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Retificação
mecânica 5
A retificação é uma operação bastante precisa e cuidadosa, que tem por objetivo:
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CAPÍTULO 11
Figura 11.1
Rebolos.
kromkrathos/shutterstock
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mecânica 5
Figura 11.2
Tipos de retificação. Retificação cilíndrica sem centros Retificação cilíndrica sem
com avanço em “fileira de peças” centros com avanço radial
rebolo
de arraste rebolo
de arraste
peça
peça
rebolo
de corte
rebolo
de corte
peça rebolo
rebolo
peça
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CAPÍTULO 11
Figura 11.3
Tipos de retificação.
rebolo
rebolo
rebolo
rebolo
rebolo
mesa peça
rebolo
peça
rebolo de rebolo
arraste de corte
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MECÂNICA 5
11.3 Retificadora
Os tipos mais comuns de retificadora são: a plana, a cilíndrica universal e a ci-
líndrica sem centros, também chamada centerless. Podem ser manuais, semiauto-
máticas e automáticas. A centerless é apenas automática, pois se trata de máquina
utilizada para a produção em série.
comando
de movimento
vertical
coluna
válvula reguladora
de velocidade
longitudinal válvula direcional
mesa
comando de
movimento
longitudial válvula
reguladora do
avanço transversal
comando de
movimento
universal
base
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CAPÍTULO 11
Figura 11.5
A máquina mostrada acima é usada nas retificações de peças cilíndricas em ge- Retificadora cilíndrica
ral. O rebolo gira, entra em contato com a superfície da peça em rotação e remo- universal.
ve o material. Em geral é a máquina utilizada para retificação externa e faces de
eixos rebaixados. Com rebolo de formato e dimensões apropriadas, possibilita a
retificação da face da peça e de superfícies internas. A peça é geralmente fixada
entre pontas para retificação externa, usando contrapontas, grampo arrastador
e arrastador, como no torneamento. Algumas vezes usa-se luneta fixa (como no
torneamento) ou dispositivo especial para fixação, dependendo do tipo de peça
a retificar.
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mecânica 5
Figura 11.6
Retificadora sem centros.
face esmerilhadora
refrigerante
rebolo de
arraste
rebolo
penetração
peça
lâmina de apoio
peça
rebolo
rebolo
lâmina de regulador
espera
Na figura 11.7 são ilustradas as sugestões para a seleção do rebolo quanto à na-
tureza, ao tipo e formato do material a ser retificado.
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CAPÍTULO 11
Figura 11.7
Sugestões para a seleção
Forma Aplicação Forma Aplicação
do tipo de rebolo.
Afiação de fresas
Afiação de brocas frontais, fresas de
e ferramentas topo, fresas cilíndricas,
diversas machos, cabeçotes
disco reto copo reto porta-bits.
Afiação de fresas
angulares, rebaixadores,
Peças perfiladas broca de 3 e 4 arestas
cortantes, fresas
perfilado copo cônico frontais, fresas de topo.
Retificação plana
Afiação de de ataque frontal
machos, brocas no faceamento de
segmentos superfícies.
disco
Afiação de fresas
de forma, fresas
detalonadas, fresas Ferramenta de corte
cilíndricas, fresas e estampos em geral.
frontais, fresas de pontas
prato disco. montadas
Tabela 11.1
Tipo de trabalho Tipo de granulação Tipo de aglomerante Características do rebolo
Desbaste Grossa Vitrificado para a retificação de
aço não temperado.
Semiacabamento Média Vitrificado
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mecânica 5
O tamanho do grão pode ser uma das causas de problemas com rugosidade
superficial da peça na operação de retificação. Outras causas de problemas de
acabamento podem ser o desbalanceamento do rebolo, folgas na máquina, pa-
râmetros de corte incorretos, entre outros. Existe relação de aplicação da rugo-
sidade (Ra) com a granulação do abrasivo e a profundidade de corte do rebolo
(tabela 11.2).
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CAPÍTULO 11
Desbaste GC 80 J ou K 6 V
B Liga resinoide
V Liga vitrificada
Afiação
Widia
NB Na liga B resinoide
predomina a cor marrom
no rebolo Acabamento GC 120 J ou K 6 V
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mecânica 5
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CAPÍTULO 11
Figura 11.8
Aplicação de jato
lubrificante na
retificação plana.
bico
tangencial
20° - 30°
guia
Figura 11.9
Aplicação de jato
tubo de lubrificante na
adução retificação interna.
bico
tangencial
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mecânica 5
bombeamento barreira
colchão d
ea
sapata r
VS
15° - 25°
Vw
bico
tangencial
rebolo
peça
Figura 11.10
Aplicação de jato
11.8 Retificação versus torneamento duro em peças
lubrificante na retificação
cilíndrica externa. cilíndricas
A substituição do processo de retificação pelo de torneamento duro tem sido
objeto de estudos. O torneamento é possível em materiais temperados, cementa-
dos ou nitretados com mais de 50 HRC, especialmente na área de acabamento
de peças cilíndricas usinadas. As ferramentas utilizadas no torneamento duro
deixaram de ser frágeis, e as vibrações que aparecem no corte interrompido no
torneamento de aço endurecido, por exemplo, já não são as limitadoras da esco-
lha por esse processo.
É difícil equacionar uma máquina com baixo custo, que permita elevados avan-
ços na fase de desbaste e alta precisão na fase de acabamento, por longo período
de duração do equipamento. Isso faz as empresas adotarem tornos especifica-
mente destinados a operações de torneamento duro.
Quanto à questão ambiental, o torneamento duro pode ser feito sem refri-
gerante, enquanto a retificação exige fluidos de corte, o que gera gastos. A
complexidade dessa relação é muito grande, e cada caso precisa ser analisado
individualmente.
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CAPÍTULO 11
Pelo fator tamanho do lote, a adoção do torneamento duro é maior nas empresas
cuja produção é seriada. O torneamento de peças duras leva, ainda, vantagens,
como:
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