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Porto Alegre/RS
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Porto Alegre/RS
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Resumo
Lista de Ilustrações
Figura 2: (a) Gato com tromboembolismo na aorta distal. O membro pélvico esquerdo foi
arrastado quando o animal tentou andar; do lado direito, a função do membro é um
pouco melhor. (b) Os coxins plantares do membro pélvico esquerdo deste gato
apresentavam-se mais pálidos e frios do que os contralaterais.................................9
Figura 3: Ecocardiograma obtido por meio de janela paraesternal direita eixo curto, ao nível
da aorta e do átrio esquerdo, em um gato com acentuado aumento atrial esquerdo e
o trombo (setas) no interior da aurícula. Ao: Aorta; AE: átrio esquerdo; VSVD: via
de saída do ventrículo direito....................................................................................11
Lista de Abreviaturas
Sumário
INTRODUÇÃO........................................................................................................................7
1. Tromboembolismo Aórtico Felino
1.1. Fisiopatologia......................................................................................................................8
1.2. Sinais Clínicos.....................................................................................................................9
1.3. Diagnóstico........................................................................................................................11
1.4. Tratamento.........................................................................................................................14
1.5. Prognóstico........................................................................................................................18
CONCLUSÃO........................................................................................................................19
REFERÊNCIAS.....................................................................................................................20
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INTRODUÇÃO
1.1 Fisiopatologia
A embolização aórtica distal “êmbolo em sela” (figura 1) ocorre em mais de 90% dos
gatos afetados por moléstia tromboembólica (FOX, 1992). Segundo Ware (2010a), outras
artérias, como a ilíaca, a femoral, a renal e a braquial podem ser afetadas, dependendo do
tamanho do êmbolo e do fluxo local. Além da obstrução ao fluxo na artéria afetada, os
tromboêmbolos liberam substâncias vasoativas que induzem vasoconstrição e comprometem
o desenvolvimento de fluxo sanguíneo colateral ao redor dos vasos obstruídos.
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a b
Fonte: Kosachenco et al. (2010)
Figura 1 – a) Incisão longitudinal na aorta distal, cranialmente a sua trifurcação,
evidenciando “êmbolo em sela”; b) trombo, extraído da aorta caudal através de
arteriotomia, cranialmente à sua trifurcação.
a b
Fonte: Ware (2010a)
Figura 2 – (a) Gato com tromboembolismo na aorta distal. O membro pélvico esquerdo foi
arrastado quando o animal tentou andar; do lado direito, a função do membro é um pouco
melhor. (b) Os coxins plantares do membro pélvico esquerdo deste gato apresentavam-se mais
pálidos do que os contralaterais.
A função motora dos membros posteriores é, na maioria dos casos, mínima ou ausente,
embora o gato geralmente possa ser capaz de flexionar e estender os quadris. Nas porções
distais dos membros, a sensibilidade é baixa. Um lado pode apresentar maiores déficits do que
o outro, pois os êmbolos são, ocasionalmente, pequenos o suficiente para se alojarem mais
distalmente em apenas um membro e causam paresia isolada (WARE, 2010a). Para Fox
(1992), uma claudicação intermitente é ocasionalmente a única queixa clínica, podendo
anunciar um grave tromboembolismo. O músculo gastrocnêmio torna-se frequentemente
firme por várias horas após a embolização (DEFRANCESCO, 2003).
1.3. Diagnóstico
De acordo com o mesmo autor, o dano à musculatura esquelética e sua necrose são
acompanhados por elevações na concentração de alanina aminotransferase e aspartato
aminotransferase, começando nas primeiras 12 horas após o evento TE e atingindo o máximo
às 36 horas. A lesão muscular disseminada aumenta as atividades da lactato desidrogenase e
da creatinacinase logo após o tromboembolismo, sendo que os níveis de tais enzimas
permanecem elevados por semanas. Os gatos com doença TE arterial apresentam, de modo
geral, perfil normal de coagulação.
sinais de insuficiência cardíaca incluem dilatação das veias pulmonares, edema pulmonar ou
efusão pleural. Porém, alguns gatos acometidos não apresentam nenhuma evidência
radiográfica de cardiomegalia (WARE, 2010a).
Segundo Osako et al. (2008), quando acometida a região cervical (C1-C5), há sinais de
neurônio motor superior em todos os quatro membros. Já as extrusões de disco na região das
intumescências cervical ou lombar podem comprimir as raízes nervosas que suprem os nervos
periféricos clinicamente importantes, resultando em déficits neurológicos e apresentando
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1.4. Tratamento
Segundo Fox (2007), existem metas de tratamento, onde, as terapias são direcionadas
para: 1) controle concomitante da cardiomiopatia hipertrófica ou graves arritmias,
especialmente associada a hipercalemia; 2) tratamento de suporte como suplementação
nutricional, correção da hipotermia e evitar automutilação; 3) melhoria da dor aguda; 4)
medidas para limitar o crescimento/formação do trombo; 5) controle crítico; 6) prevenção de
repetidos eventos.
Inicialmente, os gatos com TEA devem ser internados, pois a maioria apresenta
insuficiência cardíaca congestiva intercorrente e requer drogas injetáveis. De início deve-se
manipular minimamente as pernas afetadas. No entanto, à medida que ocorre a reperfusão, a
fisioterapia (extensão e flexão passiva das pernas) pode acelerar a recuperação completa. Não
se deve realizar nenhuma venipunção nas pernas afetadas (DEFRANCESCO, 2003).
25µg/h, aplicado em uma área de pele livre de pelos, pode ser usado para auxiliar no alívio da
dor por até três dias, mas como seu efeito é retardado (cerca de 12 horas para se obter efeito)
outro analgésico deve ser simultaneamente administrado durante este período inicial. A
depressão respiratória e a redução da motilidade gastrointestinal são possíveis efeitos do
tratamento (WARE, 2010a).
A heparina é administrada na dose de 100 a 200 UI/kg pela via intravenosa, seguida de
100 UI/kg pela via subcutânea a cada 6 horas. A maior complicação da utilização da heparina
é a hemorragia e, portanto, deve-se monitorar o tempo de tromboplastina parcial ativado,
mantendo-o entre 1,5 a 2 do valor basal. Recentemente, a utilização da heparina de baixo peso
molecular parece diminuir o risco de hemorragia. Deve-se usar a dose de 100UI/kg a cada 24
horas pela via subcutânea (SANTOS, 2008).
Segundo Santos (2008), medicações trombolíticas podem ser usadas para tentar a
dissolução do trombo, mas com início até 4 horas após a formação do trombo para maximizar
o sucesso da terapia. A maior complicação envolvida com a terapia trombolítica decorre da
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1.5. Prognóstico
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
LANIS A. B. et al. Avaliação Laboratorial das Doenças Renais em Pequenos Animais In:
Pubvet. v. 2, n. 28, ed. 39, art. 29, ISSN 1982-1263, 2008.
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