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DIÁRIO DE LEITURA

3. Diário de leituras ficcionais:


Nota: 0,0 a 10,0.
Entrega: 17-06.
Fazer em arquivo do word. Mínimo de 10 obras literárias infantis ou juvenis.
1. Apresentar a referência bibliográfica completa (incluindo ilustrador) da obra e um breve
resumo.
Registrar:
1) impressões pessoais / subjetivas / emotivas a partir do contato com a obra;
2) reflexões teórico-críticas a partir das leituras da disciplina;
3) ideias para trabalho com a obra em sala de aula. Caso tenha a obra em pdf, postar no
Classroom.

DISCIPLINA:

Literatura Infanto-juvenil
DOCENTE:
Profª Drª Sônia Pascolati

DISCENTE:
Valdir Roque de Lima

Londrina 2021
SUMÁRIO

1. CHAPEUZINHO AMARELO ...................................................................................3

2. CHAPEUZINHO VERMELHO E O BOTO COR-DE-ROSA .................................. 5

3. FITA VERDE NO CABELO .................................................................................... 7

4. CHAPEUZINHO VERMELHO E O LOBO GUARÁ ............................................... 9

5. TIRRIM E COCORICÓ ..........................................................................................12

6. O LENÇO ...............................................................................................................14

7. AS TRANÇAS DA MINHA MÃE ........................................................................... 16

8. MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA ..................................................................18

9. HISTÓRIA DO MEIO CONTRÁRIO .......................................................................20

10. O CABELO DE LELÊ ......................................................................................... 22


1- CHAPEUZINHO AMARELO

HOLANDA, chico Buarque de. Chapeuzinho amarelo. Ilustração: Ziraldo. 27ª edição.
Rio de Janeiro: José Olimpo Editora, 2011.

Autor: Chico Buarque de Holanda


Edição: 27ª
Ilustração: Ziraldo
Editora: José Olimpo

1. BREVE RESUMO E IMPRESSÕES PESSOAIS.

O livro, como o título nos diz, conta a história de Chapeuzinho Amarelo, uma menina
que tinha medo do medo de tudo e não vivia como uma criança normal por temer se
machucar, se engasgar, descolar, ensopar, não ficava em pé para não cair, vivia para,
deitada, mas sem dormir para não ter pesadelo.

Ao passo que acompanhamos o medo de Chapeuzinho Amarelo e até sentimos dó da


menina, que se priva de todos os prazeres de criança, mergulhando em seu medo,
em um estado muito parecido com o da depressão.

Chico Buarque traz a reviravolta vitoriosa, onde a protagonista se encontra, um dia,


com o seu maior medo, o LOBO, e o enfrenta, até que o transforma em outra coisa:
LOBO = BOLO. E assim é feito com os outros medos que ela tinha, todos
transformados em companheiros, renomeados e vencidos.
O ritmo e a musicalidade do poema no livro ajudam a narração e com certeza são
elementos decisivos para tornar a história mais interessante.

Outro fator aqui é a arte de Ziraldo, que forma um contraponto entre as cores da
história original e as cores dessa paródia de chico Buarque, gerando uma rede de
novos símbolos que podem ser facilmente percebidos pelo leitor mais perspicaz.

Chapeuzinho Amarelo é uma história sem diálogos, um poema que narra a superação
do medo e a chegada do amadurecimento de uma garota. Uma história Universal que
merece ser lida e contada várias vezes.

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2. REFLEXÕES TEÓRICO-CRÍTICAS A PARTIR DAS LEITURAS DA DISCIPLINA.

Narrativa em verso.
Intertextualidade: PARÓDIA de chapeuzinho vermelho. Releitura em forma de
paródia por entender ser um texto com recurso dialógico de refutação temática, o
diálogo intertextual entre os dois contos configura-se como uma paródia, uma vez que,
no conto de Chico Buarque, temos uma versão que refuta a ideia ingenuidade e
submissão da criança em relação ao sentimento do medo e da opressão. Desse modo,
não há uma imitação apenas do gênero e do estilo, mas um diálogo com o tema medo,
abordado no conto dos Irmãos Grimm.

Há uma grande relação intertextual entre a obra Chapeuzinho Amarelo e o conto dos
irmãos Grimm, Chapeuzinho Vermelho, uma vez que há uma relação intertextual
referente às personagens, assim como o próprio nome do conto.

ASPECTOS MORALIZANTE/ASPECTO PEDAGÓGICO: Tem um discurso


transparente no sentido de superação do medo e a chegada do amadurecimento de
uma garota.
MARAVILHOSO/INVEROSSÍMIL: O bolo em que o lobo se transformou. (sentido
figurado).

