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/ AO CÁLCULO
volume I
cálculo diferencial
PAULO BOULOS
Professor livre-docente do Instituto
Instit uto de Matemática
Matemáti ca
e Estatística da Universidade de Sào Paulo
© 1 9 7 4 Editora
Editora Edgard Blü
Blüccher Ltda.
Ltda.
3.* Reimp
Reimpress
ressão
ão 19
1983
83
Sã o P a u l o — SP — B r a s ilil
efácio.......................................................................................................... XI
CAPÍTU
CA PÍTULO
LO 1. PRELIMINA
PREL IMINARES
RES
1.1.
.1. N ú m e r o s .................................................
...........................................................................
................................................
...................... 1
1.2.
.2. F u n ç õ e s ....................................................
..............................................................................
..............................................
.................... 3
1.3. Distância entre números .................................................................... 14
CAPÍTU
CA PÍTULO
LO 2. LIMITE
LIM ITE E DERIVADA
2.1.
.1. O p rob
ro b lem
le m a ,da
,d a t a n g e n t e ..........
...............
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
........
... 18
2.2.
.2. D e r i v a d a .................................................
...........................................................................
................................................
...................... 22
2.3.
.3. L im ite
it e ....................................................
..............................................................................
..................................................
........................ 28
2.4.
.4. C o n tin
ti n u id
idaa d e ....................................................
..............................................................................
......................................
............ 48
2.5.
.5. Regras de d e r iv a ç ã o .......... ...............
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
....... 60
2.6.
.6. Deriva
De rivação ção im p líc lí c ita
it a ..........
...............
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
........
... 74
2.7.
.7. D ife
if e r e n c ial.........................................
ia l...................................................................
....................................................
............................ 77
CAPÍTUL
CA PÍTULO
O 3.
3. O TEOREMA
TEOR EMA DO
D O VALOR
VALOR M ÉDIO
ÉD IO E SU
SUAS
AS
APLICAÇÕES
3.1.
.1. O Teore
Te orema
ma dc R o l l e ..........
...............
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..... 81
3.2.
.2. O Teore
Te orem
m a do valor
va lor m é d i o ..........
...............
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
......... 86
3.3. Aplicação
Aplicação do teorema
teorem a do valor médio: intervalos onde on de uma função
cresce
cresce ou dec
de c r e s c e ..........
...............
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..... 89
3.4.
.4. Máximo
Máx imoss e m ín im o s ..........
...............
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
..........
....... 96
3.5. Aplicação do teorema dovalor do valor médio: concavidade .................... 112
3.6.
.6. Esboço
Esb oço de gráficos
gráfic os de f u n ç õ e s ................................................
..........................................................
.......... 118
CAPÍTU
CA PÍTULO
LO 4. FUN ÇÃO
ÇÃ O INVERS
INVERSA
A
4.1.
.1. O conceito de função in v e r s a 135
APÊNDICE A
Números Reais...................................................................................... 151
APÊNDICE B
Lim ites................................................................................................... 169
APÊNDICE C
Continuidade.......................................................................................... 180
APÊNDICE D
Regras de 1.' H ôpital............................................................................ 184
APÊNDICE E
A tangente como melhor aproximação linear ............................... 194
APÊNDICE F
Assíntota................................................................................................ 196
APÊNDICE G
Estimativa do erro na. aproximação diferencial.............................. 202
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS............................... 205
EXERCÍCIOS SUPLEMENTARES........................................................ 237
RESPOSTAS E SUGESTÕES AOS EXERCÍCIOS SUPLEMENTA
RES ........................................................................................................ 251
PREFACIO
Este livro c destinado aos estudantes que pela primeira vez estudam o
Cálculo. É, portanto, de caráter introdutório. O objetivo foi dar as idéias
principais do Cálculo, bem como uma certa habilidade na parte técnica.
A maneira com que tal objetivo foi procurado constitui uma característica
importante deste livro. Através de uma linguagem clara e simples, muitas
vezes coloquial (para não enfadar o aluno), são apresentados os conceitos
com grande número de exemplos; os teoremas, com ilustrações que revelam
seus conteúdos geométricos (sempre que isso for possível), sendo frequen
temente usados raciocínios de caráter intuitivo a fim de tornar os resultados
“naturais”; e os exemplos relativos à parte técnica, em número suficiente,
de modo a evitar ao aluno o desânimo por excesso de dúvidas.
Dentre os exercícios apresentados, encontram-se aqueles que se des
tinam a avaliar a compreensão da matéria exposta, e aqueles que objetivam
conferir ao leitor uma certa familiaridade com as técnicas operatórias.
Asteriscos precedendo um exercício indicam um certo grau de dificuldade,
proporcional ao número deles. Os exercícios são apresentados ao final de
cada seção, havendo também, no fim do livro, uma série de exercícios su
plementares. Entre esses, em geral aparecem exercícios mais difíceis.
Uma palavra com relação a rigor e linguagem. Procurou-se, neste livro,
dizer a verdade honestamente, sem sofisticações nem uso de simbologia
excessiva, que constituem, a nosso ver, um dos entraves para aceitação do
Cálculo por parte do aluno. Entenda-se aqui aluno por aluno médio de
nossas faculdades, ao qual é dirigida a presente obra.
Quanto ao modo de usar o livro, isso vai depender cssencialmcnte dp
nível dos alunos. Alguns tópicos foram colocados em apêndices. Outros,
no próprio corpo do livro, são opcionais, conforme indicação local. Caberá
ao professor decidir quais deles abordar. Note-se que a matéria em apên
dices apresenta exercícios. Com isso, pretende-se que o livro possa ser usado
em diversos níveis.
Críticas e sugestões serão de grande valia para a eliminação de falhas
Desejo agradecer ao prof. João F. Barros pela indicação de diversos erros
que ainda se apresentavam na última reimpressão.
O Autor
1 - PRELIMINARES
1.1. NÚMEROS
Pois bem, os números desses dois tipos são números da forma p/q , q £ 0,
p e q inteiros, isto c, são números racionais.
Os outros números reais (aqueles cujas representações decimais são
infinitas e não apresentam parte periódica) são chamados irracionais. Exem
plos de números irracionais:
y 2 = 1.4142...; 71 = 3.14159...
EXERCÍCIOS
1.1.1 —Um número inteiro é par (ímpar) se puder ser escrito na forma 2 k
(2k + 1), onde feéum número inteiro. Mostre que, se a é par (ímpar), então
a2 é par (ímpar).
1.1.2 —O objetivo deste exercício é mostrar que y f 2 é irracional.
a) Suponha y f l = -r- > onde q ^ 0 e p são inteiros. Conclua que p
deve ser par. Daí, conclua que q também é par.
b) Suponha y f l = — como acima, supondo também que p e q sejam
q
primos entre si, o que é sempre possível (você cancela todos os fatores pri
mos comuns). Conclua por (a) qúe isso é um absurdo.
*1.1.3 —Mostre que y f l é irracional (tente seguir o método do exercício
anterior).
1.1.4 —Mostre que a soma e o produto de números racionais é racional
(você pode supor que soma e produto de números inteiros é um número
inteiro).
V 3 + 1
1.1.5 —Mostre que é irracional. (Se
l i i
racional, o que seria -? E 2• = y f l l ) Idem para — \= •
2 2 v 3
1.1.6 - Se a 0 ó racional e b é irracional, então ab é irracional.
1.1.7 - Se a é racional e b é irracional, então a + b é necessariamente ir
racional? E se a e b são ambos irracionais?
1.1.8 —Se a e b são irracionais, é verdade que ab é irracional?
1.1.9 —a) Mostre que by/~2 é irracional, onde b 0 é racional.
b) Se a é racional, conclua que a + by/~2 é irracional (veja Exer. 1.1.7).
c) Então, s e x e j í são racionais, a relação x + y j 2 = 0 acarreta x =
= y = o.
1.1.10 —Escrever os números seguintes na forma --> p e q ^ 0 inteiros.
9
a) 0,125; b) 0,3333...;
d) 0,428571428571...
preliminares 3
3 3 3 3
Sugestão. 0,3333 ... = — + —= + —* + —v + • • • =
* 10 102 103 IO4
- s [ I + ií + W + " -]-
3 1
1.2. FUNÇÕES
Suponha que A seja um conjunto de números. Uma função definida em
A é uma correspondência que, a cada número de A , associa um único número.
Se representarmos a função por uma letra, por exemplo,/e, por x, um ele
mento de A, então f(x) indicará o número associado a x[/(x) deve ser lido
“/ de x”]. O conjunto A é chamado de domínio da função f
Se você não entendeu nada, não se preocupe, pois os exemplos a seguir
o esclarecerão.
Exemplo 1.2.1. Seja A o conjunto de todos os números. Consideremos a
correspondência / que, a cada número x, associa seu quadrado x2, isto é,
/(x) = x2.
Então /(O) = O2 = 0, /(-1) = (-1)2 = 1, /(l) = l2 = 1. Observe que x2 é
o número associado a x, 0 é o número associado a 0, 1 é o número associado
a -1, 1 é o número associado a 1.
Se indicamos um número por — (z =£ 0), então
z
e -r é o número associado a — •
z2 z
Se você entendeu o que se disse, entenderá também que
f ( x + h) = (x + h)2 = x2 + 2xh + h 2.
e que x2 + 2xh + h2 é o número associado a x + h.
Exemplo 1.2.2. Seja A o conjunto dos números diferentes dc 0. A cor
4 INTRO DUÇÃ O AO CÁLCULO cálculo diferencial
/(x) = — ( x f t 0).
x
Então
1
3 2
Z
1
Pergunta. Você sabe por que em — é preciso que x ^ 0?
x
Exemplo 1.2.3. Seja A o conjunto de todos os números. Considere a
função / definida como segue:
x ^ 0,
x < 0.
Para os que estranharam essa definição “por partes”, vamos explicar
como é a correspondência. Tome um número, por exemplo, x = 3. Como
3 ^ 0 (isso não é erro de imprensa! > 0 lê-se “maior ou igual a zero”), então
/(3) = 3. Se você tomar x = -3, então, como -3 < 0, temos/(-3 ) = -(-3) =
= 3, pois, nesse caso, /(x) = -x.
Costuma-se indicar /(x) = |x| e lê-se “módulo de x”, ou “valor abso
luto de x”. Decorre imediatamente que |x| ^ 0, e que |-x| = |x|.
Exemplo 1.2.4. Se você estudou Eletricidade, sabe que, se aplicar uma
tensão V a um resistor de resistência R, fluirá uma corrente 1 dada por
(Fig. 1-1)
V
Figura 1-1
preliminares 5
V e R dependem, em geral, do tempo l, de modo que / é uma função de t.
Por exemplo, se V{t) = 2 sen t e R(t) = í + 1, temos /(í) = 2 (aqui
supomos t > 0).
Nota. Por simplicidade, diremos, às vezes, 'seja a função f(.x). devendo, nesse
caso, subentender-se que x percorre o conjunto de todos os números, salvo se alguma
restrição è imposta a x”. Por exemplo, "seja a função f(x) = x3”, subentende-se que x
percorre o conjunto dc todos os números, ao passo que ‘seja f(x) = x ^ 0”,
subentende-se que x percorre o conjunto de todos os números diferentes de 0.
X 0 - í í 2 -2 3 -3
/<*) 0 í í 4 4 9 9
Figura 1-2
i
b
X
Figura 1-3
2.° caso. a ^ O . Nesse caso, o gráfico será uma reta não-paralela ao eixo
preliminares 7
Figura 1-4
Dado o gráfico de f(x) — ax + b. você sabe qual o significado geomé
trico de a e b? Observe que /(O) = b e a Fig. 1-5.
Figura 1-5
Logo, b é tal que (0, b) 6 o ponto onde a reta corta o eixo dos v.
Para relembrar o significado de a, considere dois pontos (xx , ^j) e (x2 , y 2),
(x, # x2) de uma mesma reta, gráfico de /(x) = ax + b. Então
nx, + b = ,
ax2 + b = y2.
Figura 1-8
(No traçado desses gráficos basta a marcação de dois pontos, pois trata-se
de retas.)
Nota. Uma maneira industrial de sc pensar numa função é imaginá-la como uma
máquina com uma entrada c uma saida (Fig. 1-13). Na entrada, coloca-se x, na saída
obtém-se f(x). Como é o mecanismo não nos interessa. Observe que, se/é uma função
de domínio A, a máquina só recebe x de A.
EXERCÍCIOS
e diz: achar o domínio de y = /(x). Achar tais conjuntos nos casos a seguir.
a) y = J X + 2; b) y = x;
c) y = y / x ; d) y = n / - x ;
e) y = — ; 0 y= 1
X
f - 1
g) y = N/x ^ -2 x + 1; h) y = y x2 + x + 1;
i) y = y ^ 2 + 3x - 2 ; ___ j) y = y 1 - X2 + y x2 - 1;
i) y = y
i - x 2 + y x 2- 1 + — — - .•
x -1
m) y = ln x;
. X- 1
n) y = In— — ; . o) y « ln (x + y 1 + x 2);
x+ 2
p) y = ln [log10 (x2 - x - 2 ) - 1].
(Para os últimos quatro exercícios, você precisa recordar algo sobre
logaritmo.)
1.2.10. a) Se f{x) ~ ax + b e ^(x) = cx + d, então o gráfico da função
/(x) + 0(x) é uma reta.
b) Esboce o gráfico de f x(x) = x + 1, / 2(x) = |x + 11,
/j(x) = 2x -1 , / 4(x) = 12x - 11.
c) Esboce o gráfico de ft(x) = |x + 1| + |2 x - l |.
1.2.11. Dado o gráfico de /(x) (Fig. 1-14), achar o gráfico de /(x) + c. onde
c é um número.
Figura 1-15
1.2.1. A Fig. 116 é o equema de uma bate í e foç lctromotriz £ = IV,
conectada a um resistor de resistência variável r. Sabendo que 0 < r ^ 4
(unidade: ohm), achar o gráfico da corrente I em função da resistência r.
Figura 1-16
x Jl
C) X
4 ky 4
A M Od) X e)
Figura 1-17
1.2.17. Esboce o gráfico de
* a) f(x) = x + |x|; b) /(x) = x - |x |;
C) f(x) = - 1* I•' d) /(x) = -pj(x ^ 0);
1*1
1
o e) f(x) = (x* 1); 0 /(x) = x|x|.
|x-l|
1.2.18. Esboce o gráfico de
0 se x < 0,
a) /(x ) =•{ 1 se x = 0, x < 1,
.b ) /( * > - £ se
(2x se x > 1;
preliminares 13
e < 2,
c) /(x ) = < 2 se -2 < x < 0,
x + 2 se 0 < x;
X2- X se x s* 1.
d) /(x ) - < 0 se 1 < x ^ 2,
x - 2 se x > 2.
u u/ u/
* ------ x- x--*
.......... ................ f _______ I__________I------------- 1 _________ I I____ I___ l _________________
- 3 - 2 - 1 0 1 2 3 | 4
3,5
Figura 1-18
x0 - à x x 0 x0 + ô
Figura 1-22
16 INT RO DUÇÃ O AO CÃLCULO cálculo diferencial
Pela figura, vemos que, para todo x entre x„ - ò e x0 + ô, ou seja, para todo
x tal que
x0 - 6 < x < x0 + S,
a distância entre x c x0 é menor que <$. isto é,
| x - x 0| < ô.
Reciprocamente, se essa desigualdade se verifica, x está entre x 0 - ô
e x0 + â.
Chegamos, assim, por considerações geométricas, a este importante
resultado, cuja prova deixamos para os exercícios: sendo Ò > 0, temos
| x - x01 < ô se, e somente se, x 0 - 6 < x < x0 + <5.
EXERCÍCIOS
1.3.1. Calcular a distância entre os números
a) 1 e 2; b) -1 e -2;
c) -1 e 2; d) 1 e -2;
e) ^ 3 e 0; 0 -J~* e 0;
g) J~n e 1; h) -> /* e y /n .
1.3.2. Prove que —|x | < x < |x|.
1.3.3. Com o auxílio do Exer. 1.3.2, prove que
- M ~ M < x + y < |x| + |y|.
1.3.4. Seja a ^ 0. Então |x| < a se, e somente se, a < x ^ a.
Solução.
a) Suponha x ^ 0. Então |x | < a se, e somente se, x < a se, e somente
se, -a < x ^ a.
b) Suponha x < 0. Então | x | < a se, e somente se, -x < a se, e somente
preliminares 17
a) |x + 11> 2; d)|* l| + |* 2 |* u ’ 2 1 ;
b) | x —11^ | x —2 1; e) |x —11 + |x —2 1> | lO x- 11;
c) | x —11^ 12x —4 1;
f) |x + 1| |x - 2 1 *'
Recomendamos muito ao leitor que esboce gráficos ilustrando essas
inequações.
1.3.11. Dado e > 0, achar o maior 6 > 0 tal que, para todo x satisfazendo
| x - x 0| < ô, tenhamos |/ ( x ) - L | < e, nos casos
a) e = 100, x0 = 20, / (x) = x. L = 20;
b) e = 1, x0 = 2, /(x) = x2, L = 4 ;
c) 8 = 1, x0 = 1, /(x ) = J~ x, L = 1.
2 - LIMITE E DERIVADA
Figura 2-1
x
O objetivo desses comentários é fazer que você sinta o problema: sa
bemos intuitivamente o que é reta tangente ao gráfico d e/e m P, mas temos
dificuldade cm traduzir a idéia matematicamente. Vejamos como se pode
conlornar essa dificuldade.
