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All content following this page was uploaded by Luiz Henrique Hungria on 14 June 2023.
e-mail: hungria@rumolog.com
Com isto, evita-se perda de tempo durante o cruzamento com outro trem em determinado
pátio, pois de nada adiantaria chegar antes a este pátio e que ficar parado aguardando a
liberação do trecho seguinte até a chegada do outro trem que vem em sentido contrário.
Nos trechos ascendentes e descendentes não haverá diferença entre as duas situações
citadas, pois em subida, é necessário utilizar o ponto de aceleração que não permita ao trem
perder velocidade abaixo da mínima contínua e, na descida, se utiliza o freio dinâmico para
manter a velocidade sob controle que tem consumo de combustível fixo.
1
Eficiência energética Hungria
Para se entender o movimento do trem sob ação das forças que atuam sobre ele, faz-se
necessário determinar a velocidade final que o trem atingirá, mantidas as condições.
A velocidade é uma variável que aparece nas resistências ao movimento (equação 1) e
na força inercial (equação 2):
𝑀𝑇
𝐹𝑖 = (𝑣𝑓2 − 𝑣𝑖2 ) (2)
2𝑔𝑥
A velocidade “V” é dada em km/h nas resistências de Davis. Já, na equação (2), “v” é
dada em m/s. Para equalizar a unidade de velocidade em m/s, vamos colocar o fator de
conversão 3,6 em “b” (linear) e 3,6² em “c” (quadrático) nas resistências de Davis.
13,16
𝑎 = 0,65 + => não muda pois independe da velocidade (7)
𝑃𝑒
2
Eficiência energética Hungria
𝐹𝑇 − [𝑅𝑐 + 𝑛𝐿 𝑃𝐿 (𝑎𝐿 + 𝑏𝐿 𝑣 + 𝑐𝐿 𝑣²) + 𝑛𝑣𝑣 𝑃𝑣𝑣 (𝑎𝑣𝑣 + 𝑏𝑣𝑣 𝑣 + 𝑐𝑣𝑣 𝑣²) + 𝑛𝑣𝑐 𝑃𝑣𝑐 (𝑎𝑣𝑐 + 𝑏𝑣𝑐 𝑣 + 𝑐𝑣𝑐 𝑣²) +
𝑀
𝑇
𝐹𝑔 + 2𝑔𝑥 (𝑣𝑓2 − 𝑣𝑖2 ) + 𝐹𝐷 + 𝐹𝑃 ] = 0 (12)
Vamos aplicar sobre a equação (13) a condição relativa à velocidade média (𝑣𝑚 ). Esta é
dada por:
𝑣𝑖 + 𝑣𝑓
𝑣𝑚 = (14)
2
𝑀𝑇 2
2)
𝐹𝑇 − [𝑅𝑐 + 𝑛𝐿 𝑃𝐿 (𝑎𝐿 + 𝑏𝐿 𝑣𝑚 + 𝑐𝐿 𝑣𝑚 2)
+ 𝑛𝑣 𝑃𝑣 (𝑎𝑣 + 𝑏𝑣 𝑣𝑚 + 𝑐𝑣 𝑣𝑚 + 𝐹𝑔 + (𝑣 − 𝑣𝑖2 ) + 𝐹𝐷 + 𝐹𝑃 ] = 0
2𝑔𝑥 𝑓
2 −
𝑀𝑇 𝑣𝑓2 𝑀𝑇 𝑣𝑖2
(𝐹𝑇 − 𝑅𝑐 − 𝐹𝑔 − 𝐹𝐷 − 𝐹𝑃 ) − (𝑛𝐿 𝑃𝐿 𝑎𝐿 + 𝑛𝑣 𝑃𝑣 𝑎𝑣 ) − (𝑛𝐿 𝑃𝐿 𝑏𝐿 + 𝑛𝑣 𝑃𝑣 𝑏𝑣 )𝑣𝑚 − (𝑛𝐿 𝑃𝐿 𝑐𝐿 + 𝑛𝑣 𝑃𝑣 𝑐𝑣 )𝑣𝑚 + =0