3. IDEIAS PARA TRABALHO COM A OBRA EM SALA DE AULA.

a) Atividade de familiarização com o livro

Projeção de capa e contracapa do livro a fim de que os alunos observem as


informações contidas e anotem os dados que identificam o livro que será lido, como:
Título do livro, edição, Autor, Ilustrador e editora e ano.

b) Debate sobre o título


Promover estímulo para que os alunos façam inferências de modo que relacione o
título desta obra com a história de “Chapeuzinho Vermelho”, pois boa parte das
crianças já teve contato com este conto. Se eles descobrirem rapidamente que se
trata de uma releitura, deixe-os contar a história conhecida e vá estabelecendo
relações de semelhanças e diferenças.

c) Ensinar sobre as características do gênero conto e seu elementos:


Enredo, tempo, espaço, personagens, clímax e desfecho.

d) Produção textual sobre o tema.


Através da interpretação da história e criar novos significados e a través da
criatividade, produzir um texto.

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2- CHAPEUZINHO VERMELHO E O BOTO COR-DE-ROSA

AGOSTINHO, Cristina; COELHO, Ronaldo Simões. Chapeuzinho vermelho e o boto


cor-de-rosa. Ilustração: Walter Lara 1ª edição. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2020.

Autor: Cristina Agostinho e Ronaldo


Simões Coelho (adaptação)
Edição: 1ª
Ano: 2020
Ilustração: Walter Lara
Editora: Mazza Edições

1. BREVE RESUMO E IMPRESSÕES PESSOAIS.


Resumo da história
Chapeuzinho Vermelho, menina que morava com a mãe numa aldeia de casas
flutuantes, às margens do rio Negro, na Amazônia. Ao levar uma cesta com tacacá e
frutas da região para a avó doente, Chapeuzinho conversa com um boto-cor-de-rosa,
fica distraída com as belezas da floresta e tem uma grande surpresa quando chega
no seu destino, o Boto fingindo ser a vovó permanece na cama, quando já havia
arremessado a vovó no rio. Chapeuzinho chega, entra e fica desconfiada, quando
tenta fugir é capturada e jogada no rio também. Um pescador em sua canoa houve os
pedidos de socorro da menina, a salva; em seguida salva sua avó também, que estava
agarrada em um galho no meio do rio.

A leitura é uma espécie de imersão na cultura amazônica, a começar pela personagem


chapeuzinho que é uma criança negra. A Chapeuzinho Vermelho, que recebe este
nome em razão de usar uma capa vermelha de capuz, que mora em uma casa
simples, mostrada pela gravura, uma casa sem móveis. A avó morava a beira de um
Igarapé (caminho de canoa).

O autor usa visões contrária a que geralmente temo, por exemplo, que o boto não é
aquele animal dócil que todos nós pensamos;

Também ficamos imaginado a grande importância da mensagem pedagógica, que


pode ser a obediência às orientações da mãe (da pessoa mais velha que te cuida);

Não fica claro qual a intenção do boto malvado, que faz parecer que ele só queria
jogar a vovó e a chapeuzinho no rio.

Cenário como: Casas flutuantes

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Percorrendo igarapés, o cenário da Amazônia vai surgindo como incentivo para
conhecer novas espécies da fauna e da flora brasileiras:

(FRUTAS) frutas como tucumã, abiu e camu-camu, (ANIMAIS) o sagui bigodeiro e o


macaco-de-cheiro que saltam pela floresta nos galhos da (ÁRVORES) maçaranduba,
do cajueiro e da andiroba, enquanto ouvimos o canto do (PÁSSAROS) xexéu e do
Uirapuru.

Indescritível toda a magia que Chapeuzinho Vermelho e o Boto-cor-de-rosa nos traz.


Mas afinal, neste cenário, quem desta vez salvará Chapeuzinho Vermelho?

2. REFLEXÕES TEÓRICO-CRÍTICAS A PARTIR DAS LEITURAS DA DISCIPLINA.


INTERTEXTUALIDADE.
Guarda intertextualidade com o clássico Chapeuzinho vermelho.

ASPECTO PEDAGÓGICO:
Ao meu ver, a história busca mais servir para que as crianças não brinquem
inadvertidamente na beira do rio.

3. IDEIAS PARA TRABALHO COM A OBRA EM SALA DE AULA.

a) Atividade de familiarização com o livro

Proposta de que todos os alunos manuseiem o livro, observem as informações da


capa e da contracapa e relatem ou anotem os dados que identificam o livro que será
lido, como: Título do livro, Autora, Ilustrador e editora.

b) Atividades de pré-conhecimento e contextualização sobre o tema


Deixar por conta dos alunos a manifestação de que trata de uma releitura de
Chapeuzinho vermelho.

c) Leitura do livro, pelo professor ou leitura coletiva em revezamento.


Oralidade de reconhecimento dos aspectos de semelhanças e diferenças do
clássico chapeuzinho vermelho.
d) Atividades de reconhecimento dos elementos da narrativa
Após a leitura, trabalhar com a turma o entendimento com relação aos elementos
da narrativa.

e) Produção textual sobre o tema.


Através da interpretação da história e criar novos significados e a través da
criatividade, produzir um texto sobre como é a vida com sua família no bairro em
que mora.

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3 - FITA VERDE NO CABELO

ROSA, João Guimarães. Fita verde no cabelo. Ilustração: Roger Mello 13ª ed. Rio
de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1992.

