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Novos caminhos
para profissionais da
educação
IESDE BRASIL
2020
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Projeto de capa: IESDE BRASIL S/A. Imagem da capa: plutmaverick/goodluz/Shutterstock
O mundo real absorve cada vez mais as plenas possibilidades que ou-
trora só poderiam ser especuladas no campo da ficção. Talvez, um dia,
uma “pílula do conhecimento instantâneo”, ou algo do gênero, faça com
que discutir educação como um processo perca todo o sentido. Talvez, um
Artigo
http://uniesp.edu.br/sites/_biblioteca/revistas/20180403122844.pdf
No artigo Os dilemas do professor iniciante: reflexões sobre os cursos de formação inicial, da autora
Dulcinéia Souza, publicado na Revista Multidisciplinar da UNIESP, em 2009, explica-se que o iní-
cio da carreira docente é marcado por crises, em um período de descoberta e de sobrevivên-
cia, sendo imprescindíveis o conhecimento e a reflexão sobre essa fase profissional para que
as instituições de formação superior em licenciatura e as instituições que recebem o professor
iniciante possam oferecer apoio adequado a esse profissional.
Acesso em: 21 fev. 2020.
Para Evans (2016), não resta dúvida de que extrair o melhor pro-
veito do professorado passa por reavaliar o propósito e o papel des-
se profissional. Ao menos duas perspectivas apresentam algumas
maneiras possíveis de abordar essa questão fundamental. A primei-
ra reconhece o propósito dos professores de envolver-se exclusiva-
mente em atividades acadêmicas intelectualmente notáveis, gerando
conhecimento inovador para o benefício intrínseco da disciplina e,
por extensão, para o benefício extrínseco da própria instituição de
ensino. Esse propósito envolveria um papel único, não ambíguo e
sem complicações – o de pesquisador – e impediria a incorporação
de quaisquer responsabilidades adicionais ou suplementares que os
desviassem de seu objetivo, tornando os professores essencialmen-
te profissionais especialistas. Isso, claro, transparece um retrocesso
no redesenho da profissão imposto pelo mundo contemporâneo.
Por sua vez, a outra perspectiva reconhece que, diante da crescente
pressão para expandir suas próprias competências e seus propósi-
tos, as instituições de ensino devem ampliar o foco e o repertório de
atividades de seus professores.
Uma aula clássica ou tradicional e uma aula arcaica não são a mes-
ma coisa. A última significa um total descompasso, uma inadequação
insustentável entre, de um lado, o que e como se propõe a ensinar e,
de outro, aquilo que é necessário aprender. O que as novas tecnologias
no campo da educação estão trazendo não é uma denúncia ou con-
denação do modelo clássico, mas, sim, maior produtividade por meio
da potencialização de elementos que justamente residem no clássico:
a figura do professor, a figura do aluno, o conteúdo sistematizado de
Glossário conhecimento, as fontes extras de leitura, as formas de avaliação, os
feedback: resposta a uma mecanismos de feedback etc.
atitude ou comportamento.
Que os alunos mudaram, é verdade. Há muito se discute, ou se pro-
cura entender, o impacto do choque de gerações na educação, mais
especificamente na relação professor e aluno. O professor, geralmen-
te, será mais velho ao menos uma geração que os estudantes sob sua
tutela e poderia, assim, estar em desvantagem em relação às pretensas
novas aptidões e características dos alunos. Interessados nesse tema,
Buckingham e Willett (2013) conduziram um estudo que procurou en-
Uso de tecnologias em tender a fundo o fenômeno da geração digital representada pelos no-
sala de aula. vos alunos que adentram as instituições de ensino.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Um dos motivos que levam os professores a desenvolverem e acu-
mularem competências, de maneira vitalícia, é a evolução da socieda-
de. Um conjunto específico de saberes pode até ter sido responsável
pelo sucesso que um professor teve no passado, mas, ao mesmo tem-
po, pode não significar nada para o seu futuro.
Diante da missão – desafio maior, aliás – de tentar harmonizar o
progresso tecnológico com a recuperação da alta cultura, o professor
precisa primeiramente ser sensibilizado quanto à necessidade de in-
vestir em sua própria formação, para, só então, começar a desenhar
a estratégia que possibilita alcançar o alto desempenho na função do-
cente; o que é possível por meio de inúmeras e diversificadas com-
petências, integrando o conhecimento especializado, o pedagógico e
o tecnológico nas quatro frentes de atuação de seu ofício, que são o
ensino, a pesquisa, a gestão e a extensão.
REFERÊNCIAS
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BACILA, C. R. Nos bastidores da sala de aula. Curitiba: Intersaberes, 2016.
BALL, S. J. The Education Debate. Bristol: Policy, 2017.
BUCKINGHAM, D.; WILLETT, R. Digital Generations: children, young people, and the new
media. Florence: Routledge, 2013.
EVANS, L. The Purpose of Professors: professionalism, pressures and performance.
Stimulus paper. Leadership Foundation for Higher Education, 2016.
KURZWEIL, R. The Singularity is Near: when humans transcend biology. New York: Viking, 2005.
METRO. Professores e garçons estão entre os bicos mais buscados. 30 mai. 2016.
GABARITO
1. Alguns dos maiores desafios do mundo contemporâneo em relação à atividade de
professor são: o acompanhamento das inovações tecnológicas (uma vez que elas
ocorrem em ritmo acelerado) e o baixo nível cultural da sociedade (independente-
mente da classe socioeconômica).
2. Sim, esse professor pode ter futuro. Não se pode desprezar os professores que te-
nham entrado na função, mesmo pelas razões mais erráticas possíveis, por um moti-
vo: a solução para o problema da baixa valorização do profissional começa pela inicia-
tiva de aperfeiçoamento individual.
