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Bibliografia.
ISBN 825-274-245-9
93-0645 CDD-615.85154
BIOMÚSICA
Tradução:
Ali Mohamad Onissi
cone
L editora
© Copyright 1993, ícone Editora Ltda
Produção
Anízio dc Oliveira
Capa
Rodolfo Garofalo
Composição
Revisão
9
os Largos da música barroca, que têm sido experimentados
com grande efetividade nos sistemas de superaprendizagem
do Dr. Lozanov.
Também a finalidade desses cursos e seminários de
Biomúsica é a de chegar a conhecer os di ferentes programas
de orientação para as pessoas que buscam um equilíbrio
holístico, ou seja, do corpo e da psique.
É oportuno destacar o papel que a música
desempenhou ao longo da História na vida do homem.
Antigamente, o equil íbrio psicológico da sociedade estava
em concordância com a harmonia que a música oferecia.
Temos um claro exemplo disso na música clássica.
Atualmente não há equil íbrio psicológico, a sociedade está
em crise, e a música moderna está levando a coletividade
mundial a um estado de degeneração física e psicológica.
Nesse caso, os exemplos mais expl ícitos estão nos “estilos”
heavy e punk.
A resposta à presente situação é dada pela Biomúsica,
ou sons da saúde, dado que esta surge como resultado das
investigações no campo da Bioenergética, que busca
orientar a música a determinados centros magnéticos do
organismo humano para que, dessa maneira, se ponham
em atividade determinados vórtices de energiada anatomia
oculta do homem, restabelecendo assim suas energias
físicas e psíquicas.
Finalmente, diremos que para compreender a
aplicação da Biomúsica é fundamental contar com os
conheci mentos de outras discipli nas cient íficas e esotéricas.
O Autor
10
CAPÍTULO I
11
MÚSICA DE TODA COR
12
CAPÍTULO II
O RELAXAMENTO
13
a criação de ambientações musicais que são utilizadas no
comércioenaindústria. Ademais, ultimamente os fisiólogos
descobriram que os ritmos do corpo, como o batimento
cardíaco, as ondas cerebrais, a respiração etc., tendem a
sincronizar-se ao compasso da música.
BENEFÍCIOS DO RELAXAMENTO
COM A MÚSICA
BENEFÍCIOS DA RESPIRAÇÃO
SINCRONIZADA COM A MÚSICA
14
que depende em grande parte do oxigênio que se leva
através da respiração a todo o organismo. Isso obviamente
trará benefícios a diversas partes do corpo, detalhados a
seguir:
* Cérebro
* Tálamo e hipotálamo (fenômenos vinculados ao
subconsciente)
* Hipófise (fenômenos vinculados ao dom da con
centração)
* Cerebelo e centros piramidais
* Plexo solar
* Pulmões
* Pele e membranas mucosas
* Músculos
* Vasos sanguíneos
* pH do sangue
* Normalização do tônus vital
* Mudança positiva no estado de ânimo.
15
I
CAPÍTULO III
O CONTROLE DA IMAGINAÇÃO
“A Imaginação cria.
Imaginar é ver.”
SamaelAun Weor
17
têntica. A prática da imaginação auxilia a fazer tudo mais
facilmente e com maior perfeição.
A Cibernética considera o cérebro, osistema nervoso
e o sistema muscular como um servomecanismo
extremamente complicado, como uma máquina que
persegue fins determinados e dirige seu rumo a um espaço
ou uma meta em resposta (feed-back) às informações
armazenadas. Com a ajuda de tais dados, e quando se faz
necessário, corrige seu curso automaticamente. Como
previamente deixamos estabelecido, este novo conceito
não quer significar que o ser humano seja uma máquina:
são o cérebro e o corpo físico da pessoa que funcionam
como uma máquina com a qual o indivíduo opera.
A imaginação vem sendo, em comparação com a
cibernética, o elemento corretivo das ações da pessoa, com
a diferença de que esta é uma faculdade que pode ser
desenvolvida para conseguiradiantar-se aos acontecimentos
e fazer tudo mais facilmente e com maior perfeição. No
caso da cibernética, a correção das ações se produz logo
que se dão certos fatos, aproximados ou não da realidade.
Do anteriormente dito, deduz-se que a imaginação é
uma faculdade que pode ser desenvolvida pelo homem e
é mais poderosa que qualquer máquina, já que esta é o
resultado da criação do ser humano—que teve de imaginá-
la primeiro. Por último, baseando-se em todo o já exposto,
podemos dizer que a imaginação é mais poderosa que a
vontade e que, por isso, o desenvolvimento da imaginação
leva necessariamente ao desenvolvimento da vontade.
O CÉREBRO DIREITO
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chegaram à conclusão de que o hemisfério esquerdo é o
melhor para o pensamento verbal, lógico, quantitativo e
analítico, enquanto o hemisfério direito é o mais hábil
visual mente e na percepção do espaço, sendo mais artístico,
musical, emocional e criativo.
O co-autor de Left Brain, Right Brain, George
Deutsch, da Universidade do Texas, em Galveston, diz que
a idéia do domínio cerebral foi praticamente abandonada...
“O que se aceita agora não é tanto que um ou outro
hemisfério seja dominante, e sim que algumas pessoas
usam mais um do que o outro.”
No terreno da Biomúsica, dá-se muita importância à
utilização positiva e equilibrada do hemisfério direito, já
que é o mais musicale criativo, elementos tão importantes
na cura com a música. Para a realização de um relaxamento
psicoacústico, solicita-se que as pessoas não analisem a
música, mas que se entreguem a ela, que utilizem a
imaginação criadora — hemisfério direito — inspirada
pelo tema especializado que se está escutando.
Aprofundando mais esse tema, vemos que, ao
contrário do afirmado por teorias científicas anteriores, a
musicalidade não é algo próprio de um só hemisfério
cerebral. E este o resultado de uma série de testes realizados
pelo dr. Godehart Oepen, da Clínica Neurológica da
Universidade de Freiburg, na Alemanha. Os testes, que
abrangeram pessoas mais ou menos musicais portadoras
de lesões cerebrais, revelaram a Oepen que, pelo menos
como tendência, as lesões do hemisfério direito acarretam
transtornos à musicalidade melódica, afetando, no
hemisfério esquerdo, a musicalidade rítmica. Na zona
esquerda está situado o sentido do tempo, que é
imprescindível para a percepção do ritmo—tão necessário
na linha da “Biodança”, uma das novas alternativas da
música.
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HEMISFÉRIO DIREITO
Córtex cerebral
CORPO CALOSO (zona externa - matéria cinza
(faixa medular branca que de 3 a 4 mm de espessura)
une os dois hemisférios cerebrais
esquerdo e direito) CORTEX VISUAL
TÁ1AM0 (visão)
HIPÓFISE FORMAÇÁO RETICULAR
(equilíbrio hormonal) (sonho, vigília,
atenção, vigilância)
HIPOCAMPO (memória)
CEREBELO (equilíbrio)
AMÍGDALAS
(regularizador dos comportamentos instintivos) ÁREA SENSORIAL
ZONA MOTORA (sensação corporais)
(movimentos do corpo) LÓBULO PARIETAL
LÓBULO FRONTAL (zona de associação dc
(tomada de decisões) / mensagens sensoriais)
ÁREA DE BROCA \ LÓBULO OCIPITAL
(área motora da linguagem) . (visão)
ÁREA AUDITIVA (ouvido) ÁRIA DE WERNICKE
IXJBULO TEMPORAL (memória da lingúagem) (área receptiva da linguagem)
BULBO OLFATÓRIO (olfato e paladar) CEREBELO (equilíbrio)
MEDULA ESPINHAL
HEMISFÉRIO ESQUERDO
(transmissão de mensagens)
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CAPÍTULO IV
ESTUDO DO SOM
do ré mi fa sol Ia si do
C D E F G A B C
As notas musicais
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O SOM
CARACTERÍSTICAS DO SOM
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a) Intensidade
Deriva da amplitude das vibrações.
b) O Tom
Vem indicado pelo número de vibrações por se
gundo. Quanto mais agudo é um som, maior é o seu
número de vibrações. Por outro lado, observou-se que os
sons agudos equivalem à alta freqüência, utilizada na
“audioanalgesia” por ajudar a bloquear a sensação de dor.