Autor: João Guimarães Rosa


Edição: 13ª
Ano: 1.992
Ilustração: Roger Mello
Editora: Nova Fronteira

1. 1. BREVE RESUMO E IMPRESSÕES PESSOAIS.

É uma obra baseada no clássico Chapeuzinho Vermelho, contudo, apresenta um


paradoxo no título da obra com as palavras “nova” “velha”, que nos faz entender tratar-
se de uma velha história com uma nova roupagem.

Todos com juízo, suficientemente, menos uma meninazinha (ao invés de menininha),
que é a protagonista, esta vai levar doces, mas o cesto que leva está vazio para trazer
framboesa.

Fita-Verde escolhe não o caminho convencional, mas um louco e longo caminho. A


narrativa menciona que no boque não há lobos, o que nos leva a inferir que o lobo,
talvez esteja na inexperiência da garota.

A protagonista chega na casa da avó e se identifica, tal como nos outros contos,
encontra a uma avó debilitada, a partir deste ponto, vários aspectos psicológicos
saltam a nossa imaginação, inclusive o estado psicológico da avó que denota uma
mudança psicológica no enredo do conto.

Há outra marca de intertextualidade no diálogo da protagonista com a avó, semelhante


ao que chapeuzinho vermelho tem com o lobo disfarçado de avó, Fita verde se
assusta, com a proximidade da morte da vó, como se pela primeira vez o juízo tivesse
despertado nela, e diz “vovozinha, eu tenho medo do lobo”. O lobo é a morte
metaforizada!

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2. REFLEXÕES TEÓRICO-CRÍTICAS A PARTIR DAS LEITURAS DA DISCIPLINA.

Intertextualidade
A intertextualidade é estabelecida tanto com o conto “Chapeuzinho Vermelho”, de
Charles Perrault como também com o modelo de narrativa dos irmãos Grimm,
cabendo observar que no primeiro não há salvação para a personagem, pois
Chapeuzinho é devorada pelo lobo, enquanto que, no segundo, um caçador resgata
a avó e sua netinha das entranhas do animal.
Também, a protagonista vaia à casa da avó, contudo há uma diferença, esta vai levar
doces, mas o cesto está vazio para trazer framboesa.

Fantástico
Vejo como uma marca do fantástico, a falta de localização de espaço e tempo, o que
alguns autores chamam de espaço e tempo mítico, representado por “havia uma
aldeia em algum lugar”, que amo mesmo tempo marca a indefinição do espaço, mas
também do tempo, em substituição do conhecido “era uma vez”.

Também utilizam marcas que demonstram a mesmice do lugar, usa o verbo


(neologismo) vellhar em “velhos e velhas que velhavam” “homens e mulheres
esperavam”. Sujeitos indeterminados.

3. IDEIAS PARA TRABALHO COM A OBRA EM SALA DE AULA.

a) Atividade de familiarização com o livro

Proposta de que todos os alunos manuseiem o livro, observem as informações


da capa e da contracapa e relatem ou anotem os dados que identificam o livro
que será lido, chamar a atenção para o subtítulo do conto. Por que “nova velha
história”?

b) Atividades de pré-conhecimento e contextualização sobre o tema


Se estiverem com o livro, chamar a atenção também para as ilustrações e, por
fim motivar a apercepção de que é mais uma releitura de Chapeuzinho
vermelho.

c) Leitura do livro, pelo professor ou leitura coletiva em revezamento.


Oralidade de reconhecimento dos aspectos de semelhanças e diferenças do
clássico chapeuzinho vermelho.
Debater a questão da maturidade para determinados acontecimentos da vida.
d) Atividades de reconhecimento dos elementos da narrativa
Após a leitura, trabalhar com a turma o entendimento com relação aos
elementos da narrativa.

e) Produção textual sobre o tema.


Através da interpretação da história e criar novos significados e a través da
criatividade, produzir um texto, sobre as descobertas adquiridas pela
maturidade.

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4 - CHAPEUZINHO VERMELHO E O LOBO GUARÁ

MACHADO, Ângelo. Chapeuzinho Vermelho e o Lobo-Guará. Ilustração: May


Shuravel Berger 2ª Edição. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2009.

Autor: Ângelo Machado (adaptação)


Edição: 2009
Ilustração: May Shuravel Berger
Editora: Melhoramentos

1. 1. BREVE RESUMO E IMPRESSÕES PESSOAIS.

Na obra Chapeuzinho Vermelho e o Lobo Guará, a clássica história de Chapeuzinho


é recontada num contexto bem brasileiro. O lobo é o lobo guará, que não é mau coisa
nenhuma e adora frutas. A floresta que Chapeuzinho tem de atravessar pra chegar à
casa da vovozinha é, na verdade, o Cerrado. E por aí vai.