Glossário A situação ideal pode até não se realizar por um ou outro fator
incidental: imprevisível, incidental, porém, é importante que seja perseguida com todo vigor
eventual. e que, assim, todos os professores universitários do Brasil possam se
tornar doutores, estando sempre envolvidos nas atividades de pós-
doutoramento. Cumpre esclarecer que, diferentemente do que o senso
comum possa imaginar, pós-doutorado não é um título que se conquiste
ou um curso que se realize, como são o mestrado e o doutorado. O pós-
doutoramento é uma atividade destinada, em geral, aos recém-doutores
(para todos os efeitos, com menos de dez anos passados após a defesa
da tese); não envolve cursar disciplinas e tampouco defender uma tese.
O foco é, primordialmente, a pesquisa, com vistas à resolução de algum
problema complexo, o que implica, na prática, a produção de publicações
científicas mais amadurecidas (criar genuinamente conhecimento) ou,
até mesmo, o desenvolvimento de tecnologia de ponta. Por isso, nesse
regime de intensa pesquisa, a dedicação ao ensino, à gestão e à extensão
é momentaneamente suprimida.
Tutoriais disponíveis em: creato- Edu, estimula-se que, de maneira descentralizada e independente, os pro-
racademy.youtube.com/page/ fessores conteudistas criem e invistam no crescimento de seus próprios
lesson/edu-channel-start?hl=- canais. Nesse sentido, a plataforma mantém tutoriais ensinando passo a
pt-BR. Acesso em: 21 fev. 2020.
passo a estruturar e gerenciar canais de conteúdo educativo 5 .
Figura 1
Pirâmide da aprendizagem de William Glasser
10 % quando leem
20 % quando ouvem
30 % quando veem
90 %
quando ensinam
Isso, por si só, parece mais do que suficiente para condenar todo o Glossário
modelo clássico de ensino ao devido ostracismo e instaurar a supremacia ostracismo: ato ou efeito de
da revolucionária didática do novo milênio, dispensando qualquer repelir; afastamento, repulsa.
Convém esclarecer que isso não significa não admitir o valor de en-
sinar o que se aprende como alguma forma válida de aprendizado. É
preciso, porém, deixar as coisas no seu devido lugar. Desse modo, na
falta de um estudo científico sério, sem viés de confirmação, o que se
tem, por ora, é a sensação empírica de que tal prática do professor
aluno deva produzir algum efeito benéfico a quem ensina, no tocante
ao domínio do conhecimento. Ao mesmo tempo, sabendo que os má-
Glossário
gicos números da pirâmide são tão reais quanto a mágica per se, o real
per se: em si mesmo;
intrinsecamente. aprendizado oferecido dessa análise é a prudência de perceber que
talvez o clássico não seja tão ruim assim e, provavelmente, as novas
abordagens demandem mais aprofundamento científico para serem
devidamente incorporadas ao sistema educacional.
Atividade 3
Essas são as considerações em relação a aprender enquanto se en-
Qual é a crítica mais
sina, no quesito do conteúdo. Quanto a aprender nos quesitos pedagó-
séria que se faz à Pirâmide da
Aprendizagem? gico e tecnológico, o cenário é totalmente outro, pois torna-se evidente
que isso ocorre continuamente.
Desse modo, como reconhece Ball (2017), quanto mais tempo acu-
mulado de aulas dadas, maior a probabilidade de um professor se de-
parar com os mais distintos perfis comportamentais e cognitivos de
seus alunos, assim como maior se torna sua capacidade de improviso
ante a algumas situações inesperadas, com base em experiências an-
teriores similares. Por isso, um professor mais experiente é, na maioria
das vezes, sobretudo, um professor mais seguro, com maior enverga-
dura pedagógica para lidar bem com quase todo tipo de situação, algo
que os alunos, conscientemente ou não, percebem na prática e, por
isso, dão o devido reconhecimento.
REFERÊNCIAS
BALL, S. J. The Education Debate. Bristol: Policy, 2017.
BUCKINGHAM, D.; WILLETT, R. Digital Generations: children, young people, and the new
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rebuttal_of_NTL_Institute’s_learning_pyramid. Acesso em: 21 fev. 2020.
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Minho, 2017.
Horizonte de planejamento
Plano de desenvolvimento profissional
2020 a 2024
Visão para 2024:
Meta
Objetivo
2020 2021 2022 2023 2024
(1)
(2)
(3)
(4)
(1)
(2)
(3)
(4)
http://www.seer.ufu.br/index.php/revextensao/article/download/29687/pdf
O Programa de Formação de Muitas vezes, as empreitadas lideradas pelo professor se dão por
Recursos Humanos em Áreas uma triangulação entre professor, empresa parceira e fontes alter-
Estratégicas (RHAE) se trata de
nativas de financiamento (públicas ou privadas). Por exemplo, cabe
uma forma de inserir mestres e
doutores em empresas privadas, monitorar editais públicos não tão bem divulgados, como o caso do
com remuneração paga 100% Programa RHAE (Recursos Humanos em Áreas Estratégicas), mantido
com recurso público, desde que
as atividades envolvam pesquisa pelo CNPq. Já no aspecto de financiamento privado, o crowdfunding
científica e tecnológica. (financiamento coletivo junto à sociedade civil) pode ser o fator de-
Disponível em: cnpq.br/ cisivo para viabilizar projetos propostos por professores a empresas
apresentacao-rhae. Acesso em:
e, nesse sentido, vale a pena avaliar desde os tradicionais sites de
21 fev. 2020
natureza generalista (como os consagrados Kickstarter, Catarse e
Vakinha) até os que mais recentemente têm surgido, especificamen-
4 te para fins de financiamento científico (como é o caso do SciFund
4
Plataformas disponíveis em: Challenge e RedEmprendia) .
https://scifundchallenge.org e
https://www.lanzanos.com/ Na administração de seu portfólio de empreendimentos, o profes-
redemprendia. Acesso em: 21 sor também precisa considerar a estratégia freemium (a junção do free,
fev. 2020.