Tomemos um ponto Q ^ P, de coordenadas (x, x2), onde x pode ser maior
ou menor que 1. Sabemos calcular o coeficiente angular da reta PQ (Fig. 2-2):
limite e derivada 19
Figu 22
1 x
= x + x0 (x / x0).
20 INTRODUÇÃ O AO CÁLCULO cálculo diferencial
a(x) = / ( * ) - / ( * o)
x-x0
Admita que existe
Nesse caso, chama-se reta tangente ao gráfico de / yno ponto P à reta que
limite e derivada 21
EXERCÍCIOS
2.1.1. Acha equaç o da eta tangente ao g ico da funç o no ponto de
ab i :
a) f(x) = 22 5, x = 1 b) /(x ) = x + 1, x = -1;
c) /(x ) = 2x + 5, x = -1 ; d) f(x) —x - x + 1, x = 1;
e) /(x) = x - 2x3, x = 1; 0 /(x) = — » x = 2.
x
2.1.2. Achar os pontos onde a tangente ao gráfico da função dada é para
lela ao eixo dos x:
a) /(x ) = x 2; b) /(x) = x2 + 2;
c) /( x ) = x3 + 10; d) /( x ) = x4 + 4x.
2.2. DERIVADA
Vamos considerar funções definidas em intervalos, os quais serão defi
nidos a seguir.
Sejam a e 6 números tais que a < b. O conjunto dos números x tais que
a < x <6, representado por (a,6) ou ]a,ò[, é chamado intervalo aberto de ex
tremos a e b. Se escrevermos a ^ x ^ 6, teremos um intervalo fechado de ex
tremos a e 6, que será indicado por [a,6]. O conjunto constituido de um
só número será considerado intervalo fechado.
Os conjuntos dos x tais que « j ^ x < 6 e a < x < 6 são chamados in
tervalos semifechados de extremos a e b c indicados, respectivamente, por
[a,6) e («i,6]. Também se usam as notações [a,6[ e ]«r,ò], respectivamente.
Tomo agora um número c. O conjunto dos números x tais que x > c
(ou x > c) diz-se um intervalo infinito. Este mesmo nome é dado ao con
junto dos x tais que x < c (ou x ^ c). Vamos considerar o conjunto de
todos os números como sendo um intervalo infinito*.
Qualquer um dos conjuntos acima serão referidos como intervalo
quando o tipo for irrelevante. Convém considerar os intervalos infinitos
dados por x > c e x < c como abertos, bem como o conjunto de todos os
números.
a Aberto b a Fechado b
a Semi-fechado b a Semi-fechado b
f
Infinitos<
Figura 2-5
Figura 2-6 «.
a b
Por outro lado, a não é ponto interior dc I — [o, b), uma vez que todo in
tervalo aberto ao qual x pertence contém pontos fora de /.
A tabela seguinte é feita baseada na definição de ponto interior. Espe
ramos que você a entenda. O conjunto dos pontos interiores de um inter
valo / é chamado interior de I.
Todos os
Intervalo I ia,b) [a,h) (a,b] x > c x< c x ^ c x < c
números
Todos os
Interior de i M ) (a,b) (a,b) (a.b) x > c x < c x > c x < c
números
Sea ago / uma função definida num intervalo e x0 , um ponto interior
do mesmo. O quociente
/( x ) - /( x 0)
x - x 0
chama-se razão incrementai de f no ponto xfí relativamente ao acréscimo
x - x0 . Se existir
lim /( * ) - /( x 0)
x -x 0 ’
. . J . df
a esse numero, indicado por f (x0), ou — chamaremos de derivada
dx *0
de f em x 0 . Diremos então que / é derivável em x0 .
Convém dizer o que se entende por função derivável num intervalo /.
Se o intervalo é aberto, não há problem a:/ será derivável em 1 se for deri
vável em todos os seus pontos. Se I não for aberto, por exemplo, I = [o, b),
então / será derivável em / se for derivável no seu interior, e, além disso,
existe
/( x ) - /( a )
lim -------------- ?
x-»a + x - a
símbolo esse que expressa o fato de x tender a a por valores maiores do que
a. Esse número costuma ser chamado de derivada à direita de / em a (veja
Ex. 2.3.5).
As definições para os outros casos são óbvias e, por isso, são deixadas
para a imaginação e paciência do leitor.
Notas. 1) Você não deve perder de vista o significado geométrico da derivada.
Se/é derivável em x0, isso significa que seu gráfico admite reta tangente em (x0,/(x0))
e, portanto, deve scr suave nesse ponto, de acordo com o que vimos em 2.2. Além
disso, /'( x 0) é o número adequado para ser o coeficiente angular dessa tangente.
Assim sendo, deve-se esperar que, se o gráfico de uma função apresenta “bicos”,
tal função não é derivável nos pontos correspondentes (Fig. 2-7).
2) As manipulações algébricas às vezes se simplificam pondo h —x - x0
(.’. x = x0 + h). Nesse caso,
/(x 0 + h) -/( x 0)
/'(x 0) = lim
»-0
como é fácil intuir* (faça uma figura). Você deve saber lidar com as duas formas vistas.
limite c derivada 25
/'(*) =
— lim ^ - lim a a.
fc—o h (i-o
x
Figura 2-8 Figura 2.9
Figura 2-10
Temos
/(O + h)-f(0) |0 + 6 | - | 0 |
h h h
Se h > 0, então \h\ = h, e portanto a derivada à direita em 0 é
/(O + fc)-/(0) h f
l im --------- ---------- = lim — = 1.
*-*0+ h h~*o+ h
Se h < 0, então \h\ = -h e a derivada à esquerda em 0 é
/( 0 + h) ~/(0)
lim lim - — 1.
h-*0 — h *-»o- h
Interprete os resultados geometricamente!
Exemplo 2.2.3. Um ponto descreve um movimento tal que a sua velo
cidade escalar é dada por
1
t*í) 0 ^ 0).
t+ 1
limite e derivada 27
Temo
1 1
v(t + Aí) - 1>(0 t + Aí + 1 í + 1
a(t) lim lim ----------- --— -
-----
àt—O Ãr jf-*o Aí
-A í
= lim
át-*o Aí(í + Af + lKí + 1)
-1 1
= lim
j»-»o(í 4- Aí + lXí + 1) (í + 1)
EXERCÍCIOS
2.2.1. Achar a derivada de /(x) =
a) x + 3; b) x2 - 2x;
Sugestão, x - x0 = (^/x)3- (^ x ^ )3 =
+ + ( ^ g 2]-
2.2.3. Achar a derivada da função maior inteiro nos pontos onde ela é deri
va vel (veja Exer. 1.2.19).
2.2.4. Achar os pontos onde existe a derivada de /(x ) = x - [ x ] .
2.2.5. Desenhar o gráfico de /', sendo dado o gráfico de /, nos casos mos
trados na Fig. 2.11.
2.2.6. A função /(x ) = x |x | é derivável? Caso positivo, dar /'.
28 INTRO DUÇÃO AO CÁLCULO cálculo diferencial
2.3. LIMITE*
A noç o de limite foi considerada como intuitiva na definição de de
rivada. Vamos falar um pouco mais sobre essa noção. Na realidade, vamos
defini-la precisamente, mas suas propriedades não vão ser provadas agora.
Se você não gosta disso, vá ao Apêndice B, onde as demonstrações estão
feitas.
As considerações que se seguem têm a finalidade de motivar a definição
de limite. Observe os gráficos da Fig. 2-12.
O que sucede com/ (x) quando x se aproxima de x0 , mantendo-se porém
diferente de x0? Vemos que / (x) se aproxima do número Lnos casos (al (b> e
(c). ao passo que/(x) não se aproxima de nenhum número nos casos (d)eíe)**.
Então, nos três primeiros casos, du-sc que o limite de /(x) para x tendendo
Figu 212
a 0 é L, e escreve-se
(1) üm /(x ) = L.
Nos outros dois casos, dizemos que tal limite não existe.
F. importante observar que não nos importa o que sucede no ponto
xn. mas sim o que acontece com f(x) para x nas proximidades de x0. Veja
que, no caso (a),/nem está definida em x0*; no caso (b),/está definida em
x0 . mas f(x„) ^ L: c no caso (c), aconteceu que f(x0) = L.
O que desejamos agora, e isso é difícil, é exprimir em linguagem mate
mática o fato expresso por (I). Em outras palavras, "fabricar” uma defi
nição de (I) que corresponda à nossa intuição.
Vamos ver se você concorda que, ao escrever (I), estamos pensando em
algo assim:
(II) "f(x) deve ser arbitrariamente próximo de L para todo x suficiente
mente próximo de x0 (e diferente de x0)”.
Nota. Caso subsista (I), costuma-sc dizer */(x) tende a L quando x tende a x0”;
ou “/(x) se aproxima de L quando x se aproxima de x0”; ou “existe o limite de/(x)
limite e derivada 31
É claro que lim /(x) = L. Dado e, trata-se agora de achar ô como
na definição dada. Fazemos o seguinte: marcamos L + e e L -e no eixo
dos y e por esses pontos traçamos paralelas ao eixo dos x, que encontram
o gráfico d e /e m A e B. Traçando paralelas ao eixo dos y por esses pontos,
32 INTRO DUÇÃO AO CALCULO cálculo diferencial
obte emo o ponto C e D, inte eçõe e eta om o eio do .
oma 6 > 0 tal que x0 -<5 e x0 + <5 sejam pontos do segmento CD. Ob
serve que ô não é único. Em geral se toma o maior ò possível, como foi feito
na Fig. 2-14.
Figura 2-15
0 < | x —3 1 < —
£ £
3- - < X < 3 (X 3)
+ y
6 - £ < 2x < 6 + £ (X * 3)
2 - £ < 2x - 4 < 2 + t (X 3)
-E < 2 x - 4 -2 < £ (X 3)
|2x 4 - 2 1 < * (X 3).
X
1 1
- ------< x < -—
1+ e 1 -£
Mas temos, por hipótese, que (Fig. 2-19)
0 < |x - 1 <
1+ £
ou seja, que
1 £
< x < 1 + —— (x # 1)
1+ £ 1+ £
£ 1
e, como 1 + < ------ (prove!), resulta da hipótese que
------
1 + £ 1- £
1 1
< x < ------ >
------
1+ £ 1 -£
que é a tese.
x varia aqui por hipótese
----------------- * -i
Figura 2-19 ----------------- 1
1
1 +.-
1+ e I+£ 1 - e"
1- x
nha 6. Então Como x está em denominador, devemos con
seguir um número c tal que |x| > c. Nesse caso,
1 —x 6 6
x <M < c '
Finalmente, sc você tomar — < e isto é, ô < cs. a história está ter-
c
minada. No caso, tomamos ô < garantindo, assim, que x = |x | > —
(veja Fig. 2-20).
1/2 x 1
Dado ? > 0, seja ò > 0 tal que <$^ 1 e ô ^ y |p o r exemplo, seja <5
Figura 2-22
y
0 x
1
Figu 223
Ob e e que, quando x e ap oima de 0 pela direita, / (x) se aproxima
de 1 e, quando x se aproxima de 0 pela esquerda,/(x) se aproxima de -1.
O número 1 é chamado limite de f(x) para x tendendo a 0 pela direita,
e -1 é chamado limite de /(.t) para x tendendo a 0 pela esquerda. (Esse con
ccito já foi usado na definição de função dcrivávcl num intervalo e no Ex.
2.2.2.) Os números -1 e 1 são chamados limites laterais de /(x) em 0.
Deixamos para você a tarefa de definir limites laterais de uma função
f. E já que vai fazê-lo, aproveite para mostrar que existe o limite de /(x)
para x tendendo a x0 se, e somente se, existem e são iguais os limites late
rais de /(x) em x0 .
Notação para os limites laterais:
lim f{x) (x tendendo a x0 pela direita);
X-*XO+
lim /( x) (x tendendo a x0 pela esquerda).
X-*XQ~
Figura 2-25
tervalo aberto contendo x0 tal que para todo x # x0 do mesmo /(x) tem o
mesmo sinal de L.
A interpretação geométrica desse resultado c óbvia; a demonstração
é tão simples que vamos fazê-la aqui.
40 INTRO DU ÇÃ O AO CÁLCULO cálculo diferencial
\L\ \L\ |L |
< ô implica \ f ( x ) - L \ < ~' >sto c» L — — < < ^ — 2 ^ essa
relação obtemos, sc L > 0, que 0 < — </(x) < — e, se L < 0. que — <
2 2 2
< /( *) < y <0.
/ f \ L
3) lim ( — )(x) = x° , , = — ’ supondo, nesse caso, M ^ 0.
V g J lim $(x) M
Corolários. Nas hipóteses de L3, temos
1) lim k f (x) = k lim /(x) = k L ;
2) lim (/-pXx) = Üm f ( x )- lim g(x) = L-M.
X-*X Q X — Xo X - * XQ
que g(x) < /(x) < h(x) para todo x de um intervalo que contém x0, com
eventual exceção de x0 , então lim f(x) = L (Fig. 2-26). •
* JC“ * JCo
*Às vezes, a função que a x associa /(x) + g(x) será referida como ‘a função
limite e derivada 41
Figu 226
tem-se L ^ M.
Com essas propriedades, você pode agora justificar os cálculos de 2.2.
Exemplo 2.3.5. Se p é um polinômio, então
lim p(x) p(x0)
42 INTRO DUÇÃ O AO CÁLCULO cálculo diferencial
Sea p() = anx " + a , . 1 " '1 + • •• + a ,x + aQ. Como lim x = x0 [veja
X — .Xo
= a« A + a « - 1 * ô ~ 1 +• •• + «1 x o + a o =
= p(x0).
Exemplo 2.3.6. Se r é uma função racional, isto é, quociente de dois po-
linômios, digamos,
Exemplo 2.3.7. (Um exemplo importante; veja a nota feita após o Ex.
2.11.) Calcular
x2 - 4
lim (x * 2)
limite e derivada 43
x2 - 4
O estudante estranha esse procedimento porque em deve-se ter
x -2
x # 2, mas, na terceira passagem, substitui-se x por 2. O que está escrito
é uma abreviação do seguinte:
x2 —4
li / (x) li ^ li g(x) g(2) = 2 + 2 = 4.
44 INTRO DU ÇÃ O AO CÁLCULO cálculo diferencial
Nã o se co st uma deta lhar o cá lulo assim, mas é impo rtante saber o que
está s fazendo.
Exemplo 2.3.8. Ca l ular (")\ onde 1 é intei ro. (A indicaç ão (")'
é uma forma ab reviada de f'(x), onde f(x) = \) Temo s
/( h)-f(x) ( h f - x T
h ~ h ~
(" CHtlx ”~l h C„ xn~h /i")"
’ h ~
= Cn. i X " ' CHx” h hn~l
: .m C. , n x - '
*»o n ‘
Logo,
í"V nx"-1.
Mais tarde (no 2.° volume), provaremos que (x“)' = ax*-1 para qualquer
número a (memorize e use nos exercícios!).
Nota. Subsistem propriedades referentes a limites laterais análogas às pro
priedades L1-L5, cujos enunciados e demonstrações requerem apenas simples adap
tações do que foi feito para essas últimas.
Por exemplo, um enunciado que corresponde á L3(l) fica assim:
Se lim /(.v) = L, lim g(x) = M,
- Xo x *0
EXERCÍCIOS
2.3.1. Calcular pela definição:
j x se x ^ 0,
h) lim f(x), onde /()
x - 0 (0,0 lx se x < 0;
i) li m3 j) lim x" (n natural);
i —o jc->0
1) lim y jx l ; *m) lim — (x0 / 0);
x ->0 X-*XQ X
Tomar 6 = z J x 0- e .
“ Sugestão. \J ~ ^ -J ~ x ()\ = *~ * l
J~* 4- J T 0
*o) lim J~x .
X~*XQ
2.3.2. Prove que lim /( x ) = L se, e somente se, lim (/(x )-L ) = 0, usan-
X-»Xo
c) / ( * ) = ; d) /(*) =
+ X l + 1 X
e) /(x) = x3; f) /(x) = x3- x 2»
g)/(x) = (x + lKx-4); h) f(x) = J~x (x > 0):
i) /(x) = ~^= (x > 0); j) f ( x ) = J~x (x # 0).
J x
2.3.4. Este exercício tem a finalidade de mostrar a utilidade do teorema
do confronto. Prove que
1
46 INT RO DUÇÃ O AO CÁLCULO cálculo diferencial
(Ob serve que n ã o eiste lim sen — • Isso pode ser provado, mas procure
x-0 X
entender o resultado intuitivamente Fig 2-28.)
Solução.
1 1
x sen — = \x\ sen — 14
x x
Logo,
—|x | ^ x sen — ^ | x |.
Como lim |x| = 0 e lim (-!x|) = 0, segue-se a afirmação por L4.
x~* O x-> 0
b) lim x 2 sen — = 0;
x-0 x
d) Se / é restrita (isto é, existe M tal que |/(x)| ^ M) e lim g{x) = 0,
X—XO
então lim /(x)g(x) = 0.
x-0
limite e derivada 47
lim | /(
í x )| = | lim g(x)| = 0,
X X Q . X -*X o .
2.4. CONTINUIDADE
50 INTRO
INT RO DU
DUÇÃ
ÇÃ O AO CÁLCULO cálculo
cálculo difer
diferenc
encial
ial
usando L3,
lim (/4- 0)(x) = lim f ( x ) + lim g{x) = /(.x0) + y(
y ( x0) = (/ + g)(x0);
x Xo x
* xn
lim
lim /(x
/( x )
lim .Afn)
lim g(x) (Xo)-
- ► X o ff(x0
ff( x0))
— O
lim f(
f ( x ) - /(1) — a , ou seja, liim •—
x - 1 = a.
