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Após a batida do coração, a onda de propagação do sangue segue pela aorta em direção das
pernas. Na bifurcação da aorta para as pernas direita e esquerda, parte dela se reflete na
bifurcação e retorna em direção do coração. A onda de reflexão topa com a propagação da
batida seguinte do coração. Há ali um distúrbio.
A meditação e respiração lenta leva a diminuir a frequência das batidas do coração, de modo
que a reflexão da bifurcação se dissipa antes da chegada da onda da próxima batida.
Com isso passa a ter harmonia entre o cérebro e o coração. Passam a entrar em ressonância.
A respiração também faz parte do sistema autônomo, da mesma forma que as batidas do
coração. Porém, a respiração nós, no nosso nível de meditação, conseguimos controlar.
Sentir as batidas do coração é possível na medida que você relaxa. Você passa a perceber a
reverberação produzida no corpo com a batida do coração.
BEN BENTOV:
A CONSCIÊNClA E O COSMOS
Ben Bentov, autor do livro então recém-publicado Stalking the Wild Pendulum,1 proferiu sua
palestra com visível prazer. Para ele, a consciência tudo permeia e, portanto, até as entidades
não físicas evoluem. O sistema nervoso é o ambiente onde o não físico encontra-se com o físico.
Para investigar a fisiologia da meditação, Bentov inventou um dispositivo sismográfico capaz de
registrar as reverberações causadas na aorta pelo batimento do coração. Quando a respiração
está normal, as reverberações na aorta estão fora de fase com o batimento cardíaco e o sistema
permanece desarmônico. Durante a meditação, porém, e quando se prende a respiração, o eco
proveniente da bifurcação da aorta (no local da bacia em que a Aorta se bifurca antes de rumar
para as pernas) entra em ressonância com o batimento cardíaco. O sistema então fica
sincronizado e, portanto, passa a utilizar uma quantidade mínima de energia. Essa pulsação
ressonante é de aproximadamente sete ciclos por segundo, o que corresponde não apenas ao
ritmo alfa do cérebro, mas também às pulsações magnéticas de baixo nível da Terra.
Bentov também apresentou a visão pitagórica segundo a qual o corpo age como um instrumento
musical, com cada uma de suas áreas respondendo a uma corda diferente. Para provar essa
hipótese, ele entrevistou vários praticantes de meditação e descobriu que uma alta
porcentagem deles consegue ouvir ruídos de alta frequência. Com a ajuda de equipamentos de
análise da audição, Bentov foi capaz de identificar frequências caracteristicamente diferentes,
que ele constatou corresponderem a várias cavidades internas do cérebro. Ele concluiu que
essas frequências e seus harmônicos constituem uma via de comunicação para as respectivas
cavidades, e que o som e a vibração são usados pelo cérebro como formas sônicas de troca de
informação intracortical.
Bentov apresentou a hipótese segundo a qual a glândula pituitária comunica-se diretamente
com a glândula pineal por meio de frequências ressonantes que percorrem a terceira cavidade
do cérebro - uma onda estacionária as conecta. A pituitária é considerada a "glândula mestra",
que controla todas as outras glândulas hormonais do corpo. No yoga kundalini, ela é considerada
o sexto chakra, ou o chakra da testa. A glândula pineal (o suposto terceiro olho) é o sétimo
chakra, ou o chakra da coroa. Compare-se essa descoberta com a de Keith Floyd, o qual
constatou que "o corpo pineal ocupa o ponto médio no centro de um campo de energia
neuronial, onde ocorre a explosão de luz que se experimenta (holograficamente) como a tela da
consciência”.2
1
. À Espreita do Pêndulo Cósmico, publicado pela Editora Pensamento, São Paulo, 1990.
2
. "Light", em inglês, pode significar tanto "leve" como "luz". O autor citado joga com esses dois
sentidos da palavra para fazer menção ao fato de o fóton ser uma partícula de luz e, ao mesmo
tempo, muito leve. (N. do T.)
Marc Seifer Ph.D. (2008). Muito Além da velocidade da Luz, Consciência, Física Quântica e a
quinta dimensão. Editora Cutrix, São Paulo, 2011, pag. 68 e 69. ISBN 978-85-316-1128-5.
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