2𝑔𝑥 2𝑔𝑥
𝑅 = 𝐹𝑇 − 𝑅𝑐 − 𝐹𝑔 − 𝐹𝐷 − 𝐹𝑃 (15)
𝜑 = 𝑛𝐿 𝑃𝐿 𝑎𝐿 + 𝑛𝑣 𝑃𝑣 𝑎𝑣 (16)
𝜃 = 𝑛𝐿 𝑃𝐿 𝑏𝐿 + 𝑛𝑣 𝑃𝑣 𝑏𝑣 (17)
𝜓 = 𝑛𝐿 𝑃𝐿 𝑐𝐿 + 𝑛𝑣 𝑃𝑣 𝑐𝑣 (18)
𝑀𝑇 𝑣𝑓2 2 𝑀𝑇 𝑣𝑖2
− 𝑅 + 𝜑 + 𝜃𝑣𝑚 + 𝜓𝑣𝑚 − =0
2𝑔𝑥 2𝑔𝑥
3
Eficiência energética Hungria
𝑀 𝜓 𝜃 𝜓 𝜃 𝜓 𝑀
𝑇
(2𝑔𝑥 + 4 ) 𝑣𝑓2 + ( 2 + 2 𝑣𝑖 ) 𝑣𝑓 − [𝑅 − 𝜑 − 2 𝑣𝑖 − 4 𝑣𝑖2 + 2𝑔𝑥
𝑇
𝑣𝑖2 ] = 0 (19)
𝜃 𝜓 1
𝑏 = (2 + 2 𝑣𝑖 ) = 2 (𝜃 + 𝜓𝑣𝑖 )
𝜃 𝑀 𝜓
𝑇
c = − [(𝑅 − 𝜑 − 2 𝑣𝑖 ) + (2𝑔𝑥 − 4 ) 𝑣𝑖2 ]
𝑏 𝑏 2 𝑐
𝑣𝑓 = − + √(2𝑎) − 𝑎
2𝑎
Substituindo os coeficientes a, b e c:
1 1 𝜃 𝑀 𝜓
(𝜃+𝜓𝑣𝑖 ) (𝜃+𝜓𝑣𝑖 )2 [(𝑅−𝜑− 𝑣𝑖 )+( 𝑇 − )𝑣𝑖2 ]
2 4 2 2𝑔𝑥 4
𝑣𝑓 = − 1 𝑀𝑇 𝜓 +√ 1 𝑀 𝜓 2
+ 1 𝑀𝑇 𝜓
2∙ ( + ) 4∙ ( 𝑇 + ) ( + )
2 𝑔𝑥 2 4 𝑔𝑥 2 2 𝑔𝑥 2
𝜃 𝑀 𝜓
(𝜃+𝜓𝑣𝑖 ) (𝜃+𝜓𝑣𝑖 )2 (𝑅−𝜑− 𝑣𝑖 ) ( 𝑇− )
2 2𝑔𝑥 4 2
𝑣𝑓 = − 2𝑀𝑇 +√ 2 + 𝑀 𝜓 + 𝑀 𝜓 𝑣𝑖 (21)
( +𝜓) 2𝑀
( 𝑇 +𝜓) ( 𝑇+ ) ( 𝑇+ )
𝑔𝑥 𝑔𝑥 2𝑔𝑥 4 2𝑔𝑥 4
𝜃 𝑀 𝜓
(𝑅 − 𝜑 − 𝑣𝑖 ) ( 𝑇− )
2𝑔𝑥 4
𝑣𝑓 = −𝐴 + √𝐴2 + 𝑀
2
𝜓 + 𝑀𝑇 𝜓 𝑣𝑖2 (23)
( 𝑇+ ) ( + )
2𝑔𝑥 4 2𝑔𝑥 4
Se vi = 0: (trem partindo)
(𝑅 − 𝜑)
𝑣𝑓 = −𝐴 + √𝐴2 + 𝑀 𝜓 (24)
( 𝑇+ )
2𝑔𝑥 4
Sendo “A”:
4
Eficiência energética Hungria
𝜃
𝐴= 2𝑀 (25)
( 𝑇 + 𝜓)
𝑔𝑥
Exemplo 1: Considerando que o trem está subindo, em rampa de 0,356%, com velocidade
inicial de 22 km/h, calcular sua velocidade final, após 3.000 m:
a) Cálculo de R:
De (15): 𝑅 = 𝐹𝑇 − 𝑅𝑐 − 𝐹𝑔 − 𝐹𝐷 − 𝐹𝑃 = 31.098 − 7.211 − 12.231 − 0 − 0 = 𝟏𝟏. 𝟔𝟓𝟔 𝒌𝒈𝒇
13,16 13,16
𝑎𝑣 = 0,65 + = 0,65 + = 1,385
𝑃𝑒 17,89
𝑥 = 3.000 𝑚 = 3 ∙ 103 𝑚;
𝑘𝑚
𝑣𝑖 = 22 = 6,11 𝑚/𝑠
ℎ
De (24):
𝜃 𝑀𝑇 𝜓
(𝑅−𝜑 − 𝑣𝑖 ) ( − ) 6.381,15 55,56
2𝑔𝑥 4
𝑣𝑓 = −𝐴 + √𝐴² + 𝑀
2
𝜓 + 𝑀 𝜓 𝑣𝑖2 = −0,895 + √0,895² + 6,8186 + ∙ 37,33
( 𝑇+ ) ( 𝑇+ ) (57,27+
4
) 58,97
2𝑔𝑥 4 2𝑔𝑥 4
5
Eficiência energética Hungria
6.381,15
𝑣𝑓 = −0,895 + √0,801 + 58,97
+ 0,942 ∙ 37,33 = −0,895 + √0,801 + 108,21 + 35,17
𝑚
𝑣𝑓 = −0,895 + √144,18 = −0,895 + 12,007 = 11,11 = 𝟒𝟎 𝒌𝒎/𝒉
𝑠
2.2 Potência:
Podemos usar o esforço trator “ET” diretamente da tabela do fabricante, mas para isto
precisaríamos saber a velocidade final “vf” do trem. Como ainda não sabemos a “vf”, iremos
calcular “ET” através da potência bruta “PB” e deixar a equação em função de “vf”.
