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Análise Música: Disparada – Geraldo Vandré

A canção contém caráter narrativo [1ª pessoa], a figura de linguagem de cunho metafórico,

com: começo, meio e fim bem definidos. A filosofia é fusão de Rousseau, Marx e

cristianismo [não me aprofundarei na questão filosófica]. Enfim, segue análise da música:

Prepare o seu coração pras coisas que eu vou contar

Eu venho lá do sertão, eu venho lá do sertão

Eu venho lá do sertão e posso não lhe agradar

Nesta primeira estrofe, o narrador diz que vem do sertão. Repare que é um retirante e, por

isso, é um forasteiro fazendo “invasão”. Ou seja, é um invasor que incomodará a região

invadida, assim como também poderá incomodar pelo jeito de pensar. O narrador é

possivelmente da classe baixa e tem uma forma de pensar diferente das outras classes

sociais.

Além disso, a mensagem que o narrador está a propagar pode não agradar quem a escuta

[porque as pessoas têm resistência a mudanças].

Aprendi a dizer não, ver a morte sem chorar

E a morte, o destino, tudo, a morte e o destino, tudo

Estava fora do lugar, eu vivo pra consertar

Como o narrador não é do mainstream social, é de vivência sofrida, tal condição o fez

experimentar de várias desgraças em vida.

E como ele está narrando uma vivência, ele dá pista que: “vivo para consertar” [isso

é caracterizado pelo tempo verbal], ou seja, saiu da condição de impotência pela limitação

social para ser um agente de mudança [obteve poder].

Na boiada já fui boi, mas um dia me montei

Não por um motivo meu, ou de quem comigo houvesse

Que qualquer querer tivesse, porém por necessidade


Do dono de uma boiada cujo vaqueiro morreu

Essa estrofe aponta o ponto de ruptura e a mudança de status social do próprio narrador.

Se no passado o narrador retirante era apenas mais um “boi”, ou seja, só mais um na

multidão [um mero “acebolado”], por causa de um fenômeno qualquer o fez mudar este

status quo [não porque ele forçou isso: “não por um motivo meu”], mas porque houve

mudança no sistema de liderança, o qual ele ocupou porque não há vácuo no poder [por isso

que o narrador diz: “porém por necessidade”]. O narrador tomou o lugar do vaqueiro.

Portanto, virou vaqueiro.

Por causa da modulação “Na boiada já fui boi, mas um dia me montei“, tal condição reflete

que o narrador é realmente do “povo acebolado” [já foi boi], o que desmonta a tese de que a

canção remeteria ao ex-presidente João Goulart [que era filho de coronel fazendeiro, dono

de muitas áreas de terra e de muitas cabeças de gado]. João Goulart nunca foi povão

[nunca foi gado].

Boiadeiro muito tempo, laço firme e braço forte

Muito gado, muita gente, pela vida segurei

Seguia como num sonho, e boiadeiro era um rei

Ao virar líder deste “sistema de poder”, em um primeiro momento comportou-se como os

líderes anteriores, ao controlar o povo de forma a segurar muito gado e muita gente

[restringir liberdade], ao ser linha-dura, além de surfar a ascensão social e aproveitar as

vantagens que o poder dá: que é até mesmo o poder de manter o povo como gado.

Seguir como num sonho significa o problema do poder subir à cabeça, o deslumbre

do poder que o torna um rei [rei significa aquele que pode tudo].

Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo

E nos sonhos que fui sonhando, as visões se clareando


As visões se clareando, até que um dia acordei

Como o sonho significa poder subir à cabeça, além de que o narrador estava deslumbrado

pelo poder ao ponto de tornar-se o que mais temia: o mesmo tipo de líder opressivo que

acha que pode tudo, este modelo continuado o fez acordar e enxergar a verdade: refletir

que estava fazendo a mesma coisa que os outros líderes tiranos faziam.