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c) O Timbre
Esta característica nos permite diferenciar os
sons entre si. Se quiséssemos representar o movimento
vibratório dos sons, encontraríamos que os componentes
de cada som tem diferentes amplitudes, ainda que possa
acontecer que tenham a mesma freqüência e a mesma fase
ou intensidade. Exemplo: os sons produzidos por um piano
são diferentes dos de um cornetim, ainda que tenham a
mesma intensidade e o mesmo tom.
Aprofundando um pouco mais sobre o timbre, vemos
que no terrenodas investigações da Biomúsica se descobriu
que os bebês preferem o timbre das flautas e violinos, e isso
porque influenciam poderosamente sobre o coração,
diminuindo suas pulsações por minuto.
O Timbre
d) A Duração
Como característica, é uma relação que parece
arbitrária, abandonada ao capricho do compositor ou
executante e que, não obstante, encontra-se sujeita a certas
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leis, tais como as do ritmo. A característica chamada
“duração” é igualmente importante no campo fisiológico,
e para compreender isso basta que imaginemos por um
momento o coração, os pulmões e o cérebro tendo uma
duração fora de ordem: isto seria catastrófico para o
organismo.
CLASSES DE SONS
Sons Abertos.
São os que produz a voz humana no registro do peito
e os que se obtêm no trombone sem necessidade de
introduzir neste instrumento a sua vara. Também são
chamados assim os de acorde perfeito Dó, Mi, Sol. Podemos
citar como exemplo interessante as experiências de Walter
H. Welche, que por meio de estímulos fisiológicos da voz
humana — neste caso o canto — pôde curar problemas de
anemia, fígado e indigestão.
Sons Agudos.
São os que em igual tempo produzem mais vibrações
que outros — estes, em comparação, serão graves — e os
que estão no registro superior da voz ou de um instrumento.
Sons Antifônicos.
São os consoantes entre si, à distância de uma ou
mais oitavas.
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Sons Artificiais.
Na música antiga, aqueles produzidos por um
instrumento, em contraposição ao som natural, que era o
da voz humana.
Sons Compostos.
São os resultantes de dois ou mais sons.
Sons Enarmônicos.
São os que soam igual e, não obstante, têm distintos
nomes. Por exemplo: Dó sustenido e Ré bemol. A enarmonia
é um dos mais ricos recursos para a modulação a serem
melhor aproveitados, num futuro próximo, pelos
compositores de Biomúsica.
Sons Flautados.
São os que se originam pelo choque da coluna de ar
contra uma chanfradura ou abertura de bordas recortadas
num tubo ou outra cavidade análoga, como a flauta, a
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ocarina etc. São também os que o violino faz ouvir nas
harmônicas. Temos um bom exemplo da utilização desses
sons no terreno da Biomúsica com o tema “Sweet Baby
Dream”, de Bergman, que utiliza muito a flauta e o violino
para criar música especializada para bebês.
Sons Harmônicos.
Denominam-se deste modo os que são obtidos, nos
instrumentos de arco e nos de dedilhar, roçando-se
suavemente uma de suas cordas em determinados pontos
de sua extensão, em vez de pressioná-la — como se faz
para obter sons normais no violino, na viola, no violoncelo
etc.—ou dedilhá-la, como na harpa, na guitarra, no alaúde
etc. Nos instrumentos de arco e de dedilhar, os harmônicos
são naturais ou apoiados, conforme sejam obtidos apenas
roçando-se a corda com o dedo ou roçando-a e apertando-
a também no lugar conveniente.
Sons Imperfeitos.
Os que não são uníssonos, tendo sinais audíveis
distorcidos. Deveríam ser considerados como ruído, em
oposição ao verdadeiro som musical. Os sons imperfeitos
são considerados maléficos para a saúde.
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c) Som Femural
Chamado também de som mate, é o produzido
pela percussão de uma parte maciça, cheia de líquido ou
consolidada, neste caso o coração.
LIMITES DA AUDIÇÃO
28
38.000 ou 50.000, ainda que esses limites não sejam muito
precisos.
Para o piano de 7 oitavas, o limite inferior é a nota
Lá de 27,5 vibrações por segundo, e o superior é a Lá de
3.480. Há pianos que chegam ao Dó de 42.000, e a flauta
até 4.700. Nos órgãos, a nota mais baixa dá 16 vibrações.
Dos tons da voz humana, dá idéia o seguinte quadro:
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ESCALA DE ALGUNS INSTRUMENTOS
(cm vibrações por segundo)
ÓRGÃO DÓ 4.138
FLAUTIM DÓ 4.138
PIANO LÁ 3.480
HARPA FÁ 2.762
VIOLA LÁ 1.740
SAXOFONE SOL 1.550
CLARINETE SOL 1.550
BANDOLIM MI 1.303
O OUVIDO EM PERIGO
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INTENSIDADE E QUALIDADE DOS SONS
31
RESSONÂNCIA
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CAPÍTULO V
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que seja, desde um grito humano até o som de uma moto,
passando pela sineta manual de uma bicicleta.
Dezenas de equipes de cientistas e técnicos dis
seminados ao redor do mundo trabalham em temas
relacionados com o estudo e o controle do ruído. São
equipes multidisciplinares, já que integradas por especia
listas em disciplinas aparentemente dessemelhantes. Da
medição e avaliação dos ruídos se ocupam geralmente os
engenheiros, que desenham e — na maioria dos casos —
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manejam o instrumental; quando se trata de ruídos em
níveis elevados, os médicos estudam seus efeitos, especi
almente os danos sobre as pessoas a eles expostas; sociólogos
e psicólogos preparam os testes e estudam os resultados
dos mesmos sobre a população.
Se bem que o ruído afete a totalidade das pessoas,
seus efeitos devem ser selecionados de forma muito
cuidadosa. Na avaliação serão levados em conta resultados
obtidos com pessoas normais, hiper e hipossensíveis, para
chegar assim a resultados reais.
O estudo do ruído e seu controle não está englobado
em algum ramo particular da ciência, ainda que os trabalhos
de investigação se localizem no campo da acústica.
Embora exista na atualidade uma série de conhe
cimentos que permitem solucionar uma grande quantidade
de ruídos, no campo da música moderna pouco ou nada se
tem feito. Ao contrário, vemos que continuam a ser pro
movidos concertos de música rock e os tão graves danos
que estes estão causando à população mundial.
