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Análise e Produção de Textos

Aula 01 - Língua, Linguagem, Fala,


Escrita e Variação Linguística


u n IC Ã
EDUCAÇ
2 Análise e Produção
de Textos

Introdução da Aula
Olá, cursista!

Estudaremos nesta aula língua, linguagem, fala, escrita e variação linguística. Muita
atenção a todo o material da aula!

Iniciaremos nosso estudo com uma reflexão acerca das noções que você tem sobre língua,
linguagem, fala, escrita e variação linguística.

O conhecimento linguístico perpassa pelo domínio da linguagem em seus aspectos sociais


e a adequada utilização da língua em sua plenitude, o que significa ter noção da aplicabi-
lidade de tais conhecimentos nas práticas sociais cotidianas e nas atividades profissionais
para as quais você está se habilitando.

As noções adequadas sobre fala e escrita também serão


tratadas, haja vista as duas modalidades serem tão impor-
tantes na comunicação e na produção de textos orais e
escritos, os quais serão produzidos por você em todas as
disciplinas do curso.

Em relação à variação linguística, destaca-se o fato de a abordagem ser bastante atual, com
ênfase no entendimento das variedades sobretudo para o entendimento dos diferentes
falares e para evitar o juízo de valor depreciativo e que sustenta o preconceito linguístico.

Espera-se que ao final desta aula você seja capaz de compreender língua e linguagem e
diferenciar fala e escrita no processo de formação do português brasileiro.

Para você, o que é língua? Linguagem?

Reflita um pouco sobre o seu significado e no final da aula faça novamente essa reflexão.

Vamos começar!
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de Textos

Tópico 1 – Língua e Linguagem


Nos usos da linguagem no contexto social e acadêmico, as relações sociais e as práticas
diárias de comunicação se fazem presentes e têm o seu significado ampliado pelas trans-
formações e pelas mudanças sociais.
Há novas perspectivas para a língua e a linguagem no contexto da pós-modernidade.
Assim é preciso considerar que as instituições modernas diferem de todas as formas
anteriores de ordem social, pois têm um dinamismo diferente, uma quantidade muito
maior de informações e isso interfere nos hábitos, nos costumes, nas atividades sociais e
acadêmicas.

Assim, surgem novas exigências e a necessidade de habilidades específicas para lidar com
as múltiplas linguagens e para agir nos diferentes contextos da vida pessoal e profissional.

Nesse sentido, compreender os conceitos de língua e linguagem, em diferentes perspecti-


vas, facilitará a comunicação e o entendimento, além de fortalecer a atuação no mercado
de trabalho, que refletirá em um perfil acadêmico e profissional diferenciados e com muito
mais oportunidades de empregabilidade.

Em uma visão mais simplista, a língua consiste na organização de palavras, que


seguem regras específicas e que uma comunidade linguística utiliza, ou seja, um
sistema linguístico que uma determinada comunidade conhece e utiliza para
se comunicar. Entretanto, novos estudos ampliaram a definição de língua e
destacaram a necessidade de se considerar as condições de produção e de recepção
em que cada usuário da língua a utiliza, nos diferentes contextos. Isso é confirma-
do por Marcuschi (2008), ao destacar que a língua é uma atividade social, históri-
ca e cognitiva, desenvolvida de acordo com as práticas socioculturais e, como tal,
obedece a convenções de uso fundadas em normas socialmente instituídas.
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Segundo Azeredo (2008), a língua é a expressão da imagem que os interlocutores fazem da


situação social em que se encontram, ou seja, uma forma de comportamento e, como tal,
requer de seus usuários discernimento para adequar as formas que empregam à situação e
à finalidade do ato comunicativo.

É nisso que consiste a competência verbal de um cidadão.

Portanto, para a nossa abordagem, a língua será estudada nos aspectos referentes
à fala, à escrita, à compreensão leitora, às mudanças por que toda língua passa
ao longo da sua história e às variações que apresenta. Isso permitirá que a língua
seja analisada no sentido do que cada um poderá escolher, organizar e produzir
textos em diferentes modalidades (escrita e oralidade). Esse conhecimento pos-
sibilitará que você e seus colegas tenham pleno conhecimento e entendimento
para, por exemplo, interagir nesta plataforma com proficiência o que assegurará o
aprimoramento de habilidades fundamentais para o seu êxito na disciplina e nas
práticas sociais e acadêmicas. Nesse sentido, a interação deve ser destacada como
fundamental (Azeredo, 2008) no que se refere à língua, haja vista ser o meio
pelo qual há a relação com o mundo e como o anunciamos, o que reforça ainda
que sendo produzida pelos homens se constitui em um produto cultural, pois
materializa os valores culturais.

Reflexão

Como você já reconhece a língua, sabe que ela é


construída socialmente e que faz parte de um con-
texto, vamos ampliar a reflexão tratando do que é a
linguagem e quais relações ela tem com a língua?
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de Textos

A linguagem, em sua essencialidade, é o uso da língua como forma de expressão e


comunicação entre as pessoas e permeia todas as nossas ações na sociedade, seja na
individualidade ou na coletividade, e sem ela não se vive em sociedade.

Ela nos permite infinitas possibilidades de construir relações, de compreender, construir e


divulgar os valores culturais, sendo que ainda atua na formação da consciência de cada um.

A linguagem tem amplitude e deve ser considerada para além da fala e da escrita, haja
vista os outros sistemas simbólicos que também a representam (fotografia, cinema,
música, arquitetura, sinais, gestos etc.) e nos remetem a significados que extrapolam o que
se apresenta na materialidade.

Tudo isso, no nosso contexto social, acadêmico e profissional, repercute a importância e a


abrangência da linguagem.

Agora que você já compreendeu o que é a língua e o que é a linguagem, vamos estudar um
pouco sobre a fala e a escrita.
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Tópico 2 - Fala e Escrita


Segundo Marcuschi (2008), a fala é um conjunto de sons articulados
e marcados de forma sistemática por um significado inteligível. Ele a
considera uma forma de texto, pois tem seus fins comunicativos.

É notório que, em diferentes contextos, é atribuída à escrita um


valor maior do que à fala, o que deve ser observado no sentido de que
são duas modalidades, cada uma tem as suas especificidades e uma não é superior à outra
(KOCH e ELIAS, 2016).

Observe que a fala emerge no momento da interação, é uma interlocução ativa, mais
espontânea, pode utilizar os gestos e a expressão fisionômica. Destaca-se ainda o fato de ser
uma produção verbal conjunta e que ocorre em diferentes situações.

A escrita, por sua vez, tem a separação no tempo e no espaço entre quem escreve e quem
lê e o diálogo se estabelece em um “ideal” de interlocução, ou seja, espera-se que o leitor
compreenda o que o autor do texto quis expressar. Cabe salientar que o produtor do texto
tem mais tempo para planejar, executar e revisar o seu texto.

Outro aspecto relevante é o fato de a língua escrita não ser meramente a representação da
língua falada, mas consistir em um sistema que atende a outras especificidades, sendo que
os aspectos que favorecem a oralidade, tais como gestos, tom de voz e outros, na escrita
precisam ser transformados em recursos como pontuação, boas escolhas de vocabulário,
norma padrão etc.

Atenção
É fundamental compreender que fala e escrita têm
normas distintas, as quais a própria situação comuni-
cativa define, mas nunca devem ser consideradas como
modalidades opostas ou diferentes.
As características de uma modalidade podem estar
perfeitamente adequadas à outra, como por exemplo,
o ato de planejar o que se vai falar ou escrever.
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Agora, como você já entendeu as especificidades das modalidades da língua, no que se


refere à fala e à escrita, vamos ao estudo da Variação Linguística.

Variação Linguística
Antes de iniciarmos o estudo da variação linguística, cabe aqui relembrar que ao longo do
seu tempo de escolaridade você sempre estudou a norma padrão estabelecida, ou seja, um
conjunto de padrões linguísticos que determina o correto uso da língua de acordo com a
camada escolarizada da população.

Mas você também deve ter observado que as pessoas a sua volta, nas diferentes
situações sociais, acadêmicas e profissionais falam de alguma forma diferente. Há sotaques
diferentes, há palavras que são utilizadas por pessoas de idades diferentes e outras
situações.

Já pensou por que isso acontece? Veja a figura na próxima tela:


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Você observou que são dois falantes de idades diferentes e que as expressões utilizadas
no registro da fala de cada um, indicam que um não compreende plenamente o que o
outro quis dizer. Isso acontece, nesse caso, porque eles pertencem a faixas etárias diferentes.
Entretanto é preciso destacar que outros tipos de variação ocorrem: histórica, regional,
social, oralidade/escrita e formal/informal.

Comecemos pelo fato de que todas as sociedades são heterogêneas sob dois pontos de vista:

Diacrônico As sociedades mudam ao longo do tempo.

Em um mesmo momento histórico as


Sincrônico
sociedades apresentam realidades distintas.

Assim, as línguas também são heterogêneas, pois são a expressão da identidade das
sociedades que as usam. Consequentemente, todas as línguas apresentam algum grau de
variação.

Vídeo

Existe um movimento comum e natural em todas as lín-


guas e isso é variável devido a fatores culturais e histó-
ricos. A ele dá-se o nome de variação linguística.
As alterações podem ocor-
rer mediante aspectos históricos,
geográficos e socioculturais, sendo que os falantes dessa
língua se manifestam verbalmen-
te, utilizando as expressões e os
sotaques que lhes são peculiares.
Veja os vídeos abaixo e reflita sobre os vários exemplos
de sotaques!
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Temos como exemplo o nosso país, em que a língua falada –


Língua Portuguesa -, apresenta alterações na expressão
cotidiana de seus falantes. Assim, a língua portuguesa falada no Nor-
te do Brasil pode apresentar algumas diferenças em relação à língua
portuguesa falada no Sudeste do Brasil e assim sucessivamente.

Não há dúvida de que o uso da língua nos une, mesmo com as variações, sendo que elas de-
vem ser consideradas e respeitadas em conformidade com a região na qual se manifestam.

Tais variações são resultantes do princípio básico de que a língua é comunicação, então
é compreensível que seus falantes façam rearranjos de acordo com as suas necessidades
comunicativas. Os diferentes falares devem ser considerados como variações, não como
erros.

Estudo Complementar

Apesar de algumas variações linguísticas não terem o


mesmo prestígio social no Brasil e algumas pessoas ain-
da considerarem um modo de falar superior ao outro,
isso não pode ser utilizado como motivo para segrega-
ção, pois estaremos contribuindo para a manutenção
do preconceito linguístico.
Para ampliar ainda mais os seus conhecimentos sobre
a variação linguística no Brasil, leia o texto “A situação
sociolinguística no
Brasil”, da profa. Sttela Maris Bortoni-Ricardo. O texto
pode ser encontrado na em seu campus online.
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Encerramento
Perceba que existe um movimento comum e natural em todas as línguas e isso é variável
devido a fatores culturais e históricos. Trata-se da variação linguística.

As alterações podem ocorrer, sendo que os falantes dessa língua se manifestam


verbalmente, utilizando as expressões e os sotaques que lhes são característicos.

Entretanto, isso não deve ser utilizado como pretexto para a discriminação ou qualquer
forma de preconceito linguístico ou julgamento depreciativo, pois é necessário observar o
contexto, a situação, o falante e tudo que reflete na dinâmica da língua como um fenômeno
social.

Agora que finalizamos, você está apto a realizar os exercícios desta aula.

Fique atento a sua performance e frequência nas atividades!


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Estudo Complementar - Revisão Gramatical

Mesmo que você já domine bem as classificações a seguir, é sempre bom relembrar porque
elas são fundamentais para a correta acentuação das palavras e a compreensão do processo
como um todo.

Portanto, se você já sabe, é uma revisão; se por acaso se esqueceu, vamos relembrar; e
se nunca conseguiu aprender bem, essa é a hora. O domínio das classificações a seguir é
fundamental para o entendimento do processo de acentuação gráfica das palavras.

Classificação das Palavras

Quanto ao número de sílabas:


Monossílabo(a) pá - fé – oi – cru – bom
Dissílabo(a) casa – cruel – ruim – caos
Trissílabo(a) escola – ônibus – antena
Polissílabo(a) estômago - impossível
Quanto à tonicidade:
Átona sílaba com menor intensidade sonora: casa
- escola – rubrica – ótica
Tônica sílaba com maior intensidade sonora: casa
- escola – rubrica - ótica
Quanto à posição da sílaba tônica:
Oxítona última sílaba – caqui – cipó
Paroxítona penúltima sílaba – goiaba – lua – conteúdo
– enxáguam - rubrica
Proparoxítona estômago - lâmpada
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Ao iniciarmos a revisão do estudo da acentuação gráfica é bom lembrar também que tive-
mos a aprovação do Novo acordo Ortográfico

Saiba mais

Você sabia que a expectativa quanto ao acordo é favore-


cer e facilitar o intercâmbio cultural entre os integrantes
da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa: Brasil,
Portugal, Angola, Moçambique, Guiné Bissau, Cabo Verde
e São Tomé e Príncipe?

Essa facilidade ocorrerá no caso da publicação de livros, que não precisarão ser reeditados
conforme as peculiaridades de cada nação e também a tradução de documentos, o que for-
talecerá o idioma em âmbito internacional.

Acentuamos as proparoxítonas: ônibus - ínterim - esôfago - friíssimo

Acentuamos as oxítonas:

Terminadas em A – E – O – seguidas ou não de S: sofá(s) café(s) cipó(s)

Terminadas em EM – ENS: porém – alguém - refém –reféns – parabéns

Acentuamos as paroxítonas terminadas em:

L: útil - R - dólar - N – hífen - X – tórax

PS: - bíceps - US – bônus - ã – ímã

UM/ UNS/ I(S): álbum – álbuns - táxi

NOS e Ditongos: Elétrons - série - bênção

Acentuamos o ditongo aberto ÉU:


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chapéu - mundéu - céu

Não acentuamos os ditongos abertos EI e OI das palavras paroxítonas,

a menos que terminem em R*:

assembleia, ideia, jiboia, europeia, heroico, boia, Coreia,

estreia, plateia, paranoia

*Méier, blêizer, destróier

Permanece o acento agudo nos ditongos abertos ÉI

e ÓI nas oxítonas e monossílabos:

herói, papéis, dói.

Com o Acordo ortográfico não acentuamos mais os

hiatos finais oo e eem

voo - enjoo - magoo

leem - creem - releem

Hiatos em “i” e “u”

Acentuamos o “i” e “u” tônicos, quando estão como segunda vogal do hiato, sozinhos na
sílaba ou acompanhados de “s”: caí - saúde - faísca - balaústre

Obs.: raiz – raízes juiz - juízes -Exceção: não são acentuados seguidos de NH: rai-
nha - campainha - ladainha

O I e U antecedidos de ditongos (em palavras paroxítonas)

perdem o acento agudo: Bocaiuva, feiura.