X - 1 x- i x - 1
Mas
x3- 1 .. (y - IXx 2 + X + 1)
l i m ----- - = lim ----------- —— — =
x-*l x - 1 x - l x- 1
= lim (x2
(x 2 + x + 1)
1) = 3.
3. Logo,
Logo , a = 3.
x—
*1
= J"
J"{X0) 0 = 0
{X0)
.'. li m /(.v
/( .v)) / ( 0).
x xo
A recip roca desse resultado não c verdadeira: se uma função é continua
num ponto, ela não tem obrigação de ser derivável nesse ponto. Isso é com
preens
preensíve ível,l, pois
pois pode ocorrer o caso caso de uma função/ tal tal que,
que, ao
ao se aproxima
aprox imarr
x dc x0 , / (x) (x) se
se aproxime
aproxim e dc / ( x 0) c o seu seu gráfico
gráfico apresente um bico em
( x0 , / ( * 0)), como
com o se vê vê na Fig. 2-30.
2-30.
Um exemplo
exemplo concreto
concreto dess
dessaa situação já é do “folclo
“folclore”
re”:: /( x ) = |x|.
|x |.
A fim de enunciarmos outro resultado sobre continuidade, é preciso
ensinar a você o conceito de função composta (também conhecido como
função de função).
Considere a imagem industrial dc uma função / de domínio A c a de
uma função g de domínio B (Fig. 2-31); ou seja, pense nelas como máquinas
(Sec. 1.2).
f - z d e A x de B
I ./ (') I {/(-*)
52 INTRO
INT RO DU
DUÇÃ
ÇÃO
O AO CÁLCU
CÁLCULO
LO cálculo
cálculo difer
diferenc
encial
ial
Essa
Essa máquina, que será batizada de composta de / e g e na qual rotu
lamos o símbolo f ° g , se receber x de B, despejará / (g(x)). Formalizando,
sejam/e g funções tais que o conjunto dos valores associados pela g esteja
contido no dominio de f. A função /<> g, de mesmo domínio que g, dada por
(/»3X*) =/(í7(x))
chama-se funçã
fun çãoo composta
composta de f e g.
f o g lê-s
fo lê-see “/“/ círculo
círcu lo g” ou “/co m p o sta com 'g”.
'g”.
Exemplo 2.4.3. a) Sejam as funções g(x) = cosx e /(x) = x3. Temos
{ f ° 9)(x) =f(g{x)) = / ( cosx)
cosx) = (cosx)
(cosx)33
e = 9(f(x)) = g{x3) = cosx3.
(9 °/
Observe
Observe qu
que,
e, nes
nesse
se caso,/®
cas o,/® ^ ^ g o f Portanto muita atenção na ordem:
o número ( / o é obtido primeiro
primeiro calculand
calculandoo g(x) e, depois, calculando
/ em 0(x)
0(x)..
b) Sejam
Seja m as funçõ
fu nções
es <j
<j(x) = e /(x
/( x ) = x 3. Temos
limite e derivada 53
{g°/X) 9if(x)) g{
g{x3
x3)) = x6 l
Em (a), (b) e (c) n ão existe nem ponto de mínimo nem ponto de máximo.
Em (d), existe ponto de máximo, mas não existe ponto de mínimo. Veri
fique. em cada caso, quais as hipóteses que não foram cumpridas.
Proposição 2.4.5. (Teorema de Bolzano). Se f é uma função continua
num intervalo fechado [a. h] e f{a
f {a)) j \ b ) < 0, então existe c de (u. b) tal
limite e derivada 55
e r í n \ , n n t n n
* \ ) = sen y - y = 1 - y < 0 ’
segue-se, pelo teorema de Bolzano*, que existe c de tal que
m = 0.
Nota. A exigência da continuidade da função/ no teorema de Bolzano é essencial
como se pode ver na Fig. 2-37.
Figura 2-37
EXERCÍCIOS
2..1. Dos gráfios dados na Fig. 238, quais são os de funções contínuas
em todos os pontos de seus domínios?
y
b) c)
l ) / ( x ) = [x] + s e n x ; m) /(x ) = y x ;
1 + (-l)w
*n)/(x)= 2 • sen nx; o) /(x) = s e cx t g x ;
x 2- 1
P) f(x) = x 2 + x - 1 ; q) /( x ) = x4 + 7 ’
r) f(x ) = x 2 —| x | —1.
a) (sen x + x)3; b) ^ ^
c) J 1 + x2; d) lnx.
60 INTRO DU ÇÃ O AO CÁLCULO cálculo diferencial
2.4.8. Diga por que as funções seguintes são contínuas em todos os pontos
de seus domínios.
a) /(x) = sen(x2 + 1); b)/(x) = ln (ex + 1);
c) /(x) = ^x S7Tr; d)/(x) = tgx2(0 < x
J
x -1
e) /(x) = y / \ n ( l + x2); 0 /(x) = (x # -1).
X + 1
Prova.
a) Temos
( / 9)(x + h)-(f+ flX) f ( x + h) + gjx + h)-(f{x) + g(x))
h h
f ( x h) f ( x ) g(x + h) g(x)
h h '
Basta passar ao limite para h tendendo a 0 e usar L3(l).
b) Temos
(M * + f l) -( M x ) _ / ( x + h)g(x + h) -f {x ) g(x) =
h h
= [/(x + h) -/(x ) +f(x)]g(x + h )- f( x) g(x) _
h ~
_ [ / ( x + h) -/(x)] g(x + h) +f(x)g(x + h)-f(x)g{x) _
_ _ ’
Temos
(7 m =
1 1
( ) x +
j g(x + h) g(x)
g(x) - g(x + h)
g{x + h) g(x) g(x + h) - g{x) 1
g(x + h) g(x)
( l\t
62 INTRO DU ÇÃ O AO CÁLCULO cálculo diferencial
( l ) M /) w w=
' «'<*> #(» /'(«)-/(*)« •(*)
g(x) * g!(x) g*(x)
Corolários. Sendo / e g deriváveis em x, e k , um número,
D (fc/)'(x) = kf'(x); 2) (-/)'(x) = - f \ x ) ; 3) ( / - </)'(x) = f \ x ) - g'{x).
Prova. Exercício.
Exemplo 2.5.1.
a) ( 4 / 2 x 3)' = 4 / 2 (x3)' = 4 / 2 -3x2 = 1 2 / 2 x 2;
b) ^ tt / x + = (n /x )' + = tt ( / x )' + 6(x~3)' =
-4 n 18
= 71’ + 6 •(-3)x ~Ã 1
2 /x 2/ x
c) ((x + 5)x2)' = (x + 5)'x2 + (x + 5Xx2)' =
= (x' + 5')x2 + (x + 5) • 2x = (1 + 0)x2 + (x + 5)2x =
= x2 + (x + 5)2x = 3x2 4- lOx;
x2(x + 5)' - (x + 5Xx2)' x2 - (x + 5)2x -x 2 - lOx
d) 2 \2
m (X2)
Vamos adiantar as derivadas de algumas funções para que possamos
dar mais variedade aos exemplos. Procure memorizá-las.
(sen x)' = cos x {ex)' = ex
(cos x)' —- sen x (In x)' = — (x > 0).
X
Exemplo 2.5.2.
sen x Y _ (cos xXsen x)' - (sen xXcos x)' _
(tgx)' =
(cos x / cos2 x
cos x • cos x - (sen xX-sen x) cos2 x + sen2 x 1
limite e derivada 63
Exemplo 2.5.3.
(In sen )' = (ln )' sen + ln (sen )' = — sen + ln os .
Exemplo 2.5..
(ex + ln )' (ex)' ( ln )' e* ' ln (ln )'
= ex + ln — e* + ln .
Vamos aprender agora omo se deriva função composta. Isso vai ser
extremamente útil, pois, com os recursos que temos até aqui, para derivar
y = sen x2, temos de apelar para a definição de derivada. Obteremos antes
um resultado auxiliar.
Suponha uma função / derivável em x (Fig. 2-39).
RQ = SQ + SR
Mas
RQ = f t x
+ k)-f(x);
SQ = htgct = h-fXx).
64 INTRO DUÇÃ O AO CÁLCULO cálculo diferencial
lim — = 0(x)
/i-o h fc-*o h
e, por serem <p e k contínuas em 0, também o é q>o k (Proposição 2.4.3) e
então
lim <p(k) = lim q>(k{h)) = <p(k(0)) = ç>(0) = 0.
(i-0 *-o .
Aqui cabe uma observação importante com relação à notação. A no-
df
tação — para / ' é muito interessante no caso da regra da cadeia.
dx
Chamando, como fizemos na prova do teorema u = g{x), temos y =
= f{g{x)) = f(u). Então
dy dy du
dx du dx
é a expressão da regra da cadeia, que fica, assim, com aparência de iden
tidade algébrica.
Exemplo 2.5.5. Calcular a derivada de y = (x2 + x + l)3.
Pondo u = x + x + 1, temos
y — u3
. dy _dy du _ du3 d(x + x + 1) _
dx du dx du dx
= 3u •(2x + 1) = 3(x2 + x + l)2 • (2x + 1),
66 INTR OD UÇ ÃO AO CÁLCULO cálculo diferencial
• ^ dy du
e“ •cos x = e**“ x • cos x.
“ dx du dx
dx du dx u2 \ x/ (x3 + In x)2 \ x
Com um pouco de prática, você pode dispensar a substituição indicada,
tendo presente o que é u, sem porém escrevê-lo.
Reexaminemos o Ex. 2.5.6 desse ponto de vista. Desejamos calcular
(sen x2)'
a) Derivamos o seno no ponto x2:
cos x ‘.
* _ , . , , d(senu) , ,
O que fizemos 101 calcular — ; = cos u, onde u = x , sem escrever u.
----
du
b) Derivamos x2, que é 2x (estamos calculando u').
c) Multiplicamos os resultados:
cos x2 •2x,
Vejamos como fica o Ex. 2.5.7: («**"*)'.
a) Derivamos a exponencial no ponto sen x:
(calculamos
du
limite e derivada 67
b) Derivamos x 2 + x + 1.
2x + 1
(estamos calculando u').
c) Multiplicamos os resultados:
3(x2 + x + l)2 • (2x + 1).
A regra da cadeia pode ser usada repetidamente. Se y é função de v,
v è função de w, e w é função de x, a regra fica:
dy _ dy dv dw
dx dv dw dx
Exemplo 2.5.9. Calcular a derivada de
Exemplo 2.5.11.
a) /( ) sen x, /'( x ) = cos x, /"(x ) = -sen x, /" '(x ) = -cos x.
b) / ( ) = In , / '( ) = i . S" () = - - V
X XA
EXERCÍCIOS
Achar f'(x)* nos Eers. 2.5.1 a 2.5.70, sendo dada /().
A) Soma. Produio. Quociente
2.5.1. x + 2 + . 2.5.2. ax + bx + c.
2.5.3. — + J~x. 2.5.4. sen x + cos x.
x
7
2.5.5. r 54 — r 3. 2.5.6. x ‘ " + 2x'"r + J 7.
X 3 X5
2x2 + 1 2+x
2.5.23. 2.5.24.
x x- 3
x x2 4- 2 x - 1
2.5.25. 2.5.26.
x2 + 1 3x2- x + 2
2.5.27. 2.5.28.
y / x + 1 1 + J~x
sen x + cos x 2 + X + 1
2.5.29. 2.5.30.
sen x - cos x senx + cosx
senh x sen x
2.5.31. tgh x = 2.5.32.
coshx
(tangente hiperbólica de x)
e* ln x
2.5.33. 2.5.34.
lnx
*Não se preocupe com as restrições sobre Apenas derive-
72 INTR OD UÇ ÃO AO CÁLCULO cálculo diferencial
2.5.35. 2.5.36. — •
1 + ( + l)tg
V
2.5.37. ctg . 2.5.38. sec.
2.5.39. cossec. 2.5.0.
X + cosx
B) Função composta
2 . 5 . 4 1 . ( 3 x 4 - 6 ) 100 2.5.2. (22 3 + )5.
1
2.5.3. 2.5.. J x 3 + 2 10.
( 2 \)3
2.5.5. 2.5.6.
,/l-x2 yi-x2
2.5.7. J ' - * 2.5.8. y r ? .
V1+X
\ / X + yfx. 2.5.50. \ j X + y / 1 + X 2.
f l Si 13 / ; f'i f'i / , f l f l / i f i f i
0 02 03 é 01 02 03 + 01 02 03 + 01 02 03
hi h h3 hl *2 h3 hl hz h3 h\ h' h\
calulada em (supondo todas as funções deriváveis em x).
2.5.74. Enuncie precisamente e prove que
(fgh)' =f'gh+fg'h+fgh'.
2.5.75. (Derivada logaritmica).
Suponha que você quer derivar uma função da forma [/(x)]**’. Lem
brando que ab = eblaa, você pode usar a regra da cadeia normalmente. No
entanto o procedimento dado a seguir é, cm geral, mais prático.
Seja
y = [ / M ] * * ’
In y = </(x) ln/(x).
Derivando,
esférica, achar quão rápido varia seu raio, no instante em que este vale r
metros. (Supor a pressão do gás constante.)
c) Um ponto P se move de modo tal que sua trajetória está contida
no gráfico da função f(x) = ln x. Sabe-se que, num certo instante, as pro
jeções de P nos eixos coordenados têm mesma velocidade escalar ^ 0.
Achar as coordenadas de P nesse instante.
d) Observe a Fig. 2-43.
O ponto P se move em direção ao ponto B. Sabendo que, quando P
dista a de B, a velocidade de variação de a é b radianos por segundo, achar,
nesse instante, a velocidade de P. É dado d.
Não temos aqui uma função, pois, por exemplo, para x = 0, temos
dois valores para y: +1 e -1. Acontece que, se impusermos y ^ 0, então
limite e derivada 75
Derivando, vem
6(f(x))T(x) + [ /'() /()] 32 = 0
[6( /())5 4 ]/'( ) 4 / () 32 = 0
/() 32
/'( ) 6(/())5 4
/ M = I3 (/(x)»2
*
isto é.
f'(x) = - - J L - -= 1— x - 1'3.
J { ) 3 (x2/3)2 3
EXERCÍCIOS
Admita nos exercícios a seguir que a relação dada define uma função
derivàvel y = / (x).
Achar /'(x) nos Exers. 2.6.1 a 2.6.5.
2.6.1. x 3 + y3-3 x y + 1 = 0 .
2.6.2. y = 1 + xe’’.
x2 v2
2.6.3. -T + i r = 1 (a,b> 0).
a o
2.6.4. sen x sen y = 1.
2.6.5. x ' = y*.
2.6.6. Achar /"(x) no caso do Exer. 2.6.3.
limite e derivada 77
2.7. DIFERENCIAL
Na seção 2.5, vimos (Proposição 2.5.2) que, se / é uma função deri
vável num ponto . entào podemos esrever (para h suficientemente pe
queno)
f ( x + h)-f(x ) =f '( x) h + h<p(h),
onde <p é continua em 0 e lim <p(h) = 0.
Chamaremos de acréscimo de f no ponto x relativamente ao acréscimo h
ao número
Af(x,h) = f ( x + h) -/(*),
o qual também se escreve abreviadamente A/
O produto f ( x ) h será chamado diferencial de f no ponto x relativamente
ao acréscimo h e será indicado por df (x,h), ou, abreviadamente, por df. Assim,
df{x,h) = f ’(x)h.
Com essas notações, o resultado acima fica
A/(x,/t) = df(x,h) + h<p(h).
O significado geométrico das definições vistas é ilustrado na Fig. 2-45.
y
Muito bem, mas para que tudo isso?, perguntará você. A origem básia
dessas onsiderações é um problema de aproimação. Queremos aproimar
uma função /, em torno do ponto , por uma outra f unção g, mais simples.
Então, se quisermos calcular /(x + h), poderemos usar a função g, calcu
lando g{x + h).
Todavia o erro cometido, a saber, |/ ( x + h)-g(x + /i)|, deve ser o
menor possivel. É bom ressaltar aqui que não desejamos aproximar /(x + h)
para um valor fixo de h, mas para todo h de um intervalo (conveniente, a
determinar).
Uma função simples sem dúvida é uma função linear, isto é, cujo gráfico
é uma reta. Portanto é razoável procurar uma função g linear que aproxime
/ da melhor forma possível. É claro que devemos impor que / e g tenham
mesmo valor em x, o que é a mesma coisa que dizer que a reta gráfico de
g deve passar por P - (x, /(x)).
Em principio, qualquer reta que passa por P nos dá uma aproximação
de /. Basta olhar para a Fig. 2-46 para se convencer disso.
EXERCÍCIOS .
2.7.1. Calular Af(x,h ) e df{xyh) nos asos
a) /() x + 4x 3; ; h = ;
b) idem para h — 0, e h = 0,01
c) f(x) = x i - y/ H ; x — ; h — 1.
2.7.2. Prove que
a) d{f + g)(xyh) - df{x,h ) + dg(x,h);
b) d(fg)(x,h) = f( x) dg(x,h) + g{x)df(xyh);
. J f \ < u\ g(x)df(x,h)-f(x)dg(x,h)
c) d[ — ( xjt ) = -------------- j — ------------ •
\ 9 ) 9 (x)
2.7.3. a). Um quadrado de lado se epande (mantendose quadrado).*
Calular a variação AS(, /t) de sua àrea S em função da variação h de seu
lado. Calcule dS(x,h). Interprete o resultado geometricamente.
