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10 passos para Transformas Sua Masterização

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10 passos para Transformas Sua Masterização

Sumário
PREPARANDO SEU MIX PARA MASTERIZAÇÃO ........................................... 4
1 Remoção de ruídos .............................................................................. 5
2 Conversão de sample-rate....................................................................... 6
3 Resolução de bits ................................................................................. 7
4 Dithering .............................................................................................. 8
5 Dinâmica .............................................................................................. 8
6 Fade-ins e Fade-outs ............................................................................... 9
7 Equilíbrio tonal ................................................................................... 10
9 Volume dos vocais ................................................................................. 11
História Completa sobre masterização ..................................................... 12
 Descubra sobre as Origens deste processo e o que ele significa na
prática. .................................................................................................. 12
A existência de uma mídia master sempre foi e será importante. ......... 13
A fita magnética é um excelente meio de armazernamento de áudio. . 14
Aí vem a pergunta: que áudio é armazenado na Master? .................... 14
A resposta é simples: qualquer áudio que possa se mostrar importante
para armazenamento e duplicação! Na produção musical, diferentes
etapas geram áudios importantes que precisam de uma master. ....... 14
Armazenar cada um dos takes por décadas não faz sentido ................. 16
Esta última etapa é a mais conhecida e polêmica. ................................... 17
Masterização Artística. ............................................................................. 18
Limitações ................................................................................................ 19
E foi aí que as confusões começaram!...................................................... 19
Masterização não é ferramenta é um processo ....................................... 20
Se o mix não está soando bem, então ainda não é hora de masterizar! ... 21
Ponto. ................................................................................................... 21

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10 passos para Transformas Sua Masterização

Frases inspiradoras................................................................................... 22
Descrição "não técnica" dos principais itens tratados durante o processo
de masterização: ...................................................................................... 24
NÍVEIS....................................................................................................... 25
CARACTERÍSTICAS TONAIS (EQUALIZAÇÃO).............................................. 25
COMPRESSÃO .......................................................................................... 25
RUÍDO ...................................................................................................... 26
DE-ESSING ................................................................................................ 26
ADIÇÃO DE EFEITOS ................................................................................. 26
EDIÇÃO ..................................................................................................... 27
ISRC .......................................................................................................... 27
DDP .......................................................................................................... 27
ETAPAS TÉCNICAS DA MASTERIZAÇÃO ..................................................... 28
Filtragem de sub-graves e/ou DC offset ................................................... 31
Atenuação de ruídos: ............................................................................... 31
Equilíbrio do estéreo: ............................................................................... 31
Equalização corretiva geral: ..................................................................... 32
Equalização criativa: ................................................................................. 32
Limitação de picos excessivos: ................................................................. 32
Reverberação adicional: ........................................................................... 32
Reforço de transientes: ............................................................................ 33
Compressão multi-banda: ........................................................................ 33
Equalização cirúrgica: ............................................................................... 33
Maximizador de volume: .......................................................................... 34
Limitador “Brickwall”: .............................................................................. 35

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10 passos para Transformas Sua Masterização

PREPARANDO SEU MIX PARA


MASTERIZAÇÃO

jaconias sousa - Produtor Musical - Sala de Masterização

A Masterização é uma das etapas menos conhecidas da produção musical.

Estas são algumas dicas do que fazer durante a mixagem para facilitar o
trabalho do engenheiro de Masterização e não comprometer a qualidade
da sua música.

> MARCIO MOURÃO, É TÉCNICO EM MASTERIZAÇÃO EM HOME ESTUDIO

Uma boa instalação de masterização terá recursos especializados para


analisar, identificar e corrigir problemas no áudio.

Durante a mixagem, concentre-se na inteligibilidade e mistura dos


elementos, procurando deixar as seguintes tarefas para o Masterizador:

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1 Remoção de ruídos

Eventuais clicks, pops e chiados (principalmente aqueles no início e no


final da faixa) podem ser retirados ou minimizados durante a
masterização.