gratuito, e do premium, pago). Isso consiste em ofertar alguns servi-
ços sem custo que sirvam de propaganda para outros que são pagos
(HSU; TSAI, 2017), como uma palestra gratuita sobre um tema especí-
fico de um livro recém-lançado que pode promover as vendas desse
livro; um vídeo no YouTube explicando determinado conceito que pode
a aptidão que faz decolar a profissão, embora muitos profissionais Quais as principais ações de
branding (gestão da marca) do
ignorem isso. Berg relata que o Instituto Dale Carnegie, dos Esta-
professor?
dos Unidos, efetuou uma pesquisa com 10 mil pessoas, chegando
a um resultado surpreendente: apenas 15% do sucesso das pes-
soas estava relacionado à competência técnica e à habilidade no
trabalho; os outros 85% eram fundamentados na personalidade e,
sobretudo, na habilidade de saber se relacionar com pessoas. Exis-
tem vários outros estudos feitos nos Estados Unidos e em outras
partes do mundo que confirmam esses índices.
Quadro 2
Autodiagnóstico da capacidade de relacionamento social
14. Digo o que penso de uma pessoa mesmo que isso possa ofendê-la. S N AV
Berg (2014) ainda sintetiza dois pontos fundamentais das relações hu-
manas. Um deles é que, no convívio com pessoas, todos querem alguma
coisa uns dos outros. O chefe quer lealdade e produtividade dos subordi-
nados, e os subordinados querem reconhecimento e segurança na empre-
sa; os pais querem que os filhos obedeçam, e os filhos querem que os pais
os amem e protejam; os casais querem afeto e amor mútuo; o vendedor
quer que os clientes comprem, e os clientes desejam satisfação com a com-
pra; e assim por diante. De tal modo, não é difícil constatar que ter sucesso
nas relações humanas significa dar ao outro algo que ele deseja em troca
do que é desejado para si; isso é uma visão lúcida e inteligente que expres-
sa a essência da arte de saber conviver e aprender com as pessoas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Não se terceiriza a gestão de uma carreira. Se alguns educadores tal-
vez pensem que, por se dedicarem a uma área especializada de conhe-
cimento, não são as pessoas certas para planejar e executar os passos
de desenvolvimento de sua própria jornada profissional, isso precisa ser
corrigido de imediato. Professores que investem em sua capacitação na
área de conhecimento especializado, bem como em prática pedagógica e
domínio de novas tecnologias, possuem todas as possibilidades de cons-
truir ativamente seu próprio futuro, o que envolve também dirigir seus
empreendimentos e desenvolver os próprios mercados em que prestarão
seus serviços educacionais, científicos e tecnológicos.
REFERÊNCIAS
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Universitário de Lisboa. Disponível em: http://hdl.handle.net/10071/3939. Acesso em: 21
fev. 2020.
BERG, E. A. O livro das relações humanas: seu manual para obter sucesso com as pessoas.
Curitiba: Juruá, 2014.
CAMPOS, V. Gerenciamento pelas diretrizes. 5. ed. São Paulo: Falconi, 2013.
CNAE. Classificação Nacional de Atividades Econômicas. Disponível em: https://cnae.ibge.
gov.br/?view=estrutura. Acesso em: 21 fev. 2020.
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Penguin Random House, 2005.
FERREIRA, A. P. V. G. Conteúdo e quebra do contracto psicológico e comportamentos
individuais de gestão de carreira. Braga, 2008. Tese (Doutorado em Ciências Empresariais)
– Universidade do Minho. Disponível em: http://repositorium.sdum.uminho.pt/
handle/1822/7818. Acesso em: 21 fev. 2020.
HSU, P.; TSAI, W. From free to pay: a three-stage freemium strategy. In: INTERNATIONAL
CONFERENCE ON INFORMATION SYSTEMS, 1, 2017, South Korea. Proceedings[…] South
Korea: ICIS, 2017.
GABARITO
1. Algumas questões são bastante relevantes para se responder: como está o nível de
domínio do inglês? Que outras línguas estrangeiras podem ser necessárias? Como
está o nível de competência tecnológica? Quais novas tecnologias precisam ser moni-
toradas e aprendidas? Como está o nível de competência didática? Como tem sido o
desempenho pedagógico? Como está o nível de competência da área de conhecimen-
to especializado? Existem novidades no segmento que precisam ser melhor acompa-
nhadas? Como está o nível de produção científica?
2. Essa estratégia consiste em ofertar alguns serviços sem custo, que sirvam de propa-
ganda para outros que são pagos. Por exemplo: uma palestra gratuita sobre um tema
específico de um livro recém-lançado pode promover as vendas desse livro; um vídeo
no YouTube explicando determinado conceito pode favorecer a divulgação de cursos
comercializados em alguma plataforma específica; e assim por diante.
3. Um dos principais aspectos envolvidos é a exposição pública, que precisa ser reali-
zada de maneira simpática, constante e com alta qualidade. As redes sociais digitais
favorecem sobremaneira essa tarefa. Fora do ambiente digital, algumas iniciativas
simples são altamente eficientes para manter uma boa imagem do professor perante
seu mercado de atuação (sejam clientes atuais ou potenciais). Além do mais, não se
pode deixar o aluno de fora do escopo de relacionamento profissional. Embora po-
pularidade não seja um quesito essencial para um professor se manter no cargo, isso
favorece a decisão por sua manutenção por parte das instituições de ensino. Ser tão
firme quanto à disciplina em sala de aula ao mesmo tempo que se nutre uma empatia
junto à turma de estudantes é uma virtude apreciável no docente.
refutar: contestar, rejeitar. alguma informação proferida publicamente ou até mesmo para fazer
subjugada: ignorada, uma simples pergunta. Em algumas situações, é mais fácil discutir va-
diminuída. lores e preocupações pessoais por escrito do que conversar a respeito.