Solução. S — x
AS(x,h) = (x + h) - x = xh + h
dS(x.h) = xh
Vemos pela Fig. 2-47 que a área das regiões II e III vale xh = dS{x,h). e
que o quadrado íl) tem área h = &S{x,h)-dS(x.h). Portanto
àS{xyh) = àrca (11)•+ área (111)+ área (I).
' »--------------- - ' <—— '
-------------- ------
dS(x,h) h~
1. ,------------- 1r— i
h 1| II ! 1 i
L
Figura 2-47 *
X IV
111 i
>t _ j
Logo,
f ( c + h)-f(c) 0
s 0 < h < ft0
e
/ < » 0 SC ft0 < h < 0.
Pelo análogo da L5 para limites laterais (vea nota no final da Sec. 2.3),
podemos esrever
f{c + h)-f(c)
lim -------- ---------- ^ 0,
h-*o- n
ou seja, por / scr derivável em c,
A c) ^ 0
6 A c) ^ 0
/. A c ) = 0.
Se c for ponto de mínimo de f, será ponto de máximo de - f c, pelo que
provamos, deve valer
(-/)'(c) = 0.
/. A c ) = 0.
Figura 3-3
! i^ A
a b x a b x
a)/ não é derivável b )/n ã o é contínua c
em a b) em [o, b]
e portanto
c = 0.
2 1 "I
Exemplo 3.1.2. Idem para /() ——» sendo o intervalo v^J
Figura 35
o teorema do valor médio e suas aplicações 85
EXERCÍCIOS
3.1.1. Achar omo no teorema de Rolle nos casos:
a) f(x) = x3 - x + 2; [0,1], b) f(x) = x2 - 3x + 10, [1.2].
1 x—3x ~~3
c) f(x) = Í - U ] , d ,/W - — [0,1].
X2 + 1
e) f (x) = x J ± ^ L . [0,1],
h'(c)
m - m
b-a
Substituindo na relação anterior, resulta
b-a
Exemplo 3.2.1. Achar c como no teorema do valor médio para
f(x) = x 2, a = 0, b = 1 (Fig. 3-8).
Figura 3-8
v
88 INTR OD UÇ ÃO AO CÁLCULO cálculo diferencial
Temos
m - m m - m
/'( )
b -a 0
c
Figura 3-9
EXERCÍCIOS
3.2.1. Achar c, como no teorema do valor médio, nos casos:
a) f(x) = x3, o = 2, b = 3;
> ) / < * ) a = 0, b = 3;
X + 1
c) /(x ) = ln x + 3, a = 3, b = 5;
d) /( x ) = x3 - 2x2 + 3x, o = 0, b = 2.
3.2.2. Mostre que a corda pelos pontos (o, f(a)) e (b, f{b)) do gráfico de
/(x ) = x2 + mx + n é paralela à reta tangente a esse gráfico no ponto
(a + b J a + b \\
o teorema do valor médio e suas aplicações 89
II II
Figura 3-12 I I
tga = 0
e)
Prova. Seam e ' pontos quaisquer de / om x < '. Pelo teorema do
valor médio, eiste c, com x < c < x', tal que
/( * ')- /(* ) = /'(c X x '-x ),
a) Se/'(x) > 0 para todo x de / que não é extremo de /, então, em par
ticular, J '(c) > 0 e como x - x > 0, resulta da relação acima que
/(* ')- /( * ) > 0,
o que mostra que / é crescente em /.
b) Deixamos esse caso como exercício.
c) Seja x0 um ponto de /. Para qualquer x de / pode-se escrever
f ( x 0) - f (x) = /'(cXx0 - x),
onde c é um número entre x0 e x. Como /'(c) = 0, por hipótese, resulta
/( x 0) = /(*)
para todo x de /, o que termina a prova.
Nota. A proposição nos diz que devemos examinar / ' somente nos pontos que
não são extremos. No entanto a conclusão vale para 1. Considere, por exemplo,
/(x) = x, 1 = [0,1]. / é continua em /, e /'(.\) = 2.x > 0 para todo .x de (0,1).
Logo, podemos dizer que/ é crescente em / = [0,1 ], muito em bora/'(0) = 2 0 = 0!
para tais ? A resposta é não, omo mostra a f unção /(x) = x3, i qual é
crescente, mas /'(x) = 3x2 se anula em 0. (Fig. 3-15).
Figura 3-15
EXERCÍCIOS
3.3.1. Para cada função dada a seguir, dê os intervalos nos quais a função
é crescente e aqueles nos quais a função é decrescente. Tente, quando pos
sível, esboçar o gráfico, /(x) =
a) x 2 - x + 1; b) x2 -1 c) a x + bx + c(« & 0);
d) x3; e) x3 -1 0 x3-x;
g) x4; h) x4 —x i) x", n = 1. 2. 3. •.. .
j) y / x ( x > 0); 1) m) <Tx (se n par, x > 0);
. x~l . 1
X - (x ft 8, -2);
® )
4x + 2
J I ’
0)# 1); P ) (I-8 H x + 2,
71
q) sen x, 0 < x < n; r) sen x + cos x, 0 < x < — ;
s) ln x, (x > 0); t) xln2x (e = 2,71...) (x > 0);
u) v) y ( x + 1)33 2 2
o teorema do valor médio e suas aplicações 95
3.3.6. Sea / uma função definida para todo número tal que
/'() /( ),
/(O) = 1.
Figura 37
Kt )?
e £2
P(4r) = 0,16 — ,
r
vem que
P(4r) < P ^ - 0 < P(r).
AC CB _ y / 16 + X2 4- x
T(x) = ------ > 0 ^ x < 4.
V1 ”2 4
4x - 16 + x2
F(x) -
12^ 16 + x2
12
que se anula somente em x = * e esse número está fora de f0,4l.
Como
7(0) = y S 2,3
7() » .,8,
2 í
!
i
j
Figura 3-20
X
! 1
L 1- L j
x f *X
4
. , „ 3 + y/~3 3 -7 3 . . 3 - /3
cujas raizes sao x = — e x = — -— »das quais apenas x = — -—
----
pertence a (O.l).
Como
RO) = 0, V RI) = 0,
3- /3
vemos que — ^ — é o ponto de máximo de K no intervalo [0,1], logo,
' . . , 3 - /3 273
será também no intervalo (0,1). As dimensões devem ser — - — * —- »
y (3 + 7 3 ) .
O gráfico de V é dado na Fig. 3-21.
Figura 3-21
Isso quer dizer precisamente que /(c)-$/(x) ( f(c ) ^ / (x)) para todo
x de /, e a afirmação se segue.
/ ( * ) - x > 0.
2( 1 _ ^ ) = 0 c = ±y/~ã-
/( ) t , (x ~ a.)2
i 1
seja mínima.
Aqui x varia no conjunto de todos os números. O número c que mini
miza a soma, se existe, é solução de
f ( c ) = 0.
Mas
f \ x ) = 2 [n x -(a , + •• • + a j ]
• c = a i + ' " + a» .
*’ n
Como f'(x) < 0 se x < c e /'(x) > 0 se x > c, segue-se que c é ponto
de mínimo de / no conjunto de todos os números.
Às vezes, o estudo do sinal de / ' é complicado, e um critério utilizando
a derivada segunda de / é mais conveniente:
Proposição 3.4.2. Seja / uma função contínua num intervalo /, em cujo
interior/ ' é continua e/"(x ) > 0 (/"(x) < 0). Se c é um ponto desse interior
tal que f'(c) = 0, então c é ponto de mínimo (máximo) de /e m I.
Prova. Suporemos a condição /"(x) > 0, deixando o outro caso para
o leitor.
Seja x um ponto qualquer do interior de /. Aplicando o teorema do
valor médio a / ' no intervalo de extremos c e x, vem
/'(* )-/'(c ) =/"{d)(x-c),
onde d é um número entre x e c. Por hipótese, temos /'(c) = 0, de modo
que a relação acima fica
/'(x )= /" (d X x -c ).
Então, como f'(d ) > 0, temos que
/'( x ) < 0 se x < c
e
f ( x ) > 0 se x > c.
Como / é contínua em /, o resultado segue da proposição anterior.
o teorema do valor médio e suas aplicações 103
a
Figura 3-23 b
PB _ J a + x2 -I- y j ( l - x ) + b
v v V
de onde obtemos
T
a
c= /.
a+b
l
o b l
a a b
l-c a+h l
tg r ~ —— ------ — -----------
b b a+b
tg i —tg r
.'. i — r. (Por quê?)
O resultado podia ser provado também notando que T'(c) = 0 equi
vale a
c l-c
\ / a + c J b1 + (/ - c)
sen i = sen r
isto é,
i ~ r.
Nota. Para concluir que c é ponto de mínimo de T. podemos evitar o cálculo
de T" da seguinte maneira. Devemos ter T\x) t 0 para todo x < c. pois c è a única
raiz de T\ e, por ser V continua no intervalo x < c. T‘ não muda de sinal nesse inter
valo, senão, pelo teorema dc Bolzano, havería um zero de T no mesmo. Como
h = ~nr 2
V
A = nr + — = A(r), r > 0,
de onde
V
A‘{r) = 2nr — =-
Igualando a 0, resulta
r =
4V .
Como A"(r) = n — j- > 0 (r > 0), concluímos que / — é ponto de
n
mínimo de Ay e é a resposta procurada.
Nota. Problemas como este podem ser resolvidos de uma outra maneira, que,
evcntualmentc, dà menos trabalho. Ao invés de procurar exprimir todas as variáveis
em função de uma só (como fi/emos. exprimindo A cm função de r). apenas con
sideramos que isso pode ser feito e utilizamos uma expressão que defina tal função
implicitamente. Por exemplo, na relação
•
A(r) = nr1 + nrh,
consideramos h como função de r. Derivando,
A'(r) —nr + n(lt + rh'(r)).
Precisamos calcular h'(r). Sendo
V = nr2/»,
06 INTRO DUÇÃO AO CÁLCULO cálculo diferencial
•. h ( r )>= -----
h
r
Substituindo na expressão dc A'(r):
A '( r ) = 27t(r h),
f y t
e * - é ponto de mínimo de A.
V 71
Na Fig. 3-25, apresentamos os gráficos de A{r) para K = 1, V — e V = 3.
Figura 3-25
V= 1
i +i > I - 4 » .X
o teorema do valor médio e suas aplicações 107
f(x) = x 3 - x + 2 / 3 .
9
Temos
/ (x) = 3x ! - ,
■ raizes
cujas - , > /3 e
são
3
*Quer dizer, existe h0 > 0 tal que h varia no intervalo (-h0 h0).
o teorema do valor médio e suas aplicações 109
Como
/"() 6, resulta
r ( ^ ) = 273 > o
e
27 3 < 0
Então
73 73 é ponto de mínimo local
— é ponto de máimo local ——
de /.
EXERCÍCIOS
3.4.1. Um fazendeiro quer construir um galinheiro retangular de modo
que um dos lados seja uma parte de um muro de que ele dispõe. Sabendo
que o fazendeiro possui l metros de aramado. dimensionar o galinheiro
de modo que as galinhas tenham o maior espaço possível para seus afazeres.
110 INTRO DUÇÃO AO CÁLCULO cálculo diferencial
3.4.2. Uma anela deve ter a f orma de um retângulo encimado por uma
smicirunfernia. Sendo seu pcrimctro fixo, achar a relação entre a base
e a altura da parte retangular se se requer área máxima de abertura.
*3.4.3. Um arame de comprimento l deve ser cortado de modo a se obte
rem dois pedaços, um dos quais é usado para construir um círculo e o outro
para construir um quadrado. Como deve ser feito o corte para que a soma
das áreas englobadas pelas duas peças seja
a) minima? b) máxima?
3.4.4. Dentre todos os triângulos retângulos tendo mesma soma dos catetos,
a) qual o de área máxima?
b) qual o de hipotenusa mínima?
3.4.5. Achar o trapézio (isósceles) de maior área inscrito num semicírculo
dado, sendo sua base maior o diâmetro desse semi-círculo.
3.4.6. Retira-se de um disco um setor e, com a parte restante, constrói-se
um cone. Achar o ângulo central do setor removido de modo que o cone
tenha volume máximo.
3.4.7. Inscrever numa esfera dada
a) o cilindro de área lateral máxima;
b) o cone de volume máximo;
c) o cone de área lateral máxima.
3.4.8. Escrever um número como soma de dois números de produto máximo.
3.4.9. Sobre um pedestal de altura H coloca-se uma estátua de altura h.
A que distância do conjunto deve se postar um observador para que veja
a estátua sob ângulo máximo?
3.4.10. No lançamento oblíquo de um projétil no vácuo, qual o ângulo
que dá o maior alcance para uma velocidade escalar inicial fixada?
3.4.11. a) Achar o ponto do gráfico de f{x) = x que está mais próximo
do ponto P = (0,1).
b) Idem para f(x ) = y j x + 1, P = (0,0).
c) Idem para f(x ) — x - 1, P = (0,0).
3.4.12. (Lei da refração da luz). Dois meios (I) e (II) estão separados por
uma superfície. A velocidade da luz é t, no meio (I) e v no meio (II). Se
um raio luminoso parte de um ponto A x de (I) e atinge A em (II), o cami
nho é tal que o tempo gasto é mínimo (Fermat). Mostre que o raio cruzará
a superfície num ponto B (veja Fig. 3-28) tal que
o teorema do valor médio e suas aplicações 111
Observe: , < 2 < 3 < < 5 e /'( ,) < / '( a) < / '( 3) < f ' ( x j <
< /'( 5).
Quando ocorre um aso como o da figura, dizemos que a função tem
concavidade para cima. Se, nas onsiderações feitas, tivéssemos suposto
f"(x) < 0, o aspecto do gráfio de um caso típico seria o mostrado na Fig.
331 e, nesse caso, diz-se que / tem concavidade para baixo.
Temos f " ( x ) sn. Logo, /"() < 0 se 0 < < j i e então / tem
concavidade para baio em [0,r].
Se n < < 2n, /"( ) > 0. e então / tem concavidade para ima em
[ jt 27l].
Figura 3-35
x2 + x - 3
Exemplo 3.5.3. Idem para /(x) = ( X ¥= - 1) (Fig. 3-36).
x+ 1
Através de um cálculo fácil chega-se a que
6
/"(x) = - (x # - 1).
(xTT)3
Se x < -1, vemos que f"(x) > 0, e f tem concavidade para cima no in
tervalo x < -1.
Para todo x do intervalo x > -1, temos J "(x) < 0, e / terq concavidade
para baixo nesse intervalo.
116 INTR OD UÇ ÃO AO CALCULO cálculo diferencial
Figura 3-37
c é ponto de inflexão
\
o teorema do valor médio e suas aplicações 117
Admita que f " seja continua em (a,ò) (notação e hipóteses como na definição
anterior). Tomados um ponto m dc (a.c) e um ponto n de (c,b),f"(m) e/"(«) têm sinais
contrários, por hipótese. Pelo teorema de Bolzano, existe um ponto de (m,n) no qual
/ " se anula, o qual só pode ser <• em vista das hipóteses feitas.
Provamos assim.a proposição que segue.
Exemplo 3.5.4. Achar os pontos de inflexão de / (x) = sen x. 0 < x < n.
Como /"(x) = - sen x é contínua, se existir ponto de inflexão, deveremos
ter /"(c) = 0. 0 < c < 2».
No caso, temos c = n. Como /"(x) < 0 para x < n e /"(x) > 0 para
x > 7t. segue-se que c = n è ponto de inflexão.
f(x) = A'
EXERCÍCIOS
Nos eeríios a seguir, estudar a concavidade e os pontos dc inflexão
dc f(x ) =
3.5.1. x2. 3.5.2. 2x2. 3.5.3. ax2 + bx + c (a # 0).
3.5.4. x 3. 3.5.5. x5 + x. 3.5.6.
x 1
3.5.7. -1 • 3.5.8. 3.5.9.
1 + X 1 + x2
3.5.10. (1 + x V . 3.5.11. x 2 v/ x + 1. 3.5.12. y í ? .
3x3
3.5.13. 3.5.14. - - — •
ln x
x-» + « X
Nos asos (a), (b) e (c), temos lim /(x) = L e, nos casos (c) e (d),
x-++ 00
temos lim /( x ) = L.
JC-*- 00
Formalmente, seja / uma função cujo domínio contém um intervalo da
forma x ^ a. Então dizemos que / tende a L para x tendendo a mais infinito
e indicamos lim f(x) = L se. dado e > 0, existe um número b tal que.
X + 00
gráficas correspondentes.
Os teoremas que existem em conexão com as definições acima são inúme
ros e seria bastante desconfortável (tanto para nós como para você) enun
ciá-los aqui*. Vamos agir na base da intuição.
x * + x - 1 .
Exemplo 3.6.1. Calcule o limite de — ^— —— para x tendendo a mais
r x* + 10.x
infinito c a menos infinito.
Temos
2x5 + x - 1 2+ X
V ^x3
lim lim
x + ao x5 + lOx X *• + 30 íõ
1 +
X4
^ J i io . r
Quando x cresce, vemos que -r» —r» —r tendem a zero. Logo,
x x x
2x 5 + x -1 . 2 + 0 - 0 ^
lim — ;— —— • = —----- — = 2.
X-.+® x5 - lOx 1+ 0
^ , • . 1 1 10 .
Quando x se torna muito negativo. — > — > —j se aproximam de 0.
X’ x" x
Logo.
2x5 + x 1 2 + 00 „
hm — t ----—— = —----- — = 2.
x - - oo x 5 + lOx 1+0
x* —1
Exemplo 3.6.2. Calcular o limite de — —— para x tendendo a menos
infinito e a mais infinito.