Obviamente, o ideal é que captações, processamentos e mixagem não


adicionem artefatos indesejáveis ao áudio, mas a masterização tende a ser
mais eficiente e rápida no controle de ruídos e distorções, além de utilizar
ferramentas que terão o menor impacto possível no restante do áudio.

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10 passos para Transformas Sua Masterização

2 Conversão de sample-rate

Conversores “baratos” e “suspeitos” não costumam fazer um bom


trabalho. O engenheiro de masterização saberá qual software ou
hardware é o mais indicado para converter seu trabalho, por exemplo, de
96kHz para 44.1kHz, conhecendo os prós e contras de vários modelos
disponíveis.

A conversão, quando necessária, deve ser feita somente UMA VEZ, em


uma etapa específica da masterização.

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3 Resolução de bits

Os arquivos L+R da mixagem devem ser entregues para a masterização


com resolução de 24 bits ou 32 bits ponto-flutuante.

Assim, procure realizar todas as edições, processamentos e mixagens


nestas resoluções, até o fim do mix.

Qualquer etapa que abaixe a resolução para 16 bits adicionará distorções


permanentes ao áudio, mesmo que este seja transformado para 24 ou 32
bits posteriormente.

A máster final em 16 bits (para CDs) será feita durante a masterização


UMA SÓ VEZ, ao final do processo.

Neste ponto, o engenheiro utilizará um algoritmo de dithering compatível


com o seu projeto, para que o áudio em 16 bits incorpore o máximo
possível de dinâmica e detalhamento dos originais.

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10 passos para Transformas Sua Masterização

4 Dithering

Deve ser utilizado sempre que houver diminuição na resolução de bits.

Portanto, quando estritamente necessário durante a mixagem, deve ser


planejado para ocorrer o menor número de vezes possível, com bons
processadores.

Preferencialmente, mantenha a resolução alta durante todo o processo,


para que ocorra somente um dithering, na masterização.

5 Dinâmica

O engenheiro de masterização, com sua sala e ferramentas, deverá fazer


julgamentos mais precisos sobre a dinâmica do áudio final.

Não se preocupe com o volume do mix! O ideal é que a mixagem L+R


tenha uma boa faixa dinâmica (mínimo de 12dB) para que a masterização
possa entregar um volume alto com boa qualidade de áudio.

Este é talvez um dos erros mais comuns das mixagens, cuidado com o uso
irracional de compressores e limiters, sobretudo no barramento master
L+R da mixagem.

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6 Fade-ins e Fade-outs

As transições de volumes nos extremos das faixas estão intimamente


ligadas ao ruído percebido nestes trechos e dependem de outras etapas
da masterização, como dithering e compressão multi-banda.

Deixe os fades para a masterização, não há necessidade de fazê-los


durante a mixagem.

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7 Equilíbrio tonal

Se a mixagem não está soando tão equilibrada e parece ter vida própria,
dependendo de onde é tocada (soa diferente no carro, no estúdio, no som
da sala), evite tentar corrigí-la e trabalhe em colaboração com o
engenheiro de masterização para identificar os problemas e receber
orientações. É melhor tentar corrigir uma deficiência, do que corrigir uma
correção de uma deficiência. Via de regra, quanto menos processamento
(compressão, equalização, reverb) acumulado durante os processos,
melhor a qualidade do áudio final.

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10 passos para Transformas Sua Masterização

9 Volume dos vocais

As vozes são provavelmente o elemento mais difícil na busca de volumes e


inteligibilidade.

Procure gerar 3 versões diferentes da mixagem – Normal; Vox -1dB; Vox


+1dB – para que o engenheiro de masterização tenha mais alternativas
durante seu trabalho.

Eventualmente, entregue os vocais em um sub-mix separado para que


haja maior controle sobre variações de volume nas sessões da música.

Alguns masterizadores também aceitam receber sub-mixes adicionais


(baixo, guitarras, bateria) para utilizá-los em casos extremos onde não é
possível atingir o resultado desejado, realizando uma “remixagem”.

Na dúvida, contate um estúdio de masterização antes de tomar decisões


na mixagem que podem prejudicar o som final ou até mesmo, forçar que
a mixagem seja refeita, gastando-se mais tempo e dinheiro.