O início da história é o mesmo, se trata de uma vez uma menina muito bonita que
morava numa cidadezinha próxima a uma floresta, sua mãe gostava muito dela e sua
avó gostavam mais ainda e veste também um chapeuzinho vermelho. Porém, nesta
história não desobedece a mãe, segue pelo caminho que mãe.

Mas no decorrer da história o lobo-guará informa que o lobo-mau até deu um pulinho
no Brasil, mas foi a passeio e já retornou às suas terras, para a Europa.

Aqui, só tem Lobo-Guará. A Chapeuzinho desta história, também foi visitar a avó
doente com uma cestinha cheia de bolo, mel e jabuticabas. E, como era uma menina
obediente, seguiu as orientações de sua mãe.

Na verdade, ela gostava de andar por ali porque achava engraçadas as árvores
pequenas, tortas e carregadas de frutas gostosas dessa região. E encontrou com
alguns amigos inclusive o Lobo- Guará que aqui no Brasil é um animal em extinção, e
ele então pediu umas jabuticabas para a menina.

Ela continuou seu caminho e o Lobo-Guará foi descansar. Logo apareceu o Anhangá,
um espírito mau que andava pelo Cerrado disfarçado de veado, todo branco e com

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olhos de fogo. E ele tinha um problema: agora que o lobo-mau voltou para a Europa,
ele tinha que fazer todas as maldades sozinho e era muito trabalho.

A história é contada em cima da versão original, mas o vilão dessa história é um


espírito em forma de veado que na floresta, é um espirito do mau e faz várias fofocas
ao lobo, inclusive dizendo que o pai da Chapeuzinho nunca aparece nas histórias
porque é um contrabandista de animais e o chamando de covarde, fazendo com que
ele fique furioso e queira comer a chapeuzinho e sua avó, como no conto original,
porém ele não se veste de vovó e sim de lobo-mau.

Porém diferente da história original, o Lobo -Guará perde a vontade de comer a


chapeuzinho quando vê uma mesa cheia de frutas, inclusive melancia. O lobo come
várias frutas que estavam na mesa e o caçador aparece não para salvar elas e sim
para caçar o lobo- guará, que recebe ajuda da vovozinha e da Chapeuzinho, se
tornando grandes amigos.

2. REFLEXÕES TEÓRICO-CRÍTICAS A PARTIR DAS LEITURAS DA DISCIPLINA.

INTERTEXTUALIDADE: Há uma interdiscursividade com o texto de Cherles Perrault,


inclusive relatada tanto pelo autor como pelos personagens, em algumas passagens
da história.
PARÓDIA: na medida em que o texto se constitui por diversas diferenças do texto
original.
PARÁFRASE, por algumas reproduções sem que a ideia do texto original, seja
alterada.
ALUSÃO: também, através das citações diretas da história de Charles Perrault. (...
quem não conhece essa história...)
ASPECTOS MORALIZANTE/ASPECTO PEDAGÓGICO: Há a intenção uma clara
intenção pedagógica quanto a extinção do Lobo-Guará e suas causas, por achar que
ele é um se do mal, mas ele não come gente.
MARAVILHOSO/INVEROSSÍMIL: A começar pela conversa entre bichos e pessoas,
entre espirito e o lobo, etc.

Outras obras do autor: O casamento da ararinha azul, O menino e o rio, O velho da


montanha: uma aventura amazônica, O esquilo esquecido, A viagem de Tamar: a
tartaruga verde do mar etc.

Característica do Lobo-Guará: onívoro, solitário, dispersor de sementes.

3. IDEIAS PARA TRABALHO COM A OBRA EM SALA DE AULA.

a) Atividade de familiarização com o livro

Proposta de que todos os alunos manuseiem o livro, observem as informações


da capa e da contracapa e relatem ou anotem os dados que identificam o livro,
caso de livro digital, projetar em sala, para explorar a identificação da mesma
forma.

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b) Atividades de pré-conhecimento e contextualização sobre o tema
Chamar os alunos para a percepção de releitura de Chapeuzinho vermelho.

c) Leitura do livro, pelo professor ou leitura coletiva em revezamento.


Atividade interdisciplinar, sobre as características do cerrado brasileiro, fauna,
flora e a diferença do lobo guará com o lobo norte-americano.
d) Atividades de reconhecimento dos elementos da narrativa
Após a leitura, trabalhar com a turma o entendimento com relação aos
elementos da narrativa.

e) Produção textual sobre o tema.


Através da interpretação da história e criar novos significados e a través da
criatividade, produzir um texto, sobre o que aprendeu sobre lobo-guará.

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5. TIRRIM E COCORICÓ

AYMONE, Sandra. Tirrim e cocoricó. Ilustração: Sandra Aymone.1ª ed. Campinas,


fundação educar DPascoal, 2014.