Neste estudo que estamos realizando sobre o ruído,
deixaremos de lado muitos de seus aspectos que, embora
não sejam essenciais, não deixam de ser apaixonantes. Nos
referiremos ao ruído, exploraremos suas características,
explicaremos algo sobre sua audição, para, a seguir,
enfocarmos os efeitos que o ruído ocasiona, tanto ao órgão
auditivo quanto ao resto da unidade psicossomática que é,
definitivamente, o ser humano.
SOM E RUÍDO
Definições
Ru ído é um conjunto confuso de sons que não produz
sensação contínua de valor harmônico apreciável, em
contraposição ao que ocorre com os sons musicais. A causa
do ruído é que grande número de sons secundários
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acompanham o som fundamental, com tal intensidade que
obscurecem quase quepor completo o principal. Geralmente
associamos o ruído a uma sensação desagradável mais ou
menos intensa, dependendo de suas características. E
assim que classificamos o ruído das britadeiras na rua
como “atrozes”, as buzinas e os escapamentos abertos “nos
enlouquecem” etc. Trata-se sempre de apreciações pessoais
de um fenômeno objetivo que pode ser medido e, portanto,
quantificado.
A esse respeito, é interessante obter das definições
seguintes um conhecimento mais profundo do que seja o
ruído. Diz o acústico belga Raes: “Som é o que eu faço e
ruído é o que faz meu vizinho”. Esta definição aparente
mente jocosa sublinha o caráter psíquico da reação frente
a uma grande gama de ruídos com que nos defrontamos
diariamente. Em troca, outra definição que pertence à
teoria da informação define o ruído como um sinal ou som
indesejável. Neste sentido, pode-se contar o exemplo do
mecânico atento ao ruído do motor, que considera o
mesmo como sinal desejado e percebe como “ruído” as
conversas ao seu redor.
De qualquer forma o ru ído é uma forma particular de
som e, por isso, ainda que no capítulo anterior tenhamos
tratado amplamente sobre ele, vamos nos aprofundar um
pouco mais sobre suas características.
CARACTERÍSTICAS DO SOM
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a) A amplitude da pressão e
b) A freqüência da onda.
Assim, uma onda de pressão maior se ouve mais
forte, contrariamente à outra que se ouve como débil,
devido à sua amplitude ser menor. A freqüência, por seu
turno, está relacionada com a sensação de altura de um
som. Essa característica nos permite dividir os sons em
graves e agudos, quando suas freqüências são, respectiva
mente, menores e maiores. Um som é ouvido tanto mais
agudo quanto mais elevada seja a sua freqüência. Os sons
são denominados de puros ou tons. As fontes sonoras ou
ruidosas produzem sons compostos por uma grande
quantidade de tons.
A pergunta que surge imediatamente é qual seria o
objetivo de um estudo tão prolixo das diversas caracterís
ticas dos ruídos. Não seria suficiente medir o nível? De
fato, para um grande número de aplicações em Biomúsica,
conhecer o nível é suficiente. Em troca, outros ruídos, em
especial os do meio ambiente, exigem o conhecimento dos
elementos restantes, com o fim, de um lado, de avaliar seu
efeito sobre a saúde das pessoas, e de outro, projetar medi
das necessárias para sua solução.
Os efeitos dos ruídos sobre o homem são bem com
preendidos quando se examina o funcionamento do ouvido
humano.
COMO OUVIMOS
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OUVIDO OUVIDO MÉDIO OUVIDO INTERNO OU LABIRINTO
Gráfico do ouvido
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claramente a campainha do telefone, e como um diretor de
orquestra pode não só diferenciar os violinos dentro do
“tutti” de uma orquestra, como também individualizar o
violino que está desafinado.
Outra das características sobressalentes do ouvido é
sua capacidade para perceber ruído de níveis variados. Um
ouvido normal permite captar sem esforço sons tão débeis
como o murmúrio do vento e ruídos tão potentes como os
produzidos pelos modernos jatos. Estima-se que a relação
extrema que podemos perceber ultrapassa a 1:1.000.000.
A esta característica se denomina classe dinâmica do
ouvido.
O umbral da sensibilidade auditiva, ou seja, o som
mais débil que pode, ser ouvido por um sujeito otologi-
camente saudável, é de 2 x 10'4 dinas/cm, valor que se toma
como referência no computo dos decibéis — uma pressão
tão pequena que provoca um deslocamento do tímpano
equivalente à décima parte do diâmetro de uma molécula
de hidrogênio.
Como se disse mais acima, as excitações sonoras
transmitidas pela cadeia de ossículos aparecem sobre a
janela oval, barreira que separa o ouvido médio do interno.
Contrariamente ao observado nos compartimentos anterio
res, o ouvido i nterno está cheio de um 1 íquido que transmite
as ondas sonoras e põe em movimento a membrana basilar
(verdadeira sustentação do órgão de Corti). O deslocamento
da membrana depende da freqüência da excitação. Para
cada freqüência, aparece um máximo, que é particular
dela. Para as frequências agudas, o ponto de máxima
excitação se encontra mais próximo da janela oval do que
ocorre com as freqüências graves.
Vale dizer que as células na entrada do labirinto es
tão sempre excitadas, tanto pelas freqüências graves quanto
pelas agudas. Isso determina sua deterioração posterior,
conhecida como hipacusia senil e/ou presbiacusia, que
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ocasiona uma perda progressiva da sensibilidade aüditiva
com a idade. Como se pode apreciar na figura a seguir, a
audição sofre uma diminuição que é mais elevada para as
freqüências agudas e mais pronunciada nos homens que
nas mulheres.
Hipacusia Senil
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CARACTERÍSTICAS DA AUDIÇÃO
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Este interessantíssimo estudo foi realizado primeiro
por Fletcher e Munson nos Estados Unidos, e vários anos
depois por Robi nson e Dadson na I ngl aterra. Em ambos os
casos se submeteram aos testes cerca de 30.000 pessoas. A
figura anterior representa parte das conclusões obtidas.
Evidentemente, o homem ouve pouco os sons graves e
muito bem os sons compreendidos entre os 500 e os 5.000
Hz. Também sua audição diminui para os sons de freqüên-
cias superiores, se bem que ainda melhor que os graves.
E de se notar que a máxima sensibilidade auditiva
coincide com o espectro da voz humana, como é indicado
no diagrama seguinte. Esta coincidência não é, evi
dentemente, fortuita. E que o ouvido se desenvolveu de
modo a captar a palavra com a máxima facilidade. O estu
do da interação da palavra com a audição e os atributos
necessários para a compreensão constituem um capítulo
apaixonante que não podemos i ncluir por razões de espaço,
porém cuja importância não podemos deixar de assinalar.
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Frequência em Hz
Espectro da voz humana
TIPOS DE RUÍDOS
RUÍDOS INCÔMODOS
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de escrever, telex e telefones. Também foram estudadas as
conseqüências do ruído do trânsito, que constitui um dos
ruídos mais incômodos e cujo controle é motivo de
preocupação internacional.
Nas considerações que têm em conta os estudos da
Biomúsica sobre o ruído, é avaliado se o ruído é diurno ou
noturno, se contém tons puros, se é do tipo impulsivo, e
onde está situado o foco de contaminação sonora. Este
último fator, que está relacionado com o zoneamento, é um
dos que mais causam controvérsias. Com efeito, as
exigências variam se o local afetado pelo ruído é uma zona
industrial ou residencial. O problema que aparece com
maior freqüência é o de uma fábrica ou de um aeroporto
que se instalou numa zona não-urbanizada.