>Você pode até fazer isso online ou até mesmo se tornar profissional na
ária clicando aqui

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10 passos para Transformas Sua Masterização

História Completa sobre


masterização

 Descubra sobre as Origens deste


processo e o que ele significa na
prática.

O nome “Masterização” surge de um conceito bem simples: a geração de


uma mídia MASTER, que será usada para a duplicação de cópias.

Desde os primórdios da música gravada, sempre existiu algum suporte


físico que contém o áudio, sendo utilizado para a geração de cópias que
são reproduzidas pelo ouvinte.

O conceito é antigo e não está ligado a nenhum período tecnológico em


particular.

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10 passos para Transformas Sua Masterização

A existência de uma mídia master


sempre foi e será importante.

Seja por razões de arquivamento, seja por questões técnicas de


duplicação, uma vez que toda cópia precisa ser feita a partir de uma fonte
de alta qualidade que não pode se desgastar ao longo do tempo.

É muito comum que uma master antiga seja reconstruída em uma nova
master, para manter o áudio intacto por mais tempo.

Vale comentar que, mesmo hoje em dia, muitos rolos de fita magnética
ainda são o principal registro (master) de produções antigas.

Embora seja possível transferir o conteúdo musical para mídias mais


modernas e potencialmente mais confiáveis, como DVDs e Discos Rígidos.

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10 passos para Transformas Sua Masterização

A fita magnética é um excelente meio


de armazernamento de áudio.
Fitas de boa qualidade podem durar por décadas e décadas, sem perdas
notáveis, desde que devidamente armazenadas.

Por outro lado, CDs, DVDs e discos rígidos não são tão duráveis quanto
imaginamos e podem perder informações antes mesmo de 10 anos.

Um processo comum para a conservação de masters consiste em se


preparar a fita magnética original para uma última transferência, já que o
processo envolve produtos químicos e tratamento térmico.

O áudio é convertido para um formato digital de alta qualidade e várias


masters,

Em diferentes mídias, são geradas e armazenadas.

De tempos em tempos, novas cópias idênticas são realizadas.

Há inclusive serviços online que se encarregam da duplicação regular e


garantem redundância dos dados.

Em todo caso, temos que compreender que, até o momento, estamos


falando somente de uma mídia que contém o áudio original e precisa ser
armazenada ou duplicada para reprodução.

Aí vem a pergunta: que áudio é armazenado na Master?

A resposta é simples: qualquer áudio que possa se mostrar importante


para armazenamento e duplicação! Na produção musical, diferentes
etapas geram áudios importantes que precisam de uma master.

Durante as gravações, frequentemente dezenas ou centenas de takes são


realizados, até que todos os instrumentos e vozes executem suas partes
com perfeição.

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Logo em seguida, um processo conhecido por “comping” edita e une os


melhores trechos dos melhores takes, até que cada pista do projeto
pareça ter sido gravada continuamente, perfeitamente.

Neste momento, independente do formato de áudio e da mídia utilizados,


existirá um áudio contínuo para cada instrumento e para cada faixa.

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10 passos para Transformas Sua Masterização

Armazenar cada um dos takes por


décadas não faz sentido.
Além de ser muito custoso e trabalhoso, provavelmente os takes não
serão reutilizados.

Mas o “comp” dos takes, estes sim merecem ser arquivados! Eles serão
usados para a mixagem, tanto hoje quanto em eventuais remixes que
aconteçam no futuro, como uma produção eletrônica com a voz do
cantor.

Portanto, existe uma master das gravações. De fato, nos tempos da fita
magnética, diversos rolos devidamente etiquetados como “REC MASTER”
eram gerados e arquivados.

Cópias destas masters seriam então utilizadas para a mixagem, de


maneira e não desgastar as mídias originais.

Repare que uma master não está necessariamente associada à última


etapa da produção musical, chamada popularmente de “masterização”.

Na sequência, a mixagem seria realizada e uma nova Master, chamada de


MIX MASTER, seria gerada e arquivada.

Assim, o projeto poderia ser “re-masterizado” para variadas mídias e


formatos no futuro.