Acentuamos os monossílabos

tônicos terminados em A – E – O:

pá, fé, dó, nó


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Acento Diferencial
Com o Acordo Ortográfico permanece em:

pôr (substantivo) por (preposição)

pôde (verbo – pretérito perfeito do indicativo) pode (verbo – presente do indicativo)

Acentuação gráfica no caso da mudança de sentido da palavra:

Vera (substantivo)

Verá (verbo)

O Trema

Deixou de ser usado em qualquer palavra, a menos que seja palavra estrangeira e tenha o
uso: Mϋller
Análise e Produção de Textos
Aula 02 - Elementos De Textualidade

Un
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de Textos

Introdução da Aula
Olá, cursista!

Definir os critérios de um texto, reconhecer a importância dessa prática, é motivo para


aprofundamento dessas noções a fim de que você produza bons textos, sempre com a
segurança de que estes atendem plenamente aos critérios de textualidade, o que repercutirá
no seu desempenho acadêmico e profissional.

Portanto, após o estudo e a realização das atividades aqui propostas, espera-se que ao final
da aula você seja capaz de investigar e analisar o funcionamento dos textos a partir dos
fatores de textualidade.

Reflexão

Vamoscomeçarrefletindosobreostextosquevocêpro-

duz?Vocêosproduzcomoentendimentosobreoque

éconsideradorealmenteumtexto?Vocêtemconheci-

mento sobre os elementos de textualidade?


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Tópico 1 - O Que é um Texto?


O texto é uma forma de manifestação de uma atividade comunicativa em qualquer situação
de interação verbal, sendo que todo texto está inserido em um contexto e envolverá um
interlocutor.

Ele dependerá também de escolhas para a construção de ideias que deverão estar adequadas
a este contexto.

A produção textual (oral ou escrita) exige habilidades que devem ser aperfeiçoadas
constantemente, as quais são chamadas de elementos de textualidade e que irão permitir
o entendimento de que um conjunto de palavras, palavras e imagens ou somente imagens
são textos.

Antes de abordarmos os elementos de textualidade é importante considerarmos o seu


entendimento sobre o que é um texto, não é mesmo?

A escola, de modo geral, muitas vezes centralizou o texto na frase e essa é uma visão
reducionista.

O texto deve ser estudado com a amplitude que as teorias mais recentes proporcionam
àqueles que lidam, sobretudo no contexto acadêmico e profissional, com a produção
textual (oral ou escrita).

Destaca-se que em qualquer situação de interação verbal, o modo de manifestação da


atividade comunicativa é realizado por meio de um texto, pois ele expressa intenções
comunicativas, com determinada função nas práticas comunicativas e envolve um
interlocutor ou parceiro.

Atenção

Todotextotemumassuntoeestáinseridoemumcontexto,

sendoqueoprodutordotextodeveestaratentoàadequa-

çãodoseutextoaocontexto,ouseja,deveescolherbemas

palavras para construir as ideias.


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de Textos

Lembre-se de que o texto:

É uma sequência de Pode variar na exten- Pode ser produzido


palavras (oral ou são, entretanto, para em linguagem mais
escrita) e constitui se consolidar como formal, informal,
um todo que faz texto, é preciso que técnica ou coloquial
sentido para um esteja inserido em um (a depender do
grupo de pessoas determinado contex- contexto).
em certa situação. to de significação.

A produção textual (oral ou escrita) depende do contexto acadêmico ou profissional.

O texto não se restringe à linguagem verbal, às palavras. Ele tem várias outras dimen-
sões, sobretudo no cenário atual em que a comunicação ocorre em meio à utilização da
tecnologia, aos contextos midiáticos e imagéticos e todos estão inseridos nesse contexto.

Assim, é preciso considerar que existe o texto produzido pelo cinema, pelo teatro, pelas
artes, pela propaganda e muitos outros, pois a linguagem pode ser verbal (palavras) ou
não verbal (dança, gesto, imagens etc.) e não somente as palavras podem transmitir uma
mensagem!

O texto pode, portanto, misturar diferentes linguagens, ser híbrido, multimodal, ou seja,
a multimodalidade aqui é entendida como uma forma de comunicação. Nela coexistem
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diversas modalidades comunicativas (fala, gestos, palavras, processamento de imagem,


etc.). Mas não se esqueça de que o significado dependerá do contexto!

Veja o que se segue e pense em que contextos cada um representa um texto:

E então? Viu que um texto pode não ser somente apresentado na forma de uma sequência
de palavras? Que ele pode ter palavras, imagens (fotografias ou desenhos) e, portanto,
constituir um texto híbrido, ou seja, multimodal? Você verificou também que depende do
contexto em que se insere para ter significado, não é mesmo?

Agora que você já compreendeu o que é um texto, vamos estudar um pouco sobre a
textualidade? Aproveite para ler o texto da autora Irandé Antunes (2010) “Noções
Preliminares sobre texto e suas propriedades” para ampliar o seu conhecimento sobre o
assunto. Acesso o seu campusonline para ter acesso ao texto.
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de Textos

Tópico 2 – Textualidade e seus Elementos


Afim de ampliar os fundamentos para a compreensão do que é um texto, surgiram novos
estudos acerca da noção do assunto.

Conceito

Atextualidadeédefinidacomoumconjuntodecaracterísti-

cas que faz com que um texto seja um texto.

Segundo Antunes (2010), a textualidade, é vista como caracterís-


ticas que estão nas estruturas das atividades sociocomunicativas
que são executadas entre aqueles que interagem na comunicação.
Isso significa, na interação verbal, a forma como se manifesta a
atividade comunicativa.

A autora enfatiza que para o processamento do texto é necessário ter:

• Conhecimento linguístico (aspectos lexicais e gramaticais);


• Conhecimento de mundo (vivências e experiências);
• Conhecimento de modelos globais de texto (ter noção da regularidade de
construção dos modelos de texto); e

• Conhecimento sociointeracional (saber sobre a realização social das ações


verbais, ou seja, interagir).

Desse modo, é muito importante considerar o que afirmam Koch e Elias (2012), de que o
texto terá sentido ou que o sentido será produzido pelos envolvidos na interação, desde
que sejam observadas as escolhas lexicais (vocabulário), a situação comunicativa (o contex-
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to), os recursos para a construção do texto (sintaxe) e o objetivo da comunicação.

Mas como assim?! Já vimos o que é um texto, mas o que analisar em cada um para saber se
é mesmo um texto? Então vamos estudar os elementos de textualidade!

Elementos de Textualidade
A produção textual (oral ou escrita) exige habilidades que devem ser aperfeiçoadas
constantemente, o que requer planejamento, escolhas precisas, boa articulação de ideias e
muitos outros aspectos, os quais irão assegurar que o texto produzido atende à intenção
comunicativa.

Assim, os fatores de textualidade constituem elementos que possibilitam o sentido do


texto, ou ainda, na perspectiva de Antunes (2010), tais critérios ou propriedades permitem
reconhecer um conjunto de palavras, e ainda, imagens e palavras ou somente imagens
como um texto. São eles:

COESÃO

É a unidade formal do texto que utiliza os recursos linguísticos, ou seja, os mecanismos


gramaticais e lexicais (vocabulário). É uma forma de tornar o texto claro e compreensível.

COERÊNCIA

É o elemento de textualidade responsável pelo sentido do texto e que, por meio do


encadeamento de sentido, assegura a unidade e a interpretação do texto. Depende não
somente da lógica interna do texto, como também do conhecimento de mundo de quem
interage, ou seja, está relacionado a um princípio de interpretabilidade que é, na verdade,
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a interpretação de cada um.

INFORMATIVIDADE

Todo texto tem um nível de informatividade, entretanto ele está relacionado ao


conhecimento de quem o lê ou escuta. Se a pessoa já conhece o assunto, terá um nível mais
baixo de informatividade, mas se ela não tem nenhum conhecimento do assunto terá um
nível mais alto de informatividade.

Importante observar na sua produção textual o equilíbrio entre informação dada e


informação nova.

INTERTEXTUALIDADE

Realiza-se por meio da utilização de conhecimentos oriundos de outros textos. A produ-


ção textual (oral e escrita) nem sempre se inicia com ideias novas, inéditas, mas pode se
originar do conhecimento proveniente de outros textos.

A formação acadêmica e os trabalhos acadêmicos utilizam a intertextualidade em várias


atividades, pois o conhecimento de vários autores é citado de forma direta ou indireta,
refletindo aquilo que já foi apreendido.

As empresas querem profissionais com habilidades técnicas, mas com


diferenciais que saibam inovar e criar alternativas que contribuam para o
progresso das organizações, atuando na solução de seus problemas, tendo não
apenas a capacidade de relacionar-se com pessoas, mas também a aptidão de
modificar para melhor o ambiente ao qual está inserido. Malschitzky (2016)
enfatiza que novo mercado de trabalho prolifera-se a solicitação de trabalhos
temporários, prestadores de serviços autônomos, trabalhadores por dia e por
hora, liberando os profissionais para conciliarem diversos tipos de trabalhos e
interesses profissionais.

CARVALHO, Pedro Carlos de. Empregabilidade: A competência necessária para


o sucesso no novo milênio. 4. ed. Campinas: Editora Alínea, 2016.
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ACEITABILIDADE

Representa o princípio de cooperação na interação, isto é, aqueles envolvidos na


situação procuram a compreensão mútua por meio da ativação e da relação que é feita com o
conhecimento de mundo.

INTENCIONALIDADE

Representa a intenção do produtor do texto, que pode ser indicada por marcas ou pistas
que conduzirão o recebedor na compreensão do sentido desejado, vale dizer, é o modo
como as pessoas utilizam o texto para realizar as suas intenções comunicativas.

SITUACIONALIDADE

O sentido de um texto será de acordo com a situação comunicativa e fica evidente que
o contexto é fundamental nessa circunstância. Portanto, possibilita que o texto se torne
adequado a cada situação.

Ex.: Diferentes situações comunicativas (reuniões, aulas, palestras etc.) em que a produção
textual (oral ou escrita) deve se adequar:
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Então, você compreendeu a importância de se conhecer os elementos de textualidade?


Lembre-se que para a produção textual é necessário ter a noção de texto e textualidade e
ainda conhecer e utilizar tais fatores, elementos ou critérios de textualidade.

Estudo Complementar

Agora leia o artigo sobre “A língua portuguesa e o

mercado de trabalho: um olhar sobre as relações entre

odomíniodopróprioidiomaeoêxitoprofissional”.Reflita

sobreoseuconhecimentoquantoàproduçãotextualoral

eescrita,sobretudodepoisdeestudareentendersobreo

queéumtextoeoselementosqueotornamadequadoe

efetivo na atuação acadêmica e profissional.

Otextopoderáserencontradoemsuasaladeaulavirtual.
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Encerramento
Vimos que o texto é a manifestação de uma atividade comunicativa em qualquer situação
de interação (oral ou escrita), sendo muito relevante considerá-lo no cenário atual, a partir
das diferentes dimensões que ele tem, ou seja, não restringir tal noção apenas às palavras.

Verificamos que o conhecimento dos elementos de textualidade possibilita aprimorar


o sentido do texto, sendo que isso repercutirá na sua produção acadêmica e na atuação
profissional de modo efetivo.
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Estudo Complementar - Revisão Gramatical


Agora, vamos inicialmente verificar como estão os seus conhecimentos sobre o uso do
hífen?

Utilize ou não o hífen, de acordo com o que você sabe, no trecho a seguir. Após, compare
a sua resposta da atividade e veja como foi o seu desempenho.

A poluição e o descontrole com relação às questões climáticas provoca o super


aquecimento. Isso está na pauta do Conselho Pan americano, haja vista alguns
países serem super resistentes a um pré acordo e tralharem na contra mão de um
consenso. O tema é super interessante, embora muitos se recusem a admitir que
as questões climáticas precisam ser consideradas por sub regiões.

GABARITO

A poluição e o descontrole com relação às questões climáticas provoca o


superaquecimento. Isso está na pauta do Conselho Pan-americano, haja vista
alguns países serem super-resistentes a um pré-acordo e tralharem na contramão
de um consenso. O tema é superinteressante, embora muitos se recusem a admitir
que as questões climáticas precisam ser consideradas por sub-regiões

Não se esqueça de que a adequada utilização do hífen contribuirá para o aprimoramento


do seu texto escrito!!!

O conhecimento sobre a utilização do hífen também faz parte do aprimoramento da


sua condição de produtor de textos escritos. Isso se torna ainda mais importante porque
necessita ser estudado conforme o Novo Acordo Ortográfico.
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Embora muitas palavras não tenham alterações em relação às regras anteriores, há mudan-
ças e você vai conhecer ou revisar as de maior uso no cotidiano da produção textual escrita.

Conforme o Novo Acordo Ortográfico:

Palavras Compostas e Justapostas

O hífen é usado em palavras compostas e justapostas (uma ao lado da outra) e que têm
uma unidade de estrutura e significado: quinta-feira; médico-cirurgião, norte-americano.

*Lembre-se de que algumas palavras compostas por justaposição não apresentam mais essa
noção de composição e o hífen não é usado: pontapé, paraquedista, girassol.

Palavras que se referem a fauna e flora

Palavras que se referem a espécies da flora e da fauna: couve-flor, bem-te-vi.

Palavras compostas com primeira palavra bem ou mal

O hífen é usado nas palavras compostas e que têm como primeira palavra “bem” ou “mal”
(advérbios), se a segunda palavra for iniciada por uma vogal ou pela letra “h”: mal-es-
tar,bem-humorado.

*Lembre-se de que há palavras compostas que não têm mais o hífen: benfeito, benfeitoria.

*Lembre-se ainda de que algumas palavras iniciadas pelo advérbio “bem” mantêm o hífen
no caso de a noção de composição não se aglutinar: bem-visto, bem-criado.

Locução

O hífen não é mais usado no caso de qualquer locução (uma ou mais palavras utilizadas
para exprimir um significado): dia a dia, fim de semana.

Nomes próprios de lugares iniciados com um verbo

Usa-se o hífen em nomes próprios de lugares que se iniciam com um verbo, ou com o
adjetivo grão/grã, ou se houver artigo entre tais palavras: Grã-Bretanha, Baía de Todos-
-os-Santos.

*Lembre-se de que os demais nomes próprios de lugares não utilizam o hífen, à exceção
de Guiné-Bissau.
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de Textos

Prefixo terminado com vogal diferente da palavra seguinte

Não se usa o hífen se o prefixo terminar com vogal diferente daquela que inicia a outra
palavra: coautor, semiaberto, infraestrutura, antiaéreo, plurianual.