RUÍDOS PERIGOSOS V
Embora os ruídos que venham do edifício fabril não
cheguem a níveis tão elevados a ponto de serem
considerados perigosos, ocorre todo o contrário em seu
interior. E ali onde com mais freqüênciase apresenta o tipo
de ruído denominado perigoso, por sua capacidade de
danificar o órgão auditivo em curto ou longo prazo.
Distinguimos substancialmente entre dois tipos de
ruídos perigosos, segundo seu nível e duração:
1. Os que provocam danos imediatos e
2. Os que os ocasionam após longos anos de expo
sição.
Os primeiros são os que o público mais conhece e aos
quais dá importância. Em troca, para os segundos existe a
crença geral de que com o tempo se vai acostumando.
Diminui-se-lhes a importância e a razão é que suas conse
qüências não são imediatas nem totais. E um processo que
dura anos e permite que o afetado se acostume a essa perda
paulatina.
44
Os ruídos que produzem traumas acústicos imediatos
são geralmente do tipo de impacto, como os produzidos
por disparos de armas de fogo, escape repentino de gases
ou vapor em alta pressão, toque de sirene etc. Os traumas
acústicos produzidos por essas causas podem ocasionar
surdez mais ou menos profunda, ou deixar o ouvido muito
sensibilizado: um ruído de impacto, posterior, pode acabar
de danificá-lo, ainda que não tenha o nível traumático para
um ouvido sem problemas.
Para quantificar, digamos que um ruído da ordem de
120 dB pode provocar traumas imediatos. Por outro lado,
níveis superiores a 90 dB provocam a perda da sensibil idade
auditiva se persistirem poroito horas diárias ao longo de
vários anos. O mecanismo é bastante si mples de se entender.
O ouvido humano, como qualquer órgão, é sensível ao
cansaço ou à fadiga. Se foi exigido por uma excitação
excessiva, necessita de certo tempo de repouso para se
recompor. Se a pessoa está trabalhando em um ambiente
ruidoso, ao final da jornada de trabalho terá seus ouvidos
fatigados. Se ao princípio da jornada seguinte o órgão au
ditivo não tiver repousado suficientemente, receberá uma
nova dose de sobrecarga. Esse processo, repetido durante
muito tempo, fará diminuir sua sensibilidade auditiva. De
certo modo se trata de um mecanismo de defesa do
organismo. O homem se “acostuma” ao ruído, perdendo
sua audição e minando sua saúde.
Ao chegar a este ponto, fazemos um pequeno
parêntese, para ressaltar a importância de que diariamente
seja praticada uma sessão de Biomúsica, com uma duração
de 21 minutos, especialmente para aquelas pessoas que
estejam expostas aos ruídos perigosos, já que esta dose
musical os levaria a prevenir muitas enfermidades futuras.
45
A perda da audição não é imediata, nem tem idêntica
magnitude para todas as freqüências. O primeiro indício da
mesma é o assim chamado “poço dos 4.000 Hz”. Trata-se
de uma pequena marca que aparece na audiometria, radicada
nessa frequência. A periculosidade dos ruídos pode ser
avaliada mediante a medição de seu nível, duração e es
pectro. As normas nacionais e internacionais consideram
que se os níveis superam os 90 dB e persistem durante 8
horas, são perigosos. Além dos efeitos diretos sobre o
ouvido da pessoa, aparecem conseqüências nada despre
zíveis, derivadas do fato de este constituir uma unidade
psicossomática localizada dentro da sociedade humana.
O surdo genial que foi Beethoven descreveu
admiravelmente, nos últimos anos de sua vida, o drama
que sofria. Em uma de suas cartas explica como afastava
as pessoas, apesar do muito que as amava, devido à
impossibilidade de se comunicar com elas. Este fenômeno
é bem conhecido: aquele que sofre desse impedimento
trata de evitar, antes de tudo, que as pessoas se inteirem de
sua afecção. Ademais, custa-lhe se comunicar. Isso produz
mudanças em seu caráter e, uma vez que é parte de um
núcleo social e familiar, todas as pessoas que o rodeiam se
encontram afetadas em maior ou menor grau.
O ouvido humano não está real mente preparado para resistira ruídos de alta
intensidade durante muito tempo. São necessárias 36 horas para recuperar
a audição normal depois de 100 minutos de exposição ininterrupta a lOOdB.
46
CONCLUSÕES
47
CAPÍTULO VI
A MÚSICA CURA
49
alta, dores de cabeça e, entre outros males, as úlceras.
A dificuldade em relaxar é um problema comum,
inerente a muitas enfermidades, diz David Walker, um dos
psiquiatras do Kaiser Permanent. A utilização da rrfúsica
não é de todo desconhecida para todas as pessoas submetidas
a várias classes de cirurgia, ou a quem foi dito sofrer de
câncer e que, durante sua enfermidade, permanece desperto
até altas horas da noite, obcecado com o que lhe está
acontecendo.
O relaxamento é uma terapia universal, e as pessoas
que podem aprender a relaxar profundamente conseguem
criar um melhor estado mental. Os médicos aconselham
aos pacientes que usem a música adequada a qualquer
momento em que dela necessitem, como por exemplo
antes de serem levados ao quirófano
.
* Podem repqtir a
música com a imaginação, sem escutá-la, e obter os
mesmos resultados. Recordemos nestas linhas o capítulo
sobre a Imaginação, quando comentamos que o sistema
nervoso não sabe diferenciar o que é um evento real do que
seja imaginado.
O Kaiser Permanent, um dos hospitais que oferecem
várias facilidades biomusicais nos Estados Unidos, está
utilizando a música para reduzir o stress, dores extremas,
e a personalizada e freqüente ansiedade.
Entre as instituições onde a música se converteu
numa ferramenta médica, estão:
—A Universidade de Massachusetts,
— O Medicai Center, em Worcester,
—o Beth Israel Hospital, em Boston,
—o Hahnemann University Hospital, na Filadélfia.
Esses hospitais estão usando a música para tudo,
desde ajudar os casais no nascimento de um bebê até ajudar
* Sala de operações cirúrgicas a que se pode assistir através de uma divisória de vidro.
(N.E.)
50
uma criança a se preparar para uma cauterização do
coração; de possibilitar que uma vítima de acidente fale de
novo, evocando as memórias de um tempo de sua vida, até
preparar alguém para a morte.
“A música é uma maravilhosa ferramenta”, diz
Nancy Hunt, musicoterapeuta, que trabalha num centro de
maternidade e em um hospício. A música tem um efeito
fisiológico direto nas pessoas, já que incrementa o volume
de sangue, diminui e ajuda a estabilizar o ritmo do coração
e baixa a pressão sanguínea. Psicologicamente, realiza
muito: pode nos relaxar, fazer recordar ou ter toda classe
de sentimentos, dependendo do que projetemos sobre a
música.
Talvez seja esta a parte mais importante da magia da
música, já que pode transformar qualquer meio ambiente
apenas com a mudança de nosso próprio estado psicológico.
“Conseguimos que muitos pacientes acalmassem
suadorfísicaeemocional”,dizStephen Kibrick, psicólogo
clínico que dirige o programa do Conselho do Stress do
Kaiser Permanente que elaborou gravações de Biomúsica.
