Você está na página 1de 54

FACULDADE CATÓLICA SANTA TERESINHA

BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

SARA DE FIGUEIREDO SILVA

SOCIEDADE LIMITADA A APLICABILIDADE E AS FUNCIONALIDADES DAS


NORMAS DO DIREITO CIVIL, TRABALHISTA E TRIBUTÁRIO.

CAICÓ/RN
2019
SARA DE FIGUEIREDO SILVA

SOCIEDADE LIMITADA A APLICABILIDADE, E AS FUNCIONALIDADES DAS


NORMAS DO DIREITO CIVIL, TRABALHISTA E TRIBUTÁRIO.

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à disciplina de
Metodologia Científica, do curso
de Administração da Faculdade
Católica Santa Teresinha, para
obtenção de aprovação.
Orientador: Prof. Esp. José Cezar
Muniz Fechine.
.

CAICÓ/RN
2019
CATALOGAÇÃO NA FONTE
Biblioteca Madre Francisca Lechner
Faculdade Católica Santa Teresinha

S586 Silva, Sara de Figueiredo.

Sociedade Limitada a Aplicabilidade e as Funcionalidades das


Normas de Direito Civil, Trabalhista e Tributário. / Sara de
Figueiredo Silva. – Caicó, RN, 2019.
50f.

Orientador(a): Profº. Esp. José Cezar Muniz Fechine.

Monografia (Bacharelado em Administração) – Faculdade


Católica Santa Teresinha. Curso de Graduação em Administração.

1. Sociedade Limitada- Monografia. 2. Direito Civil,


Tributário e Trabalhista- Monografia. 3. Contrato Social-
Monografia. I. Silva, Sara de Figueiredo. II. Faculdade
Católica Santa Teresinha. III. Título.

RN/BU/FCST CDU 658.114.32

Catalogado por Régio Neri Galvão de Araújo CRB15-897


SARA DE FIGUEIREDO SILVA

SOCIEDADE LIMITADA E APLICABILIDADE, FUNCIONALIDADES DAS


NORMAS DO DIREITO CIVIL, TRABALHISTA E TRIBUTÁRIO.

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à disciplina de
Metodologia Científica, do curso
de Administração da Faculdade
Católica Santa Teresinha, para
obtenção de aprovação.

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO APROVADA EM 19/12/2019.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________________
Prof. Esp. José Cezar Muniz Fechine.
Faculdade Católica Santa Teresinha
(Orientador)

_____________________________________________________________
Prof. Esp. Tiago Douglas Cavalcante Carneiro
Faculdade Católica Santa Teresinha
(Examinador)

_____________________________________________________________
Prof. Esp. Edmilson Soares Cunha Filho
Faculdade Católica Santa Teresinha
(Presidente da Banca)
AGRADECIMENTOS

Esse projeto foi desenvolvido com total apoio da minha família, aos meus
irmãos que com todo amor incentivaram para que o projeto fosse concluído. A minha
mãe que ao longo dos anos sempre esteve ao meu lado como melhor amiga e
conselheira para as escolhas do que é certo e como enfrentar a vida com humildade,
caráter e gentileza. A ela toda a minha gratidão por seu amor incondicional. Aos meus
sobrinhos que me fazem feliz, e são meu motivo para querer ver o mundo de uma
forma melhor, e acreditar em mim como eles acreditam.
Sou brisa calmaria sou mulher, sopro onde eu
quiser. Por onde passo deixo saudades.
Não se admire se um dia de mansinho chegar como
um beija-flor, te sentir, sou mesmo assim.
Bebo néctar doce mel, se me soprar fico forte viro
ventania.
(Francisca Negélia de Figueiredo Silva)
RESUMO

O presente estudo trata de um dos modelos societários que mais cresce no Brasil, a
sociedade limitada. Sua facilidade de criação é por intermédio de um contrato social,
a participação é de no mínimo de dois sócios, e sem valor mínimo para o capital social,
sendo que cada sócio pode investir o valor que puder disponibilizar não
necessariamente os sócios devem seguir o mesmo ramo de profissional para que
possa dar vida e regime a administração, pois os sócios podem nomear um
administrador e a criar um conselho fiscal no ato do contrato social. É de cunho
exploratório visando a amplitude de informações jurídicas e de enfatizar que cada
caso tem sua particularidade, as informações foram obtidas por meio de livros, causas
verídicas, websites e artigos referente ao tema. A problemática discorre sobre as
causas jurídicas de má fé por meio de sócios, afetando a sociedade e causando
grandes transtornos. Tem como objetivo geral, enaltecer e evidenciar a importância
dos Direitos Civil, Trabalhista e Tributário das empresas e empresários da Sociedade
Limitada, visando à diminuição do desvio das funções pela qual a sociedade foi
fundada como, fraudes, causas trabalhistas entre outros fatores que prejudicam o
ramo de atividade, como também a inatividade de algum sócio que compõe a
sociedade para apenas sua criação. No projeto, os objetivos específicos da empresa
de Sociedade limitada, portanto, serão enfatizar seus pontos positivos e negativos, e
suas reponsabilidades. Isso porque o ramo exige maior visibilidade, e a administração
permite que isso seja estudado já que é uma das disciplinas estudadas, mas não é
uma área na qual são feitos pesquisas e trabalhos a respeito para que dúvidas e
questionamentos sejam evidenciados, e maiores sejam as fontes de informação. O
projeto conclui que apesar das manifestações evolutivas e de modificações nessa
modalidade, é possível identificar que as causas têm suas soluções e que há leis de
amparo ao sócio em quaisquer situações já e, então é indispensável que este projeto
seja desenvolvido para que outras pesquisas enfoquem e deem seguimento à
atualidade das informações deste tema.

Palavras chave: Sociedade limitada. Direito civil, tributário e trabalhista. Contrato


Social.
ABSTRACT

The present study deals with one of the fastest growing corporate models in Brazil, the
limited society. Its ease of creation is through a social contract, the participation is of
at least two partners, and with no minimum value for the capital, and each partner can
invest the amount that can make available, not necessarily the partners must follow
the same branch of professional so that it can give life and regime to the administration,
because the partners can appoint a director and create a fiscal council in the act of the
social contract. It is of an exploratory nature aiming at the breadth of legal information
and emphasizing that each case has its particularity, the information was obtained
through books, truthful causes, websites and articles related to the subject. The issue
discusses the legal causes of cheating through partners, affecting society and causing
great inconvenience. Its general objective is to praise and highlight the importance of
Civil, Labor and Tax Rights of companies and entrepreneurs of the Limited Society,
aiming to reduce the deviation of the functions on which the company was founded,
such as fraud, labor causes and other factors that hinder the branch of activity, as well
as the inactivity of some partner who makes up society for its creation only. In the
project, the specific objectives of the Limited society company will therefore be
emphasized on its strengths and weaknesses, and its responsibilities. This is because
the branch requires greater visibility, and management allows it to be studied as it is
one of the disciplines studied, but it is not an area in which research and work are done
on it so that doubts and questions are highlighted, and larger are the information
sources. The project concludes that despite the evolutionary manifestations and
modifications in this modality, it is possible to identify that the causes have their
solutions and that there are laws to support the partner in any situation yet, so it is
indispensable that this project be developed for further research to focus on. And follow
up on the current information on this topic.

Keywords: Limited Company. Civil, tax and labor law. Social contract.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 8
2 REFERENCIAL TEÓRICO 11
2.1 CONCEITO DE EMPRESA 11
2.2 CONCEITO DE EMPRESÁRIO 12
2.2.1 Sociedade limitada 13
2.3 DIREITO CIVIL: CONCEITO E PRINCÍPIOS 14
2.4 DIREITO TRABALHISTA: CONCEITO E PRINCÍPIOS 15
2.5 DIREITO TRIBUTÁRIO: CONCEITO E PRINCÍPIOS 17
2.6 OBJETIVOS DE SOCIEDADE LIMITADA BRASILEIRA 19
2.7 HISTÓRIA DA SOCIEDADE LIMITADA 22
2.7.1 Responsabilidade dos sócios 23

2.7.2 Fiscalização na sociedade limitada 27

2.8 DIREITOS CIVIL, TRABALHISTA E TRIBUTÁRIO: CONTRIBUIÇÃO 28


NAS SOCIEDADES LIMITADAS
3 METODOLOGIA 31
3.1 PROPÓSITO DO PROJETO 31
3.2 PROCEDIMENTO 31
3.3 CONTEXTO 32
3.4 INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS 32
3.5 DESENVOLVIMENTO 33
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS 34
4.1 PRIMEIRA SITUAÇÃO ANALISADA 35
4.2 SEGUNDA SITUAÇÃO ANALISADA 38
4.2.1 Comentários da primeira situação analisada 40

4.2.2 Comentários da segunda situação analisada 41

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 44
REFERÊNCIAS 47
APÊNDICE A 49
8

1 INTRODUÇÃO

O presente estudo relata a crescente criação de empresas de sociedade


limitada no Brasil, e como os empresários, os sócios vivenciam esse ramo.
Sociedades compostas por mais de um sócio, geralmente “perde o interesse” ou
simplesmente, constitui a sociedade para firmar negócio, isso pode gerar uma série
de fatores que podem ser positivos e negativos caso o sócio não esteja a par da
administração da empresa, ou por simplesmente intermédio de um administrador ou
representado por alguém do conselho fiscal.
A partir de dados estudados e pesquisados o estudo tem como objetivo geral
direcionar e conscientizar o sócio, a importância da participação ativa na sociedade,
apesar do seu valor de quota ser minoritário ou não, mas por este ter sua
responsabilidade jurídica tem o direito e dever de ter acesso ao que está sendo
executado na empresa.
Os objetivos específicos têm como fatores principais, analisar os dados de
quatro sócios empreendedores da cidade de Caicó de sociedade limitada, e qualificar
o nível de envolvimento e conhecimento dos direitos civil, trabalhista e tributário que
o mesmo deve prestar na sociedade.
No estudo será abordado como problemática, os casos em que os sócios
podem violar as leis da administração pública, civil, ou trabalhista, ou por lealdade
entre sócios, com isso a abordagem se torna indispensável para que os sócios tenham
conhecimento da seriedade da sua participação na sociedade.
No primeiro capítulo serão abordados conceitos de empresa, empresário e
suas responsabilidades jurídicas pelos conceitos e objetivos dos direitos civil, tributário
e trabalhista para que possamos acompanhar desde o início o entendimento do
conceito de sociedade limitada.
No segundo capítulo serão abordadas as causas jurídicas, a fiscalização os
direitos e deveres da sociedade limitada, onde pode levar a irresponsabilidade do
sócio, ou a inadimplência, sendo ponto primordial para manter a sociedade e cumprir
com as normas do contrato social. Sem que estes sejam feridas, além de explanar a
responsabilidade dos sócios.
9