Então não pude seguir valente em lugar tenente

E dono de gado e gente, porque gado a gente marca

Tange, ferra, engorda e mata, mas com gente é diferente

Como o narrador acordou do fato que ele deixou de se sensibilizar pelos

desafortunados, esquecendo-se até mesmo de onde veio, deste modo, o narrador não pode

seguir com o mesmo modelo, ao virar, agora, de fato um agente de mudança. Porque ele vive

pra consertar. Ou seja, se sensibilizará com o gado [a massa popular]. Com gente é

diferente.

Ao rever os conceitos, ao decidir não ser como o líder do Sistema anterior [com

os mesmos vícios], o narrador dá a entender metaforicamente que não será mais repressivo

porque ter poder não significa ser tirânico.

Se você não concordar, não posso me desculpar

Não canto pra enganar, vou pegar minha viola

Vou deixar você de lado, vou cantar noutro lugar

E o narrador, também, arremata ao explicar ao receptor que está convicto e não mudará de

ideia de jeito nenhum [não liga para quem é resistente a mudanças]. Se o ouvinte não

concorda, não há o que fazer.

Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui rei

Não por mim nem por ninguém, que junto comigo houvesse

Que quisesse ou que pudesse, por qualquer coisa de seu


Por qualquer coisa de seu querer ir mais longe do que eu

O narrador passou por tantas coisas, desde ser retirante do sertão até ser comandante do

Sistema, ao conseguir por milagre deixar de ser só mais um para virar “rei”, com essa

ascensão social o narrador desafia qualquer receptor a mostrar se teve algo próximo a esta

trajetória de sucesso. É questão de meritocracia.

O narrador desafia e garante que ninguém chegou tão longe quanto ele. O

narrador faz apelo à autoridade pra explicar estar certo em modificar o Sistema

[repressivo]. Ou seja, o receptor não tem vivência nem maturidade para compreender a

mudança porque não viveu na classe baixa e não sofreu o que o narrador sofreu.

Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo

Já que um dia montei agora sou cavaleiro

Laço firme e braço forte num reino que não tem rei

Após refletir por muito tempo [“mundo foi rodando nas patas do meu cavalo”] E

como o narrador aceita ser este agente de mudança [já que um dia montei agora sou

cavaleiro], o narrador aceita o desafio e comandará um novo Sistema, mas sem o “pode-

tudo” que a tirania fornece, ou seja, construirá um “reino que não tem rei”.

Conclusão: a canção Disparada é uma narrativa escatológico-revolucionária.

Dá lição de moral no sentido de que só porque se tem o poder não precisa ser

tirânico; mostra que a insensibilidade de quem está no poder se dá porque o sujeito que se

acha superior aos demais não se coloca no lugar dos desafortunados porque não teve,

teoricamente, vivência de sofreguidão [não se coloca no lugar do outro]; e critica aqueles

que possuem medo da mudança, em que o narrador impõe a metamorfose social ao invés de

apenas sugerir.

A canção fez crítica à ditadura militar de 64? Também [porque foi um sistema

repressivo]. Mas o foco da música é dar indireta a qualquer sistema tirânico que trata o
povo como gado, e que dependendo das condições há de surgir até revolução [o gado virou

boiadeiro]. A esses regimes a carapuça serve de forma salutar. E disparada pode ser

traduzido como dispersão do povo para deixar de ser gado.

Enfim, Disparada é uma musica revolucionária - mas no sentido de reviravolta da evolução, e

não no sentido de revolta violenta. Uma música para convencer tiranos a deixarem de ser.

Não é sobre João Goulart.

Disparada e Jair Rodrigues : Clareando visões

Meu professor de português no primeiro ano do curso científico em Mirassol era pouco
ortodoxo. Preocupava-se quase nada com gramáticas, análises sintáticas, análises
morfológicas, ortografias e vivia estimulando a reflexão. No começo do ano letivo de 1967,
fez com que a turma se posicionasse a respeito das músicas Disparada de Theo de Barros e
Geraldo Vandré e A Banda de Chico Buarque, que haviam sido vencedoras do II Festival da
Música Popular Brasileira da TV Record no ano anterior.