Stephen Kibrick dá a seus pacientes uma gravação e fones
de ouvido, com os quais consegue que eles não somente
diminuam a intensidade da dor, como também acalmem
seus pensamentos e relaxem seus corpos. No caso de
pacientes de queimaduras, que geral mente tardam semanas
ou meses para curar-se e que não podem ser mantidos
continuamente com drogas, Kibrick diz: “A música e as
instruções para o relaxamento têm dado uma ajuda muito
efetiva na obtenção de uma relativa calma, em estado
relaxado, enquanto dura o tratamento”.
Outro meio utilizado na Biomúsica é a televisão.
Cinqüenta e sete minutos é a duração do programa de
televisão do Centro Médico da Universidade de Massa-
chusetts, denominado “Meditação da Mente Profunda”
51
(Mindfulness Meditation). Jon Kabat-Zinn, diretor do
Departamento de Redução do Stress e Relaxamento, diz:
“A fita de vídeo ensina as pessoas a fixar a atenção no
corpo, nas sensações, na música e em seus pensamentos,
observando como se movem através de sua mente”. O
resultado final da fita, diz Kabat-Zinn, é um estado desta
cado de observação relaxada do corpo, um estado expe
rimentado útil, no qual o paciente esquece a dor.
Kabat-Zinn escolhe para seus pacientes a música de
harpa, porque, segundo ele diz, a harpa tem sido tradicio
nalmente um instrumento para a cura e o relaxamento da
mente. O intento de Kabat-Zinn é viabilizar para todos os
pacientes e médicos do hospital um programa de rela
xamento, baseado em seu treinamento com pacientes
externos do Centro de Redução do Stress do mesmo
hospital. Dos 20% dos pacientes do hospital que já usaram
a gravação, 80% consideraram-na benéfica.
Kabat-Zinn planeja iniciar estudos formais contro
lados em pacientes submetidos a diálises dos rins e nos que
apresentam problemas cardíacos, para determinar a exata
resposta física e psicológica à utilização dessa gravação.
Justamente pelo que há de estranho, desconhecido
ou pouco conhecido na forma como a música atua, alguns
de seus recursos apenas recentemente começam a ser
entendidos. Nossas respostas físicase psicológicas à música
incluem alterações químicas inteligentesecomplexas, não
somente na parte pensante de nosso cérebro, mas também
em nosso centro emocional (o sistema límbico), o qual
controla os batimentos do coração, a respiração e a tensão
muscular.
A terapeuta Janales Hoffman, de Kansas City, Mis
souri, diz: “Você necessita combinar a música com o esta
do de vigília mental no qual seu corpo está continuamente”.
A maioria das pessoas deve ser treinada para fazê-lo. Em
seu estudo de graduação, na Universidade de Kansas,
52
Hoffman usou a imaginação visual e a música para ensinar
60 pessoas a baixar sua pressão sanguínea a um grau de 10
a 20 pontos. Com essas mesmas técnicas, ela ajudou paci
entes com arritmias cardíacas eenxaquecas, usando música
com 60 ciclos por minuto, tempo que é o ideal para o ritmo
cardíaco.
Como a música faz para reduzir a percepção da dor
e criar um estado mental positivo? Uma teoria diz que
algumas classes de música podem produzir no cérebro o
mesmosentimentodebem-estarqueosfãrmacos,talcomo
acontece na prática de meditação. A endorfína é um
narcótico secretado pelo hipotálamo que pode reduzir a
intensidade da dor que sentimos.
Por outro lado, a música de harpa de Geórgia Kelly
tem sido usada em vários centros médicos, incluindo a
Universidade de Massachusetts e o Kaiser Permanent.
Kelly diz que nunca se havia dado conta do potencial mé
dico de sua música, até que as pessoas começaram a lhe es
crever comentando que a escutaram durante um parto ou
na sala de operações, o que as ajudou a relaxar e dormir,
esquecendo assim do sofrimento.
Geórgia Kelly.
53
Kelly comenta: “Senti que minha música leva a
mente a outro lugar, leva você a se mover fora da identi
ficação de seu corpo, fazendo com que este fique calmo,
reduzindo a sensação da dor. Minha música põe sua mente
por um momento em algum lugar onde não há incômodos
físicos e psíquicos...”
No Hospital da Universidade Hahnemann, na
Filadélfia, Cynthia Briggs, diretora de Musicoterapia, aju
da os jovens pacientes a escolherem que música poderá ser
tocada para eles, quando forem submetidos a cauterização
do coração.
No Hospital Charing Cross.em Londres, os pacientes
que escolhem a anestesia raquidiana em lugar da geral
,
*
para certas classes de cirurgia, tais como a da bacia, rece
bem fones e música para impedir os ruídos da broca e da
serra.
Talvez uma das mais deliciosas formas de música é
a usada na medicina nos casos de gravidez e trabalhos de
parto. A musicoterapeuta Nancy Hunt usa “sugestões
musicais” como parte de seu programa para ensinar aos
casais métodos de relaxamento durante a gravidez. Para o
nascimento de uma criança, Hunt prepara uma fita de 8 a
12 horas, que inclui alguns dos sons que o casal aprendeu
para relaxar, junto com outros sons de sua escolha. Ela diz
que o tema “Chariots of Fire” (Carruagens de Fogo) é
particularmente popular durante o estado do “empurrar”
nos partos e, para o momento do nascimento, lhe foi
solicitada a inclusão de “Isn’t She Lovely”, de Stevie
Wonder, e “For unto us a ChiId is Born”, do Messias de
Handel. Hunt também trabalha em um hospício, onde
utiliza a música para enfermos agonizantes, auxiliando-os
a resolver seus problemas sentimentais em face da morte.
No que ela chama “Retrospecto da Vida”, Hunt tocaria
• Permanecendo, portanto, despertos durante a operação (N.E.)
54
canções que foram populares no tempo em que o paciente
esteve mais ativo, ou durante o namoro e princípios do
casamento, e também du rante uma guerra. “Eu uso canções
que são como etapas em suas vidas. Tal música evoca
continuamente fortes recordações e facilita a comunicação
de coração a coração entre o paciente e o encarregado da
terapia.” Muitas vezes, Hunt faz também o papel afetivo,
como sentar-se ao lado da cama de alguém e cantar com ele
os hinos favoritos da Igreja, posto que as canções dão ao
enfermo um conforto real.
Por outro lado, no Missouri, Hoffman usa música
para ajudar as pessoas a expressarem sua dor, seu pesar
diante da morte. A música descobre a imaginação no
indivíduo, eé a melhormaneirade ajudar alguém a sonhar
que está são. Certa música parece que induz as mesmas
classes de imagens em muita gente. Por exemplo, Hoffman
usa “Morte e Transfiguração” de Richard Strauss, com
seus lastimosos oboés, fagotes, flautas e harpas, para
ajudar as pessoas a compreenderem sua dor.
Steven Halpern.
55
O Dr. Steven Halpem sugere àquelas pessoas que
buscam métodos de relaxamento que observem os efeitos
que a música produz sobre a respiração: se se nota que o
paciente começa a respirar lentamente, é que a música está
ajudando no relaxamento. Se se nota que há uma dor,
particularmente nas áreas do peito, pescoço ou ombros,
isso pode ser devido à música. Halpern aconselha a que as
pessoas tenham cuidado com a música rock, assim como
também algumas clássicas, tais como a “Patética” de
Tchaikovsky.