Em seguida no terceiro capítulo, serão extraídos os direitos e deveres civil,


trabalhista e fiscal da sociedade limitada e suas penalidades, caso esta seja notificada
a responder por uma dessas causas, por fatos de interferência jurídica.
No quarto capítulo será exposto por meio de simulação de casos verídicos, em
duas narrativas com embasamento jurídico prático, de responsabilidade trabalhista e
de fraude que ocorreu gradativamente e que hoje é um dos grandes fatores que atinge
os tribunais. Esse projeto é de cunho exploratório, pois é a melhor forma de explorar
o ramo e ser mais sensato e claro, por envolver leis, direitos e artigos administrativos
e jurídicos.
São histórias distintas evitando a singularidade dos fatos para evidenciar que
ocorre realmente no sistema administrativo das empresas. São casos voltados para
as responsabilidades dos sócios e expor qual o papel e a postura na qual os mesmos
devem obter para continuar as atividades empresariais de forma justa e com a
finalidade real, e se estes estão cientes de como agir perante as normas e obrigações
do contrato social.
A pesquisa se objetiva especificamente analisar os principais riscos que os
sócios e empresas correm por não inserir o Direito Administrativo como um dos fatores
de maior importância na empresa, justifica-se como sendo uma disciplina
indispensável e tão importante como as demais, na sociedade limitada é um
aprendizado a mais para os sócios, tendo em vista sua visão para outras áreas da
empresa, deixando assuntos burocráticos passando despercebidos, ou não dando a
devida importância ao seu propósito, assim como qualquer outra área da empresa que
necessite de atenção, estudo e de bons profissionais para orientação e cuidados
constantes.
O projeto conclui que o projeto tem fundamento, e que as dúvidas sobre o
assunto são extremamente indispensáveis para o sócio, sendo uma de suas
preocupações, por não haver um apoio administrativo que os indique e esclareçam,
as questões tratadas neste projeto, foi exemplificado por meio de simulações de casos
verídicos, duas causas que são consideradas de maior exposição entre os sócios, e
que podem atingir drasticamente o rumo da empresa e/ou sócio, porém as análises
mostram os resultados positivos e há leis que amparam o sócio e a empresa para dar
seguimento, ou que proteja o sócio nos casos de fraude e inadimplência, o projeto é
exploratório para que outros pesquisadores e estudantes possam dar seguimento ao
tema, podendo orientar e fornecer mais informações simplificadas e claras para o
10

desenvolvimento de novos casos e leis que surgirão pelo fato da modalidade estar em
mudança e se adequará as leis brasileiras, sendo assim, o estudo deve permanecer
em ênfase.
11

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Adiante segue o referencial teórico, que explana um pouco sobre as atividades


relacionadas à modalidade societária e todo o percurso que envolve junto ao tema
para que seja explicado de forma clara as áreas que atinge, para responder as
questões indagadas no projeto.

2.1 CONCEITOS DE EMPRESA

Breves considerações sobre Empresa e sobre conceito de Empresário


Empresa

Empresa é a organização econômica destinada à produção ou


circulação de bens ou serviços. A atividade é seu elemento funcional,
a que se acrescentam outros elementos: o subjetivo (o empresário), o
objetivo (o estabelecimento) e o corporativo (os empregados)
(ALMEIDA, 2005, p.23).

Toda atividade comercial, que gere serviços e atividade econômica, é


considerada empresa. São fatos e/ou fatores de produção, prestação de serviços em
relação com o empresário, a fim de troca e venda de mercadorias, para consumidores.
A empresa pode ser intitulada ou definida por seu capital social, atividade econômica,
ramo, isso depende da constituição jurídica que a empresa se apresentará, isso
aplicará as formas e benefícios e responsabilidades da empresa. De acordo com
GONÇALVES; PEROTTA, 2018 (...) do ponto de vista econômico, seja uma atividade
lucrativa para quem a explora. A empresa enquanto atividade organizada concentra
os quatro fatores de produção: capital, insumos, mão de obra e tecnologia.
A Empresa movimenta atividades mercadológicas, gerando circulação e fluxo
de capital produzindo bens e serviços. Pode ser classificada como empresa privada,
que é o valor do capital particular, ou como empresas públicas quando o capital é
destinado do Estado.
As atividades empresariais estão crescendo um nível acelerado, e as
modalidades estão se adaptando aos novos grupos societários existentes devido à
crise ou pelas áreas na qual estão se apresentando ao mercado, é relevante que
nesses casos as empresas busquem as devidas orientações para o seu seguimento
se consolidar.
12

2.2 CONCEITO DE EMPRESÁRIO

O indivíduo que exerce profissionalmente ramo de atividade que gera lucro,


pela troca de bens e serviços, em qualquer atividade que seja duradoura. Não se
encaixam como empresário, atividades temporárias, e/ou indivíduos que se auto
intitulam empresário, por exercer algum meio de troca de serviços ou produtos e até
meio comunicação, ou atividade.

Monopólio das informações que o empresário detém sobre o produto


ou serviço objeto da sua empresa. Este é o sentido com que se
costuma empregar o termo no âmbito das relações de consumo. Como
o empresário é um profissional, as informações sobre bens ou serviços
que oferece ao mercado (COELHO, 2011, p.12).

Isto seria em outras palavras, o ato de um indivíduo exercer a atividade


comercial, adquirindo as responsabilidades direta e indiretamente, pelos seus
produtos e serviços oferecidos, num local destinado e fixado de compra e venda que
seria a empresa física.

“a) a empresa como expressão da atividade do empresário. A


atividade do empresário está sujeita a normas precisas, que
subordinam o exercício da empresa a determinadas condições
ou pressupostos ou o titulam com particulares garantias. São as
disposições legais que se referem à empresa comercial, como
seus registros e condições de funcionamento; b) a empresa
como ideia criadora, a que a lei concede tutela. São as normas
legais de repressão à concorrência desleal, proteção à
propriedade imaterial (nome comercial, marcas, patentes etc.);
c) como um complexo de bens, que forma o estabelecimento
comercial, regulando a sua proteção (ponto comercial), e a
transferência de sua propriedade; d) as relações com os
dependentes, segundo princípios hierárquicos e disciplinares
nas relações de emprego, matéria que hoje se desvinculou do
direito comercial para se integrar no direito do trabalho”
(REQUIÃO, 2003, p. 51).

Para ser um empresário, o mesmo deve ser legalmente livre de inadimplências


e que estiver plenamente em sua capacidade civil, caso contrário, este responderá
pelas obrigações. Isso porque é ele que responderá por todas as ações e
movimentações da empresa, como fraude, roubo, atos ilegais. O empresário deverá
13

responder perante a justiça, e caso essa falta seja cometido por algum funcionário se
aplica ao empresário responder pela ação.
O empresário é um indivíduo que apresenta atividade de um longo período, não
somente em ocasiões, ou momentâneas ele se representa uma atividade econômica
duradoura e com fins lucrativos, deste modo ele tem representatividade para o fluxo e
geração de bens e serviços.

2.2.1 Sociedade limitada

A Sociedade limitada é quando dois ou mais sócios, se unem para criar


uma sociedade, no qual ambos investem no valor do capital social. É por meio de
contrato social, que são feitas as normas e responsabilidades, que servem para
determinar suas normas perante a empresa, e como serão divididas as cotas. Como
toda empresa ela visa o lucro, então, é inválida qualquer cláusula onde mencione que
o sócio não participa das lucratividades da empresa.
Apesar das grandes mudanças ao decorrer das épocas, e da inserção das
leis, ainda não foi concluído, ou seja, o novo código civil de 2002, veio com a intenção
de formalizar e acrescentar mais complicadas, burocráticas e até mesmo caras. Isso
porque será inserido obrigações e novas exigências na sociedade limitada. O principal
fator que diferenciava as sociedades anônimas das limitadas é a burocratização e
suas obstruções, essas alterações, afetarão consideravelmente as empresas
limitadas.
Art.1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita
ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do
capital social (AGRIPINO,2005, p.194).
A sociedade limitada permite que cresça o número de empreendedores que
desejam entrar no ramo, e que não necessariamente envolva toda uma burocracia
para que isso aconteça, com dois sócios como anteriormente citado, já é possível
criação da sociedade e para facilitar ainda mais o acesso, a quota não tem um valor
mínimo, e os sócios podem contribuir para o valor total do capital social, dependendo
de quanto estiver disposto a disponibilizar. O número de empreendedores Brasil tem
crescido grandemente nos últimos anos, principalmente como saída para a crise
financeira, tendo em vista a falta de oportunidades, ou pela complicação burocrática.
14

De acordo com (CRISTIANO, 1998) conceitua-se que “Temos, para nós, que a
sociedade limitada constitui sociedade de pessoas: não podemos, porém, deixar de
nos impressionar com a circunstância de que os sócios, na elaboração do contrato
social, podem dar-lhe um caráter capitalístico, quando permitem a cessão de quotas
a estranhos, sem a necessária anuência dos demais. Se na sociedade pode ingressar
um estranho, é porque os sócios mantêm a sociedade mais em atenção ao seu capital
do que à qualidade pessoal dos companheiros. Por outro lado, modernamente, a
doutrina tem admitido que o mesmo fenômeno empolgasse as sociedades anônimas
fechadas, que podem tomar um aspecto personalista, quando restringem a
negociação das ações, estabelecendo que estas somente possam ser vendidas a
estranho, após o oferecimento delas aos demais acionistas”.
Diante disso pode-se mencionar que a sociedade limitada, será tratada da
maneira como ela será descrita no contrato social, todos os meios, cláusulas, normas,
obrigações e deveres serão constituídos a partir do que estiver sido constatado no
mesmo, o contrato social é o elemento de maior importância e que deve ser analisado
cautelosamente em sua criação para que todas as informações contidas nela sejam
claras e de acordo com todas as possibilidades possíveis, de pequeno e longo prazo.

2.3 DIREITO CIVIL: CONCEITO E PRINCÍPIOS

O Direito Civil define-se como as leis que protegem e defendem os interesses


do indivíduo e da ordem moral, perante as relações que estão vinculados entre o setor
jurídico e patrimonial entre movimentos jurídicos, entidade e pessoas privadas. No seu
sentido mais lato, o conceito se define como sendo um direito da pessoa, da família,
das responsabilidades, ou simplesmente dos direitos privados e do Estado. Pois, tudo
aquilo que não está diretamente vinculado com ao ramo jurídico está automaticamente
vinculado ao seu ramo individual.
Conforme a lei 10.406, acima citado, o direito garante o direito do indivíduo do
direito a família que quer dizer a respeito da sua formação cidadã diante dos
ensinamentos do seio familiar, também reflete o direito a coisas que consiste no direito
de formação de patrimônio e de repassar para seus familiares em herança, como de
em vida ter bens móveis e imóveis, inclui também direito das obrigações que é o da
personalidade no qual sua existência é reconhecida.
15

No que se refere ao nome princípio, imagina-se que significa o início, sendo


que para o Direito Civil, é o direcionamento de normas, regras e leis na qual se
auxiliam para a tomada de decisão ou soluções. Ou seja, são fontes onde se pode
analisar e interpretar situações que estejam em consonância com os Princípios. Os
princípios do Direito Civil são a Eticidade, a Socialidade e a Operabilidade.

Os princípios do direito civil são as bases sobre as quais se


constrói o sistema jurídico. Em outras palavras: constituem as
proporções genéricas que servem de substrato para a
organização de um ordenamento jurídico. Daí então sua
induvidosa importância no estudo das ciências jurídicas.
(ASSAF, 2007, p.37).

A Eticidade tem fundamento nos valores que agem diretamente na sociedade,


são leis morais que existe para conduzir e direcionar a sociedade. A sociedade vive
pelo bem comum, agindo de forma que se faça o que é certo, para o fator Jurídico, é
considerado o que é legal e leal juridicamente.
A Socialidade teve alterações socioculturais ao longo dos anos, isso porque o
interesse coletivo está atualmente acima do direito individual, mas, isso não afeta o
direito da pessoa humana.
Operacionalidade é o terceiro princípio do Direito civil, que diz respeito a
objetividade e concretização das resoluções por matérias que antes eram volumosas
e que prescreviam, passaram a ser remodeladas/reavaliadas, para agirem de forma
distinta. Quer dizer que o novo código civil de 2002, possibilitou obter novos recursos
(externos), para a resolução com mais praticidade com maiores elementos para serem
válidas e eficazes nas decisões judiciais.