Autora: Sandra Aymone


Edição: 1ª
Ano: 2014
Ilustração: Sandra Aymone
Editora: Fundação Educar DPascoal

1. BREVE RESUMO E IMPRESSÕES PESSOAIS.

Sandra Aymone nos apresenta a história de um fazendeiro que acorda bem cedinho
todos os dias. Ele tem um galo e um despertador, e eles brigam entre si para ver quem
realmente acorda o fazendeiro. Mas o mau resultado do trabalho dos dois, causado
pela disputa, os leva a entender que a competição não trará vitória a nenhum dos dois,
então resolvem se unir e descobrem que juntos eles podem fazer um trabalho muito
melhor.
É uma história engraçada, mas que traz uma reflexão importante, principalmente para
motivar o trabalho em equipe.

2. REFLEXÕES TEÓRICO-CRÍTICAS A PARTIR DAS LEITURAS DA DISCIPLINA.

INTERTEXTUALIDADE:
ASPECTOS MORALIZANTE/ASPECTO PEDAGÓGICO: A mensagem fica por conta
do aspecto pedagógico, no sentido de ressaltar a importância da amizade e do
trabalho em equipe ao invés da rivalidade.
MARAVILHOSO: O relógio e o galo agem com seres humanos, falam discutem,
dialogam.
Na ilustração, o relógio é apresentado bigodes e olhos arregalados.
Há presença de onomatopeias que são os sons produzidos tanto pelo galo como pelo
relógio, cocoricó e tirrim, que compõem os nomes respectivos.

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A autora nos apresenta a história de um fazendeiro que acorda bem cedinho todos os
dias. Ele tem um galo e um despertador, e eles brigam entre si para ver quem
realmente acorda o fazendeiro.

O texto é uma narrativa em forma de poesia, com rimas sempre na segunda estrofe
com a quarta. A história ressalta a importância da amizade, em oposição aos atos de
rivalidade, mostrando que a primeira traz união e, com ela, resultados muito mais
compensadores diante dos desafios da vida. Cocoricó - um galo - disputa com Tirrim
- o relógio despertador - o privilégio de despertar o dono todas as manhãs. A
competição acabará criando problemas para os dois, que resolvem, então, se unir e
ficam amigos, a ponto de se ajudarem em dificuldades futuras.

3. IDEIAS PARA TRABALHO COM A OBRA EM SALA DE AULA.

a) Atividade de familiarização com o livro

Proposta de que todos os alunos manuseiem o livro, observem as informações


da capa e da contracapa e relatem ou anotem os dados que identificam o livro.

b) Atividades de pré-conhecimento e contextualização sobre o tema


Falar sobre o trabalho em equipe, e até mesmo a competição esportiva de
esporte coletivo, a importância do grupo em direção a um mesmo objetivo.

c) Leitura do livro, pelo professor ou leitura coletiva em revezamento.


Oralidade de reconhecimento dos aspectos do texto, com relação a estrofe,
verso e rima.
d) Atividades de reconhecimento dos elementos da narrativa
Após a leitura, trabalhar com a turma o entendimento com relação aos
elementos da narrativa, levar o entendimento que há narrativa em verso e em
prosa; mostrar as diferenças.

e) Produção textual sobre o tema.


Através da interpretação da história e criar novos significados e a través da
criatividade, produzir um texto, sobre trabalho em equipe, união, amizade, etc.

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6. O LENÇO

AUERBACH, Patrícia. O lenço. Texto e ilustrações Patrícia Auerbach.1ª ed. São


Paulo: Escarlate, 2018.

Autor: Patrícia Auerbach


Edição: 1ª
Ano: 2018
Ilustração: Patrícia Auerbach
Editora: Brinque-Book

1. BREVE RESUMO E IMPRESSÕES PESSOAIS.

O livro, acima denominado, se constitui como uma narrativa por imagem e narra as
brincadeiras que uma menina vivencia com um lenço, a partir do faz-de-conta. Na
narrativa está presente a menina e apenas em três momentos aparece uma mulher –
que se pressupõem que seja a mãe dela. Ao decorrer das trinta e duas páginas que o
livro oferece a menina cria várias brincadeiras e vivencia com apenas um lenço
vermelho. Uma narrativa riquíssima de elementos de hipersignificação, como: o
movimento; cores em tons mais leves e mais fortes; expressões faciais e corporais
diversificadas; além dos brancos que a autora-ilustradora deixa para que o leitor possa
imaginar e interpretar de forma mais autônoma, a partir do contexto geral da narrativa.
Diante de uma narrativa desta natureza se constitui perceptível a riqueza de uma
história que é contada apenas por imagens, sem necessitar de uma palavra, a
exceção do título. A temática da brincadeira do faz-de-conta se constitui uma das
leituras possíveis da narrativa. Esse tipo de brincadeira que pode acontecer em
qualquer local, momento, e com qualquer objeto que a criança tenha a disposição.
Dentre as várias reflexões, uma se constitui interessante a respeito do poder de
criatividade da criança, em inventar brincadeiras das mais diversas possíveis. E, neste
caso, brincadeiras sem a presença de um mediador, pois a menina brinca sozinha,
durante toda a narrativa.
Outras várias ações são realizadas pela criança durante a narrativa, quais sejam:
utiliza o lenço para se fantasiar como uma noiva com um buquê nas mãos; em seguida
coloca o lenço embaixo da blusa para encenar uma gestação; logo depois o lenço se
transforma em um bebê em suas mãos; transforma o lenço na capa de uma rainha;
dentre muitas outras brincadeiras e encenações a partir do faz-de-conta e de sua
imaginação. Até o desfecho final, em que ela posiciona o lenço como um vestido, de
frente ao espelho e, de repente, surge a mulher – que pode ser sua mãe – do início
da narrativa. A mulher pega o lenço dela e com o corpo curvado, cabeça baixa a
menina não tem mais seu “objeto” de criação de suas brincadeiras e fantasias.