“Observe seu corpo e veja como se sente”, diz
Halpern. “Permita que a música seja o centro da atenção.
Trate de sentar-se ou se deitar. Consiga música que possa
escutar de acordo com seu gosto, com seu gênio, e dessa
maneira, quando você quiser alguma música excitante,
para dançar ou emocionalmente dignificante, você a tem
ali à mão, e assim não terá de esperar que o rádio toque
aquela música que queira escutar.”
Geórgia Kelly sugere que usualmente escutemos o
segundo movimento lento de algumas peças clássicas.
Muitas peças barrocas, de compositores como Bach, Handel,
Telemann, têm partes de 60 unidades por minuto de tempo.
Kelly sugere evitar música onde o fraseio musical esteja
forçado à produção mecânica do som, como se dá em mu i ta
música popular feita para dançar.
Finalmente, diremos que por estas e por muitas
outras razões mais, a música cura! E você, o que acha?
56
CAPÍTULO VII
APLICAÇÕES DA BIOMÚSICA
CRONOTERAPIA
57
se com os ritmos cosmoclimáticos e, por que não, com os
da música. Em 1951, Aschoff introduziu definitivamente
o conceito dos ritmos biológicos, ou seja, o conjunto de
variações rítmicas que têm lugar no interior de qualquer ser
vivente.
A biologia, por longo tempo dominada pela obsessão
da constância do “milieu interieur” de Claude Bernard e a
“homeostase” de Walter Canon, era muito reticente quanto
a qualquer idéia de variação cíclica no fisiologismo de um
ente biológico. Foi necessário primeiro o trabalho de Nor-
bert Wienerparaque tais variações, regidas por mecanismos
de “feed-back”, ou retroalimentação, de tipo cibernético,
fossem aceitas. Em realidade, cibernética e homeostase
não se contradizem. Pelo contrário, os mecanismos de
retroalimentação dão um reforço às “constantes fisiológi
cas”, já que representam elementos dinâmicos encarregados
de manter dentro de seus limites uma série de valores.
Atualmente fala-se de ritmos biológicos, segundo o
conceito de Aschoff; ritmos circadianos, segundo o conceito
de Halberg; periodicidade biológica, segundo o conceito
de Sales Vásquez, e de cronobiologia, segundo o conceito
de Larry Dossey, sem que ninguém creia que tais conceitos
possam atentar contra os pilares da biologia... mas foi
preciso lutar para demonstrá-lo.
São muitos os ritmos de nossa “Sinfonia Psicológica”
que se encontram profundamente investigados, pelo que
citaremos em continuação alguns dos mais importantes:
* Ritmos solares.
* Ritmos lunares.
* Ritmos terrestres.
* Ritmos nictemerais.
* Ritmos hormonais.
* Ritmos hemáticos.
* Ritmos celulares.
58
* Ritmos digestivos.
* Ritmos metabólicos.
* Ritmos cardíacos.
Ao longo dos capítulos anteriores, ressaltamos o
papel curativo da música e, ademais, que os ritmos cardíaco,
pulmonar, respiratório etc. tendem a sincronizar-se
automaticamente ao ritmo da música.
59
A Biomúsica tem muitas aplicações no campo da
Cronoterapia, pois ela ajuda a recuperar muitos ritmos e
compassos perdidos de nossos relógios biológicos; por
isso, atualmente médicos e especialistas buscam a maneira
de combinar seus tratamentos com esse ingrediente tão
especial que é a música, encontrando nela um magnífico
auxiliar, comose pôde constatar em importantes instituições
médicas especializadas no tratamento do câncer, tais como
o Simonton Câncer Research Center, doTexas, e o Câncer
Couseling and Research Center, de Nova York.
Concluiremos dizendo que com músicas adequadas,
como as de Steven Halpern, Geórgia Kelly e outros
compositores da música “New Age”, estaremos chegando
ao ponto em que a Cronoterapia possa aplicar uma música
específica para ajudar a recuperar os ritmos e compassos
perdidos nas células enfermas. Como recomendação prática,
citaremos o tema “Ecos Antigos”, de Geórgia Kelly e
Steven Halpern.
CRONOBIOLOGIA
60
Cronomania
61
e dies, dia), que foram detectados nas cambiantes marés de
reações químicas, oscilações térmicas e outras mudanças
do organismo, que ocorrem aproximadamente a cada 24
horas.
O que acerta a hora e corrige esses relógios viventes?
Nossos corpos, como os de quase todos os seres viventes
(orgânicos), podem reconhecer as mudanças da luz. Na
base de nosso cérebro, um diminuto conglomerado de
células nervosas — os núcleos supraquiásmicos(NSQ) —
seleciona a luz que chega a nossos olhos e não somente
distingueodiada noite como também respondea minúsculas
alterações na duração do dia, na luminosidadee nosom. Os
NSQ, funcionando como uma espécie de marcapasso
biológico, enviam mensagens que marcam o tempo nos
centros que, entre outros processos, controlam o sono e a
vigília, o crescimento e a sexualidade.
A mente pode alterar de outras maneiras os ritmos
cronológicos. As pessoas que estiveram a ponto de morrer
descrevem amiúde uma recordação de toda sua existência,
que passou diante delas como um relâmpago. Os que
sofreram acidentes graves informam que nesse momento
tudo pareceu ocorrer em “câmera lenta”. Aparentemente
isso é um mecanismo de sobrevivência que levamos no
cérebro: a capacidade de incrementar várias vezes a
velocidade normal de percepção, que faz “mais lento” o
mundo, dando à vítima “tempo” para pensar em algum
recurso para evitar o desastre.
Os cientistas descobriram que quando os relógios
corporaissedessincronizamentresi,escasseia o rendimento
físico e mental. Quando o tempo do relógio está
dessincronizado com nossos ritmos naturais internos, o
resultado é o stress.
Sujeita à tirania do tempo do relógio, a sociedade
industrializada tem observado que agora as enfermidades
62
cardíacas e os padeci inentos derivados delas são as principais
causas de mortalidade. No entanto, essas “enfermidades
do tempo”podem ser tratadas e prevenidas mudando nossa
forma de pensar acerca do tempo. A mente, com uma
estimulação adequada, pode alterar de outras formas os
ritmos cronobiológicos, quer dizer, ativar mecanismos
que levamos no cérebro e com os quais podemos aumentar
ou diminuir em várias vezes a velocidade de percepção,
como já mencionamos ao citar as experiências do Programa
da Direção do Stress, do Kaiser Permanent, sob a direção
do psicólogo clínico Stephen Kibrick.
AUDIOANALGESIA
63
Convém recordar que o tálamo é uma estação de
muda, em particular para os trajetos sensitivos, através do
qual transcorre toda a informação do mundo exterior. Esta
ação que se efetua no Tálamo, antes de chegar ao córtex
cerebral, é a mais importante para explicar o processo da
Audioanalgesia, já que nela também fazem parada os im
pulsos auditivos, o que ocorre no tálamo, fator comum às
duas vias.
O Cérebro
64
A Audioanalgesia poderia ser explicada, ainda que
apenas de forma sucinta, tomando os conceitos vertidos
durante o Simpósio sobre Audioanalgesia, realizado na
Cátedra de Clínica Cirúrgica Dentária, na Faculdade de
Odontologia, em Córdoba, Argentina, admitindo que ao
atuar o impulso algésico, segundo sua intensidade, um
número variável de neurônios são estimulados, levando
esse estímulo aos centros superiores. Assim mesmo, ao
atuar o estímulo acústico, são estimuladas as vias corres
pondentes; porém, como já se viu, ambas fazem parada no
tálamo, pelo que se supõe serem recrutadas em favor da via
auditiva, possíveis caminhos de acesso dos impulsos
dolorosos.