2.4 DIREITO TRABALHISTAS: CONCEITO E PRINCÍPIOS

No seu conceito mais lato o Direito Trabalhista refere-se as medidas adotadas


para a proteção ao trabalhador como indivíduo, tratando-o como um ser de princípios
respeitáveis e dignos que deve ser relevante e ouvido. Sindicatos existem com o
propósito de resguardar e garantir que seus direitos e deveres estejam sendo de
acordo com suas normas e garantias contratuais. O Direito Trabalhista ainda merece
uma atenção, e uma avaliação mais aprofundada, pois ainda precisa passar por uma
16

adaptação nas normas brasileiras e com as demais nacionalidades isso porque as


diferenças são consideráveis.

Muitas e significativas são, entretanto, as diferenças existentes.


Enquanto no mundo o Direito do Trabalho surgiu por meio de
movimentos ascendentes, e suas primeiras normas foram do tipo
coletivas (ao menos se as qualificarmos quanto à origem), no Brasil
verificou-se uma legislação outorgada; os movimentos foram
descendentes e a predominância se deu no direito individual. No resto
do mundo o Direito do Trabalho foi fruto de um processo complexo e
longo de maturação da questão social, com a influência decisiva das
pressões dos trabalhadores, encontrando o Estado justificativa à sua
intervenção na Doutrina Social da Igreja e na própria revisão do ideário
liberal já no Brasil, o seu surgimento foi adoçado: as leis se
antepuseram muitas vezes aos fatos (SOUSA, 2012, p.20).

Podemos analisar com essas informações que o direito do trabalho tem


vertentes e diferentes significados e pontos a ser retificados, pois ela pode ser
analisada individualmente como coletivamente, no Brasil sua descendência é na
forma individual. As adaptações devem ser constantes tendo em vista a diferença no
ramo trabalhista, pois ela não é mais como antigamente, e seus valores e princípios
também passaram e passam por modificações.
São bases criadas para sustentar e garantir que o trabalhador tenha seus
direitos assegurados. São leis regidas para a relação patrão e empregados, que
devem ser aplicadas, para que sejam de fato cumpridas. Como é um princípio, existem
regras e leis a serem seguidas para auxiliar e amparar as decisões e possíveis
ocasiões de dúvidas inconclusivas.
De acordo com a Normativa Brasil 1988, (Integrativa – art. 8º, CLT).
“Os princípios também têm uma função integrativa. Isso significa que eles
servem para preencher uma suposta lacuna em situação que não está prevista em lei.
Nestes casos, pode-se usar um princípio para dar base à decisão do Judiciário”.
Citando alguns desses princípios sendo nos quais são mais cabíveis ao
exercício da contextualização da pesquisa cita-se no sentido mais lato a descrição
desses.
Princípio protetor, Princípio da norma mais favorável, Princípio da condição
mais benéfica, Princípio in dubio pro operário, Princípio da inalterabilidade contratual
lesiva. Princípio da indisponibilidade dos direitos trabalhistas. Princípio da primazia da
17

realidade. Princípio da continuidade da relação de emprego. Princípio da


intangibilidade salarial.
O princípio da Proteção que consiste em proteger o empregado frente ao
empregador, que por sua inferioridade econômica, como por sua posição
empregatícia, este princípio, ampara e assegura o indivíduo na relação de trabalho.
Da Irrenunciabilidade de Direitos, que impede do empregado de renunciar dos seus
direitos, e mesmo que este o faça o mesmo é impedido de tal ato. Da Continuidade
da Relação de Emprego, ou seja, todo empregado está anexado a empresa por prazo
indeterminado desde que não seja um contrato acordado por ambos.
Da Primazia da Realidade, este princípio considera que os fatos são válidos
pela palavra do empregado, que é o favorecido desde que tenha uma prova real dos
fatos, do que uma prova escrita, fornecido pelo empregador. Da Inalterabilidade
Contratual Lesiva, o contrato de trabalho não pode prejudicar o trabalhador, sendo
assim este princípio garante que o empregado não seja diretamente afetado
negativamente, porém, o empregado e empregador podem alterá-lo caso seja
acordado por ambos, uma alteração que seja para beneficiar o trabalhador, o princípio
da Intangibilidade Salarial é uma exceção da Carta Magna que rege a diminuição
salarial se acordada pelo empregado e empregador, por motivos de crises
econômicas, de gestão empresa, com o intuito de preservar o contrato de trabalho.
Essa intensão é vista como uma relação e manutenção do emprego.

2.5 DIREITO TRIBUTÁRIO: CONCEITO E PRINCÍPIOS

Em sua forma mais compreensível e simplificada, Direito Tributário é o Direito


que regula e fiscaliza e arrecada os tributos. Sendo eles todos os que envolvem
pagamento obrigatório na atividade administrativa, e que esta não pode ser recebida
por ações ilegais e desonestas, toda forma de taxa e contribuição é considerado um
tributo.
O Direito Tributário supervisiona os tributos dos setores públicos, privados e os
contribuintes, para que a arrecadação seja destinada unicamente aos cofres públicos.
Suas normas e principais funções são de orientar, explanar e educar os contribuintes,
a seguir fielmente suas legalidades, para não cometer atos irregulares, e estar
18

prestando serviço para a sociedade explanando a movimentação. Dando ênfase


sempre as garantias individuais, pois seu principal princípio é a Legalidade.

Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. 60


Código Tributário Nacional TÍTULO II Competência Tributária
CAPÍTULO I Disposições Gerais Art. 6o A atribuição constitucional de
competência tributária compreende a competência legislativa plena,
ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal, nas
Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e
dos Municípios, e observado o disposto nesta Lei. Parágrafo único.
Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras
pessoas jurídicas de direito público pertencerá à competência
legislativa daquela a que tenham sido atribuídos. (Código Tributário
Nacional, 2012, p. 60)

É relevante mencionar que o Direito Administrativo é pioneiro nessa área,


passando para o Direito Financeiro e hoje Direito Tributário, ou seja, essas três
gerações se interagem, porém, são hoje áreas separadas para que se possa ter mais
clareza sobre cada um.
O Direito Tributário tem como função também proteger o sujeito passivo
tributário em abusos de poder do tributante. O Direito Constitucional, anda paralelo ao
Tributário, pois, diz respeito ao conhecimento do mesmo para que o Direito Tributário
não seja prejudicado.
Princípio da Legalidade diz que não pode aumentar tributos pela Administração
Pública sem que seja uma medida por lei, o mais importante dentre os demais, pois,
trata-se do art.5º da Constituição Federal. De acordo com Cardoso (2016) "todos são
iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida,
à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
II - Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei", portanto, não se resume apenas em legalidade, mas com total e plena
legalidade.
O Princípio da Isonomia, em termos mais simplificado, diz que a Administração
Pública Direta não pode dar tratamento diferenciado, ou seja, os iguais com
tratamento para os iguais e os desiguais na medida das desigualdades para assegura-
los de suas limitações e de tratamentos diferenciados em qualquer que seja a situação
jurídica, títulos ou direitos Princípio da Capacidade Contributiva, segundo a CF/88,
Art. 145, § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão
19

graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à


administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos,
identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os
rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte, Princípio da Vedação ao
Confisco este deve ser cautelosamente analisado junto ao Princípio da Isonomia e
capacidade contributiva, pois, o valor elevado da contribuição pode ser que seja
elevado para um mas não necessariamente para outro.
Princípio da Irretroatividade é resguardado que o tributo não pode ser
retroativo, só pode ser regido a partir do momento em que ele é gerado. Princípio da
Anterioridade, diz que não se pode criar tributos no mesmo exercício vigente, somente
no exercício subsequente para garantir seguridade ao contribuinte sem causar
prejuízo.

2.6 OBJETIVOS DE SOCIEDADE LIMITADA BRASILEIRA

A Sociedade limitada é quando dois ou mais sócios, se unem para criar uma
sociedade, no qual ambos investem no valor do capital social. É por meio de contrato
social, que são feitas as normas e responsabilidades, que servem para determinar
suas normas perante a empresa, e como será dividido as cotas. Como toda empresa
ela visa o lucro, então, é inválida qualquer cláusula onde mencione que o sócio não
participa das lucratividades da empresa.
Apesar das grandes mudanças ao decorrer das épocas, e da inserção das
leis, ainda não foi concluído, ou seja, o novo código civil de 2002, veio com a intenção
de formalizar e acrescentar mais complicadas, burocráticas e até mesmo caras. Isso
porque será inserido obrigações e novas exigências na sociedade limitada. O principal
fator que diferenciava as sociedades anônimas das limitadas é a burocratização e
suas obstruções, essas alterações, afetarão consideravelmente as empresas
limitadas.
Art.1.052. “Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita
ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do
capital social” (AGRIPINO, 2005, p.194).
A sociedade limitada permite que cresça o número de empreendedores que
desejam entrar no ramo, e que não necessariamente envolva toda uma burocracia
para que isso aconteça, com dois sócios como anteriormente citado, já é possível
20

criação da sociedade e para facilitar ainda mais o acesso, a quota não tem um valor
mínimo, e os sócios podem contribuir para o valor total do capital social, dependendo
de quanto estiver disposto a disponibilizar. O número de empreendedores Brasil tem
crescido grandemente nos últimos anos, principalmente como saída para a crise
financeira, tendo em vista a falta de oportunidades, ou pela complicação burocrática.
É primordial que o empreendedor antes de mais nada, saiba os objetivos e como
funciona a sociedade limitada, hoje é o maior vínculo empresarial do Brasil, seu capital
social por não ter um valor mínimo de investimento, mas, todos respondem pelo valor
investido, além disso, sua responsabilidade é proporcional ao seu valor de
investimento. Outra ressalva é que os sócios não necessariamente precisem exercer
o mesmo ramo, nem a mesma formação para participar da sociedade. Os bens
pessoais dos sócios são resguardados e não serão empenhados em casos de falência
ou dívidas, a responsabilidade é unicamente da empresa. Juridicamente, a sociedade
limitada deve apresentar em seu contrato social a sigla Ltda.
Dito isto é relevante apresentar as normas que regem a sociedade limitada, são
elas pela visão de Souza (2018) que explana alguns objetivos:

 A RESPONSABILIDADE, consiste nas normas em que os sócios, aceitam


responder pela inadimplência de outro sócio caso este não pague a sua parte.
 CONSELHO FISCAL, é um setor fundamental para a empresa, porém optativo,
eles analisam e integralizam as ideias e gerenciam os diferentes pensamentos
dos sócios.
 PREJUÍZO, não é permitido a distribuição dos bens e lucros da empresa para
os sócios, retirando do seu capital, pois, o maior objetivo dos societários é
manter a empresa equilibrada e obtendo lucros, garantindo sua estabilidade.
 EXCLUSÃO, o sócio pode ser excluído da sociedade por duas situações, caso
o sócio não pague o seu valor no capital constado no contrato social, e outro
caso, se o mesmo pôr a empresa em risco a empresa e o funcionamento dela.
São alguns desses elementos que direcionam e esclarecem o regimento da
empresa, são como regras que enriquecem o contrato social, e reprime que
determinados atos sejam praticados sem a devida punição. Há brechas no contrato
social, que ainda estão em análise no código civil que visa modificar, regularizar e
tornar mais burocráticas os contratos. Muitas empresas adotaram essa sociedade
pela desburocratização e pela facilidade jurídica, porém há padrões a serem
21

estabelecidos, pois algumas regras ainda usam fatores da sociedade anônima como
base para certas decisões.