Temos
1-
x2- l X
lim —- = lim
x - -‘- 4x - 3x
00 x- + 00
—1
Exemplo 3.6.3. Calcule o limite de —-i—— para x tendendo a mais
-------
x4 + 2x + 1 v
infinito e a menos infinito.
Temos
lim . ,
.....
x6-l
= lim
c-*+00X + 2x + 1 x-» + ao
2 1
<-i)
1 + ~3
X3 + ~4
X
Quando x cresce, também cresce x2 além de qualquer valor, ao passo
- 7
, 2 1
1 + X~33 + X~4
7l
Exemplo 3.6.4. Idem para
-x* x
Temos
x7l
lim = Um
——7 ---- - ------ - = - 3 0 .
c-*+ oo—2.X + x + 1 x-* + oo 2 1
“2 + —3 + —4
X X
pois, quando x cresce, x3 cresce além de qualquer valor, e
d
----------------- se aproxima de - —•.
2 1 2
-2 + -3 + —
x*
Por outro lado
x7-l
lim —r—
..... - = lim < b) = + 0 0 ,
----
*-* —co—2x4 + 2x + 1 »-• - oc> „ 2 1
-2 H 3 H Í --------
X X
---
pois, dessa vez, x3 se torna cada vez mais negativo quando x se torna cada
vez mais negativo.
Você deve ter percebido que, para calcular limite de funções racionais
para x tendendo a mais infinito ou a menos infinito, é conveniente colocar
em evidência a maior potência de x no nuraerador e no denominador e
simplificar.
Exemplo 3.6.5. Idem para x6 - 2x + 10.
Temos
lim (x6 - 2x + 10) = lim x6( 1- ^ )= 00.
JC-* -f x * + ao \ X J
,.
i( . 1 1 10 1\
= x~ + + ao ry 2 “ TX + X^ X“ ^ + X^ J) = _co
Po r outro lado.
lim (27 6 + 102 + 1) =
A -• - ac
,. 7 / „ 0 \
lim ^ í -2 - — + -3 - -5 + --7 ) = + 00 .
x to \ X X X X
Outros casos que ocorrem e que não sc enquadram nas situações que
focalizamos vão ilustrados na Fig. 3-44.
o torma do vaor médio suas apiaçõs 125
E, no caso (f),
lim /(x) — +oo e lim / (x) = L.
X * X Q _ X-**0 +
lim /(x) = + oo Dado M > 0, existe b > 0 tal que x0 < x <
X “ » X () +
< x0 + S implica /(x) > M
+ 00 + 00 + oo + 00 ?
+ 00 -00 ? -00 7
-oo + oo 7 -00 7
L=0: ?
L + 00 + 00 0
Lí ^ 0 16^ oo
I- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 1- - - - - - - - - - - 1 ~ I --- - - »
L = 0 :
L oo 00 0
L ^ 0 : -Cj Oo 1
jC = 0 1 i + co
L = 0 :
+ 00 L + 00 L = 0 : oo
L / 0 : cL oo
L ^ 0 : c L oo
L — 0 + : —oo
L= 0 :
00 L oo L — 0 : +oo
+o o
L 0 : - s L oo
L =£ 0 : í/oc
L= 0:
L 0+ L 0
Ly^O: r.Loo
L = 0 :
L 0 L 0
L ^ 0 : - e Loo
Explicações.
) □ p ode serser substituído
substituído por qualquer dos símbolo
símboloss x0
x 0 , x0 + , x 0 -,
+ 00, - 00.
2) ? significa que nada se pode concluir.
3) 0 + (0-) significa
significa que o limite da função é 0, sendo a mesmamesm a posi
tiva
tiva (negativ
(negativa)
a) para x suficientement
suficientementee próximo
próxim o de □ . Aqui
Aqui cabem diversas
interpretaçõe
interpretaçõess apropriada
apro priadass quando □ é substituído
substituído pelo
peloss vários
vários símbol
símbolos.
os.
4) e, é o sinal de L. valendo a regra dos sinais. Assim, se L < 0, -eLco =
= —( —
—o o = + .
Passemos agora ao esboço de gráficos de funções. Recomendamos o
seguinte roteiro a você, que será ilustrado nos exemplos.
1. °) Observe o do
domín
mínio
io da função, e marq
ma rqueue alguns po pont
ntos
os do gráfi
da mesma (por exemplo, os pontos do gráfico sobre os eixos coordenados,
se houver).
2. °) Ache
Ache as regiões
regiões onde a função cresce e onde ond e decresce.
decresce. Pa Para
ra is
is
você usa a derivada. Aproveite então para achar os pontos onde a derivada
se anula, e tente reconhecer os pontos de máximo e mínimo locais.
3. °) Estude a concavidade e investigue pontos de inflexão.
4. °) Veja o que sucede com a função qu quan
andodo x cresce
cresce mumuito
ito e qu
quan
an
se torna
torn a muito negativo (isto
(isto é, calcule lim /(x
/( x ) , lim /(x)).
/(x )).
-+
-+ X —
5. °) Verifiqu
Verifiquee se existe
existem
m po
ponto
ntoss x 0 tai
taiss que / (x)
(x) se torna
torn a m u ita gran
ou muito negativo quando x se aproxima de x0 (pela esquerda, pela direita,
o torma do vaor médio suas apiaçõs 129
I o) X 1 0 1 / 2
/ ( X ) 3/2 - 1/2 0
8
2.°) /'(
/ '(xx ) =
(4x + 2)
Se x < - 4- /'(x)
/'(x) > 0 . ' . f é crescente
crescente no intervalo x < - —
2 2
64
3.°) x) = -------------
1 '■ ' (4x + 2)3
1
Sc x < */"(x
*/" (x ) > 0 a conc
concav
avid
idad
adee é para cima no intervalo
1
x < ~ r
Se x > - — »/"
»/"(x
(x ) < 0 a concavi
concavidade
dade é para baix
baixoo no in
inte
terva
rvalo
lo
13 INTRO
INT RO DU
DUÇÃ
ÇÃ O AO CÁLCULO cálculo
cálculo difer
diferenc
encial
ial
lim f(
f ( x ) = —
” * - 00 L
x - 1
5°) lim /(x) — lim —--------- = + oc,
Jt---
--- 1/2 - JC-»- 1/2- 4x + 2
.. .. 2x - l
lim f(
f ( x ) = Um ---------- - = o o
x - 1/2 + j c- - 1/2 + 4 X + 2
x
o torma do vaor médio suas apiaçõs 131
Figura 347 X 0
1 / ( ) / 2
/ 2 0
(Ob serve que / é simét ria om relação à origem, pois f(
f ( x )
2
2.°) /'(
/ '( ) (2 + l )2
V o y i
x — — + +
x2-3 + — — +
2x(x2
2x(x 2 - 3) — + — + !
--------- 1
4. c) li
lim
m /(x
/( x ) = lim
lim — = 0; lim
lim /(x
/( x ) = lilim 2* = 0.
* CC x * oo + 1 x——c
o JL- * - OO 1
Figura 3-48
No
Nota. Um refinamento no traçado do gráfico de uma função pode ser obtido
o torma do vaor médio suas apiaçõs 133
EXE RCÍCIOS
3.6.1. Ca l u lar lim /(x ) e lim /(x ) nos casos: /(x) =
x ~
a) x 2 + 3x - 1; b) -2x2 + x + 4;
c) x3 + 4x2 - 2x + 1; d) x4 - 2x3 + 5x2 - x + 2 ;
x4 - 3x3 + 4x2 - 3x + 2
c) -2x5 + x4 - 3 x 3 + 5x2 0 - x 3 + 7x2 - x + 3 ’
x3 + 2x2 + 9x + 5 2x2 - 5x + 4
g) h)
2x + 5 ' - 2x4 + x3 + 3x2- l ’
x 3 - 5x + 1 3x2-4x + 1
i) -2x7 + 4x4 + 6x2 - 7 ’ j) 2x2 + 8 x -3 ’
-4x 3 + 6x2 - 8x + 12 x2-4 x + 8 x2 + 2 x -3
D m)
2x3 - 7x2 - x + 8 ’ 2x + 3 2x + 1
x2 - 4x + 8 x2: + 2x + 3
n —— +
2x + 3 2x + 1
3.6.2. Completar:
X3- l
a) lim —X b) lim -------
j t i ( x i r x-*0 - X
X3 — 1 3x2 -4
c) lim ------- d) lim
*-0 + X * - - i - (x- 2)2(x + 1)
3x2-4 3x2 - 4
e) lim
-i+ (x - 2)2(x + 1) Ü5< 2«x + I)
g) lim tg2 x = h) lim (ln x)2 =
x * n / 2
v X2 + 1 ,. X2 + 1
i) lim -------- j) lim - — - = .
X+ 1 X + 1
m)
( l )2
n) ex; o) e~x:
p) 0; q) In
. In
r) e~x*; s) — ;
-e x
t) xe*; u) sen hx =
~
e x sen x
v) cos hx = —— .)
1 + cos x
----
x
y) J / x + ;
x2 —1
3.6.4. Mostre, pela definição, que
O gráfico (a) não é de uma função, poisa x0 estão associados três números.
Já o gráfico (b) é de uma função, mas não goza da propriedade adicional
a que nos referimos, porquanto >’0 = f(x'0) = f (x'ó) e x'0 # .
O gráfico (c), por sua vez, é dc uma função e goza da propriedade adi
cional em questão. Nesse caso, podemos definir uma função de domínio
B da maneira exposta a seguir.
A cada y de B, associamos o (único) número x de A tal que y = f(x).
Indicando tal função por f ~ l (leia:/ a menos um), vem
r l(.v) = x,
í st o é ’ / - ■ ( /( * » = x.
/ " 1 é chamada função inversa de f e, nessa circunstância, / é dita inver-
sívei
Da definição segue (veja Exer. 4.1.4) que f ( f ~ x(y)) = y-
Pela própria definição, decorr / é inv ívcl, tod paralela
136 INTRO DU ÇÃ O AO CÁLCULO cálculo diferencial
Figum
/
Figura 44
Exemplo 4..2. Sea / uma função continua num inte rvalo /, derivável
m todo s os p onto s x d o seu interior, para os quais se supõe f'(x) > 0. Então
/ é inversível. De fato, / é crescente em /, e mostraremos agora que toda
função crescente é inversível:
Sejam y t x números tais que j’ = /(x). Não pode existir x, x tal que
y = / ( x j , pois, nesse caso, teríam os/(x) = /( x ,) por um lado, e se x l # x,
ou x, < x e daí /( x ,) < /(x), ou x, > x e daí /( x ,) > /(x), e o absurdo
sempre fica configurado.
Como aplicação, temos que a função /(x) = x3 + x é inversível, pois
f'(x) = 3x 2 + 1 > 0.
EXERCÍCIOS
4.1.1. Dos gráficos apresentados na Fig. 4-5, dizer quais são de funções
inversíveis.
4.1.2. Achar a função inversa (se existir) da função / nos casos /( x) =
a) 5 x - 2 ; b ) x 2 ( x > 0);
c) x2 (x < 0);
e) ( x - 1)3;
x+ 4
h ) ----- ~(x * 3);
x- 3
x ^ 0;
138 INTRO DUÇÃO AO CÁLCULO cálculo diferencial
D > 0; m) seuhx;
n) osh x, x ^ 0 ; o) 2 + In (x + 3) (x > -3);
ax + b , , ^ d
q ) —-——» a d - b c ^ O , x # -----••
p)1 + F ; cx + d c
N o ta . Recomenda-se esboçar os gráficos d e /e d e / \ para melhor compreensão.
e, como / é crescente,
o que é absurdo.
O enunciado da proposição seguinte parecerá horrível a você, mas
não se impressione com isso. Nós vamos destrinchá-la.
Proposição 4.2.2. Seja / uma função derivável no seu domínio (a,6), tal
que f ' (x ) > 0 (/'(x) < 0) se verifica para todo x de (a,b). Nessas condições,
temos
(/" W M ) =
/'(x)
para todo x de {a,b).
Essa fórmula, aparentemente complicada, exprime um fato geomér
trico bastante simples, que veremos agora (dessa vez não colocaremos a
prova da proposição em apêndice, mas no fim desta seção).
Na Fig. 4-7, estão desenhados os gráficos d c / e d e / -1 .
Como f é derivável em x, podemos traçar a tangente r no ponto (x,/(x)).
Temos
tga =/'(x).
Pela simetria com relação à reta y = x, o gráfico de / - 1 admite a reta
tangente s no ponto (/(x), x), e -
função invrsa 141
n
— a y,
4
e daí, subtraind o memb ro a memb ro, resulta
de modo que
1
tg P = ctg a
tg a '
ou sea.
i
( / ‘n / M )
F.ntão
dx _ J_ _ j l
dy dy x
dx
Devemos colocar x em função de y. Como y = x c x > 0. resulta x =
— yf~y. Então
dx _ 1
d v ~ J~y
Retornando à notação anterior, escreve-se
d f 1 ^ 1
dy 2 J~y
ou, como é costume,
função invrsa 143
n n
Exemplo 4.2.2. Sea a funç ão y =f{ x) - sen x.
n
Como /'(x ) = cos x > 0 para - <x< / é crescente em
Logo, é inversível. Sua inversa é chamada arco-seno, c tem por domínio
[ - 1,1] (veja Fig. 4-9). Indica-se j ~ x = arc sen.
dx _ 1 _ 1 1
dy d£ cos x / 1 _ sen2 x ’
dx
. rfx 1_
-1 < >• < 1,
” dy / h 2’
ou seja.
d arc sen y 1
- ! < > ’ < 1;
^ " T w 1’
usando a notação habitual,
(arc sen x)' = -1 < x < l.
n n
Exemplo 4.2.3. Sea y —f(x) = tg, — < < — •
2 2
dy dy sec2 x 1 + tg2 x 1 + y2
dx
d arc tg y 1
' dy 1 + y2 ’
OU I
(arctgxy =
Vistos esses exemplos, jà é tempo de dar a prova da Proposição 4.2.2.
Prova. Vamos supor f'(x) > 0, deixando o caso f'{x) < 0 para o leitor.
Seja y do domínio d e / - \ e x o número de (a.b) tal que y = /(x). Para
todo k suficientemente pequeno*, y + k pertence ao domínio d e / -1 (veja
Exer. 4.2.10). Supondo k ^ 0 nessas condições, provaremos .que
Mmr v t » w : - J y )
* 0 K 'W'
função invrsa 145
Sea
h i k ) = f - l(y + k ) - r 1(v).
que, po r simp liidade, esr eve remos h*. Como = f ~ x(y), vem que
h —f *(v + k ) - x
f ' l(y + k) = x + h
y + k = /( h),
f(x) + k = f ( x + h)
He = / ( h)-f(x).
T oda s essas passagens ficarão claras se você olhar a Kig. 4-11.
Entã o
lim r ^ k t T H y ) |im i -------
fc-»0 K *-*0 / ( ) <p(/l) 7w '
EXE RCÍCIOS
.2.1. Mo str e que a função /(.) o s, 0 < < n é inv rsível. Sua in
versa é indicada arccos (arco co-scno). Mostre que
1
(aa cos x)' = - -1 < X < 1.
n
4.2.2. Definindo arc ctg x = — - arc tg x,
1»
arc sec x = arc cos— .x , ^ 1,
x
arccossecx = arc sen — » |x| ^ 1, prove que
J i + x 1- x
para todo x ^ 1? Isso contradiz o corolário da Proposição 3.3.1.?
"7T
„ se x > 0,
x 1
c) arc tg x + arc tg — = <
x n „
- — se x < 0.
2
d) arctg = arc sen x (-1 < x < 1).
/ i r
*4.2.7. Seja / uma função derivável num ponto x0 , e f'{ x 0) = 0; se / for
inversível, mostre que f ~ l não é derivável em /( x 0).
Sugestão. Use a relação / - 1(/(x)) = x.
4.2.8. Achar:
a). aresen-5^
s/3- ; b) arcsen(sen n)\
c) arctg(-l); d) aresen
(i>
e) arc cos 0 arc cos
Hi>
148 INTRO DUÇÃ O AO CALCULO cálculo diferencial
Símbolo Lê-se
e i pertence
4 não pertence
A e
V ou
implica
<=> se e somente se
1— associa
APÊNDICE A
A.l. CORPO
O conjunto dos números reais é, em particular, um corpo, noção que
definiremos a seguir.
Definição A. 1.1. Um corpo é um conjunto K munido de operações*
(x.v) i—► x + v e (x.y) i—► xj’ tais que:
Ai) (x 4- y) + z = x + (>- + z) para todo x, y, z de K ;
A2) Existe OeK tal que x + 0 = x para todo x d q K;
A3) Dado x e K , existe - x t K tal que x + (-x) = 0;
A4) x + y = y + x para todo x,y de K;
M J {xy)z = x(yz) para todo x, y, z de K ;
M2) Existe U K , 1 # 0, tal que x • 1 = x para todo x &K;
M3) Dado x e K , x ^ 0, existe x-1e K tal que xx-1 = 1;
M4) xy = yx para todo x,)1de K;
D) x(y + z) = xy + xz para todo x, y, z de K.
)
152 INTRO DUÇÃ O AO CÁLCULO cálculo diferencial
•' [A J 0 + x = 0' + x
• • [Prop. A. 1.1.] 0 = 0'.
A unicidade do oposto fica como exercício.
Proposição. A. 1.2. A equação a + x = b tem solução única em K. a
saber, x = b + (-a).