Além de que uma questão geralmente subjugada na prática – que é o
fato de sempre existirem alunos que acabam cumprindo uma jornada
parcial das aulas em função de compromissos profissionais e familia-
res (saindo mais cedo ou faltando em muitos encontros) – consegue ser
melhor administrada com as possibilidades proporcionadas pelas TIC.
Entre aqueles docentes que são mais tolerantes quanto aos acessos
à internet durante suas aulas, há os que cogitam que os alunos, muitos
deles expoentes da geração digital, seriam naturalmente multitarefas,
a ponto de conseguir transitar bem entre, por exemplo, acompanhar
o conteúdo da aula, responder a mensagens no WhatsApp e acompa-
nhar postagens em redes sociais.
Artigo
https://periodicos.ufsc.br/index.php/emdebate/article/download/1980-3532.2016n15p107/33788
No artigo As novas tecnologias e aprendizagem: desafios enfrentados pelo professor na sala de aula, dos autores Ione Silva,
Tatiane Prates e Lucineide Ribeiro, publicado na revista Em Debate, em 2016, pondera-se que, embora o professor te-
nha consciência da importância do uso das novas tecnologias em sala de aula, ele ainda se depara com os desafios de
associar o conteúdo pedagógico aos instrumentos tecnológicos. Isso reforça a ideia de que é preciso fazer uma busca
permanente de capacitação do docente, que seja realmente significativa, para desenvolver habilidades e técnicas
necessárias a uma aprendizagem, utilizando as tecnologias digitais em sala de aula.
Acesso em: 21 fev. 2020.
site com funcionalidade de uma verdadeira intranet seja disponibilizado Intranet: conteúdo on-line
acessado pelos navegadores de
para a disciplina de trabalho do professor. Por isso, é bastante recomen-
internet, mas com acesso restrito
dável que os professores explorem e conheçam mais esse tipo de TIC. a um grupo predeterminado de
usuários.
Por outro lado, dada sua relevância e impacto na sociedade em ge-
ral, algo que pode ser chamado de um fenômeno à parte na internet,
nos dias atuais, são as redes sociais – também especialmente úteis para
aplicações no campo da educação (ALKHATHLAN; AL-DARAISEH, 2017).
Não é comum que uma rede social genérica seja utilizada como o
canal principal de relacionamento entre os corpos docente e discente.
De todo modo, há certa predileção dos alunos por buscarem informa-
ções nos portais mais frequentados na internet; por isso, os sites ofi-
ciais acadêmicos tendem a ter menos visitas que as correspondentes
páginas nas redes sociais. Boa parte do fenômeno se explica em função
de que, na mais consagrada das redes sociais, o Facebook, existe o con-
veniente recurso de criação de páginas temáticas.
REFERÊNCIAS
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zones on student performance and attitudes in large lectures. Computers & Education,
v. 59, n. 4, p. 1300-1308, 2012. Disponível em: https://escholarship.org/uc/item/5r163125.
Acesso em: 21 fev. 2020.
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press.org/ijmecs/ijmecs-v9-n2/IJMECS-V9-N2-1.pdf. Acesso em: 21 fev. 2020.
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CHICKERING, A. W.; EHRMANN, S. C. Implementing the seven principles: technology as
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FONSECA, V. de. Dislexia, cognição e aprendizagem: uma abordagem neuropsicológica
das dificuldades de aprendizagem da leitura. Revista Psicopedagogia, São Paulo,
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electronic media use among university students. Cyberpsychology, Behavior, and Social
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security. Boca Raton, FL: CRC, 2016.
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on interpreter training: state-of-the-art and future prospects. The Interpreter and Translator
Trainer, v. 1, n. 2, p. 269-303, 2007.
GABARITO
1. As metodologias ativas favorecem extrair o melhor de cada aluno, que deixa de ter um
papel predominantemente passivo em sala de aula.
2. Um único aluno que entre na sala de aula com seu celular e conexão própria à
internet já torna a conexão clandestina praticamente inevitável de ser distribuída
a todos os colegas.
4. Solicitar aos alunos que façam resumos pelo Twitter, pesquisar na rede determinada
hashtag de assunto abordado em aula e usar o canal como mais um meio de propagar
seus comunicados e informações da disciplina.
Quadro 1
Desenvolvimento de competências em ensino aberto e a distância
Nível de desenvolvimento
Área
Básico Intermediário Avançado
• Atualizar conteúdos usan- • Selecionar recursos web
do recursos web. em todo tipo de mídia.
• Selecionar recursos web • Incluir recursos para • Selecionar recursos web
tendo em mente resulta- estudo complementar para atender a diferen-
Desenvolvimento dos de aprendizado. (paralelos aos recursos tes perfis de alunos.
de conteúdo principais).
• Escrever guias de estudo. • Produzir recursos ope-
• Respeitar direitos au- • Usar repositórios de racionais abertos.
torais, explorando suas recursos educacionais
exceções. abertos.
• Criar atividades de apren-
dizado on-line para engajar
Planejamento os alunos e facilitar a com- • Criar atividades de • Criar atividades de
preensão do conteúdo. aprendizado on-line aprendizado de geração
de atividades de para promover diálogo de conhecimento cola-
aprendizado • Escrever guias de estudo.
e investigação. borativo on-line.
• Prover recursos e ferra-
mentas.
• Diferenciar os papéis do
• Estabelecer a presença
professor on-line e do • Adotar pedagogias de
docente.
professor presencial. participação (alunos
Estratégias • Desempenhar novos
como cocriadores).
• Prover instrução direta
de ensino on-line.
papéis de ensino on-line.
• Ensinar com os outros
• Organizar e conduzir
• Gerenciar as tarefas do (ensinar em rede).
discussões on-line.
site do curso.
• Criar avaliações forma-
• Criar avaliações soma- tivas.
tivas. • Assegurar equilíbrio
• Escrever guias de e coerência entre
avaliação (incluindo avaliações somativas e
Avaliação critério para marcação de formativas.