Aumentando a estimulação coclear (auditiva), aumen
ta o número de neurônios que é subtraído da via sensitiva,
podendo chegar a dor a ser anulada, por não haver vias de
passagem dos impulsos algésicos ao córtex. A dor diminui
quando o som (música) é aumentado consideravelmente.
Esse fenômeno seria um verdadeiro processo de inibição,
tambémconsideradoum fenômeno deoclusão. O fenômeno
da inibição é produzido porquanto se facilita a propagação
dos estímulos que são mais interessantes e vitais para o
indivíduo.
Do exposto, deduz-se que a inibição é mais efetiva
se se der caminho ao impulso auditivo, antes que se instale
o fenômeno doloroso. Num diálogo amistoso, o Dr. Anto-
nio Giordani, um dos pioneiros da audioanalgesia no
Brasil, comunicava-me que havia obtido experiências
exitosas de Audioanalgesia, em seu Centro de Estudos
Avançados em Odontologia, e que o som mais usado para
atingir o efeito analgésico é o conhecido som branco ou de
cascata, combinando-o com o tema “Golden Voyage”, de
Ron Dexter.
Sabemos, pois, que a Audioanalgesiapode reduzir e/
ou anular o estímulo doloroso, e ainda quando seus
65
resultados são evidentes encontramo-nos no processo de
investigação que nos permita delinear uma teoria formal
que indique de que modo ela se produz.
66
CAPÍTULO VIII
SINFONIA FISIOLÓGICA
CICLO FÍSICO
E o biorritmo físico de 23 dias, cuja existência foi
inicialmente delineada pelo Dr. William Fliess. Implica
energia, agressividade, confiança em si mesmo, capacidade
de resistência às enfermidades e de paciência.
A principal proteína estrutural do organismo é chama
da colágeno. É o principal componente do tecido conector
que influi diretamente sobre o tônus muscular e o bem-
estar físico. Quando baixa sua influência, esta pode ser
estimulada mediante um tipo concreto de música, como
por exemplo a “Marcha Triunfal” da Aída de Verdi. A
curva do gráfico que apresentamos a seguir indica as
variações no ciclo físico.
67
Na fase positiva do ciclo físico, as
atividades deste tipo se veem
favorecidas, já que o indivíduo
tem mais ânimo para desenvolvê-
las. Todo o contrário ocorre com
a fase negativa.
68
CICLO EMOCIONAL
69
Na curva do gráfico abaixo, com linha descontínua,
estão assinaladas as fases do ciclo emocional.
CICLO INTELECTUAL
70
exemplo, o Largo do “Concerto nQ 1 em Si Bemol Maior,
Opus 33”, de Handel.
71
CAPÍTULO IX
PRÁTICAS CURATIVAS
73
Coloque-se em uma posição confortável. Tcnsione e distenda todos os
músculos do corpo sobre os quais tenha controle. Distenda ao máximo os
músculos das pálpebras, maxilares, pescoço, ombros, mãos c pés.
74
Deixe a fita correr com a música já selecionada, segundo seu estado físico
e emocional. Recorde-se de que o volume alto é prejudicial e que o tempo
mínimo para o relaxamento psicoacústico deve ser de 21 minutos.
75
Conccntrc-sc em seu coração. Imagine como os sons da saúde banham,
penetram e transpassam este importante órgão. Imagine como seu coração
recebe uma saudável “massagem sônica”.
76
Concentre-se em seu cérebro. Tome
consciência da corrente do som, a
qual levará seu cérebro a um ritmo
Alfa que lhe será altamente benéfico
para controlar o stress cotidiano.
77
Ao finalizar a prática curativa, realize 5 respirações profundas e mova
lentamente as articulações dos pés, mãos e pescoço. Recorde-se de que
nunca deverá sair bruscamente de seu estado de relaxamento, o que seria
prejudicial.
78
respiratório. Visualize as ondas sonoras deslocando-se
lentaniente dentro dos pulmões.
7. Imagine como a música sincroniza seu ritmo
cerebral. Visualize as ondas sonoras deslocando-se
lentamente através do sistema nervoso.
8. Imaginação e música, unidas em vibrante
harmonia, estarão dirigidas, em concentração, à região do
corpo que se encontre afetada. Visualize as ondas sonoras
estimulando um equilíbrio biológico nas células e tecidos
que se encontrem enfermos. Conserve este estado de
relaxamento por um tempo mínimo de 21 minutos.
9. Finalmente, efetue uma breve retrospecção, para
tomar consciência de todo o experimentado, e realize cinco
inalações e exalações profundas.
10. Mova pouco a pouco as articulações dos pés,
mãos e cabeça. Abra as pálpebras.
79
6. Imagine como a música sincroniza seu ritmo
respiratório. Visualize as ondas sonoras deslocando-se
lentamente dentro dos pulmões.
7. Imagine como a música sincroniza seu ritmo
cerebral. Visualize as ondas sonoras deslocando-se
lentamente dentro do sistema nervoso.
8. Imaginação e música, unidas em vibrante
harmonia, estarão dirigidas, em concentração, à região da
cabeça. Visualize as ondas sonoras deslocando-se
lentamente de forma centralizada para têmporas, nuca e
olhos para aliviar a dor. Conserve esse estadode relaxamento
por um tempo mínimo de 21 minutos.
9. Finalmente, efetue uma breve retrospecção, para
tomar consciência de todo o experimentado, e realize cinco
inspirações e expirações profundas. .
10. Mova pouco a pouco as articulações dos pés,
mãos e cabeça. Abra as pálpebras.
80
cardíaco. Visualize as ondas sonoras deslocando-se
lentamente dentro do coração.
6. Imagine como a música sincroniza seu ritmo
respiratório. Visualize as ondas sonoras deslocando-se
lentamente dentro dos pulmões.
7. Imagine como a música sincroniza seu ritmo
cerebral. Visualize as ondas sonoras deslocando-se
lentamente através do sistema nervoso.
8. Imaginação e música, unidas em vibrante
harmonia, estarão dirigidas, em concentração, à glândula
pineal. Visualize as ondas sonoras estimulando os meca
nismos da serotonina, o neurotransmissor do sono. Con
serve este estado de relaxamento por tempo indefinido.
9. Finalmente, efetue uma breve retrospecção, para
tomar consciência de todo o experimentado, e realize ci nco
inalações e expirações profundas.
10. Mova pouco a pouco as articulações dos pés,
mãos e cabeça. Abra as pálpebras.
81
cardíaco. Visualize as ondas sonoras deslocando-se
lentamente dentro do coração.
6. Imagine como a música sincroniza seu ritmo
respiratório. Visualize as ondas sonoras deslocando-se
lentamente dentro dos pulmões.
7. Imagine como a música sincroniza seu ritmo
cerebral. Visualize as ondas sonoras deslocando-se
lentamente através do sistema nervoso.
8. Imagine uma tela de computador e anote nela
todos os agentes causadores de seu atual stress. Em
continuação, apague da tela os agentes causadores do seu
stress. Seguidamente, imagine na tela cenas onde você se
vê com pleno controle do stress. Agora, concentre-se
unicamente na música, para poder entrar no terreno da
serenidade.