Responsabilidade dos direitos e deveres dos sócios da sociedade limitada

Assim como todo e qualquer indivíduo e ou empresa que adquire personalidade


jurídica, tem seus deveres e obrigações, assim como a sociedade também tem suas
responsabilidades, em conjunto ou individual, a sociedade limitada permite que a
modalidade seja mais flexível e que sejam mais claros seus direitos e deveres, pois,
a sociedade ela ainda está se adequando a algumas normas e pautas que condizem
com sua modalidade. Pode-se considerar como os direitos e deveres do sócio, como
o dizer de Coelho, a seguir que diz:

São direitos inerentes à condição de sócio: participar do resultado


social; fiscalizar a gestão da empresa, contribuir para as deliberações
sociais e retirar-se da sociedade. Entretanto, as extensões desses
direitos serão negociadas entre os membros da sociedade. O contrato
social é o documento que define a distribuição dos lucros, mecanismos
de fiscalização da administração que poderá ocasionar hipóteses de
retirada de sócio. Sendo assim, no ato de constituição da sociedade,
o sócio manifesta sua concordância com os termos estabelecidos,
entre os sócios, para o exercício de seus direitos societários
(COELHO, 2002, p. 417).

É importante que fique claro por meio do contrato social, os direitos e


responsabilidades na qual estarão inseridos e que terá que prestar durante a
permanência na sociedade, no momento em que se assina o contrato o sócio obtém
responsabilidades, dentro dos direitos e deveres, o sócio adquire também
responsabilidades como civil, criminal, penal, dentre outros. O sócio tem o direito de
estar prestando conta com a empresa, em decorrência do ano, prestar conta, tudo
isso está envolvido e incluso nos direitos e deveres. Há empresários que não são
instruídos e que não obedecem há essas regras, causando uma série de mal-
entendidos ou de negligência.

A função de administrador, no âmbito estrito do direito societário,


poderia ou não ser remunerada. Necessariamente o será quando o
gestor for estranho ao corpo social. Mas sendo a administração
privativa do sócio, poder-se-ia dispensar a sociedade de pagar-lhe pro
labore. Todavia, em razão de norma de natureza fiscal (artigo 25 do
Regulamento da Organização e do Custeio da Seguridade Social,
22

aprovado pelo Decreto n. 2.173/97), ainda que sócio o diretor, deverá


haver dito pagamento, mesmo que no valor de um salário mínimo. O
contrato social poderá dispor sofre a forma de remuneração. Em caso
de omissão, nada impede seja a retribuição definida, a qualquer
tempo, por deliberação majoritária do capital (artigo 1.076, II c/c artigo
1.071, IV). A remuneração poderá ser fixa ou variável, valorada, neste
último caso, por um percentual incidente sobre o lucro líquido
(CAMPINHO, 2004, p. 243).

O sócio deve estar ciente das suas responsabilidades, caso contrário irá
implicar na sua posição diante da sociedade, pois todos estão observando o
comportamento e o comprometimento do outro caso haja mais de um sócio, pois o
desenvolvimento depende da harmonia de ambos. Os direitos e deveres do sócio e
da sociedade envolve inclusive o patrimônio, isso porque dependendo do fator que o
indivíduo cometer sendo irregular ele responderá por esta ação. A sociedade e os
bens não se misturam, porém dependendo do fator que o sócio cometer perante a
sociedade isto implicará e irá gerar fatores que avaliará seu patrimônio para uma
futura quitação.

2.7 HISTÓRIA DA SOCIEDADE LIMITADA

A sociedade limitada iniciou na Alemanha no ano de 1892, quando


comerciantes e empresários, devido ao regime rígido dos tributos da sociedade
anônima, decidiram criar seus próprios métodos, responsabilidades e características
de dois sócios, onde sua maior preocupação seria o valor que cada um
disponibilizaram para o capital social. Não há provas concretas de que essa foi
realmente a origem da sociedade limitada, os estudiosos acreditam em outras teorias,
mas, para a grande maioria das literaturas essa é a história de como teve início.
Foi adotado no Brasil, em 1919, com o projeto de lei do Deputado Joaquim
Luiz Osório, foi modificado com o novo Código Civil de 2002 para adequações na lei.
No Brasil, hoje a Sociedade Limitada é o principal veículo societário escolhidos pelos
brasileiros, por sua praticidade e ser menos burocrática.

No Brasil, organizam-se sob a forma de sociedade limitada


praticamente todas as empresas de pequeno e médio porte, além de
diversas empresas de grande porte, joint ventures e muitas empresas
com participação de investidores estrangeiros (RIBEIRO, 2009, p. 37).
23

Apesar das diversidades que surgiram ao longo da história a respeito dos


veículos societários, como responsabilidade social ou sociedade anônima, a
sociedade limitada, é uma forma, melhorada e simplificada de atender as
necessidades dos sócios, e empresas, sem falar que não precisa de autorização do
governo direto para o valor mínimo do capital investido.
Isso para o empreendedor é uma proposta muito vantajosa e positiva,
tendo em vista que a sociedade anônima, tem propostas e valores de investimentos
muito altos, para determinadas empresas que estavam inseridas nesse meio, e que
hoje permanecem aquelas cuja indústria e capital superior. Então, essa simplicidade
resolveu questões pode fornecer e abrir oportunidades para que outras empresas
permanecessem no mercado. Outro aspecto relevante é sua forma contratual e
jurídica.

2.7.1 Responsabilidade dos sócios

São direitos inerentes à condição de sócio: participar do resultado


social; fiscalizar a gestão da empresa, contribuir para as deliberações
sociais e retirar-se da sociedade. Entretanto, a extensão desses
direitos será negociada entre os membros da sociedade. O contrato
social é o documento que define a distribuição dos lucros, mecanismos
de fiscalização da administração que poderá ocasionar hipóteses de
retirada de sócio. Sendo assim, no ato de constituição da sociedade,
o sócio manifesta sua concordância com os termos estabelecidos,
entre os sócios, para o exercício de seus direitos societários
(COELHO, 2002, p. 417).

Apesar do principal elemento da sociedade limitada ser o contrato social, seu


capital social não ter um valor mínimo de acordo com a jurisdição, a responsabilidade
dos sócios é uma das normas mais relevantes, conforme o código civil, no artigo
1.052, prescreve que “Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é
restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela
integralização do capital social”. Em regra, os bens dos sócios são protegidos, no caso
de débitos ou falência, os bens não se envolvem com os fatores da empresa.
É de inteira responsabilidade dos sócios de suprir o valor patrimonial caso algum
de seus membros não tenha o valor total ao seu montando, mas vale salientar, que
sócio e sociedade são sujeitos distintos, nenhum pode intervir nos seus fatores, a não
ser por esta razão acima mencionado, que se comprometeram no valor da quota do
contrato social.
24

Qualquer que seja a motivação do afastamento do cotista (por decisão


própria, judicial ou da maioria), o sócio que deixa a sociedade
permanecerá vinculado ao cumprimento das obrigações que possam
atingi-lo pelo prazo de 2 anos, a contar da averbação da alteração do
contrato social (RIBEIRO, 2009, p. 41).

Há exceções no código civil de 2002, no que consta ao inovar ao estabelecer


no artigo 1.055, § 1º, que os sócios respondem solidariamente pela exata estimação
dos bens conferidos ao capital social, durante 5 (cinco) anos, a contar da data do
registro da sociedade. Isso quer dizer que, no período de 5 (cinco) anos, a partir do
exato momento da efetuação do contrato social, no qual estejam bens inclusos, estes
fazem parte da valia da sua quota no capital social. Sendo que permanece a ideologia
na qual, os sócios se responsabilizam pela falta daquele valor que não preencher o
montante do capital social.
Diante desse fator, é pertinente que os sócios delimitem um período para
que esse valor seja efetuado, para eventuais inadimplências, ou evitar atrasos, ou que
outros sócios sejam sempre responsáveis pela quota de outro sócio. No entanto, caso
isso aconteça constantemente, os membros em normas e regras do contrato social,
não são obrigados a completar os valores corriqueiramente desses sócios, nesse
caso, o mesmo pode ser excluído da sociedade nos termos do artigo 1.058 do Código
Civil.

Artigo 1.009, do Código Civil. Os administradores, ou sócios


administradores, que distribuírem lucros ilícitos ou fictícios serão
responsabilizados, assim como os sócios participantes dessas
vantagens, que tiveram, ou que deveriam ter ciência de tais
ilegalidades (Lei 6.404/1976).

Outro Artigo do Código Civil também menciona que:

O artigo 1.053 e seu parágrafo único, do Código Civil, prescrevem que


as normas da sociedade simples serão aplicadas subsidiariamente à
sociedade limitada, salvo previsão contratual expressa de aplicação
subsidiária as normas da Lei das sociedades por ações (Lei
6.404/1976).

Diante dos dados mencionados acima se pode dizer que fatos ilícitos ou
fictícios agem fora do acordo da sociedade e das normas, e são valores ocultos e não
contabilizados, sonegados para solicitação de empréstimos, contribuições, ou até
mesmo, lesar alguns sócios. Qualquer um desses atos pode excluir definitivamente
25

um sócio infrator da sociedade, sem que afete os demais, caso, estes não estejam
envolvidos. Os patrimônios do sócio e da sociedade não se agregam isso garante
certos privilégios conforme a lei para o sócio, mas diante de fatores e fatos
comprovados, este serão vinculados para pagamento de débitos, por sua má conduta.
De acordo com a publicação de Bueno (2017), no site do SEBRAE, “Os sócios
têm o direito de contribuir e deliberar sobre as ações sociais da empresa por meio de
assembleias, com a participação de todos. De acordo com o Código Civil apenas desta
forma podem, por exemplo, modificar o contrato social, dissolver uma sociedade,
mudar os sócios responsáveis pela administração e gestão do negócio, decidir a
remuneração dos gestores, aprovar contas, eleger um conselho fiscal, dentre outras
medidas”.
Assim como as demais sociedades existem regras, normas, obrigações,
direitas e deveres consentidos pelos sócios, mediante a assinatura dos termos do
contrato social e somente na extinção da empresa que essas restrições são
devidamente encerradas. Para garantir o bem estar e que o processo administrativo
entre os sócios seja de confiança os direitos e deveres devem ser bem claros e
estipulados para que todos estejam em comum acordo e que todos interajam para que
possa fluir de forma concisa. De acordo com (Bertoldi, 2007): “Com a constituição da
sociedade limitada, seus sócios devem obrigatoriamente destacar do patrimônio
particular parcela que irá compor o capital social. Esta destinação pode se dar de
forma imediata, com o sócio subscrevendo e integralizando suas cotas no momento
da constituição da sociedade, ou então o sócio pode subscrever parte do capital social
e integraliza-lo posteriormente em uma única ou em várias prestações, conforme
constar do contrato social. Registra-se que o capital social deve obrigatoriamente ser
estipulado no contrato social e expresso em moeda nacional”.
No ato da criação do Contrato Social o sócio assume imediatamente a
obrigação, o dever de disponibilizar os patrimônios prometidos individualmente. O que
vai definir a entrega dos recursos (dinheiro ou patrimônio) será a descrição do
pagamento do capital social no contrato se de imediato para início da sociedade ou
se haverá um prazo a ser estipulado para que estes recursos sejam liquidados.

Já no quesito deveres, há o de lealdade, intrínseco na qualidade do


sócio, que deve zelar pelos interesses da sociedade, prestando a ela
sua cooperação, jamais privilegiando o interesse individual em
detrimento do interesse coletivo. Outro dever fundamental, é o de
26

integralizar o valor que subscreveu no prazo legal, sob pena de ser


considerado remisso (RIBEIRO, 2009, p. 39).