Prefixos anti; co; mini; super; sobre

No caso dos prefixos (anti, co, mini, super, sobre etc.) o hífen é utilizado se a palavra
seguinte começar com a letra “h”: anti-higiênico, co-herdeiro, sobre-humano, super-ho-
mem.

*Lembre-se de que a exceção é “subumano”, pois tem-se a perda da letra “h”.

*Lembre-se ainda de que não se usa o hífen se o prefixo “co” junta-se à uma palavra iniciada
pela vogal “o”: cooperativa, coordenação.

Prefixo terminado em vogal e a palavra seguinte iniciada com consoante diferente de R


ou S

Não se usa o hífen caso o prefixo termine em vogal e a palavra seguinte se inicie com uma
consoante diferente de R ou S: ultramoderno, microcomputador, geopolítica, anteprojeto,
semicírculo.

*Lembre-se de que no caso do prefixo “vice” o hífen é utilizado: vice-presidente, vice-pre-


feito.

Prefixo terminado com mesma vogal que inicia a palavra seguinte

O hífen é usado se o prefixo terminar com a mesma vogal que inicia a palavra seguinte:
contra-ataque, anti-inflamatório, micro-ônibus, micro-ondas, semi-intensivo.

Prefixos: sem, pré, aquém, ex, recém, pós, pró, além

O hífen é obrigatório depois dos prefixos: sem, pré, aquém, ex, recém, pós, pró, além:
pós-doutorado, pré-vestibular, recém-casado, ex-aluno, sem-teto, além-mar, pró-reitor.

Prefixo terminado com consoante e palavra seguinte iniciada com a mesma consoante

Usa-se o hífen se o prefixo termina com consoante e a palavra seguinte começa com a
mesma consoante: inter-racial, super-romântico, inter-regional.
Análise e Produção
15
de Textos

*Lembre-se de que se o prefixo termina com uma consoante e a palavra seguinte começa
com uma consoante diferente, não se usa o hífen: superfaturado, intermunicipal, hipoti-
reoidismo.

* Lembre-se ainda de que há exceções:

-O hífen é usado no caso do prefixo “sub”, mesmo diante de palavras que se iniciam com
“r”: sub-região.

-O hífen também é usado após os prefixos “circum” e “pan”, caso a palavra seguinte seja
iniciada por “m”, “n” ou alguma vogal: pan-americano, circum-navegação.

Prefixo terminado com uma consoante e palavra seguinte iniciada com vogal

Não se usa hífen se o prefixo terminar com uma consoante e a palavra seguinte iniciar com
vogal: superinteressante, superaquecimento, interescolar, superexigente.

E como fica o uso do hífen no caso da separação de sílabas? Você já pensou?

O Novo Acordo Ortográfico determina que se o final da linha coincidir com a presença
do hífen que está entre aqueles elementos, deve-se utilizá-lo ao final dessa linha e repeti-lo
no início da linha seguinte:

Aquela disciplina era pré-

-requisito para o trabalho.

Entre os alunos comentava-

-se sobre a prova.

Como você estudou sobre o hífen, agora verifique se soube utilizá-lo adequadamente na
atividade feita.
Análise e Produção de Textos
Aula 03 - Gêneros Textuais
e Tipologias Textuais

---
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______ -·
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2-2013

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EDUCAÇÃO SUPERIOR
Análise e Produção
2
de Textos

Introdução da Aula
O homem é um ser social e, por isso, a comunicação é uma realidade que se impõe como
uma necessidade básica. Inicialmente, existe uma necessidade comunicativa, ou seja, algo
nos motiva a nos expressar, pedir, reclamar, encaminhar, argumentar, explicar... A partir
dessa necessidade, organizamos nosso pensamento e materializamos nossa necessidade em
textos, verbais ou não verbais.

Reflexão

Inúmeras são as possibilidades de efetivarmos a

comunicação uns com os outros, mas será que existem

balizas,oumelhor,parâmetrostextuaisqueadotamospara

melhororganizareagilizarnossascomunicaçõescotidianas?

Existemsequênciastextuaiscomcomportamentoslinguís-

ticosquefacilitamnossacomunicação?Quetalrefletirmos

sobre os conceitos de gêneros e de tipologias textuais?

Espera-se que ao final desta aula você seja capaz de diferenciar tipologia e gênero textuais
e compreender como se constroem os gêneros a partir das tipologias.

Reflexão inicial

Simulemos a seguinte situação: você decide reclamar a um Juizado Especial sobre um pa-
gamento que você realizou sem receber a prestação de serviço a ele correlata. Assim como
você, cinquenta outras pessoas recorrem, simultaneamente, ao mesmo órgão pelo mesmo
motivo ou por motivo similar.
Análise e Produção
3
de Textos

Imagine a dificuldade de compreensão e de triagem dos casos, caso não haja um modelo de
texto pré-estabelecido para se fazer o registro, de modo que cada pessoa resolva registrar
sua situação de maneira particular quanto à identidade do texto (formatos diferentes, lin-
guagens diferentes, extensões variáveis).

Você acha que isso seria viável ou, conforme acontece na prática, seria necessário haver
uma estrutura de texto previamente estabelecida a ser adotada por todos, com o intuito de
facilitar tanto o registro quanto a leitura e análise desses pedidos?

Você certamente já percebeu que existem modelos de textos socialmente partilhados por
nós usuários da língua, aos quais recorremos para materializar nossas necessidades comu-
nicativas. A esse conceito denominamos de gêneros textuais.

Vamos refletir um pouco sobre o que são os gêneros textuais e, também, sobre as tipolo-
gias textuais, que são sequências linguísticas a partir das quais estruturamos nossas deman-
das discursivas de expor, descrever, narrar, argumentar, dialogar, injungir.
Análise e Produção
4
de Textos

Tópico 1 - A Linguagem Humana


A linguagem humana, é mais que uma maneira de se comunicar, é uma forma de agir
socialmente (ANTUNES, 2009, p. 49).

Mediados pela linguagem, interagimos, nos manifestamos e somos, de modo que a


comunicação humana se efetiva por intermédio de textos, sejam eles verbais (construídos
com palavras) ou não verbais (construídos com imagens, gestos, silêncios...).

Conceito

SegundoCostaeSalces,textoétodamanifestaçãodelinguagem

pormeiodaqual“parceirosdeumaatividadecomunicativaglobal,

diantedeumamanifestaçãolinguística,pelaatuaçãoconjuntade

uma complexa rede de fatores de ordem situacional, cognitiva,

sociocultural e interacional, são capazes de construir, para ela,

determinado sentido” (2013, p. 40).


Análise e Produção
5
de Textos

Dessa definição, extraímos alguns requisitos para que se compreenda uma construção lin-
guística, um enunciado, como um texto:

• Supõe-se uma parceria entre os envolvidos → interlocutores


• Constrói-se por meio de um código linguístico → linguagem
• Expressa um conteúdo → assunto tratado

• Inscreve-se em um contexto comunicativo → contexto comunicativo e espaço


de circulação

• Faz sentido para os interlocutores → coerência


O critério predominante que faz com que um texto tenha esse status reconhecido é a
coerência, haja vista que pode existir um texto sem coesão (conexão entre as partes que o
estruturam), mas nunca sem coerência (sentido).

Para que um enunciado textual faça sentido, é imprescindível que se estabeleça um


“acordo de compreensibilidade” entre seus interlocutores, não apenas em relação à recep-
ção do conteúdo, mas também relativo ao reconhecimento das intencionalidades, que se
manifesta a partir da escolha da identidade de texto que se seleciona para o ato comunica-
tivo.

Você, por exemplo, encaminharia uma solicitação de


aumento salarial a seu chefe em uma declaração? Você
daria crédito a um anúncio publicitário de venda de
um produto que esteja divulgado em um formulário
de prescrição médica? Seria possível confundir um
e-mail com uma procuração, um resumo com um
cartaz, uma bula de remédio com uma petição jurídica? É claro que não, porque os textos se
manifestam com identidades diferentes, de acordo com características específicas a que
denominamos de gêneros textuais.
Análise e Produção
6
de Textos

Tópico 2 - Gêneros Textuais


Então, o que são gêneros textuais?
Segundo Bakhtin, gêneros textuais são “formas padrão e relativamente estáveis de estru-
turação de um todo, que constituem um rico repertório do gênero do discurso orais (e
escritos) (1992, p. 301-302)”.

Vídeo

Para entender melhor o conceito de gêneros textuais,

assista ao vídeo

Você consegue reconhecer determinado texto como representativo de um gênero textual?


Fatalmente você deve conseguir reconhecer, assim como consegue distingui-lo dos de-
mais. A essa habilidade de reconhecimento e de distinção dos diversos modelos de textos
damos o nome de competência metagenérica (KOCH & ELIAS, 2010). Ela é a responsável
por sabermos identificar, em nossas práticas discursivas cotidianas, qual é o gênero mais
adequado para cada ocasião.

Quando efetivamos uma comunicação, realizamos acordos comunicativos.

Os acordos comunicativos não se realizam apenas em um contexto micro, entre um sujeito


e outro quanto aos conteúdos expressos, mas se efetivam também em um nível macro, re-
lativo à própria identidade estrutural do texto previsto para os determinados atos enuncia-
tivos, de modo que não se espera receber uma nota fiscal ao invés de um atestado médico,
Análise e Produção
7
de Textos

ao final de uma consulta clínica.

Não se confunde, por exemplo, uma bula de remédio com uma petição jurídica, pois
cada um desses gêneros textuais tem características que os distingue um do outro. Essas
características se constroem sócio-historicamente, ou seja, os gêneros podem sofrer
mudanças, adaptações com o decurso do tempo e a depender do espaço onde irá circular.
Veja um exemplo recente ocorrido com um desses gêneros, vamos lhe contar uma história.

Você já reparou que, ao contrário de outros gêneros


textuais, a bula, que é produzida pelo laboratório far-
macêutico, tem dois interlocutores como destinatários,
ambos com conhecimentos distintos sobre os conteú-
dos ali expressos? Pois é, a mesma bula manipulada pelo
profissional de saúde é a que será lida pelo paciente que
adquire o remédio na farmácia.

Com o objetivo de facilitar a compreensão do leitor-paciente, a Resolução RDC nº.


47/2009, de 19 de janeiro de 2010, normatizada pela ANVISA estabeleceu novas regras
para elaboração, harmonização, atualização, publicação e disponibilização de bulas de
medicamentos.

Entre as mudanças efetivadas, estão o aumento do tamanho da letra e a exigência de uma


organização dialogada (agora em pergunta-resposta) para estabelecer uma linguagem
dialógica facilitadora da compreensão do texto pelo usuário-paciente.

As mudanças estruturais por que passou a bula ilustra a característica de heterogeneidade


do gênero textual.

O conceito de heterogeneidade está ligado ao que Bakhtin denominou no conceito ante-


riormente apresentado de “formas padrão relativamente estáveis”, uma vez que é passível
de todo gênero sofrer atualizações com o passar do tempo ou, ainda, a depender de seu
contexto de produção, como no caso da Resolução que alterou a formatação da bula de
remédio.

Apesar da atualização estrutural, ela não mudou de gênero, passando a partir de então a
ser outro, pois, no espaço onde circula, com o conteúdo que veicula e com o objetivo que
Análise e Produção
8
de Textos

incorpora, não pode ser confundida com outro gênero textual.

Vídeo

Paraentendermelhorosconceitosdegêneroedehetero-

geneidade, assista ao vídeo

Em sua obra de referência inicial na Linguística Textual, Bakhtin (1992) apresenta três
elementos característicos do gênero textual:

Composição

Composição ou campo composicional diz respeito à estrutura razoavelmente prevista para


cada gênero textual. Corresponde à característica principal, pela qual não confundimos um
e-mail com uma procuração, um resumo com um cartaz, um relatório com uma resenha,
uma carta com um artigo científico, um resumo com um cartaz, por exemplo.

Conteúdo

Refere-se ao teor previsto para cada gênero. Uma petição, um requerimento e uma soli-
citação demandam algo, contudo, se distinguem devido à estrutura prevista para cada um
desses gêneros;

Estilo

Relaciona-se à modalidade de linguagem prevista para cada gênero específico (técnica,


informal, formal, casual, acadêmica).
Análise e Produção
9
de Textos

Dessa forma, é possível classificar os textos de acordo com três elementos: a estrutura es-
pecífica, o conteúdo delimitado e a linguagem compatível com o público a quem se destina
e o espaço onde irá circular.

Tema
Assunto/conteúdo
do texto.

Gêneros
Textuais
Tipos relativamente
estáveis de enunciados
Estilo (disponíveis em nossa cultura) Construção
Composional
Linguagem utilizada;
Forma padrão de
Recursos da Língua;
estruturas;
(estruturas linguísticas);
Características estruturais
Conjunto lexical.
do texto.

Fonte: COSTA & SALCES, 2013, p. 171.

É importante observarmos que a exposição aos gêneros textuais em nossas práticas


cotidianas é fundamental para que possamos reproduzi-los, sejam eles orais ou escritos.

Estudo Complementar

NolivroLereescrever(2010,p.55),disponívelnabibliotecavirtual

doUniCEUB,KocheEliasrecuperamaclassificaçãofeitaporBakhtin

de gêneros primários e gêneros secundários:

“Enquantoosprimeiros(carta,diálogo,interaçõesface

a face) são constituídos em situações de comunicação

ligadasaesferassociaiscotidianasderelaçãohumana,

ossegundossãorelacionadosaoutrasesferas,públicase

mais complexas de interação social”.


Análise e Produção
10
de Textos

Você já deve ter constatado que o domínio das normas gramaticais não garante a
construção de um texto adequado. Conforme acabamos de verificar, é fundamental
conhecer a identidade do texto, ou seja, ter a competência metagenérica (saber construir
o gênero na situação em que ele é demandado), para podermos produzir textos adequados
nos diversos contextos de fala e escrita.

Pouco nos adianta sermos especialistas em gramática da língua portuguesa se, em uma
situação em que precisamos produzir uma procuração extrajudicial, um relatório de
aula prática, um memorial arquitetônico, uma palestra, uma sustentação oral ou um
documento de visão, por exemplo, nós não conheçamos suas composições, seus conteúdos
e, sobretudo, o tipo de linguagem prevista para cada um deles.

Atenção

É por isso que o estudo dos gêneros se torna imprescindível

em sua formação como aluno universitário, pois há gêneros

textuais específicos de sua área de atuação profissional que

precisam ser conhecidos mais a fundo por você.