• Criar avaliações flexíveis.
É certo que a maioria dos professores brasileiros, uma vez que se-
jam demandados como conteudistas/tutores, vai se sentir mais confor-
tável em produzir os materiais, gravar aulas e/ou interagir nos fóruns
com os alunos no idioma nativo (português). Contudo, é indispensá-
vel que, ao menos, se garanta a devida legenda em inglês, sabendo
que um produto Mooc é virtualmente acessado de qualquer parte do
mundo. Da mesma forma como já se faz no EaD digital convencional,
quando um professor evita termos regionais no seu conteúdo para
tornar a aula plenamente compreensível em escala nacional, cuidado
semelhante deve ser adotado ao produzir Moocs, pois é preciso cuidar
com os exemplos e as explicações para que um aluno estrangeiro, que
não conheça especificidades da realidade brasileira, possa também ter
êxito em sua aprendizagem.
ock
ph/Shutterst
Freeogra
Para que tal efeito seja possível, os ambientes virtuais imersivos cos-
tumam dispor de duas características essenciais. A primeira é de que há
um absoluto monitoramento das atividades da pessoa enquanto estiver
imersa em sua experiência virtual (incluindo orientação da cabeça, posi-
2 ção do corpo e até mesmo direção do olhar). Tais informações são regis-
Fulldome é uma estrutura tradas em tempo real pelo sistema eletrônico, que, em resposta, atualiza
formada por uma tela em
instantaneamente o ambiente virtual. Assim, como efeito prático, a cena
formato semiesférico que
possibilita projeção em 180 virtual sempre corresponde à posição e orientação do usuário naquele
e 360 graus, oferecendo uma 2
meio. Por exemplo, em um ambiente fulldome , costumam ser minis-
completa imersão ao colocar o
tradas aulas de astronomia, explorando as fronteiras do sistema solar e
espectador dentro do cenário
como personagem. outras formações cósmicas. A diferença para a tecnologia mais recente
é que a infraestrutura física, razoavelmente cara de um fulldome, conse-
Glossário
gue ser emulada por equipamentos individuais de realidade virtual, na
emulada: imitada; simulada. forma de óculos e capacetes especiais.
ABO
ção envolvida, os ambientes virtuais tendem a ser continuamente
PHO
aprimorados pela criação de perfis comportamentais e rotei-
TOG
APHR
ros aprendidos em uma escala que não se compara à
Y/S
experiência do ensino presencial.
hut
ters
toc
Algumas disciplinas pa-
k
recem ser mais favorá-
veis ao uso de realidade
virtual como prática di-
dática, como a Biologia.
Zapp2Photo/Shutterstock
Eis o que bem sintetiza a realidade aumentada: sobreposição de imagens, mesclando, na mesma perspectiva
de um observador, o real e o virtual.
O aspecto lúdico também não deve ser negligenciado. Uma vez que
as tecnologias de realidade mesclada são bastante recentes, elas soam
como novidades que despertam interesse, especialmente nas mentes
jovens. Assim, os alunos tendem a ficar mais inclinados a usar e a ex-
perimentar essas tecnologias, e a prerrogativa de ter de aprender algo
novo é uma das boas justificavas para fazê-lo.
Artigo
https://www.revistas.unilasalle.edu.br/index.php/Dialogo/article/download/2238-9024.15.7/pdf
LightField Studios/S
hutterstock
REFERÊNCIAS
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2014. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/286049823_Augmented_
Reality_Trends_in_Education_A_Systematic_Review_of_Research_and_Applications. Acesso
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year-mobile-ar-to-drive-108-billion-vrar-market-by-2021/#.WsJgb4jwa71. Acesso em:
21 fev. 2020.
GABARITO
1. As áreas são: o desenvolvimento de conteúdo, o planejamento de atividades de apren-
dizado e as estratégias de ensino e avaliação. Nelas, há níveis de desenvolvimento de
competências docentes que vão do básico ao avançado.
2. Algumas disciplinas parecem ser mais favoráveis ao uso de realidade virtual como prá-
tica didática. Os ambientes virtuais podem oferecer uma amplitude de visualizações e
alternativas de perspectivas bastante úteis na apreciação de informações de alto grau
de complexidade. Por exemplo, a capacidade de criar, alterar e rotacionar, em tempo
real, uma estrutura arquitetônica de engenharia ou química em três dimensões pode
facilitar bastante a compreensão de conceitos abstratos subjacentes.
Quanto a essa diversidade, é necessário destacar que algumas pa- Saiba mais
tologias têm sido cada vez mais recorrentes na sociedade, como é o Segundo dados oficiais, no
final dos anos 1980, uma
caso da condição conhecida como transtorno de espectro autista. Por
em cada 500 crianças era
espectro, deve-se entender que não há um diagnóstico simplório de diagnosticada com autismo.
um indivíduo ser autista. Sem dúvida, os casos de autismo moderado Na atualidade, essa taxa
evoluiu para uma em cada 68
a severo são muito mais facilmente evidenciados, o que leva os indiví-
crianças. Para saber mais, acesse:
duos nessa condição (especialmente em idade escolar) a um mais rápi- https://nacoesunidas.org/
do tratamento – embora se discuta que tratamento seja algo destinado rejeitar-pessoas-com-autismo-
-e-um-desperdicio-de-poten-
a doentes, e autismo não é uma doença passível de cura, mas, sim, uma cial-humano-destacam-repre-
condição neurológica tipificada (CHARMAN et al., 2011). sentantes-da-onu. Acesso em:
14 fev. 2020
Na prática, a grande preocupação é voltada aos graus mais leves ou
tênues de autismo, pois, na distribuição na sociedade, eles são muito
mais frequentes e, ao mesmo tempo, de muito mais difícil percepção.