Prova, a + (b + (-«)) = a + ((-a) + h) ~ (a + í-fl)) + b = 0 + h = b
[usamos, sucessivamcnie. A4, A,, A3, A2.]
Logo. x = b + (-u) é solução. Para a unicidade. soinar -a a ambos os
membros da equação.
Convenção, b + (-u) cscrcver-se-ã b - a .
Proposição A. 1.3. -(-x) = x; -(x + y) = (—x> + (-y).
Prova. Temos x + (-x) = 0e, por A4 , (-x) + x = 0, o que significa que
--(-x) = x. pela unicidade do oposto.
(x + y) + ((-x) + (-y)) =
= x + [y + ((-x) + (-y))] =
= x + [y + {{-y) + (— x»j =
= x + (v + (y)) + (x)j =
apêndi 153
( x - ‘x)y = 0, [M J
1 y = 0, [M 3]
y = o. [ m 2]
EXERCÍCIOS
A.1.10. — = — = - — (y # 0 ).
y y y
X
V XW
A.1.11. — = — 0'> w, z # 0).
z yz
w -
X z
A.1.12. Sendo y, w ^ 0, — = — <=> xw = yz.
y w
-A. 1.13. a) 2(x-+ y) = 2x + 2y = (x + x) + (y + y)
b) 2(x + y) = (x + y) + (x + y)
apêndi 155
+ a b a b
a a b a a a
b b a b a b
Prova
a) > )’ > y > 0
v > z => y - z > 0
p o r Def. A.2.1.(a), (y) + (yz) 0. isto é,
.v z ü
.'. x > z [Def. A.2.2]
b) x > y => x - y > 0
como z 0.
( y)z > 0 [Def. A.2.L(a)]
.'. x z - y z 0
vz yz [Def. A.2.2.]
c) Como z < 0 aca rr eta r > 0, p or >/ podemos esreve r
(r) > y(-z)
.'. -x z > -yz
.. z ( y z ) > 0 [Def. A.2.2]
.'. y z - x z > 0
.'. xz < yz. [Def. A.2.2]
d) > y > y > 0
Z > W > Z - » V > 0
( y) (z w) > o [Def. A.2.L(a)]
.‘. + z - ( y + w) 0
.'. x + z > y + w. [Def. A.2.2]
e) Como x > y c z > 0 vem
z yz [po r b)]
Como z w e y 0 vem
yz yw [po r b)]
.'. z > yw ^ 0 [p o r a)]
Proposição A.2.2. Num co rp o o rd enado, temo s 2 ^ 0 2 = 0 x = 0.
Prova. Pela Def. A.2.1(b), dado ,
ou 0 e, nesse caso, x2 > 0 [por e)]
ou x = 0 e, nesse caso, x2 = 0
ou -x > 0 e, nesse caso, (-.x)2 > 0 [por o)]
i.e. x2 > 0 (Regra dos sinais)
Deixamos o restante como exercício.
apêndi 157
EXE RCÍCIOS
P r ova r as seguinte s afirmações, sendo x .y.z,w .e,a e lemento s d um
co rp o o rd enado.
A.2.I. < y < x <=*• x > -y > .
A.2.2. ( 0) a (y < 0) = xy < 0.
A.2.3. ^ x; x + 1 .
A.2.. ( ^ y) a (y ) = = y.
A.2.5. xy < 0 <= [( 0) a (y < 0)] vf(.\ < 0) a (y 0)J.
A.2.6. 0 < •«= 0 < •
A.2.7. Se y 0, ent ã o
y < ^ y <= .v2 ^ y2
A.2.8. 0 < < y = 2 < y2.
A.2.9. 2 + y2 ^ 0 2 + y2 = 0 <= = y = 0.
A.2.10. Num co rp o o rd enado, o único e lemento que é igua l ao seu opo st o
c ü ( t / Eer. A. 1.14. nota 2).
A.2.11. (xy > 0) (x > y) => — < — •
a
x y
A.2.12. Não existe a tal que x < a para todo x de um corpo ordenado.
A.2.13. Dados x e y, x # y, existe r tal que x < z < y.
A.2.14. a) y /x y ^ onde x ^ 0. y ^ o e (N ./ »*’ <t para .**•
, x+ i 1
b) — • > ---- - x > 0. , >0 (2 = 1 + 1).
—+ —
* y_
___
2
A.2.15. Não existe x tal que x 2 + 1 = 0.
A.2.16. Defina |x | e verifique que valem as propriedades usuais do módulo.
A.2.17. |x| < |y | <=> x2 < y2.
A.2.18. a) Sejam x e y tais que, dado e > 0 qualquer, temos |x - y | < e.
Então x = y.
*b) Se, dado e > 0 qualquer, verifica-se x - y < e, então x ^ y.
A.2.19. Admita que se saiba o que é número natural e o que significa x”,
n natural (xxxx ... x). Mostre que
158 INTRO DUÇÃ O AO CÁLCULO cálculo diferencial
Definição A.3.2. Seja A uma parte de um corpo ordenado K. Seja b e K
tal que
a) b é restrição superior (inferior) de A;
b) se b' é restrição superior (inferior) de A, então b < b\ (b ^ b').
Nesse caso, b é chamado supremo de A (ínfimo de -4); indica-se b = sup A
(b = inf A).
Nota. Abreviadamente: sup A t a menor das restrições superiores dc A.
b) Como sup A - c < sup A e sup A é a meno r das restrições superi ore
de A, segue-se que sup A - e não é restrição superior de A ; logo. existe x e A
tal que sup A - e < x.
supA-e x sup A
Fig. A l r - I ■■ I I---------------
) \ c -------- V
-----
A
O outro caso é deixado como exercício.
Definição A.3.3. Um corpo ordenado completo é um corpo tal que qual
quer parte não-vazia* do mesmo, restrita superiormente, possui supremo.
No Exer. A.3.4, teremos uma idéia de por que um corpo ordenado com
pleto não tem "falhas”.
EXERCÍCIOS
A.3.1. a) a é restrição superior de A <=> -a é restrição inferior de -A .
b) Existe sup A <=> existe inf (-A). Nesse caso sup A = -in f (-.4).
c) K é corpo ordenado completo <=> toda parte não-vazia de K restrita
inferiormente tem ínfimo.
d) Seja A um conjunto restrito**, isto é, restrito superiormente e infe
riormente. Mostre que
inf (--4) = -sup A
inf A = -sup ( >4)
c) K é corpo ordenado completo <=> toda parte não-yazia de K restrit
inferiormente tem ínfimo.
A.3.2. Num corpo ordenado, pode-se definir a noção de intervalo. Por
exemplo [o,b] é o conjunto dos x tais que a < x ^ b.
Sejam [a„, n = 1,2,3,.. .*** intervalos (num corpo ordenado K )
tais que
« i ^ ai+l < bi+i < b; (i= 1,2,3,...)
Intervalos assim são chamados encaixantes.
Seja A o conjunto dos a ,; B, o dos .
*Isto é, que possui pelo menos um elemento.
**Diz-se também limitado. Cocrentcmente se fala limitado superiormente (in
feriormente) ao invés de restrito superiormente (inferiormente).
***Embora os números naturais sejam definidos mais adiante, não seria natural
16 INTRO DUÇÃ O AO CÁLCULO cálculo diferencial
(b-a)
b) Se b > a, seja d = Então
’ b 2
(b - a)
0< d<b d
apêndi 161
Prova. Se assim não fosse, seria n ^ x para todo n e N, e N seria restrito
superiormente.
EXE RCÍCIOS
etc.
b) Uma subseqüência de {aB} é uma seqüência {bH} tal que bH = a rn,
n = 1,2,3,..., onde r, < r < • • • (r. e N).
Exemplos. {an} e {a2»-i} s^° subseqüências de {a„}.
c) lim aH= L significa que, dado c > 0. existe N & N tal que
C [0 ,1);
d) dos tais que y/~3;
I
e) dos nú meros da f orma
G »neM
LIMITES
LI. Se /() tende a L quando tende a 0 e f(x) tende a M quando
tende a 0, ent ão L - M.
Prova. Se L ^ M, podemo s supor, sem perda de generalidade, que L > M.
Tomemos
1) lim ( / + #Xx) = L + M
2) lim ( / # ) = LM
3) lim I( —
f \
l(x) = L— > supondo, nesse caso, M # 0.
x-*o \ g } M
Prova.
e
1) Dado t > 0, consideremos — •
2) Temos
Tomando <5 = min {5,, ô , 53} vem, considerando (a), (b), (c) e (d),
3) Basta provar que lim ( — \ x ) = • lembrar que — = / ' — c usar (2).
\ g / M g g
Temos
1 1 M m ,
a)
flíx) Aí lí(*>l |M|
b) Existem , N > 0 tais que
0 < | x - x o| < 5 , =^- |^(x)| > N. (lema anterior).
Dado £ > 0, consideremos
c) e | Aí | N, e então existe S > 0 tal que
0 < ]x — X q | < ô=> |g(x)-Aí| < £ |Aí| N.
Tomando ô = min {<$,, ô} e considerando (a), (b) e (c), vem
172 INTRO DUÇÃO AO CALCULO cálculo diferencial
Mas
(F/)(x) = F(x)/Xx) = kf(x) = (fc/)(x).
2) lim (f(x)-g(x)) =
X-»XO
= L + (-1)- M = L - M .
Na penúltima passagem, usamos o Corolário (1).
L4. Se lim g(x) = lim h(x) — L e se / é tal que g{x) < /(x) ^ h(x) para
X “ * X<> X-»X O
todo t de um intervalo que contém x0, com eventual exceção de x0. então
lim /(x ) = L.
X-*Xo
L5. Sea / uma funç ão, e 0 um número. Suponha que num inte rvalo
abert o contendo 0 se verifica /(x) > 0 para todo x desse intervalo, com a
possível exceção de x0 . Então, se lim /( x ) = L, temos L ^ 0.
* * 0
Nota. Se lim |/|(.x ) existe, não se pode concluir que existe lim f(x). De fato,
o X — Xo
considere
m ’ F I . . . ,J<# 0)'
Temos |/(x)| = l, de modo que
lim |/|(.x) = 1,
x-*0
mas não existe lim f(x).
() Sea / uma função e Le R. O sí mbolo lim /(x ) = L significa que,
X -* + 0O
É fácil ver que isso é equivalente ao seguinte: dado M < 0, existe b tal
que
x > b =>f(x) < M.
(111) Sendo x0 e R, lim /(x ) = +ao significa que, dado M > 0, existe
x-»xo +
Aí
Prova. 1) Dado Aí > 0, considere - - > 0.
a) Existe > 0 tal que x0 < x < x0 + áj => f(x) > AÍ/2.
b) Existe ô > 0 tal que x0 < x < x0 4 ô =>g(x) > AÍ/2.
Tomando ô = min {<5j, ô 2) resulta dc (a) e (b) que
x0 < x < x0 + ò =>/(x) + $(x) > Aí.
Prova. 1) Imediato.
2) Como lim (-^X*) = + oo, vem, pelo provado, que
X - *X 0 +
3) Eercício.
Nota. No caso do Corolário (2), nada se pode afirmar a respeito de lim ( / + Xx
í
x xo
Justifique.
Proposição B.3
Prova. O Caso (2) será deixado como exercício. Para o Caso (1), devemos
considerar várias possibilidades.
l.fl possibilidade, lim f ( x ) = L . Le R. Isso é equivalente ao seguinte:
+ 00
dado e > 0, existe b tal que x > b =► | /( x ) - L | < e, onde podemos tomar,
como é claro, b > 0. Nesse caso, 0 < — < -7- • Pondo t = — > vem que
x b x
a afirmação inicial é equivalente à seguinte: dado £ > 0, existe ò > 0 (a
saber tal que 0 < t < ò < £, ou seja,
lim f \ —| = L.
1-0+ \ t )
“ possibilidade, lim /(x) = +00.
- * <30
Nesse caso, dado M > 0. existe b > 0 tal que x > b ^ f(x) > M. Como
0 < — < -r> isso é equivalente ao seguinte: dado M > 0, existe ò > 0
x b
I
^a saber, tal que 0 < — < ô - f(x) > M. Basta fazer t = — para
X x
concluir que lim / ( — ) = + 00.
1-0+ V*/
3.fl possibilidade, lim J \ x ) = - o o. Deixamos como exercício.
X—+ 00
Proposição B 4 Se
Le R 'M e R
lim /(x) - J + 00 e lim g(x) j + 00
+ 00 \ x - * + 00 -
-
-
+
- 8
1
-0 0
apêndi 177
ent ão
Í
L + M ( L M
+ oo e lim (M ) = + oc
00 + 00
00
Prova. Deco rr e imediatamente d as propo sições vistas e de seus orolários.
Corolário. O s r es ultado s sub sistem mudando +oo po r oo no s sím
bolos lim /(x), lim g(x).
x~* + 00 + 00
Proposição B.5. Se lim f(x) = 0 e, para x num intervalo contendo x0,
x~*xo
se verifica f ( x) > 0 (/(x) < 0)). com a possivej exceção de x0 . então
(t )w = (t ')(x_c0
Prova. Consideraremos apenas o caso / (x) > 0, deixando o outro como
exercício (considere -/).
Seja M > 0. Consideremos > 0.
M
a) Existe, por hipótese, > 0 tal que
EXERCÍCIOS
B.l. Faça alguns dos exercícios propostos no texto e aqueles da tabela
da Sec. 3.6 que não foram considerados.
B.2. Prove que
) li /( ) lim / ( 2); b) li /(Ixl) li /(x).
178
17 8 INTR OD UÇ
UÇÃO
ÃO AO CÁLCULO cálculo
cálculo difer
diferenc
encial
ial
abe
ab e rt o contendo 0, tenhamo s <?() ent re L e /(
/ ( ) , eceto po ssivelmente
no ponto 0, ent ã o
lim g{x) = L.
O
d) g é contín
co ntínua
ua em y0 . E ntão
ntã o lim (g °/Xx) = g( lim /(x))
/(x )) = g{y0).
' X-*Xo X “*X o
\y-y
\y-y<
<>\ < òi
ò i =* \9(
\ 9(y)
y)-g
-g(y
(y00)\ < «
por g ser contínua em y.
b) Consid
Co nsiderad
eradoo > 0, existe
existe ò > 0 tal que
0 < |x-x0| <õ => | / ( x ) - y 0 | < ô l
porr ser li
po lim
m / (x) = y0 .
x-*xo
Logo, de (a) e (b) segue que, dado s > 0, existe ò > 0 tal que
0 < | x —x 0 1 < 6 => |3(/(x))-0(yo)| < e.
B.5. Usando o resultado do exercício anterior, prove a Proposição
2.4.3 (Cap. 2).
B.6.
.6. Prove a L3(b
L3(b)) e (c) utilizando
utilizan do o roteir
rot eiroo dad
d adoo a seguir.
seguir.
1. °) A funç
fu nção
ão f(
f ( x ) = x2 é contínua em R. A função /(x) = 1/x é c
tínua no intervalo x < 0 e no intervalo x > 0.
2. °) Usand
Us andoo o Exer. B.4 B.4,, prove que, sendo lim lim / ( x ) = L, então
X-*XO
apêndi 179
(M*) = 9)(x)-(f-9)(*)l
5") Prove
Prov e L3(c) (c) usando
usa ndo o fato fato de quequ e limlim —í— = -J->que
-J-> que é provado
prov ado
*-*o / ( x ) . L
usando a l.° parte e o fato fato quequ e f
— =/— 1 •
9 9
B.7.
.7. a)
a) Uma
Um a função / se diz um infinitésimo infinitésimo parap ara x tendend
tend endoo a x0 ,
ou para
pa ra x tenden
ten dendo do a + oo, ou par p araa x tendend
ten dendoo a -oo, se, se, respectivamente,
sucede lim f( f ( x ) = 0, lim f( f ( x ) = 0,0, lim
lim /(x
/( x ) = 0.
0. Em
Em qualquer dos ca- ca-
X-*X q JC->+
->+ 00 X-* - oo
sos, / pode ser referida simplesmente
sim plesmente como infinité infinitésimo.
simo.
b) / é da forma “infini “infinitési
tésimomo + constante
con stante”” <=> lim /(x ) —constante.
c) Soma, produto e diferença de infinitésimos é um infinitésimo. Pro
duto de constante por infinitésimo é infinitésimo.
B.8. Enuncie e prove resultados análogos ao teorema do confronto para
os casos de
de limites
limites não do tipo lim lim / (x) = L, x0, Le
L e R.
x-
x-*xo
B.9.
.9. Prov
Pr ovee qu
quee lim f( f ( x ) = L se e somente se lim/(x0 + li) = L.
x-».\*o
-».\*o Ji-> 0
APÊNDICE C
CONTINUIDADE
Proposição C .l. Sea / uma função de dominio [a,6], contínua e c res
ente (dec rescente) nesse intervalo. Então f ~ l é contínua em seu domínio
[/(a), m ] (C/(H /(*)]).
Prova. Suporemos / cresce crescente
nte,, deixando o outro
outr o caso
caso parapa ra o leit
leitor.
or.
a) Seja y0
y 0 e ( / (a),
(a),/(f
/(ft))
t)).. Então
E ntão pode-se
pode-se escrev
escrever
er y0 = /(
/ ( x 0), onde
ond e x0 e (a,b)
Dado e > 0, podemos supô-lo, sem perda de generalidade, suficiente
mente
me nte pequeno
peq ueno de modo mo do que (x0 - £, £, x0 + e) esteja contid
co ntidoo em (a,ô
(a,ô).
).