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2. REFLEXÕES TEÓRICO-CRÍTICAS A PARTIR DAS LEITURAS DA DISCIPLINA.

Destaca-se o jogo das cores na construção da narrativa, também, no tocante as


imagens, durante toda a narrativa as cores utilizadas são em tons de cinza, à exceção
da cor vermelha do lenço com bolinhas de cor branca de modo que faz da cor um dos
elementos constitutivos da imagem narrativa, também é perceptível a técnica de
pintura utilizada que nos remete ao grafite.

Nos remete as formas de criatividade para as crianças, principalmente na educação


infantil, em que devemos deixas fluir a criatividade da criança na construção do
conhecimento na interação com o meio e os objetos que fazem parte deste.

3. IDEIAS PARA TRABALHO COM A OBRA EM SALA DE AULA.

Obra muito própria para trabalho com educação infantil, e ensino fundamental, com o
objetivo de levá-los a compreender alguns aspectos do livro e da possibilidade de
criatividade:
a) Apresentar o livro às crianças demonstrando os aspectos principais de uma
obra literária. (como por exemplo, enfatizar o nome do ilustrador (a));
b) Utilizar estratégias de leitura como: conhecimento prévio, antecipação,
inferências, síntese, dentre outras;
c) Chamar a atenção das crianças para as cores das imagens, os brancos e as
ações que os personagens fazem na narrativa;
d) Estimular as crianças à expressarem oralmente suas apreciações em relação
as imagens;

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7. AS TRANÇAS DA MINHA MÃE

FATIMA, Ana. As tranças de minha mãe. Ilustração de Quezia Silveira. 1. Ed. São
Paulo: Uirapuru, 2018.

Autora: Ana Fátima


Edição: 2018
Ilustração: Quézia Silveira
Editora: Uirapuru

1. BREVE RESUMO E IMPRESSÕES PESSOAIS.

Em as tranças de minha mãe o narrador, o pequeno Akin, uma criança negra, cujo
nome significa “guerreiro”, nos leva aos enlaces afetivos ao lado da mãe Najuma e,
também, do pai, Amin. Tais tranças vão além da estética visual e nos remetem aos
enlaces ancestrais, cujas raízes são de origens africanas. Trata-se, portanto, de um
livro de extrema relevância, pois, suas páginas podem abrir caminhos para o leitor
viajar a um universo inserido em significações e à afirmação identitária.

O início e o final do livro com imagens iguais fazem parecer que Akin declarou tudo o
que tem no livro para a sua mãe, que teceu muitos comparativos a beleza, as tranças,
tudo ali naquele exato momento para ela, no aconchegante abraço e deitados na
cama.

As comparações que Akin faz são comparações que demarcam a simplicidade e


leveza de uma criança, mas de uma criança que reflete um determinado tipo de
educação, uma educação ofertada pelos pais de engrandecimento a cultura afro-
brasileira, ao valor da nossa ancestralidade e no auto amor, pois uma criança ver o
empoderamento de seus pais, o modo que estes lidam com a beleza negra, e ao culto
e respeito a religião de matriz africana vai influenciar em como esta criança enxerga
o mundo e também os seus pares seja em casa ou na rua.

Isso demonstra a relevância da estética para o empoderamento, porém deixando bem


enegrecido que apenas uma mudança ou valorização da estética negra não irá induzir

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no processo de descolonizar as mentes, Akin via refletido na estética de sua mãe algo
que ele estava vivenciando na sua relação familiar e também na religião.

2. REFLEXÕES TEÓRICO-CRÍTICAS A PARTIR DAS LEITURAS DA DISCIPLINA.

“As tranças de minha mãe”, em 2018, pela editora Uirapuru. Autoria de mulher
negra, sensível e belamente ilustrado por outra mulher negra, Quezia Silveira.
TRÊS PERSONAGENS: Akim, Najuma, Amim.
É um livro que exalta as qualidades de sua mãe, como mãe, mas sobretudo como
mãe negra. Traços constituintes do diverso e belo fenótipo de origem afro.
Também fala muito sobre orixás, religião de matriz africana, sobretudo o candomblé,
assim como a maneira de ver o mundo sobre a visão dos orixás do candomblé, a
interação entre o céu e a terra, assim como os elementos da natureza em harmonia.
INTERTEXTUALIDADE:
O livro Tranças é composto exclusivamente por narrativa do início ao fim, como no
livro BUCALA, a diferença é que em Tranças o narrador é Akin, uma criança que vai
relatar como vê a sua mãe, e que em nenhum momento você duvida que seja
realmente uma criança falando.

