Você está na página 1de 13

UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ

ENGENHARIA MECÂNICA

Douglas Malta
Ednaldo de Sousa da Hora
José Roberto da Silva
Leandro Brito
Lucas Pereira dos Santos
Rodrigo Fernando Ferreira

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO:


MANUTENÇÃO EM UM ELEVADOR

PARAUAPEBAS
2020
Douglas Malta
Ednaldo de Sousa da Hora
José Roberto da Silva
Leandro Brito
Lucas Pereira dos Santos
Rodrigo Fernando Ferreira

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO:


MANUTENÇÃO EM UM ELEVADOR

Trabalho de produção textual em grupo apresentado ao


Curso de Graduação em Engenharia Mecânica para as
disciplinas de Cálculo Diferencial e Integral III; Desenho
Técnico; Desenho Auxiliado por Computador; Princípios
de Eletricidade e Magnetismo; Física Geral e
experimental: Energia como requisito parcial para
obtenção da nota do 4º semestre.

Orientador: Daiany Cristiny Ramos; Fernando Gargantini


Graton; Rennan Otavio Kanashiro; Katielly Tavares dos
Santos; Jenai Oliveira Cazetta.

PARAUAPEBAS
2020
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3
2 DESENVOLVIMENTO ......................................................................................... 4
2.1 Tarefa: Desenho do Elevador ............................................................................ 4
2.2. Tarefa: Momento de inércia e movimento de rotação da cabine do elevador. .. 6
2.3. Tarefa: Análise do movimento do elevador. ...................................................... 9
3 CONCLUSÃO .................................................................................................... 11
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 12
3

1 INTRODUÇÃO

O trabalho textual e multidisciplinar apresentado a seguir baseia-se


no cenário da manutenção de um elevador, premissa essa que desafia as habilidades
e conhecimentos esperados por profissionais das áreas das engenharias e sugere a
aplicação dos conceitos obtidos nas disciplinas acompanhadas no atual semestre.
Para a realização da tarefa, serão utilizadas técnicas que partem do
desenho técnico à mão e vai até o desenho auxiliado por computador com softwares
específicos, como o Autocad, ferramenta amplamente utilizada mundo afora e que
possui a acurácia e padronização extremamente eficazes, o que facilita o design de
projetos industriais, arquitetônicos e voltados para as mais diversas finalidades.
Em seguida passaremos para a análise de conceitos elementares
acerca da eletricidade e do magnetismo, além de sua aplicação no dia a dia dos vários
ramos da Engenharia e na prática industrial como um todo, onde é um dos estudos
de aplicação prática mais frequente.
Assim, de posse das tarefas solicitadas e dos métodos de pesquisa e
planejamento de resolução, segue-se a construção da estrutura textual em tópicos
seguindo a metodologia de análise e revisão bibliográfica, o que permitiu a aplicação
dos conhecimentos abordados nas disciplinas ministradas durante o semestre
corrente, bem como os conceitos nelas desenvolvidos.
4

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Tarefa: Desenho do Elevador

A partir do conhecimento das medidas, dimensões gerais e características


básicas dos mecanismos e sistemas do elevador em questão, como primeiro passo
adotado pela equipe de manutenção seguiu-se à representação do equipamento com
o desenho técnico feito à mão com uma planta baixa do elevador na caixa de corrida.
O protocolo adotado para o procedimento resultou em um modelo de visualização
ricamente detalhado, oferecendo os dados primários para a realização das tarefas em
sequência.

Fig 1: Planta baixa da cabina


5

Fig 2: Diagrama de visualização em da casa de máquina em CAD: Vista do elevador


com máquinas sem engrenagem contrapeso lateral
6

2.2. Tarefa: Momento de inércia e movimento de rotação da cabine do elevador.

O momento de inércia ao movimento é a capacidade de um objeto de se manter


no estado que está, ou seja, se ele estiver parado, quanto maior o momento de inércia
mais será difícil de movimentá-lo, ou pará-lo caso esteja em movimento, usando a
seguintes equações pode se obter a inércia de cada eixo.