Análise e Produção
11
de Textos

Tópico 3 - Tipologias Textuais


Além de conhecermos os gêneros textuais, para alcançarmos uma proficiência comunicati-
va, também se revela importante conhecermos os modos de enunciação característicos dos
gêneros, os quais são conhecidos como tipologias ou sequências textuais.

Sobre as tipologias textuais, Schneuwly e Dolz (apud KOCH & ELIAS, 2010, p. 63) escla-
recem que

... todo texto é formado de sequências, esquemas linguísticos básicos que entram
na constituição dos diversos gêneros e variam menos em função das circunstân-
cias sociais. Cabe ao produtor (do texto) escolher, dentre as sequências disponí-
veis – descritiva, narrativa, injuntiva, expositiva, argumentativa, dialogal – a que
lhe parecer mais adequada, tendo em vista os parâmetros da situação () – ler e
escrever.

Da citação, entendemos que as tipologias compõem o texto como que em sequências lin-
guísticas caracterizadas pelos seguintes elementos:

• Ordem lexical (palavras);


• Estrutura sintática (construção de frases)
• Tempos verbais predominantes
• Relações lógicas estabelecidas no texto
Para Marcuschi (apud DIONÍSIO, MACHADO & BEZERRA, 2002), as tipologias textuais
correspondem a uma espécie de sequência definida pela natureza linguística predominante
de sua composição, de modo que mais de uma pode compor um mesmo texto, mas que
uma delas predomina em relação às outras, o que vai determinar a identidade do próprio
gênero. Vejamos um exemplo.
Análise e Produção
12
de Textos

Uma petição jurídica é composta por trechos expositivo


(identificação das partes), narrativo (narrativa dos fatos),
descritivo (enumeração de detalhes da cena do caso em
conflito), argumentativo (apresentação de dispositivo
jurídico e de fatos como elementos persuasivos) e injunti-
vo (pedido de citação do réu ao processo para o andamen-
to do processo). Contudo, todas as demais sequências textuais são auxiliares para aquela
que predomina nesse gênero textual (a injunção), uma vez que a finalidade desse texto é
pedir.
Das contribuições de Koch & Elias (2010) sobre as sequências textuais, apresentamos a se-
guinte tabela, a partir da qual você conseguirá perceber as características de cada tipologia
por si e por contraste em relação às outras.
Análise e Produção
de Textos

TIPOLOGIA CRITÉRIO DE TEMPO VERBAL OUTRAS GÊNEROS TEXTUAIS


FINALIDADE
CARACTERÍSTICA ORGANIZAÇÃO PREDOMINANTE CARACTERÍSTICAS REPRESENTATIVOS
13

presença do discurso relatado


Verbos de ação Verbos de ação
contar (direto, indireto e indireto livre)
Cronológico: nos tempos do mundo nos tempos do
Narrativa narrar um fato ou
há um antes e um depois. narrado mundo narrado
- adjuntos adverbiais
uma história temporais, causais...
- Passado - Passado - locativos
descrever Espacial: há enumeração de Verbos de estado ou - notícias, romances, contos
- enumerar características, propriedades, situação ou que expressam Articuladores do - receitas culinárias
Descritiva - pormenorizar componentes de um o qualidades, características. tipo espacial, temporal (ingredientes)
- caracterizar bjeto, situação, entidade. - Presente, pretérito imperfeito - relatórios
apresentar
verbete de dicionário
- definir Lógico: Verbos do mundo comentado
Articuladores do tipo lógico - entrevista
Expositiva - desenvolver um assunto definição, apresentação - Presente
- Conectores sequenciais - artigo científico
- explicar de um objeto ou assunto.
- resumo
- expor
defender ponto de vista Ideológico: há apresentação
- expressar juízo de valor - Uso de operadores - editorial
de ponto de vista, de juízo Verbos introdutores
Argumentativa - manifestar
de valor sobre um objeto de opinião
argumentativos - artigo de opinião
opinião, ainda que - elementos modalizadores - resenha
subliminarmente ou um assunto.
- solicitar - Bula de remédio
Prescritivo: há uma solicitação,
- ordenar - Verbos no imperativo, - Receita culinária
Injuntiva - injungir
uma ordem, prescrição
infinitivo, futuro do presente
- articuladores prescritivos
(procedimentos)
de comportamentos
- prescrever - propaganda
Análise e Produção
14
de Textos

Ficou mais claro agora? Veja a seguir trechos de textos exemplificativos das tipologias
textuais.

Exemplo de Narração

Biografia de Leonardo da Vinci

Leonardo da Vinci (1452-1519) nasceu em Anchiano, pequena aldeia toscana perto de


Vinci, e próxima a Florença, Itália, no dia 15 de abril de 1452. Por volta de 1466, torna-se
aprendiz do pintor e escultor florentino Andrea del Verrocchio. Com 25 anos de idade
já trabalhava para Lourenço de Medici, o famoso mecenas que governava Florença. Já
conhecido, passou a trabalhar para outras figuras importantes. Era protegido de Lodovico
Sforza, duque de Milão. Entre 1482 e 1499 vive em Milão, onde pinta o afresco "A Última
Ceia", para o Mosteiro de Santa Maria dell Grazie..

Até o Renascimento, ninguém pensava em urbanismo. As cidades não passavam de amon-


toados de casas. No projeto urbanístico que fez para a cidade de Milão, baniu muros, traçou
canais e um sistema de abastecimento de água e esgotos. As casas eram amplas e ventiladas
e haveria praças e jardins. Nesse período estuda perspectiva, óptica, proporções e anato-
mia. Foi descoberto dissecando cadáveres o que era considerado grave crime. Graças às
suas dissecações fez descobertas importantes que registrou em inúmeros desenhos e no
Tratado de Anatomia que escreveu.

Fonte: https://www.ebiografia.com/leonardo_vinci/ Acesso em 08 dez. 2017

Exemplo de Descrição

Investigação da Cena do Crime

Primeiro: o perito investigador chega ao local do crime e certifica-se que este foi
resguardado. faz um reconhecimento inicial da cena do crime, para verificar se alguém
mexeu em alguma coisa antes da sua chegada; elabora teorias iniciais com base no exame
visual; faz anotações de possíveis provas e não toca em nada;

Segundo: o perito documenta cuidadosamente a cena, tirando fotografias e desenhando


esboços já num segundo reconhecimento.
Análise e Produção
15
de Textos

Às vezes, a fase da documentação inclui também uma gravação em vídeo. Ele documenta o
local como um todo, assim como qualquer coisa que seja identificada como uma evidência,
não mexendo em nada;

Terceiro: O perito recolhe todas as provas possíveis, etiquetando-as, registando-as e


embalando-as para que permaneçam intactas até chegarem ao laboratório. Dependendo da
distribuição de tarefas determinadas pelo centro de investigação, o perito poderá ou não
analisar as evidências no laboratório;

Fonte: http://criminologia3.blogs.sapo.pt/1402.html

Exemplo de Exposição

Em Prisioneiras, o médico dá voz às mulheres que vivem atrás das grades e que já atendeu
por 11 anos como voluntário na Penitenciária Feminina da Capital, única parte restante
do complexo demolido após o massacre de 1992. Com um texto ágil e didático, Drauzio
Varella exibe as particularidades do universo e da rotina das presas, em relação a traba-
lho, relação com a família, homossexualidade, o machismo latente na sociedade dentro e
fora das celas, as semelhanças e dessemelhanças em comparação com um presídio cadeia
masculino e, principalmente, a influência do Primeiro Comando da Capital (PCC) sobre a
população carcerária.

Fonte: https://veja.abril.com.br/entretenimento/drauzio-varella-pcc-ajudou-a-diminuir-
-violencia/

Exemplo de Argumentação

Futebol

(361/2005) No Brasil não pode

Por que se cometem atos racistas? Qualquer resposta acerca do assunto será falha. O caso
Desábato retoma a discussão em torno do racismo. Será que a cor da pele define o caráter
de uma pessoa? O homem, como único ser racional, não deveria possuir tais pensamentos
Análise e Produção
16
de Textos

ou atos. É lamentável as cenas que estamos vendo nos estádios de futebol. No Brasil, pelo
menos alguém tomou uma atitude.

MIRON DE P. MENEZES, Goiânia, GO.

Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT950870-2119,00.html

Exemplo de Injunção

Receita de pudim

Calda:

1. Derreta o açúcar na panela até ficar moreno, acrescente a água e deixe engrossar.

2. Coloque em uma forma redonda e despeje a massa do pudim por cima.

3. Asse em forno médio por 45 minutos, com a assadeira redonda dentro de uma maior
com água.

4. Espete um garfo para ver se está bem assado.

5. Deixe esfriar e desenforme.

Fonte: http://www.tudogostoso.com.br/receita/31593-pudim-de-leite-condensado.html
Análise e Produção
17
de Textos

Encerramento
Estudamos nesta aula que os textos são consequências de necessidades sociais e que, por
isso, se estruturam de acordo com comportamentos socialmente previsíveis.

Os gêneros textuais são modelos de textos que utilizamos para mediar nossas
comunicações cotidianas. Eles são inúmeros, alguns se inserem em nossas interações
primárias, outros, secundárias.

As tipologias textuais, por sua vez, são sequências de texto que orientam e materializam a
intencionalidade que se pretende naquela produção, seja ela escrita ou oral.

Considerar esses elementos no momento da produção de seu texto lhe trará grandes
benefícios, pois estará considerando aspectos estruturais de fundamental importância para
todo texto.
Análise e Produção
18
de Textos

Estudo Complementar - Revisão Gramatical


Distribua vírgulas no trecho a seguir, depois confira o gabarito para verificar como foi seu
desempenho.

Assim como o ponto final os pontos de interrogação e de exclamação a vírgula é um sinal


de pontuação dos mais utilizados em um texto escrito e como o próprio nome expressa
sinaliza significados. Conscientes de sua importância para uma boa escrita acadêmica apre-
sentamos agora seus principais contextos de uso.

GABARITO:

Assim como o ponto final, os pontos de interrogação e o de exclamação, a vírgula é um si-


nal de pontuação dos mais utilizados em um texto escrito e, como o próprio nome expres-
sa, sinaliza significados. Conscientes de sua importância para uma boa escrita acadêmica,
apresentamos agora seus principais contextos de uso.

Para que usamos a vírgula?

1. Para separar elementos enumerados na sentença

Veja esta frase:

Pedro Paulo João Maria e Letícia estavam na biblioteca.

Sem a sinalização por vírgulas, conforme se apresenta na sentença, quantas pessoas são
citadas nessa frase? A depender da pontuação, será mais ou menos, note:

Situação A:

Pedro, Paulo, João, Maria e Letícia estavam na biblioteca. → 5 pessoas

Situação B:

Pedro Paulo, João Maria e Letícia estavam na biblioteca. → 3

Lembre-se de que, como regra geral, não se usa vírgula antes de “e”, por isso não deve vir
vírgula antes de Letícia. A exceção dessa regra geral é a de que só se deve usar vírgula antes
do “e” no caso em que ela estiver separando orações diferentes de sujeitos diferentes.
Análise e Produção
19
de Textos

Exemplo:

O ensino superior é responsável por uma melhor qualidade de vida da população, e a


escolha do curso depende de vários fatores socioculturais.

2. Para separar explicações que estão no meio da frase

Quando estamos escrevendo uma sentença, às vezes embutimos uma explicação ou um


comentário no meio da informação principal. A gramática normativa vai chamar tecnica-
mente esses elementos, sejam eles simples ou oracionais, de aposto, adjuntos adverbiais,
orações adjetivas explicativas. Independente da nomenclatura, o que você deve observar é
se há algum trecho intercalado na frase, explicando ou comentando, que, por conta disso,
deve vir escrito entre vírgulas.

Exemplo 1:

O estudo diário, atividade rotineira na realidade do aluno universitário, é o melhor cami-


nho para uma aprendizagem segura.

O comentário embutido na frase deve vir sinalizada entre vírgulas, pois trata-se de um
aposto.

Exemplo 2:

O professor, que é autoridade na área, agendou uma avaliação para terça-feira.

O trecho destacado apresenta uma explicação sobre o professor, por isso precisa vir entre
vírgulas. Trata-se de uma oração adjetiva explicativa.

3. Para separar informação de lugar, tempo ou modo que vier no início da frase.

A posição na sentença prevista para o advérbio ou para o adjunto adverbial (palavra ou ex-
pressão que comunica informação relativa a tempo, modo, lugar, intensidade...) é o início
da frase. Se essa informação vier fora dessa posição, ou seja, no início da frase ou embutida
no meio dela, deve vir sinalizada entre vírgulas.
Análise e Produção
20
de Textos

Exemplos:

Lá no campus 2, o trabalho acadêmico foi apresentado semana passada.

ou

O trabalho acadêmico, lá no campus 2, foi apresentado semana passada.

O trecho destacado informa o lugar onde a ação se realizou, como veio fora do lugar
previsto (o final da frase), veio sinalizado corretamente entre vírgulas.

4. Para separar orações independentes

Orações independentes são aquelas que fazem sentido independentemente das demais que
a acompanham, ou seja, não funcionam como parte de uma outra oração (como sujeito,
objeto, complemento...).

Exemplos:

Entrou na sala, fez a chamada, iniciou a aula bastante concentrado. (vírgulas separando
orações coordenadas assindéticas).

Nesse exemplo, cada vírgula separa uma oração independente. Elas são coordenadas assin-
déticas (sem uso da profissão).

O aluno escolhe o curso, mas precisa se dedicar aos estudos com afinco (vírgula separando
oração coordenada sindética adversativa).

OBS: CASO DE VÍRGULA EXCEPCIONAL → quando o advérbio for composto, depen-


dendo do sentido que se queira expressar.

Exemplo: Agora iremos à biblioteca.

Agora, iremos à biblioteca

Atenção à regra geral:

Não se usa vírgula entre sujeito e verbo, nem entre verbo e objeto
Análise e Produção
21
de Textos

Exemplo:

O UniCEUB forma profissionais de verdade → não pode haver vírgula depois de


UniCEUB, nem depois de “forma”.

E aí, você foi bem? Acredito que sim! Se ainda não, aproveite o material e estude um pouco
mais sobre vírgula. Você pode aprimorar o seu texto quanto à vírgula.
Análise e Produção de Textos
Aula 04 - Aspectos Teóricos
e Práticos da Oralidade

u n•ICE
=-U B
EDUCAÇÃO SUPERIOR
Análise e Produção
2
de Textos

Introdução da Aula
Como estudante de um curso superior, é importante perceber a
-. importância de um bom desempenho não apenas em comuni-
~<=iJ ~ -.,.~~- cações escritas, mas também em situações comunicativas orais.
-.,-=,, -

Similar ao que acontece com a linguagem escrita, a linguagem


oral, por ser um código linguístico, assume características
específicas, a depender das funções sociais da interação verbal. Aqui, vamos refletir um
pouco mais sobre essa modalidade.

