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Reitz Cap2
Reitz Cap2
Eletrostática
1.1
T · sin θ = FE
T · cos θ = P
q2
tan θ sin2 θ =
16π²0 mgl2
Lembrando que csc2 θ = 1 + cot2 θ, obtem-se:
tan3 θ q2
=
1 + tan2 θ 16π²0 mgl2
1.2
Inicialmente q1 = 2, 0 · 10−9 C e q2 = −0, 5 · 10−9 C:
q1 q2
a) F12 = 4π²0 d2 = −5, 62 · 10−6 N ⇒ Força Atrativa
1
2 CAPÍTULO 1. ELETROSTÁTICA
1.3
As cargas são todas iguais, com q = 3, 0 · 10−9 C, e o lado do quadrado é
d = 15 cm. Calculando o campo:
µ ¶ µ ¶ µ ¶
~ = q 1 q 1 q 1
E ı̂ + ̂ + (ı̂ + ̂)
4π²0 d2 4π²0 d2 4π²0 2d2
= 1622 (ı̂ + ̂) N/C
1.4
Seja um fio uniformemente carregado, com uma densidade linear λ de carga
elétrica e comprimento L.
−→ λdz
dE = cos θdθ r̂
4π²0 r
¡L¢
Definindo θ0 = arctan 2r e integrando, agora, sobre todo o fio:
1.5. 3
Z +θ0
~r = λ
E · cos θdθ r̂
4π²0 r −θ0
λ
= sin θ0 r̂
2π²0 r
~r = λ
E r̂
2π²0 r
Portanto, o campo elétrico de um fio muito longo com uma densidade linear
λ de carga elétrica é radial e inversamente proporconal à distância até ele.
1.5
a) Para calcular o campo elétrico produzido por um disco de densidade su-
perficial de carga σ e raio R, localizado em z0 , em um ponto z sobre seu
eixo, à uma distância z − z0 , basta calcular a contribuição de cada anel de
espessura
q dr e raio r ≤ R, no qual todas as cargas estão à uma distância
2
D= r2 + (z − z0 ) do ponto em questão.
dq
z }| {
−→ 2πσrdr cos θ
dE z = k̂
4π²0 D2
Z R
~ z = σ (z − z0 ) ·
E ³
r
´3/2 dr k̂
2²0 0 2
r2 + (z − z0 )
¯R
¯
σ (z − z0 ) −2 ¯
= · q ¯ k̂
4²0 ¯
2¯
2
r + (z − z0 )
r=0
4 CAPÍTULO 1. ELETROSTÁTICA
Portanto:
~z = σ (z − z0 ) 1 1
E · −q k̂
2²0 |z − z0 | 2
R2 + (z − z0 )
Z 0 µ ¶ µ ¶
~ = ρ0 + βz z
E · 1+ √ dz k̂
−L/2 2²0 R2 + z 2
Z L/2 µ ¶ µ ¶
ρ0 + βz z
− · 1− √ dz k̂
0 2²0 R2 + z 2
Z arctan L
βL2 βR2 2r ¡ ¢
E=− + sec θ tan2 θ dθ
8²0 ²0 0
Como já foi visto, sec2 θ = 1 + tan2 θ. Assim, uma integral da forma
Z
¡ ¢
sec θ tan2 θ dθ
1.5. 5
Z Z Z
¡ ¢
sec θ tan2 θ dθ = sec θ d (tan θ) − sec θ dθ
Z
¡ ¢
= sec θ tan θ − ln |sec θ + tan θ| − sec θ tan2 θ dθ
Ou seja:
Z
¡ ¢ sec θ tan θ − ln |sec θ + tan θ|
sec θ tan2 θ dθ =
2
~
Substituindo em E:
" µ ¶ L #
¯arctan 2r
~ βL2 βR2 sec θ tan θ − ln |sec θ + tan θ| ¯¯
E= − + · ¯ k̂
8²0 ²0 2 0
s ¯s ¯
µ ¶ µ ¶2 ¯ µ ¶2 ¯
2 2 ¯ L ¯¯
~ = − βL +
E
βR
· 1+
L L
− ln ¯¯ 1 +
L
+ k̂
8²0 2²0 2R 2R ¯ 2R 2R ¯¯
s s
µ ¶2 µ ¶2
~ =− β L L
−R 1+ L + R2 ln 1 + L L k̂
E +
2²0 2 2 2R 2R 2R
1.6
Seja uma casca esférica de densidade superficial de carga elétrica σ e raio R.