𝑃𝑢
𝑃𝐵 = (26) sendo 𝑃𝑢 = 𝐸𝑇 ∙ 𝑣𝑓 (27)
𝜂
Sendo:
Como queremos entrar com “ET” em “kgf” e obter “PB” em “HP”, mas mantendo “vf”
em “m/s”:
𝑚 𝑔𝑁 1 𝐻𝑃
𝑃𝑢 = 𝐸𝑇 (𝑘𝑔𝑓) ∙ 𝑣𝑓 ( ) ∙ ( )∙( )
𝑠 𝑘𝑔𝑓 746 𝑊
𝐸𝑇 ∙ 𝑔 ∙ 𝑣𝑓
𝑃𝑢 = (𝐻𝑃) (28)
746
6
Eficiência energética Hungria
A equação (30) nos dá o esforço trator em função da potência bruta da locomotiva, para uma
dada velocidade final. A fim de permitir escolher uma potência em função do ponto de aceleração,
vamos introduzir um coeficiente “k” que irá variar de 0,040 (P1) a 1 (P8), obtido da tabela do
fabricante.
746 ∙ 𝜂 ∙ 𝑘 ∙ 𝑃𝐵
𝐸𝑇 = (𝑘𝑔𝑓) (31)
𝑔 ∙ 𝑣𝑓
Sendo:
Divide-se a potência de cada ponto de aceleração (𝑃𝑖 ) pela potência do oitavo ponto (P8), para
obter o fator “ki” a ser usado (tabela 2).
𝑃
𝑘𝑖 = 𝑃 𝑖 (34)
8
7
Eficiência energética Hungria
P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8
0,039 0,109 0,230 0,351 0,503 0,665 0,826 1,000
A força inercial “𝐹𝑖 ” é a resultante das forças e de onde sairá a velocidade final do trem “vf”,
nosso objetivo.
Isolando a força inercial da equação (10):
𝐹𝑖 = 𝐸𝑇 − 𝑅𝑐 − 𝑅𝐷 − 𝐹𝑔 − 𝐹𝐷 − 𝐹𝑃 (35)
13,16 13,16
𝑎𝐿 = 0,65 + e 𝑎𝑣 = 0,65 + (Equação 7)
𝑃𝐿𝑒 𝑃𝑣𝑒
8
Eficiência energética Hungria
A velocidade média estará sempre em “m/s”. Como, nas resistências de Davis, a velocidade é
dada em “km/h”, nos coeficientes “b” e “c” foram introduzidos os valores 3,6 e 3,6² para fazer a
mudança de unidade.
Lembrando das 3 variáveis aglutinadoras anteriormente definidas como:
𝜑 = 𝑛𝐿 𝑃𝐿 𝑎𝐿 + 𝑛𝑣 𝑃𝑣 𝑎𝑣 (Equação 16)
𝜃 = 𝑛𝐿 𝑃𝐿 𝑏𝐿 + 𝑛𝑣 𝑃𝑣 𝑏𝑣 (Equação 17)
𝜓 = 𝑛𝐿 𝑃𝐿 𝑐𝐿 + 𝑛𝑣 𝑃𝑣 𝑐𝑣 (Equação 18)
Substituindo (16) a (18) em (41):
𝐹𝑖 = 𝐸𝑇 − 𝑅 ′ − (𝜑 + 𝜃 ∙ 𝑣𝑚 + 𝜓 ∙ 𝑣𝑚
2)
(𝑘𝑔𝑓) (43)
E, lembrando as seguintes equações:
𝑥 = 𝑣𝑚 ∙ 𝑡 (𝑚) (44)
𝑀
𝐹𝑖 = 2 ∙ 𝑔𝑇∙ 𝑥 (𝑣𝑓2 − 𝑣𝑖2 ) (𝑘𝑔𝑓) (Equação 2)
A equação (44) nos dá a distância que falta percorrer em função do tempo ainda disponível para
completar esta distância. Vamos substituir (44) na equação (2):
𝑀 𝑀𝑇 𝑀
𝐹𝑖 = 2 ∙ 𝑔 ∙ 𝑣𝑇 (𝑣𝑓2 − 𝑣𝑖2 ) = 𝑣𝑖 +𝑣𝑓 (𝑣𝑓 + 𝑣𝑖 )(𝑣𝑓 − 𝑣𝑖 ) = 𝑔 ∙𝑇𝑡 (𝑣𝑓 − 𝑣𝑖 ) (45)
𝑚∙𝑡 2∙𝑔∙( )∙𝑡
2
9
Eficiência energética Hungria
Notar que a equação a ser obtida estará em função do tempo disponível (t) e do esforço trator
necessário, modulado por “k”, que indicará o ponto de aceleração a ser usado.
