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Devido aos níveis de aprendizagem serem altamente desiguais, acesso desigual à educação, a
desigualdade económica e a diferença dos resultados de aprendizagem, assim torna necessário a
observância das políticas internacionais sobre a igualdade e equidade.
Segundo Jacob e Holsinger (2008), definem igualdade como “o estado de ser igual em termos de
quantidade, posição, status, valor ou grau”, ao passo que a equidade “considera as ramificações da justiça
social na educação em relação à igualdade, justiça e imparcialidade de sua distribuição em todos os níveis
ou subsectores educacionais” (Jacob; Holsinger, 2008, p. 4). Equidade significa que uma distribuição é
justa ou justificada, envolve um julgamento normativo de uma distribuição variável. A igualdade pode ser
aplicada a indivíduos, grupos ou países e a diferentes indicadores. A equidade pode ser aplicada com
diferentes teorias sobre a justiça nas ramificações da distribuição da educação.
a) Igualdade de oportunidades - significa que todas as pessoas devem ter as mesmas oportunidades de
prosperar, independentemente de variações nas circunstâncias em que nascem;
b) Justiça como equidade - que significa não deve haver barreiras legais e sociais que impeçam alguns
segmentos da sociedade de acessar instituições sociais;
Introdução
1. Indicadores de Equidade
1.1. Indicadores para a equidade e a eficiência nos sistemas de educação.
— resultados internos do sistema escolar, que se reportam ao percurso dos alunos (níveis de
frequência, abandono, transição, retenção, diplomação, bem como competências adquiridas); e
— resultados externos, que se reportam aos efeitos sociais e económicos da educação, como o
rendimento privado e público, o emprego, os níveis salariais, mas também a participação social e
a criminalidade, entre outros fenómenos.
Os Indicadores dos resultados escolares apontam que a equidade tem constituído uma questão
central nas políticas públicas de educação das últimas décadas e o acesso à escola e o sucesso
escolar são importantes indicadores da equidade e da eficiência dos sistemas escolares, cujo
enfrentam vários problemas a quanto da sua implantação, esta problemática passaremos a
discutir a seguir.
2. A Problemática da Equidade na Educação
A educação, embora não seja condição suficiente, é de importância fundamental para o progresso
pessoal e social, admitindo que, em termos gerais, a educação apresenta graves deficiências, que
se faz necessário torná-la mais relevante e melhorar sua qualidade. Os seus problemas de
equidade destacam-se os seguintes: Acesso a cada nível do sistema escolar, a atribuição de
recursos (professores, material pedagógico, tempo de ensino, etc.); As condições de
aprendizagem (níveis de inclusão ou segregação, currículo, práticas de ensino, etc.) e Os
resultados, quer internos (taxas de abandono, reprovação, transição, competências adquiridas,
etc.) quer externos (efeitos económicos e sociais, como o rendimento privado e público). A
equidade “considera as ramificações da justiça social na educação em relação à igualdade,
justiça e imparcialidade de sua distribuição em todos os níveis ou subsectores educacionais”
(Jacob; Holsinger, 2008, p. 4), com ausência desta justiça face a educação e aprendizagem, fica
em causa a Equidade tornando vulnerável a vários problemas acima apresentados, que irão
carecer da implementação de acções correctivas, para tal, são inspirados os seguintes
documentos: -- Declaração Mundial sobre Educação para todos; O Plano estratégico da
Educação em Moçambique e a Lei 18 do Sistema Nacional de Educação, que vamos decifrar a
baixo.
A Declaração Mundial sobre Educação para todos aponta problemáticas que afectam a
equidade na educação, como por exemplo: insuficiência do acesso ao ensino primário, elevado
analfabetismo de mulheres e analfabetismo funcional, insuficiência elevada de acesso as
habilidades de tecnologias aos adultos, elevado numero de crianças e adultos sem a conclusão do
ciclo básico (p.1), e ao mesmo tempo, o mundo tem que enfrentar um quadro sombrio de
problemas, entre os quais: o aumento da dívida de muitos países, a ameaça de estagnação e
decadência económicas, o rápido aumento da população, as diferenças económicas crescentes
entre as nações e dentro delas, a guerra, a ocupação, as lutas civis, a violência; a morte de
milhões de crianças que poderia ser evitada e a degradação generalizada do meio ambiente (p.2)
e finalmente propõe-se que a necessidade de proporcionar às gerações presentes e futuras uma
visão abrangente de educação básica e um renovado compromisso a favor dela, para enfrentar a
amplitude e a complexidade do desafio com seguintes objectivos: SATISFAZER AS
NECESSIDADES BÁSICAS DE APRENDIZAGEM, EXPANDIR O ENFOQUE, UNIVERSALIZAR O
ACESSO À EDUCAÇÃO E PROMOVER A EQUIDADE, CONCENTRAR A ATENÇÃO NA
APRENDIZAGEM, AMPLIAR OS MEIOS E O RAIO DE AÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA,
PROPICIAR UM AMBIENTE ADEQUADO À APRENDIZAGEM, FORTALECER AS ALIANÇAS,
DESENVOLVER UMA POLÍTICA CONTEXTUALIZADA DE APOIO, MOBILIZAR OS
RECURSOS, FORTALECER SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL.
Conclui-se que, uma educação básica adequada é fundamental para fortalecer os níveis
superiores de educação e de ensino, a formação científica e tecnológica e, por conseguinte, para
alcançar um desenvolvimento autónomo e proporcionar às gerações presentes e futuras uma
visão abrangente de educação básica e um renovado compromisso a favor dela, para enfrentar a
amplitude e a complexidade do desafio (Declaração Mundial sobre Educação para Todos) sobre
a equidade durante a sua implantação.
Para o âmbito da gestão sob olhar da transparência orientada aos resultados, constam as
seguintes políticas: Tomada de prioridade política e financeira ao aprimoramento de seus
sistemas educacionais no sentido de inclusão de todas as crianças; -- adopção do princípio de
educação inclusiva em forma de lei ou de política, matriculando todas as crianças em escolas
regulares; desenvolvimento de projectos de troca de experiencias; -- Estabelecimento de
mecanismos participativos e descentralizados na planificação, monitoria e avaliação de provisão
educacional; -- participação de pais, comunidades e organizações de pessoas portadoras de
deficiências nos processos de planificação e tomada de decisão; -- promoção de estratégias de
identificação e intervenção precoces e aspectos vocacionais da educação inclusiva e – Promoção
de mudança sistémica, programas de treinamento de professores, tanto em serviço como durante
a formação, incluindo a provisão de educação especial dentro das escolas inclusivas.
Referências bibliográficas:
__________________ Declaração Mundial sobre Educação para Todos (1990), Jomtien, Tailândia.
__________________ Lei nº 18/2018 de 28 de Dezembro, do Sistema Nacional de Educação.
Lemos, V. (2013), POLÍTICAS PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO. Equidade e sucesso escolar. Instituto
Politécnico Castelo Branco. n.º 73, pp. 151-169.
MINEDH, (2000), Plano Estratégico da Educação 2020-2029, MINEDH, Maputo. Moçambique.