à !
−−→ σR2 D sin θ R sin θ cos θ
dEr = · 3/2
− 3/2
dθ r̂
2²0 (R2 + D2 − 2DR cos θ) (R2 + D2 − 2DR cos θ)
A integração deve ser feita sobre toda a casca esférica, desde θ = 0 até θ = π:
I1
z à }| ! {
Z π
~ r = σR
E
2DR sin θ
dθ r̂
4²0 3/2
(R2 + D2 − 2DR cos θ)
0
Z πà !
σR2 2DR sin θ cos θ
− 3/2
dθ r̂
4²0 D 0 (R2 + D2 − 2DR cos θ)
| {z }
I2
u = R2 + D2 − 2DR cos θ
du = 2DR sin θdθ
obtem-se:
Z (R+D)2 µ ¶
1 1
I1 = u−3/2 du = 2 −
(R−D)2 |R − D| |R + D|
1.6. 7
¯0 Z (R+D)2
2 cos θ ¯ 1
I2 = √ ¯ − u−1/2 du
R2 + D2 − 2DR cos θ ¯π DR (R−D)2
µ ¶
1 1 2
= 2 + − (|R + D| − |R − D|)
|R − D| |R + D| DR
~ r , obtem-se:
Substituindo na expressão para E
a) Para D < R, |R − D| = R − D, assim:
µ ¶
~ r = σR
E
1
−
1
r̂
2²0 (R − D) (R + D)
·µ ¶ ¸
σR2 1 1 1
− + − ((R + D) − (R − D)) r̂
2²0 D (R − D) (R + D) DR
Desenvolvendo a equação:
·µ ¶ µ ¶ ¸
~ σR2 D/R R/D 1
Er = · − + r̂
²0 R2 − D 2 R2 − D 2 DR
µ ¶
σR2 D 2 − R2 + R2 − D 2
= · r̂ = 0
²0 (R2 − D2 ) DR
µ ¶
~ σR 1 1
Er = − r̂
2²0 (D − R) (R + D)
·µ ¶ ¸
σR2 1 1 1
− + − ((R + D) − (D − R)) r̂
2²0 D (D − R) (R + D) DR
2
~ r = σR r̂
E
²0 D2
Q
Como σ = 4πR2 , a expressão pode ser reescrita da seguinte forma:
~r = Q
E
r̂
4π²0 D2
Ou seja, o campo elétrico de uma casca esférica carregada eletricamente
é igual ao campo elétrico produzido por uma carga pontual de mesma
magnitude Q localizada no centro da esfera.
8 CAPÍTULO 1. ELETROSTÁTICA
1.7
O potencial elétrico ϕ (x, y, z) da distribuição é dado por:
q 1/2 1
ϕ (x, y, z) = · q −p
4π²0 2 x2 + y 2 + z 2
(x − a) + y2 + z2
~ = −∇ϕ,
Sabe-se que E ~ de modo que:
à !
~ = q ·
E
x−a
−
x
ı̂
4π²0 3 3
2 |x − a| |x|
~ = 0:
Para E
x−a x
3 − 3
2 |x = a| |x|
¡ √ ¢
Isto é, em x = a 2 ± 2 sobre o eixo, o campo elétrico se anula.
¡ √ ¢
A superfı́cie equipotencial que passa por x = a 2 + 2 é obtida substi-
tuindo seu valor na expressão do potencial:
à √ !
³ √ ´ q 2 2−3
ϕ 2a + 2a, 0, 0 = ·
4π²0 2a
∂2ϕ 2 2
• ∂x2 < 0, ∂∂yϕ2 > 0 e ∂∂zϕ2 > 0. Isto indica que P é um ponto de sela da
função potencial ϕ (x, y, z).