Quando lemos uma notícia que tal disco foi re-masterizado, normalmente
a MIX MASTER foi retirada do arquivo para a geração de uma cópia, sendo
então “masterizada” para um formato final de consumo: um disco
diferente do original (coletânea), um CD posterior ao vinil, um MP3 para
download etc.

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10 passos para Transformas Sua Masterização

Esta última etapa é a mais conhecida e


polêmica.

Depois que a mixagem está pronta, o áudio precisa ser transferido para
um formato de consumo.

Vinil, CD, MP3 atc. Cada cópia do consumidor final é gerada a partir de
uma master, chamada simplesmente MASTER, ou MIX MASTER.

Na época do Vinil (grande consumo de música e mídias), o áudio das fitas


precisava passar por alguns processos técnicos antes de ser gravado no
disco.

Isto era necessário porque o disco de vinil tem algumas limitações


técnicas.

Por exemplo, não podem existir muitas diferenças de volume no áudio,


porque isto faz a agulha pular.

Também não era possível gravar muitas frequências graves, porque além
do risco da agulha pular, a capacidade do disco seria drasticamente
reduzida, não podendo comportar diversas faixas.

Lembrando que cada lado de um vinil dificilmente passava de 20 minutos,


o que já era um desafio para um álbum de cerca de 12 músicas.

Dessa forma, o áudio precisava ser equalizado, comprimido/limitado e


eventualmente recortado para caber no disco de uma maneira segura,
com boa qualidade de reprodução para o consumidor.

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10 passos para Transformas Sua Masterização

Masterização Artística.

Nesta época, o processo de masterização passou a incorporar atividades


artísticas, além das técnicas.

As músicas tocadas no rádio também precisavam de um tratamento


adequado, principalmente porque o ruído do rádio era muito alto e
precisávamos de um áudio alto e claro.

Por isso os discos ou fitas enviados para as rádios costumavam ter uma
masterização diferente.

Atualmente, diversos estudos provam que um CD masterizado não precisa


ser re-masterizado para rádios.

O áudio soará muito bem, porque a própria rádio realiza processamentos


especiais, além da qualidade do rádio atual ser bem melhor do que no
passado.

Mito derrubado: uma música não precisa ser masterizada especialmente


para rádio.

É claro que, em alguns casos, deseja-se uma versão reduzida, ou até


mesmo prolongada, para clubes e boates, e isso deve ser encarado como
um remix.

Veja leitor, que a partir deste ponto, começamos a perceber que cada
masterização tem um objetivo específico, de acordo com a mídia e com a
utilização que será feita! Este é o conceito real de uma masterização:
gerar uma master que, por sua vez, é duplicada em cópias que são usadas
para um objetivo específico.

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10 passos para Transformas Sua Masterização

Limitações
Cada mídia tem suas limitações técnicas e cada masterização precisa se
utilizar de processos técnicos e artísticos para a melhor experiência
possível do ouvinte.

Com o surgimento do CD, as limitações técnicas diminuiram.

Embora ainda fosse importante planejar alguns critérios técnicos,


principalmente referentes à duplicação e compatibilidade com players,
passou a existir uma maior liberdade artística.

O áudio poderia ser bem dinâmico, sem limitações de frequências e


volumes.

Neste ponto, os processos artísiticos tomaram uma força maior e a


masterização passou a ter o potencial de modificar profundamente o
“som” dos discos.

E foi aí que as confusões começaram!

Uma vez que o engenheiro de masterização possuía know-how e


ferramentas para tratar o áudio, as mixagens já não eram realizadas com
tanto cuidado e jogava-se a responsabilidade do som final à etapa de
masterização.

Grande engano! Uma produção deve ser realizada independentemente do


formato de áudio ou mídia que serão utilizados.

Mesmo porque, uma mesma produção pode ser gravada em várias mídias
diferentes, ou em formatos que ainda nem existem e sejam utilizados no
futuro!

Hoje em dia, formatos como o MP3 também exigem cuidados especiais


durante a masterização.

E nem por isso o produtor deve criar um mix diferente.