Foi aí que nos demos conta da beleza que havia na simplicidade e no jogo de palavras de A
Banda, que fazia com que até o velho fraco se esquecesse do cansaço e dançasse e a moça
feia na janela pensasse que a banda tocava pra ela. Mas foi com a riqueza de significados
de Disparada que nos surpreendemos, do homem, do boi, da boiada, do reino que não tinha
rei. Certamente enxergamos no poema mais do que Vandré quis dizer.

No II Festival da Música Popular Brasileira, Disparada e A Banda terminaram empatadas e


dividiram o primeiro lugar e o prêmio da TV Record, de 30 milhões de cruzeiros. Muitos
anos depois, Zuza Homem de Mello, no livro A era dos festivais, uma parábola, fez uma
revelação surpreendente. Na verdade a música A Banda é que fora a vencedora do festival,
mas Chico Buarque disse a Paulinho Machado de Carvalho que se recusava a receber o
prêmio, porque achava Disparada melhor música. E falou a sério. O manda-chuva da Record
então reuniu-se com os jurados e resolveram decretar o empate, que acabou premiando as
duas canções que tinham a preferência popular. O resultado real foi de 7 votos para a
Banda e 5 para Disparada. A versão oficial foi que ficou 6 a 6. Paulinho Carvalho entregou o
envelope com os votos a Zuza, recomendando que o guardasse num cofre e mantivesse
segredo, que Zuza guardou por muitos anos. Na época, Chico Buarque tinha 22 anos de
idade e era apenas um promissor compositor. Nunca revelou isso a ninguém. 

A melodia de Disparada é de Theo de Barros, que musicou um poema de Geraldo


Vandré. Quem cantou a música no Festival foi Jair Rodrigues, acompanhado pelo Trio Novo
e pelo Trio Marayá. O Trio Novo foi formado naquele mesmo 1966 e era composto por Theo
de Barros, Heraldo do Monte e pelo jovem baterista e percussionista Airto Moreira, que
viria a se tornar um dos maiores músicos do mundo. A eles se juntou, no ano seguinte,
Hermeto Pascoal e o nome mudou para Quarteto Novo.

A interpretação de Disparada no Festival foi magnífica. Jair Rodrigues, cantor de


samba e bossa-nova, já era famoso e fazia com Elis Regina o programa “O fino da bossa” na
TV Record. Ele tinha um estilo brincalhão, brincava com tudo, com as músicas, com a
plateia, provocava risos no meio das músicas e isso causava certo receio nos autores porque
Disparada era uma canção que necessitava de uma interpretação compenetrada. Jair
Rodrigues arrasou.

Na final do festival ficou marcada a presença, ao lado de Jair Rodrigues, de um


percussionista que tocava um estranho instrumento. Aquilo era uma queixada de burro, que
produziu exatamente o som de chicote que os autores queriam e Airto Moreira procurou
muito. Após várias tentativas frustradas de obter o som desejado com outros materiais,
Airto se lembrou que já ouvira um som produzido por uma queixada de burro numa
orquestra espanhola, que podia dar certo. Descobriram um percussionista em Santo André
que tinha a tal queixada, compraram-na e o resultado foi ótimo. Quem está estalando a
queixada no vídeo é o percussionista Manini, que substituiu Airto Moreira no dia da final.

Em Bálsamo só conseguíamos sintonizar um único canal de televisão, a TV Tupi, canal 4 Isso


não impedia que os jovens balsamenses acompanhassem com  ansiedade o desenvolvimento
dos festivais pelo rádio, jornais e revistas.

No site da TV Record pode ser vista a apresentação de Jair Rodrigues na final desse
festival. 
http://entretenimento.r7.com/videos/jair-rodrigues-canta-disparada-no-festival-de-
musica-brasileira-de-1966/idmedia/536b954d0cf23f63c341ee05.html

Relevem a qualidade do vídeo e verão que a música, o arranjo, a interpretação são, de fato,
emocionantes.