Não raro, docentes, pais e o próprio aluno em questão podem nem
mesmo desconfiar de viver essa condição. Por analogia, do mesmo
modo que etnias puras na raça humana simplesmente não existem,
é possível considerar que, em estrita análise, todas as pessoas são au-
tistas em algum grau. Obviamente, a maior parte da população é por-
tadora de nível insignificante dessa condição e, assim, são tidos, para
todos os efeitos, como indivíduos normais.
originais para desktop. Isso pode levar alguns alunos a encontrarem desktop: computador de mesa.
dificuldade na realização de determinadas atividades.
(ELLOUZE et al., 2015; SONG; KONG, 2017). No vídeo Estamos ficando mais
burros?, publicado pelo canal
É inegável, também, que existem professores naturalmente Nerdologia, são discutidas
mais resistentes ou desconfortáveis em utilizar dispositivos móveis questões como foco, nível de
atenção, presença de dispositivos
para atividades em sala de aula, pelos mais variados motivos. Isso eletrônicos em sala de aula,
pode ser razão suficiente para nunca elevar uma política de re- flexibilidade mental e algumas
ceptividade aos gadgets em classe como algo institucionalizado de ponderações sobre o efeito
Flynn (o aumento constante
maneira geral em uma escola. do índice de acerto médio da
população mundial nos testes
O professor precisa ter alguns critérios bastante práticos; por
de QI), permitindo direcionar
exemplo, o fator do consumo de tempo. Sem dúvida, algumas si- debates mais assertivos sobre a
tuações podem despender mais tempo para sua realização em questão dos gadgets em ensino
e aprendizagem.
dispositivos móveis do que nos computadores convencionais, uma
Disponível em: https://www.
típica situação em que é necessário ponderar se uma atividade youtube.com/watch?v=nW-
nesses meios ajuda ou atrapalha. -Mqe9Tgjc. Acesso em: 21 fev.
2020.
Finalmente, reconheça-se que nem todo curso ou disciplina pode
comportar essa prática com os mesmos bons resultados esperados.
Mais uma vez, é uma atribuição do docente se antecipar quanto a cená-
rios indesejados dos gadgets dos alunos no processo de ensino e apren-
dizado, sob o risco de comprometer a qualidade de sua aula.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Jogos educacionais, aula invertida, ensino híbrido e gadgets como re-
cursos a serem utilizados em sala de aula são apenas algumas das inova-
ções que se observam no cenário da educação nos dias atuais.
O profissional da educação precisa ter em mente que modismo e
inovação são conceitos diferentes; enquanto o primeiro é pueril e insus-
tentável, o segundo demonstra que uma determinada prática foi verda-
deiramente incorporada em definitivo pelo mercado, que ganhou difusão
e estabeleceu-se como um novo padrão. A importância de se estar cons-
ciente disso é a garantia de manter a competitividade do professor no
mercado de trabalho, buscando as competências adicionais que subi-
tamente se façam necessárias, mas que o profissional ainda não tenha
desenvolvido. Assim, é vital que o professor acompanhe periodicamente
o que vai surgindo de inovação no seu campo de atuação, um monitora-
mento que, evidentemente, nunca tem fim.
GABARITO
1. Com a autorregulação, os alunos ficam naturalmente inclinados a zelar pela disciplina
em sala de aula e a contribuir com as colocações dos colegas.
3. Quanto mais numerosa for uma turma, maior é a probabilidade de se encontrar perfis
distintos de alunos, dos mais comunicativos aos mais introvertidos. Uma diversidade
de ofertas tecnológicas, portanto, tem mais chance de atender às necessidades pon-
tuais dos estudantes.
4. A liberdade que o professor dá aos alunos para que eles empreguem seus próprios
apps favoritos no desempenho de suas atividades de aula é um importante aspecto
motivacional que explora o apelo lúdico das novas tecnologias.
7.1 Liderança
Vídeo Uma vez que as atividades de docência podem ser categorizadas
entre as funções de ensino, pesquisa, gestão e extensão, muitos pro-
fessores deduzem, com razão, dois fatos incontestáveis: o primeiro é
que a maior responsabilidade em gestão normalmente significa me-
lhor remuneração; o segundo é que as oportunidades de trabalhar com
gestão vão naturalmente surgindo, conforme o grau de liderança que
o profissional consegue desenvolver ao longo da sua atuação. Assim,
grande parte dos profissionais da educação associam a necessidade de
Glossário
aprimorar sua liderança a um mais profícuo plano de carreira, em que
profícuo: que é frutífero;
alguma posição de chefia seja um marco determinante (WILKERSON,
proveitoso.
1999; DONALDSON JR., 2007; ARENDS, 2014).
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que busca aprimorar continuamente a sua liderança. PIAZZI, P. São Paulo: Aleph, 2009.
Tal abordagem não é útil apenas para manter a qualidade, mas tam-
bém para buscar a inovação nas atividades propostas. Afinal, a tolerância ao
erro e à experimentação (que pode, na maior parte das vezes, não produzir
resultados desejados) é fundamental para que inovações sejam desenvol-
vidas. Atingir os resultados, em algum momento, é o que se busca; então, o
Glossário líder precisa ser hábil em dosar seu estímulo à experimentação e tolerância
ao erro com o pragmatismo de se buscar e realmente atingir aquilo que
pragmatismo: ponto de vista
prático. foi proposto. Enfim, em um ambiente escolar, como durante a realização
de uma aula ou de uma pesquisa científica, os meios podem ser os mais
variados, mas o fim deve ser garantido.
Quadro 1
Síntese dos atributos de liderança docente
https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/5631468.pdf
Visto ser o maior responsável por tudo o que ocorre em classe, cabe
ao professor, naturalmente, tomar a iniciativa no sentido de nutrir boas
relações com os alunos, desde o momento do primeiro encontro com a
turma. É por isso que algumas das ações típicas de um primeiro dia de
aula são, antes de iniciar com o conteúdo propriamente dito, destinar
um tempo às apresentações mútuas e ao fomento de um bom clima de
trabalho junto aos estudantes.