𝑀𝑇
(𝑣𝑓 − 𝑣𝑖 ) = 𝐸𝑇 − 𝑅 ′ − (𝜑 + 𝜃 ∙ 𝑣𝑚 + 𝜓 ∙ 𝑣𝑚
2)
(46)
𝑔∙𝑡
A equação (47) está em função de “𝑣𝑚 ”. Vamos multiplicar ambos os lados por “vf”: (lembrando
que 𝑣𝑓 ≠ 0)
𝑀𝑇
∙ 𝑣𝑓 ∙ (𝑣𝑓 − 𝑣𝑖 ) = 𝑘 ∙ 𝛼 − (𝑅 ′ + 𝜑) ∙ 𝑣𝑓 − 𝜃 ∙ 𝑣𝑓 ∙ 𝑣𝑚 − 𝜓 ∙ 𝑣𝑓 ∙ 𝑣𝑚
2
𝑔∙𝑡
𝑣𝑖 + 𝑣𝑓
Vamos agora substituir “𝑣𝑚 ” por 𝑣𝑚 = e deixar a equação em função de “vf”:
2
𝑀𝑇 𝑣𝑖 + 𝑣𝑓 𝑣𝑖 + 𝑣𝑓 2
𝑔∙𝑡
∙ 𝑣𝑓 ∙ (𝑣𝑓 − 𝑣𝑖 ) = 𝑘 ∙ 𝛼 − (𝑅′ + 𝜑) ∙ 𝑣𝑓 − 𝜃 ∙ 𝑣𝑓 ∙ ( 2
) − 𝜓 ∙ 𝑣𝑓 ∙ ( 2
) (48)
Obs: A massa do trem deve entrar em “kg”. Por isto, a’ deverá ser multiplicada por 10³.
Substituindo (49) em (48):
2
𝑎′(𝑣𝑓2 − 𝑣𝑖 𝑣𝑓 ) = 𝑘𝛼 − 𝑏′𝑣𝑓 − 𝑐′(𝑣𝑓2 + 𝑣𝑖 𝑣𝑓 ) − 𝑑′𝑣𝑓 (𝑣𝑖 + 𝑣𝑓 )
Desenvolvendo os produtos dos termos entre parênteses e ordenando por potências decrescentes:
Potência 3 de vf: - d’
Potência 2 de vf: − 𝑎′ − 𝑐′ − 2𝑑′𝑣𝑖
Potência 1 de vf: 𝑎′𝑣𝑖 − 𝑏′ − 𝑐′𝑣𝑖 − 𝑑′𝑣𝑖2
Independente: 𝑘𝛼
Fazendo:
𝑟 = 𝑎′ + 𝑐′ + 2𝑑′𝑣𝑖
𝑠 = 𝑏′ + (𝑐 ′ − 𝑎′ )𝑣𝑖 + 𝑑′𝑣𝑖2
𝑚 = −𝑘𝛼
A equação da velocidade final torna-se:
10
Eficiência energética Hungria
2.8.1. Passos para o cálculo das raízes da equação (52): (método de Tartaglia)
Passo 1: Substituir “vf” por (t + h):
𝑎 ∙ (𝑡 + ℎ)3 + 𝑏 ∙ (𝑡 + ℎ)2 + 𝑐 ∙ (𝑡 + ℎ) + 𝑑 = 0
Fazendo:
3𝑎ℎ2 + 2𝑏ℎ + 𝑐 𝑎ℎ3 + 𝑏ℎ2 + 𝑐ℎ + 𝑑
𝑝= [Coef. termo do 1° grau/a] e 𝑞 = [Coef. termo independente/a]
𝑎 𝑎
Obtemos uma nova equação cúbica, mas sem o termo do segundo grau:
𝑡 3 + 𝑝𝑡 + 𝑞 = 0 (53)
Substituindo o valor de “h” nas equações dos coeficientes “p” e “q”:
𝑏 2 2𝑏 𝑏 𝑐 𝑏² 2𝑏 2 𝑐 𝑐 𝑏2 𝑏²
𝑝 = 3 (− 3𝑎) + (− 3𝑎) + 𝑎 = 3𝑎² − 3𝑎2 + 𝑎 = 𝑎 − 3𝑎2 = 𝑐 − (54)
𝑎 3
𝑏 3 𝑏 𝑏 2 𝑐 𝑏 𝑑 −𝑏³ 𝑏³ 𝑏𝑐 𝑑
𝑞 = (− 3𝑎) + 𝑎 (− 3𝑎) + 𝑎 (− 3𝑎) + 𝑎 = 27𝑎³ + 9𝑎³ − 3𝑎2 + 𝑎
2𝑏³ 𝑏𝑐 𝑑 2𝑏³ 𝑏𝑐
𝑞 = 27𝑎³ − 3𝑎2 + 𝑎 = − +𝑑 (55)
27 3
