) 0
dms (Tukey, p=0,05) 0
Na coluna, médias seguidas pela mesma letra, não diferem significativamente entre si, pelo
teste de Tukey a 5% de probabilidade.
7.2 FIGURAS:

Foto: Rêmulo Carvalho

Figura 1. Caracol gigante africano ( Achatina fulica Bowdich, 1822)

Foto: Rêmulo Carvalho

Figura 2. A. fulica sobre brácteas de helicônia


Foto: Rêmulo Carvalho

Figura 3. A. fulica atacando folha (ainda enrolada) de helicônia

Foto: Rêmulo Carvalho

Figura 4. Danos causados por A. fulica em folha de helicônia


Foto: Rêmulo Carvalho

Figura 5. Danos causados por A. fulica em planta jovem de helicônia

Foto: Rêmulo Carvalho

Figura 6. A. fulica retraído em sua concha


Foto: Rêmulo Carvalho

Figura 7. Exemplares de A. fulica escapando da imersão em água mineral

Foto: Rêmulo Carvalho

Figura 8. Exemplares de A. fulica mortos por imersão contínua em cal hidratada


(30 minutos e 4 dias após a aplicação)

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