Espera-se que ao final desta aula você seja capaz de compreender textos orais a partir da
seleção, da relação e da organização da informação.

Reflexão

Via de regra, é por meio da fala que nós nos apresen-

tamos, passamos a conhecer novas pessoas, solicita-

mos informações, interagimos com os nossos pares,

comunicamos nossas subjetividades, trocamos co-

nhecimentos, enfim, nos expomos e interagimos com

o mundo.

No contexto acadêmico, a fala é um recurso impor-

tantíssimo e é por meio dela que, por exemplo, em

uma apresentação de trabalho em sala de aula, nós

construímos nossas relações, bem como o conheci-

mento e nossa própria identidade como estudante

universitário e futuro profissional da área. Nesse sen-

tido, vamos refletir sobre o uso da oralidade no con-

texto acadêmico?
Análise e Produção
3
de Textos

Tópico 1 – Aspectos Relevantes Sobre o Uso da


Oralidade no Ambiente Acadêmico
Marcuschi (2007, p. 08) afirma que “Todas as línguas desenvolvem-se em primeiro lugar
na forma oral e são assim aprendidas por seus falantes”. Quando nos referimos a comuni-
cação oral, comumente nos remetemos a uma situação interativa informal, despretensiosa,
na qual, por exemplo, não há necessidade de um monitoramento cuidadoso com a lingua-
gem a ser utilizada.

Marcuschi (2010), entre outros autores, alerta para o equívoco de se pensar dessa maneira.
Nesse sentido, não é porque a comunicação acontece na modalidade de língua oral que ela,
necessariamente, apresenta um registro de linguagem informal.

Veremos esta aula com dois pontos de vista: a linguagem oral no ambiente acadêmico e a
função dessa linguagem nas respectivas situações específicas de uso.

Quanto ao primeiro aspecto, quando se pensa em oralidade no ensino superior, especi-


ficamente na sala de aula, é muito comum identificarmos as situações denominadas de
interação face a face.

Podemos citar as conversas cotidianas entre os estudantes da turma, as perguntas dirigi-


das por eles aos professores, ou, ainda, performances orais individuais ou coletivas, como
leituras de textos em voz alta ou debates em grupos, respectivamente.
Análise e Produção
4
de Textos

Vídeo

Afora a sala de aula, a oralidade está presente em

eventos acadêmicos, como seminários, palestras,

conferências, entre outras ocasiões.

Veja no vídeo uma simulação de uma dessas situ-

ações. Ao ver o vídeo, perceba como os gêneros

orais são produto das interações comunicativas:

Imagine-se em uma conversa corriqueira com um colega de sua turma e compare a


linguagem utilizada nessa ocasião com a que você adotaria em um outro evento de
oralidade onde você faria a apresentação de uma pesquisa, em um congresso ou simpósio,
por exemplo.

Embora seja o mesmo falante, os registros linguísticos são diferentes. E o que faz um
mesmo falante lançar mão de diferentes registros de linguagem oral?

A resposta à pergunta acima está em se fazer entender por seus interlocutores e, assim,
ter seu objetivo alcançado. É essa necessidade que faz com que o indivíduo adeque sua
performance linguística aos contextos de fala e a seus interlocutores específicos, visando,
com isso, alcançar a competência comunicativa

O segundo aspecto que merece destaque na relação entre oralidade e contexto acadêmi-
co refere-se à função dessa modalidade de linguagem nas situações específicas de uso no
ensino superior.
Análise e Produção
5
de Textos

O contexto acadêmico exige propriedade intelectual, inovação científica, adoção de


metodologia compatível, tudo isso mediado por uma linguagem adequada, sem a qual nada
disso alcança credibilidade.

Sendo assim, em uma exposição acadêmica oral, não cabe o improviso, sendo funda-
mental o planejamento e o monitoramento da linguagem, para garantirmos o êxito da
comunicação.

Ter competência comunicativa, grosso modo, nada


mais é que entender a cena enunciativa e para ela se
organizar da melhor forma, lançando mão de recursos
sem os quais não se alcançaria êxito.

A função da linguagem oral no ensino superior é, por-


tanto, agilizar a comunicação dos acadêmicos, mediar
o diálogo e a produção de conhecimento, via debates, comunicações, colóquios, ou seja,
gêneros textuais orais.

Em uma situação de apresentação oral não basta apenas construir um texto e transmiti-lo
verbalmente. Para que uma exposição oral seja funcional, é preciso considerar a situação
comunicativa e que prepare seu texto considerando:

• quem são seus interlocutores,


• qual o papel sociocomunicativo que você ocupa nessa cena e
• qual a melhor modalidade de linguagem você precisará utilizar para ser eficiente
em sua comunicação.
Análise e Produção
6
de Textos

Estudo Complementar

Para aprofundar seu conhecimento, leia o artigo “A

exposição oral no universo acadêmico”, de Elisete

Maria de Carvalho Mesquita.

Na prática, você precisa ter o domínio de qual linguagem usar para evitar situações
constrangedoras, por exemplo, uma fala excessivamente formal e desnecessária em uma
conversa com um de seus colegas de turma ou em uma apresentação formal usar gírias e
termos inadequados.

O termo oralidade refere-se a habilidades na língua falada e diz respeito tanto à produção
da fala, quanto à compreensão da fala ouvida. No livro Fala e escrita, Marcuschi esclarece
que

Não se ensina a fala no mesmo sentido em que se ensina a escrita, pois a fala
é adquirida espontaneamente no contexto familiar, e a escrita é geralmente
apreendida em contextos formais de ensino. A escola pode ensinar certos usos
da oralidade, como, por exemplo, a melhor maneira de se desempenhar em
público, num microfone, numa conferência, etc. Nesse sentido, são bem conheci-
das as normas desenvolvidas pela oratória antiga que era cultivada até alguns anos
atrás na escola secundária. Nesse caso, sugeria-se um conjunto de habilidades, tais
como: clareza, fluência, audibilidade, leveza, inteligibilidade. Esses requisitos e
outros na mesma linha têm a ver com um modelo de adequação comunicativa em
que há uma relação entre um eu e um outro que interagem (2007, p. 33).
Análise e Produção
7
de Textos

A função da linguagem em uma exposição acadêmica oral é a de atribuir legitimidade aos


conteúdos expressos, de maneira clara, assertiva, objetiva e segura.
Dessa forma, desenvolver as habilidades comunicativas na oralidade vai além de um mero
planejamento mecânico de fala, mas supõe observar alguns elementos e determinados
recursos que estão imbricados na comunicação. São eles:
• Situação Comunicativa
• Gênero textual utilizado como suporte para a construção do texto
• Organização das informações de maneira lógica
• Modalização da linguagem

Vamos aprender mais sobre cada um deles.


Análise e Produção
8
de Textos

Tópico2–ElementosaSeremObservadosemuma
Comunicação Oral
Todo texto, seja ele oral ou escrito, é resultado material de uma necessidade. Porque
precisamos pedir, reclamar, defender nosso ponto de vista, entre outras demandas sociais,
construímos textos para manifestar e satisfazer nossas vontades.

Na sociedade, assumimos papéis sociais e discursivos, mediados pela linguagem. Neste


momento você é estudante, daqui a dez minutos, assume a identidade de filho(a); há meia
hora falava da posição de vizinho(a), companheiro)(a), amigo(a), consumidor(a).

Assim, a linguagem, para ser eficiente, precisa considerar esses lugares discursivos, esses
papéis sociais. Ou seja, pela linguagem, assumimos um lugar no mundo, o que implica dizer
que a maneira como nos comunicamos nos coloca ou nos retira das situações cotidianas.

Isso também acontece no contexto profissional. Saber quem é você na comunicação e


assumir esse lugar pela linguagem, conhecer seu interlocutor e fazê-lo assumir essa posição
também pela linguagem que você adota, bem como adaptar sua fala ao ambiente comuni-
cativo (tempo e espaço) são requisitos fundamentais para que sua fala seja eficiente.

Esses elementos interferem diretamente no registro que você utilizará em cada ocasião
para ser compreendido por seu interlocutor (faixa etária, nível de conhecimento que ele
tem sobre o assunto, lugar da comunicação, quantidade de ouvintes...).

No contexto acadêmico, em uma exposição oral, você assume a posição de especialista,


e seu interlocutor ocupa o lugar de um acadêmico, ou seja, alguém que, até pode não ter
o conhecimento que você está comunicando, mas é alguém que está em uma posição
privilegiada como um par seu, por isso, merecedor de uma linguagem compatível com
essas posições sociais.
Análise e Produção
9
de Textos

Tópico3–RecursosparaUsoEficientedaLinguagem
Oral no Contexto Acadêmico
Você já deve ter reparado que a apresentação de uma palestra é bem diferente da exposição
de uma monografia em uma banca de avaliação de TCC. Embora todas essas situações
tenham em comum o uso da fala como recurso de linguagem, cada um desses modelos de
texto corresponde a um gênero textual.

Os gêneros textuais

são entidades sociodiscursivas e formas de ação social pela linguagem, fenôme-


nos históricos, vinculados à vida social e cultural do homem. Os gêneros servem,
portanto, para estabilizar as atividades comunicativas cotidianas e organizá-las,
são eventos textuais altamente flexíveis, ativos e plásticos (CURY, 2016, p. 48).

Segundo Koch e Elias (2010), possuem identidades específicas, tanto em suas estruturas,
quanto nos conteúdos expressos e nas linguagem prevista para cada um deles.

Atenção

Compreender que cada texto tem sua identidade

estrutural, sua especificidade linguís-

tica e chancela para comunicar de-

terminados conteúdos e intenções é

fundamental para sermos eficientes em nossas

comunicações.

Assim como existem gêneros textuais eminentemente escritos, como a prescrição médica,
o formulário de inscrição, a resenha acadêmica, por exemplo, podemos também enumerar
alguns gêneros específicos da oralidade, como a palestra, a sustentação oral, a comunicação
oral que acontece em um evento acadêmico, o colóquio, entre outros.
Análise e Produção
10
de Textos

O texto oral é produzido em tempo real e simultâneo ao de sua exposição. Isso requer
uma atenção redobrada quanto à coerência da apresentação dos conteúdos, em exercício
constante de memória.

Uma apresentação oral clara é aquela que se realiza de maneira didática, com progressão
discursiva coerente quanto às informações e conteúdos, ou seja, a fala precisa ter início,
meio e fim.

Reflexão

Como você pode saber se sua exposição oral

está sendo produtiva?

Um termômetro que você pode adotar como parâmetro de qualidade de sua apresentação
oral é sempre estar atento à compreensão do seu interlocutor, ou seja, sempre se questio-
nar: “O meu ouvinte está entendendo? Estou sendo claro o suficiente?”.

Veja algumas orientações para que sua exposição oral seja eficiente, ou seja, surta o melhor
resultado e, consequentemente, melhor compreendida.

Apresentação inicial

Posicione-se na localização mais próxima possível da plateia, estabeleça contato visual com
os presentes. Com linguagem corporal altiva e adequada, apresente a si mesmo e ao conte-
údo sobre o qual irá discorrer.

Introdução

Apresente o tema que o traz àquele evento comunicativo, delimite-o e esclareça como sua
fala está organizada (primeiro momento, segundo momento,...).
Análise e Produção
11
de Textos

Desenvolvimento

Exponha de maneira clara os conteúdos, dando destaque, de alguma forma, a um novo


aspecto ou subtopicalização do tema. Essa clareza dependerá de aspectos:

• Atitudinais: a postura e o posicionamento espacial frente à plateia, volume de voz,


gesticulação facial e corporal adequadas, ritmo de fala;

• Da organização lógica dos conteúdos expostos: início, meio e fim logicamente


organizados, deixando evidente a hierarquização da apresentação dos conteúdos
apresentados e;

• Da adequação da linguagem ao público e ao tempo da exposição e do uso de estra-


tégias de interação com o público: diálogo com algum participante para simular
maior interatividade com a plateia, uso de perguntas e respostas e também de
perguntas retóricas.

Fechamento

Resgate os principais tópicos de sua fala e sintetize sua apresentação. Destaque os princi-
pais aspectos do assunto, deixando claro o motivo da apresentação e as conclusões a que
você chegou.

O aperfeiçoamento da linguagem oral é um processo que supõe um trabalho intencional e


sistemático, planejado quanto à ordem de apresentação dos conteúdos.

Esse processo tem por benefícios:

• Ampliar seu vocabulário;


• Aprender a redizer (Parafrasear);
• Exercitar argumentação e, sobretudo;
• Treinar a falar de modo mais transparente o que você pensa e entendeu sobre
determinado texto/conteúdo, habilidade sempre exigida no seu dia a dia como
estudante universitário.

Para aperfeiçoar a linguagem oral, existem recursos que desenvolverão suas competências
na fala em situações formais de uso pedagógico e profissional.
Análise e Produção
12
de Textos

Lembre-se que a fala é um instrumento privilegiado de transmissão de conhecimento so-


bretudo no ambiente acadêmico. Por meio dela, o saber circula, se amplia e se atualiza.
Assim, a organização de uma apresentação oral é uma tarefa que requer atenção, tempo e
dedicação para ser bem efetivada.

Atenção
Uma apresentação mal planejada expõe desnecessa-

riamente os apresentadores e desperdiça o tempo de

quem a assiste.

Melo, Marcuschi e Cavalcante (2012, p. 97) defendem que, para que o trabalho com um
gênero textual oral seja produtivo, é necessário “focalizar as estratégias organizacionais
de interação próprias de cada gênero textual”. Dessa forma, cada gênero textual tem sua
especificidade, de modo que um seminário não se confunde com uma palestra, por
exemplo.

Nesse sentido, esses autores apontam dois conjuntos de aspectos e natureza distintos a
serem considerados, são eles:

Aspectos Extralinguísticos

Dizem respeito aos elementos externos à comunicação: a quantidade de participantes na


interação oral, os conhecimentos que os interlocutores têm sobre si e sobre o assunto, o
nível de planejamento da comunicação, a temática em foco.

Aspectos Paralinguísticos

Referem-se aos elementos da fala, propriamente dita: ritmo, entonação, intensidade da fala
(ênfase dada a determinadas sílabas ou palavras), volume de voz, tom, prosódia.

Quando você for fazer uma apresentação oral no ambiente acadêmico, deverá se preo-
cupar, evidentemente, com o conteúdo de sua exposição, mas também com elementos
relativos à comunicação desse conteúdo, por exemplo:
Análise e Produção
13
de Textos

• quanto à qualidade de sua voz (dicção, volume, respiração, pausas, entonações);


• os elementos da comunicação não verbal que interferem sobremaneira na produ-
ção e na recepção do texto proferido (gesticulação, posicionamento e circulação
no espaço físico, contato visual com o público e, até mesmo, o vestuário utilizado
na situação comunicativa).