11
Eficiência energética Hungria
(𝑢 + 𝑣)3 + 𝑝(𝑢 + 𝑣) + 𝑞 = 0
(𝑢3 + 𝑣 3 + 𝑞) + 𝑡 ∙ [3𝑢𝑣 + 𝑝] = 0
Duas condições são necessárias, para obtenção de “t”:
Condição 1: (𝑢3 + 𝑣 3 + 𝑞) = 0 ∴ 𝑢3 + 𝑣 3 = − 𝑞
𝑝 𝑝 3 𝑝³
Condição 2: 3𝑢𝑣 + 𝑝 = 0 ∴ 𝑢𝑣 = − 3 => (𝑢𝑣)3 = (− 3) => 𝑢³𝑣³ = − 27
Passo 5: Uma solução possível para o sistema de equações pode ser dada por:
𝑢3 + 𝑣 3 = − 𝑞 (Soma de 2 variáveis = S)
𝑝3
𝑢3 𝑣 3 = − (Produto de 2 variáveis = P)
27
Os números “S” e “P” são as duas soluções “y1” e “y2” de uma equação auxiliar do segundo
grau:
𝑝³
𝑦² − 𝑆𝑦 + 𝑃 = 0 sendo 𝑆 =−𝑞 e 𝑃=− 27
1/3 1/3
Fazendo: 𝑦1 = 𝑢3 𝑒 𝑦2 = 𝑣 3 teremos 𝑢 = 𝑦1 𝑒 𝑣 = 𝑦2
+𝑆 ± √𝑆 2 − 4𝑃 −𝑞 1 4𝑝³ −𝑞 1 4𝑝³
𝑦= = ± 2 √𝑞² + = ± 2 √∆ sendo ∆ = 𝑞² + (56)
2 2 27 2 27
𝑞 1 4𝑝³
𝑦1 = − + 2 √𝑞² +
2 27
𝑞 1 4𝑝³
𝑦2 = − − 2 √𝑞² +
2 27
12
Eficiência energética Hungria
1/3 1/3
1/3 1/3 𝑞 1 4𝑝³ 𝑞 1 4𝑝³
𝑡1 = 𝑢 + 𝑣 = 𝑦1 + 𝑦2 = (− + 2 √𝑞² + ) + (− − 2 √𝑞² + ) (57)
2 27 2 27
Esta raiz já será o suficiente para solucionar o problema. No exemplo do gráfico 1, vemos que
uma raiz é positiva e as outras duas são negativas (que não nos interessam).
Gráfico 1: Gráfico mostrando as 3 raízes reais da equação cúbica, sendo uma positiva e duas
negativas.
−𝑞 √−∆
𝑦2 = 𝑎 − 𝑖𝑏 = − 𝑖 = |𝜌2 |(𝑐𝑜𝑠 𝜃 − 𝑖 𝑠𝑒𝑛 𝜃)
2 2
𝜌1
1 1
𝜌1 = 𝜌2 = 2 √𝑞² − ∆ = √𝑞² − 𝑞 2 − 4𝑝³ = √− 𝑝³ (59)
2 27 27
13
Eficiência energética Hungria
𝑞 27
𝜃 = 𝑎𝑟𝑐 cos (− 2 ∙ √− 𝑝³ ) (60)
Como:
1/3 1/3
𝑡1 = 𝑦1 + 𝑦2 ; precisamos calcular a raiz cúbica do complexo conjugado:
1/𝑛 𝜃 2𝜋 𝜃 2𝜋
𝑦𝑗 = 𝑛√𝜌 . [𝑐𝑜𝑠 (𝑛 + 𝑘 ) + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 (𝑛 + 𝑘 )] Sendo j = 1 e 2.
𝑛 𝑛
Sendo:
𝑛 = número de raízes = 3.
𝑘: 0, 1 e 2 (3 raízes).
