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Sumário: Tema III. Fresadora.

3.1.- Características gerais


3.2.-Tipos.
3.3.-Partes principais.
3.4.-Funcionamento.
3.5.-Acessórios.
3.6.-Cuidados.
2.1.- Características gerais.
Em qualquer tipo de fresadora o movimento principal é a rotação da
ferramenta e o movimento de avanço é, sempre um movimento de
translação da peça.
A fresadora é a segunda máquina ferramenta mais utilizada nas oficinas
de usinagem, se utiliza para obter superfícies planas, de forma,
ranhuras, chavetas, chaveteiros, rodas dentadas cilíndricas e
helicoidais, eixos e árvores ranhura dos etc.:
2.2.- Tipos de Fresadoras.
As fresadoras classificam-se em três grandes grupos:
 Fresadoras Horizontais. (eixo de movimento principal
horizontal)
 Fresadoras Verticais. (eixo de movimento principal
vertical)
 Fresadoras Especiais. (construções específicas.)
As fresadoras horizontais têm o fuso horizontal e se
classificam em:
• Fresadoras horizontais simples.
• Fresadoras universais.
• Fresadoras de grande universalidade.
Fresadora horizontal
simples.
Constrõem-se
geralmente com
consola (permite o
movimento vertical).
Estas se caracterizam
porque a mesa de
trabalho pode-se
movimentar em três
direcções
perpendiculares entre
si.
Fresadoras universais.
Por seu aspecto exterior
são iguais as fresadoras
horizontais simples,
possuem os mesmos
movimentos que
aquelas e ainda a mesa
pode gira um ângulo de
± 45 ao redor do eixo
vertical o que permite
realizar superfícies
inclinadas com mais
facilidade na montagem
e com menor uso de
dispositivos especiais
(maior universalidade).
Fresadoras de grande universalidade.
Possuem além eixo do movimento principal horizontal, a
possibilidade de montar um eixo cujo movimento é
vertical.
 Fresadora horizontal de grande universalidade

 Nesta, em
particular o
montagem do
cabeçal vertical
não implica a
remoção do
cabeçal horizontal
aportando maior
universalidade a
máquina. A
principal
limitação destas
máquinas é seu
elevado custo.
Fresadoras Verticais
O eixo do movimento principal é vertical. Na maioria das
máquinas deste tipo pode-se girar cabeçal que suporta o
eixo do movimento principal até a posição horizontal.
Constrõem-se com e sem consola

Fresadora Vertical com


Fresadora Vertical sem consola
consola
As primeiras se utilizam para o fresado rápido de peças grandes, a mesa só
possui movimento ao longo dos eixos horizontais, o movimento de
avanço vertical é realizado pelo cabeçal vertical que porta a ferramenta.
É muito menos universal que as fresadoras com consola, mais muito
mais rígidas permitindo o usinagem de peças mais pesadas e
voluminosas.
Fresadora especiais.
Se utilizam para a fresagem de superfícies de peças de formas específicas
pelo que são destinadas a produções em grandes series e em massa. As
mais comuns são:
Fresadoras copiadoras,
Fresadoras de ranilhas,
Fresadoras circulares,
Fresadoras de roscas,
Fresadoras de engrenagem,
Fresadoras de controlo numérico
3.3.-Partes principais. Fresadora universal horizontal.
1.-A base 1, Suporte da bacada 2 e o parafuso de avanço vertical. Na
bancada montam-se o motor eléctrico 3, todos os mecanismos do
movimento principal incluindo os comandos 4, o fuso ou última árvore
do movimento principal ou de corte, o braço deslocável 12 no qual vai
montado o suporte 13 dos mandris porta fresa. Normalmente
constrõem-se dois suportes um com centro, outro com rolamento para
usar segundo o comprimento do mandril. A consola 5 pode-se deslocar
na direcção vertical pelas guias verticais montadas na bancada através
dum parafuso sem-fim apoiado na base. Sobre a consola montam-se o
carro transversal e os mecanismos de avanço transversal, sobre o carro
transversal monta-se a placa giratória 7 que permite girar a mesa de
trabalho ao redor do eixo vertical. A mesa de trabalho 8 e os
mecanismos de avanço longitudinal montam-se sobre a placa giratória.
Os braços 14 são utilizados para aumentar a rigidez da máquina.
 Esquema das partes da fresadora horizontal.
3.4.-Funcionamento.A
A peça a elaborar é fixada a mesa de trabalho mediante
dispositivos criados para isto. Os movimentos de avanço
chegam a esta mesa a partir dum motor elétrico situado na
consola e através dos mecanismos de avanço dentro da
mesma consola.
O movimento principal sai dum outro motor elétrico situado
na bancada e chega ao fuso passando pela caixa de
velocidades do movimento principal. A ferramenta, fresa é
colocada em mandris na árvore principal ou fuso
3.5.-Acessórios.
Os principais acessórios utilizados na fresadora são:
1 Dispositivos de sujeição.
2 Cabeçais de fixação de peças entre centros.
3 Mesa circular, para fresado de superfícies inclinadas
4 Mesa angular.
5 Mandril fresador, utilizado para suportar a ferramenta
(fresa).
6. Cabeçal divisor.
Dispositivos de sujeição.