No artigo acadêmico “A oralidade em sala de aula de língua portuguesa” as autoras


valorizam a fala como um grande recurso promotor de aprendizagens e enumeram sete
fenômenos linguísticos, elaborados por Marcuschi e apresentados por Cavalcante e Melo
(2007), fundamentais para que o indivíduo tenha uma performance oral eficiente.

Esses fenômenos são: uso de marcadores conversacionais, repetições e paráfrases,


correções, hesitações, digressões, recorrência a expressões prontas e atos de fala, ou
melhor, estratégias de polidez positiva e negativa, conforme se descreve no quadro a
seguir.

Fenômeno Características

Marcadores Conversacio- São marcadores típicos da interação oral, para indicar


nais que o interlocutor está prestando atenção; para marcar
o turno, etc. Podem vir no início, meio e final de turno.
Exemplos: tá, hum, sim, aí, aham.
Repetições e paráfrases Duplicação de algo que veio antes; assim como as repeti-
ções, também as paráfrases refazem algo vindo antes.
Correções Há a substituição de algo que é retirado. Há a correção
de fenômenos lexicais, sintáticos e reparos de problemas
interacionais.
Hesitações Demonstram tentativas de organizar o discurso oral ou
podem caracterizar também insegurança do locutor.
Vêm no início de um novo tópico ou antes de um item
lexical. Exemplos: ééé:::;ááá::.
Análise e Produção
14
de Textos

Digressões As digressões são uma suspensão temporária de um


tópico que retornar. Apontam para algo externo ao que
se acha em andamento.
Expressões formulaicas, Exemplos: provérbios, lugares comuns, expressões feitas,
expressões prontas rotinas. Não têm um funcionamento orientado para
frente ou para trás, mas para a contextualidade e para o
conteúdo. Exemplo: bom dia, até logo.
Atos de fala/ Estratégias de Atos de fala positivos, tais como elogiar, agradecer,
polidez positiva e negativa aceitar, etc.
Atos de fala negativos, tais como discordar, recusar,
ofender, xingar, etc.

Fonte: Cavalcante e Melo (2007, p. 95-96), apud Galvão, Azevedo (2015), p. 258, in: Filol.
Linguíst. Port., São Paulo, v. 17, n. 1, p. 249-272, jan./jun. 2015.

Segundo Marcuschi (2007), os marcadores conversacionais podem ser de apenas uma pala-
vra (aí, então, claro), compostos (aí depois, quer dizer que...) ou oracionais (então eu acho,
que dizer que.).
Análise e Produção
15
de Textos

Encerramento
Estudamos nesta aula que a oralidade está presente em diversas situações no ambien-
te acadêmico de ensino superior. Trata-se de um recurso importante na mediação e na
construção do conhecimento.

Durante seu curso, você estará exposto a situações onde você ora será um receptor, ora
um produtor de textos orais, elaborados sob uma estrutura textual a que denominamos
de gênero, sem o conhecimento do qual não é possível produzir um texto adequado aos
respectivos contextos comunicativos.

É fundamental que você analise os contextos de produção e de circulação de textos orais


que serão produzidos por você, uma vez que essas variáveis interferem sobremaneira na
produção de seus textos.

Além disso, o monitoramento da linguagem é um requisito para alcançar a eficiência


comunicativa, pois é por meio desse exercício que se alcança segurança e proficiência em
exposições orais. Estar atento aos aspectos extralinguísticos e paralinguísticos também é
uma atitude esperada a quem almeja ir melhorando cada vez mais seu desempenho em
situações de exposição oral no contexto acadêmico.
Análise e Produção
16
de Textos

Estudo Complementar – Revisão Gramatical


Leia o texto a seguir em voz alta para verificar se há palavras que lhe despertam
dúvidas quanto à pronúncia. Após, compare a sua resposta da atividade e veja como foi o seu
desempenho relativo à pronúncia

Indigno-me pelos alunos que não puderam fazer o curso gratuito de necropsia,
pela entidade ibero, por falta de rubrica do responsável em tempo hábil. É muito
ruim dependermos desse tipo de burocracia.

GABARITO DA ATIVIDADE

Indigno-me pelos alunos que não puderam fazer o curso gratuito de necropsia,
pela entidade ibero, por falta de rubrica do responsável em tempo hábil. É muito
ruim dependermos desse tipo de burocracia.

E aí, você foi bem? Acredito que sim! Se ainda não, aproveite o material e estude
um pouco mais sobre pronúncia. Você pode aprimorar o seu texto oral quanto à
pronúncia.

Você já sabe que a área da fonética e fonologia de uma língua dedica-se ao estudo da
articulação dos sons, das sílabas, das palavras. No contexto acadêmico-profissional, ter um
bom desempenho linguístico também passa pelo uso adequado da pronúncia das palavras.

Veja algumas delas de uso corriqueiro no contexto acadêmico que, vez por outra, são
pronunciados de maneira inadequada. Compare as duas formas e reveja sua leitura do
texto exercitado anteriormente.
Análise e Produção
17
de Textos

Forma inadequada Forma adequada


Asterístico Asterisco
Beneficiente Beneficente
Cabeçálhio Cabeçalho
Desenteria Disenteria
Impecilho Empecilho
Espontaniedade Espontaneidade
Estrupo Estupro
Frustação Frustração
Indentificar Identificar
Levedo Lêvedo
Prazeirosamente Prazerosamente
Propositalmente Propositadamente
Quemar Queimar
Tiroide Tireoide

Atenção, esteja atento aos seguintes casos:

• Circuito: pronuncia-se “circúito”, não é “circuito”.


• Gratuito: pronuncia-se “gratuito”, não é “gratuito”.
• Ibero: pronuncia-se “ibéro”, não é “íbero”.
• Indigno-me: pronuncia-se “indigno-me”, não é “indiguíno-me”.
• Necropsia: pronuncia-se “necropsía”, não é “necrópsia”.
• Obeso: pronuncia-se “obéso”, não é “obêso”
• Questão: não se pronuncia o “u”.
• Rubrica: pronuncia-se “rubríca”, não é “rúbrica”.
• Ruim: pronuncia-se “ruím”, não é “rúim”.
• Tóxico: pronuncia-se “tóksico”, não é “tóchico”.
Análise e Produção de Textos
Aula 05 – Os Gêneros Textuais
Orais da Esfera Acadêmica

u n•ICE
=-U B
EDUCAÇÃO SUPERIOR
2
Análise e Produção
de Textos

Introdução da Aula
Olá, cursista!

Vamos estudar a seguir sobre os gêneros textuais orais da esfera acadêmica. É preciso que
você reflita acerca das suas noções sobre a oralidade no geral, ou seja, a sua condição de
falar em público e de apresentar os gêneros textuais orais da esfera acadêmica, a saber:
comunicação, palestra e seminário, mas agora com vistas ao contexto acadêmico para a
formação profissional.

Espera-se que ao final desta aula você seja capaz de analisar a função social, a estrutura e
a finalidade de diferentes gêneros textuais e aprimorar habilidades relativas à oralidade, a
fim de que você as utilize nas suas práticas acadêmicas e profissionais.

Reflexão
Você sabe a importância da habilidade em li-

dar com os gêneros textuais da oralidade? E

sobre a relevância do domínio da oralidade na

sua formação acadêmica?


3
Análise e Produção
de Textos

Tópico 1 - A Oralidade
É preciso destacar que na formação acadêmica de um estudante o conhecimento e o
domínio na utilização da oralidade são necessários. No cotidiano das atividades acadê-
micas a oralidade é usada para expressar, apresentar reflexões, discutir e muitas outras
possibilidades.

Lembre-se de que em todas as situações deve ser utilizada a norma padrão da língua
portuguesa!

De acordo com Saldanha (2016), precisa-se refletir sobre o fato de ser impossível disso-
ciar o desenvolvimento da humanidade do uso da linguagem oral, afinal ela é uma prática
social.

Mas é necessário reconhecer que, para muitos acadêmicos,


o “falar em público” apresenta um alto nível de dificuldade
por vários motivos. Isso prejudica o resultado em ativida-
des consideradas simples e que farão diferença na formação
acadêmica e, consequentemente, na formação profissional.

O êxito social e profissional estão muito relacionados à capacidade de expressar bem as


ideias, entretanto essa realidade não condiz com o período de escolaridade anterior à
graduação, em que predominantemente há uma valorização das atividades relacionadas à
escrita em detrimento das atividades relacionadas à oralidade.

Logo, se o estudante já tem alguma dificuldade na expressão oral, ela acaba sendo acentu-
ada pela ausência de atividades que incentivem a prática da oralidade em sua amplitude.
E isso toma uma proporção tão grande que pode acarretar sérias consequências na vida
profissional.

E você? Também tem dificuldade ou medo de falar em público? E no contexto acadêmico?


E tal situação diante do curso que você faz?
4
Análise e Produção
de Textos

De acordo com Polito (2015), falar com desenvoltura


não é um dom, e sim algo que pode ser desenvolvido
e aperfeiçoado. Então, lembre-se disso, dedique-se ao
aprimoramento dessa habilidade e saiba que não impor-
ta qual é o seu curso porque a capacidade de se expres-
sar por meio das palavras, na oralidade, faz parte do seu
contexto social, acadêmico e profissional.

Segundo Fuentes (2008), as pessoas que alegam timidez como forma de sair de situações
em que se faz necessária a expressão oral, perdem oportunidades.

Isso acontece porque elas não se comunicam nos diferentes contextos, não estabelecem
relações interessantes e que também lhe serão produtivas em práticas sociais cotidianas,
sobretudo no ambiente profissional.

Portanto, deve haver um empenho do estudante para que desenvolva as habilidades espe-
cíficas da oralidade, a fim de que sejam otimizadas as suas oportunidades de se expressar no
cotidiano das atividades acadêmicas com vistas a repercutir na sua formação profissional.

Vídeo

Assista ao vídeo, observe as orientações e reflita so-

bre as suas práticas de oralidade.


5
Análise e Produção
de Textos

Tópico 2 - Os Gêneros Textuais Orais da Esfera


Acadêmica
É preciso considerar que no processo de comunicação as pessoas transmitem as suas
ideias de modo que as outras pessoas compreendam. Na ciência isso não é diferente e o
conhecimento científico é divulgado por meio de uma comunicação científica, sendo que
nela são tratadas as descobertas e o que se avança em termos de conhecimento de uma área.

A comunicação científica tem a função de divulgar um conhecimento científico. Nela


verifica-se a existência de termos mais específicos da área, a abordagem dos teóricos que
fundamentam aquele estudo e ainda uma linguagem que possibilita a clareza e a objetivi-
dade do que se pretende comunicar.

Conceito

A comunicação científica tanto pode ser do conheci-

mento do universo acadêmico-científico quanto das

pessoas leigas que, de alguma forma, têm interesse

pelo assunto.

A comunicação científica é um gênero textual oral es-

pecífico da esfera acadêmica.

Afirmar isto nos remete a Dolz et al. (2004) quando destacam à existência de um interlo-
cutor que expõe informações sobre um determinado tema, com a participação de outro (s)
interlocutor (es) que procura (m) compreender e aprender com o que foi exposto.
6
Análise e Produção
de Textos

Assim, nos eventos científicos, verifica-se a troca de informações acerca de pesquisas que
estão sendo ou foram realizadas e o diálogo que muito contribui para o aprimoramento
de cada estudo, pois são diferentes olhares sobre aquilo que um determinado pesquisador
apresenta.

Reflexão

E você? Já participou de algum evento cientí-

fico? Se não, precisa se preparar para tal, pois

o ambiente acadêmico é muito rico em opor-

tunidades de troca de conhecimento acerca

de pesquisas, trabalhos realizados, discussões

teóricas na sua área de formação e mesmo ou-

tras áreas que sejam do seu interesse.

Saiba que a participação em eventos científicos

é uma prática constante e necessária para a

formação acadêmica.

Para fazer uma comunicação científica, lembre-se de que a participação em eventos


científicos da área é a forma usual, sendo necessário que o(s) autor(es) do trabalho faça(m)
a submissão do mesmo ao evento, mediante normas divulgadas em circulares ou comuni-
cadas com a devida antecedência.

Tais normas trazem o detalhamento e as especificações que a organização do evento exige.


Inicialmente serão destacados dois tipos de comunicação científica, a saber: a apresentação
oral e o pôster (banner) e, para complementar, a palestra e o seminário
7
Análise e Produção
de Textos

1. APRESENTAÇÃO ORAL

Tem a função de apresentar, em um evento científico, um tema do seu interesse ou área


de estudo. Para isso você planeja a apresentação, organiza de modo lógico e com estruturas
curtas (procure utilizar tópicos), adiciona imagens, tabelas, gráficos etc. para o material de
apoio ficar rico e interessante.

Utilize a tecnologia por meio de um software adequado como suporte para a sua apresen-
tação, não se esqueça das normas técnicas que o seu curso utiliza e faça a revisão do texto
quanto à norma padrão.

Tudo isso deve estar alinhado com a observância ao tempo disponível para a apresentação
e, sobretudo, com a sua preparação quanto ao conteúdo, a fim de lhe garantir a segurança
no momento da sua apresentação.

2. PÔSTER OU BANNER

Tem a função de comunicar a essência de uma pesquisa acadêmica em seu resultado pleno
ou parcial. Ele é impresso em tamanho maior, de acordo com as normas técnicas utilizadas
pelo curso e exposto em um suporte para um público interessando, durante um período de
tempo, previsto no evento científico.

O(s) autor(es) do pôster fica(m) próximo(s) dele e expõe(m) aos interessados o teor do que
está nele, fazendo comentários e tirando dúvidas.

(Fonte da imagem)

3. PALESTRA

A palestra tem a função de apresentar um tema e é um evento caracterizado pela apresenta-


ção, geralmente feita por um especialista, que é destinada a interessados no referido tema.

O palestrante necessita fazer o planejamento prévio, procurar saber sobre o público parti-
cipante e preparar o material de apoio.

É uma prática comum, após a apresentação feita pelo palestrante, o evento ser aberto para
a participação do público em relação aos questionamentos que tiver. Nesse tipo de evento,
muito utilizado no meio acadêmico, o público presente tem a oportunidade de ampliar as
8
Análise e Produção
de Textos

informações sobre o tema.

4. SEMINÁRIO

É um evento de comunicação oral em que um interlocutor ou mais apresentam um assun-


to, sob vários aspectos e que promove a discussão com os demais participantes.