1.8. 9
1.8
q 1/2 1
ϕ (x, y, z) = · q −p =0
4π²0 2 x2 + y 2 + z 2
(x − a) + y 2 + z 2
Desenvolvendo a equação acima obtem-se:
1.9
Seja um cilindro circular reto, de raio R, comprimento L e densidade volumétrica
de carga elétrica ρ, com o centro na origem. O objetivo do exercı́cio é calcular
o potencial elétrico devido à essa distribuição em um ponto fora do cilindro e
sobre seu eixo.
z0 − z = R tan θ
−dz = R sec2 θdθ
10 CAPÍTULO 1. ELETROSTÁTICA
obtem-se:
³ ´
Z arctan z0 +L/2
ρ R
ϕ (z0 ) = − z0 L + R 2 ³
3
´ sec θdθ
2²0 z −L/2
arctan 0 R
Ou seja:
Z
1
sec3 θdθ = (sec θ tan θ + ln |sec θ + tan θ|)
2
³ ´
¯arctan z0 +L/2
ρ R2 ¯ R
Como
µ µ ¶¶ s µ ¶2
z0 − L/2 z0 − L/2
sec arctan = 1+
R R
e
µ µ ¶¶ s µ ¶2
z0 + L/2 z0 + L/2
sec arctan = 1+
R R
então:
µ ¶ sµ ¶2
ρ L L
ϕ (z0 ) = · z0 + z0 + + R2
4²0 2 2
µ ¶ sµ ¶2
ρ L L
− · z0 − z0 − + R2
4²0 2 2
¡
L
¢ q¡ ¢2
ρR2 z0 + 2 + z0 + L2 + R2
+ ln ¡ q¡ − ρz0 L
4²0 ¢ ¢ 2 2²0
z0 − L2 + z0 − L2 + R2
1.10. 11
1.10
~ (~r) = E (~r)ı̂
E
Sabe-se que
µ ¶
∂ϕ ∂ϕ ∂ϕ
E (~r)ı̂ = − ı̂ + ̂ + k̂ .
∂x ∂y ∂z
Como ∂ϕ ∂ϕ
∂y = ∂z = 0, então ϕ = ϕ (x). Consequentemente, E = E (x),
independente de y e z.
Aplaicando a Lei de Gauss, obtem-se que:
~ = ρ (~r) = ∂E
~ ·E
∇
²0 ∂x
Portanto, quando ρ = 0, ∂E
∂x = 0, ou seja, E não depende de x.
1.11
O potencial elétrico ϕ (r) de um condutor esférico de raio R, carga Q e centro
na origem é dado por:
Q 1
ϕ (r) =
4π²0 r
a)
~ (r) = dϕ r̂
~ = −∇ϕ
E
dr
~ =
Nesse caso, E ϕ
r̂. Como o condutor tem um raio R de 10 cm, tem-se
r
que:
E ≤ 3 · 106 V /m → ϕ ≤ 3 · 105 V
b)
Q 1
E= ≤ 3 · 106 V /m
4π²0 r
Para uma carga Q = 1C, obtem-se r ≥ 54, 7 m.
1.12
1.13
~ =ρ
~ ·E
∇
²
Supondo ρ constante, obtem-se que:
∂E ρ
= = constante
∂h ²
Considerando ² ≈ ²0 , obtem-se:
E (0 m) − E (1400 m) ρ
=
1400 m ²0
1.14
O campo elétrico de uma plano carregado eletricamente com uma densidade
superficial de carga σ pode ser calculado de duas formas:
ZZ
~→
E
−
ds = 2EA =
Q
S ²0
~ = σ ŝ
E
2²0
Em que σ é a densidade superficial de cargas e ŝ é o versor perpendicular ao
plano, “saindo” dele.
No exercı́cio, supondo que os planos não interfiram um na distribuição de
cargas do outro, obtem-se:
1.15
~ = ρ (~r) .
~ ·E
Lei de Gauss: ∇
²0
Em coordenadas esféricas:
¡ ¢
~ = 1 ∂ r 2 Er + 1
~ ·E
∇
∂
(sin θEθ ) +
1 ∂Eφ
r2 ∂r r sin θ ∂θ r sin θ ∂φ
Como as funções de distribuição dependem apenas de r, as soluções são
facilmente obtidas a partir da resolução da equação:
1 ∂ ¡ 2 ¢ ρ (r)
r Er =
r2 ∂r ²0
a) ½ A
0≤r≤R
ρ (r) = r
0 r>R
– Para 0 ≤ r ≤ R
∂ ¡ 2 ¢ Ar
r Er =
∂r ²0
Assim obtem-se:
A c1
Er = + 2
2²0 r
O segundo termo do campo elétrico é nulo. Isso é justificado da
seguinte forma. No limite quando r → 0, demonstra-se que a carga
contida na origem é nula através da integração direta da densidade
de cargas. Como esse termo é equivalente ao campo elétrico de uma
carga contida na origem e, pela condição acima, ϕ (r) → 0 quando
r → 0, então c1 = 0.