1
𝐼𝑥 = ∗ 𝑚 ∗ (𝑏 2 + 𝑐 2 )
12

1
𝐼𝑦 = ∗ 𝑚 ∗ (𝑐 2 + 𝑎2 )
12

1
𝐼𝑧 = ∗ 𝑚 ∗ (𝑎2 + 𝑏 2 )
12

Admitindo que o elevador é um retângulo perfeito, que possui uma espessura


de 30mm das chapas que o formam, assimilamos então que o elevador é um retângulo
oco e pode-se calcular sua inércia total (IE) e subtrair a inercia interna (II). Tem-se
como medidas externas a=1330, b=2460, c=1430 e como medidas internas do
elevador ai=1300, bi=2400 e ci=1400. Assim, representa-se o momento de inércia do
elevador (I) pela seguinte equação:

1
𝐼𝑥𝑒 = ∗ k ∗ (24602 + 14302 )
12

2045800
𝐼𝑥𝑒 =
3

1
𝐼𝑥𝑒 = ∗ k ∗ (14302 + 13302 )
12
7

975125
𝐼𝑥𝑒 = ∗𝑘
3

1
𝐼𝑥𝑒 = ∗ k ∗ (13302 + 24602 )
12

1955125 ∗ 𝑘
𝐼𝑥𝑒 =
3

Desta forma tem-se o momento de inércia de um retângulo maciço com as


dimensões do elevador, assim a seguir:

1
𝐼𝑥𝑖 = ∗ k ∗ (24002 + 14002 )
12

1930000
𝐼𝑥𝑖 =
3

1
𝐼𝑥𝑖 = ∗ k ∗ (14002 + 13002 )
12

912500
𝐼𝑥𝑖 = ∗𝑘
3

1
𝐼𝑥𝑖 = ∗ k ∗ (13002 + 24002 )
12

1862500 ∗ 𝑘
𝐼𝑥𝑖 =
3

O momento de inércia do elevador pode ser obtido pela subtração dos dois
momentos de inércia calculados anteriormente na expressão a seguir:
8

𝐼 = 𝐼𝐸 − 𝐼𝑖

Como resolução dessa equação para cada eixo tem-se o momento de inércia:

𝐼𝑥 = 𝐼𝑥𝑒 − 𝐼𝑥𝑖

𝐼𝑥 = 31375 ∗ 𝐾 [𝐾𝑔 𝑚𝑚²]

𝐼𝑦 = 𝐼𝑦𝑒 − 𝐼𝑦𝑖

𝐼𝑦 = 30875 ∗ 𝐾 [𝐾𝑔 𝑚𝑚²]

𝐼𝑧 = 𝐼𝑧𝑒 − 𝐼𝑧𝑖

𝐼𝑧 = 13650 ∗ 𝐾 [𝐾𝑔 𝑚𝑚²]

Assim temos o momento de inércia nos três eixos do elevador vazio.

Na sequencia dos cálculos acima apresentados, a equipe iniciou a discussão a


respeito dos conceitos teóricos relacionados, condensados nas resoluções das
questões enunciadas.
Os movimentos de translação e rotação são comummente confundidos,
porém se tratam de movimentos diferentes e a confusão entre os dois prejudica o
entendimento de um fenômeno físico. O movimento de translação é o movimento de
um corpo ao redor de um ponto específico fora do corpo, enquanto a rotação é
movimento de giro de um corpo sobre o seu próprio eixo, um exemplo de aplicação
desses movimentos são os movimentos da do planeta Terra, que ao mesmo tempo
que está em constante rotação sobre seu próprio eixo, também se mantém em
movimento de translação em torno de um ponto no espaço, no caso, o Sol.
Levar em conta o momento de inércia é de grande importância durante a
análise de corpos rígidos, uma vez que sua definição influencia diretamente na
fluência dos movimentos de giro e rotação, sendo fator preponderante para sua
realização.
9

A primeira lei de Newton diz “Todo corpo continua em seu estado de repouso
ou de movimento uniforme em uma linha reta, a menos que seja forçado a mudar
aquele estado por forças aplicadas sobre ele”, a primeira lei de Newton também é
chamada de princípio de inércia, em suma segundo a primeira lei, um corpo só sairá
da inércia se uma força maior que as contrárias as que fazem o mesmo permanecer
parado ou o contrário caso estiver em movimento. A massa e o momento de inércia
apesar de estarem relacionados, não são a mesma coisa.
O cálculo do momento realizado anteriormente foi feito com elevador vazio,
porém a adição de pessoas, ou seja, de massa, haverá uma perceptível alteração.
Como o momento de inércia é uma grandeza física dependente da massa, a adição
de pessoas irá alterar o momento de inércia, tornando-o maior que o mostrado
anteriormente.