As obrigações são parte fundamental na criação da sociedade e o vínculo entre


os sócios, principalmente pelas partes envolvidas, dependerem uns dos outros para
garantir que o capital seja completo. O sócio que não cumpre com sua obrigação com
sua quota chama-se remisso. Como mencionado nos capítulos anteriores, a
sociedade pode votar ou não por sua exclusão da sociedade, caso isso aconteça, o
sócio remisso é retirado da sociedade e se sua quota não for sanada, os bens
patrimoniais poderão ser empenhados para a quitação do valor a qual lhe compete.
Deve haver distinção entre sócio e sociedade, isso porque a sociedade não pode
interferir o sócio assim como a sociedade não pode intervir sobre o sócio. Não pode
haver de forma alguns atos danosos a empresa assim como o sócio deve agir com
lealdade e respeito entre as áreas da sociedade.
De acordo com o contrato social é que é determinado como são distribuídos os
lucros dos sócios, a princípio, estima-se que a participação nos lucros e perdas se dá
proporcionalmente ao valor da quota do societário no contrato social. Salvo, quando
a lei que determine como serão divididos os lucros e perdas, mas, com o aval assim
como a forma que serão inscritas as limitações dos sócios no contrato social. Deve-
se ressaltar que de acordo com a lei, é irregular a não participação de qualquer um
dos sócios, nos lucros e perdas da sociedade, pois o lucro ou perda é um fato
decorrente da empresa, é um direito e dever do sócio.

[...] as quotas desiguais podem ser resultantes de uma convenção


entre os sócios que possa atingir diretamente os resultados financeiros
(lucros e perdas). [...] Todavia esta regra admite que se efetue
estipulação em contrário. (FILHO, 2006, p.108).

Mediante esse conceito e de acordo com o Código civil, art. 1008 na qual dizem
que é nula a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de participar dos lucros
e perdas, as perdas só condizem quando a sociedade é ilimitada. No contrato social
são ditos expressamente apenas os lucros, isso porque pode ser interpretado como
uma renúncia ou exclusão das suas responsabilidades e deveres.
27

2.7.2 Fiscalização na sociedade limitada

A atividade da sociedade limitada objetiva o lucro como uma busca crescente


no ramo de atividade, assim como toda e qualquer empresa, mas esse não é o
pressuposto, há atividades a serem consideradas que merecem uma atenção como o
social e o interesse público. Prestar conta e estar em dia com suas obrigações é um
dever, e hoje em dia o lucro não é mais visto apenas como único fator de primordial
da empresa, o mercado exige transparência sobre o que circula nas empresas.
Assim, a fiscalização vem por meio do Conselho fiscal para intermediar entre
os sócios e a sociedade sobre os fatos e fatores que ocorrem por meio das
negociações, livros, escriturações, documentos. O Código civil de 2002 prevê que a
sociedade utilize o conselho fiscal como órgão de fiscalização, para garantir a
legalidade e lealdade da sociedade e suas ações.
Na própria criação do contrato social, os sócios poderão acrescentar uma
cláusula onde conste se haverá ou não a criação do Conselho Fiscal. Muitas normas
do contrato não são uma obrigatoriedade como essa, por exemplo, porém é
indispensável que alguns subitens sejam incluídos para que mantenha ordem e que
os sócios tenham sempre onde buscar conselhos e se há irregularidades ou não, caso
um dos sócios solicite.

Art. 1066. Sem prejuízo dos poderes da assembleia dos sócios, pode
o contrato instituir conselho fiscal composto de três ou mais membros
e respectivos suplentes, sócios ou não residentes no País, eleitos na
assembleia anual prevista no art. 1.78. (AGRIPINO, 2005, p.197).

Para análise desses dados, são feitas reuniões ou assembleias dependendo


da quantidade de sócios da sociedade, para verificar todo o andamento, seja do
balanço patrimonial, das finanças, se há irregularidades ou fraudes, como também de
toda a movimentação que a sociedade está girando.
Nesse momento deve haver a participação de todos os sócios sem exceção, é
um direito do membro de estar por a par de toda a situação da empresa, até mesmo
os sócios minoritários estão incluídos na reunião, por lei. Sendo assim, o Conselho
fiscal vem para regulamentar fiscalizar e verificar as atividades da atividade
empresarial.
28

2.8 DIREITOS CIVIL, TRABALHISTA E TRIBUTÁRIO: CONTRIBUIÇÃO NAS


SOCIEDADES LIMITADAS

Uma pessoa pode ser considerada jurídica quando esta é reconhecida pela
justiça mediante alguma obrigação, organização ou dever que preste perante a lei.
Deve estar constada em algum registro público, sua existência de atividade de
pessoas físicas para ser considerado Pessoa Jurídica. Pessoa no sentido jurídico quer
dizer que o sujeito tem direitos e obrigações a serem cumpridas, seja individual, ou
coletivamente, o individuo sujeito do direito remete a um dever jurídico. Ela é
considerada um sujeito direito assim como a pessoa física.

A personalidade jurídica e, com ela, a limitação da responsabilidade


dos sócios da limitada, advém, como visto, do registro dos atos
constitutivos do ente social no órgão de registro competente (RETTO,
2007, p. 87).

Para a formação da personalidade jurídica são considerados alguns requisitos


para sua criação, organização, capacidade jurídica e licitude de propósitos, com a sua
existência já comprovada com a inscrição, devem constar no estatuto e registro
competente ativa e passivamente. De acordo com Salomão (2017), o preceito
constitucional prevê duas relações de responsabilidade, quais sejam:

a. A do Poder Público, (União, Estados, Distrito Federal, Municípios,


Administração direta e autarquias e seus delegados) na prestação de serviços
públicos perante a vítima do ano, de caráter objetivo, baseada no nexo causal;

b. A do agente causador do dano, perante com a Administração ou empregador,


de caráter subjetivo, calcada no dolo ou culpa.

Em outras palavras, isso quer dizer que a responsabilidade é culposa direta


ou indiretamente, por lesão patrimonial ou bens, todo aquele envolvimento que seja
considerado omisso ou fraude, e sempre será responsabilizado pelo ato que for
praticado. O Princípio da Autonomia Patrimonial da pessoa jurídica no comportamento
da Sociedade Limitada
Etimologicamente autonomia é a condição de uma pessoa ou de uma
coletividade cultural, que determina ela mesma a lei à qual se submete. (LALANDE,
1999, p. 115).
29

O Princípio da Autonomia Patrimonial surge com o intuito de garantir o


crescimento econômico e empreendedor no País. Há limitações, porém, difere pelo
seu tipo societário. De acordo com esse princípio o sócio não responde pelas
obrigações da sociedade como a sociedade não responde pelas responsabilidades
dos sócios.

Em razão do princípio da autonomia da pessoa jurídica, é ela mesma


parte dos negócios jurídicos. Faz-se presente à celebração do ato,
evidentemente, por meio de uma pessoa física que por ela assina o
instrumento. Mas é a pessoa jurídica que está manifestando à
vontade, vinculando-se ao contrato, assumindo direitos e contraindo
obrigações em virtude do negócio jurídico. (COELHO, 2012, p. 533).

Dito isto, vale ressaltar que a autonomia da pessoa jurídica, tem suas
limitações. Não quer dizer que o indivíduo tenha total liberdade ou se torne
autossuficiente. A autonomia é uma condição dada, mas isso não quer dizer que
possa fazer tudo o que quer ou deseja, há leis e princípios, civis, naturais, entre outros
fatores que delimitam esse “poder” de liberdade.

Neste sentido, no que couber – ou seja, não são todos os direitos de


proteção à personalidade inerentes à pessoa jurídica – a pessoa
jurídica é dotada direitos da personalidade, tais como: o direito ao
nome, à marca, à liberdade, à imagem, à privacidade, à própria
existência, ao segredo, à honra objetiva (DINIZ, 2015, p. 317 e 318).

Pode-se exemplificar em seu sentido mais lato que a autonomia, fornece ao


indivíduo. Ao direito de fazer locações, vender, efetuar comprar, doar órgão, casar e
assim por diante, sendo este responsável por suas obrigações.
A desconsideração da personalidade jurídica advém da personalidade jurídica,
quando atos que são praticados dentro da sociedade prejudicando-a e ocasionando a
desqualificação da pessoa jurídica. Existem diversos fatores capazes de ocorrer esse
evento, exemplo é quando o Código do consumidor é atingido de forma direta ou
indireta, pode-se se citar infração da lei, abuso de direito, excesso de poder, ou ao
meio ambiente, atos ilícitos. Isso pode ocorrer de fatores como desvio de finalidade
ou confusão do patrimônio. Segundo (BERTOLDI, 2003) pode-se mencionar que “[...]
uma entidade à parte, absolutamente distinta das pessoas naturais que as integram,
culminaram as sociedades por serem reconhecidas pelo ordenamento jurídico como
sujeitos de direitos, equipadas, portanto, às pessoas físicas. Ressalta-se, entretanto,
que, conquanto sujeito de direitos, a sociedade não tem vida natural, exteriorizando
30

sua vontade por meio das pessoas físicas que a compõem. Todavia, a personalidade
jurídica permite-lhe: 1º) a capacidade de determinar-se e agir para defesa e
consecução de seus fins, por meio dos indivíduos que figuram como seus órgãos; 2º)
o patrimônio autônomo, isto é, não pertence a nenhum ao fim do exercício fiscal, assim
como, ao patrimônio que venha a existir em caso da sua dissolução”.
Pode-se dizer que a desconsideração da personalidade jurídica é a finalização
da prática na qual a mesma foi inserida, ou seja, impedir ou intervir que o uso desse
atributo pode oferecer. A sociedade limitada por ser um ramo de fácil criação, muitos
empreendedores visam as regalias e aproveitam disso para burlar algumas leis, e agir
de má fé, visando que o patrimônio da sociedade não intercepta no patrimônio do
sócio. Quando houver um ato ilícito comprovado o juiz ou o ministério público, pode
retirar o amparo jurídico, e suspender o ato constitutivo da pessoa jurídica da
sociedade.
A desconsideração é uma proteção ao próprio negócio, pois isso acontece de
má fé por um ou outro empreendedor que acaba atribuindo e penalizando outros
sócios que foram lesados em alguma ação fraudulenta causada sem o conhecimento
de todos para usufruir de privilégios, no entanto, a lei explicita os fatos e atos que
comprometem a personalidade jurídica.
31

3. METODOLOGIA

3.1 PROPÓSITOS DO PROJETO

O presente estudo é de cunho exploratório, procurando o entendimento e


conhecimento sobre o tema abordado no projeto A Sociedade Limitada a
Aplicabilidade e as funcionalidades das normas do direito civil, trabalhista e tributário
nas empresas da modalidade societária.
A atividade que mais cresce no Brasil, ainda se encontra em desenvolvimento
em algumas questões sobre as leis e medidas a serem tomadas a respeito de fatores
penais, pois a sociedade limitada há uma igualdade ou fatores parecidos com outras
modalidades como a sociedade ilimitada, anônima e simples. Sendo que a sociedade
limitada esta sendo analisada e revisada para atender conforme seu modelo, e não
como as outras citadas. Sendo assim, a necessidade de expor o tema como um
assunto relevante a ser analisado.
O ramo da disciplina do Direito Administrativo nos permite centralizar esse
tema para que ele possa ser explorado com maior clareza e permitir que outros
estudos possam dar continuidade a esse tema que é de grande relevância e que vem
sendo modificado pelas suas diferenças conforme as necessidades e do tempo.
O referido estudo é baseado em pesquisa qualitativa visando o comportamento
do sócio sendo como o principal objeto do estudo. É por meio desta pesquisa que a
análise da simulação justificará o presente tema, levando em consideração
conhecimento pessoal e por meio de leitura e livros sobre a sociedade limitada e as
informações que o mesmo tem juridicamente, financeira e todas as informações
pertinentes ao sócio.

3.2 PROCEDIMENTO

Por meio de uma entrevista com profissional do direito, pode-se analisar quais
questões são mais procuradas por sócios para causas jurídicas, dessa forma, pode-
se formular quais seriam as simulações de maior consistência e esclarecimento para
o desenvolvimento dos casos.
32

A maneira mais clara de exemplificar e explorar a modalidade se deu por meio


de duas simulações de casos da sociedade limitada, que envolve detalhadamente
como um caso inicia, desenvolve e finaliza, para que o leitor compreenda como se
procedem a um fator jurídico e como a lei se aplica nesses casos.