Também, o livro nos remete a vários outros que tratam do tema, principalmente pela
valorização da mulher negra, através dos cabelos.
ASPECTO PEDAGÓGICO: O aspecto pedagógico fica por conta da divulgação de
vários pontos que nos remete à religiosidade de matriz africana, bem como o afeto,
sempre muito marcante entre mãe e filhos.

3. IDEIAS PARA TRABALHO COM A OBRA EM SALA DE AULA.

Com crianças de 6-7 anos:


- Realizar dinâmica de adivinhar que é o colega, apenas pelas descrições, com isso
deixar claro que só é possível a brincadeira porque cada um é diferente.
- Completar com filme de desenho animado, o qual possuem diversos personagens e,
assim mostra as diferenças, que conviver coas as diferenças são necessárias e
importante.
- Exaltar o afeto entre as pessoas.
- Simular entrevista sobre a religião de seus pais/responsáveis, se a criança sabe dizer
alguma coisa sobre sua religião, depois falar das diversas religiões e inclusive de raiz
africana.

- E por fim, fechar com a abordagem de que para estarmos bem na luta diária da
resistência precisamos estar bem conosco mesmos, em grande parte isso significa
estar bem com o nosso cabelo, as nossas feições, precisamos estar nos amando, a
nossa cor, a textura do cabelo e assim podemos estar preparados para outras
batalhas que ultrapassam a dimensão estética.

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8. MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA

MACHADO, Ana Maria. Menina Bonita do laço de fita. Ilustração: Claudius. 22ª ed.
São Paulo: Editora ática, 2013.

Autora: Ana Maria Machado


Edição: 22ª
Ano: 2013
Ilustração: Claudius
Editora: Ática

1. BREVE RESUMO E IMPRESSÕES PESSOAIS.

Impressiona bastante a forma serena que a personagem lida com o questionamento


sobre a cor de sua pela, sua reação nos transfere o pensar de que ser diferente,
desperta a curiosidade das pessoas, mas nem sempre por um lado pejorativo,
maldoso ou preconceituoso.

2. REFLEXÕES TEÓRICO-CRÍTICAS A PARTIR DAS LEITURAS DA DISCIPLINA.


Intertextualidade
Não há letramento no conhecimento deste analista que me permita fazer uma ligação
explicita com outro texto, contudo, como todo texto é resultado de intertextualidade,
vislumbro a relação temática relacionada a aceitação das diferenças e valorização do
negro na sociedade.

3. IDEIAS PARA TRABALHO COM A OBRA EM SALA DE AULA.

a) Atividade de familiarização com o livro

Proposta de que todos os alunos manuseiem o livro, observem as informações da


capa e da contracapa e relatem ou anotem os dados que identificam o livro que
será lido, como: Título do livro, Autora, Ilustrador e editora.

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b) Atividades de pré-conhecimento e contextualização sobre o tema
É importante chamar a atenção dos alunos para as capas e indagar o que eles
sabem dizer sobre o tema.
c) Leitura do livro, pelo professor ou leitura coletiva em revezamento.
d) B) Atividades de reconhecimento dos elementos da narrativa
Após a leitura, trabalhar com a turma o entendimento com relação aos elementos
da narrativa.

e) Produção textual sobre o tema.


Através da interpretação da história e criar novos significados e a través da
criatividade, produzir um texto.

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9 – HISTÓRIA DO MEIO CONTRÁRIO

MACHADO, Ana Maria. História meio ao contrário. Ilustrador: Renato Alarcão. 7ª


Ed. São Paulo: Ática, 2005.

Autora: Ana Maria Machado


Edição: 7ª
Ano: 2005
Ilustração: Renato Alarcão
Editora: Ática

1. BREVE RESUMO E IMPRESSÕES PESSOAIS.

História meio ao contrário, de Ana Maria Machado, traz já em seu título a ideia
essencial que perpassa toda a obra, e que pode ser sintetizada, a grosso modo, como
a proposta de ir contra o estabelecido. Assim, o livro pode ser enquadrado como
pertencente à tendência cultural que, em linhas gerais, volta-se para a recusa a tudo
o que é imposto, questionando valores, costumes, e práticas que atravessam os anos
e se solidificam como verdades a serem seguidas. Embora possa causar estranheza
a proposta de trabalhar esse tema em um livro destinado, a priori, ao público infanto-
juvenil, esse fato realça a força e a legitimidade dessa obra, capaz de despertar
questionamentos pelo fazer literário.

2. REFLEXÕES TEÓRICO-CRÍTICAS A PARTIR DAS LEITURAS DA DISCIPLINA.

Intertextualidade
A obra em foco apresenta-se, desde o título, como transgressão - parcial - a algo pré-
existente, pois ao se propor “meio ao contrário” contraria o paradigma que configura
os contos de fadas da tradição. A história articula uma continuação ao iniciar
justamente pelo ponto em que aquelas terminam: “E então eles se casaram e tiveram
uma filha linda como um raio de sol e viveram felizes para sempre...” também, termina
com a celebre frase: era uma vez...