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10 passos para Transformas Sua Masterização

Como saber se o ouvinte escutará um disco ou um MP3? MP3 de alta


qualidade ou de baixa qualidade? Usará ou não fones de ouvido?

Um bom mix permite a criação de diversas masters, quando necessárias. E


uma boa master, geralmente soará bem em diferentes formatos e
situações do ouvinte.

É fundamental que o produtor e a equipe de produção façam uma MIX


MASTER de alta qualidade, com a sonoridade mais próxima possível do
resultado final que se espera.

Dessa forma, o engenheiro de masterização poderá se concentrar nas


atividades importantes da masterização, e não em assuntos de
responsabilidade da equipe de produção.

Esta mentalidade equivocada levou muitos produtores a pensar que o MIX


não precisava mais ter um som final, perfeito, comercial.

Que ele seria lapidado e finalizado durante a masterização.

Mas dificilmente uma masterização poderá melhorar drasticamente o


som, muito menos “salvar” uma produção mal feita.

Atualmente, muita gente (muita gente mesmo) espera que suas


produções soem profissionais após a masterização.

Não se engane: a masterização eventualmente pode melhorar alguns


aspectos do som, mas esta não é sua função principal.

Seu objetivo é gerar uma master confiável, que possa ser duplicada sem
problemas técnicos de gravação e reprodução.

O som é responsabilidade do produtor!

Masterização não é ferramenta é um


processo

www.jaconiassousa.com/03 | Masterização não é ferramenta é um processo 20


10 passos para Transformas Sua Masterização

Para complicar, fabricantes de equipamentos e plugins passaram a vender


produtos que se dizem “especializados em masterização”.

Como se masterizar fosse uma ferramenta, e não um processo.

Simplesmente não existe um plugin ou um preset que possa masterizar


uma música.

Masterizar requer ouvidos treinados, alto conhecimento técnico, um


sistema de áudio apropriado, uma sala acusticamente tratada para esta
função e, somente depois disso, algumas ferramentas.

Se o mix não está soando bem, então


ainda não é hora de masterizar!

Uma das grandes vantagens de se delegar a masterização para outro


profissional é a possibilidade de termos nossa produção avaliada por um
terceiro.

O engenheiro de masterização não se importa com o estilo musical, nem


com o arranjo e muito menos com o seu gosto pessoal.

Ele foi treinado para escutar o SOM e é isso que fará.

Tomará decisões técnicas e artísticas para o som seja o melhor possível,


para aquele tipo de mídia e para aquele objetivo.

Ponto.

E sempre nos beneficiamos de uma opinião “fria”, de alguém que não


esteve envolvido no processo de produção!

Quanto aos processos realizados durante a masterização, cada projeto


pede algo diferente. Acredite, não existe uma regra. E é por isso que o
áudio do mix precisa chegar limpo, neutro, dinâmico, natural, “cru”, sem
muitos processamentos.

www.jaconiassousa.com/03 | Se o mix não está soando bem, então ainda não é 21


hora de masterizar!
10 passos para Transformas Sua Masterização

Só assim a masterização poderá realizar suas atividades com eficiência.

Quase todas as mixagens que recebo para masterizar já estão pré-


masterizadas.

Isso significa que alguém já tentou masterizar antes da hora, sendo que
não existe um motivo para isso.

Lembre-se: o áudio ainda não foi masterizado e alguém está sendo


contratado para isso, então não é necessário comprimir, limitar, equalizar
ou realizar qualquer outra atividade que será feita na masterização.

Afinal, o ouvinte só vai escutar a versão masterizada.

Seria como pré-pintar uma parede e depois chamar o pintor profissional.


Para quê? Talvez o pintor tenha que lixar a parede, e aí a pré-pintura terá
sido inútil.

Talvez a primeira demão atrapalhe a segunda. Talvez quem pintou não


saiba pintar muito bem.

A comparação é banal, mas é verdadeira.

A equipe de produção (músicos, técnicos, produtor) deve se concentrar na


produção, no mix. O resto é resto e será feito durante a masterização.

Para mais detalhes técnicos estude com alguém que tem prazer em
ensinar aqui !!!!