3.3 CONTEXTO

Ao analisar os fatores produzidos nas situações de caso é possível analisar a


postura da sociedade limitada e os sócios, e suas responsabilidades e os direitos que
ambos dividem. Ou seja, tanto o indivíduo (o sócio) tem seus direitos e obrigações
como em sociedade. São muitas as responsabilidades que o sócio adquire, porém, a
abordagem do tema vem com o intuito de incluir e agregar ao sócio e despertar o
interesse em estar presente ativamente, em questões que ele mesmo é responsável,
e muitas vezes por falta de interesse ou de conhecimento não chega até o indivíduo.
O sócio ou a sociedade pode ser penalizado gravemente e juridicamente por
falta de comunicação ou de incompetência pela administração responsável nomeada
pela sociedade, isso é relativo, porém é uma proposta a ser discutida e pautada entre
a sociedade limitada.
As informações foram coletadas, em artigos jurídicos e processos reais
verídicos, em escritórios de advocacia na cidade de Caicó/RN. Os casos apresentam
atividades distintas visando a não singularidade dos casos, para que o estudo tenha
uma visão ampla do posicionamento dos sócios e das sociedades, e como agem em
fatos reais.

3.4 INSTRUMENTOS PARA COLETA DE DADOS

Os instrumentos utilizados para a coleta de dados da abordagem são


qualitativos, exploratório e por meio de entrevista com um advogado para direcionar
quais as causas de sociedade limitada ocorre com mais frequência e são na grande
maioria buscada por profissionais da área para defesa, as análises das situações se
deram por meio de pesquisas de artigos de websites e processos reais sobre o tema,
pois é a forma mais autêntica, flexível e proporcional ao estudo, visando à veracidade
dos fatos e o conhecimento do sócio/indivíduo sobre o tema em discussão.
33

3.5 DESENVOLVIMENTO

Para o desenvolvimento da Metodologia do projeto foram submetidas através


de pesquisas bibliográficas na área do Direito administrativo, Direito Comercial, Direito
Tributário, Direito Civil e Direito Trabalhista. Também foram lidas publicações de
artigos por meio de websites para servir de guia de estudos como direcionar de forma
coerente os fatores e fatos que seguem o cronograma do referencial teórico.
Essa pesquisa foi de extrema importância, pois possibilitou um entendimento
mais profundo sobre o tema exposto ao longo do trabalho, contribuindo e despertando
o interesse de outros estudantes e pesquisadores para dar seguimento a outras
pesquisas e aumentar o leque de opções e buscas, para a resolução de problemas
referentes a sociedade limitada.
34

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

As perguntas ao entrevistado foram as seguintes: Qual profissão do


entrevistado? O mesmo respondeu advogado formado na Universidade Federal do
Rio Grande do Norte (UFRN), segunda pergunta Empresas de sociedade limitada têm
causas jurídicas? O advogado respondeu que sim, existem causas jurídicas da
modalidade societária, o terceiro questionamento foi. Quais as causas mais
procuradas a serem procuradas? Fraudes e ocultação de dados, inadimplências por
causas trabalhistas, outra pergunta a ser feita foi De acordo com as causas, elas
apresentam solução, e/ou lei que a ampare para resolução? Sim. Apesar de serem
amplas as respostas e os fatores que envolvem essas resoluções, podem ser um
pouco demorados os casos, porém, para que seja feita a justiça da maneira correta e
coerente ao caso deve ser analisado cautelosamente, mas na sua grande maioria, os
casos são solucionados. A última pergunta ao entrevistado foi De acordo com a
procura de defesas as empresas nas quais o entrevistado defendeu, ouve
continuidade das empresas? Sim, houve. Pois, os sócios veem ainda vantagem sobre
a modalidade perante as demais, pois até mesmo um sócio único pode dar
continuidade a empresa, desde que esteja no contrato e o sócio não tenha outro
vínculo com outras sociedades, e também pode ser incluído outro sócio, desde que
também esteja em pauta no contrato social, de que isso é possível.
Diante da entrevista e dos dados coletados, pode-se identificar quais as causas
jurídicas a ser simuladas e desenvolver os casos a serem explanados, com maior
segurança de dados e as questões que mais ocorrem no sistema jurídico brasileiro
em causas de sociedade limitada.
A pesquisa relata a situação analisada na prática de dois casos, que exploram
as causas e efeitos que ocorre rotineiramente nas sociedades e tem intuito de
esclarecer e evidenciar se os indivíduos societários trabalham de acordo com normas
e leis, e estão aptos a prestarem serviços de qualidade à sociedade civil, e proteger
sua personalidade jurídica, como também se há evidências de causas jurídicas por
meio de infrações ou fraudes cometidas por sócios de sociedade limitada (sem
mencionar nenhuma empresa, e resguardando o sigilo e confidencialidade das
informações jurídicas advocatícias).
35

4.1 PRIMEIRA SITUAÇÃO ANALISADA– Responsabilidade Trabalhista


Ex-sócio Remisso da Sociedade

Observa-se o empreendedorismo cada vez crescente no mercado brasileiro, a


crise contribuiu para que novas empresas e ramos fossem introduzida e
consequentemente, novas modalidades de empresas surgiram também, isso é um
ponto positivo para o desenvolvimento do país como para os estados que crescem
por meio desses novos empreendimentos.
Dessa forma, surgem as sociedades limitadas como fator dominante no
mercado, consolidando um espaço cada vez maior, e gerando maiores lucros e
atividades. No entanto, para a criação de uma empresa, é primordial que além do
serviço a ser prestado, planejamento estratégico e toda burocracia para sua criação,
o empresário deve destinar-se a procurar um sócio no qual irá dividirá
responsabilidades e deveres, sendo assim, a lealdade e confiabilidade são fatores
indispensáveis para que a empresa e a sociedade sejam um fato gerador de
crescimento, que é esse o principal objetivo de toda empresa, gerar lucro. Sendo
assim pode-se dizer que:

Nas sociedades formadas intuitu personae, principalmente, a confiança


mútua, a colaboração efetiva, mais ou menos constante, e a cordialidade
recíproca entre os sócios, contribuem poderosamente para o bom êxito
do empreendimento comum. (...) Rompido, assim, o traço de união que
se convencionou chamar affectio societatis, as deliberações coletivas
(Cód. Comercial, art. 331), ou já se fazem a custo e não mais no mesmo
tom harmonioso, ou já não exprimem o sentido isento de paixão ou
reserva mental. Esse mal-estar logo se propaga e vai refletir sobre a vida
da empresa, cujo normal funcionamento começa a ser afetado,
sobretudo, quando se trata de sociedade aprazada para duração mais
dilatada. Esvaindo-se, por obra desses constantes atritos, aquele
pensamento comum inicial que levara os contraentes a se associarem,
o próprio escopo por eles colimado entra a perigar... (ESTRELLA, op.
cit., p. 77).

A sociedade limitada sofre com um fator crescente, a inadimplência por causas


trabalhistas, isso atualmente é um fator de grande discussão para entrada de novas
normas e leis para acrescer no contrato social, em sua criação, como também
programar leis que guarde os direitos e deveres dos sócios que são atingidos pelas
inadimplências e negligência de um sócio.
36

Devido às crescentes causas trabalhistas referentes a este caso, nota-se uma


precariedade e falhas nos tribunais e na legislação, em situações como esta que
define como será solucionado esse embate, isso inclui vários fatores para serem
analisados e só então obter uma resolução. O já então ex-sócio, até qual ponto jurídico
ainda será responsabilizado diante de tal fator trabalhista? E qual sua contribuição, de
bens e patrimônio será confiscado?
A dois fatores a ser analisado, o primeiro é como o trabalhador será beneficiado
de acordo com o princípio da proteção ao trabalhador, e o segundo implica na
proteção do patrimônio e dos bens do ex-sócio de acordo com o privilégio trabalhista.
Com o advento da Lei nº 9.605 de 12 de fevereiro de 1998, a
responsabilidade penal em nosso ordenamento jurídico penal ficou
dividida em: a) responsabilidade penal da pessoa física; b)
responsabilidade penal da pessoa jurídica. Em relação à pessoa física,
não há qualquer dificuldade no que tange à aplicação da pena. Em
relação à pessoa jurídica, a responsabilidade penal passou a ser tema
de muito conflito e divergência (SIRVINSKAS,1998, p. 09).

Devido à legislação tratar ainda a sociedade limitada com algumas leis de


outras modalidades societárias, isso deixa uma grande lacuna para a resolução de
casos como esse, virarem situações de longa resolução, por ter que passar por várias
análises e causas para então verificar qual medida mais eficaz a ser tomada, e clara
de forma justa.

(...) a chamada dissolução parcial de uma pessoa jurídica é coisa


inconcebível; quem diz dissolução, diz, no mesmo ponto, extinção. Ora,
a pessoa jurídica, ficção de direito à imagem da pessoa natural, como
está, ou vive integralmente, ou morre com ela, mas morre no todo, e não
por partes. Assim, dissolução parcial não tem sentido, mesmo para
figurar a retirada de um membro da pessoa jurídica, porque esta, a
despeito disso, continua tão viva e íntegra como antes. Não é mais
feliz a expressão “liquidação parcial”, em substituição àquela outra,
para afastar a idéia de desmembração da pessoa fictícia. O sócio que
se retira, ou é excluído da sociedade, torna-se, apenas, credor dela
pela importância de seus haveres; para a verificação destes não se
procede nenhuma liquidação da sociedade, porque liquidar, nesse
sentido, é conclui ir as operações societárias, verificando-se o valor
exato de seu ativo, transformando-o em dinheiro, de modo que seu
patrimônio se torne inteiramente em capital em espécie, a fim de serem
pagos os credores, para final partilha do restante entre os sócios.
Liquidar, em última análise, portanto é converter o ativo social em
dinheiro de contado, para os atos de solução conseqüentes (cf.
Carvalho de Mendonça, Trato, vol. III, n. 820; Vivante, Trattado, vol. II,
n. 771; Navarrini, Tratado Elementare, vol. II, n. 858). Mas isso mostra
que, não só cronológica, mas causalmente a liquidação sem dissolução
é coisa inconcebível, por constituir aquela a última fase da vida da
37

sociedade (Brunetti, Trattato del Diritto delle Società, n. 233). Deve,


portanto, também ser repelida essa denominação de liquidação parcial
exprimir a apuração de haveres do sócio que se retira da sociedade,
pois esta nenhuma operação de liquidação de seu patrimônio pratica
para esse fim. (ESTRELLA, p. 81).