Uso das chapas de fixação


Chapas de fixação

Cantoneiras de
fixação

Calços de fixação
 Cabeçais de fixação de  Mesa Circular, para o fresado
peças entre centros, utiliza- de superfícies planas e de
se para fresados entre centro forma inclinadas com relação
ao eixo x

 Mesa angular, para o fresado


de superfícies planas e de
forma inclinadas com relação
aos eixos x e y
Mandril fresador, a sua
função é suportar a
ferramenta e é a peça
mediante a qual se transmite
o movimento de rotação a
ferramenta.

Utilização do mandril fresador


Cabeçal divisor: É o dispositivo mais importante da fresadora,
seu uso aumenta consideravelmente a aplicação das
mesmas. Se utiliza para a elaboração de diversas
ferramentas de corte como machos de roscar, fresas e
outras, rodas dentadas, cabeças de parafuso, porcas
hexagonais e quadradas, árvores estriados etc. Seu
principal uso é girar periodicamente a peça a elaborar
ângulos equidistantes ou não. Existem muitos tipos de
cabeçais divisor, os fundamentais são:
Cabeçal divisor directo,
Cabeçal divisor simples,
Cabeçal divisor optico,
Cabeçal divisor universal.
Cabeçal divisor directo:

Cabeçal divisor simples: É muito mais


preciso que o divisor directo. O número de
voltas que tem-se que dar a manivela 3
para que o fuso 2 gire uma volta chama-se
de característica do cabeçal, denotaremos
de N.
O número de voltas (n) que tem-se que dar a manivela 3 para conseguir o número
de divisões desejadas na peça a elaborar determina-se pala seguinte fórmula:
N: característica do cabeçal divisor (geralmente
os divisores construem-se com característica 40).
Z: número de divisões da peça a elaborar
Em caso que tenha a necessidade de dar uma volta incompleta, recorre-se
a ajuda do disco divisor fixo 4 previsto de várias series concêntricas de
furos equidistantes. Exemplo: 16, 42 e 60
Para fazer 14 divisões num cabeçal de característica 40 que possui três
series de 16, 42 e 60 furos respectivamente. Dizemos:
E Ou seja, temos que dar
duas voltas mais de
voltas . Para garantir esta
fração de voltas
multiplicamos o
denominador por um número até que seja igual a uma das series dadas,
por exemplo 6. Multiplicando a fração por 6:

Para este caso coloca-se a manivela 3 na circunferência de


42 furos e damos 2 voltas mais 36 furos nesta
circunferência.
 Cabeçal divisor optico: Possui um espelho, uma lámpada , um disco
graduado e um visor para fazer as divisões:
 Cabeçal divisor universal: muito caro, além do
mecanismo divisor possui a possibilidade de girar a
peça com relação a um dos eixos.
Bibliografia
 1. V.I. Anuriev “Manual do construtor de Máquinas
Ferramentas”, Traduzido em espanhol, edição 2.–
Tom I-III. Editora: Moscovo, Machinostroienie – 2000,
608 pag.s
 2. A.V. Kuzmin, I.M. Chernin “Cálculos dos Elementos
de Orgãos de Máquinas”.– Traduzido em espanhol,
edição 1, Editora: Moscovo Machinostroienie – 1998,
769 pag.s

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