Há exatamente um ano, publiquei este texto no blog Xarope de Letrinhas. Jair Rodrigues,
falecido em 08 de maio de 2014 foi um grande intérprete da música brasileira.

No caso de “Disparada”, a queixada de burro além de trazer para o palco uma combinação
de sons e o caráter da música, trouxe também um elemento do “espaço” em que a narrativa
estava inserida: o sertão.Vandré sempre se mostrou bastante crítico em relação à
incorporação de elementos estrangeiros na música brasileira, não necessariamente impondo
uma pureza à nossa música, mas buscando uma autoafirmação no que diz respeito à sua
valorização, daí a sua divergência com os tropicalistas e até mesmo com os bossanovistas.
Seu afastamento em relação aos “rótulos” revela uma forte tendência de rejeição às
influências da cultura norte-americana na música brasileira (numa atitude anti-imperialista)
e às temáticas, aparentemente, descomprometidas, mas também em relação ao que
denominava como “arte panfletária”. Para compreender a postura de Vandré é importante
refletirmos sobre a política de intervenção dos Estados Unidos nos países da América
Latina e sua forte atuação e colaboração com a Ditadura Civil Militar no
Brasil. Estudos recentes têm aprofundado o conhecimento a respeito do papel dos Estados
Unidos nessa conjuntura.

COMPREENDENDO A CANÇÃO

1 – De que fala a letra desta canção?


      Fala da alienação dos trabalhadores rurais, explorados pela opressão do latifúndio, que
trata o povo da mesma forma que trata o gado.
2 – Como eu-lírico se apresenta nos primeiros versos?
      Como um sertanejo na cidade grande. É um artista, muito provavelmente um cantor de
rua. E é na rua que ele está quando começa a contar sua vida. Tem conhecimento de que,
durante a narração, pode não agradar algumas pessoas. Ele sabe que a verdade sempre
machuca.

3 – Vandré associa o povo daquele seu sertão a uma boiada, percebemos aqui uma metáfora
Explique.
      Ele considera que cada pessoa simples era um boi, e ele como integrante daquela
sociedade, era também um boi em toda a boiada.

4 – Na 2ª estrofe, o nosso narrador-personagem nos remete para onde?


      À sua vida no sertão, como pobre ele era acostumado à vida difícil, pois estava face a
face com a negação, sempre dizendo “não” e a morte não o assustava, era corriqueira.

5 – No momento em que o eu-lírico diz “mas um dia me montei”, que significa este verso?
      Que montar-se seria assumir definitivamente uma nova posição dentro da boiada, vindo
a ter, inicialmente, atitude similar à do fazendeiro.

6 – Por fim, que conclusão chega o boiadeiro?


      De que ele sé será forte-verdadeiramente forte, se estiver em um reino onde não há
mais um rei.

7 – Vandré nos apresenta subliminarmente que movimento?


      O Anarquismo, para ele a solução para acabar com a dor da sofrida gente sertaneja.
Num reino sem rei, onde o poder não será centralizado nas mãos de uma única pessoa. O
poder é de todos, porque são os bois que realizam, o trabalho, enquanto os reis boiadeiros
nada fazem.

Análise sobre "Disparada" de Vandré

Como já fizera em postagem anterior com a canção “Starway to Heaven” da banda Led
Zeppelin desta vez apresentarei as minhas impressões sobre a canção nacional “Disparada”
de Geraldo Vandré, permanecendo na lógica anterior de metalinguagem/inter-texto/sub-
textual.

Para tanto juntamente com a letra da canção abaixo farei inserções de comentários, todos
em itálico.

Disparada
Geraldo Vandré
Composição: Geraldo Vandré e Theo de Barros

Prepare o seu coração


Prás coisas
Que eu vou contar
Eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão
E posso não lhe agradar...