Uma determinada empresa exclui um sócio remisso da sociedade. Nesse


período a empresa adquire uma responsabilidade jurídica trabalhista. A empresa
adquire uma dívida devido à compra de uma terra onde seria a nova instalação da
empresa, no acordo cada sócio entraria com um valor para um montante mensal a ser
pago para pagamento dessa terra. No entanto, o sócio remisso passou um período
sem colaborar com o capital, deixando que os outros sócios arcassem com a dívida,
até o momento em que o mesmo foi convidado a se retirar da sociedade. Para a CLT
e de acordo com as normas perante a lei contratual, o sócio retirante está incluso na
execução dessa causa trabalhista. De acordo com Art. 1.003 parágrafo único: Os
sócios são obrigados, na forma e prazo previstos, às contribuições estabelecidas no
contrato social, e aquele que deixar de fazê-lo, nos trinta dias seguintes ao da
notificação pela sociedade, responderá perante esta pelo dano emergente da mora.
Sendo assim, seguindo o acórdão da 15ª TRT, analisa-se que:

“EXECUÇÃO. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE


JURÍDICA. LIMITE TEMPORAL DA RESPONSABILIDADE DO EX-
SÓCIO: 2 ANOS. CÓDIGO CIVIL, ARTIGO 1003, PARÁGRAFO
ÚNICO; E ARTIGO 7º, XXIX, DA C.F.
A responsabilidade do sócio que se retira da sociedade
sobrevive por dois anos, que é o prazo de prescrição da reclamação
trabalhista (artigo 7º, XXIX, da CF) e também da responsabilidade do
cedente de quotas sociais (parágrafo único, do artigo 1.003, do Código
Civil).
Dessa forma, quando se dá a desconsideração da
personalidade jurídica, autorizando-se o ataque ao patrimônio dos
sócios, somente se pode atingir os sócios atuais ou, então, aqueles
que da sociedade se despediram há menos de dois anos. Sem o
respeito a esse intervalo, pela via que se mostra transversa da
desconsideração, estará sendo descumprido o parágrafo único do
artigo 1.003 do Código Civil. O desespero que se revela na procura da
satisfação dos julgados, que representa a proteção de um interesse
individual, acerca de direito patrimonial e, portanto, disponível, há de
ser devidamente temperado com a preservação da segurança jurídica,
que, essa sim, é de natureza coletiva e, pois, indisponível. Por conta
disso, são merecedoras de respeito as situações consolidadas, entre
as quais se coloca o direito que da cessão de quotas de uma
sociedade decorre para o cedente, que não pode ficar eternamente
submetido a responsabilidades que nasceram após o seu
afastamento, nem colocar em risco interesses de terceiros que com
38

ele tratam. ” c.c (TRT da 15ª Região. AP 0000437-87.2010.5.15.0118.


6ª Turma. OLGA AIDA JOAQUIM GOMIERI. DJ 04/03/2011).

Diante desse acórdão, pode-se dizer que apesar de falhas na legislação e


dificuldades de entendimento na resolução judicial trabalhista, de acordo com o art.
1.003 é claro e legal, que as responsabilidades jurídicas do ex-sócio, perduram por
mais dois anos, seguinte a sua remoção da sociedade, responsabilizando-o
juntamente com os demais sócios.
Ainda por meio deste acórdão pode-se mencionar que é claro o fator onde
menciona que essa causa deve estar esclarecida no contrato social, ou seja, as
responsabilidades do sócio remisso devem estar em pauta para que isso seja
fundamentada, o contrato social é o maior e mais seguro caso delicado a ser criado é
por meio dele que a empresa estará garantida e guardada em situações como esta.
É de importante que os sócios estejam cientes dessas normas, pois os mesmos
se sentem inseguros em causas trabalhistas, com receio de serem prejudicados assim
como a empresa, arcando com essas inadimplências, e sentindo-se impotentes a
respeito de segurança jurídica. Contudo, o acórdão acima mencionado esclarece e
evidencia como a empresa e os sócios serão direcionados nessa situação.

4.2 SEGUNDA SITUAÇÃO ANALISADA – Sociedade Limitada – Desconsideração


da Personalidade Jurídica (Situação - Fraude).

São comuns entre amigos, famílias a criação de empresas e sociedades, surge


sempre como um convite aparentemente de boa fé para aumentar o lucro pessoal, ter
algo que possa garantir uma renda extra isso faz com que o individuo ceda a outra
pessoa e formalize uma sociedade. Aparentemente, e inicialmente pessoas de má fé
usam as pessoas mais frágeis e com alguma doença onde o mesmo possa ser o
administrador e esteja sempre representando a empresa, faz com que o outro não
precise se preocupar pois o mesmo cuidará de tudo persuadindo seu sócio para
convencer de que tudo está sob controle na empresa.
De acordo com Requião, 1977 pode-se identificar que:

O que se pretende com a doutrina da desconsideração não é a


anulação da personalidade jurídica em toda a sua extensão, mas
apenas a declaração de sua ineficácia para determinado efeito, em
virtude de seu uso ter sido desviado da sua legitima finalidade (abuso
39

de direito), ou para prejudicar credores ou terceiros, ou ainda para


frustrar a lei (fraude); mas a teoria tem sobretudo o objetivo precípuo
de combater a injustiça.

. Na situação analisada pode-se verificar como um sócio pode aproveitar de


uma empresa, para usar de suas regalias e privilégios. A empresa x criou uma
sociedade limitada com outro sócio, cujo sua participação no capital era minoritária, e
o mesmo não participava ativamente da empresa. Para ser uma empresa de
sociedade limitada, exige no mínimo dois sócios para sua criação e que cada um
contratualmente, invista um valor para o capital social.

O sócio único de uma sociedade limitada unipessoal pode admitir a


qualquer momento a entrada de novos sócios mediante a divisão e
cessão das quotas (art. 1.057 do CC) ou pelo aumento do capital
social (art. 1.081 do CC), modificando o contrato social
(art. 999 do CC) (Código civil brasileiro, 2002).

Com aproximadamente 1 (um) ano de empresa, o sócio minoritário faleceu, e


a empresa continuou prestando serviços, sendo que a sociedade no período de 30
dias deve apresentar um novo sócio para a inclusão para completar a sociedade ou
continuar a sociedade sendo unilateral, porém de acordo com a legislação não é
permitido que um sócio participe em mais de uma empresa unilateral. Essa informação
deve estar em cláusula no contrato social.
O sócio majoritário então precisou incluir um novo sócio para dar continuidade
a sociedade. Na verdade, esse sócio prestava serviços ilícitos para uma Prefeitura da
cidade vizinha, superfaturava notas, desviava valores da empresa para seu uso
pessoal, falsificava contratos, dados e documentos. O novo sócio, de boa índole
sempre muito atencioso com seus negócios, percebeu que havia algo estranho nos
livros financeiros, balanços, contratos, isso levou ao sócio a investigar mais afundo
essas diferenças, o mesmo constatou irregularidades no decorrer do tempo,
investigando e analisando os livros diários, financeiro, como este já havia assinado o
contrato e estava diretamente ligada a empresa.
O mesmo denunciou as fraudes encontradas e exigiu rescisão do contrato
judicialmente, alegando as irregularidades sobre a empresa e o sócio, por meio de
investigações e provas foram comprovadas as irregularidades e fraudes, fazendo com
que o sócio respondesse penalmente, pelas irresponsabilidades jurídicas e
fraudulentas, o sócio também passou por vistoria e fiscalização para comprovar que
o mesmo não havia complô, o mesmo como sendo lesado no caso, foi absolvido das
40

acusações mediante comprovação e provas concretas que o mesmo não tinha


envolvimentos nos casos.

Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos


correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos
praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social
ou estatutos: III – os diretores, gerentes ou representantes de pessoas
jurídicas de direito privado. (Art. 135 do Código Tributário Nacional -
Lei 5172/66).

A fraude também se encaixa como um dos grandes casos de maiores fatores


judiciais, existem diversas formas de pessoas burlarem a legislação e cometer atos
impróprios e de risco tanto para si, como para quem estiver envolvido. O lucro é o
maior objetivo numa empresa, porém há pessoas que se aproveitam de privilégios
jurídicos para tentar praticar atos impróprios, manchando a imagem não só da
modalidade societária como das empresas brasileiras.

4.2.1 Comentário e análise da primeira situação

No primeiro caso, verifica-se a situação da empresa que tem como problema o


sócio remisso, que coloca a empresa em risco pela sua saída deixando
inadimplências, esse fator é um dos maiores riscos das empresas atualmente,
fazendo com que a sociedade ou outras empresas sejam obrigadas a fecharem para
pagar as dívidas, levando-os a falência por exemplo.
Dessa maneira a lei brasileira enxerga falhas burocráticas na formação dessas
empresas, não só burocráticas como também na resolução de causas, pois, são
muitas modalidades envolvidas na legislação da sociedade limitada, transformando
muitas vezes numa teia de aranha, esse amplitude de modais na sociedade pode ser
vista positiva e negativamente, levando em consideração que pode ser mais flexíveis
e mais saídas para se resolver, como negativo, pois não é tratado diretamente como
causa da sociedade limitada e consequentemente gerando mais causas trabalhistas.
Isso é algo comum e de maior peso sobre as empresas. O contrato social, não é
apenas um meio de formação empresarial, é conhecer além de tudo seu sócio, e
fiscalizar para que o ramo não seja penalizado por alguém que não esteja apto ao
cargo.
41

Para a resolução do caso a lei ampara a empresa e os sócios, de acordo com


a responsabilidade jurídica, fazendo com que nos próximos 2 anos, o ex-sócio ainda
se responsabilize por tudo o que o envolve na empresa, o sócio remisso tem por
obrigação responder e prestar conta com as responsabilidades jurídicas, antes de
desligar-se totalmente da empresa.
Pode-se evidenciar, que apesar da grande existência desse fator, ainda assim,
o ramo societário tem total apoio a empreendedores para resolver esses casos e dar
continuidade às atividades, são feitos acordos e parcelamento das dívidas, até que se
dissolva e a lucratividade da empresa volte a ser o principal fator da empresa, pois a
intensão jurídica é facilitar e encontrar meios de solucionar os casos, tendo em vista
o apoio para que aumente a visibilidade do possível desmanche desses casos, para
que outras empresas não se intimidem para a criação de outras, o intuito é incentivar
a outros empresários, e empreendedores que há problemas assim como em qualquer
outro negócio, porém que também há soluções, e esse veículo societário atualmente
é uma grande oportunidade para empresas de pequeno, médio e porte, não há nível
que o impeça de se socializar.
Contudo, as soluções permitidas em lei são que o capital social de acordo com
o contrato não pode ser reduzido, sendo assim os sócios podem repartir a quota entre
si, como encontrar terceiros para essa finalidade (caso estas cláusulas estejam
descritas no contrato social).
Outro fator a ser utilizado é o da desconsideração jurídica dissolvendo o
patrimônio da sociedade e do sócio para que este se responsabilize pelas
inadimplências, vindo a zerar sem que interfira na empresa, atingindo outros
indivíduos. De acordo com o novo projeto do processo civil de 2015, menciona que
desconsiderando a personalidade jurídica do ex-sócio, a sociedade terá permissão de
defender-se antes que sejam atingidos, e os bens sejam penhorados.

4.2.2 Comentário e análise da segunda situação

O fator apresentado na segunda situação analisada evidencia a fraude como


sendo um dos maiores prejudicadores da sociedade, há sócios que criam empresas
já com esse intuito de causar desvio de patrimônios, bens, valores, ilegalmente e
escondendo em documentos, no financeiro, com a ajuda ou não de outros sócios
fazendo com que a legislação olhe para a sociedade com mais rigidez pela sua criação
42

ser menos burocrática que as demais, fazendo com que empreendedores burlem leis
e cometam crimes administrativos, sem muita fiscalização que identifiquem essas
ações.
Evidencia-se no início do caso, um sócio que desde o planejamento da criação
da sociedade, já havia escolhido alguém “lesado” que ao seu ver, não iria envolver-se
por sua saúde debilitada, facilitando o agir da sua ideia de fraudar quaisquer que
fossem as documentações sem a total fiscalização por parte de outro sócio.
Há sócios que agem de má fé na criação de empresas para cometer crimes
administrativos, com ou sem envolvimento de outros sócios, no caso acima foi exposto
como esse fato ocorre quando há um sócio negligente. A lei estabelece que
penalidades sejam aplicadas rigidamente e conforme a gravidade do ocorrido, e caso
os sócios da sociedade não estejam envolvidos, será comprovado para que não sejam
penalizados juntamente, e caso tenham envolvimento estes serão também
fiscalizados e a lei será aplicada conforme o seu envolvimento.
Há situações em que sócios que cometem casos graves de fraude passem
anos burlando documentos administrativos e financeiros, porém é dever da sociedade
agir de maneira correta para não crescer a penalidade nos casos que estes
enfrentarão futuramente. De acordo com o Código Penal – Do Estelionato a outras
fraudes no Capítulo VI diz: Duplicata simulada.