9. Finalmente, efetue uma breve retrospecção para
tomar consciência de todo o experimentado, e realize cinco
inspirações e expirações profundas.
10. Mova pouco a pouco as articulações dos pés,
mãos e cabeça. Abra as pálpebras.
82
em projeção infinita para o mais além, à medida que se
desvanece o som.
5. Imagine como a música sincroniza seu ritmo
cardíaco. Visualize as ondas sonoras deslocando-se
lentamente dentro do coração.
6. Imagine como a música sincroniza seu ritmo
respiratório. Visualize as ondas sonoras deslocando-se
lentamente dentro dos pulmões.
7. Imagine como a música sincroniza seu ritmo
cerebral. Visualize as ondas sonoras deslocando-se
lentamente através do sistema nervoso.
8. Imagine como a música estimula o hemisfério
direito do cérebro. Visualize as ondas sonoras trabalhando
intensamente para estimular na psique uma experiência
extra-sensorial. Conserve esse estado de concentração por
um tempo mínimo de 21 minutos.
9. Finalmente, efetue uma breve retrospecção para
tomar consciência de todo o experimentado; realize cinco
inspirações e expirações profundas.
10. Mova pouco a pouco as articulações dos pés,
mãos e cabeça. Abra as pálpebras.
83
CAPÍTULO X
RECOMENDAÇÕES MUSICAIS
85
Beethoven.......... Minueto (Sonata Op. 40, nQ 2)
Dvorak.............. Danças Eslavas
Debussy............. Pavana
Brahms.............. Dança Húngara
Tchaikovsky...... Valsa (Opera Eugene Oneguine)
Verdi.................. Marcha (deAída)
86
MÚSICA DE CARÁTER IMPRESSIONISTA
Recomendamos esse tipo de música para os estados
de pessimismo, melancolia e tristeza. Os temas
recomendados trabalham desbloqueando todas as
resistênci as psicológicas que mantêm as pessoas em estados
equivocados.
Mendelssohn ...Sonho de uma Noite de Verão
Herbert........... Fantasia Americana
Rossini............ Abertura de Guilherme Tell
87
Debussy...........Cia ir de Lune
Beethoven....... 1Q Tempo: Clair de Lune
Fivich.............. Poema
Wagner............ Estrela Noturna
Wagner............ Murmúrio do Bosque
VIVALDI, A.
—Largo de “Inverno” de As Quatro Estações.
—Largo do Concerto em Ré maior para guitarra e
cordas dos “Concertos barrocos para guitarra”.
—Largo do Concerto em Dó maior para bandolim,
corda e clavicórdio, P. 134.
88
—Largo: Três Concertos para viola d’amore, Dois
Concertos para bandolim.
—Largo do Concerto de flauta n° 4 em Sol maior.
GEÓRGIA KELLY
Uma excelente harpista muito conhecida nos Estados
Unidos. Segundo muitos enfermos, sua música os ajudou
a se curarem. Atualmente, suas composições são utilizadas
no Kaiser Permanent. Os temasque a seguir recomendamos
servem para criar uma perfeita “sensação atemporal”, tão
importante para reduzir esse agressor psicológico que
conhecemos como ansiedade.
— Tarashanti
— The Sound ofSpirit
— Seapeace
89
STEVEN HALPERN
Médico e músico a quem reconhecemos como um
dos pioneiros da Biomúsica. Suas composições são
qualificadas como “os sons da saúde”. Os temas recomen
dados servem especialmente para as seguintes aplicações:
controlar o stress, superaprendizagem e relaxamento
holístico.
— Spectrum Suite
— Starborn Suite
— Zodiac Suite
— Eastern Peace
— Comfort Zone
—Ancient Echoes
— Sweet Dreams
PAUL HORN
Grande flautista que se especializou em realizar
gravações nos principais recintos sagrados do mundo,
onde soube combinar os belos sons de sua flauta com a
incrível acústica desses lugares. Os temas recomendados
servirão para todas aquelas pessoas que desejem dominar
a ciência da meditação.
— Inside The Taj Mahal
— Inside lhe Great Pyramid
STEVE BERGMAN
Os temas’ deste compositor que recomendamos
cumprem um grande trabalho tanto para mulheres grávidas
quanto para bebês, por empregarem instrumentos como
flauta, violino e harpa — que, segundo a dra. Michele
Clemes, do Hospital de Maternidade de Londres, são os
mais aceitos pelos bebês, inclusive desde o período fetal.
— Lullabies
— Sweet Baby Dreams
90
BERNS E DEXTER
Compositores que criaram um total de cinco vo
lumes intitulados “Golden Voyage”. Os temas reco
mendados cumprem com os delineamentos do acadêmico
Bekhterieb, que postula a necessidade de combinar música
com poucos instrumentos e grande quantidade de sons da
natureza. Os benefícios que se obtêm ao escutar qualquer
dos volumes mencionados são: cura de mal-estares
menores, relaxamento e concentração.
O TÁLAMO
91
BIBLIOGRAFIA
93
— Olishefski, Julian e Earl Harford, eds. Industrial
Hearing Conservation i/i Noise Control. Chicago: Na
tional Safety Council, 1975.
— Ostrander, Sheila e Lynn e Nancy Schroeder.
Super-Learing. Nova York: Delacorte, 1979.
—Seashore, Cüú.PsycliologyofMusic. Nova York:
McGraw-Hill, 1938.
94
ÍNDICE
INTRODUÇÃO................................................................ 9
CAPÍTULO I
NOSSO SOM É IMAGEM.............................. 11
CAPÍTULO II
O RELAXAMENTO E SEUS BENEFÍCIOS............ 13
CAPÍTULO III
O CONTROLE DA IMAGINAÇÃO........................ 17
CAPÍTULO IV
ESTUDO DO SOM...................................................... 21
CAPÍTULO V
EFEITOS DO RUÍDO SOBRE A PSIQUE............. 33
CAPÍTULO VI
A MÚSICA CURA....................................................... 49
CAPÍTULO VII
APLICAÇÕES DA BIOMÚSICA............................. 57
CAPÍTULO VIII
A SINFONIA FISIOLÓGICA.................................... 67
CAPÍTULO IX
PRÁTICAS CURATIVAS............................................ 73
CAPÍTULO X
RECOMENDAÇÕES MUSICAIS............................... 85
BIBLIOGRAFIA........................................................... 93
95
í
O equilíbrio psicológico das comunidades humanas
sempre esteve em concordância com a harmonia ofere
cida pela música.
A sociedade moderna encontra-se num processo contí
nuo de degeneração física e psicológica, e a música,
como demonstra o autor, não só faz parte deste quadro
como tem um papel fundamental a desempenhar na
solução deste desequilíbrio!
“O ser humano é vibração, cada um de seus órgãos
vibra com diferentes notas”, explica Banol.
Este livro apresenta exercícios práticos de como utili
zar com sabedoria a Musicoterapia da Nova Era,
explica o que são os sons da saúde que previnem enfer
midades e permitem o domínio das forças afetivas — e
mostra a importância de saber controlar uma energia
pura, elemento material, que viaja com a onda lumino
sa e gera todas as formas de matéria, podendo interagir
com o ser humano na solução da crise em que se
encontra às vésperas de um novo milênio na história da
sociedade moderna.
ISBN —85-274-245-9