ϴ = argumento (equação 60).
𝑝³
𝜌 = 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜 => 𝜌1 = 𝜌2 = √− 27 (Equação 59)
1/3 𝜃 2𝜋 𝜃 2𝜋
𝑦1 = 3√𝜌 . [𝑐𝑜𝑠 (3 + 𝑘 ) + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 ( 3 + 𝑘 )]
3 3
1/3 𝜃 2𝜋 𝜃 2𝜋
𝑦2 = 3√𝜌 . [𝑐𝑜𝑠 (3 + 𝑘 ) − 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 ( 3 + 𝑘 )]
3 3
𝑏 𝑝 1 𝑞 27 𝑏
𝑣𝑓1 = 𝑡 − 3𝑎 = 2 ∙ √− 3 ∙ 𝑐𝑜𝑠 [3 ∙ 𝑎𝑟𝑐 cos (− 2 ∙ √− 𝑝³ )] − 3𝑎 (61)
2.9 Exemplo 2: Considerando que ainda faltam 3.211 s para completar um determinado trecho, qual
deve ser o ponto de aceleração a ser usado para o menor consumo de combustível e qual será a
velocidade final do trem?
Dados:
De (10): 𝐸𝑇 − (𝑅𝑐 + 𝑅𝐷 + 𝐹𝑔 + 𝐹𝑖 + 𝐹𝐷 + 𝐹𝑃 ) = 0
Força de inércia: 𝐹𝑖 = 𝐸𝑇 − 𝑅𝑐 − 𝑅𝐷
2.1 Massa do trem:
Vagão:
500 ∙ 𝐵𝑣 500 ∙ 1,60
𝑅𝑐𝑣 = 𝑛𝑣 𝑃𝑣 ∙ = 50 ∙ 112 ∙ = 4.924 𝑘𝑔𝑓
𝑅 910
13,16 4 ∙ 13,16
𝑎𝑣 = 0,65 + = 0,65 + = 1,12
𝑃𝑣𝑒 112
15
Eficiência energética Hungria
𝜃 289 𝜓 9,86
𝑐′ = = = 144,4 ; 𝑑′ = = = 2,47
2 2 4 4
𝑚 = −𝑘𝛼 = −293.685 ∙ 𝑘
Substituindo os coeficientes na equação (50):
373 11.488 − 293.685 ∙ 𝑘
𝑣𝑓3 + (2,47) 𝑣𝑓2 + ( ) 𝑣𝑓 + ( )=0
2,47 2,47
Faremos “ki” variar, para cada ponto de aceleração, conforme tabela 3. Quando a velocidade
final permitir se aproximar dos 30 km restantes do percurso pelo limite superior (condição: 𝑥 =
𝑣𝑚 ∙ 𝑡), teremos encontrado a menor potência necessária para cumprir o tempo disponível (t). Este
ponto será o de menor consumo (𝑐𝑖 ).
Pela tabela 4, vemos que o P6 é que cumpre a condição simultânea de tempo e distância. Os
pontos superiores usarão um tempo menor para 30 km e os pontos inferiores não atingirão a distância
no tempo disponível.
Pela tabela 5 temos que, para o ponto 6, o consumo horário de combustível é igual a 530 l/h.
Mesmo que o tempo de percurso seja maior, 0,802 h, o consumo de combustível do percurso é de:
16
Eficiência energética Hungria
𝐶6 = 𝑐̇6 ∙ 𝑡 = 530 ∙ 0,802 = 425 𝑙 => menor do que o obtido nos pontos 7 e 8.
O trem tinha 3 opções possíveis para cumprir a distância faltante. A opção de menor consumo é
aquela que atende ao tempo disponível, pois a velocidade pode ser menor e, portanto, o ponto de
aceleração pode ser reduzido para atingir níveis menores de consumo de combustível.
1/3 1/3
𝑞 1 4𝑝³ 𝑞 1 4𝑝³ 𝑏
De (58): 𝑣𝑓1 = (− + 2 √𝑞² + ) + (− − 2 √𝑞² + ) − 3𝑎
2 27 2 27
1/3 1/3
−97.429 1 4 ∙ (−2.975)³ −97.429 1 4 ∙ (−2.975)³ 151,35
𝑣𝑓1 = (− 2
+ 2 √(−97.429)² + 27
) + (− 2
− 2 √(−97.429)² + 27
) − 3∙1
𝒎
𝑣𝑓1 = 𝟏𝟔, 𝟏𝟕 => para k = 1
𝒔
17
Eficiência energética Hungria
Exemplo 3: Calcular a velocidade final para duas situações, subindo rampa, verificando o
discriminante para a decisão da equação a ser usada.