7.3 Motivação
Os motivos que levam à ação docente surgem ainda antes de o
Vídeo
educador ingressar nessa ocupação profissional. Do ponto de vista da
socialização, é inegável que isso remete à infância, na época em que o
então professor era um aluno em sua escola de formação fundamental
(JESUS; SANTOS, 2004; ARENDS, 2014).
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, L. R.; PLACCO, V. M. N. de S. As relações interpessoais na formação de professores.
2. ed. São Paulo: Loyola, 2004.
ARENDS, R. I. Learning to teach. New York: McGraw-Hill Higher Education, 2014.
CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier Brasil, 2008.
DONALDSON JR., G. A. What do teachers bring to leadership? In: Uncovering teacher
leadership: essays and voices from the field. Thousand Oaks: Corwin, 2007.
FRYMIER, A. B.; HOUSER, M. L. The teacher student relationship as an interpersonal
relationship. Communication Education, v. 49, n. 3, p. 207-219, 1999.
JESUS, S N. de.; SANTOS, J. C. V. Desenvolvimento profissional e motivação dos professores.
Educação, Porto Alegre, v. 27, n. 52, p. 39-58, 2004. Disponível em: http://revistaseletronicas.
pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/viewFile/373/270>. Acesso em: 21 fev. 2020.
LENS, W.; MATOS, L.; VANSTEENKISTE, M. Professores como fontes de motivação dos
alunos: o quê e o porquê da aprendizagem do aluno. Educação, Porto Alegre, v. 31, n. 1,
p. 17-20, 2008. Disponível em: revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/
download/2752/2100+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br. Acesso em: 21 fev. 2020.
WILKERSON, J. M. On research relevance, professors’ “real world” experience, and
management development: are we closing the gap? Journal of Management Development,
v. 18, n. 7, p. 598-613, 1999.
WUBBELS, T. et al. Interpersonal relationships in education. Rotterdam: Sense
Publishers, 2012.
2. Visto ser o maior responsável por tudo o que ocorre em classe, cabe ao professor,
naturalmente, tomar a iniciativa de nutrir boas relações com os alunos, desde o mo-
mento do primeiro encontro com a turma. É por isso que algumas das ações típicas
de um primeiro dia de aula são, antes de iniciar com o conteúdo propriamente dito,
destinar um tempo às apresentações mútuas e ao desenvolvimento de um bom clima
de trabalho com os estudantes. A boa prática docente é a de procurar dar a todos o
mesmo tratamento respeitoso e a atenção necessária. Jamais se pode cair na arma-
dilha de isolar o grupo dos mais amigos do professor, dedicando-lhes exclusividade
ou preferência na interlocução durante a aula; da mesma forma, é inconcebível que o
professor passe ao embate, perseguição ou discriminação, mesmo que de modo sutil,
contra os eventuais detratores da turma.
4. A estabilização, algo que ocorre entre quatro e seis anos no exercício da função, tra-
duz-se no definitivo compromisso com a profissão que se escolheu. É quando o “es-
tou professor” se transmuta no “sou professor”, ou seja, assume-se uma identidade
profissional que é claramente comunicada socialmente. Esse é o momento da carreira
que é coroado pelos sentimentos de segurança e autoconfiança profissional, afinal,
encontra-se e vivencia-se um estilo pessoal de exercer a função de educador, com
consequente relativização dos insucessos. O professor entende que não é responsá-
vel por literalmente tudo o que ocorre na sala de aula e passa a conviver melhor com
as expectativas e frustrações típicas desse trabalho.
Artigo
http://centrorecursos.movimentoescolamoderna.pt/dt/1_2_2_trab_proj_coop/122_b_04_proj_preescolar_mguedes.pdf
Figura 1
Classificação de conflitos
De estrutura
Padrões destrutivos de comportamento ou interação; controle, posse ou distribuição
desigual de recursos; poder e autoridades desiguais; fatores geográficos, físicos ou
ambientais que impeçam a cooperação; pressões de tempo.
De valor
Critérios diferentes para avaliar ideias ou comportamentos;
objetivos exclusivos intrinsecamente valiosos; modos de
vida, ideologia ou religião diferentes.
De relacionamento
Emoções fortes; percepções equivocadas ou estereótipos;
Conflito comunicação inadequada ou deficiente; comportamento
negativo/repetitivo.
De interesse
Competição percebida ou real sobre interesses
fundamentais (conteúdo); interesses quanto a
procedimentos; interesses psicológicos.
Figura 2
Tipologia de conflitos
De relações pessoais
Habitualmente os indivíduos não se De estrutura
De interesses entendem como pessoas. Problema cuja solução
Interesses ou desejos são requer longo prazo, esforços
contrários aos do outro. importantes de muitos e meios,
além de possibilidades pessoais.
De valores
Os valores ou as crenças
fundamentais estão em jogo. De identidade
O problema afeta a maneira
íntima de ser quem se é.
De autoestima
O orgulho pessoal se sente
ferido. De expectativas
Não se cumpriu ou se fraudou o
De poder que um esperava do outro.
Alguém quer mandar, dirigir ou Conflito
controlar o outro. De inadaptação
Modificar as coisas produz uma
De recursos escassos tensão indesejável.
Algo que não existe em
De informação
quantidade suficiente para
Algo que se disse ou não se
todos.
disse ou que se entendeu de
maneira errada.
De norma
Valores ou crenças fundamentais
estão em jogo. De inibição
Claramente a solução do
De legitimação problema depende do outro.
O outro não está de alguma
maneira autorizado a atuar De atribuição
como o faz, tem feito ou O outro não assume sua
pretende fazer. culpa ou responsabilidade em
determinada situação.
REFERÊNCIAS
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de mediação. Ensaio: avaliação e políticas públicas em educação, v. 15, n. 54, p. 11-28,
jan./mar. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v15n54/a02v1554.pdf.