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Apresenta rompimento com os padrões das histórias de contos de fadas.

Apresenta aspecto pedagógicos em vários pontos, principalmente quando focaliza os


costumes indígenas e a importância dada por eles aos antepassados e à cultura, em
contraste com o homem branco “que não liga para essas coisas” e, por isso, não sabe
a história de seus pais, de seus avós.

Há uma crítica aos tempos contemporâneos quando, ironicamente, o narrador


observa que a sociedade capitalista é marcada por “sabedorias civilizadas”, como
“escalação de time de futebol, anúncio de televisão, capitais de países, marcas de
automóveis”.

3. IDEIAS PARA TRABALHO COM A OBRA EM SALA DE AULA.

a) Atividade de familiarização com o livro

Analisar com os alunos, a identificação do livro, a começar pela capa e


contracapa. Falar sobre a autora, se recordam alguma outra obra dela, etc.,
chamar a atenção para o título da obra uma referência a ele, logo no início da
obra: “então é melhor mudar de história, porque esta aqui é meio atrapalhada
mesmo ou toda ao contrário”.

b) Atividades de reconhecimento dos elementos da narrativa


Após a leitura, trabalhar com a turma o entendimento com relação aos elementos da
narrativa.
c) Elementos linguísticos
Identificar as figuras, como metáfora e metonímia; também, a presença de
polissemia, na construção de sentido, assim como a forte presença de ironia.

d) Produção textual.
Através da interpretação da história construir pequenos textos com presença de
ironia, metáfora, homonímia e polissemia.

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10 – O CABELO DE LELÊ

BELÉM, Valeria. O cabelo de Lelê. Ilustrações: Adriana Mendonça. 1ª ed. São


Paulo: Companhia Editora Nacional, 2014.
Autora: Valéria Belém
Edição: 1ª
Ano: 2014
Ilustração: Adriana Mendonça
Editora: Companhia Editora Nacional

1. BREVE RESUMO E IMPRESSÕES PESSOAIS.

O livro é uma grande porta para se trabalhar coma as crianças do ensino fundamental,
a formação e descoberta da identidade. Nesse sentido, o livro sugere uma forma de
valorização de suas características étnico-raciais, através da abordagem do
personagem ‘Lelê’.
A obra contempla as matrizes afro-brasileiras, explicitando um crescimento da
importância da conscientização sobre esta temática desde a infância. Porém, essas
vontades provenientes dos livros infantis, de atuar sobre as infâncias, ademais de
propor reflexões, como mostrar-se, também produzem outros efeitos: ao passo que
educam, educação aqui entendida como forma de introdução dos sujeitos no mundo
e uma inserção na sociedade vigente, para uma realidade como a do respeito e
promoção à igualdade étnico racial.
É fato que a construção da identidade é algo que permeia a Educação Infantil e os
primeiros anos do ensino fundamental. Nessa fase, o desenvolvimento da criança,
que está em formação de seu próprio “eu”, é relacionado a fatores externos,
ocorrendo, portanto, por meio da socialização.

2. REFLEXÕES TEÓRICO-CRÍTICAS A PARTIR DAS LEITURAS DA DISCIPLINA.

Há intertextualidade com várias obras da mesma temática, eu diria até que há algo
mais profundo, no campo da interdiscursividade, à medida que o discurso de
igualdade entre pretos e brancos vem de um patamar histórico e ideológico.

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Não podemos esquecer o caráter pedagógico da história, uma vez é uma ferramenta
de combate ao booling, infelizmente, ainda presente nas escolas, principalmente
relacionado aos cabelos das meninas negras.

Com relação a proposta da disciplina, vejo a pertinência de uma obra da literatura


afro-brasileira de caráter infanto-juvenil, com influência na construção da identidade
infantil, que é um tema relevante, sobretudo, por estar amparado em documentos
legais, entre eles: a Constituição Federal (1988), que garante o combate a
estereótipos e preconceitos; a Lei n. 10.639/03, que prevê o ensino da História e
Cultura Afrobrasileira, modificando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(1996); e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-
Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Tais
documentos nos direcionam para uma educação voltada para as relações étnico-
raciais, que visam auxiliar a construção de uma identidade livre de preconceitos e
plena de direitos.

3. IDEIAS PARA TRABALHO COM A OBRA EM SALA DE AULA.

a) Atividade de familiarização com o livro


Proposta de que todos os alunos manuseiem o livro, se atentem para a capa, na
identificação da obra, relacionada à autora, editora, título da obra e ilustração.

b) Formação de círculo de debate.


O propósito do círculo é levantar o possível tema, através de uma pré-análise.

c) Leitura do livro em círculo de leitura.


Por fim, falar sobre a origem de cada alunos e a construção de identidade, seguido da
escrita sobre países africanos e características das pessoas.

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