Para o cálculo do potencial eletrostático ϕ (r), basta lembrar que
~ = −∇ϕ
E ~ e, em coordenadas esféricas, E~ = − ∂ϕ r̂, para dependência
∂r
apenas em r, de modo que:
Ar
ϕ (r) = − + ϕ0
2²0
– Para r > R
∂ ¡ 2 ¢
r Er = 0
∂r
Integrando, obtem-se:
c2
Er =
r2
Integrando novamente, obtem-se:
14 CAPÍTULO 1. ELETROSTÁTICA
c2
ϕ (r) = − + c3
r
Pelas condições do exercı́cio, ϕ → 0 quando r → ∞. Assim c3 = 0.
Pela condição de continuidade da função do potencial eletrostático
ou seja:
( ¡ ¢
A
²0 R − 2r 0≤r≤R
ϕ (r) = AR2
2²0 r r>R
q
ϕ (r) =
4π²0 r
b)
½
ρ0 0≤r≤R
ρ (r) =
0 r>R
( ρ0 r
3²0 0≤r≤R
Er = ρ0 R3
3²0 r 2 r>R
( ³ ´
ρ0 r2
2²0 R2 − 3 0≤r≤R
ϕ (r) =
ρ0 R 3
3²0 r r>R
1.16
Por simetria, o campo elétrico de um cilindro muito longo é radial. Tomando
uma superfı́cia cilı́ndrica S de raio r do comprimento do cilindro eletricamente
carregado (raio R, densidade volumétrica de carga elétrica ρ e comprimento L)
e coaxial à ele, e aplicando a lei de Gauss à essa superfı́cie, obtem-se:
1.17. 15
• 0≤r≤R
ZZ Z r
~−
E
→
ds =
1
ρ4πr02 dr0
S ²0 0
| {z }
carga interna
ρ 2
E · 2πrL = πr L
²0
~ interno ao cilindro é dado por:
Assim, o campo elétrico E
~ (r) = ρr r̂
E
2²0
• r>R
ZZ Z R
~−
E
→
ds =
1
ρ4πr02 dr0
S ²0 0
ρ
E · 2πrL = πR2 L
²0
O campo elétrico externo ao cilindro é, então, dado por:
2
~ (r) = ρR r̂
E
2²0 r
1.17
• Divergente
à !
~ · xı̂ + ŷ + z k̂ ∂ ³x´ ∂ ³y ´ ∂ ³z ´
∇ = + +
rα ∂x rα ∂y rα ∂z rα
¡ ¢1/2
Como r = x2 + y 2 + z 2 , derivando o produto obtem-se:
à !
~ · ~r 3−α
∇ =
(x2 + y 2 + z2)
α/2 rα
• Rotacional
µ ¶ · ¸
~ × ~r ∂ ³z ´ ∂ ³y ´
∇ = − ı̂
rα ∂y rα ∂z rα
· ¸
∂ ³x´ ∂ ³z ´
− ̂
∂z rα ∂x rα
· ¸
∂ ³y ´ ∂ ³x´
− k̂
∂x rα ∂y rα
16 CAPÍTULO 1. ELETROSTÁTICA
~ × [~rF (r)] = 0
∇
Desenvolvendo:
· ¸
~ × [~rF (r)] ∂F (r) ∂F (r)
∇ = z −y ı̂
∂y ∂z
· ¸
∂F (r) ∂F (r)
x −z ̂
∂y ∂z
· ¸
∂F (r) ∂F (r)
y −x k̂
∂y ∂z
∂F (r) dF (r) xi
Substituindo ∂xi = dr · r na expressão acima:
1.18
Tomando a origem do sistema sobre a carga q, pelo teorema do divergente
obtem-se:
ZZZ ZZ
~ ·E
∇ ~ dv = E~ −
→
ds
V S
Para
~ = q ~r
E
4π²0 r3−δ
obtem-se:
ZZZ
~ dv = q rδ
~ ·E
∇
V ²0
Nota-se que, conforme δ → 0, a equação recai na Lei de Gauss, como esper-
ado.