Frases inspiradoras

Masterizar é a arte de ouvir cuidadosamente uma mixagem completa


com objetivo de apurar e corrigir deficiências sonoras e problemas.

Um trabalho bem mixado é como um ótimo par de sapatos, e a


masterização é como um polimento, que dará brilho e realçará o melhor
de sua confecção.

Algumas falhas que se tornam aparentes após a mixagem podem ser


eliminadas ou minimizadas no processo de masterização.

www.jaconiassousa.com/03 | Frases inspiradoras 22


10 passos para Transformas Sua Masterização

Os mais sérios engenheiros de mixagem e produtores reconhecem a


importância de um bom serviço de masterização e o que ela pode fazer
por seu produto final.

Raramente você encontrará um álbum profissional sem a expressão


"Masterizado por ..., (Mastered by ...) " em seus créditos.

Atualmente, a masterização é uma etapa imprescindível em todo projeto


e saiba você, que masterizar é muito mais que girar e pressionar botões:
é também uma arte.

www.jaconiassousa.com/03 | Frases inspiradoras 23


10 passos para Transformas Sua Masterização

Descrição "não técnica" dos


principais itens tratados durante
o processo de masterização:

Apesar de não ser técnica a informação dessa parte do e-book são excelentes em relação ao
todo.

Dica

Estude sempre com calma

Use bons monitores

www.jaconiassousa.com/03 | Descrição "não técnica" dos principais itens tratados 24


durante o processo de masterização:
10 passos para Transformas Sua Masterização

NÍVEIS

As canções e os níveis do programa precisam ser ajustados para manter


uma proporcionalidade de canção para canção.

Em uma mixagem, não podemos ultrapassar o zero digital.

Se uma mixagem possui picos transientes (caixa da bateria, por exemplo)


que ultrapassa o nível médio do programa, o volume geral pode parecer
mais baixo, comparado com outras mixagens.

Nossa masterização fará correções nos transientes usando um "read-


ahead" digital limiter ou algumas vezes simplesmente redesenhando a
forma de onda do pico com objetivo de elevar o volume geral da música.

CARACTERÍSTICAS TONAIS (EQUALIZAÇÃO)


Enquanto a maioria das mixagens podem soar "matadoras", elas podem
ser extremamemte melhoradas através de um cuidadoso ajuste de EQ
(equalização).

Um problema comum na maioria das mixagens é o das freqüências


mascaradas, que ocorre tanto em mixagens realizadas em casa quanto em
mixagens realizadas em super estúdios.

COMPRESSÃO
A compressão é utilizada para estreitar a diferença entre o os sinais mais
altos e mais baixos no material gravado.

Compressão não necessita ser utilizada a menos que haja um problema


perceptível.

Por exemplo, se o ouvinte precisa subir o volume durante as partes mais


baixas da canção, a compressão pode ser necessária. Podemos utilizar
compressores analógicos ou fazê-la digitalmente.

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10 passos para Transformas Sua Masterização

RUÍDO
O ruído é um grande inimigo. Nosso processo de masterização removerá
ruídos indesejáveis no início e fim do seu material.

Quando ruídos do sistema podem ser percebidos mas não eliminados com
equalização podemos utilizar um sistema de redução de ruídos
inteligente.

DE-ESSING
Apesar de ser um problema que deve ser resolvido na mixagem, a
"sibilância" (ssssssss) pode ser reduzida utilizando-se uma compressão
dependente de freqüência.

ADIÇÃO DE EFEITOS
Em algumas situações, a masterização pode ser um momento para se
acrescentar efeitos de alta qualidade a uma gravação a qual o
artista/produtor considerem muito "seca" ou deixando a desejar de
alguma forma. Utilizado com bom senso este tipo de procedimento pode
propiciar grandes resultados.

Alguns efeitos momentâneos podem ser desejados, um eco ou "delay" em


uma pequena parte de uma parada da bateria ou em um solo de sax por
exemplo.

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10 passos para Transformas Sua Masterização

EDIÇÃO
Muitos versos antes do refrão? O primeiro refrão está fraco comparado
com os demais? Não há problema. Muitas vezes é possível copiar e/ou
mover partes de uma canção. Fades in/out (entrada e saída) das canções
podem ser realizadas com extrema precisão. A seqüência das canções no
CD pode ser completamente diferente da ordem em que foram gravadas.