Como x0
x0 - £ < x < x 0 + c e / é crescente, tem os
apêndi 181
isto é,
|/(x ) -/(.v 0)| < ô,
isto é,
/(
/ ( x 0) - S < f(x) < / ( x 0) + S,
vem por () que
f ( x 0 - e ) < /(x) < / ( x 0 + e)
e, por ser f ~ l rescente.
/ - ‘(/
‘( / ( x o e < / - ‘( /( x ) ) < / ‘ ( / U o + 4 ,
isto é,
x0 - e < x < x 0 + e,
isto é,
|x -x0| < e,
isto é,
l f ~l(y)
~l(y)--f~l(y
~l(y0)í < £-
b) Rest
Restaa mostrar que / 1 é contínua emem f(
f ( a ) e f(b
f (b)) , o que deixamos
como exercício.
Proposição C.2
C.2. Se / é uma função contínua
co ntínua num intervalo fechado fechado
[a,6], então / é restrita superiormente
superiorm ente em [a,6], isto é, é, exis
existe
te M tal que
/(
/ ( x ) < M para tod
todoo x e [a,6].
[a,6].
Prova. Seja A o conjunto dos x e [ai>] tais que f é restrita superiormente
em [o^x]. Como A não é vazio, pois a e A, e A é restrito
restrito superiormente por
b, podemos considerar sup A.
a) Mostremos que sup .4 = b.
Suponhamos que tal não suceder, isto é, que sup A < b. Como Como / é concon
tínua em [a,ò], é contínua em sup A; A ; logo, existe ò > 0 tal
tal q u e / é res
restr
trit
itaa
em (sup A - ô, sup A + ò) (veja Exer. 2.4.6). Por definição de supremo,
existe c e A tal que sup A - ò < c. e então f é restrita em [u.c"| (por pertencer
a A).
A). Mas, para todo ze(sup A , sup .4 + Ô), f é restrit
restritaa em [c.z]:
[c.z]: logo
logo / é res
res
trita em [a,z] e z e A, o que e absurdo, pois z > sup A.
6 ô
Figura
Figu ra C-2 ' I " *I í I‘ I
182 INTRO
INT RO DU
DUÇÃ
ÇÃ O AO CÃLCULO cálculo
cálculo difer
diferenc
encial
ial
s í a J , ]
é contínua em [n,b].
Por outro lado, dado e > 0, existe c e [n,b] tal que
S - c < f ( c ).
por definição de supremo, o que acarreta que
9(c) > —
€r
e isso quer dizer que g não é restrita em [o,b], o que é absurdo.
Corolário. Nas hipóteses da Proposição C.3, existe t e [a,b] tal que
/ ( f) ^ f ( x ) para todo x e [a,6].
Prova. Considere -f. -f .
apôndi 183
EXERCÍCIO
Prove a Proposição C.2 usando o Exer. A.3.2.
Sugestão. Se / não é restrita superiormente em [a,b], não o será ou em
£a, Q ^ ^j ou em Seja \_al , 6j] o intervalo no qual isso
ocorre. Prossiga o raciocínio, obtendo intervalos encaixantes, nos quais
a tese não se verifica. Existe c comum a eles. Use a continuidade de / em c
para conseguir um intervalo em torno de c onde / é restrita. Deduza daí
uma contradição, usando um intervalo encaixante de extensão suficiente
mente pequena.
APÊNDICE D
rlim — / 'M
—- = ,L. rEntão lim f(x) .
— - = L.
X-XO+ fll(x) X-XO+ g{x)
Prova, a) As hipóteses implicam que / ' e g' incluem cm seus domínios
um intervalo (x0, x0 + h), onde h > 0, c nele g'(x) # 0. Definindo / (x0) =
= g(x0) = 0, vemos que as hipóteses da Proposição D.l estão verificadas
por f c g cm qualquer intervalo [x0, x], com x0 < x < x0 + h.
b) Dado e > 0, existe ô, 0 < <5 < h, tal que
c) Tomado x tal que 0 < x - x 0 < Ò^ h, podemos escrever, pela Pr
posição D.l, que existe c (que depende de x) tal que x0 < c < x e
apêndi 185
/( ) L
<
x
isso subsistindo desde que 0 < x - x0 < ô, o que quer dizer que
lim — - = L.
*-*o+ g{x)
Nota. A proposição subsiste claramente se substituímos x —>x0 -+ por x —>x 0-.
Sm m
= Sm
B M t ) = hm
Z - /-
1-0+ G'(z) i —0+ / 1\ / 1\ x + ®0'(x)
hm —— = +oo ( s - ? = -oo).
g{x) \ x - x 0 + 0 ( x ) /
Então
,lim —
/<*> / ( X )
—= + oo 1/ rlim = -oo
186 INTRO DUÇÃ O AO CALCULO cálculo diferencial
(x2 - 4)' 2x
lim — = lim — = 4.
-----
x-2 (X -2) x-2 1
Logo,
rlim -----4—~ ,4.
x -2 x -2
Na prática, costuma-sc escrever:
x 2 4 ,. 2x
lim = lim — = 4.
apêndi 187
x —tg X
Exemplo D.2. Ca l u lar lim ------------ -
x -o x - s en x
Temos
x - t g x l- se c 2 x
lim -----------= lim -------------
x -o x - s e n x x -o 1 - cosx
1
1- sec2 x co s* X C O S2 X - 1 cosx + 1
1 - C OS X 1 - C OS X C O S2 x ( 1 - COS x ) c o s2 x
sen
Exemplo D.4. Calcular lim •/*
jc- + « X- 1/4
Temos
1 1 1_
sen — - X 3/’2COS
x 2
lim, v - 1 / 4 = lim -—
x • +x A ' x - + oo -5/4
1
2 cos ——
J X
= lim ----- rZ------- - 0.
1/ 4
X-» +00 X
f ( X)
Exemplo D.5. Pode acontecer que exista lim —— sem que exista lim
0 </(x) x o
r
e que lim /'(* )
—— =r L.r?Então
.a r lim/ W ——. = L.
apôndi 189
Prova, a) As hipóteses imp liam que / ' g' inluem, em seus domínios,
um intervalo (x0 , x0 -f h), onde h > 0, e nele g'(x) # 0.
b) Dado e > 0, existe <5, , 0 < 5, < h tal que
m £ /'(«) <\\+ r
0 < u - x 0 < á.
g\u) < ' => 0'(«)
c) Seja x0 < x < z < x 0 + ó ,. Então podemos aplicar a Proposição D.l.
m - f ( z ) f\c )
onde X < c < z.
g{x) - g(z) g\c)
Além disso, para h suficientemente pequeno, podemos supor g(x) # 0,
pois lim <j(x) = + oo Dividindo por g{x) numerador e denominador da
última relação, vem
f(x) / (z)
g(x) g(x) J'(c)
g(z) g\c)
1-
9(x)
m / , m m
Logo,
g(x) V d(x)J g'(c) g(x)
f (x ) f \ c ) 9(2) /'(c) + /(z)
e daí
9(x) g'(c) g(x) g'(c) g(x)
tg X
Exemplo D.7. Calcular lim —— •
*-«/2 tg 2x
scc2 x cos2 2x
lim = lim = lim t ----- 5— = + oo.
x-m/2 tg 2x x-»«/2 2 sec2 2x x -*k I 2 cos2 X
x" nxn l
lim — = lim — — = • • • = lim — = 0.
x~++ oo C x-* + oo € + ao x c
Então
1
\
lim x ln x = l i m -----= lim -x = 0.
x -0 + x - *0 + 1 x -* 0 +
X2
No segundo volume vamos ver a definição da função /(x) = e*. Defi
ne-se, para a > 0, a função g{x) = <f por
g{x) = ax = ex,na.
Admitindo que / é contínua e que existe lim /i(x), temos lim e''<v’ =
im M x) «
= ex~“ , pelo Exer. B.4.
Usando esses fatos, podemos achar outros limites.
Exemplo D .ll. (Forma 0o). Calcular lim x**"*.
x-»0 +
liru sen x ln x
lim x**0* = lim e**"**"* = ex~0 +
x*0 + x -^ O-f
lim x»en* = e° = 1.
*-0 +
Exemplo D.12. (Forma oo°) Calcular lim (ctgx)x. Temos
lim (ctgx)x = e x _ „ » _ gO _ j
x -» 0 +
9 INTR OD UÇ ÃO AO CÁLCULO cálculo diferencial
lim x In ( 1 + ) = 1,
x - + oo \ X
D.3. lim
tg
B = i.
^ s e n x -x „
D.4. lim ------ —■ = C -
n x-o senhx
x ~ 7
In(1 + x) x - are sen x
D.5. lim ------ —— = 0. D.6. lim
*-o sen3 x 6
x3 + x2- l l x + 10 5 _ _ .. sec x - 1
D.7. Um -------- =------- ------ = —
- D.8. lim ---------- = 0
x—2 x - x - 3 x-0 X
(x-1)2 x 3 —a3
D.9. lim D. 10. lim —= ----- — — 6a5'2 (a > 0,
*-*11+ cos nx n a#x).
21n(l + x)-2x + x2 é*nx-ex
D.l 1. lim --------- ------ ----------- 1.
---- D. 12. lim = 1.
x-i 4(x-senx) x - 0 sen x - x
a
ln
ax-b* ~b
D.13. lim = — a” D. 14. lim — — — (ajbyc,d > 0)
x-a x r - c r m x -o c
< - d x
In
7
D. 15. lim
inB ) = 1. D.16. lim x s e n — = í.
x- +«> arcctgx X“* + 00 X
apêndice 93
ln
D. 7. lim ----- XJ = 0. D. 18. lim 1
X -*+ 00 1 x —
* 00 x- 1
ln
X X
,. ln x In(l-x)
D.19. lim. ——
. .a = 0 (a > 0). D.20. lim = 0.
x + + 00 *‘-**í- ctg (1 - x)
. .. In senx , x2
D.21. lim --------- = 1. D.22. lira — = 0.
*-o lntgx +® e
x3-4 x 2 + x - 1 . o
D.23. lim D.24. lim — = + oo (a > 0, a > 0).
X * — 00 3x2 + 2x + 7 * - + <o X a
ASSÍNTOTA
Definição F.l. a) S ea / uma função c c, um número. A reta de equaç ão
. = c s diz assintota vertical de f se
ou lim f(x) = +ao,
X »c I
( lim ( f ( x ) - a x - b ) = 0).
[Fig. F.l(b)].
C)
98 INT RO DU ÇÃ O AO CÁLCULO cálculo diferencial
[Fig. F.l(c)].
1
Exemplo F.4. A reta y = 0 é assíntota inclinada de f(x) = para
(x- l)2
x tendendo a mais infinito c para x tendendo a monos infinito, pois
lim
* -* + •» (rX~- W
1) =0 e x -,im
*-< r (X - 1) =0
Proposição F.l. Seam a e b números, e / uma função cuo domínio con
tém um inte rvalo da fo rma ^ 0. Entã o a reta y — ax + b é a ssíntota
inc linada de / para tendendo a mais infinito se, e somente se, eiste
.. /()
lim ----- >
*-» + oo X
e vale a e se existe lim (f(x) - ax) e vale b.
+ ao
(Resultado análogo subsiste para x tendendo a menos infinito. Deixamos
como exercício.)
Prova, a) Se y = ax + b é assíntota de /(x) para x tendendo a mais in-
finito, temos
lim ( f (x ) a x b ) = 0, (F.l)
X * + 00
isto é,
lim * 1 3 1
(F.2)
+ 00 L \ x a i
Daí*
lim ( M a b
( = 0,
x* + 00 \ X a X
isto é,
m
lim ----- = a. (F.3)
+ 00 X
De (F.l). resulta imediatamente que
lim (/(x) -ax) = b (F.4)
ao
/(x)
b) Se l i m ----- existe e vale a e se existe lim (/(x )-a x ) e vale b,
ao ao
x2- x + 1
Exemplo F.7. Achar as assíntotas de /(x) =
x -1
x2 - x + 1
a) lim = -oo; logo, x = 1 é assíntota vertical.
*-i - x -1
x2 - x -I- 1
lim = +oc e a mesma conclusão se verifica.
x -1
/ () x2 - x + l _ _
b) lim — = lim a.
-• + 00
x + 00
x(x-l) 1
lim ( f ( x ) - x) = lim — = 0 = b.
+ co X - I
f(x) ,. 3 2 + l
b lim ----- = lim -------- — — ----- = l = a.
*- + <*> X X-+0O x(x2 - 1)
x 2 + 2x —1
lim (/(x )- x ) = lim *— -— = 1 = 6 .
-----
* — oo , X —1
oo
EXERCÍCIOS
Achar as assíntotas de /, sendo f(x) =
(x-3)2
F.l. -2 y j x2 -1 , (x < -1 ou x ^ 1); F.2. li Ti’ x l .
4(x - 1)
2x2 - 6x - 5 sen x + (x + l)eT
F.3. x # -1,5; F.4.
(x-5Xx + 1)
x 2- 1
F.5. ------- * x ^ 0; F.6. ellx;
F.7. x3- x + 1; F.8. polinômio.
APÊNDICE G
EXERCÍCIOS
G.l. Examinar a conclusão da proposição se o intervalo é [x - h, x], h > 0.
G.2. Dar estimativas para os erros cometidos nas aproximações feitas nos
Exers. 2.7.4(a). (b). (c) e (d).
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS
SEÇÃO 1.1
1.1.7. Sim: se a + b = r, raiona l, então b —r-a seria raional.
Nã o: y 3 + ( v /3 ) 0.
..8. Nã o: J l - A = = 1.
n / 3
28 286
1.1.10.») y c) a , f
9000
SEÇÃO 1.2.
„ ^ 1 , , , 1
1.2. 1. 2 0 2 — k - k ; — j - 2 + 2 2 + 2 3 +
4 x
.2 1 + h
.2.2. 2 — ----- ------------ •
3 1- t x + h - l
1 1
1. .3.
2 (1)2
1.2.. ( + h)3; 3xh + 3xh + h3; 3x + 3xh + hz.
„ „ 1 + 32 + 1 2 + l,‘ , ,
1.2.5. 2 2 : w + — — — — — — t 21.
w (^ + 1) ( 1 )
1.2.6. a) nem pa r i em ímpa r; b) impar;
) par; d) par;
e) pa r; 0 impa r;
g) par: h) í mpa r,
1.2.9. a) ^ 2 • b) todo
c) > 0 d) 0
e) ?í0 f) < 1 ou 1
g) todo h) todo
i) 1 $ v ^ 2: i) v =' + 1:
I) nenhum ,v: m) 0:
n V < 2 ou I: o) todo
pl < 3 ou .
6 INTRO DU ÇÃ O AO CÁLCULO cálculo diferencial
respostas dos ríios propostos 27
8 INTR OD UÇÃO AO CÁLCULO cálculo diferencial
l.2.10c)
respostas dos ríios propostos 29
.2.17.
y
respostas dos ríios propostos 211
.2.19.
y
t x
1.2. 20.
INTR OD UÇ ÃO AO CÁLCULO cálculo diferencial
. 2 .2.
e) n - s/~n $ v ^ n + s f n \ 0 / 2 $ ^
g ) 2 < < 2 h) —1
i) 1 < < 2 ) 0 < < 2
1) / 6 ^ ^ / 2 ou y / 2 < X / 6 .
3 5
.3.0. a) x < 3 ou x 1 b) x — c) — ^ < 3 d) qua lq ue r
2.2.5.
i 2 se ^ 0,
2.2.6. Sim. f'(x) = |
2 se < 0.
SEÇÃO 2.3.
2.3.1. a) 0 b) 0 c) 20 d) ax0 + b
e) 2 0 0 g) 0 h) 0
i) 0 ) 0 1) 0
n) \ J x0 •
. 1 1
2.3.3. a) a; b) — ã ;
X ) "( < + d 2
) 3 2 f) 32 2 g) 23
jx
SEÇÃ O 2..
2..1. (b).
2..2. Todas, eceto (a), (b) e (1).
2..3. N ã o: /( ) se ^ 0 , /(0) .
M
2... a) a = 0 b) a = 12 c) a = 1 d) a = -4;
e) n ã o eiste a 0 a = 0 e a = 1 g) qualquer a.
2..5. a) é ve rdadei ra : p roposição 2..2
b) é falsa: /( ) ;
) verdadei ra : /() t ~t ’ x / 0,/(0) 0, e a() —
\x \
d) ve rdad ei ra : / é a me sma do item (c), e g = /
e) falsa.
2..7. A) a) sen (cos x), cos (sen x);
b) x2 + x - 2, - x 2 + 3x + 1;
c) X , x;
x+ 1 i
x +
d) xA' , xA ;
x
e) + 1)* • x 4 + 1
B) a) /(x) = x3 g{x) - sen x + x;
b )/(x ) = — (x ¥> 0) g(x) = x* + 1;
x
c) /(x) = J~x (x ^ 0)
tf(x) = 1 + x2;
d) /(x ) = X g(x) = ln x (x > 0).
C) a) x > 0; b) x / ± 1;
c) nenhum x; ^ 0* < x ^ —
d) 1 ou x > e.
e
2.4 8. São compostas de funções contínuas.
SEÇÃO 2.5.
2.5.1. 2.\ + 2. 2.5.2. 2 ax + b.
1
2.5.3. + 2.5.4. cos x - sen x.
_L +
v /r 2
2.5.7. 2.5.8.
\ 3 2 3 3y^
2.5.9. 8 x 1 / 3 _ 2 1 /3 2.5.10. 32 + co s sec2.
3
2.5.11. • X 9. 2.5.12. 9Mn9 + <?* + 32.