1.19
q e−r/λ
ϕ (r) =
4π²0 r
~ basta tomar o gradiente da função potencial:
Para obter o campo elétrico E
µ ¶
~ ~ q ~ e−r/λ
E = −∇ϕ = ∇
4π²0 r
~ (r) =
Como ∇F dF ~
r
dr r , a expressão acima pode ser reescrita como:
µ −r/λ ¶
E~ = q d e ~r
4π²0 dr r r
Derivando o termo entre parênteses obtem-se:
µ ¶
E~ = q e−r/λ 1
+
1
~r
4π²0 λr2 r3
Pela lei de Gauss sabe-se que ∇~ ·E~ = ρ/²0 . Assim:
· µ ¶ ¸
q ~ 1 1
ρ (r) = ∇ · e−r/λ + ~r
4π λr2 r3
³ ´ ³ ´
As propriedades ∇ ~ · ψ F~ = ∇ψ ~ F~ + ψ ∇~ · F~ e ∇~ · F~ (r) = ~r dF~ podem
r dr
¡1 ¢
ser bastante úteis aqui. Identificando ψ = e −r/λ ~ 1
e F = ~r r3 + λr2 , então a
expressão acima pode ser reescrita da seguinte forma:
½ µ ¶ · ³ ´ µ ~r ¶¸¾
q −r/λ ~ ~r ~r ~ −r/λ ~r
ρ (r) = e ∇· 3
+ 2 + ∇ e · + 2
4π r λr r3 λr
~ · ~r = 4πδ (~r)
∇
r3
³ ´
~ ·
• ∇ ~
r
= 3
− ~r · ∇~ 12
λr 2 λr 2 λr
~ · ~r = 1
∇
λr2 λr2
¡ ¢ ¡ ¢ −r/λ
~ e−r/λ =
• ∇ ~
r d
e−r/λ = − ~re λr
r dr
1.20
Seja um dipólo de momento p~ = px ı̂ + py ̂ + pz k̂ localizado na origem do sistema
coordenado. A expressão para o potencial eletrostático devido ao dipólo é dada
por:
1 p~ · ~r
ϕ (~r) =
4π²0 r3
Desenvolvendo a expressão:
µ ¶
1 px x + py y + pz z
ϕ (~r) =
4π²0 r3
As curvas equipotenciais localizadas, por exemplo, sobre o plano z = 0, são
tais que ϕ (x, y, 0) = k, onde k é uma constante. Assim:
n ¡ ¢3/2 o
ϕk = k −→ k x2 + y 2 = px x + py y
| {z }
define as curvas de nı́vel y(x)
1.21
Antes de entrar na resolução propriamente dita, é importante mostrar como são
feitas as expansões utilizadas.
Sejam dois pontos no espaço localizados em ~r e ~r + ~l, e uma função G(~
~ r) =
~ ~ ~
Gx ı̂ + Gy ̂ + Gz k̂. O objetivo é determinar a diferença G(~r + l) − G(~r) para
o caso em que |~l| << |~r|. Utilizando uma expansão em série de Taylor para o
primeiro termo G(~ ~ r + ~l), obtem-se, componente à componente:
..........................................................................
h i
F~ = q E~ ext (~r + ~l) − E
~ ext (~r)
³ ´ ³ ´
F~ ≈ q ~l · ∇
~ E ~ ext = p~ · ∇
~ E ~ ext
h³ ´ i
~τ = q ~r + ~l × E(~
~ r + ~l) − ~r × E(~
~ r)
Rearranjando os termos:
³ ´
~ r + ~l) − E(~
~τ = q~r × E(~ ~ r + ~l)
~ r) + p~ × E(~
h ³ ´ i
~ E
~τ ≈ ~r × p~ · ∇ ~ + p~ × E(~
~ r)
20 CAPÍTULO 1. ELETROSTÁTICA
1.22
O potencial eletrostático ϕ (x, y, z) da distribuição é facilmente obtido:
à !
q 1 1 2
ϕ (~r) = + −
4π²0 |~r − ~l| |~r + ~l| |~r|
Para simplificar a expressão acima no caso em que |~l| << |~r| a seguinte
aproximação pode ser utilizada:
n n (n − 1) 2
(1 + e) = 1 + ne + e + ...