ISRC
Ao gerarmos o CD matriz, podemos incluir o ISRC, um código único que
identifica sua música e é usado pelas emissoras de rádio. Dessa forma
você poderá receber do ECAD pelos direitos de execução de sua música.

DDP
DDP é um formato padrão exigido por diversas fábricas de CD.

www.jaconiassousa.com/03 | EDIÇÃO 27
10 passos para Transformas Sua Masterização

ETAPAS TÉCNICAS DA
MASTERIZAÇÃO

Etapas da Masterização - jaconias sousa - Produtor Musical Em outras


páginas passadas, passei algumas dicas para você preparar seu mix para a
masterização.

Outro ponto importante citado no artigo sugeria que os engenheiros de


mixagem encaminhassem o mix para outro engenheiro fazer a
masterização.

Principalmente porque estariam envolvidos demais com a mixagem,


tornando-se incapazes de escutar com “ouvidos frescos” um trabalho que
foi realizado durante horas e horas.

Recentemente, passei por uma situação destas.

www.jaconiassousa.com/03 | ETAPAS TÉCNICAS DA MASTERIZAÇÃO 28


10 passos para Transformas Sua Masterização

Recebi uma mixagem para masterizar e em poucos minutos percebi que o


som do bumbo estava excessivamente presente – extenso, grave, forte,
cheio de harmônicos.

No papel de masterizador – e conhecendo o estilo da produção e as


intenções do produtor – naturalmente precisei utilizar um equalizador
cirúrgico e um compressor multi-banda para “neutralizar” a agressão do
bumbo.

Mais tarde, soube que o engenheiro de mixagem ficou chateado.

Ao menos, frustrado, pois tinha passado horas processando as trilhas do


bumbo para atingir aquela sonoridade.

Artista e produtor não se incomodaram com a sonoridade durante as


provas de mixagem.

Este é exatamente o ponto que eu queria passar.

Cada profissional está imerso em um dos aspectos da produção e não


pode reparar em todos os detalhes.

Durante a masterização, o simples fato de estarmos escutando aquela


música em outro ambiente, com outra cabeça, sem visualizar as trilhas na
tela do computador, nos fez reparar em pontos que passaram
despercebidos.

O próprio produtor percebeu agora que o bumbo estava estranho e


aprovou as mudanças da masterização.

No final, todos concordaram.

Se o mesmo engenheiro de mixagem tivesse realizado a masterização,


muito provavelmente o som do bumbo permaneceria o mesmo, não pela
sua incapacidade de escutar, mas principalmente pelo fator emocional de
ter criado “um filho”.

Pois bem, com esta deixa, listo abaixo as etapas que utilizo para
masterizar 90% das mixagens que recebo.

www.jaconiassousa.com/03 | ETAPAS TÉCNICAS DA MASTERIZAÇÃO 29


10 passos para Transformas Sua Masterização

Lembrando que cada música SEMPRE deve ser masterizada


individualmente, com ouvidos descansados, comparações A/B no MESMO
VOLUME (veja Como isso é feito aqui) e sem utilizar presets.

O que funcionou para a primeira faixa pode ser devastador para a quarta.

www.jaconiassousa.com/03 | ETAPAS TÉCNICAS DA MASTERIZAÇÃO 30


10 passos para Transformas Sua Masterização

Filtragem de sub-graves e/ou DC


offset:
para retirar conteúdo que “rouba” espaço na música, não é audível e
prejudica a operação das etapas seguintes.

Atenuação de ruídos:
podem ser provenientes de algum equipamento de gravação, mixagem
ou do ruído ambiente do estúdio. Principalmente no início e no final das
faixas.