𝑝 = − 3.832 𝑒 𝑞 = − 147.263
𝑝 = − 4.716 𝑒 𝑞 = − 107.189
1. Cálculo do discriminante:
4𝑝³
De (56): ∆ = 𝑞² + 27
4𝑝³ 4∙(−3.832)3
Situação 1: ∆1 = 𝑞² + 27
= (−147.263)² + 27
= 21.686.391.169 − 8.336.288.351
1/3 1/3
−147.263 1 4(−3.832)³ −147.263 1 4(−3.832)³ 195,88
𝑣𝑓1 = (− + √(−147.263)² + ) + (− − √(−147.263)² + ) −
2 2 27 2 2 27 3∙1
𝑚
𝑣𝑓1 = (131.396)1/3 + (15.867)1/3 − 65,29 = 10,67 = 𝟑𝟖, 𝟒 𝒌𝒎/𝒉
𝑠
18
Eficiência energética Hungria
𝑝 1 𝑞 27 𝑏
𝑣𝑓1 = 2 ∙ √− 3 ∙ 𝑐𝑜𝑠 [3 ∙ 𝑎𝑟𝑐 cos (− 2 ∙ √− 𝑝³ )] − 3𝑎
1 202,12 1
𝑣𝑓1 = 79,299 ∙ 𝑐𝑜𝑠 [3 ∙ 𝑎𝑟𝑐 cos 0,86] − = 79,299 ∙ 𝑐𝑜𝑠 [3 ∙ 0,5359] − 67,37
3∙1
𝑚
𝑣𝑓1 = 79,299 ∙ 0,9841 − 67,37 = 78,04 − 67,37 = 10,67 = 𝟑𝟖, 𝟒 𝒌𝒎/𝒉
𝑠
𝑣𝑓 = 0 (𝑟𝑎𝑖𝑧 𝑒𝑠𝑡𝑟𝑎𝑛ℎ𝑎) 𝑜𝑢 𝑣𝑓 = 𝑣𝑖
19
Eficiência energética Hungria
O termo referente ao esforço trator será zero (equação 33) e, portanto, não haverá necessidade
de se multiplicar a equação (47) por “vf”. Assim, a equação se tornará de segundo grau e a solução
será dada pela aplicação de freio (Re) que se fizer. Teremos 3 possibilidades:
Como o consumo horário de combustível é sempre o mesmo quando a locomotiva está em freio
dinâmico, quanto menor for a velocidade final, menor será a velocidade média e, portanto, maior
será o tempo nesta condição, consumindo mais combustível.
Deve-se selecionar uma velocidade segura para rampas superiores a 2 % e dentro do máximo da
eficiência do freio dinâmico. No caso de rampas menores, a escolha da velocidade final pode ser a
maior possível, mas ainda dentro da máxima velocidade autorizada para o trecho, para reduzir o
tempo enquanto em freio dinâmico.
Vamos agora isolar a “vf” da equação (47), considerando a eliminação do termo relativo ao
esforço trator:
𝑀𝑇
∙ (𝑣𝑓 − 𝑣𝑖 ) = −(𝑅 ′ + 𝜑) − 𝜃 ∙ 𝑣𝑚 − 𝜓 ∙ 𝑣𝑚
2
𝑔∙𝑡
𝑀𝑇 𝑣𝑖 +𝑣𝑓 𝑣𝑖 +𝑣𝑓 2
𝑔∙𝑡
∙ (𝑣𝑓 − 𝑣𝑖 ) = − (𝑅′ + 𝜑) − 𝜃 ∙ ( 2
)−𝜓∙( 2
)
𝜓 𝑀 𝜃 + 𝜓 ∙ 𝑣𝑖 𝜃 𝑀 𝜓
𝑣 2 + (𝑔∙𝑡𝑇 + ) 𝑣𝑓 + [(𝑅 ′ + 𝜑) + (2 − 𝑔∙𝑡𝑇) 𝑣𝑖 + 4 𝑣𝑖2 ] = 0 (63)
4 𝑓 2
𝜓 𝑀 𝜃 + 𝜓 ∙ 𝑣𝑖 𝜃 𝑀 𝜓
𝑎= ; 𝑏 = (𝑔∙𝑡𝑇 + ) ; 𝑐 = [(𝑅 ′ + 𝜑) + (2 − 𝑔∙𝑡𝑇) 𝑣𝑖 + 4 𝑣𝑖2 ]
4 2
𝑎𝑣𝑓2 + 𝑏𝑣𝑓 + 𝑐 = 0 (: a)
𝑏 𝑐 𝑏 𝑐
𝑣𝑓2 + 𝑎 𝑣𝑓 + 𝑎 = 0 e chamando de 𝑟 = 𝑎 𝑒 𝑠 = 𝑎
−𝑟 ± √𝑟 2 −4𝑠
𝑣𝑓2 + 𝑟 𝑣𝑓 + 𝑠 = 0 => 𝑣𝑓 = (basta a solução relativa ao sinal +)
2
2 𝑀 𝜃 + 𝜓 ∙ 𝑣𝑖 2 𝑀 𝜃 2 2 ∙ 𝑀𝑇 ∙ 𝜓
𝑣𝑓 = − 𝜓 (𝑔∙𝑡𝑇 + ) + 𝜓 √( 𝑔∙𝑡𝑇 + 2) + ∙ 𝑣𝑖 − 𝜓(𝑅 ′ + 𝜑) (64)
2 𝑔∙𝑡
20
Eficiência energética Hungria
Exemplo 4: Usando os mesmos dados do exemplo 2, calcular a velocidade final para descer uma
rampa de 2% considerando um tempo de 3.211 s e um percurso de 30 km. Velocidade inicial: 9,08
m/s = 32,69 km/h.