7
e* + e ex - e x
2.5.13. cosh 2.5.1. s enh =
2.5.15. 2 + 5. 2.5.16. 2(l 3 ln ).
2.5.17. x c o s j c h ---- ^= s en.
yfx
2.5.18. s en + co s
\ 7 ,nl)
2.5.19. — y / x ln J~x X ln 2.
2.5.20. ( + l)s en 2 (2 + 2 l) o s 2.
2.5.21. co s2 Y s en2 + sec2 \. 2.5.22. co s 2 X
22 1 5
2.5.23. 2.5.2.
X2 (3)2
12 7 2 + lO + 3
2.5.25. 2.5.26.
(2 + l )2 (32 + 2)2
2+ ^ + 33 / 2
2.5.27. 2.5.28.
1-lnx
2.5.33. 2.5.34.
(ln x)2 x2
1 (2x - 1)
2.5.35. 2.5.36.
(1 + ( x + 1) tg x)2 2x3/2
2.5.37. -cossec2 x. 2.5.38. sec x tg x.
cos x (x + cos x) - sen x (1 - sen x)
2.5.39. -cossec x ctg x. 254
(x + cos x)2
2.5.1. 100(3x4 - 6) " • 12x3. 2.5.42. 5(2x2 - 3x + 4)* • (4x - 3).
respostas dos ríios propostos 217
32 + 2
2.5.3. 3(2 )”( l 43). 2.5..
2s/ x i + 2 10
1
2.5.5. 2.5.6.
(1 2)3' 2 (12)3'2'
1 X2
2.5.7. 2.5.8.
(1 + x ) J 1 2 ^(1 + X3)2
1 + yfx V X 4 y X2
2.5.9. 2.5.50.
( X + y ) 2 j 1 + x2
3.2.1. a) Jl j: b) 1; c)
In
5’
d) —
3
17
3.2.3. a não; b sim; ^ ou —
respostas dos ridos propostos 219
SEÇÃ O 3.3.
1 1
3.3.1. a) cresente cm ^ — decres ente em ^ —
2 2
b) cres ente em ^ 0 decres ente cm ^ 0
) 1. ° caso: a > 0
b A b
cresente em ^ dec res ente em <
2a 2a
2. ° caso: a < 0
b J b
cres ente em ^ ----- decres ente em ^
2a 2a
d) cres ente
e) cres ente
1 , 1 1
0 c r e s ente em ^ —— dec r e s ente em — — ^ ^ —= crescen-
v /3 l 3
1
le em x ^ —= ;
s/i
g) crescente em x ^ 0 ; decrescente em x < 0;
1 decrescente em x ^ 1 ;
h) crescente em x ^
y i y4
i) n par: crescente em x ^ 0 ; decrescente em x ^ 0 ; sc n é ímpar;
crescente;
) crescente em x ^ 0 ;
D crescente;
m) crescente;
1 1
n) crescente em x < - —; crescente em x > — ;
2 2
o) crescente em x < 1; decrescente em x > 1;
P) decrescente em x < - 2; decrescente em -2 < x < 8; decrescente
em x > 8;
71 71 371
q) crescente em 0 < x ^ —
2
; decrescente em — < x ^
2 2
crcsccn-
3tt „
te em y ^ x ^ 2 t t ;
. 7i , 7i n
r) crescente em 0 ^ x ^ — ; decrescente em —- x < —;
4 4 2
INTR O DU ÇÃ O A O CÁLCU l O cálcuo difrnia
s) resente
t) crescente cm 0 < x ^ ; crescente em x > 1; decrescente em
e
-4
e < * < i;
u) crescente em x < 1; decrescente em v 1:
v) crescente em x ü; decrescente em 0 x < crescente em
2
3.4.6. 2*(l - ^ / y )
3.4.7. a) cilindro equilátero;
b) altura igual a — do raio da esfera;
4
c) altura igual a — do raio da esfera
3.4.8. a =
3.4.9. v///(/i + H).
n
3.4.1.
7
respostas dos ríios propostos 221
c) (1,0).
SEÇÃO 3.5.
3.5.1. Para cima. 3.5.2. Para cima.
3.5.3. Para cima se a > 0; para baixo se a < 0.
3.5.4. Para baixo em x ^ 0; para cima em x ^ 0. 0 é ponto de inflexão.
3.5.5. Mesma resposta que em 3.5.4.
„ . 1 1 . . 1
3.5.6. Para cima em x < — e em x > ——; parabaixo em ------ — <
----
J J J
1 ^ . 1
^ x < —— • Pontos de inflexão: ± —= •
J l J l
3.5.7. Para baixo em x < 0; para cima em x > 0.
3.5.8. Para baixo em x < - 1; para cima em x > -1.
3.5.9. Para cima em x ^ e em x ^ : nara
para baixo em - ^ ^
15
3.5.12. Para baixo em x ^ 0; para baixo em x > 0.
3.5.13. Para baixo em 0 $ x < n; para cima em n ^ x ^ n. Ponto de
inflexão: n.
3.5.14. Para cima em 0 < x < 1: para baixo em v > 1.
SEÇÃO 3.6*.
3.6.1. a) + oc; + oc; b) -oo; -oo;
c) + oo; -oo; d) + oo; + oo:
e) -oo; + oo; f) -oo; + oc;
g) + oo; +co; h) 0; 0;
3 3
0 0;0; i) 7 ; T i
1) - 2; - 2; . -7 -7
m) T ; T ;
n) + oo; -o o;
363 a)
b)
¥
*
) 3
—
3 3
JC
respostas dos ríios piupostos 227
b '(d ‘(° ‘(u
irOT
s)
osh x
3 INT RO DU ÇÃ O AO CÁLCU
CÁLCULO
LO cálculo
cálculo difer
diferenc
encial
ial
sn .. sen x
Noi
Noia.
a. e lilim
m ------------
----- ------=
= 4* co,
co,
h os
J+
x x* n“ 1 COS X
T
f. sen
um ----------------- 00.
x —n + 1 “ COS X
respostas dos ríios propostos 233
SEÇÃ O .1.
.1.1. (c),
(c), (e), (f).
(f).
b) v G ( Js 0);
c) f x ( ^ 0)
0) d) ^ ;
e) */~x + 1 f) ^ ;
3 4
g) * D h) (X ft );
1 X
i) nã o eiste < ^ 1
+ y +
D ( ^^ 0)
------- -------------- ----- I X
- m) ln( y j x );
n) ln ( y j x —), ^ ; o) ex 3
. -dx + b a
P) log
og33 1 1, q ) ---------- » / —
cxx - a c
34 INTRO
INT RO DU ÇÃ O AO CÁLCU
CÁLCULO
LO cálculo
cálculo difer
diferenc
encial
ial
SEÇÃ O .2.
.2.5. a) b ) = =
1 + 2
1 1 co s
c) d) V # í/
í/ y k ;
1 + * yJ~x | o s|
1 __ _
e) 0
1 + 2
g) (a r s en)2 h )
y j 2 (ar sen x)2
. 1 1 1
ar tg ln x (In )2
71
.2.8
.2.8.. a)
a) y b) 0;
v 3tt
C 4 ’ «f
4.2.9. a) b) É o gráfico
gráfico de / (x)
(x) = arc tg x.
>'1
___ ____ 2 __
_______ ________
c)
l\/\ 4
71
4 - y
respostas dos ríios propostos 235
AP
A P Ê N D I C E F
F.l. y = 2 é a ssíntota pa ra tendendo a menos infinito
= ~x é a ssíntota pa ra x tendendo a mais infinito.
F.2. = 1 é a ssíntota vertial;
—5 . . .
' y — é assín
as sínttota inclinada para t endendo a mais infinito e pa ra
tendendo a meno s infinito.
F.3. A ssíntota s vertiais: = 5 e = l ; y 2 é a ssíntota inclinada para
tendendo a mai s infinito e pa ra tendendo a meno s infinito.
F.. y = + 1 é a ssíntota inclinada para t endendo a mai s infinito.
F.5. = 0 é a ssíntota vertial;
y é assínt ota inclinada para tendendo a mai s infinito e pa ra
tendendo a meno s infinito.
F.6. = 0 é a ssíntota vertial;
y é assínt ota inclinada para tendendo a mai s infinito e pa ra
tendendo a meno s infinito.
F.7. N ão eistem a ssíntota s.
F.8. Nã o eistem a ssíntota s.
AP
A P Ê N D I C E G
Temo
em os \ A f - d f \ <
_ \ 2 3 . iQ-2
— J 0,000
003304
045;
5; ) ; d) 0
0"4
"4..
EXERCÍCIOS SUPLEMENTARES
CAPÍTULO 1
.. NÚME ROS
1. Achar um número irraional entre os nú meros a ,3458... e b =
= 1,36. Supo r a rep resentaç ão decimal de a infinita e nàope riódia.
2. Mostre que J~ + y f l é irraional.
3. a) O cubo de um núme ro pa r (í mpar) é par (í mpar),
b) Mostre que x3/"4 é irracional.
b
4 Sc a ¥> 0 é raciona) e b é irracional então a + b, a-b, ab, — são
a
irracionais.
1.2. FUNÇÕES
CAPÍTULO 2
2.1. O PROBLEMA DA TANGENTE
1. Achar a equação da reta tangente ao gráfico da função no ponto de
abscissa dada:
a) /(x ) = 8 - 2x, x = - 2:
b) /(* ) = » x = 5.
1+ x
ríios supmntars 239
2.2. DERIVADA
1. Quais das seguintes afirmações são verdadeiras?
a) Toda função é derivável.
b) Existem funções deriváveis.
/( x ) - / ( x 0) ,
c) é a derivada de / no ponto x0 .
X-XA
d) A função / dada por /( x ) = —j- se x ^ 0 e /(0) = 0 é derivável.
f [ x + h ) -f(x )
c) Uma função / é derivável se existe lim para todo
h-*0
x do seu dominio.
0 A razão incrementai de / no ponto x 0 , relativamente a x - x 0 , é
o coeficiente angular da reta por (x0 . / (x0)) e (x, /(x)).
g) Existe uma fu nçã o/ tal que a razão incrementai de/ relativamente
a x - x 0 é a derivada d e/ em x0 , para todo x0 do seu domínio.
h) / é derivável cm x0 se, e somente se, a derivada à esquerda de / em
x0 é igual à derivada à direita em x0 .
2. Dos gráficos a seguir, quais são os que representam funções deriváveis?
4 INT RO DU ÇÃ O AO CÁLCULO cálculo diferencial
4. Dada /, seja / ' + (/'_) a função que, a cada x» associa a derivada à direita
(esquerda) d e / em x. Desenhar os gráficos de/'* e /'_ para as quairo
primeiras funções do Exer. 2.2.5. ^
2.3. LIMITE
1. Dê exemplos de funções f e g tais que
a) não existe lim /(x), não existe lim ^(x), e existe lim (/(x ) + g(x));
o X~*Xo o
b) não existe lim /(x), não existe lim g(x) e existe lim f(x)g(x);
— Q — o O
f (*)
c) não existe lim f { x \ não existe lim ^(x) e existe lim —— •
+ O g(x) o
2. Se existe lim / (x) e não existe lim g(x), pode existir lim ( / (x) + gfx))?
— O JK-*JCO + 0
/(x)g(x) = 0?
eercíios supmntars 241
2.4. CONTINUIDADE
1. S e /é uma função tal que |/(x )| ^ |x| para todo x, então / é continua
em 0.
*. Mostre que a função
0 se x é irracional
/(*) = se x é racional
não é continua em nenhum x.
3. Seja / uma função de domínio (a,ò) tal que, para quaisquer x t , x2 de
(a,b), tenhamos |/ ( x ,) - /( x 2)| ^ | x , - x 2|. Mostre que f é contínua
em todo x de (a,ò).
*4. Mostre que a função
se x é irracional
/(* ) = se x é racional
é contínua apenas em 0.
5. Dê um exemplo de uma função /q u e não seja contínua em nenhum
número, mas tal que | / | seja contínua em todo número.
*6. Seja / uma função tal que para quaisquer x t , x 2 reais, verifique-se
f ( x , + x2) = /( x ,) + /( x 2).
a)
Mostre que /(O) = 0.
b)
Mostre que / é ímpar.
c)
Mostre q u e /(x )- /(x 0) = / ( x - x 0).
d)
Supondo / contínua em 0, mostre que / é coi. aua em qualquer
número.
7. a) Prove que ( f ° g ) ° h = f ° (g ©h).
b) Prove que, se e são ímpares e g c par, então /j °/2 é ímpar, e
f
1. (a + bx T - 2. -------------
(1 + x)" _______
3. (3x - )y/ (1 + xj3. 4. (3x-4)^(x + l)3.
e“x(a cos bx + b sen bx)
5. 6 C° S X
+ b sen2x
7. (tgx),nx.__ _____ 8. elJC.
~ , \ Í X + O + y / x + b
9- ln v . _ - v. ----- 10. In (x + y / 1 + x 2).
y /X + a - y / X + b
11. logí(a)/(x); aqui / e g têm por domínio um mesmo intervalo aberto /,
no qual são deriváveis, c /(x) > , g{x) > , g{x) # 1, para todo x
de /.
12. S e /é par (ímpar), então / ' é ímpar(par), supondo existir/ '.
13. Um cubo se expande (mantendo-se cubo) de modo que seus lados
aumentam à razão constante de a metros por segundo. Quão rápido
varia seu volume quando seus lados medem x metros?
14. Um triângulo eqüilàtero se expande (mantendo-se triângulo eqüi-
látero). Sua área varia à razão de a metros quadrados por segundo.
Achar a razão de aumento de seus lados quando sua área for S metros
quadrados.
eercidos supmntars 243
onde f i0i = /.
d) Achar /*"\ sendo f{x) = xex, f (x) = x3 ln x.
2.7. DIFERENCIAL
CAPÍTULO 3
3.. O TEOREMA DE ROLLE
*1. Prove que, s e / é derivável em (a,b) e f'(x) > 0 pa ra todo x desse inter
valo, então / tem no máximo uma raiz em (a,6).
*4. Seja / uma função tal que f'(x) — k para todo x. Mostre que existem
números a e b tais que /(x) = nx -I- b para todo x.
eeríios supmntars 245
a) - - (x # - 1); b) x + — f f x 1 + 10;
x + 1 2
c) ——- (x > 0); d) x*(x > 0);
x
e) ,y x3- 3 x + 2; f) x + ln cos x, 0^ x< •
a) x 3(3x-4); b) —^ _
V nx-e
c) xe-ajt (a > 0); d) x e~ax (a > 0);
ex-e~x 3
e) s e n h x = — ; f) 2 - x - — e 2/3;
x
g) n - x ln — •
6' 10
2. Considere a seguinte definição de concavidade:
Uma função f tem concavidade para cima num intervalo se,
para todo a, x, b do intervalo com a < x < b, temos
/(x )-/(fl) ^ f( b )-f(a )
x - a - b-a
eeríios supmntars 247
+ oo se n m> 0
anbm
—co se a„bm < 0.
91 IR
48 INT RO DU ÇÃ O AO CÁLCULO cálculo diferencial
x(xJ + 9 M * ' X _I
a 2(J + 1) ’ x 3 - 2 ’ C) 3 x 2 2 2 x 5 y
CAPÍTULO 4
se x > y ;
B H
senhx
i) tghx = cosh x
i- * 2V
( arc cos ------- 2
b) \( arc cos 1 + x 2=J1 = ----
1 +
( x > ) :
/ J CO S V X
3. As funções /(x ) = arc tg . ----------— e g(x) = — possuem mesma de-
v 1 + cos x 2
rivada no intervalo kit < x < kn + n, k inteiro. Interprete.
**4. Mostre que existe uma funçào / derivávcl cm todo número tal que
(/(x))3 + 3/ (x) - x = 0.
Sugestão. Considere a função g{x) = x3 + 3x, que é inversível. e
mostre que g = / -1.
RESPOSTAS E SUGESTÕES AOS EXERCÍCIOS
SUPLEMENTARES
CAPÍTULO 1
.. NÚME ROS
a+b
1. — po r eemplo.
2. Se fosse racional, seu quadrado 5 + 2V^6 também seria.
1.2. FUNÇÕES
5 INT RO DU ÇÃ O AO CÁLCULO cálculo diferencial
5. a) —
C) 6 < X < T '
CAPÍTULO 2
2.1. O PROBLEMA DA TANGENTE
1. a) y = 8 2
3. 2.
. 5°.
5. h = d = e = 0, a e c quaisq ue r.
2.3. LIMITE
2.. CONTINUIDADE
se é i rraional
5 /()
-u se é raional.
7. ) ad b cb d.
8. p 0; p .
54 INTRO DU ÇÃ O AO CÁLCU LO cálculo diferencial
2
5. eaxcosbx 6. -
sen3
7 (gx)1 , ln J ln * _ + ln *1
8. e** • (l ln ).
|_sen cos J
1
9 0
y /J z + ã )( W y / T + l ?
(ln g(x))f'(x)g(x) (ln f(x))g'(x)f(x)
11. 3. 3a 2
/()0(Xln g(x))
( l)"6(n4)
4. 5. d) e* + ne* , pa ra n ^ 4.
" 3
2.7. DIFERENCIAL
1. a) 0,4849 b) 1,000367 c) 2,99
2. -fc.
3. a) g(x) = 3x - 2. b) g{x) = 1.
4. a) (ln x)/i b) -e~x (3 sen 3x + cos 3x)/i
CAPÍTULO 3
3.2. O TEOREMA DO VALOR MÉDIO3
1
flexão :
ay
b)
V 4
58 INT RO DUÇÃ O AO CÁLCULO cálculo diferencial