Acesso em: 21 fev. 2020.
PMI. PMBOK: a guide to the project management body of knowledge. 6. ed. Philadelphia:
Project Management Institute, 2017.
GABARITO
1. A qualidade tem uma atuação dupla na equação da produtividade: por um lado, au-
menta as entregas; por outro, reduz custos – assim, o efeito de aumento da produti-
vidade é potencializado.
2. Por conviverem com essa expectativa sempre iminente, os responsáveis por desen-
volver o plano de gerenciamento do projeto sabem que essa atividade precisa ser
iterativa, ou seja, elaborada de uma forma progressiva ao longo do ciclo de vida do
projeto, estando sempre sujeita a ajustes e correções. A elaboração progressiva pre-
cisa considerar a melhoria contínua e o detalhamento do plano de trabalho, tendo
em mente que informações mais detalhadas e específicas e estimativas mais exatas
acabam por surgir, muitas vezes, quando o projeto já foi iniciado (muitas vezes, quase
finalizado). Então, a elaboração progressiva permite que a equipe de trabalho defina e
gerencie suas atividades com um nível suficiente de detalhes (e de segurança quanto
ao que e como fazer), à medida que o projeto evolui.
Artigo
https://periodicos.pucpr.br/index.php/dialogoeducacional/article/view/4753/0
REFERÊNCIAS
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2013. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2013-out-03/miguel-nagib-professor-
GABARITO
1. Trata-se dos talentos que circulam pelas regiões mais inovadoras do globo e que,
quando retornam aos seus países e locais de origem, semeiam novos ecossistemas de
inovação com base nas experiências absorvidas dos ecossistemas originais.
Fonte: Cervo, Bervian, 1983 apud Andrade, 1999, citado em Cavalcante Filho, 2011.
Figura 2
Níveis de leitura
1 Elementar
2 Inspecional
3 Analítico
4 Sintópico
Leitura básica ou inicial. Prevalece o critério de tempo Envolve uma tarefa muito Reside na leitura comparativa,
Para o leitor, cabe a tarefa estabelecido para a leitura. mais minuciosa, de atenção habilidade mais presente
de reconhecer cada palavra Pode ser entendido como a arte completa, exigindo o melhor em vorazes leitores, que
de uma página e nada mais de folhear sistematicamente. que o leitor for capaz de fazer. conseguem mais facilmente
profundo que isso. É o exercício Trata-se de uma leitura ativa correlacionar as suas leituras
da decodificação que qualquer em elevado grau, pois visa, mais variadas, já realizadas.
pessoa alfabetizada consegue basicamente, a garantir o É, sem dúvida, o mais ativo e
desempenhar. entendimento. laborioso nível de leitura.
Fonte: Adler, Van Doren, 1940 apud Medeiros, 2004, citado em Cavalcante Filho, 2011.
Tema
Ideia central ou
assunto tratado pelo
autor, ou fenômeno
que aborda.
Ideias centrais Problema
Essências Aquilo que levou
argumentativas do o autor a se
texto. manifestar.
Objetivo Tese
Finalidade que o Afirmação do autor a
autor busca atingir, respeito do assunto,
explicitamente ou Aspectos sua posição ou
não. de uma defesa.
boa leitura
Não resta dúvida de que dominar a leitura, da forma como é neces- Atividade 1
sário, é um exercício que demanda tempo e dedicação. Por isso, é um Em síntese, de que se ocupa uma
atributo que se conquista a longo prazo, perfazendo toda a carreira boa técnica de leitura?
profissional dos educadores.
Por sua vez, a clareza é qualidade básica de que qualquer texto de-
veria dispor. Uma redação clara proporciona compreensão imediata
pelo leitor. Porém, fazer que um texto seja suficientemente claro é uma
tarefa relacionada fortemente a vários outros atributos de redação; a
impessoalidade é um deles. No geral, um texto escrito em terceira pes-
soa é mais apropriado, ao evitar o problema de eventual duplicidade de
interpretações, algo normalmente mais provável de acontecer quando
tratamentos personalistas são empregados.
Um procedimento
útil é revisar/reler
aquilo que foi
escrito ao término
de cada parágrafo,
para assegurar
que o texto esteja
bem escrito, claro,
conciso e sem
k
erros ortográficos e oc
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gramaticais. Sh
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Artigo
http://www.scielo.br/pdf/rcefac/v18n1/1982-0216-rcefac-18-01-00158.pdf
wavebreakmedia/Shutterstock
Por mais técnico que seja o conteúdo a ser exposto, é bom ca-
tivar o público pela emoção. É situação corriqueira que oradores
contem histórias engraçadas, muitas vezes de situações embaraço-
sas que já vivenciaram.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ser um professor reconhecido por estar acima da média entre seus
pares envolve um conjunto muito amplo de habilidades e competências,
mas não existe docente que alcance esse tipo de distinção se não for
alguém que leia, escreva e fale muito bem. Na prática, as pessoas que in-
gressam na docência têm os mais variados perfis e inclinações, mas o fato
é que qualquer um consegue se desenvolver nas trilhas da leitura, da es-
crita e da oratória, caso sigam as respectivas boas práticas nesse sentido.
REFERÊNCIAS
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Unesp, 1989.
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HOUAISS, A. Houaiss eletrônico. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.
GABARITO
1. Ler bem passa pela apreensão do tema, do problema, da tese, do objetivo e das ideias
centrais.
2. Para conseguir produzir um texto conciso, o professor deve ter em mente que “menos
é mais”, garantindo a essência do que precisa ser comunicado.
3. Erro crasso cometido em algumas ocasiões, até mesmo pelos professores experien-
tes, é a mera leitura de informação já projetada em slides, uma forma praticamente
infalível de desmotivar o público atendido e/ou transparecer falta de competência.
Isso é evitado com o devido preparo antecipado para realizar a exposição do que
precisa ser falado.
59295
9 788538 766094