Análise: Se o objetivo for atender simultaneamente o tempo disponível e a distância, o consumo de
óleo diesel será maior e haverá uma alta força de inércia (geradora de choques). Se o principal
objetivo for cumprir a distância (em um menor tempo), o consumo será menor e a força de inércia
será zero, ou seja, a velocidade final será igual à inicial como previsto pela equação (62).
𝑏 𝑐
𝑣𝑓2 + 𝑎 𝑣𝑓 + 𝑎 = 0 ∴ 𝑣𝑓2 + 151,35 𝑣𝑓 + 0 = 0
O trem parou ao cumprir o tempo disponível, como esperado, porém não cumpriu a distância
(14,6 km < 30 km).
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O fabricante da locomotiva informa que o consumo, quando em freio dinâmico, é de 28,4 l/h em
qualquer ponto.
𝑙 ℎ
𝐶 = 28,4 ∙ 3.211 𝑠 ∙ 3.600 𝑠 = 25 𝑙 para 48,7 % da distância (14,6 km).
ℎ
5. Conclusão:
Para a operação em frenagem, este não é o melhor caminho. Para este caso, deve-se procurar
fazer a força inercial ser zerada. Assim, pode-se obter o tempo necessário para fazer o percurso, que
poderá ser igual ou menor do que o disponível, conduzindo a um menor consumo de combustível.
A velocidade final será igual à inicial (e igual à velocidade média). Para este caso:
𝑥 30.000
𝑡=𝑣 = = 3.304 𝑠 = 0,92 ℎ > 0,89 ℎ
𝑚 9,08
Neste exemplo, vemos que o tempo disponível de 3.211 s é insuficiente para cumprir a distância
de 30 km fazendo vf = vi. São necessários 3.304 s. Desta forma, a velocidade final terá de ser um
pouco maior do que a inicial (possibilidade 1):
30.000 𝑚
𝑣𝑚 = = 9,343
3.211 𝑠
Notar que já temos a resposta para a velocidade final. O que precisamos calcular é a aplicação
de freio necessária para que o tempo disponível e a distância sejam ambos cumpridos
simultaneamente.
6. Cálculo da aplicação de freio:
Utilizando a equação (35):
𝐹𝑖 = 𝐸𝑇 − 𝑅𝑐 − 𝑅𝐷 − 𝐹𝑔 − 𝐹𝐷 − 𝐹𝑃 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝐸𝑇 = 0
𝐹𝑖 + 𝑅𝑐 + 𝑅𝐷 + 𝐹𝑔 + 𝐹𝐷 + 𝐹𝑃 = 0 ∴ 𝐹𝑃 = −𝐹𝑔 − (𝑅𝑐 + 𝑅𝐷 + 𝐹𝐷 + 𝐹𝑖 )
− 𝐹𝑔 − (𝑅𝑐 + 𝑅𝐷 + 𝐹𝐷 + 𝐹𝑖 ) − 𝐹𝑔 − (𝑅𝑐 + 𝑅𝐷 + 𝐹𝐷 + 𝐹𝑖 )
𝑝𝑐 = ∴ 𝑅𝑒 = (66)
𝑛𝑣 ∙ 𝜇 ∙ 𝐴𝑐 ∙ 𝑅𝑎 ∙ 𝑒 2,5 ∙ 𝑛𝑣 ∙ 𝜇 ∙ 𝐴𝑐 ∙ 𝑅𝑎 ∙ 𝑒
2)
𝑅𝐷𝑣 = 𝑛𝑣 𝑃𝑣 (𝑎𝑣 + 𝑏𝑣 𝑣𝑚 + 𝑐𝑣 𝑣𝑚 = 50 ∙ 112 ∙ (1,12 + 0,05038 ∙ 9,343 + 0,00161 ∙ 9,3432 ) = 9.695 𝑘𝑔𝑓
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