2
Rearranjando as expressões entre parênteses no potencial:
1 1
= q
|~r − ~l| 2
r 1 + l −2zl
r2
1 1
= q
|~r + ~l| 2
r 1 + l +2zl
r2
l2 +2zl l2 −2zl
Denotando e+ = r2 e e− = r2 , obtem-se:
1 1 −1/2
= (1 + e− )
|~r − ~l| r
1 1 −1/2
= (1 + e+ )
|~r + ~l| r
A princı́pio, se for considerado, em cada aproximação, apenas o termo de
primeira ordem em e, obtem-se um potencial esfericamente simétrico, com sime-
tria radial. Esse resultado é uma simplificação um tanto grosseira para esse
sistema de dipólos, já que não leva em conta sua orientação. Para contornar
esse problema, são desprezados apenas os termos de ordem superior à segunda
em e na expansão, de forma que:
· ¸
1 1 e− 3e2
≈ 1− + −
|~r − ~l| r 2 8
· ¸
1 1 e+ 3e2
≈ 1− + +
|~r + ~l| r 2 8
Substituindo o resultado na expressão do potencial ϕ, obtem-se:
µ ¶
ql2 3z 2 3l2
ϕ (~r) = + −1
4π²0 r3 r2 4r2
Em coordenadas esféricas z = r cos θ. Assim:
µ ¶
ql2 3l2
ϕ (r, θ) = 3 cos2 θ + 2 − 1
4π²0 r3 4r
1.23. 21
1.23
Definição da componente Qij do tensor momento de quadrupolo:
ZZZ
¡ 0 0 ¢
Qij = 3xi xj − δij r02 ρ(~r0 )dv 0
V
h¡ ¢¯ ¡ ¢¯ ¡ ¢¯ i
Qij = q 3xi xj − δij r2 ¯~r=lk̂ + 3xi xj − δij r2 ¯~r=−lk̂ − 2 3xi xj − δij r2 ¯~r=0
O último termo da expressão é nulo para todo par (i.j) por ser avaliado em
~r = 0. Assim, a expressão é simplificada para:
h¡ ¢¯ ¡ ¢¯ i
Qij = q 3xi xj − δij r2 ¯ + 3xi xj − δij r2 ¯
~
r =lk̂ ~
r =−lk̂
1.24
ZZZ
p~ = ~r0 ρ(~r0 )dv 0
V
1.25
Há uma carga de magnitude −2q localizada
¯ ¯ ¯ ¯ na origem e outras duas de magni-
¯ ¯ ¯ ¯
tude q localizadas em ~l1 e ~l2 , com ¯~l1 ¯ = ¯~l2 ¯ = l
a) Esse sistema pode ser representado por dois dipólos p~1 = −q~l1 e p~2 = −q~l2 ,
de modo que o momento de dipólo elétrico total p~ é dado por:
³ ´
p~ = −q ~l1 + ~l2
θ
p~ = 2ql cos ŝ
2
~ ~
l1 + l2
Em que ŝ = .
|~l1 +~l2 |
Para a molécula de água, H2 O: θ = 105◦ ; l = 0, 958 · 10−10 m; |~
p| =
6, 14 · 10−30 C.m. Assim:
q = 0, 329e
Parece contraditório que q seja menor que a carga e de um elétron. Porém
é importante lembrar que o cálculo foi baseado em uma derivação clássica
do momento de dipólo elétrico, representando apenas uma carga efetiva.
Para uma previsão teórica precisa, o tratamento quântico é necessário.
1.26
1 p~ · ~r
ϕ (~r) =
4π²0 r3
Desenvolvendo a expressão:
µ ¶
1 px x + py y + pz z
ϕ (~r) =
4π²0 r3
~ = −∇ϕ.
Sabe-se que E ~ Ou seja:
~ = − ∂ϕ ı̂ − ∂ϕ ̂ − ∂ϕ k̂
E
∂x ∂y ∂z
Derivando os termos da equação, obtem-se:
· µ ¶¸
∂ϕ q p~ · ~r
= pi − 3xi
∂xi 4π²0 r3 r2
~ pode ser escrito como:
Assim, E
3 · µ ¶¸ · µ ¶ ¸
~ =− 1 X p~ · ~r 1 p~ · ~r
E pi − 3xi x̂i = 3~r − p~
4π²0 r3 i=1 r2 4π²0 r3 r2