É uma atividade de troca de informações, que possibilita a atualização do conhecimento


por meio de debates acerca de novos conceitos ou abordagens. Deve ser planejado, come-
çando pela escolha do tema, pesquisa, elaboração dos tópicos, definição do suporte a ser
utilizado. Deve ser abordado um assunto que é do conhecimento do público.

Atenção

Não se esqueça de que quanto mais você ob-

servar, refletir e praticar a comunicação oral,

mais o seu desempenho será aprimorado.

E para finalizar, vamos reforçar o que foi estu-

dado com o vídeo a seguir?


9
Análise e Produção
de Textos

Encerramento
E então? Você viu o quanto a sua atenção para com os aspectos que envolvem a oralidade
irão ampliar as suas possibilidades nas atividades acadêmicas? E nas atividades profissio-
nais?

Para demonstrar a sua eloquência é necessário se preparar, pesquisar, elaborar, ensaiar e aí


apresentar a sua atividade, o seu projeto, não é mesmo? Viu o quanto tais conhecimentos
são aplicáveis no seu contexto social, acadêmico e profissional? Ficou evidente que a práti-
ca com os gêneros textuais orais da esfera acadêmica é fundamental para o seu desempenho
no curso.

No que se refere à comunicação científica você ampliou o conhecimento sobre a apresen-


tação oral e sobre o pôster (banner) e saberá se preparar e expressar da forma ideal quando
solicitado.

Em relação à palestra e suas especificidades foi possível compreender que o palestrante


precisa ser alguém com amplo conhecimento na área e que esteja preparado para atender
às expectativas do público presente. Já sobre o seminário houve o entendimento de que
um tema é apresentado por uma ou mais pessoas, de acordo com uma organização prévia.
10
Análise e Produção
de Textos

Estudo Complementar - Revisão Gramatical


Mesmo que você já domine bem a elaboração do parágrafo, é importante relembrar por-
que ele é fundamental para a produção textual. Portanto, se você já sabe, é uma revisão; se
por acaso se esqueceu, vamos relembrar; e se nunca conseguiu aprender bem, essa é a hora.

Agora, para você praticar e verificar os seus conhecimentos sobre o parágrafo, faça a leitu-
ra dos parágrafos a seguir. Analise as partes do parágrafo e separe em introdução, desen-
volvimento e conclusão. Indique também o tópico frasal

1. A legislação é clara no sentido de que tutor é professor. Sua mediação é uma


função docente, tanto na tutoria específica de uma disciplina, quanto na tutoria, em
geral presencial, como um orientador de estudo. Marco Silva é um dos que criticam a
utilização do termo tutor, ao invés de professor. Em seu artigo Criar e professorar um
curso online: relato de experiência, escreve que preferiu recorrer ao verbo professorar
no título de seu trabalho, visando “garantir o papel do professor no ambiente online,
reagindo assim à equivocada supressão do seu lugar em nome do ‘tutor’ ou da ‘tutoria’”.
(2006, p. 73)

Fonte : http://portal.mec.gov.br/arquivos/conferencia/documentos/marcio_lemgru-
ber.pdf

2. A primeira experiência de EAD no Brasil, no entanto, não foi realizada pela via
impressa, mas pelas ondas do rádio. Já em 1923, a Fundação da Rádio Sociedade do
Rio de Janeiro transmitia programas de literatura, radiotelegrafia e telefonia, línguas e
outros. Desde então, entre os suportes mediáticos de comunicação, o rádio tem sido o
veículo com maior tempo de uso para iniciativas em EAD no Brasil. Em 1939 criou-se
o Instituto Rádio Monitor, preocupado em utilizar o rádio para ensinar. Em todas as
últimas décadas muitas ações de ensino a distância utilizaram-se do rádio em diferencia-
dos tipos de projetos, quase sempre governamentais. Destacam-se, entre eles, as escolas
radiofônicas ou as teleaulas dramatizadas do Movimento de Educação de Base – MEB
(1956) e o Projeto Minerva, que transmitia cursos em cadeia nacional por emissoras de
rádio (1970).

Fonte: http://www.ufjf.br/revistaedufoco/files/2010/02/011.pdf
11
Análise e Produção
de Textos

Agora, compare as suas respostas com o gabarito e veja como foi o seu desempenho sobre
o parágrafo.

Afinal, o domínio dos aspectos principais da elaboração de parágrafos representa a am-


pliação da qualidade do seu texto.

Parágrafo 1

Introdução: A legislação é clara no sentido de que tutor é professor.

• Desenvolvimento: Sua mediação é uma função docente, tanto na tutoria específica


de uma disciplina, quanto na tutoria, em geral presencial, como um orientador de
estudo. Marco Silva é um dos que criticam a utilização do termo tutor, ao invés de
professor.

• Conclusão: Em seu artigo Criar e professorar um curso online: relato de experiência,


escreve que preferiu recorrer ao verbo professorar no título de seu trabalho, visando
“garantir o papel do professor no ambiente online, reagindo assim à equivocada
supressão do seu lugar em nome do ‘tutor’ ou da ‘tutoria’”. (2006, p. 73)

• Tópico frasal: A legislação é clara no sentido de que tutor é professor.

Parágrafo 2

• Introdução: A primeira experiência de EAD no Brasil, no entanto, não foi realizada


pela via impressa, mas pelas ondas do rádio.

• Desenvolvimento: Já em 1923, a Fundação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro


transmitia programas de literatura, radiotelegrafia e telefonia, línguas e outros. Des-
de então, entre os suportes mediáticos de comunicação, o rádio tem sido o veículo
com maior tempo de uso para iniciativas em EAD no Brasil. Em 1939 criou-se o
Instituto Rádio Monitor, preocupado em utilizar o rádio para ensinar.

• Conclusão: Em todas as últimas décadas muitas ações de ensino a distância utiliza-


ram-se do rádio em diferenciados tipos de projetos, quase sempre governamentais.
Destacam-se, entre eles, as escolas radiofônicas ou as teleaulas dramatizadas do
12
Análise e Produção
de Textos

Movimento de Educação de Base – MEB (1956) e o Projeto Minerva, que transmitia


cursos em cadeia nacional por emissoras de rádio (1970).

• Tópico frasal: A primeira experiência de EAD no Brasil, no entanto, não foi realiza-
da pela via impressa, mas pelas ondas do rádio

Conceito

Segundo Garcia (2010), o parágrafo constitui uma uni-

dade que desenvolve uma ideia básica que se orga-

niza com ideias secundárias por meio do sentido. Diz

respeito a uma forma de organização do conteúdo do

texto em tópicos que estão relacionados ao tema geral

desse texto.

Partindo desse pressuposto, a elaboração do parágrafo está diretamente relacionada à efi-


cácia do texto, ou seja, como as ideias serão apresentadas de modo organizado e que per-
mite a compreensão, mas não se pode esquecer de que outros elementos são fundamentais
para a elaboração do bom parágrafo: pontuação adequada, elementos coesivos usados com
eficácia para a produção do sentido, sobretudo entre um ideia e outra etc.

O parágrafo é considerado ainda pelo conjunto de períodos que constituem uma ideia cen-
tral, que se coaduna com outras ideias secundárias, possibilitando que haja a formação de
um todo para o entendimento.

Segundo Goldstein, Louzada e Ivamoto (2009) em cada parágrafo há um tema ou uma


ideia central que funciona como uma espécie de eixo em torno do qual o bloco textual se
desenvolve.

Em cada tipo de texto a organização dos parágrafos devem ser feitas de forma específica,
observe.
13
Análise e Produção
de Textos

Textos Dissertativos

• Introdução: a ideia principal (tópico frasal) é apresentada de modo sintético e com a


indicação dos objetivos do produtor do texto;

• Desenvolvimento: tem-se a ampliação do tópico frasal, por meio das ideias secundá-
rias e com a exposição de argumentos para subsidiar a discussão proposta;

• Conclusão: tem-se a retomada da ideia principal, mas com a devida menção aos pres-
supostos que estão no desenvolvimento.

Textos Narrativos

• Utilizar mais verbos de ação;


• Indicar o posicionamento dos personagens ao longo da história ou do contexto;
• Retratar as circunstâncias dos fatos ocorridos;
• Pode registrar as falas dos personagens.
Textos Descritivos

• Expor detalhes acerca do que está sendo descrito para estabelecer no interlocutor a
imagem mental;

• Utilizar verbos de ligação, adjetivos e orações coordenadas.

Para finalizar e reforçar, cabe aqui destacar que o parágrafo se inicia com o recuo em
relação à margem (ver normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas),
devendo ter uma extensão não muito longa.

Então? Você foi bem? Acredito que sim!

Se ainda não, aproveite o material e estude um pouco mais sobre o parágrafo!!!


Análise e Produção de Textos
Aula 06 - ABNT
2
Análise e Produção
de Textos

Introdução da Aula
Quando acessamos o ensino superior e começamos a fazer um Curso que nos abre
oportunidade de exercermos uma profissão, algo similar acontece, pois há uma linguagem
acordada e partilhada por todos os seus representantes.

Trata-se do uso das normas para elaboração de trabalhos acadêmicos estabelecidas pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas, a ABNT. Vamos conhecer essa linguagem, a
qual se manifesta como uma verdadeira “etiqueta acadêmica”.

Ao utilizamos essas normas, não fazemos mais do que nos é esperado, ou seja, nossa
obrigação, mas, ao contrário, se as negligenciamos, todos percebem e isso imprime a nos-
so texto um status de qualidade menor, pois inadequado, e, a nós, por consequência, o
estigma de pessoas despreparadas e ignorantes.

Devemos então nos antecipar a toda e qualquer situação de mal estar em relação a isso.
Logo, espera-se que ao final desta aula você seja capaz de aplicar as normas ABNT na
produção de gêneros textuais acadêmicos.

PARA INÍCIO DE CONVERSA...

Com certeza, você já deve ter vivenciado a experiência de entrar em um local onde deveria
utilizar determinado vestuário ou objeto como condição para acessar e permanecer nesse
espaço. Também é de seu conhecimento a existência de colégios que adotam uniformes
específicos e de outros que até exigem complementação ao vestuário, como, por exemplo,
cortes curtos de cabelos para meninos e amarração de cabelos e moderação na maquiagem
para meninas.

Quando estamos inseridos em algum contexto específico, determinadas exigências de con-


duta podem nos ser exigidas. Nesses contextos, nossa concordância ou discordância são
indiferentes, pois, independentemente delas, se quisermos permanecer nesses lugares, a
lógica é que devemos nos submeter a esses procedimentos. No contexto acadêmico, as
normas estabelecidas pela ABNT são o critério que utilizamos como parâmetros a serem
seguidos pelo texto acadêmico.
3
Análise e Produção
de Textos

Tópico 1 - O que é a ABNT?


Fundada em 28 de setembro de 1940, e reconhecida desde então pelo governo brasileiro
por meio de diversos instrumentos legais, a Associação Brasileira de Normas Técnicas é
uma entidade privada sem fins lucrativos, responsável pelo estudo e estabelecimento de
padrões técnicos no Brasil.

Segundo esclarecimentos do site institucional,

atua também na avaliação da conformidade e dispõe de programas para certifica-


ção de produtos, sistemas e rotulagem ambiental. Esta atividade está fundamenta-
da em guias e princípios técnicos internacionalmente aceitos e alicerçada em uma
estrutura técnica e de auditores multidisciplinares, garantindo credibilidade, ética
e reconhecimento dos serviços prestados (http://www.abnt.org.br/abnt/conhe-
ca-a-abnt. Acesso em 10 dez. 2017)

A Associação legisla sobre a normalização de padrão de diversos objetos, desde assentos de


avião e a própria aeronave, passando por tijolo, tecido, utensílio doméstico, peça de motor
de automóvel, entre outros. Particularmente em nosso contexto, interessa-nos conhecer
as normas técnicas para a elaboração de trabalhos acadêmicos. O objetivo dessa uniformi-
zação de normas, em todos os contextos da ABNT, é o de promover a replicação, ou seja, a
reprodução do objeto normatizado:

Na realidade, o conhecimento teórico ou prático, desprovido dos meios para sua


conservação e transmissão, pouco significa em si mesmo. O trabalho humano
se torna material por meio de procedimentos, regras, instruções, modelos, que
podem ser repetidos, ensinados e aprendidos. Sem essa condição fundamental - a
expressão do conhecimento em regras compreensíveis pelo outro - a civilização
material não tem condições de se reproduzir. Ensinar e aprender a criar são atos
que requerem uma linguagem comum (http://www.abnt.org.br/abnt/conheca-
-a-abnt. Acesso em 10 dez. 2017).

Para a construção de textos acadêmicos, você deve, é claro, estar atento aos conteúdos a se-
rem inseridos de desenvolvidos em sua produção textual, mas também precisa estar atento
à forma. Vamos então conversar um pouco sobre as normas da ABNT.
4
Análise e Produção
de Textos

Tópico 2 - Por que Utilizar a ABNT nos Tra-


balhos Acadêmicos?
Conforme apresentamos anteriormente, norma não é algo da ordem da opção ou da
discricionariedade. Ao contrário, impõe-se a todos, sendo a insubordinação a ela causa de
reprimenda ou de sanção.
De acordo com Antunes (2003, p. 99), “A língua é considerada como prática discursiva,
inserida numa determinada prática social, envolvendo dois ou mais interlocutores, em
torno de um sentido ou de uma intenção particular”.

Atenção

A intenção do texto acadêmico é materializar e


divulgar o conhecimento científico.

Você, como estudante universitário, agora aprende para colocar seu conhecimento adqui-
rido a serviço do bem comum, e essa realidade não se efetiva após sua formatura.

Pelo contrário, realiza-se processualmente a partir do momento em que percebe que um


resumo, uma resenha, um artigo acadêmico, um ensaio que você elabora não significam
apenas um instrumento de avaliação da(s) disciplina(s), mas um produto pelo qual você
dialoga com a academia e pelo qual contribui para a construção do conhecimento.

Para Kleiman, Vianna e De Grande, o letramento acadêmico é definido como

[...] uma prática social situada, que envolve estratégias discursivas relacionadas
com capacidades para usar códigos utilizados nos contextos acadêmicos, para ler
e escrever textos nos gêneros dessa esfera, a fim de acessar os conhecimentos
produzidos pela academia, para interagir com seus pares por meio das lingua-
gens adequadas às situações vivenciadas na universidade, para mobilizar modelos
5
Análise e Produção
de Textos

sócio-cognitivos (por exemplo, gêneros) para alcançar metas, para acessar recur-
sos culturais, tecnológicos, para experimentar novas situações e para aprender e
construir novos conhecimentos em contextos acadêmicos (2013, p. 04).