Aprendi a dizer não


Ver a morte sem chorar
E a morte, o destino, tudo
A morte e o destino, tudo
Estava fora do lugar
Eu vivo prá consertar...
Prof. Menta: tudo fora do lugar pode ser entendido como a sociedade vivente ou mesmo a
realidade objetiva da vida. Vale lembrar que Geraldo compõe em meio a uma situação de
convulsão social e política em nosso país, as voltas com uma Ditadura Militar; viver para
consertar pode ser compreendido sob dois prismas – ser “pau para toda obra”, trabalhador
braçal mesmo, ou então ser alguém com alguma consciência (para si) e sabedor das mazelas
em torno sempre se dispõe a mudar o mundo.

Na boiada já fui boi


Mas um dia me montei
Não por um motivo meu
Ou de quem comigo houvesse
Que qualquer querer tivesse
Porém por necessidade
Do dono de uma boiada
Cujo vaqueiro morreu...
Prof. Menta: a boiada é uma metáfora para o grosso da população, o povo ou populacho
mesmo (a maioria das pessoas). E montar-se seria assumir definitivamente a condição,
marginal, de Ser-boi (mais um no extenso rebanho que compõe o tecido social).

Boiadeiro muito tempo


Laço firme e braço forte
Muito gado, muita gente
Pela vida segurei
Seguia como num sonho
E boiadeiro era um rei...
Prof. Menta: o boiadeiro vira rei quando sai da sua condição de “Ser-boi”, tomando as
rédeas dos demais (como que no comando sobre os outros trabalhadores) a pedido de um
fazendeiro; a princípio compreendo que o boiadeiro, assumindo novas responsabilidades,
passa a adquirir uma nova posição dentro da boiada, vindo a ter, inicialmente, atitude
similar a do fazendeiro (se sentir um rei).

Mas o mundo foi rodando


Nas patas do meu cavalo
E nos sonhos
Que fui sonhando
As visões se clareando
As visões se clareando
Até que um dia acordei...
Prof. Menta: aqui temos uma tomada de consciência, definitiva, por parte do boiadeiro, que
de rei volta a se reconhecer como Ser-boi. E o acordar mostra isso perfeitamente (eu
acordei para a realidade do mundo e para a minha realidade – a boiada e o Ser-boi).
Então não pude seguir
Valente em lugar tenente
E dono de gado e gente
Porque gado a gente marca
Tange, ferra, engorda e mata
Mas com gente é diferente...
Prof. Menta: ruptura total com a ordem estabelecida! O boiadeiro, cônscio de sua condição
existencial (dentro de uma sociedade de desprovidos e desigualdades), afirma que não pode
mais ser um rei, aquilo ali não era ele. E a justificativa é simples e impactante: gente é
gente, é ser humano (ele clama por sua humanidade, por sua condição de sujeito) e não gado
(que a gente tange, ferra, engorda e mata – como o fazendeiro faz com seus trabalhadores,
ou em sentido macro-cósmico como a burguesia global faz com a massa de trabalhadores).

Se você não concordar


Não posso me desculpar
Não canto prá enganar
Vou pegar minha viola
Vou deixar você de lado
Vou cantar noutro lugar

Na boiada já fui boi


Boiadeiro já fui rei
Não por mim nem por ninguém
Que junto comigo houvesse
Que quisesse ou que pudesse
Por qualquer coisa de seu
Por qualquer coisa de seu
Querer ir mais longe
Do que eu...

Mas o mundo foi rodando


Nas patas do meu cavalo
E já que um dia montei
Agora sou cavaleiro
Laço firme e braço forte
Num reino que não tem rei
Prof. Menta: por fim o boiadeiro chega a uma conclusão final – de que ele só será forte,
verdadeiramente forte, se estiver em um reino onde não há mais um rei (anarquia).

Tem outra visão sobre esta mesma canção? Coloque aqui o seu comentário e vamos dialogar.

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