Equilíbrio do estéreo:
Mais frequentemente do que pensamos, um dos canais pode estar mais
alto do que o outro, desviando a atenção do ouvinte e/ou deslocando os
elementos que deveriam estar no centro do palco sonoro.

www.jaconiassousa.com/03 | Atenuação de ruídos: 31


10 passos para Transformas Sua Masterização

Equalização corretiva geral:


Para equilibrar os excessos ou faltas de frequências que podem, por
exemplo, contribuir para uma sonoridade abafada, brilhante ou
anasalada. Normalmente, esses defeitos se originam de problemas
acústicos no estúdio e na sala de mixagem.

Equalização criativa:
Não mais com o caráter corretivo, mas sim para destacar elementos que
pedem maior presença no estilo em questão. Lembre-se que destacar
pode significar esconder outros elementos.

Limitação de picos excessivos:


Ainda não tem a função de aumentar o volume da música, somente
diminuir os picos exagerados que atrapalham outros processamentos e
podem ser atenuados SEM alterar a sonoridade. Nesta etapa, somente os
picos que estão realmente fora da média são limitados. Tipicamente, eles
têm uma duração inferior a 10ms e portanto não são audíveis.

Reverberação adicional:
Em doses homeopáticas e muito bem selecionadas, pode ajudar na
espacialidade e naturalidade da música.

www.jaconiassousa.com/03 | Equalização corretiva geral: 32


10 passos para Transformas Sua Masterização

Reforço de transientes:
Se está faltando “vida”, sobretudo na caixa da bateria ou em outros
elementos de ataque, um reforço dos transientes pode fazer toda a
diferença, sem alterar outros elementos do mix.

Cuidado aqui para não criar picos excessivos que provavelmente serão
limitados novamente na sequência.

Compressão multi-banda:
Pode alterar significativamente a proposta musical. Deve ser usada com
cautela para controlar grandes variações em determinadas regiões do
espectro ou reforçar elementos pouco sólidos.

Equalização cirúrgica:
Após algumas etapas, possivelmente algumas regiões estreitas do
espectro (e muitas vezes em pequenos trechos da música) já podem ser
corrigidas, normalmente através de atenuação.

Neste ponto, qualquer variação acima de 3dB é um indicativo de que as


etapas anteriores falharam ou então que a mixagem deveria ser refeita.

www.jaconiassousa.com/03 | Reforço de transientes: 33


10 passos para Transformas Sua Masterização

Maximizador de volume:
Os famosos loudness maximizer usados e abusados pelos novatos,
inclusive durante as fases de mixagem.

Tem a função de aumentar o volume da música, até o ponto onde NÃO HÁ


DEGRADAÇÃO DO ÁUDIO.

Exageros nesta etapa podem comprometer a dinâmica da música e gerar


distorções bastante audíveis.

O estilo e o produtor musical, juntamente com o masterizador,


determinarão o volume de uma das faixas, que por sua vez, será a
referência de volume para as demais faixas do disco.

www.jaconiassousa.com/03 | Maximizador de volume: 34


10 passos para Transformas Sua Masterização

Limitador “Brickwall”:
Para limitar qualquer pico que ainda insista em atingir o máximo, podendo
causar clipping do áudio.

Via de regra, costumo ajustar essa “parede” em -0.3dB, e não em 0dB, por
razões que podemos comentar dentro do nosso treinamento.

Outras etapas podem e são adicionadas nesta lista, de acordo com a


necessidade. No entanto, a maioria dos projetos acaba passando por
todas elas, e normalmente nesta ordem.

Depois destes processamentos, outros detalhes de cada faixa podem ser


ajustados, como fade-in, fade-out, pausas entre faixas, dithering e
conversão para outros formatos (CD-Audio, MP3 etc.).

Tenho certeza que o leitor que ainda não acompanhou uma masterização
vai entender agora porque se trata de uma etapa tão especializada,
demorada e, portanto, valorizada nas produções sérias.

Esse Produtor aqui, tem prazer EM passar todo seu conhecimento sobre o
assunto.

Vai construir seu Home estúdio? – Veja os Principais Problemas que


poderá te atrapalhar na Realização do Projeto link aqui

www.jaconiassousa.com/03 | Limitador “Brickwall”: 35


10 passos para Transformas Sua Masterização

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www.jaconiassousa.com/03 | Limitador “Brickwall”: 36

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