Na gênese de um texto, ou melhor, no momento de sua produção, em geral, o produtor se


preocupa com o conteúdo que ali será veiculado: preocupa-se com o quê deverá escrever.
Contudo, há outros elementos que devem ser considerados.

Todo texto é uma produção discursiva que considera, além da divulgação do conteúdo que
veicula e da finalidade pretendida, variáveis como: os interlocutores envolvidos no evento
comunicativo (quem fala e com quem fala), o espaço de circulação (onde o texto será divul-
gado), o gênero textual utilizado como suporte pra a interação e a linguagem que deve ser
compatível com todos esses elementos.

A linguagem acadêmica supõe o uso de vocabulário específico relativo à área do conheci-


mento abordado e também se manifesta por meio da observância das normas da ABNT.

É importante para você, estudante universitário, compreender que a obediência a essas


normas manifesta seu nível de letramento acadêmico.

Isso significa que o interlocutor de seu texto (um professor, outro estudante universitário,
ou seja, algum especialista em sua área) já está adaptado a essa modalidade de linguagem
e, por isso, espera encontrá-la contemplada nos textos que você produz, como um código
que é partilhado por vocês, que os identifica como parceiros comunicativos de um mesmo
grupo social. Assim, quanto mais você negligenciar o uso desses aspetos formais, mais você
se distanciará do status de pertencente a esse grupo.
6
Análise e Produção
de Textos

Tópico 3 - Normas da ABNT para a Elaboração de Trabalhos Acadêmicos

Vamos apresentar as principais normas aplicadas à elaboração de trabalhos acadêmicos sob


três aspectos: formatação, citações e referências.

1) FORMATAÇÃO

A ABNT estabelece os seguintes critérios para a formatação de trabalhos acadêmicos:

• Folha A4
• Fonte: Arial ou times New Roman
• Margens:
- justificadas, tanto à direita quanto à esquerda

- 3 cm à esquerda

- 3 cm no campo superior

- 2 cm à direita

- 2 cm no campo inferior

• Tamanhos das fontes:


- 12: para o texto todo

- menor que 12 (usualmente 11): para citações longas

- 10: notas de rodapé e paginação

• Espaçamento entrelinhas:
- 1,5: ao longo do texto

- simples: em citações longas, em notas de rodapé, nas referências (com um espa-


çamento simples entre elas)

2) CITAÇÕES

Uma característica de todo trabalho acadêmico, seja qual for o seu gênero textual, é a in-
tertextualidade. Isso porque ele se enriquece pela inserção de citações, que são trechos de
7
Análise e Produção
de Textos

textos de outros autores acrescentados no texto original, como suporte argumentativo.

São duas as possibilidades de registro de citações ao longo do texto estabelecidos pela NBR
10.520-2002:

a)Sistema de chamada autor-data (alfabético) – (SOBRENOME, ano).

Exemplo:

O conhecimento do sendo comum e o científico são as duas formas que mais in-
terferem nas decisões da vida diária do homem (KOCHE, 2002).

Na Referência:

KOCHE, José Carlos. Fundamentos da metodologia científica . 20 ed. Petrópolis:


Vozes, 2002..

b) Sistema de chamada numérico – Numeração sobrescrita (¹).

Exemplo:

O Banco Mundial desconsidera as particularidades das nações e define único “pa-


cote” aos países desenvolvidos¹.

No rodapé da página:

___________________________________________________

¹ ALTMANN, Helena. Influências do Banco Mundial no projeto educacional bra-


sileiro. Educação e pesquisa, São Paulo, v. 28, n. 1, p. 80, jan./jun. 2002.

As citações podem ser inseridas no texto de duas formas, a depender de como se


recupera as informações do texto original. Assim, elas podem ser citações diretas
ou citações indiretas.

Citação indireta: interpretação de partes do texto.

Também é chamada de paráfrase, ou seja, é a reescrita do texto original. Supõe que você
realize os seguintes passos:

1) leia e compreenda o texto original;


8
Análise e Produção
de Textos

2) reescreva o trecho, parafraseando-o.

3) faça o registro das seguintes informações: (ÚLTIMO SOBRENOME DO AU-


TOR, ano de publicação)

Exemplo:

A informatividade é um critério complexo, haja vista ser pouco específico (MAR-


CUSCHI, 2008).

Vídeo

Observe que, quando dentro dos parênteses,


o sobrenome do autor deve ser registrado em
caixa alta (tudo maiúsculo). Caso o sobreno-
me do autor esteja inscrito na sentença, ou
seja, faça parte da frase, esse nome deve ser
escrito apenas com a inicial maiúscula (pois
trata-se de um nome próprio) e apenas o re-
gistro do ano de publicação precisa vir dentro
dos parênteses.

• •Citação direta: cópia de parte do texto.


Trata-se de uma transcrição literal de um texto e reproduzido dentro de seu texto. A ABNT
faz distinção da citação direta com relação à extensão do trecho transcrito, de foram que
podem acontecer duas situações:
9
Análise e Produção
de Textos

1)Até 3 linhas:

• fica no corpo do texto, entre aspas.


Exemplo:

É importante destacar que “[...] o saber não é uma coisa que flutua no espaço [...]”
(TARDIF, 2003, p. 11).

2)Mais de 3 linhas:

• recuo de 4 cm da margem esquerda


• letra menor que 12 (adota-se, em geral, a 11)
• espaço entrelinhas simples.
Exemplo:

Segundo Medeiros (1999, p. 201):

Terminado o projeto de pesquisa, é preciso testar os instrumentos que serão


utilizados, como, por exemplo, o questionário [...]. Durante a fase de aplicação
do pré- -teste, o pesquisador anotará as reações do entrevistado, o grau de difi-
culdade [...], o embaraço quanto a algumas questões.

• Citação de citação: citação de obra à qual não se obteve acesso físico.


Não é raro acontecer de localizarmos em uma fonte a citação de um trecho de um livro, ou
outro tipo de fonte, ao qual não conseguimos acesso. Quando isso acontecer e quisermos
inscrever essa citação, devemos utilizar a expressão latina “apud”, que significa “citado
por”.

Exemplo:

Segundo Franchi (apud TRAVAGLIA, 2000, p. 24), “gramática é o conjunto sistemático


de normas para bem falar e escrever, estabelecidos pelos especialistas, com base no uso da
língua consagrado pelos bons escritores”.
10
Análise e Produção
de Textos

Muitas pessoas se confundem com o registro da citação de citação, mas não é nada
complicado, basta você:

1º) não perder de vista o significado de apud → citado por

2º) perceber que o texto mais antigo é citado no texto mais recente, pois o inverso
é impossível de acontecer.

3) REFERÊNCIAS

Até certo tempo, a parte final de um trabalho acadêmico onde se registrava as fontes
consultadas para a fundamentação do trabalho era chamada de referências bibliográficas.
Contudo, como não são apenas livros (biblios) que atualmente utilizamos como fontes
consultadas, pois nos servimos também de catálogos, sites, cd-rom, entre outras mídias, a
terminologias referências bibliográficas foi substituída por “referências”, para contemplar
toda essa diversidade.

Sobre o registro das referências, é necessário você observar que há uma ordem na apre-
sentação das informações sobre a fonte consultada e uma respectiva pontuação que separa
esses dados entre si. Além disso, existe um modelo de registro para cada tipo de documento
consultado, por exemplo, a referência de um texto retirado de uma revista acadêmica é
diferente da de um texto originário de um livro ou site, conforme se constata mediante o
material produzido pela Biblioteca João Herculino.

Referências - NBR 6023/2002

Livro

SOBRENOME, Nome. Título: subtítulo (se houver). Edição (se houver). Local: editora,
ano.

Exemplo:

REALE, Miguel. Lições preliminares de direito civil. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 1978.

Parte de livro

SOBRENOME, Nome (autor do capítulo). Título (do capítulo). In: SOBRENOME, Nome
11
Análise e Produção
de Textos

(autor do livro) (pode ser organizador, compilador, etc.). Título (do livro). Edição (se hou-
ver). Local: editora, ano. Páginas (do capítulo).

Exemplo:

SCHWARTZMAN, Simon. Como a universidade está se pensando? In: PEREIRA, Anto-


nio Gomes (Org.). Para onde vai a universidade brasileira? Fortaleza: UFC, 1983. p. 29-45.

Artigo de revista

SOBRENOME, Nome. Título (do artigo). Título (da revista), local, volume, número, pá-
ginas (do artigo), mês abreviado ano.

Exemplo:

SAVIANI, Demerval; CARVALHO, Délton de. A universidade e a problemática da educa-


ção e cultura. Educação brasileira, Brasília, v. 1, n. 3, p. 35-58, maio/ago. 1979.

Documento em formato eletrônico

SOBRENOME, Nome. Título: subtítulo (se houver), ano. Disponível em: <endereço ele-
trônico>. Acesso em: dia mês abreviado ano.

Exemplo:

MELLO, Luiz Antonio. A onda maldita: como nasceu a Fluminense FM, 1995. Disponível
em: <http://www.actech.com.br/aondamaldita/ creditos.html> Acesso em: 13 out. 1997.

Trabalho acadêmico

SOBRENOME, Nome. Título. ano. número de folhas. Tipo de trabalho (Grau) - nome do
curso ou programa da faculdade, universidade, local, ano (da defesa).

Exemplo:

OTT, Margot Bertolucci. Tendências ideológicas no ensino de primeiro grau. 1983. 214
12
Análise e Produção
de Textos

f. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação,


Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1983.

Legislação em formato eletrônico

JURISDIÇÃO. Título (nº da lei e data). Disponível em: <endereço eletrônico>. Acesso em:
dia mês abreviado ano.

Exemplo:

BRASIL. Lei nº 11.117, de 18 de maio de 2005. Disponível em: <www.planalto.gov.br/


ccivi l_03/_Ato2004 -2006/2005/Lei/L11117.html>. Acesso em: 6 abr. 2010.

Vídeo

Utilizar as normas da ABNT não é difícil nem com-


plicado, basta atenção, sobretudo inicialmente, até
que se consiga incorporar essa prática de maneira
mais natural e corriqueira.
Vamos ver um exemplo de como isso pode ser feito?
Para maiores informações, assista ao vídeo.
13
Análise e Produção
de Textos

Encerramento
Utilizar as normas da ABNT, muito mais que incorporar um código de linguagem iden-
titário de um grupo social (pesquisadores, cientistas), corresponde a um registro legal de
autoria a quem inicialmente produziu aquele respectivo conteúdo.

Para construirmos um texto acadêmico, precisamos nos valer de fontes, de referências que
respaldem o que estamos apresentando e defendendo, ou seja, é norma de conduta prevista
o uso da intertextualidade.

Fazer esse registro, e fazê-lo de acordo com as normativas da ABNT, é um requisito de


legitimidade do texto para que a linguagem dele seja reconhecida por seus pares, revelando
nível adequado de letramento acadêmico.

Além do mais, vale lembrar que apropriar-se de conteúdos elaborados por outras pessoas
é uma infração penal prevista no artigo 184 do Código Penal Brasileiro, a saber, o crime
de plágio.

Estudo Complementar

Agora que estamos estudando sobre o uso das normas


da ABNT que nos resguarda quanto aos riscos de se
incorrer em plágio, vale a pena refletirmos um pouco
mais sobre a questão do direito autoral. Vamos conhe-
cer melhor o que nos apresenta o artigo 184 do Código
Penal Brasileiro?
Sobre esse assunto, vale ler o artigo “O Crime de Plágio”.
14
Análise e Produção
de Textos

A seguir são apresentadas informações sobre um livro. Faça a referência bibliográfica dessa
fonte, tomando por base as normas da ABNT.

a) Nome do livro: Curso de Direito Penal

b) Autor: Fernando Capez

c) Editora: Saraiva

d) Ano de Publicação: 2017

e) Local de publicação: São Paulo

CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. São Paulo: Saraiva, 2017

E aí, você foi bem? Acredito que sim! Se ainda não, aproveite o material e estude um pouco
mais sobre as normas da ABNT. Você pode aprimorar o seu texto quanto às normas da
ABNT.
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Fl CIHIAMENTO DE CITAÇA,

Cabeçalho
(T' Lu o)

Referência bibliográfica
(de acordo com as normas
da ABNT - Associação B ras ileira de
Normas Técnicas)

Corpo ou texto
Citações são transcritas entre aspas, com
ind icação da pági na de ond e fo i ret irada
citação, sendo cópia f ie l do t recho e se
alguma part e for suprimida deve-se
uti Iiza r t rês pontos(. ..) para ind icar.

Font-e Elaborado pela autora, t)?.JSPadc, er-n


Marconi P Lakato3 r,2n77) com adaptações
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IF ,I CHAM IEIN T,Q D,E IRE,S UMO


OU IDE CONTEÚD,O

Cabeçalho
(Tít u o)

Refe rê ne ia b ibl iog ráf ica


(de acordo com as normas
da ABNT - Associação Brasileira de
Normas Técnicas)

Corpo ou texto
Ap rese nta de fo rma cone 1sa e clla ra as
ldei.as do auto r) sendo um texto
objet ivo q ue regist ra o res umo, a
essê ncia da obra. Pode ser uma
int erp ret ação e não necessariamente
com as .m esm1as palavras do autor.

Fonte- Elaborado pela autora, baseado er'r1


Marconi e Lakatos (2077) com adaptacôes.
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FII CHAMIENTO DE
COMENTÁRIO, O ·U A IN AL.ÍT'II CO

Cabeçalho
(T' u o)

Refe rê nc ia b ibl iog ráf ica


(de acordo com as n ormas
da A:BNT - Associação B rasi leira de
Normas Técn icas)

Corpo ou texto
Interpretação pessoal sobre o q ue foi
expresso pelo autor da obra.
São feitos comentá rios sobre a forma,
há uma análise c rít ica do conteúdo e a
obra é compa rada com outros trabalhos,
podendo ser dest acada relevânc ia
da mesma.

Funre Elatx)rado pelE:J autora. t)asead(1 ern


r·.,,.1arconi 1:;: Lal .atos (2017) com ad2tí) a1.. óes.
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São considerados os seguintes tipos de resumo:

Elaborado por pessoas


especialistas no assunto e que
fazem uma análise crítica do texto,
o que é também
conhecido como resenha.

Nele há a indicação dos


aspectos mais importantes do
texto e é preciso consultar o
original.

Traz a informação para o leitor


acerca das finalidades, dos
resultados alcançados e das
conclusões apresentadas no texto,
sendo que não é necessária a
consulta ao original.
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da rezai e obje t iv id ode. bo rdagem d o autor, d isso na Pf,ãi.ica. acadêmico -e/ ou a sw.a
Utilize para iss.o o sempre com Reco mer.de a le1tu,ai d~ Forma,çJ o.
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