Art. 172 - Emitir fatura duplicata ou nota de venda que não


corresponda à mercadoria vendida, em quantidade ou qualidade, ou
ao serviço prestado. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)
Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Redação dada
pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990).
Parágrafo único - Nas mesmas penas incorrerá aquele que falsificar
ou adulterar a escrituração do Livro de Registro de Duplicatas.
(Parágrafo acrescentado pela Lei nº 5.474, de 18.7.1968)
Abuso de incapazes
Art. 173 - Abusar, em proveito próprio ou alheio, de necessidade,
paixão ou inexperiência de menor, ou da alienação ou debilidade
mental de outrem, induzindo qualquer deles à prática de ato suscetível
de produzir efeito jurídico, em prejuízo próprio ou de terceiros:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.

Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou


contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas:
I- Omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias;
43

II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo


operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal;
III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer
outro documento relativo à operação tributável;
IV - Elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva
saber falso ou inexato;
V - Negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento
equivalente, relativa a venda de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente
realizada, ou fornecê-la em desacordo com a legislação.
Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Parágrafo único. A falta de atendimento da exigência da autoridade, no prazo
de 10 (dez) dias, que poderá ser convertido em horas em razão da maior ou menor
complexidade da matéria ou da dificuldade quanto ao atendimento da exigência,
caracteriza a infração prevista no inciso V.
Art. 122. Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às
prestações que constituam o seu objeto.
De acordo com os artigos e parágrafos, pode-se dizer que a sociedade tem soluções
no âmbito penal, dependendo da gravidade e do caso. A lei ampara todo e qualquer
tipo de violação legal seja qual for o âmbito, então se pode dizer que veridicamente o
caso é julgado de acordo com as normas acima mencionadas, julgando o sócio
negligente e absolvendo o sócio que não teve envolvimento nos casos.
44

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Concluindo o projeto se pode verificar quão amplo é a modalidade societária e


como o comportamento dos sócios e das sociedades está ligado ao ramo dos direitos
civil, trabalhista e tributário. Os fatores de risco que estão expostos são como outras
grandes modalidades empresariais, porém pode ser notado a facilidade da criação e
o apoio para a sua criação, esse modelo é uma saída para os empresários ou
indivíduos que fugiram da crise econômica do país, por sua facilidade de criação e
pelos sócios não precisarem exatamente exercer o mesmo ramo para a sua criação,
o apoio é maior.
O projeto responde positivamente as questões expostas como também a
proposta da pesquisa, sua relevância é fundamental para direcionar e nortear outros
sócios a buscarem maiores informações sobre a modalidade como também sobre a
sociedade/sócio. As leis que amparam o sócio, o patrimônio e a sociedade estão
disponíveis para uma análise e fazerem pesquisas mais profundas a respeito.
As questões específicas evidenciaram a positividade da modalidade no
sistema brasileiro como desenvolvedor de empreendimento e geração de lucro,
aumentando a rotatividade de capital no sistema privado. A problemática enfatizou os
Direitos civil, trabalhista e tributário, estão inseridos na sociedade limitada como
fatores indispensáveis e de apoio ao sócio e a atividade. Sem a legislação dando o
devido apoio necessário as cláusulas do contrato ficariam dispersas, não há como
desenvolver a modalidade sem que haja essa união. Se pode verificar como sócios
podem afetar todo o desenvolvimento da empresa e coloca-la em risco devido a sua
falta de lealdade com a sociedade e o sócio,
A metodologia foi um fator essencial para adquirir conhecimento e enriquecer
as informações, por seu cunho exploratória, abrindo leques de opções para agregar
valor as respostas obtidas confirmando que as simulações são fundamentadas e que
fraudes e inadimplências, por menores que possam parecer visualmente,
juridicamente acarretam problemas não só financeiros e patrimoniais como também
sua personalidade jurídica deixa de ser limpa para outras sociedades. A entrevista foi
um fator fundamental para que a simulação tivesse êxito, para exemplificar aos sócios
exatamente aqueles fatores que mais lhe são prejudicadores, e que mais afetam a
sociedade.
45

Realizou-se também uma pesquisa bibliográfica a partir de material já


publicado, buscando uma melhor compreensão sobre o tema proposto, permitindo o
(a) pesquisador (a), alinhar as teorias vistas em sala de aula, às práticas
organizacionais. Existem estudos, artigos e publicações com cunho aproximado e com
o tema proposto, porém a visão e as dúvidas que surgem a partir de um ou outro tema,
transformam numa cadeia, levando a resposta para que sejam maiores as
informações publicadas a sociedade e a estudantes também, que buscam aprimorar
as informações, como também as empresas que sofrem com esses fatores.
O objetivo geral alcança a ideia de conscientizar e levar informações para o
sócio, direcionando e alinhar a ideia principal da sociedade, para garantir um bom
desenvolvimento entre os sócios. Estar ciente das funcionalidades e situações da
empresa não é só dever do administrador ou conselheiro fiscal, ele tem a obrigação
de informar e esclarecer tudo o que for solicitado, evitando assim que causas graves
sejam cometidas por outros. Pode-se observar por meio da simulação que o sócio que
denunciou a causa só obteve tal postura devido ao seu envolvimento e
comprometimento leal com sua personalidade jurídica, o mesmo optou por agir de boa
fé, procurando e analisando dados da empresa que por direito o mesmo tem acesso,
descobrindo toda a armação, que a empresa e o só estava praticando. Essa é a
principal ideia de evidenciar no projeto, fazer com que o sócio, seja realmente
empresário ativo da empresa, que saiba e procure entender sobre todas as áreas da
empresa, e não especificamente, a que lhe convém, ou que seria de mais fácil
entendimento.
Outro fator indispensável foi a entrevista com o profissional do direito para
nortear sobre os principais temais jurídicos envolvidos na sociedade limitada, que
precisam de atenção por ser as maiores causas. O sistema brasileiro ainda requer
maiores e melhores recursos para diminuir tais riscos de que essas brechas se tornem
problemas maiores, o intuito é a diminuição de causas como essas e que a sociedade
e o sócio, sejam mais conscientes e leais sobre as suas responsabilidades e objetivos.
Em vista dos argumentos apresentados, as disciplinas de Direito administrativo,
Civil, tributário e trabalhista andam em conjunto para oferecer e amparar de forma
justa quaisquer que sejam as causas. A Administração tem opções em diversas áreas
e dá suporte para que outras disciplinas e outras modalidades sejam inseridas para
estudo e pesquisas. É fundamental que outros estudos dessa área sejam
46

desenvolvidos para ampliar as possibilidades de outros empreendedores e sócios de


quaisquer que sejam as modalidades, ter acesso a informações fundamentadas.
47

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGRIPINO, Senador José, Novo código civil, Brasília – 2005.

ALMEIDA, Amador Paes de. Manual das sociedades comerciais: direito de


empresa. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

ASSAF NETO, Alexandre. Finanças Corporativas e Valor. 3. Ed. São Paulo: Atlas,
2007.

BUENO, Jefferson Reis. Direitos, deveres e responsabilidades do sócio em uma


empresa LTDA. SEBRAE. 2017. Disponível em: <https://blog.sebrae-
sc.com.br/empresa-ltda/>. Acesso em 12 nov 2019.

BERTOLDI, Marcelo M. Curso avançado de direito comercial: teoria geral do


direito comercial e direito societário, V. 1, 2003.

_____. Curso avançado de direito comercial: teoria geral do direito comercial e


direito societário, V. 1. 2003.

CAMPINHO, Sérgio. O direito de empresa à luz do novo código civil, 2004.

CARDOSO, Beatriz. Princípios do Direito Tributário Brasileiro. JUSBRASIL. 2016.


Disponível em: <https://beacarrdoso.jusbrasil.com.br/artigos/459419930/principios-
do-direito-tributario-brasileiro> Acesso em 28 out 2019.

CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL - Produzido na Subsecretaria de Edições


Técnicas Diretora: Anna Maria de Lucena Rodrigues Praça dos Três Poderes, Via N-
2, Unidad.

COELHO, Fabio Ulhoa. Manual de direito comercial: direito de empresa, 24. ed. São
Paulo: Saraiva, 2012.

____. Manual de direito comercial: direito de empresa – 23. ed. – São Paulo,
Saraiva, 2011.

____. Curso de direito comercial, V. 2, 2002. ed. Saraiva, São Paulo.

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, 5ª ed. 1º de fevereiro de


2016 e Informativo STF 814.

CRISTIANO, Romano. Sociedade limitada no Brasil. São Paulo: Malheiros, 1998.

DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. Teoria Geral do Direito Civil.
Volume 1. 32ª Edição 2015.
48

ESTRELLA, Hernani. Apuração dos deveres de sócio. Ed.4ª. Forense. 2004. Rio de
Janeiro.

____. Apuração dos deveres de sócio. Ed.4ª. Forense. 2004. Rio de Janeiro.

FILHO, Adalberto Simão. A nova sociedade limitada. Ed.1 Manole. São Paulo.

LALANDE, André. Vocabulário Técnico e Crítico da Filosofia. 3. ed. São Paulo:


Martins Fontes, 1999.

PERROTTA, Maria Gabriela Ventuoti; GONÇALVES, Victor Eduardo Rios, Direito


Empresarial – Direito de Empresa e Sociedades Empresariais, ed.10, Saraiva São
Paulo. 2018.

REQUIÃO, Rubens. Curso de direito comercial. São Paulo: Ed. Saraiva, 2003.

_____. Curso de direito comercial. Ed. São Paulo, Saraiva, 1977.

RETTO. Macel Gomes Bragança, Sociedades limitadas. Manole Ltda. – Barueri, São
Paulo, 2007.

RIBEIRO, Marcia Carla Pereira, Direito Comercial, 2ª Editora IESDE Brasil S.A,
Curitiba, 2009.
SALOMÃO FILHO, Calixto: O novo direito societário. 3ª Ed. São Paulo, Malheiros,
2006.

SALOMÃO, Leandro. Pessoa Jurídica e suas responsabilidades. JUSBRASIL.


2017. Disponível em:
<https://leandromichenin.jusbrasil.com.br/artigos/440567940/pessoa-juridica-e-suas-
responsabilidades> Acesso em 14 nov 2019.

SIRVINSKAS, Luiz Paulo. Questões polêmicas atinentes à responsabilidade


penal da pessoa jurídica nos crimes ambientais. Jornal Síntese. São Paulo, nº 14,
1998, p. 09.

SOUSA, José Franklin. Direito Privado XX Direito Civil. São Paulo, 2018.

SOUSA, Otávio Augusto Reis de. Exame de Ordem do Direito do Trabalho, Editora
IESDE Brasil S.A, Curitiba/PR, 2012.
49

APÊNDICE A – ENTREVISTA COM O ADVOGADO

FACULDADE CATÓLICA SANTA TERESINHA


Autorizada pela Portaria nº 3.892 – MEC – DOU 26.11.2004
Rua Visitador Fernandes, 78 – Centro – Caicó/RN – CEP: 59300-000
CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO
Fone: (84) 3417-2316 – www.fcproneves.edu.br

1. Qual profissão do entrevistado?

2. Existem causas jurídicas que envolvem empresas de sociedade limitada?

3. Quais as causas mais procuradas?

4. De acordo com as causas elas apresentam solução, e/ou lei que a ampare para
resolução?

5. De acordo com a procura de defesas as empresas nas quais o entrevistado


defendeu, ouve continuidade das empresas?

Você também pode gostar