2.3. Tarefa: Análise do movimento do elevador.

O elevador deve ter um motor capaz de suportar as cargas e poder realizar o


fluxo de içamento vertical, tendo uma capacidade de elevar até 10 pessoas, o que por
sua vez exige o dimensionamento de um motor elétrico que possa suprir essas
necessidades.Segundo os dados previamente apresentados, para que o motor
possua torque suficiente deve produzir um fluxo magnético de 0.5 Wb. Como no
problema dado já possuímos um motor elétrico devemos verificar através do memorial
de cálculo abaixo se o mesmo é suficiente ou não.
O indutor fornecido possui as seguintes especificações: número de espiras de
4500, diâmetro de 0.05m e comprimento 0.45m, utilizando um núcleo ferromagnético
de µr = 500, seguindo o recomendado µr é multiplicado por µ0 = 4*pi*10e-07 [H/m].

𝛷 = 𝜇0 ∗ 𝑛 ∗ 𝑖 ∗ 𝐴

Na equação 3 tem-se o fluxo magnético do solenoide, em que n representa o número


de espiras por metro, i a corrente que passa pelo solenoide, A é a área, como temos
µ=µ0* µr, logo a equação resultante é a equação 4.

µ = µ0 ∗ 500
10

𝑛 = 𝑁/𝑙

𝐴 = 𝑃𝑖 ∗ 𝑟 2

𝛷 =µ∗𝑛∗𝑖∗𝐴

𝛷 = 0,0063 ∗ 1000 ∗ 32 ∗ 0,002

𝛷 = 3,9478 [𝑊𝑏]

Como resultado temos o fluxo magnético de 𝛷 = 3,948 Wb, sendo assim o


motor irá gerar torque mais que suficiente para que o elevador possa funcionar
adequadamente. Dessa forma podemos reduzir o número de espiras e ainda assim
teríamos um motor com torque suficiente, podendo-se reduzir 3900 espiras, assim
ficando com 600 espiras e um fluxo magnético de 𝛷 = 0,536 Wb, sendo também
suficiente para operar o equipamento.
11

3 CONCLUSÃO

A atividade proposta proporcionou à equipe uma oportunidade


singular de executar protocolos de planejamento e execução de uma manobra
simulada de manutenção em um dos equipamentos mais comuns em edificações e
de utilização cotidiana constante.
Com esse cenário, a equipe pôde colocar em prática os conceitos e
bases teóricas das disciplinas ministradas no semestre, além de fomentar discussões
a respeito da padronização de desenho técnico, suas principais normativas e sua
importância no contexto da utilização prática. Como complemento, o desenho
auxiliado por computador (Computer Aided Design) e suas ferramentas conferem ao
profissional uma maior precisão, agilidade e objetividade na representação visual de
projetos voltados para a área industrial, como ficou exposto em uma das atividades
propostas.
Por fim, aplicando conceitos da física, trabalhamos com a análise de
fenômenos ligados à eletricidade e magnetismo, que estão presentes e diretamente
ligados ao funcionamento de motores e bobinas elétricas, incluindo as impulsionam o
movimento de elevadores, o que por sua vez permitiu à equipe colocar em prática os
conhecimentos obtidos em sala de aula e se familiarizar com esse tipo de desafio tão
presente na vida do profissional de engenharia.
12

REFERÊNCIAS

ANJOS, T. A. Corpos Rígidos. Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/fisica/corpos-rigidos.htm. Acesso em 20 de setembro
de 2020.

INSTITUTO DE FÍSICA GLEBS WATAGHIN. Cinemática e Dinâmica das Rotações.


2012. Disponível em:
http://midia.cmais.com.br/assets/file/original/2a15766f16c8b7e9c35732253c4e26296
aa62628.pdf. Acesso em: 18 set. 2020.

NASCIMENTO, M. C. Translação e Rotação no Plano. 2015. Disponível em:


http://wwwp.fc.unesp.br/~mauri/Down/RotaTransla.pdf. Acesso em: 18 set. 2020.

PESCE, C. P. Dinâmica dos corpos rígidos. 2004. Disponível em:


http://sites.poli.usp.br/d/pme2200/Dinamica_dos_corpos_rigidos_Pesce_09.pdf.
Acesso em: 18 set. 2020.

Você também pode gostar